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DIREITO FINANCEIRO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Sumário
Manuel Piñon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)............................................................................ 4
1. Finanças Públicas e Orçamento Público na Constituição Federal de 1988..................... 4
2. Instrumentos de Planejamento...............................................................................................13
2.1. PPA...............................................................................................................................................16
2.2. LDO............................................................................................................................................. 17
2.3. LOA..............................................................................................................................................19
3. Ciclo Orçamentário. . .................................................................................................................. 26
3.1. Créditos Adicionais................................................................................................................. 28
Questões de Concurso.................................................................................................................. 32
Gabarito............................................................................................................................................ 58
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Apresentação
Olá, Gran Concurseiro(a)!
Hoje vamos utilizar um resumo das aulas 1, 2 e 3 seguido de questões comentadas, sendo
a maioria do CESPE e algumas inéditas (com gabarito e comentários), que tratam do conteúdo
dessas aulas, servindo como instrumento de revisão e fixação.
Espero que você goste desse material e que ele contribua efetivamente para a sua
aprovação.
Boa revisão!
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
REVISÃO DO TERÇO
(REVISÃO DAS AULAS 1, 2 E 3)
1. Finanças Públicas e Orçamento Público na Constituição Federal de
1988
A Atividade Financeira do Estado – AFE consiste em obter, criar, gerir e despender o di-
nheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras
pessoas de direito público.
Atividade
Financeira do
Estado
Obtenção de
Obtenção de Gerência dos Dispêndio dos
recursos
recursos recursos recursos
emprestados
O Direito Financeiro, o Orçamento Público e AFO) têm a sua “gênese normativa” na Cons-
tituição Federal de 1988, especialmente entre os artigos 163 e 169.
Merece destaque a Lei 4.320/1964 (Lei de Normas Gerais de Direito Financeiro, também
conhecida como Lei do Orçamento Público), que é uma lei formalmente ordinária, aprovada
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
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por meio de processo legislativo ordinário, quórum de deliberação parlamentar maioria simples, e
materialmente complementar, pois a matéria que ela trata é de Lei Complementar, com fulcro
no artigo 165, § 9º, I, CF/1988.
Veja a pirâmide das fontes do Direito Financeiro e Orçamentário:
Fontes
Constituição
Federal Art. 165, § 9º, da CF/88
Decretos
Demais normas secundárias
Portarias
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
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A EC 109/2021 inseriu no artigo 163 um novo inciso reservado a lei complementar sobre
a sustentabilidade da dívida.
No artigo 164 da CF/1988 temos basicamente os aspectos constitucionais relacionados ao
BACEN, como a competência exclusiva da União emitir moeda (exercida pelo BACEN), a vedação
expressa para que o BACEN conceda, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional
e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira, sendo entretanto permitida a
compra e venda de títulos de emissão do Tesouro Nacional, desde que o objetivo da transação
seja especificamente o de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros (Política Monetária).
Ainda no artigo 164, a CF determinou que as disponibilidades de caixa da União sejam
depositadas no BACEN, e, no caso das disponibilidades de caixa dos Estados, do Distrito Fe-
deral, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, a determinação é de que sejam depositadas em instituições financeiras oficiais,
respeitando as exceções previstas em lei.
A EC 109/2021 inseriu o artigo 164-A que determina que a elaboração e a execução de
planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a susten-
tabilidade da dívida.
O artigo 165 da CF/1988 trata do Orçamento Público em sentido amplo, ou seja, trata das
Leis Orçamentárias que são:
• PPA – Plano Plurianual;
• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias;
• LOA – Lei Orçamentária Anual, composta pelos Orçamentos Fiscal (OF), da Seguridade
Social (OSS) e de Investimentos da Estatais não dependentes (OI).
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São apenas os orçamentos fiscal e o orçamento de investimento das estatais não depen-
dentes que tem entre suas funções reduzir as desigualdades regionais, ou seja, o orçamento
da seguridade social não tem essa função.
A LOA prevê a receita e fixa a despesa, mas pode conter (aqui não extrapole a literalidade)
previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plu-
rianuais e daqueles em andamento.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
L
E
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem so-
mente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias e indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenien-
tes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus en-
cargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios
e Distrito Federal.
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Abrir crédito suplementar ou especial sem
. Receita pública
autorização legislativa e utilização ou con-
. Crédito público
cessão de créditos ilimitados.
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO . Gestão do orçamento público
. Despesa pública
Transposição, remanejamento ou trans-
ferência de uma categoria para outra.
VEDAÇÕES EM MATÉRIA
Início de programas ou projetos não incluídos na ORÇAMENTÁRIA EMBASAMENTO
LOA e realizar gastos superiores aos créditos orça- CONSTITUCIONAL E LEGAL
mentários (incluindo os adicionais.) (ART. 167 DA CF/1988)
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Regra de ouro: o valor das operações E ORÇAMENTO PÚBLICO
de créditos não pode ser superior ao de = NA CF/1988= INSTRUMENTOS
despesas de capital, exceto em caso de ORÇAMENTÁRIOS
autorização específica via crédito
adicional suplementar ou especial.
. PPA
. LDO
Nenhum investimento que ultrapasse um . LOA
exercício financeiro pode ser inciado sem
inclusão no PPA ou sem lei que autorize a
inclusão. BANCO CENTRAL
Pode usar títulos públicos do Tesouro como instrumento
de política monetária, emprestar dinheiro a bancos e
A criação de fundo público, quando seus objeti-
receber as disponibilidades de caixa da União.
vos puderem ser alcançados mediante a vincu-
lação de receitas orçamentárias específicas ou
mediante a execução direta por programação
Não pode emprestar dinheiro ao Tesouro ou a
orçamentária e financeira de órgão ou entidade
qualquer órgão ou entidade que não seja
da administração pública (EC n. 109/2021).
instituição financeira.
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A criação de fundo público, quando seus obje-
tivos puderem ser alcançados mediante a vincu-
lação de receitas orçamentárias específicas ou
mediante a execução direta por programação Créditos que excedem o montante das despesas de capital,
orçamentária e financeira de órgão ou entidade ressalvadas as autorizadas mediante créditos
da administração pública ( EC n. 109/2021). suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
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2. Instrumentos de Planejamento
Os três Instrumentos de Planejamento e Orçamento, também denominados de Leis Or-
çamentárias, revelados no artigo 165 da CF/1988 e utilizados na implantação das Políticas
Públicas são:
PLANO DE AÇÃO
INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO
As leis orçamentárias regulam, cada uma delas com especificidades e escopos próprios,
o planejamento e o orçamento dos entes públicos nas três esferas de governo. No âmbito de
cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam
um planejamento estrutural das ações governamentais.
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LOA (OPERACIONAL)
LDO (TÁTICO)
PPA (ESTRATÉGICO)
Resumidamente, tenha em mente que o PPA, juntamente com a LDO e a LOA são leis insti-
tuídas pelo artigo 165 da nossa Carta Magna de 1988, cabendo ao PPA estabelecer diretrizes
de médio prazo (quatro anos).
A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de me-
tas e prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA para o
ano seguinte.
A LOA, que deve ser compatível com o PPA e com a LDO, contempla os orçamentos fiscal,
da seguridade social e de investimentos das estatais.
INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO
No quadro a seguir podemos ver a base legal do processo orçamentário brasileiro com
destaque para a LRF e para Lei 4.320/1964.
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Base Legal
Constituição Federal/Estadual
O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser
assim visualizado:
Constituição Federal
Lei Complementar de
LRF
Finanças Públicas
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2.1. PPA
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O chefe do Poder
O chefe do Poder
Executivo trabalha
Executivo governa
com o seu PPA
com o PPA de Refere-se ao 2º Refere-se ao 3º
aprovado pelo
seu antecessor e ano de execução ano de execução
Poder Legislati-
elabora o seu PPA de seu PPA. de seu PPA.
vo. É o 1º ano de
para os próximos
prática de seu
quatro anos.
planejamento.
2.2. LDO
A LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, esta-
belecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas em consonância com trajetória
sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre
as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências finan-
ceiras oficiais de fomento.
Elo entre o PPA e a LOA
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A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO
não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras
leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.
A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e
formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos.
A LDO de 2021 contém regras sobre a execução provisória do Orçamento de 2021, pois a
Lei Orçamentária Anual (LOA) só foi votada em 25/03/2021. Dessa forma, o governo só pode
executar um doze avos da previsão orçamentária a cada mês (janeiro, fevereiro e março) sem
a lei definitiva. O relator da LDO restringiu essa execução às despesas correntes consideradas
inadiáveis.
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2.3. LOA
A LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL, o orçamento público propriamente dito, é um docu-
mento que prevê as quantias de moeda que, num período determinado (normalmente um ano),
devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas e despesas públicas), com especificação de
suas principais fontes de financiamento e das categorias de despesas mais relevantes.
A LOA, embora seja um única Lei e um único orçamento, compreende:
• o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
• o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
• o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincu-
lados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.
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Discriminação da receita e
Não poderá ter matérias estra-
despesa de forma a evidenciar Autorização dos créditos,
nhas à previsão de receitas ou
a política econômico-financei- inclusive ARO.
à fixação de despesas.
ra e o programa de governo.
Orçamento Fiscal
Abrange os três Poderes.
Órgão, autarquias, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
Empresas públicas, sociedades de economia mista e demais controladas que
recebam quaisquer recursos do Tesouro Nacional (dependentes).
Abrange tudo o que não esteja no orçamento da seguridade social e de
investimentos.
Não integram: fundos de incentivos fiscais, conselhos de profissão e estatais
independentes.
Orçamento Empresas em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto
de Investimento (independentes).
Não entrará aqui despesa com pessoal ou de custeio.
Orçamento da
Saúde, previdência e assistência social.
Seguridade
A Educação faz parte do Orçamento Fiscal.
Social
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• Pode-se dizer que é composto por três suborçamentos: Fiscal de Investimento e da Se-
guridade Social (art. 165, § 5º, CF/88);
• Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em cada
exercício;
• Em regra, deve atender ao Princípio da exclusividade, devendo contemplar somente
duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa orçamentária, entretanto, po-
derá conter matérias não relacionadas diretamente a orçamento público, de acordo com
o disposto no artigo 165, § 8º, da CF/1988, sendo um exceção à exclusividade, nesse
caso;
• Engloba três funções: alocativa, distributiva e estabilizadora.
• É lei ordinária especial (iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou
especial, conforme art. 165, caput, e art. 166, CF/88);
• Lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art.35, ADCT);
• Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral;
• É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos;
• É Lei quanto à forma no sentido de ser um ato de natureza concreta, mas não quanto à
matéria, embora seja admitida pelo STF a possibilidade de controle concentrado de sua
constitucionalidade, normalmente típica de leis materiais;
• Suas normas não podem apresentar abstração e generalidade;
• Quanto ao aspecto material é um ato condição;
• Deve ser regionalizado (art. 165, § 6º, CF/1988).
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Elo entre LOA e PPA
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ASPECTOS GERAIS
• (Logo, se sua execução não ultrapassa um exercício financeiro, ele não precisa estar no PPA)
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LINHA DO TEMPO
LEGISLATIVA
(= 4 ANOS)
Observações:
1 Legislatura = 4 sessões legislativas
1 Sessão legislativa = 2 períodos legisla- •Cada ESTADO/DF e MUNICÍPIO tem seus próprios PPA/LDO/
tivos LOA.
Poder Legislativo
DEVOLUÇÃO
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ASPECTOS GERAIS
•Surgiu c/ a CF/1988 1. Compreende Metas e
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
prioridades
•É o elo entre PPA LOA 2.. Estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com a trajetória a sustentável da dívida
pública.
ESTRATÉGICO OPERACIONAL
3. Orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual.
Poder Legislativo
DEVOLUÇÃO
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3. Ciclo Orçamentário
O ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexível e contínuo,
que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação, execução, contro-
le e avaliação no que diz respeito à programação de gastos do setor público do ponto de vista
físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.
Resumido X Ampliado
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
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Ciclo/processo orçamentário
Discussão, Avaliação e
Elaboração votação Execução controle
e aprovação
1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação
do PPA
4 - Discussão, 8 - Avaliação
3- votação e 7 - Execução e controle
Elaboração aprovação orçamentária da execução
da LDO da LDO orçamentária
5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação
da LOA
Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração, discus-
são e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa, com a
sua avaliação e controle.
Último ano do
PPA 4 anos
PPA anterior
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Planejamento e elaboração
Contínuo Conceito Discussão e aprovação
Processo
Dinâmico Resumido
Execução
Flexível
Avaliação e Controle
E
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E
Guarde que temos 6 (seis) fontes de recursos para abertura de créditos adicionais:
• Superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
• Excesso de arrecadação;
• Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais;
• Operações de crédito;
• Recursos sem despesas correspondentes;
• Reserva de contingência.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que se refere à elaboração de proposta, à discus-
são, à votação e à aprovação de lei orçamentária anual (LOA), assinale a opção correta.
a) Emendas ao projeto de LOA, para que sejam aprovadas, devem indicar os recursos estrita-
mente necessários ao cumprimento do respectivo objeto, admitindo-se apenas recursos pro-
venientes de excesso de arrecadação.
b) O prazo para o presidente da República enviar mensagem ao Congresso Nacional propondo
modificação em projeto relativo ao orçamento anual se encerra com o início da discussão, na
comissão mista, da parte para a qual se propõe alteração.
c) As emendas ao projeto de LOA devem ser apresentadas diretamente ao plenário das duas
casas do Congresso Nacional, que sobre elas emitirão pareceres e as apreciarão.
d) As emendas individuais ao projeto de LOA serão aprovadas no limite de 1,2% da receita
corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo a metade desse
percentual destinada a ações e serviços públicos de saúde.
e) A execução orçamentária e financeira das programações relativas às emendas individuais
de parlamentares ao projeto de LOA é facultativa.
Note que o disposto na alternativa D está em conformidade com o disposto na CF/88. Confira:
Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminha-
do pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços
públicos de saúde.
a) Errada. Serão admitidos apenas aqueles que forem provenientes de anulação de despesa,
considerando as ressalvas constitucionais do artigo 166, § 3º.
b) Errada. Esse prazo se encerra enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte
cuja alteração é proposta, conforme determina o artigo 166, § 5º, da CF/1988.
c) Errada. As emendas devem ser apresentadas na Comissão mista que possui a respon-
sabilidade de emitir parecer, que será apreciado no plenário das duas casas do Congresso
Nacional.
e) Errada. É de execução obrigatória, conforme disposto no artigo 166, § 11, da CF/1988.
Letra d.
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DIREITO FINANCEIRO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Na verdade, não pode afirmar que os créditos adicionais provocam, necessariamente, um au-
mento do valor global do orçamento aprovado, sem saber qual a fonte para a utilização de
créditos adicionais.
Assim, caso ocorra, por exemplo, a abertura de créditos adicionais ocorra em contrapartida a
uma anulação total ou parcial de alguma despesa, não houve um aumento no valor global do
orçamento aprovado.
Errado.
De acordo com o Inciso X, do artigo 167 da nossa Carta Magna, é vedado aos estados e às
suas instituições financeiras a realização de transferência voluntária de recursos aos muni-
cípios para pagamento de despesas com pessoal, bem como a concessão de empréstimos,
inclusive por antecipação de receita – ARO, pelos Governos Federal e Estaduais e suas institui-
ções financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Letra c.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
O STF já decidiu que, de uma maneira geral, a previsão de despesa, em lei orçamentária, não
gera direito subjetivo a ser assegurado por via judicial. Assim, o simples fato de uma despesa
ser incluída no orçamento não gera direito subjetivo à sua realização.
Certo.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Guarde que no Brasil, o modelo de federalismo consagrado por nossa CF/88 é o do federalis-
mo cooperativo, aquele que visa à redução das desigualdades regionais.
Errado.
Na verdade, no caso em tela, deve ser usado o crédito suplementar, aquele destinado a au-
mentar uma dotação já existente. Reveja as principais características de cada modalidade de
crédito adicional, para não erra no dia da prova:
Reforço de dotação, autorização
Suplementares
legislativa, indicar fonte de
recursos.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Sim, é verdade que o PPA e a LDO são referências para a LOA, entretanto, a sua aprovação não
está condicionada à aprovação do PPA.
Em verdade, como os dois projetos são enviados até a mesma data, não seria razoável condi-
cionar a aprovação da LOA à aprovação do PPA.
Errado.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.
Certo.
Isso é o mínimo, condição básica e essencial para que possa ser analisada no que diz respeito
ao atendimento às demais restrições.
Certo.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Guarde que o prazo máximo para o encaminhamento do projeto de LOA do executivo ao le-
gislativo é 31 de agosto do ano anterior, ou seja, 4 meses antes do encerramento do exercí-
cio corrente.
Errado.
A CF/1988, em seu artigo 165, não deixa dúvida de que tais leis são de iniciativa do Poder Exe-
cutivo. Confira:
Certo.
Na verdade, caso a União não edite normas gerais, os Estados exercerão a competência legis-
lativa plena, editando lei de normas gerais de Direito Financeiro para atender a suas peculiari-
dades, razão pela qual a assertiva está ERRADA, já que diz que o poder de estabelecer normas
gerais não pode ser por outro ente que não a União.
Errado.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Na verdade, se forem autorizados por lei, podem ser abertos por decreto do poder executivo.
Confira na literalidade do artigo 42 da Lei 4.320/1964:
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto exe-
cutivo.
Errado.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
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Para resolver essa questão, recorremos ao disposto no sobre o artigo 165, § 9ª da CF/1988. Veja:
Amigo(a), embora a lei complementar de que trata o dispositivo em tela não tenha sido edi-
tada até hoje (mais de 30 anos depois de promulgada a CF) para tratar de todas as matérias
nele mencionadas, considera-se recepcionada com status de lei complementar a Lei 4.320/64,
além da LRF 101/2000 no que diz respeito ao inciso II.
De acordo com a CF, portanto, a norma geral sobre elaboração e organização do Plano Pluria-
nual deve ser prevista em lei complementar, o que está coerente com a assertiva.
Certo.
Sim, as emendas podem ser aprovadas caso indiquem os recursos, podendo estar relacionada
à anulação de dotação de investimentos, como disposto na alternativa E.
Vamos ver na CF/1988 que as reduções de dotação propostas nas demais alternativas são
vedadas. Confira com indicações nossa:
Art. 166, § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
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Manuel Piñon
a) dotações para pessoal (letra A) e seus encargos (letra B);
b) serviço da dívida; (letra C)
c) transferências tributárias constitucionais para Estados (letra D), Municípios e Distrito Federal;
Letra e.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
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Esta afirmativa está em desacordo com o artigo 165, § 5º, incisos I a III, CF/1988, que diz que
a lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
Errado.
Guarde que, enquanto os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orça-
mentária existente, os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
Certo.
A CF/1988, em seu artigo 165, NÃO DEIXA DÚVIDA de que tais leis são de iniciativa do Poder
Executivo. Confira:
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Manuel Piñon
Sim, as emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser com-
patíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e com o plano plurianual. Ora, se LOA preci-
sa ser compatível, tanto as suas emendas quanto os créditos adicionais ao orçamento, tam-
bém precisam.
Certo.
Nenhuma proposta orçamentária pode ser enviada diretamente ao Congresso Nacional - CN, in-
dependentemente da autonomia de cada poder, a proposta orçamentária de cada órgão ou Po-
der deverá ser encaminhada ao Executivo, para fins de consolidação e respectivo envio ao CN.
Errado.
A resposta dessa questão está no caput do artigo 166 da nossa CF/1988. Confira com gri-
fos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-
ma do regimento comum.
Certo.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
A base legal é o § 2º, I do artigo 35 das Disposições Constitucionais Transitórias, que embora
transitória, ainda vale até hoje (32 anos depois). Confira:
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-
cidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do manda-
to presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primei-
ro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Guarde, portanto, que o tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe
do Executivo, ou seja, o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segun-
do ano, somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
Certo.
Na verdade, a LDO, assim como a LOA, é anual, e o PPA, que de fato tem vigência de quatro
anos, não coincide exatamente com o mandato político, já que o PPA é elaborado no primeiro
ano de governo e entra em vigor no segundo ano, somente se encerrando no fim do primeiro
ano do governo seguinte.
Errado.
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LEIS
ORÇAMENTÁRIAS
Esses instrumentos são, na verdade, as leis que regulam, cada uma delas com especificida-
des e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes públicos nas três esferas
de governo.
Guarde que o artigo 165 da CF/1988 nos revela os 3 principais instrumentos de Planejamento
e Orçamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
A CF/1988, em seu artigo 165, NÃO DEIXA DÚVIDA de que tais leis são de iniciativa do Poder
Executivo. Confira:
Logo na primeira parte em que trata de matéria orçamentária, a CF/1988 apresenta a exigência
de planejar as ações de governo por meio desses instrumentos orçamentários. Confira:
Tenha sempre em mente que os créditos suplementares são os destinados a reforçar uma
dotação orçamentária já existente. Assim, caso a dotação para a emissão de passaportes seja
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
insuficiente, devem ser abertos créditos adicionais suplementares e não especiais como disse
a assertiva.
Errado.
Embora pareça mentira por contrariar a sequência lógica natural das coisas, é a pura realidade,
já que o envio da proposta da LOA pelo Executivo ao CN – Congresso Nacional não tem amar-
ração em termos constitucionais/legais com a aprovação e publicação da LDO pelo CN a que
a LOA deve seguir.
Certo.
Para resolver essa questão, basta ter em mente o caput do artigo 166 da CF/1988. Reveja:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-
ma do regimento comum.
Errado.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
As etapas de planejamento e elaboração, que se encerram com o envio do projeto de LOA pelo
executivo se dá até 31 de agosto do ano anterior.
Já a etapa de Controle, se encerra no ano seguinte à execução da LOA (ou até mesmo depois),
já que há um processo de prestação de contas que se inicia 60 dias após a abertura da sessão
legislativa e terá fim no segundo semestre.
Concluindo, o ciclo orçamentário é superior a um ano como afirma a questão.
Certo.
De acordo com o artigo 165 da CF/1988, o Poder Judiciário pode elaborar sua proposta orça-
mentária separadamente, mas o encaminhamento é competência apenas do Poder Executivo.
Amigo (a), fique ligado(a). Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a do Poder Legislati-
vo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa competência é privativa
do Presidente da República (Inciso XXIII, do art. 84, da CF).
Errado.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
a) Errada. Cada ente possui seu próprio PPA. O PPA federal orienta o Estado e a sociedade no
sentido de viabilizar os objetivos da República, apresentando a visão de futuro para o País, ma-
cro desafios e valores que guiam o comportamento para o conjunto da Administração Pública
Federal.
b) Certa. O PPA deve sim ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse instrumento
central de planejamento deve servir promover, de maneira integrada, oportunidades de investi-
mentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um desenvol-
vimento mais equilibrado entre as regiões do País.
c) Errada. Na verdade, o tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe
do Executivo. O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano,
somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte. Confira:
O chefe do Poder
O chefe do Poder
Executivo traba-
Executivo gover-
lha com o seu
na com o PPA de Refere-se ao 2º Refere-se ao 3º
PPA aprovado
seu antecessor e ano de execução ano de execução
pelo Poder Legis-
elabora o seu PPA de seu PPA. de seu PPA.
lativo. É o 1º ano
para os próximos
de prática de seu
quatro anos.
planejamento.
d) Errada. É o PPA, instrumento previsto no artigo 165 da Constituição Federal, destinado a
organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os objetivos da
República, servindo como instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal
que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO tem como primordial função o estabelecimento dos
parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir,
dentro do possível, a realização das metas e objetivos contemplados nos programas do PPA.
Em outras palavras, o papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA, às reais
possibilidades de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio campo” entre o planejamento
estratégico de médio prazo (PPA) e o planejamento operacional (LOA).
e) Errada. São admitidas, a título de exceção, autorizações para créditos suplementares e ope-
rações de crédito, inclusive por ARO - Antecipação de Receita Orçamentária.
Letra b.
De acordo com o artigo 165 da nossa Constituição Federal, todos os instrumentos de planeja-
mento elaborados sob a forma de lei são de iniciativa do Poder Executivo. Confira na literalida-
de da CF/1988:
045. (INÉDITA/2021) A LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, novidade legislativa que chegou
ao nosso país com a Constituição de 1988, tem papel importantíssimo no nosso ordenamento
jurídico quando o assunto é planejamento e orçamento público. Dentre as suas atribuições
constitucionais, temos:
a) estabelecer políticas de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
b) propor metas relativas à regionalização das despesas dos programas de duração continuada.
c) alterar a legislação tributária.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas de-
correntes e para as relativas aos programas de duração continuada.
c) Errada. A LDO apenas dispõe sobre alterações na legislação tributária.
d
) Errada. A LDO compreende despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
e) Errada. A LDO apenas estabelece parâmetros para fixação das remunerações dos servido-
res públicos federais, ou seja, não tem o condão de fixar tais remunerações.
Letra a.
046. (INÉDITA/2021) Uma das etapas do Ciclo Orçamentária refere-se ao Estudo e a Apro-
vação do Orçamento Público. De acordo com o texto constitucional, assinale a alternativa
que defina corretamente o Poder ou os Poderes responsável ou responsáveis pela realização
dessa etapa:
a) Poder Legislativo e do Poder Judiciário
b) Poder Executivo.
c) Poder Judiciário.
d) Poder Executivo e do Poder Legislativo.
e) Poder Legislativo
Em sua versão resumida, o Ciclo orçamentário é composto de 4 fases a seguir listadas junta-
mente com o Poder competente:
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• Elabora/planeja - Executivo;
• Estudo/Aprovação - Legislativo;
• Executa - Executivo;
• Controla/avalia - Legislativo + Tribunal de Contas.
Letra e.
047. (INÉDITA/2021) Os créditos adicionais extraordinários somente podem ser abertos para
atender a despesas
a) imprevistas.
b) imprevisíveis e urgentes.
c) para honrar precatórios alimentícios.
d) de investimento em moradia.
e) com pagamento de aposentadorias.
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Manuel Piñon
P
oder Executivo - elabora a LOA,
P
oder Legislativo - discussão,
em consonância com o PPA e a
votação e aprovação da LOA.
LDO e envia ao Poder Legislativo.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, apli-
cação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
Letra a.
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Manuel Piñon
Guarde que a definição acerca dos limites de gastos com pessoal no poder judiciário coube à
LRF e não ao Poder Executivo.
Podemos concluir, portanto, que fere a autonomia financeira, administrativa e patrimonial do
poder judiciário uma eventual intervenção do Poder Executivo nessa seara.
O STF inclusive já se manifestou nesse sentido:
Não pode lei ordinária, de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, fixar limites de execu-
ção orçamentária (do Poder Judiciário) sem nenhuma participação do Poder Judiciá-
rio. Há, nesse caso, interferência indevida sobre a gestão orçamentária desses órgãos
autônomos. Causa, inclusive, perplexidade o fato de uma lei que dispõe especificamente
sobre execução de despesas para determinado exercício financeiro ser anterior à própria
Lei Orçamentária Anual. Na verdade, a lei impugnada impõe restrições que poderiam,
perfeitamente, ser veiculadas nas leis orçamentárias, em especial na LDO. Dessa forma,
em razão da autonomia do Poder Judiciário na execução das despesas de seu respectivo
orçamento, somente os próprios entes podem contingenciar as dotações orçamentárias
que receberam, sendo ilegítima a imposição de medidas nesse sentido pelo Executivo.
Certo.
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Manuel Piñon
Confira na CF/1988:
Na verdade, são os créditos extraordinários que são utilizados para despesas urgentes e im-
previstas decorrentes de calamidade pública (como ocorreu em 2020 devido à pandemia de
covid-19), enquanto os créditos especiais são destinados a despesas sem dotação orçamen-
tária específica.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Na verdade, por meio da EC 109/2021, foi inserido o artigo 167-A, relativo a um regime fiscal
facultativo para Estados e Municípios. A ideia é que o Poder Executivo Estadual ou Municipal
seja pressionado nas renegociações com a União para a adotar tal regime. Confira:
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e re-
ceitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público,
ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação, aplicar o
mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021)
Errado.
Na verdade, por meio da EC 109/2021 passaram a integrar a nossa CF/1988 os artigos 167-B
a 167-G que tratam do regime extraordinário na União em caso de uma pandemia como a do
COVID-19. São regras permanentes que podem ser acionadas caso seja declarada calamida-
de pública.
Errado.
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Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
Agora quero pedir um favor: avalie nossa aula; é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso. Pode ser?
Muito obrigado!
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DIREITO FINANCEIRO
Revisão do Terço (Revisão das Aulas 1, 2 e 3)
Manuel Piñon
GABARITO
1. d 20. E 39. E
2. E 21. C 40. E
3. c 22. e 41. C
4. c 23. E 42. E
5. C 24. C 43. b
6. E 25. E 44. e
7. E 26. C 45. a
8. E 27. C 46. e
9. E 28. C 47. b
10. E 29. E 48. a
11. E 30. C 49. C
12. C 31. C 50. E
13. C 32. E 51. C
14. E 33. C 52. E
15. C 34. E 53. E
16. E 35. E 54. E
17. C 36. C 55. E
18. E 37. E
19. E 38. C
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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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