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Aula 10

Direito Financeiro p/ Procurador da Fazenda Nacional (PGFN) - 2015 (com videoaulas)

Professor: Sérgio Mendes

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Direito Financeiro p/ PGFN
Procurador da Fazenda Nacional
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes Aula 10

AULA 10: Lei de Responsabilidade Fiscal - Parte II


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1
1. EFEITOS NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO ............................................... 2
1.1 Previsão de Receitas .......................................................................... 2
1.2 Reestimativa de Receitas .................................................................... 3
1.3 Publicação da LOA e Cumprimento de Metas ......................................... 3
1.4 Limitação de Empenho e Movimentação Financeira ................................ 7
2. RENÚNCIA DE RECEITAS .....................................................................13
3. GERAÇÃO DE DESPESA .......................................................................20
4. DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO ..............................21
5. TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS .........................................................27
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF ..............................32
MEMENTO X ..........................................................................................43
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................48
GABARITO.............................................................................................59

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

Os temas desta aula são: Previsão e Reestimativa de Receitas; Publicação da


LOA e Cumprimento de Metas; Limitação de Empenho e Movimentação
Financeira; Renúncia de Receita; Geração de Despesa; Despesa Obrigatória de
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Caráter Continuado e Transferências Voluntárias.

E vamos prosseguir no estudo da Lei de Responsabilidade Fiscal!

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1. EFEITOS NO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

1.1 Previsão de Receitas

A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa de


arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante
de metodologia de projeção de receitas orçamentárias.

Segundo o art. 12 da LRF:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão


os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas
de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois
seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas
utilizadas.

Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações


na legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a
concessão de créditos tributários. Deve ser considerada, ainda, a variação do
índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante.

Consoante a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos


demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo
final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as
estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente
líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Isso ocorre porque todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e mais o Ministério


Público) elaboram suas propostas orçamentárias parciais e encaminham para o
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Poder Executivo, o qual é o responsável constitucionalmente pelo envio da


proposta consolidada ao Legislativo. Para que os demais Poderes possam
elaborar suas propostas parciais, devem ter disponíveis em tempo hábil os
estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente.

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1.2 Reestimativa de Receitas

No que se refere às estimativas de receitas, no afã de conseguir mais recursos


para emendas parlamentares, o Poder Legislativo poderia tentar, sem
embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo
Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1º do art. 12 da LRF determina:

§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se


comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

Atenção: repare que a LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita


pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou
legal.

1.3 Publicação da LOA e Cumprimento de Metas

Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso. Ainda, as receitas previstas
serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas
de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações
ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante
dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Tais metas
bimestrais são utilizadas como parâmetros para a limitação de empenho e
movimentação financeira prevista no art. 9º.

A LRF destaca que os recursos legalmente vinculados à finalidade específica


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serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,


ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Atenção: é vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade


imprecisa ou com dotação ilimitada.

Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo


demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada
quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco


Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas
pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e

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metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o


custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.

1) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da


Integração - 2013) O Poder Executivo deve aprovar a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolsos antes
da aprovação da lei orçamentária, conforme previsto na LRF.

Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso (art. 8º, caput, da LRF).
Resposta: Errada

2) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) O
cronograma de execução do desembolso deve ser estabelecido após a
publicação da LOA, sendo apresentado em termos mensais.

Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso (art. 8º, caput, da LRF).
Resposta: Certa

3) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Como


preparação para os debates da LOA, a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso devem ser elaborados
pelo Poder Executivo, logo após a publicação da LDO.

Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
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dispuser a LDO, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o


cronograma de execução mensal de desembolso.
Resposta: Errada

4) (CESPE – Analista Administrativo – Administrativa - ANTT – 2013)


Um recurso legalmente vinculado manterá sua destinação específica
mesmo em exercício diverso de sua arrecadação.

Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados


exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo único,
da LRF).
Resposta: Certa

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5) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Quando


determinado recurso legalmente vinculado não é executado em seu
próprio exercício, a vinculação da receita é descaracterizada no
exercício posterior, para facilitar o controle da execução.

Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados


exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo
único, da LRF).
Resposta: Errada

6) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Quando
cabível, a quantidade e os valores ajuizados para a cobrança da dívida
ativa devem ser desdobrados em metas bimestrais de arrecadação.

As receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas


bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível,
das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de
ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do
montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa (art. 13
da LRF).
Resposta: Certa

7) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) O


Poder Legislativo de cada ente não pode reestimar a receita prevista
na proposta orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo, salvo
em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

A LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder


Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
Não existe determinação para que isso ocorra apenas em caso de guerra,
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comoção intestina ou calamidade pública.


Resposta: Errada

8) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) Aumentos da inflação e


da taxa de crescimento econômico não alteram as receitas tributárias
previstas, visto que a metodologia de estimação dessas receitas, no
âmbito do processo orçamentário, leva em conta apenas os impactos
das alterações na legislação.

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão


os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da

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projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia


de cálculo e premissas utilizadas (art. 12 da LRF).

Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações


na legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a
concessão de créditos tributários. Deve ser considerada, ainda, a variação
do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro
fator relevante.
Resposta: Errada

9) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) As previsões de


receita para o exercício financeiro de 2014 não precisam considerar os
possíveis efeitos decorrentes da realização da Copa do Mundo de
futebol na evolução da arrecadação pública.

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão


os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante (como é o
caso de uma Copa do Mundo FIFA) e serão acompanhadas de
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois
seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas
utilizadas (art. 12 da LRF).
Resposta: Errada

10) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) A execução


orçamentária e financeira, em todos os níveis de governo, obedece a
determinadas regras legais, rígidas e abrangentes. Julgue o item
subsequente, relativo a essas regras.
O estado da Federação que receber recursos públicos para aplicação
em programas na área da saúde e não conseguir utilizá-los
integralmente até o final do exercício somente poderá reinscrevê-los
no orçamento do exercício seguinte se mantiver a mesma destinação
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estabelecida no orçamento anterior.

Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados


exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo único,
da LRF).

Assim, no caso em tela, como a saúde é uma despesa vinculada, o ente poderá
reinscrever os recursos no orçamento do exercício seguinte se mantiver a
mesma destinação estabelecida no orçamento anterior.

Resposta: Certa

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1.4 Limitação de Empenho e Movimentação Financeira

É o previsto de maneira explícita no caput do art. 9º da LRF, o qual dispõe que,


se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no anexo de metas fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos 30 dias
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Note que tal verificação é
bimestral, a fim de que em vários momentos do ano tenhamos a possibilidade
de correções e monitoramento das metas.

A limitação de empenho também será promovida pelo ente que ultrapassar o


limite para a dívida consolidada, para que obtenha o resultado primário
necessário à recondução da dívida ao limite.

Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser


estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo
de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de
compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de
socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados.

Em outras palavras, a limitação de empenho, usualmente usada como


sinônimo de contingenciamento, consiste no bloqueio de despesas previstas na
LOA. É um procedimento empregado pela Administração para assegurar o
equilíbrio entre a execução das despesas e a disponibilidade efetiva de
recursos. A realização das despesas depende diretamente da arrecadação das
receitas. Assim, caso não se confirmem as receitas previstas, as despesas
programadas poderão deixar de ser executadas na mesma proporção. As
despesas são bloqueadas a critério do Governo, que as libera ou não
dependendo da sua conveniência. Os contingenciamentos têm sido decretados
com frequência, e como a liberação depende da conveniência da
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Administração, estimula a negociação política entre o Poder Executivo e os


parlamentares que querem ver suas bases eleitorais atendidas na execução
orçamentária e financeira.

Outra possibilidade a ser pensada em caso de frustração de receita seria o


endividamento público. O ente faria operações de crédito para cobrir a
defasagem entre as receitas efetivamente arrecadas e a previsão na LOA. No
entanto, isso não é mais recomendado com a LRF, já que medidas desse tipo
não contribuiriam para o cumprimento das metas fiscais. Restaria apenas a
contenção de despesas por meio da limitação de empenho, até que ocorra a
melhora da arrecadação.

Analisando o art. 9º, não há a possibilidade de limitação de empenho por


excesso de despesa, a não ser por dívida. O gestor público só tem permissão

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legal para proceder à limitação de empenho quando a realização da receita (e


não a execução da despesa) comprometer as metas fiscais, como o superávit
primário. Outra observação é a de que, além do Poder Executivo, há a
extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo e Judiciário e ao
Ministério Público.

A LRF apresenta despesas que não podem sofrer a limitação de empenho. Não
serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes
orçamentárias.

No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a


recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de
forma proporcional às reduções efetivadas.

Não serão objeto de limitação as despesas que


constituam obrigações constitucionais e legais do ente,
inclusive aquelas destinadas ao pagamento do
serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.

Limitação de No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda


empenho que parcial, a recomposição das dotações cujos
empenhos foram limitados dar-se-á de forma
proporcional às reduções efetivadas.

Consoante o art. 65 da LRF, no caso de estado de defesa e/ou de sítio,


decretado na forma da Constituição, ou na ocorrência de calamidade pública
reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias
Legislativas, na hipótese dos estados e municípios, enquanto perdurar a
situação serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação
de empenho prevista no art. 9o.
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Cabe ressaltar que, em relação ao § 3º do art. 9º, foi proposta uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) perante o Supremo Tribunal Federal, o
qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo:

“§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não


promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo
autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei
de diretrizes orçamentárias.”

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Atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não


é autorizado a limitar os Poderes Legislativo e
Judiciário e o Ministério Público caso estes não
promovam a limitação no prazo estabelecido no
caput do art. 9°. Há a extensão da limitação de
Art. 9º, § 3º, da LRF empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por
ato próprio.

11) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013)


Considere que, ao final do segundo bimestre de exercício da LOA,
constate-se que as receitas efetivamente arrecadadas foram inferiores
às projetadas na LOA e que não será atingida a meta de resultado
primário definida na LDO. Nessa situação, os Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, bem como o Ministério Público, deverão, cada
um, em ato próprio, nos trinta dias subsequentes, limitar os empenhos
e as movimentações financeiras nos montantes necessários para a
obtenção do reequilíbrio orçamentário, conforme estabelecido na LDO.

A limitação de empenho é prevista de maneira explícita no caput do art. 9.º da


LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização
da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o
Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Resposta: Certa 22528601034

12) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) É permitido


ao Ministério Público, sem prejuízo dos critérios fixados pela Lei de
Diretrizes Orçamentárias, promover, por ato próprio, limitação de
empenho nos trinta dias subsequentes ao bimestre em que a
realização da receita demonstre que poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário estabelecidas no anexo
de metas fiscais.

A limitação de empenho é prevista de maneira explícita no caput do art. 9.º da


LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização
da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o
Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
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financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.


Resposta: Certa

13) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) De


acordo com a LDO, na condição de se verificar, ao final do semestre,
que a realização da receita não comportará o cumprimento das metas
de resultado primário, o Poder Executivo promoverá, por ato próprio,
limitações no empenho e na movimentação financeira dos três
poderes.

A limitação de empenho é prevista de maneira explícita no caput do art. 9.º da


LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a
realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os
Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias.
Resposta: Errada

14) (CESPE – Analista Administrativo – Administrativa - ANTT – 2013)


Caso haja o descumprimento das metas fiscais previstas na LDO, o
Poder Executivo deve limitar imediatamente o dispêndio de todos os
três poderes. Como as regras de limitação estão definidas na LDO, que
foi debatida e aprovada pelo Poder Legislativo, tal procedimento não
pode ser considerado uma violação da independência dos poderes.

Atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os


Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam
a limitação no prazo estabelecido no caput do art. 9°. Há a extensão da
limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público,
mas ela deve ser efetuada por ato próprio.
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Resposta: Errada

15) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) Os


recursos da União destinados à transferência aos municípios para o
custeio de ações e serviços públicos de saúde não podem sofrer
limitação de empenho, ainda que a realização da receita não comporte
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no anexo de metas fiscais da lei de diretrizes
orçamentárias (LDO).

A LRF apresenta despesas que não podem sofrer a limitação de empenho. Não
serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do
serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

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Assim, os recursos da União destinados à transferência aos municípios para o


custeio de ações e serviços públicos de saúde não podem sofrer limitação de
empenho, por se tratar de uma obrigação constitucional e legal.
Resposta: Certa

16) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2013) A LDO/2013


prevê que, no caso de frustração da receita que venha a comprometer
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, o Poder
Executivo efetuará automaticamente, a qualquer tempo, o
contingenciamento das dotações e a retenção dos recursos
correspondentes a todos os poderes e ao Ministério Público, situação
que só se reverterá se houver plena recuperação da receita
inicialmente estimada antes do final do exercício.

Atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os


Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam
a limitação no prazo estabelecido no caput do art. 9°. Há a extensão da
limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público,
mas ela deve ser efetuada por ato próprio.

Além disso, no caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial,


a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de
forma proporcional às reduções efetivadas. Logo, não é necessária plena
recuperação da receita inicialmente estimada antes do final do exercício.

Resposta: Errada

17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova


cancelada - 2013) A fixação das datas para limitação de empenho e
movimentação financeira é uma das responsabilidades da LDO,
atribuída pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
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A lei de diretrizes orçamentárias disporá sobre critérios e forma de limitação de


empenho (art. 4, I, b, da LRF).

Entretanto, os prazos para a limitação de empenho já estão na Lei de


Responsabilidade Fiscal. Já as datas de limitação de empenho
correspondem às necessidades verificadas bimestralmente pela Administração
Pública.

Em resumo, a LDO não traz as datas. Por exemplo, ela não diz que no dia 15
de outubro vai haver limitação. A LDO não tem como prever isso.

Resposta: Errada

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18) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) As despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida não
serão objeto de limitação, ainda que não seja conferida a meta de
resultado primário estabelecida no anexo de metas fiscais.

A LRF apresenta despesas que não podem sofrer a limitação de empenho. Não
serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do
serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
Resposta: Certa

19) (CESPE –Analista Técnico-Administrativo - CADE – 2014) Caso


determinado órgão do Poder Judiciário não tenha promovido a
limitação de empenho de suas dotações orçamentárias no prazo e nas
condições estipuladas pela legislação, o Poder Executivo poderá limitar
os valores financeiros segundo seus próprios critérios.

Atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os


Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam
a limitação no prazo estabelecido no caput do art. 9°. Há a extensão da
limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público,
mas ela deve ser efetuada por ato próprio.
Resposta: Errada

20) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE


– 2014) Se houver necessidade de limitação de empenho, os poderes e
órgãos deverão obedecer aos critérios estabelecidos na LDO.

A limitação de empenho é prevista de maneira explícita no caput do art. 9.º da


LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização
da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o
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Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,


nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Resposta: Certa

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2. RENÚNCIA DE RECEITAS

Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a


instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente da Federação. Desta forma, os entes possuem tributos
de competência própria e devem explorar efetivamente seu potencial
arrecadatório. No entanto, em geral, os municípios brasileiros de menor porte
são os que têm demonstrado menor interesse em arrecadar os tributos, devido
a proximidade do eleitor-contribuinte com o prefeito e os vereadores, o que
desmotiva tais políticos a adotarem medidas benéficas aos cofres públicos,
porém desgastantes e antipáticas politicamente. Visando coibir práticas
semelhantes, a LRF traz meios e sanções para que o gestor público tenha um
melhor gerenciamento no tocante à receita pública, como no que se refere à
renúncia de receitas.

A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito


presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado. Note que, ao considerar renúncia termos como “isenção em
caráter não geral”, “redução discriminada” e “tratamento diferenciado”, a LRF
visa evitar que haja preferências para apenas alguns poucos em prejuízo dos
demais. Por exemplo, a isenção em caráter geral não se enquadra no conceito
de renúncia de receitas da LRF.

Vamos às definições tomando como base o disposto no Manual de


Contabilidade Aplicada ao Setor Público e no Código Tributário Nacional:
 Anistia: é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na
parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por
infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a
concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em
débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido.
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 Remissão: é o perdão da dívida, que se dá em determinadas


circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida,
situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito,
inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não
compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber,
erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade etc. Não
implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal, nem
em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. Contudo, não se
considera renúncia de receita o cancelamento de débito cujo montante
seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
 Subsídio: é um incentivo do estado a determinadas situações de
interesse público. Por exemplo, para aquisição de casa própria para a
população de renda mensal inferior a três salários mínimos.

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 Crédito presumido: é aquele que representa o montante do imposto


cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de
recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o estado se
apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da
mercadoria. É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços
que venham a ser objeto de operações e prestações destinadas ao
exterior. Todavia, não é considerado renúncia de receita o crédito real
ou tributário do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo.
 Isenção: é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a
dispensa legal, pelo estado, do débito tributário devido.
 Redução da base de cálculo: é o incentivo fiscal por meio do qual a lei
modifica para menos sua base tributável por meio da exclusão de
qualquer de seus elementos constitutivos. Pode ocorrer isoladamente ou
associada a uma redução de alíquota, expressa na aplicação de um
percentual de redução.

Ainda, outras situações podem caracterizar renúncia de receitas e não apenas


as listadas, já que o conceito compreende também outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado. Por exemplo, segundo o art. 146 da
CF/1988, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre adequado tratamento tributário ao
ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

De acordo com o § 6º do art. 150 da CF/1988, qualquer subsídio ou isenção,


redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo
ou contribuição. Assim, é vedada ao Poder Executivo, através de ato
regulamentar ou de delegação legislativa, a concessão de benefícios fiscais,
bem como a edição de lei geral sobre a matéria.
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O tema é tão importante que a CF/1988 tornou o controle mais abrangente,


não mais se restringindo apenas ao lado da despesa orçamentária
propriamente dita, mas também atuando na renúncia de receitas. O caput do
art. 70 da Carta Magna dispõe que a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema
de controle interno de cada Poder.

A LRF determina que a renúncia de receitas deve ser precedida de um


planejamento pormenorizado, a fim de que se identifiquem as consequências
sobre a perda inicial de arrecadação e as medidas para a compensação dessa
perda para o ano que entrar em vigor e nos dois seguintes. Assim, segundo o

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art. 14, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza


tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar
sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes
orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
 Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na
estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas
de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO.
 Estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de
tributo ou contribuição. Nesse caso, o benefício só entrará em vigor
quando implementadas as medidas citadas.

Vale destacar que a LRF é taxativa, logo, medidas como diminuição de


despesas ou aumento de fiscalização contra a sonegação não são medidas de
compensação.

O disposto acima sobre renúncia de receitas não se aplica às alterações das


alíquotas dos impostos de importação de produtos estrangeiros (II), de
exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de
produtos industrializados (IPI), de operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito
cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

As limitações da LRF sobre a renúncia de receitas não se


aplicam às alterações das alíquotas II, IE, IPI, IOF e ao
cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos
respectivos custos de cobrança.

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Relembro que, segundo o art. 5º da LRF, o projeto de lei


orçamentária anual, elaborado de forma compatível com
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias
será acompanhado do demonstrativo regionalizado do
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de
compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de
caráter continuado.

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21) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013)


Suponha que a União pretenda reduzir a zero a alíquota do imposto de
produtos industrializados incidente sobre eletrodomésticos e utensílios
de cozinha. Nessa situação, não será necessário demonstrar que a
renúncia de receita foi considerada na estimativa de receita da lei
orçamentária nem efetuar medidas de compensação por meio do
aumento de receita.

O disposto na LRF sobre renúncia de receitas não se aplica às alterações das


alíquotas dos impostos de importação de produtos estrangeiros (II), de
exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de
produtos industrializados (IPI), de operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito
cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
Resposta: Certa

22) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2013) Considere a


seguinte situação hipotética. Um parlamentar apresentou projeto de
lei prevendo devolução de tributo para os contribuintes de
determinado ramo de atividade, devolução essa condicionada à
realização de novos investimentos, com vigência durante os dois
exercícios subsequentes à publicação da respectiva lei. A matéria,
dado o interesse em sua rápida aprovação, foi incluída no próprio
projeto de lei orçamentária. A receita já foi estimada e as metas fiscais
foram fixadas considerando-se essa modificação na legislação
tributária.
Nessa situação, concluiu-se, apropriadamente, que todos os requisitos
legais foram atendidos.

Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício


de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
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em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes (não foi atendido),
atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias (não foi atendido) e a
pelo menos uma das seguintes condições (foi atendida uma das
condições):
_ Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na
estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas de
resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO.
_ Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado,
por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
Nesse caso, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as
medidas citadas.

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Ainda, de acordo com o § 6º do art. 150 da CF/1988, qualquer subsídio ou


isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia
ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que
regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o
correspondente tributo ou contribuição (não pode ser a LOA).

Nessa situação, conclui-se que os requisitos legais não foram atendidos.


Resposta: Errada

23) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) Nos


termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a concessão de benefício
tributário do qual decorra renúncia de receita do IPI deve estar
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro e da
correspondente compensação.

As limitações da LRF sobre a renúncia de receitas não se aplicam às alterações


das alíquotas II, IE, IPI, IOF e ao cancelamento de débito cujo montante seja
inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

Logo, no caso em tela, não é necessário que a renúncia esteja acompanhada


de estimativa do impacto orçamentário-financeiro e da correspondente
compensação.
Resposta: Errada

24) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) Não se


considera renúncia de receita o aumento do número de beneficiários
de um incentivo fiscal regularmente concedido nos termos da lei.

O aumento do número de beneficiários acarreta em aumento da renúncia de


receitas.
Resposta: Errada
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25) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Contabilidade - ABIN –


2010) Benefícios fiscais regionais que impliquem renúncia de receita
deverão ser demonstrados no projeto de lei orçamentária e terão de
ser aprovados por lei específica.

De acordo com o § 6.º do art. 150 da CF/1988, qualquer subsídio ou isenção,


redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou
remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou
contribuição.

Segundo o art. 5.º da LRF, o projeto de lei orçamentária anual, elaborado de

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forma compatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito,
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como
das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de
despesas obrigatórias de caráter continuado.
Resposta: Certa

26) (CESPE - Procurador de Contas - TCE/BA - 2010) Considere a


seguinte situação hipotética.
O estado da Bahia concedeu redução da alíquota de ICMS. Para isso,
realizou estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
em que deverá ser iniciada sua vigência e nos dois seguintes,
atendendo ao disposto na lei orçamentária vigente, mediante a
instituição de medidas de compensação, por meio de aumento de
receita, com a elevação de alíquotas de outros tributos de sua
competência. Nessa situação, as medidas de compensação poderão ser
implementadas posteriormente à concessão do benefício.

Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício


de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na
lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das condições
estabelecidas na LRF, que poderá ser a instituição de medidas de
compensação, no período mencionado, por meio do aumento de receita,
proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração
ou criação de tributo ou contribuição. No entanto, nesse caso, o benefício só
entrará em vigor quando implementadas as medidas citadas.
Resposta: Errada

27) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013)


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Em se tratando de isenções de caráter geral, dispensam-se as


exigências de previsão orçamentária e medidas de compensação
previstas na LRF.

A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito


presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado. Note que, ao considerar renúncia termos como “isenção em
caráter não geral”, “redução discriminada” e “tratamento diferenciado”, a LRF
visa evitar que haja preferências para apenas alguns poucos em prejuízo dos
demais. Por exemplo, a isenção em caráter geral não se enquadra no conceito
e nas exigências de renúncia de receitas da LRF.
Resposta: Certa

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28)(CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013)


Em função da diminuição da receita tributária, considera-se renúncia
de receita a diminuição de alíquota do IPI, devendo, portanto, ser
atendidos todos os requisitos necessários para a concessão dessa
redução, previstos na LRF.

O disposto na LRF sobre renúncia de receitas não se aplica às alterações das


alíquotas dos impostos de importação de produtos estrangeiros (II), de
exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de
produtos industrializados (IPI), de operações de crédito, câmbio e seguro,
ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito
cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
Resposta: Errada

29) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013) A


diminuição da base de cálculo do ICMS, ainda que aprovada por
convênio no Conselho Nacional de Política Fazendária, é considerada
renúncia de receita, para efeitos de responsabilidade fiscal.

A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito


presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições (como diminuição da base de cálculo do ICMS) e
outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
Resposta: Certa

30) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) São formas de renúncia fiscal: anistia, remissão, subsídio,
crédito presumido e concessão de isenção em caráter não geral.

A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito


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presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota


ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado.
Resposta: Certa

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3. GERAÇÃO DE DESPESA

A geração de despesa se refere ao aumento de despesa por meio de criação,


expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental.

Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento


de ação governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de:

I – estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do


impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade
com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

O referido artigo ainda define despesa adequada com a LOA e despesa


compatível com PPA e LDO.
 Adequada com a LOA: a despesa objeto de dotação específica e
suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que,
somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar,
previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites
estabelecidos para o exercício.
 Compatível com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as
diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e
não infrinja qualquer de suas disposições.

Tais normas constituem condição prévia para empenho e licitação de serviços,


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fornecimento de bens ou execução de obras, bem como para desapropriação


de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da CF/1988. A geração
de despesas ou assunção de obrigações que não atendam o disposto nos arts.
16 e 17 da LRF serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao
patrimônio público.

Ressalva-se dessas determinações a despesa considerada irrelevante, de


acordo com o que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

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4. DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO

Ainda relacionado ao tema geração de despesas, temos que algumas despesas


são consideradas com maior potencial para causar danos ao equilíbrio das
contas públicas do que outras. Para essas, a LRF estabeleceu regras mais
rígidas para que se realizem ou sejam aumentadas, especialmente aquelas que
se prolongarem por mais de dois exercícios, como as despesas obrigatórias de
caráter continuado.

a despesa corrente derivada de lei, medida provisória


ou ato administrativo normativo que fixem para o ente
a obrigação legal de sua execução por um período
Segundo o art. 17 da LRF, superior a dois exercícios. Por exemplo, o aumento
considera-se obrigatória da remuneração de servidores públicos.
de caráter continuado

Muita atenção que nos remeteremos outras vezes ao art. 17 da LRF, o qual
ainda determina que são exigências para criação ou aumento das despesas
obrigatórias de caráter continuado:
 Atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos
com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que
deva entrar em vigor e nos dois subsequentes.
 Demonstração da origem dos recursos para seu custeio.
 Comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as
metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO.
 Tal comprovação, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e
metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de
compatibilidade da despesa com as demais normas do PPA e da LDO.
 Compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de
despesa. 22528601034

Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de


alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição. Já a prorrogação de despesa criada por prazo determinado
considera-se aumento da despesa.

A despesa obrigatória de caráter continuado não será executada antes da


implementação das medidas referidas, as quais integrarão o instrumento que a
criar ou aumentar. Logo, o administrador público deverá implementar essas
medidas antes da criação ou do aumento das despesas obrigatórias de caráter
continuado.

Entretanto, as despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de


remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da CF/1988 estão

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excluídas dessas regras. Tal inciso versa sobre a revisão geral anual, sempre
na mesma data e sem distinção de índices da remuneração dos servidores e do
subsídio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo, de Ministros de
Estado e de Secretários Estaduais e Municipais. É uma revisão para manter o
poder de compra; logo, reajustes para aumentar o poder aquisitivo, como os
que ocorrem em percentuais acima da inflação do período, devem seguir as
regras da LRF.

A despesa é classificada em duas categorias econômicas:

_ Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas


as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição
de um bem de capital. Exemplos: pessoal e encargos sociais, juros e encargos
da dívida, aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, etc.

_ Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria


aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição
de um bem de capital. Exemplos: investimentos, como a construção de
aeroportos; inversões financeiras, como a aquisição de um prédio já em
utilização; amortização da dívida, etc.

31) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Os efeitos
financeiros dos atos que criam as despesas obrigatórias de caráter
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continuado devem ser compensados, nos períodos seguintes, pelo


aumento permanente de receita ou pela redução permanente de
despesa.

São exigências para criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter


continuado:
_ Atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos com
estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar
em vigor e nos dois subsequentes.
_ Demonstração da origem dos recursos para seu custeio.
_ Comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as
metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO.

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_ Tal comprovação, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e


metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade
da despesa com as demais normas do PPA e da LDO.
_ Compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

Resposta: Certa

32) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013)


Somente no caso de despesa obrigatória de caráter continuado, é
facultada a declaração do ordenador da despesa decorrente de ação
governamental que acarrete aumento de despesa de que o aumento é
orçamentária e financeiramente adequado em relação à lei
orçamentária anual e compatível com o plano plurianual e a lei de
diretrizes orçamentárias (LDO).

Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação


governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado
de:
I - estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

Assim, a declaração do ordenador é obrigatória quando houver a criação,


expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa.
Resposta: Errada

(CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013) O


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ordenador de despesas de um órgão público assinou contrato


decorrente de licitação, cujo objeto constituía os serviços de
terceirização de mão de obra para a manutenção técnica de
computadores. A vigência do contrato era de doze meses e a previsão
de pagamento de prestações fixas era mensal. Com base nessa
situação hipotética, julgue o item seguinte.
33) A despesa decorrente do contrato deve ser considerada despesa
obrigatória de caráter continuado.

Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de


lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a
obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios
(art. 17 da LRF).

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Logo, a despesa decorrente do contrato não deve ser considerada despesa


obrigatória de caráter continuado, pois a vigência do contrato era de doze
meses.
Resposta: Errada

34) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Os
investimentos constantes do PPA são considerados despesas
obrigatórias de caráter continuado.

Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a


despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um
período superior a dois exercícios.

Os investimentos são despesas de capital.


Resposta: Errada

35) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) É obrigatória e de caráter


continuado a despesa corrente cuja obrigação de execução, legalmente
regulamentada, supere dois exercícios.

Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a


despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um
período superior a dois exercícios.
Resposta: Certa

36) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Para fins da LRF, considera-


se adequada com a LOA somente a despesa pública objeto de dotação
específica e suficiente para a sua realização.
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É adequada com a LOA a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou


que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, somadas
todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas
no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites
estabelecidos para o exercício.
Resposta: Errada

37) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Não se obriga a apresentação,


por parte do gestor público, da estimativa do impacto orçamentário-
financeiro de aumento de despesas, no exercício em que esse aumento
entrar em vigor e nos dois subsequentes, quando esse aumento for
considerado irrelevante.

Ressalva-se das determinações no que tange a geração de despesa aquela

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considerada irrelevante, de acordo com o que dispuser a lei de diretrizes


orçamentárias.
Resposta: Certa

38) (CESPE – Técnico da Administração Pública – TCDF – 2014)


Suponha que determinado órgão público pretenda estender programa
de capacitação de produtores agropecuários para alcançar um público
maior que os atuais beneficiários. Nessa situação, a expansão
pretendida somente poderá ser realizada se o ordenador de despesa
declarar formalmente que o objeto de dotação específica é suficiente,
ou que está abrangido por crédito genérico, de forma que, somadas
todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas
no programa de trabalho, não se ultrapassem os limites estabelecidos
para o exercício.

No que tange à geração de despesa, é adequada com a LOA a despesa objeto


de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito
genérico, de forma que, somadas todas as despesas da mesma espécie,
realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam
ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.
Resposta: Certa

39) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013)


Aumento de despesa considerado relevante pela lei de diretrizes
orçamentárias, como a realização de licitação para a aquisição de bens
de alto valor, deve ser acompanhado de demonstração do impacto-
financeiro no orçamento em vigor e nos dois subsequentes, não sendo
necessária a declaração de responsabilidade por parte do ordenador
de despesa sobre compatibilidade e adequação.

Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação


governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:
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I - estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do


impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

Assim, a declaração do ordenador é obrigatória quando houver a criação,


expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa.
Resposta: Errada

40) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013)


Despesa obrigatória de caráter continuado é a despesa corrente

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oriunda de lei, de medida provisória ou de ato administrativo


normativo que fixe para o ente estatal a obrigação legal de executá-la
por um período superior a dois exercícios.

Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de


lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a
obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios (art.
17 da LRF).
Resposta: Certa

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5. TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS

De acordo com o art. 25 da LRF, entende-se por transferência voluntária a


entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título
de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de
determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de
Saúde.

a entrega de recursos correntes ou de capital a


outro ente da Federação, a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira,
que não decorra de determinação
constitucional, legal ou os destinados ao
Entende-se por
Sistema Único de Saúde.
transferência voluntária:

São exigências para a realização de transferência voluntária, além das


estabelecidas na LDO:
a) Existência de dotação específica;
b) Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF/1988, o qual veda a
transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo,
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) Comprovação, por parte do beneficiário, de:
 que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à
prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
 cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
 observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição
em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
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 previsão orçamentária de contrapartida.

É vedada a utilização de recursos transferidos em


finalidade diversa da pactuada.

Para fins da aplicação das sanções de suspensão de


transferências voluntárias constantes da LRF,
excetuam-se aquelas relativas a ações de educação,
saúde e assistência social.

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41) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) A transferência, entre entes da


Federação, de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) é
exemplo de transferência voluntaria.

De acordo com o art. 25 da LRF, entende-se por transferência voluntária a


entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título
de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de
determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único
de Saúde.
Resposta: Errada

42) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Com base no


que dispõe a LRF, julgue o item seguinte, relativo a transferências
voluntárias.
Não se aplicam sanções de suspensão de transferências voluntárias
em ações de educação, saúde e assistência social.

O § 3º do art. 25 da LRF registra que a vedação não alcança as transferências


relativas a ações de educação, saúde e assistência social.
Resposta: Certa

43) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Com base no


que dispõe a LRF, julgue o item seguinte, relativo a transferências
voluntárias.
Para que seja realizada a transferência voluntária, o beneficiário deve
comprovar previsão orçamentária de contrapartida.

No art. 25 da LRF:
§ 1º São exigências para a realização de transferência voluntária, além das
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:
I - existência de dotação específica;
II - (VETADO)
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III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;


IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:
a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de
contas de recursos anteriormente dele recebidos;
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações
de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar
e de despesa total com pessoal;
d) previsão orçamentária de contrapartida.
Resposta: Certa

44) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) É permitida a


utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada

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desde que tal medida seja tomada pelo chefe do Poder Executivo local
no estrito cumprimento do dever legal.

É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da


pactuada.
Resposta: Errada

45) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) Transferência


voluntária consiste na entrega de recursos correntes ou de capital a
outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou
os destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o art. 25 da LRF, entende-se por transferência voluntária a


entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título
de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de
determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de
Saúde.
Resposta: Certa

46) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) o


ente da Federação que não instituir e arrecadar todos os impostos da
sua competência estará proibido de receber transferências voluntárias
de qualquer espécie.

Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias


constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação,
saúde e assistência social.
Resposta: Errada

(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Com relação ao


disposto na LRF acerca das transferências voluntárias, julgue os itens
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seguintes.
47) Desde que devidamente justificada, é permitida a utilização de
recursos recebidos a título de transferências voluntárias em finalidade
diversa da pactuada.

É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da


pactuada.
Resposta: Errada

48) Para fins de aplicação das sanções de suspensão de transferências


voluntárias constantes na LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações
de educação, saúde e assistência social.

Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias

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constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde


e assistência social.
Resposta: Certa

49) (CESPE – Analista – Infraestrutura e Logística - BACEN – 2013)


Considere que determinado município deseje receber transferências
voluntárias da União. Nessa situação, além de obedecer aos limites e
critérios estabelecidos na LRF, será indispensável a formalização da
transferência por meio de convênio.

São exigências para a realização de transferência voluntária, além das


estabelecidas na LDO (art. 25, §1º, da LRF):
a) Existência de dotação específica;
b) Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF/1988, o qual veda a
transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo,
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) Comprovação, por parte do beneficiário, de:
_ que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de
contas de recursos anteriormente dele recebidos;
cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
_ observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e
de despesa total com pessoal;
_ previsão orçamentária de contrapartida.

Logo, não há previsão de celebração obrigatória de convênio.

Resposta: Errada
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50) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) Uma das exigências a serem atendidas pelo beneficiário da
transferência voluntária é a observância dos limites de inscrição dos
restos a pagar.

No art. 25 da LRF:
§ 1º São exigências para a realização de transferência voluntária, além das
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:
I - existência de dotação específica;
II - (VETADO)
III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;
IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:

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a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e


financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de
contas de recursos anteriormente dele recebidos;
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações
de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar
e de despesa total com pessoal;
d) previsão orçamentária de contrapartida.
Resposta: Certa

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF

51) (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional - 2012) O art. 9o da Lei de


Responsabilidade Fiscal estabelece: "Art. 9 o. Se verificado, ao final de
um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos
trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias".
Nesse caso,
a) o restabelecimento da receita prevista ensejará a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados, de forma proporcional às
reduções efetivadas, salvo se o restabelecimento for parcial.
b) poderão ser objeto de limitação temporária as despesas que
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive
aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
c) na eventualidade de os Poderes Legislativo e Judiciário e o
Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido
no caput, o Poder Executivo poderá limitar os valores financeiros
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
d) até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder
Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de
cada quadrimestre, em audiência pública na comissão mista
permanente de Senadores e Deputados referida no § 1o do art. 166 da
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e
municipais.
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e) a Secretaria do Tesouro Nacional apresentará, no prazo legal,


avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas
monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal
de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.

Questão baseada no art. 9° da LRF e em decisões do STF:

a) Errada. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que


parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-
á de forma proporcional às reduções efetivadas (art. 9°, § 1°).

b) Errada. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam


obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao

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pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes


orçamentárias (art. 9°, § 2°).

c) Errada. De acordo com a LRF, no caso de os Poderes Legislativo e Judiciário


e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no
caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo
os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias (art. 9°, § 3°).
Entretanto, foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o
Supremo Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste
dispositivo. Assim, atualmente, devido à ADIn, o Poder Executivo não é
autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público
caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido no caput do art.
9º. Há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário
e Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio.

d) Correta. Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder


Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada
quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1° do art. 166
da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais
(art. 9°, § 4°).

e) Errada. No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o


Banco Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões
temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos
objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o
impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos
balanços (art. 9°, § 5°).

Resposta: Letra D

52) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Segundo


a Lei Complementar n. 101/2000, acerca da renúncia de receita, pode-
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se afirmar que:
a) a concessão da renúncia de receita deve estar acompanhada de
estimativa do impacto orçamentário-financeiro, nos próximos três
exercícios.
b) uma das condições para a concessão de renúncia de receita é a
adoção de medidas compensatórias, por meio da redução das
despesas.
c) as condições para a renúncia de receita não se aplicam em caso de
redução das alíquotas do Imposto de Renda.
d) a renúncia de receita condicionada à adoção de medidas
compensatórias entra em vigor após verificado o efeito das medidas.
e) não se compreende, na renúncia de receita, a redução
indiscriminada de tributos ou contribuições.

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a) Errada. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza


tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva
iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Pode ser que a renúncia de
receita não comece no ano seguinte, o que torna o item errado.

b) Errada. Uma das condições para a concessão de renúncia de receita é a


adoção de medidas compensatórias, no período mencionado, por meio do
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da
base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. Essa
compensação não pode ocorrer por meio de redução de despesas.

c) Errada. As condições para a renúncia de receita não se aplicam às


alterações das alíquotas dos impostos de importação (II), exportação
(IE), IPI e IOF e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao
dos respectivos custos de cobrança.

d) Errada. A renúncia de receita condicionada à adoção de medidas


compensatórias entra em vigor depois de implementadas as medidas.

e) Correta. A renúncia de receita compreende anistia, remissão, subsídio,


crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado. Logo, não se compreende, na
renúncia de receita, a redução indiscriminada de tributos ou contribuições.

Resposta: Letra E

53) (ESAF – AFC/STN - 2008) As regras relativas à concessão ou


ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária, nos termos
da lei de responsabilidade fiscal, não se aplicam aos seguintes
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impostos, exceto:
a) Imposto de Importação.
b) Imposto de Exportação.
c) Imposto sobre Produtos Industrializados.
d) Imposto de Renda.
e) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas
a Títulos ou Valores Mobiliários.

As regras relativas à renúncia de receitas não se aplicam às alterações das


alíquotas dos impostos de importação de produtos estrangeiros (II), de
exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de
produtos industrializados (IPI), de operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito
cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.

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Logo, as regras se aplicam ao Imposto de Renda.


Resposta: Letra D

54) (ESAF – AFC/STN - 2008) Segundo dispõe a Lei Complementar n.


101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, as despesas de
caráter continuado são as que têm a seguinte característica:
a) são as despesas correntes e de capital definidas como necessárias à
manutenção dos projetos criados no Plano Plurianual – PPA.
b) são as despesas correntes e de capital destinadas ao custeio da
máquina administrativa decorrentes de determinações da Lei de
Diretrizes Orçamentárias
– LDO.
c) são os gastos relativos à implantação de programas e serviços
decorrentes da reestruturação de órgãos do Estado.
d) são as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou
ato administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.
e) são os gastos permanentes oriundos de determinação legal ou
judicial e que devem ser pagos com recursos dos exercícios seguintes.

Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a


despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um
período superior a dois exercícios.
Resposta: Letra D

55) (ESAF – AFC/STN - 2008) A concessão ou ampliação de incentivo


ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita
deverá estar acompanhada:
a) de exposição de motivos que justifique politicamente a finalidade da
renúncia.
b) de decreto regulamentador que identifique exatamente o valor da
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receita objeto da renúncia.


c) de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em
que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes.
d) de estudo de impacto orçamentário-financeiro que comprove a
necessidade da renúncia, como instrumento de política fiscal que
atenda ao plano plurianual.
e) de portaria regulamentadora expedida por autoridade competente
que explicite, objetivamente, o valor da receita objeto da renúncia.

Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício


de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender
ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das

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seguintes condições:
 Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na
estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas
de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO; ou
 Estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de
tributo ou contribuição. Nesse caso, o benefício só entrará em vigor
quando implementadas as medidas citadas.
Resposta: Letra C

56) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) De acordo com a Lei


de Responsabilidade Fiscal, considera-se obrigatória de caráter
continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou
ato administrativo normativo, que fixe para o ente a obrigação legal de
sua execução:
a) por um período superior a três exercícios.
b) por um período superior a dois exercícios.
c) até o encerramento do Plano Plurianual vigente.
d) até o encerramento do Plano Plurianual subsequente.
e) por um período superior a um exercício.

Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado


a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um
período superior a dois exercícios.
Resposta: Letra B

57) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) Nos termos da Lei


Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000, os dispositivos que
indicam vedação de renúncia, a exemplo de anistia, remissão,
subsídio, crédito presumido, concessão de isenção de caráter não
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geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que


implique redução discriminada de tributos, não se aplicam, quanto à
alteração de alíquotas:
a) aos impostos de propriedade territorial rural, de renda e de
proventos de qualquer natureza e de transmissão causa mortis e
doação, de quaisquer bens ou direitos.
b) aos impostos de propriedade de veículo automotores, aos impostos
extraordinários de guerra e aos impostos de renda e de proventos de
qualquer natureza.
c) aos impostos de importação de produtos estrangeiros, de
exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados,
de produtos industrializados e de operações de crédito, câmbio e
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.

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d) aos impostos sobre grandes fortunas, sobre propriedade predial e


territorial urbana e sobre transmissão intervivos, a qualquer título, por
ato oneroso, de bens móveis, por natureza ou acessão física, e de
direitos reais sobre imóveis.
e) aos impostos sobre serviços de qualquer natureza, bem como ao
imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza.

Os dispositivos que indicam vedação de renúncia não se aplicam às alterações


das alíquotas dos impostos de importação de produtos estrangeiros (imposto
de importação – II), de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados (imposto de exportação - IE), de produtos industrializados (IPI)
e de operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF) e ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao
dos respectivos custos de cobrança.
Resposta: Letra C

58) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Lei


Complementar n.101/2000, entre as diversas diretrizes acerca das
transferências voluntárias, estabelece que:
a) transferência voluntária é a entrega de recursos a outro ente da
Federação que não decorra de determinação constitucional, legal ou os
destinados às ações de saúde.
b) é permitida a realização de transferências voluntárias para o
pagamento de despesas com pessoal dos entes da Federação.
c) é exigência para a realização de transferências voluntárias a
existência de prévia dotação orçamentária que a autorize.
d) é exigência para a realização de transferências voluntárias a
comprovação por parte do beneficiário do cumprimento aos limites
constitucionais com educação, saúde e segurança.
e) não se aplicam as sanções de suspensão das transferências
voluntárias no caso das destinadas às ações de saúde, educação e
segurança. 22528601034

a) Errada. Transferência voluntária é a entrega de recursos correntes ou de


capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional,
legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. Não basta a transferência
não decorrer da CF/1988, de leis ou destinados ao SUS: deve ser a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira.

b) Errada. É vedada a transferência voluntária de recursos e a concessão de


empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e
Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com
pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DF e dos Municípios.

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c) Correta. É exigência para a realização de transferência voluntária a


existência de dotação específica.

d) Errada. É exigência para a realização de transferências o cumprimento dos


limites constitucionais relativos à educação e à saúde (não trata de
segurança).

e) Errada. Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências


voluntárias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de
educação, saúde e assistência social (não trata de segurança).

Resposta: Letra C

59) (ESAF – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A LRF


estabelece a obrigatoriedade do Poder Executivo elaborar a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso e, quando for o caso, poderá ser promovida a limitação de
empenho e de movimentação financeira. No que se refere a esses
procedimentos, assinale a opção correta.
a) Em nenhuma hipótese serão objeto de limitação as despesas que
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive
aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida.
b) Se verificada a necessidade de contingenciamento, cada um dos
poderes, por ato próprio e nos montantes necessários, terá até o final
do bimestre seguinte para efetuar a limitação de empenho e
movimentação financeira.
c) No governo federal, os saldos de caixa apurados ao final do
exercício e que integraram o superávit primário são utilizados para
pagamento da dívida pública, independentemente de sua vinculação.
d) Os critérios para realização da limitação de empenho e de
movimentação financeira serão estabelecidos na Lei Orçamentária
Anual. 22528601034

e) A limitação de que trata a LRF somente acontecerá se verificado que


ao final do quadrimestre a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário e nominal
estabelecidas na LDO.

a) Correta. A LRF apresenta despesas que não podem sofrer a limitação de


empenho. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam
obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes
orçamentárias.

b) Errada. Se verificada a necessidade de contingenciamento ao final de um


bimestre, cada um dos poderes, por ato próprio e nos montantes necessários,

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terá até os trinta dias subsequentes para efetuar a limitação de empenho


e movimentação financeira.

c) Errada. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão


utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8°,
Parágrafo único, da LRF).

d) Errada. Os critérios para realização da limitação de empenho e de


movimentação financeira serão estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

e) Errada. A limitação de que trata a LRF somente acontecerá se verificado que


ao final do bimestre a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário e nominal estabelecidas na LDO.

Resposta: Letra A

60) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) De


acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, o estabelecimento da
programação financeira e do cronograma de execução mensal de
desembolso obedecerá, entre outras diretrizes, à:
a) manutenção dos recursos legalmente vinculados à finalidade
específica no mesmo exercício em que ocorrer o ingresso.
b) avaliação trimestral do cumprimento das metas de resultado
primário e nominal.
c) possibilidade de limitação das despesas destinadas ao pagamento
do serviço da dívida.
d) recomposição ilimitada das dotações orçamentárias objeto de
limitação de empenho, em caso de restabelecimento da receita
prevista.
e) extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo,
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Judiciário e Ministério Público.

a) Errada. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão


utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda
que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8º,
parágrafo único, da LRF).

b) Errada. Haverá avaliação bimestral do cumprimento das metas de


resultado primário e nominal.

c) Errado. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam


obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes
orçamentárias (art. 9º, § 2º, da LRF).

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d) Errada. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial,


a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de
forma proporcional às reduções efetivadas (art. 9º, § 1º, da LRF).

e) Correto. Atualmente, devido à ADIN 2.238-5, o Poder Executivo não é


autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público
caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido no caput do art.
9.°. Há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário
e Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio.

Resposta: Letra E

61) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com


base na Lei de Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da
previsão e arrecadação da receita pública:
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos
são requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal.
b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores
relevantes, os efeitos das alterações na legislação, da variação do
índice de preços e do crescimento econômico.
c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da
federação que não institui, prevê e arrecada todos os tributos.
d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá
ser feita em caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder
Executivo deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais
de arrecadação.

a) Correta. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão


fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação.
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b) Correta. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,


considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.

c) É a incorreta. Atenção: é vedada a realização de transferências voluntárias


para o ente que não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os
impostos.

d) Correta. A LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder


Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

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e) Correta. Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas


previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas
de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações
ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante
dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
Resposta: Letra C

62) (ESAF - Auditor Fiscal - Receita Federal do Brasil – 2003)


Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal
a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da federação. Deste modo, na Lei
de Responsabilidade Fiscal, foram definidos procedimentos e normas a
serem observados pelo poder público. Com base na referida Lei,
identifique a opção incorreta com relação à receita.
a) O Poder Legislativo somente poderá efetuar a reestimativa de
receita se ficar comprovado erro ou omissão de ordem técnica e legal.
b) Se o montante previsto para as receitas de operação de crédito
ultrapassarem o das despesas correntes constantes do projeto de lei
orçamentária, o Poder Legislativo poderá efetuar a reestimativa de
receita.
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual
deverão conter um demonstrativo da estimativa e das medidas de
compensação da renúncia de receita.
d) Cada nível de governo deverá demonstrar que a renúncia de receita
foi considerada na Lei Orçamentária Anual e que não afetará as metas
previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) No prazo previsto, as receitas previstas serão desdobradas pelo
Poder Executivo em metas bimestrais de arrecadação.

a) Correta. A reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será


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admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal (art. 12, §


1º, da LRF).

b) É a incorreta. A alternativa "B" apresenta um outra possibilidade de


reestimativa (diferente da alternativa "A"). Logo, está incorreta porque não
tem previsão legal.

c) Correta. Isso mesmo! Tanto a LDO quanto a LOA devem tratar de renúncia
de receitas:
 O Anexo de Metas Fiscais da LDO conterá, ainda demonstrativo da
estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado (art. 4º, § 2º,
V, da LRF).

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 O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com


o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as
normas desta Lei Complementar será acompanhado do demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de
compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado (art. 5º, II, da LRF).

d) Correta. Cada nível de governo deverá demonstrar que a renúncia foi


considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12,
e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio
da lei de diretrizes orçamentárias (art. 14, I, da LRF).

e) Correta. No prazo previsto no art. 8º [Até trinta dias após a publicação dos
orçamentos], as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo,
em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado,
quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da
quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem
como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança
administrativa (art. 13 da LRF).

Resposta: Letra B

E aqui terminamos a aula 10.

Na próxima aula estudaremos mais uma parte da Lei de Responsabilidade


Fiscal.

Forte abraço!

Sérgio Mendes 22528601034

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MEMENTO X

LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA

Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar


o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de
Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos 30 dias subsequentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios da LDO.

A limitação de empenho também será promovida pelo ente que ultrapassar o limite para
a dívida consolidada, para que obtenha o resultado primário necessário à recondução da
dívida ao limite.

Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e


legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e
as ressalvadas pela LDO.

No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das


dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às
reduções efetivadas.

GERAÇÃO DE DESPESA

Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a


geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16
e 17 da LRF.

Consoante o art. 16, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação


governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:

I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em


vigor e nos dois subsequentes;

II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação


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orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO.

Despesa adequada com a LOA e compatível com PPA e LDO

Despesa adequada com a LOA: a despesa objeto de dotação específica e suficiente,


ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, somadas todas as despesas
da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não
sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício.

Despesa compatível com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as diretrizes,
objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de
suas disposições.

DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO

São as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou ato administrativo

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normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período
superior a dois exercícios.

São exigências para criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter


continuado:
 atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos com
estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em
vigor e nos dois subsequentes;
 demonstração da origem dos recursos para seu custeio;
 comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as metas de
resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO;
 compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo aumento
permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

Não será executada antes da implementação das medidas referidas, as quais integrarão
o instrumento que a criar ou aumentar.

As destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração de pessoal de


que trata o inciso X do art. 37 da CF/1988 estão excluídas dessas regras.

Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de


alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição. Já a prorrogação de despesa criada por prazo determinado considera-se
aumento da despesa.

RENÚNCIA DE RECEITAS

Compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em


caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique
redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.

A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual


decorra renúncia de receita deverá:

Estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em


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que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes;

Atender ao disposto na LDO;

E a pelo menos uma das seguintes condições:


• Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de
receita da lei orçamentária, na forma do art. 12 da LRF e de que não afetará as metas
de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO.
• Estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado, por meio do
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo,
majoração ou criação de tributo ou contribuição. Neste caso, o benefício só entrará em
vigor quando implementadas as medidas citadas.

O disposto acima não se aplica às alterações das alíquotas de II, IE, IPI, IOF e ao
cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de

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cobrança.

TRANSFERÊNCIAS

Obrigatórias: são operações especiais de transferências intergovernamentais que são


arrecadadas por um ente, mas devem ser transferidas a outros entes por disposição
constitucional ou legal.

Voluntárias: são operações especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes ou


de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao
Sistema Único de Saúde.

São exigências para a realização de transferência voluntária, além das


estabelecidas na LDO:

Existência de dotação específica.

Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF/1988, o qual veda a transferência


voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de
receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para
pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.

Comprovação, por parte do beneficiário, de:


 que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de
contas de recursos anteriormente dele recebidos;
 cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
 observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de
despesa total com pessoal; 22528601034

 previsão orçamentária de contrapartida.

É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. Para


fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes da
LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.

PREVISÃO

As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais e considerarão: os


efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes
àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

REESTIMATIVA E PUBLICAÇÃO

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O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do


Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de
suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício
subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado


erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

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Complemento do aluno

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração - 2013)


O Poder Executivo deve aprovar a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolsos antes da aprovação da lei orçamentária,
conforme previsto na LRF.

2) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade


Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) O cronograma de execução do
desembolso deve ser estabelecido após a publicação da LOA, sendo
apresentado em termos mensais.

3) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Como


preparação para os debates da LOA, a programação financeira e o cronograma
de execução mensal de desembolso devem ser elaborados pelo Poder
Executivo, logo após a publicação da LDO.

4) (CESPE – Analista Administrativo – Administrativa - ANTT – 2013) Um


recurso legalmente vinculado manterá sua destinação específica mesmo em
exercício diverso de sua arrecadação.

5) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Quando


determinado recurso legalmente vinculado não é executado em seu próprio
exercício, a vinculação da receita é descaracterizada no exercício posterior,
para facilitar o controle da execução.

6) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Propriedade


Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Quando cabível, a quantidade e
os valores ajuizados para a cobrança da dívida ativa devem ser desdobrados
em metas bimestrais de arrecadação.

7) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) O Poder


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Legislativo de cada ente não pode reestimar a receita prevista na proposta


orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo, salvo em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.

8) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) Aumentos da inflação e da


taxa de crescimento econômico não alteram as receitas tributárias previstas,
visto que a metodologia de estimação dessas receitas, no âmbito do processo
orçamentário, leva em conta apenas os impactos das alterações na legislação.

9) (CESPE – Administrador – Polícia Federal – 2014) As previsões de receita


para o exercício financeiro de 2014 não precisam considerar os possíveis
efeitos decorrentes da realização da Copa do Mundo de futebol na evolução da
arrecadação pública.

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10) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) A execução


orçamentária e financeira, em todos os níveis de governo, obedece a
determinadas regras legais, rígidas e abrangentes. Julgue o item subsequente,
relativo a essas regras.
O estado da Federação que receber recursos públicos para aplicação em
programas na área da saúde e não conseguir utilizá-los integralmente até o
final do exercício somente poderá reinscrevê-los no orçamento do exercício
seguinte se mantiver a mesma destinação estabelecida no orçamento anterior.

11) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Considere que,


ao final do segundo bimestre de exercício da LOA, constate-se que as receitas
efetivamente arrecadadas foram inferiores às projetadas na LOA e que não
será atingida a meta de resultado primário definida na LDO. Nessa situação, os
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, bem como o Ministério Público,
deverão, cada um, em ato próprio, nos trinta dias subsequentes, limitar os
empenhos e as movimentações financeiras nos montantes necessários para a
obtenção do reequilíbrio orçamentário, conforme estabelecido na LDO.

12) (CESPE – Analista – Finanças e Controle - MPU – 2013) É permitido ao


Ministério Público, sem prejuízo dos critérios fixados pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias, promover, por ato próprio, limitação de empenho nos trinta
dias subsequentes ao bimestre em que a realização da receita demonstre que
poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário
estabelecidas no anexo de metas fiscais.

13) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) De acordo com


a LDO, na condição de se verificar, ao final do semestre, que a realização da
receita não comportará o cumprimento das metas de resultado primário, o
Poder Executivo promoverá, por ato próprio, limitações no empenho e na
movimentação financeira dos três poderes.

14) (CESPE – Analista Administrativo – Administrativa - ANTT – 2013) Caso


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haja o descumprimento das metas fiscais previstas na LDO, o Poder Executivo


deve limitar imediatamente o dispêndio de todos os três poderes. Como as
regras de limitação estão definidas na LDO, que foi debatida e aprovada pelo
Poder Legislativo, tal procedimento não pode ser considerado uma violação da
independência dos poderes.

15) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) Os recursos da


União destinados à transferência aos municípios para o custeio de ações e
serviços públicos de saúde não podem sofrer limitação de empenho, ainda que
a realização da receita não comporte o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais da lei de
diretrizes orçamentárias (LDO).

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16) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2013) A LDO/2013 prevê


que, no caso de frustração da receita que venha a comprometer o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, o Poder Executivo
efetuará automaticamente, a qualquer tempo, o contingenciamento das
dotações e a retenção dos recursos correspondentes a todos os poderes e ao
Ministério Público, situação que só se reverterá se houver plena recuperação
da receita inicialmente estimada antes do final do exercício.

17) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRT/10 – Prova cancelada -


2013) A fixação das datas para limitação de empenho e movimentação
financeira é uma das responsabilidades da LDO, atribuída pela Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).

18) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) As


despesas destinadas ao pagamento do serviço da dívida não serão objeto de
limitação, ainda que não seja conferida a meta de resultado primário
estabelecida no anexo de metas fiscais.

19) (CESPE –Analista Técnico-Administrativo - CADE – 2014) Caso


determinado órgão do Poder Judiciário não tenha promovido a limitação de
empenho de suas dotações orçamentárias no prazo e nas condições
estipuladas pela legislação, o Poder Executivo poderá limitar os valores
financeiros segundo seus próprios critérios.

20) (CESPE – Analista Judiciário – Administração e Contábeis – TJ/CE – 2014)


Se houver necessidade de limitação de empenho, os poderes e órgãos deverão
obedecer aos critérios estabelecidos na LDO.

21) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) Suponha que a


União pretenda reduzir a zero a alíquota do imposto de produtos
industrializados incidente sobre eletrodomésticos e utensílios de cozinha. Nessa
situação, não será necessário demonstrar que a renúncia de receita foi
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considerada na estimativa de receita da lei orçamentária nem efetuar medidas


de compensação por meio do aumento de receita.

22) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2013) Considere a seguinte


situação hipotética. Um parlamentar apresentou projeto de lei prevendo
devolução de tributo para os contribuintes de determinado ramo de atividade,
devolução essa condicionada à realização de novos investimentos, com
vigência durante os dois exercícios subsequentes à publicação da respectiva
lei. A matéria, dado o interesse em sua rápida aprovação, foi incluída no
próprio projeto de lei orçamentária. A receita já foi estimada e as metas fiscais
foram fixadas considerando-se essa modificação na legislação tributária.
Nessa situação, concluiu-se, apropriadamente, que todos os requisitos legais
foram atendidos.

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23) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) Nos termos


da Lei de Responsabilidade Fiscal, a concessão de benefício tributário do qual
decorra renúncia de receita do IPI deve estar acompanhada de estimativa do
impacto orçamentário-financeiro e da correspondente compensação.

24) (CESPE - Especialista - Administração - SESA/ES - 2011) Não se considera


renúncia de receita o aumento do número de beneficiários de um incentivo
fiscal regularmente concedido nos termos da lei.

25) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Contabilidade - ABIN – 2010)


Benefícios fiscais regionais que impliquem renúncia de receita deverão ser
demonstrados no projeto de lei orçamentária e terão de ser aprovados por lei
específica.

26) (CESPE - Procurador de Contas - TCE/BA - 2010) Considere a seguinte


situação hipotética.
O estado da Bahia concedeu redução da alíquota de ICMS. Para isso, realizou
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deverá ser
iniciada sua vigência e nos dois seguintes, atendendo ao disposto na lei
orçamentária vigente, mediante a instituição de medidas de compensação, por
meio de aumento de receita, com a elevação de alíquotas de outros tributos de
sua competência. Nessa situação, as medidas de compensação poderão ser
implementadas posteriormente à concessão do benefício.

27) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013) Em se


tratando de isenções de caráter geral, dispensam-se as exigências de previsão
orçamentária e medidas de compensação previstas na LRF.

28)(CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013) Em


função da diminuição da receita tributária, considera-se renúncia de receita a
diminuição de alíquota do IPI, devendo, portanto, ser atendidos todos os
requisitos necessários para a concessão dessa redução, previstos na LRF.
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29) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013) A


diminuição da base de cálculo do ICMS, ainda que aprovada por convênio no
Conselho Nacional de Política Fazendária, é considerada renúncia de receita,
para efeitos de responsabilidade fiscal.

30) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) São


formas de renúncia fiscal: anistia, remissão, subsídio, crédito presumido e
concessão de isenção em caráter não geral.

31) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Os efeitos
financeiros dos atos que criam as despesas obrigatórias de caráter continuado

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devem ser compensados, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente


de receita ou pela redução permanente de despesa.

32) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) Somente no


caso de despesa obrigatória de caráter continuado, é facultada a declaração do
ordenador da despesa decorrente de ação governamental que acarrete
aumento de despesa de que o aumento é orçamentária e financeiramente
adequado em relação à lei orçamentária anual e compatível com o plano
plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO).

(CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013) O ordenador de


despesas de um órgão público assinou contrato decorrente de licitação, cujo
objeto constituía os serviços de terceirização de mão de obra para a
manutenção técnica de computadores. A vigência do contrato era de doze
meses e a previsão de pagamento de prestações fixas era mensal. Com base
nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
33) A despesa decorrente do contrato deve ser considerada despesa
obrigatória de caráter continuado.

34) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Os investimentos
constantes do PPA são considerados despesas obrigatórias de caráter
continuado.

35) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) É obrigatória e de caráter continuado a


despesa corrente cuja obrigação de execução, legalmente regulamentada,
supere dois exercícios.

36) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) Para fins da LRF, considera-se


adequada com a LOA somente a despesa pública objeto de dotação específica
e suficiente para a sua realização.
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37) (CESPE – Assistente - CNPq - 2011) Não se obriga a apresentação, por


parte do gestor público, da estimativa do impacto orçamentário-financeiro de
aumento de despesas, no exercício em que esse aumento entrar em vigor e
nos dois subsequentes, quando esse aumento for considerado irrelevante.

38) (CESPE – Técnico da Administração Pública – TCDF – 2014) Suponha que


determinado órgão público pretenda estender programa de capacitação de
produtores agropecuários para alcançar um público maior que os atuais
beneficiários. Nessa situação, a expansão pretendida somente poderá ser
realizada se o ordenador de despesa declarar formalmente que o objeto de
dotação específica é suficiente, ou que está abrangido por crédito genérico, de
forma que, somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a
realizar, previstas no programa de trabalho, não se ultrapassem os limites
estabelecidos para o exercício.

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39) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013)


Aumento de despesa considerado relevante pela lei de diretrizes
orçamentárias, como a realização de licitação para a aquisição de bens de alto
valor, deve ser acompanhado de demonstração do impacto-financeiro no
orçamento em vigor e nos dois subsequentes, não sendo necessária a
declaração de responsabilidade por parte do ordenador de despesa sobre
compatibilidade e adequação.

40) (CESPE – Auditor de Controle Externo – Direito - TCE/RO – 2013) Despesa


obrigatória de caráter continuado é a despesa corrente oriunda de lei, de
medida provisória ou de ato administrativo normativo que fixe para o ente
estatal a obrigação legal de executá-la por um período superior a dois
exercícios.

41) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) A transferência, entre entes da


Federação, de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) é
exemplo de transferência voluntaria.

42) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Com base no que
dispõe a LRF, julgue o item seguinte, relativo a transferências voluntárias.
Não se aplicam sanções de suspensão de transferências voluntárias em ações
de educação, saúde e assistência social.

43) (CESPE - Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Com base no que
dispõe a LRF, julgue o item seguinte, relativo a transferências voluntárias.
Para que seja realizada a transferência voluntária, o beneficiário deve
comprovar previsão orçamentária de contrapartida.

44) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) É permitida a utilização de


recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada desde que tal medida
seja tomada pelo chefe do Poder Executivo local no estrito cumprimento do
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dever legal.

45) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) Transferência voluntária


consiste na entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da
Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema
Único de Saúde (SUS).

46) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – TRE/MT – 2010) o ente da


Federação que não instituir e arrecadar todos os impostos da sua competência
estará proibido de receber transferências voluntárias de qualquer espécie.

(CESPE – Consultor do Executivo – SEFAZ/ES – 2010) Com relação ao disposto


na LRF acerca das transferências voluntárias, julgue os itens seguintes.

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47) Desde que devidamente justificada, é permitida a utilização de recursos


recebidos a título de transferências voluntárias em finalidade diversa da
pactuada.
48) Para fins de aplicação das sanções de suspensão de transferências
voluntárias constantes na LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de
educação, saúde e assistência social.

49) (CESPE – Analista – Infraestrutura e Logística - BACEN – 2013) Considere


que determinado município deseje receber transferências voluntárias da União.
Nessa situação, além de obedecer aos limites e critérios estabelecidos na LRF,
será indispensável a formalização da transferência por meio de convênio.

50) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) Uma


das exigências a serem atendidas pelo beneficiário da transferência voluntária
é a observância dos limites de inscrição dos restos a pagar.

51) (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional - 2012) O art. 9o da Lei de


Responsabilidade Fiscal estabelece: "Art. 9o. Se verificado, ao final de um
bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento
das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes
orçamentárias".
Nesse caso,
a) o restabelecimento da receita prevista ensejará a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados, de forma proporcional às reduções
efetivadas, salvo se o restabelecimento for parcial.
b) poderão ser objeto de limitação temporária as despesas que constituam
obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes
orçamentárias. 22528601034

c) na eventualidade de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público


não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, o Poder
Executivo poderá limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados
pela lei de diretrizes orçamentárias.
d) até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo
demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada
quadrimestre, em audiência pública na comissão mista permanente de
Senadores e Deputados referida no § 1o do art. 166 da Constituição ou
equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.
e) a Secretaria do Tesouro Nacional apresentará, no prazo legal, avaliação do
cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e
cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os
resultados demonstrados nos balanços.

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52) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Segundo a Lei


Complementar n. 101/2000, acerca da renúncia de receita, pode-se afirmar
que:
a) a concessão da renúncia de receita deve estar acompanhada de estimativa
do impacto orçamentário-financeiro, nos próximos três exercícios.
b) uma das condições para a concessão de renúncia de receita é a adoção de
medidas compensatórias, por meio da redução das despesas.
c) as condições para a renúncia de receita não se aplicam em caso de redução
das alíquotas do Imposto de Renda.
d) a renúncia de receita condicionada à adoção de medidas compensatórias
entra em vigor após verificado o efeito das medidas.
e) não se compreende, na renúncia de receita, a redução indiscriminada de
tributos ou contribuições.

53) (ESAF – AFC/STN - 2008) As regras relativas à concessão ou ampliação de


incentivo ou benefício de natureza tributária, nos termos da lei de
responsabilidade fiscal, não se aplicam aos seguintes impostos, exceto:
a) Imposto de Importação.
b) Imposto de Exportação.
c) Imposto sobre Produtos Industrializados.
d) Imposto de Renda.
e) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a
Títulos ou Valores Mobiliários.

54) (ESAF – AFC/STN - 2008) Segundo dispõe a Lei Complementar n.


101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, as despesas de caráter
continuado são as que têm a seguinte característica:
a) são as despesas correntes e de capital definidas como necessárias à
manutenção dos projetos criados no Plano Plurianual – PPA.
b) são as despesas correntes e de capital destinadas ao custeio da máquina
administrativa decorrentes de determinações da Lei de Diretrizes
Orçamentárias 22528601034

– LDO.
c) são os gastos relativos à implantação de programas e serviços decorrentes
da reestruturação de órgãos do Estado.
d) são as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou ato
administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua
execução por um período superior a dois exercícios.
e) são os gastos permanentes oriundos de determinação legal ou judicial e que
devem ser pagos com recursos dos exercícios seguintes.

55) (ESAF – AFC/STN - 2008) A concessão ou ampliação de incentivo ou


benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá
estar acompanhada:
a) de exposição de motivos que justifique politicamente a finalidade da
renúncia.

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b) de decreto regulamentador que identifique exatamente o valor da receita


objeto da renúncia.
c) de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva
iniciar sua vigência e nos dois seguintes.
d) de estudo de impacto orçamentário-financeiro que comprove a necessidade
da renúncia, como instrumento de política fiscal que atenda ao plano
plurianual.
e) de portaria regulamentadora expedida por autoridade competente que
explicite, objetivamente, o valor da receita objeto da renúncia.

56) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) De acordo com a Lei de


Responsabilidade Fiscal, considera-se obrigatória de caráter continuado a
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo
normativo, que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução:
a) por um período superior a três exercícios.
b) por um período superior a dois exercícios.
c) até o encerramento do Plano Plurianual vigente.
d) até o encerramento do Plano Plurianual subsequente.
e) por um período superior a um exercício.

57) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) Nos termos da Lei Complementar n.


101, de 4 de maio de 2000, os dispositivos que indicam vedação de renúncia,
a exemplo de anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de
isenção de caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de
cálculo que implique redução discriminada de tributos, não se aplicam, quanto
à alteração de alíquotas:
a) aos impostos de propriedade territorial rural, de renda e de proventos de
qualquer natureza e de transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens
ou direitos.
b) aos impostos de propriedade de veículo automotores, aos impostos
extraordinários de guerra e aos impostos de renda e de proventos de qualquer
natureza. 22528601034

c) aos impostos de importação de produtos estrangeiros, de exportação, para


o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados, de produtos
industrializados e de operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários.
d) aos impostos sobre grandes fortunas, sobre propriedade predial e territorial
urbana e sobre transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens móveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis.
e) aos impostos sobre serviços de qualquer natureza, bem como ao imposto
sobre renda e proventos de qualquer natureza.

58) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) A Lei


Complementar n.101/2000, entre as diversas diretrizes acerca das
transferências voluntárias, estabelece que:

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a) transferência voluntária é a entrega de recursos a outro ente da Federação


que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados às
ações de saúde.
b) é permitida a realização de transferências voluntárias para o pagamento de
despesas com pessoal dos entes da Federação.
c) é exigência para a realização de transferências voluntárias a existência de
prévia dotação orçamentária que a autorize.
d) é exigência para a realização de transferências voluntárias a comprovação
por parte do beneficiário do cumprimento aos limites constitucionais com
educação, saúde e segurança.
e) não se aplicam as sanções de suspensão das transferências voluntárias no
caso das destinadas às ações de saúde, educação e segurança.

59) (ESAF – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A LRF estabelece a


obrigatoriedade do Poder Executivo elaborar a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso e, quando for o caso, poderá
ser promovida a limitação de empenho e de movimentação financeira. No que
se refere a esses procedimentos, assinale a opção correta.
a) Em nenhuma hipótese serão objeto de limitação as despesas que
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas
destinadas ao pagamento do serviço da dívida.
b) Se verificada a necessidade de contingenciamento, cada um dos poderes,
por ato próprio e nos montantes necessários, terá até o final do bimestre
seguinte para efetuar a limitação de empenho e movimentação financeira.
c) No governo federal, os saldos de caixa apurados ao final do exercício e que
integraram o superávit primário são utilizados para pagamento da dívida
pública, independentemente de sua vinculação.
d) Os critérios para realização da limitação de empenho e de movimentação
financeira serão estabelecidos na Lei Orçamentária Anual.
e) A limitação de que trata a LRF somente acontecerá se verificado que ao final
do quadrimestre a realização da receita poderá não comportar o cumprimento
das metas de resultado primário e nominal estabelecidas na LDO.
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60) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) De acordo com a


Lei Complementar n. 101/2000, o estabelecimento da programação financeira
e do cronograma de execução mensal de desembolso obedecerá, entre outras
diretrizes, à:
a) manutenção dos recursos legalmente vinculados à finalidade específica no
mesmo exercício em que ocorrer o ingresso.
b) avaliação trimestral do cumprimento das metas de resultado primário e
nominal.
c) possibilidade de limitação das despesas destinadas ao pagamento do serviço
da dívida.
d) recomposição ilimitada das dotações orçamentárias objeto de limitação de
empenho, em caso de restabelecimento da receita prevista.

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e) extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e


Ministério Público.

61) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei


de Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da previsão e
arrecadação da receita pública:
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos são
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal.
b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores relevantes,
os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços e do
crescimento econômico.
c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da federação
que não institui, prevê e arrecada todos os tributos.
d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá ser feita
em caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo
deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação.

62) (ESAF - Auditor Fiscal - Receita Federal do Brasil – 2003) Constituem


requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,
previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência
constitucional do ente da federação. Deste modo, na Lei de Responsabilidade
Fiscal, foram definidos procedimentos e normas a serem observados pelo
poder público. Com base na referida Lei, identifique a opção incorreta com
relação à receita.
a) O Poder Legislativo somente poderá efetuar a reestimativa de receita se
ficar comprovado erro ou omissão de ordem técnica e legal.
b) Se o montante previsto para as receitas de operação de crédito
ultrapassarem o das despesas correntes constantes do projeto de lei
orçamentária, o Poder Legislativo poderá efetuar a reestimativa de receita.
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual deverão
conter um demonstrativo da estimativa e das medidas de compensação da
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renúncia de receita.
d) Cada nível de governo deverá demonstrar que a renúncia de receita foi
considerada na Lei Orçamentária Anual e que não afetará as metas previstas
na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) No prazo previsto, as receitas previstas serão desdobradas pelo Poder
Executivo em metas bimestrais de arrecadação.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C E C E C E E E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C E E C E E C E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E E E C E C E C C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C E E E C E C C E C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E C C E C E E C E C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D E D D C B C C A E
61 62
C B

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