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Ricardo Matheus
Resumo: O estudo propõe a análise dos resultados da Educação Pública Municipal de Educação
Infantil e Fundamental apresentada ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP) pelos
Municípios de Salto, Tatuí e Votorantim. Nosso intuito é descobrir relações e disparidades entre os
indicadores da Receita Total do Município, Renda per capita municipal, Indicadores de Violência,
Indicadores de Educação e Indicadores de Saúde para verificar se existe alguma relação que possa
existir entre bons e maus resultados apresentados por estes Semelhantes Municípios. Elegemos estes
municípios pois apresentam número de habitantes semelhante e são municípios que possuem grande
diversidade econômica nos setores de Indústria e Serviços.
Abstract: The study proposes to analyze the results of the Public Education Hall of Children and
Education Foundation presented to the Court of Auditors of the State of Sao Paulo (ECA / SP) by
municipalities of Salto, Tatuí and Votorantim. Our aim is to find relationships and disparities
between indicators of the total revenue of the municipality, municipal income per capita, indicators
of violence, Indicators of Education and Health Indicators to see if there is any relationship that can
exist between good and bad results presented by these Similar Municipalities. Elected municipalities
because they have similar number of inhabitants and are municipalities that have great diversity in
economic sectors of industry and services.
2
Sumário
1. APRESENTAÇÃO DO ESTUDO...................................................................................................5
2. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................5
3. O FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL
E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF).................................................................5
4. O FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE
VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (FUNDEB)......................................6
5. A IMPORTÂNCIA DO FUNDEF E FUNDEB PARA O DESENVOLVIMENTO DAS
AUDITORIAS PÚBLICAS BRASILEIRAS .....................................................................................8
6. OS PERFIS DOS MUNICÍPIOS ESCOLHIDOS.........................................................................8
6.1.1. ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALTO.....................................................................................8
6.1.2. MUNICÍPIO DE TATUÍ..........................................................................................................12
6.1.3. MUNICÍPIO DE VOTORANTIM..........................................................................................15
7. AS ARRECADAÇÕES TOTAIS DOS MUNICÍPIOS E AS RENDAS PER CAPITA
MUNICIPAIS......................................................................................................................................17
7.1.1. MÉDIA DA ARRECADAÇÃO TOTAL ENTRE 1999 E 2004 NOS MUNICÍPIOS.........18
8. MÉDIA DA RENDA PER CAPITA DENTRE OS ANOS 1999 A 2004...................................18
9. ÍNDICE PAULISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL (IPRS).........................................18
10. A METODOLOGIA DO IPRS....................................................................................................19
11. IPRS 2000......................................................................................................................................20
12. IPRS 2002......................................................................................................................................20
13. IPRS 2004......................................................................................................................................21
14. IPRS MUNICIPAL.......................................................................................................................21
14.1.1. IPRS DO MUNICÍPIO DE SALTO......................................................................................21
14.1.2. IPRS DO MUNICÍPIO DE TATUÍ......................................................................................21
14.1.3. IPRS DE MUNICÍPIO DE VOTORANTIM.......................................................................22
15. DÍVIDA MUNICIPAL FUNDADA E FLUTUANTE...............................................................22
15.1.1. DÍVIDA MUNICIPAL FUNDADA NO ESTADO DE SÃO PAULO – MUNICÍPIOS. .22
16. DÍVIDA MUNICIPAL FUNDADA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SOROCABA
EM 2007...............................................................................................................................................23
17. DÍVIDA MUNICIPAL FLUTUANTE DA REGIÃO ADMINISTRATIVA DE SOROCABA
EM 2007...............................................................................................................................................23
18. DÍVIDA MUNICIPAL FUNDADA DOS MUNICÍPIOS SELECIONADOS EM 2007........23
19. DÍVIDA MUNICIPAL FLUTUANTE DOS MUNICÍPIOS SELECIONADOS EM 2007. .24
20. MORTALIDADE INFANTIL.....................................................................................................24
21. MORTALIDADE INFANTIL EM SALTO EM 2006 E 2007..................................................24
22. MORTALIDADE INFANTIL EM TATUÍ EM 2006 E 2007...................................................24
3
23. MORTALIDADE INFANTIL EM VOTORANTIM EM 2006 E 2007...................................25
24. ÍNDICE DE VIOLÊNCIA MUNICIPAL...................................................................................25
24.1.1. SALTO.....................................................................................................................................25
24.1.2. TATUÍ......................................................................................................................................26
24.1.1. VOTORANTIM......................................................................................................................26
25. OBJETIVOS..................................................................................................................................26
26. RELEVÂNCIA DO TEMA (JUSTIFICATIVA) ......................................................................26
27. MÉTODO .....................................................................................................................................27
28. QUESTÕES ORIENTADORAS E HIPÓTESES .....................................................................27
29. FLUXOGRAMA DA METODOLOGIA....................................................................................28
29.1. RESULTADO DE CADA MUNICÍPIO O TCE ...................................................................28
29.1.1. ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALTO.................................................................................28
29.1.2. MUNICÍPIO DE TATUÍ........................................................................................................29
29.1.3. MUNICÍPIO DE VOTORANTIM........................................................................................29
30. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................30
31. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................31
4
1. Apresentação do Estudo
Este estudo tem por objetivo ampliar o conhecimento sobre a correlação entre as mortes
violentas no município, a quantidade de recursos e verbas destinados a educação em cada município,
deste modo, conseguindo fazer análises qualitativas e quantitativas acerca da Educação Pública
Municipal e Local no Interior do Estado de São Paulo.
Para tal estudo escolhemos estudar os municípios de Salto, Tatuí e Votorantim. São
municípios vizinhos e que estão em uma das regiões mais dinâmicas da economia de todo o Estado
de São Paulo e apresentam qualidades semelhantes como população, arrecadação total e outros
indicadores.
Os dados foram colhidos de Institutos Oficiais do Governo do Estado de São Paulo como a
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo (TCE/SP) e também de Institutos Federais como o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, o IBGE.
2. Introdução
A Educação Municipal no Brasil está passando por um processo de transição da
responsabilidade do Estado para encargo dos municípios. Esta ação veio para promover melhorias na
Educação Infantil e Fundamental através do entendimento da diversificação regional dos desafios e
soluções de cada região brasileira, inclusive das diferenças regionais de cada Estado.
Este processo começou com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) e a alteração da Constituição
Federal (CF) através de emenda parlamentar, em que as prefeituras passam a serem responsáveis pela
educação Fundamental e Infantil. Foi estabelecido também que os Estados Municípios e a União
teriam de colaborar, progressivamente, como fundo para que as metas estabelecidas na lei fossem
cumpridas dentro do prazo de 5 anos.
Uma destas metas era de ampliar os recursos destinados aos alunos. Enquanto em 1997
tínhamos um valor mínimo nacional de R$ 300,00 para cada aluno matriculado na escola de 1ª a 8ª
série, em 2006 este valor chegou ao montante de R$ 716,73 para alunos na região urbana e R$ 730,38
para alunos de zonas especiais e rurais.
O mais recente programa de desenvolvimento da Educação Brasileira é o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(FUNDEB). O FUNDEB é um fundo de natureza contábil, regulamentado pela Medida Provisória nº
339, posteriormente convertida na Lei nº 11.494/2007.
Sua implantação foi iniciada em 1º de janeiro de 2007, de forma gradual, com previsão de ser
concluída em 2009, quando estará funcionando com todo o universo de alunos da educação básica
pública presencial e os percentuais de receitas que o compõem terão alcançado o patamar de 20% de
contribuição. O FUNDEB substituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef, que só previa recursos para o ensino
fundamental.
A distribuição dos recursos leva em conta também fatores de ponderação, que variam de
acordo com os seguintes desdobramentos da educação básica:
7
Nível de Ensino Fator de
Ponderação
Creche 0,80
Pré-escola 0,90
Séries iniciais do ensino fundamental urbano 1,00
Séries iniciais do ensino fundamental rural 1,05
Séries finais do ensino fundamental urbano 1,10
Séries finais do ensino fundamental rural 1,15
Ensino fundamental em tempo integral 1,25
Ensino médio urbano 1,20
Ensino médio rural 1,25
Ensino médio em tempo integral 1,30
Ensino médio integrado à educação profissional 1,30
Educação especial 1,20
Educação indígena e quilombola 1,20
Educação de jovens e adultos com avaliação no processo 0,70
Educação de jovens e adultos integrada à educação profissional de nível médio, 0,70
com avaliação no processo
Fonte: MEC
8
Índice de Envelhecimento (Em 2008 87,85 81,3 44,83
%)
População com Menos de 15 2008 18,04 18,66 23,47
Anos (Em %)
População com 60 Anos e Mais 2008 15,85 15,17 10,52
(Em %)
Razão de Sexos 2008 93,79 104,26 95,69
9
e/ou escolaridade
2004 Grupo 3 - Municípios com nível de
riqueza baixo, mas com bons
indicadores nas demais dimensões
Índice de Desenvolvimento Humano 2000 0,812 ... 0,814
Municipal - IDHM
Renda per Capita (Em salários 2000 2,34 1,81 2,92
mínimos)
Domicílios com Renda per Capita até 2000 3,14 4,52 5,16
1/4 do Salário Mínimo (Em %)
Domicílios com Renda per Capita até 2000 8,84 14,54 11,19
1/2 do Salário Mínimo (Em %)
• Indicadores de Educação
Educação Ano Município Reg. Gov. Estado
Taxa de Analfabetismo da 2000 9,48 12,1 6,64
População de 15 Anos e Mais
(Em %)
Média de Anos de Estudos da 2000 7,74 7,03 7,64
População de 15 a 64 Anos
População de 25 Anos e Mais 2000 58,69 66,11 55,55
com Menos de 8 Anos de
Estudo (Em %)
População de 18 a 24 Anos 2000 52,01 46,19 41,88
com Ensino Médio Completo
(Em %)
• Indicadores de Economia
Economia Ano Município Reg. Gov. Estado
Participação nas Exportações 2007 0,13737 0,1923 100
do Estado (Em %)
Participação da Agropecuária 2005 5,18 9,75 1,84
no Total do Valor Adicionado
(Em %)
Participação da Indústria no 2005 21,34 20,87 31,7
Total do Valor Adicionado (Em
%)
Participação dos Serviços no 2005 73,47 69,38 66,46
Total do Valor Adicionado (Em
%)
PIB (Em milhões de reais 2005 349,37 1.099,90 727.052,82
correntes)
PIB per Capita (Em reais 2005 10.162,68 8.469,30 17.977,31
correntes)
Participação no PIB do Estado 2005 0,048053 0,151282 100
(Em %)
11
6.1.2. Município de Tatuí
• Indicadores de Território e População
Território e População Ano Municípi Reg. Estado
o Gov.
Área (Em km2) 2008 411,78 2.934,8 248.209,
6 43
População 2008 34.527 137.130 41.139.6
72
Densidade Demográfica 2008 83,85 46,72 165,75
(Habitantes/km2)
Taxa Geométrica de Crescimento Anual 2008 0,38 0,65 1,34
da População - 2000/2008 (Em % a.a.)
Grau de Urbanização (Em %) 2000 90,66 84,33 93,41
Índice de Envelhecimento (Em %) 2008 87,85 81,3 44,83
População com Menos de 15 Anos (Em 2008 18,04 18,66 23,47
%)
População com 60 Anos e Mais (Em %) 2008 15,85 15,17 10,52
Razão de Sexos 2008 93,79 104,26 95,69
• Indicadores de Educação
Educação Ano Municípi Reg. Estado
o Gov.
Taxa de Analfabetismo da População de 2000 9,48 12,1 6,64
15 Anos e Mais (Em %)
Média de Anos de Estudos da População 2000 7,74 7,03 7,64
de 15 a 64 Anos
População de 25 Anos e Mais com Menos 2000 58,69 66,11 55,55
13
de 8 Anos de Estudo (Em %)
População de 18 a 24 Anos com Ensino 2000 52,01 46,19 41,88
Médio Completo (Em %)
• Indicadores de Economia
Economia Ano Município Reg. Estad
Gov. o
Participação nas Exportações do Estado 2007 0,13737 0,1923 100
(Em %)
Participação da Agropecuária no Total 2005 5,18 9,75 1,84
do Valor Adicionado (Em %)
Participação da Indústria no Total do 2005 21,34 20,87 31,7
Valor Adicionado (Em %)
Participação dos Serviços no Total do 2005 73,47 69,38 66,46
Valor Adicionado (Em %)
PIB (Em milhões de reais correntes) 2005 349,37 1.099,90 727.0
52,82
PIB per Capita (Em reais correntes) 2005 10.162,68 8.469,30 17.97
7,31
Participação no PIB do Estado (Em %) 2005 0,048053 0,151282 100
14
6.1.3. Município de Votorantim
• Indicadores de Território e População
Território e População Ano Munic Reg. Estado
ípio Gov.
Área (Em km2) 2008 411,78 2.934, 248.20
86 9,43
População 2008 34.527 137.1 41.139.
30 672
Densidade Demográfica (Habitantes/km2) 2008 83,85 46,72 165,75
Taxa Geométrica de Crescimento Anual da 2008 0,38 0,65 1,34
População - 2000/2008 (Em % a.a.)
Grau de Urbanização (Em %) 2000 90,66 84,33 93,41
Índice de Envelhecimento (Em %) 2008 87,85 81,3 44,83
População com Menos de 15 Anos (Em %) 2008 18,04 18,66 23,47
População com 60 Anos e Mais (Em %) 2008 15,85 15,17 10,52
Razão de Sexos 2008 93,79 104,2 95,69
6
• Indicadores de Educação
Educação Ano Municí Reg. Esta
pio Gov. do
Taxa de Analfabetismo da População de 15 2000 9,48 12,1 6,64
Anos e Mais (Em %)
Média de Anos de Estudos da População de 15 2000 7,74 7,03 7,64
a 64 Anos
População de 25 Anos e Mais com Menos de 8 2000 58,69 66,11 55,5
Anos de Estudo (Em %) 5
População de 18 a 24 Anos com Ensino Médio 2000 52,01 46,19 41,8
Completo (Em %) 8
• Indicadores de Economia
Economia Ano Municí Reg. Estado
pio Gov.
Participação nas Exportações do Estado (Em 2007 0,1373 0,1923 100
%) 7
Participação da Agropecuária no Total do 2005 5,18 9,75 1,84
Valor Adicionado (Em %)
Participação da Indústria no Total do Valor 2005 21,34 20,87 31,7
Adicionado (Em %)
Participação dos Serviços no Total do Valor 2005 73,47 69,38 66,46
Adicionado (Em %)
PIB (Em milhões de reais correntes) 2005 349,37 1.099, 727.052
90 ,82
PIB per Capita (Em reais correntes) 2005 10.162, 8.469, 17.977,
68 30 31
Participação no PIB do Estado (Em %) 2005 0,0480 0,1512 100
53 82
17
7.1.1. Média da Arrecadação Total entre 1999 e 2004 nos Municípios
1400
1200
1000
800 Salto
600 Tatuí
400 Votorantim
200
0
PIBemMilhões
14.000,00
12.000,00
10.000,00
8.000,00 Salto
6.000,00 Tatuí
4.000,00 Votorantim
2.000,00
0,00
99-2004
18
• uma tipologia de municípios que permitisse identificar, simultaneamente, a situação de cada
um nas dimensões renda, escolaridade e longevidade. Esse tipo de indicador, apesar de não
ser passível de ordenação, possibilita um maior detalhamento das condições de vida existentes
no município, o que é fundamental quando se pensa no desenho de políticas públicas
específicas para municípios com diferentes níveis e padrões de desenvolvimento.
A partir desses parâmetros compôs-se o IPRS de quatro indicadores: três setoriais, que
mensuram as condições atuais do município em termos de renda, escolaridade e longevidade –
permitindo, nesse caso, o ordenamento dos 645 municípios do Estado de São Paulo segundo cada
uma dessas dimensões – e uma tipologia constituída de cinco grupos, denominada grupos do IPRS,
que resume a situação dos municípios segundo os três eixos considerados. Assim, apesar de
representarem as mesmas dimensões, os componentes dos indicadores setoriais são distintos daqueles
utilizados pelo IDH.
Em cada uma das três dimensões, foram criados indicadores sintéticos, que permitem a
hierarquização dos municípios paulistas conforme seus níveis de riqueza, longevidade e escolaridade.
Esses indicadores, expressos em uma escala de 0 a 100, constituem uma combinação linear das
variáveis selecionadas para compor cada dimensão.
A estrutura de ponderação foi obtida de acordo com um modelo de análise fatorial, em que se
estuda a estrutura de interdependência entre diversas variáveis. Para melhor captar o padrão de
desenvolvimento dos municípios, a presente edição do IPRS incorpora várias alterações
metodológicas. A principal foi a geração de um indicador de escolaridade baseado em registros
administrativos e não em base censitária. Deveu-se isso ao fato de o indicador sintético de
escolaridade, nas edições anteriores, praticamente centrar-se em informações do Censo Demográfico.
Longe de ser um processo trivial – grandes foram os desafios de ordem operacional e analítica
–, a substituição das fontes de dados significou a possibilidade de atualização do indicador em
períodos intercensitários. Da mesma forma, alteraram-se as faixas etárias consideradas nas variáveis
componentes do indicador sintético de escolaridade, com a finalidade de garantir a adequação dos
indicadores para a realidade atual do Estado de São Paulo.
O indicador de riqueza também sofreu pequena alteração, decorrente de mudança no cálculo
do consumo anual de energia elétrica por ligação residencial. A forma de operacionalização dessa
variável foi alterada para os 61 municípios definidos por lei como estâncias turísticas, de acordo com
demanda surgida.
19
Mortalidade de pessoas de 15 a 39 anos 20%
Mortalidade de pessoas de 60 anos e mais 20%
Escolaridade Porcentagem de jovens de 15 a 17 anos que concluíram o 36%
Ensino Fundamental
Porcentagem de jovens de 15 a 17 anos com pelo menos 8%
quatro anos de escolaridade
Porcentagem de jovens de 18 e 19 anos que concluíram o 36%
Ensino Médio
Porcentagem de crianças de cinco e seis anos que freqüentam 20%
pré-escola
20
13. IPRS 2004
21
14.1.3. IPRS de Município de Votorantim
22
16. Dívida Municipal Fundada da Região Administrativa de Sorocaba em 2007
23
19. Dívida Municipal Flutuante dos Municípios Selecionados em 2007
24
Município População Nascidos Óbitos Taxa de Mortalidade Infantil
Residente Vivos Infantis por mil nascidos vivos
24.1.1. Salto
Como visto a tabela acima, a tendência das mortes violentas no município é de queda, ou seja,
há alguma diferenciação nas políticas públicas adotadas pelo governo e que estão surtindo efeitos.
Uma dessas políticas pode ser a educação. Se formos pensar como ela está fazendo efeito na cidade
pode ser através dos números descobertos acima, como o investimento em educação.
Quando apontamos que os números da educação municipal são bons, estamos dizendo que a
qualidade do Ensino está melhorando e portanto, menos jovens saem da escola, faltam as aulas ou
deixam de ter prioridade em suas vidas a escola. Isso é muito bom a longo prazo, pois mostra que os
investimentos feitos em um aluno durante toda sua vida não acabam por se perder quando aos 17
anos ele morre por uma morte violenta na periferia da cidade.
Esse processo de perda do cidadão com 17 anos custa muito caro a toda a população que
pagou os custos da educação deste garoto. Se formos analisar o custo, pegamos os investimentos
médios de 4 anos de 680 reais mensais para o Ensino Fundamental, mais 4 anos de ensino
Fundamental valendo em São Paulo 1200 reais em média e mais dois anos de Ensino Médio por 2200
reais. Temos no final um cálculo de perda R$ 142.460,00 somente neste aluno morto por causas
violentas. Fora os custos inerentes, como a dor, sofrimento da família em questão.
Ou seja, investimentos foram perdidos em um potencial cidadão que não vai mais contribuir
para o desenvolvimento e a riqueza do cidadão. Isto é trágico em uma democracia, não estamos
olhando para como é importante cada indivíduo para a produção de mudança no cenário de
desigualdade neste país.
25
24.1.2. Tatuí
24.1.1. Votorantim
25. Objetivos
O objetivo do trabalho era estudar alguns municípios do Interior do Estado de São Paulo e
comparar dados sobre receita total, receita per capita, indicadores de violência nos Municípios e
também das verbas e recursos destinados a educação. Tentaríamos estudar qual a relação entre bons
indicadores alcançados nos municípios com estes indicadores propostos, para elaborar um estudo de
caso futuro para todos os municípios do Estado de São Paulo.
27. Método
O caminho para conseguirmos as respostas de nossas questões, a metodologia, foi de observar
dados oferecidos por Instituições Estaduais e Federais como o Instituto Brasileiro de Grandezas e
Estatísticas (IBGE), a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e o Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP).
Através destes dados então faremos a comparação entre a Arrecadação Total do Município, a
renda per capita do município, os índices de violência no Município, indicadores de Saúde e outros.
Deste modo estaremos aptos a fazer um estudo comparativo entre os municípios.
27
29. Fluxograma da Metodologia
Revisão Definição do
Bibliográfica Objetivo e Escopo
da Pesquisa
Impactos dos
resultados
apresentados ao Tabulação e
TCE Digitalização de Comparação e Análise
Gráficos dos Dados dos Municípios
Coletados
Tabulação e
Digitalização de Revelação do cenário
Gráficos dos sócio-econômico
Dados Coletados
28
aumento da longevidade de seus cidadãos, queda na mortalidade infantil, queda na mortalidade de
mortes por agressões e também aumento de receita e diminuição na dívida municipal flutuante e
fundada.
Pode-se dizer que o TCE está fazendo um excelente trabalho quando ao investigar
irregularidades, premia os cidadãos com a melhora na qualidade da gestão municipal, haja vista s
resultados da Estância Turística de Salto, que já não possui mais crianças fora da escola, entre os 7
aos 14 anos, oferecendo um futuro digno aos munícipes.
29
nas duas cidades onde há o programa e inexplicavelmente aumentou em Tatuí, onde ainda não existe
Conselho e muito menos programa parecido.
30
31. Bibliografia
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da educação profissional via regime de colaboração: uma prática possível?. Ensaio:
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Resenha Bibliográfica:
Nome: Ricardo Matheus
Estudante de Graduação do Curso de Gestão de Políticas Públicas
Universidade: Universidade de São Paulo (USP)
Unidade: Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH)
E-mail: ricardomatheus@gmail.com
Telefone: 55+ (11) 7227-7521 / 55+(11)4029-6033
Rua Presidente Wenceslau, 263. Salto – São Paulo. CEP: 13320-070
Página: http://www.uspleste.usp.br/gpp/
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