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MACAÉ

Conselho Deliberativo

Presidente
José Maurício de Lima Nolasco

Vice-Presidente
Jonas Lopes de Carvalho Junior

Conselheiros
Aluisio Gama de Souza
José Gomes Graciosa
Marco Antonio Barbosa de Alencar
José Leite Nader
Julio Lambertson Rabello

Ministério Público Especial


Horacio Machado Medeiros

Secretário-Geral de Controle Externo


Ricardo Ewerton Britto Santos

Secretária-Geral de Planejamento
Maria Alice dos Santos

Secretário-Geral de Administração
Emerson Maia do Carmo

Secretária-Geral das Sessões


Leila Santos Dias

Procurador-Geral
Sylvio Mário de Lossio Brasil

Chefe de Gabinete da Presidência


Adriana Lopes de Castro

Diretor-Geral da Escola de Contas e Gestão


José Augusto de Assumpção Brito

Coordenador-Geral de Comunicação Social,


Imprensa e Editoração
Mauro Silveira

Arte e Editoração:
Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e Editoração

Praça da República, 70/4º andar


20211-351 - Rio de Janeiro - RJ
Tels.: (21) 3231 4134 / (21) 3231 5283

www.tce.rj.gov.br
MACAÉ
APRESENTAÇÃO

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, dando prosseguimento à série,


apresenta a oitava edição dos “Estudos Socioeconômicos dos Municípios Fluminenses”,
que abrange o período de 2002 a 2007.
O trabalho, iniciado em 2001, acompanha a evolução de diversos indicadores
anuais, com o objetivo de prover administradores públicos e demais interessados de um
conjunto de elementos capaz de servir como alicerce para a elaboração de políticas
públicas efetivas, no âmbito local ou regional, e de projetos voltados ao desenvolvimento
dos municípios fluminenses.
Todos os exemplares estão disponíveis no Portal do TCE-RJ, o que propicia o
acesso a onze anos de informação sobre dados demográficos e geográficos, meio
ambiente, educação, saúde, trabalho e renda, gestão, economia e finanças municipais,
além dos temas especiais abordados a cada ano.
Nesta edição, aspectos históricos, demográficos, turísticos e ambientais foram
revisados. Na gestão municipal, enfocou-se a evolução dos quadros funcionais e o
progresso do governo eletrônico; nos indicadores sociais, registraram-se os desempenhos
comparativos dos exames nacionais. Efetuou-se a análise do mercado de trabalho, com
a apresentação detalhada do perfil das admissões e dos desligamentos do emprego
formal. Um novo indicador, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal –
IFDM, apresentou-se como tópico de encerramento do capítulo dos Indicadores Sociais,
ponderando emprego/renda, educação e saúde.
Observe-se, também, a ênfase dada à economia e ao desempenho relativo que
cada município tem em relação aos demais no território fluminense. Após a apresentação
da seqüência do Produto Interno Bruto, procedeu-se à análise, em perspectiva
comparada, da dinâmica econômica municipal dos últimos quinze anos, disponibilizando o
horizonte próximo de aumento da participação de cada município no montante do ICMS,
redistribuído pelo governo estadual, em decorrência da Lei nº 5100/07, relativa ao
chamado ICMS Verde.
Em tempos de economia globalizada, considerou-se o desempenho do comércio
exterior não somente no âmbito estadual, como também no municipal. Apesar da pouca
expressividade da agropecuária no Estado do Rio de Janeiro, para muitos municípios das
Regiões Serrana, Centro-Sul, Norte e Noroeste Fluminense essa atividade adquire
relevância, seja por sua representatividade econômica, seja pela utilização de mão-de-
obra intensiva, o que conduziu à análise da pecuária e da agricultura local ao final do
capítulo dos Indicadores Econômicos.
É notório o recrudescimento das demandas da sociedade. Essa dinâmica,
reforçada pela valorização do planejamento e pela necessidade de gerar resultados,
impõe ao gestor da coisa pública um maior preparo, sobretudo para a prospecção de
cenários e para a elaboração de projetos hábeis a atender, com rapidez e economicidade,
aos clamores da população.
Diante desse quadro, os “Estudos Socioeconômicos dos Municípios Fluminenses”,
com suas informações, pretendem fomentar a reflexão sobre a realidade local de cada um
dos entes retratados, além de ampliar a percepção de oportunidades e potenciais, em

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nível regional.
Este livro faz parte de uma coleção, elaborada por técnicos da Secretaria-Geral de
Planejamento – SGP, que reúne os noventa e um estudos de cada município
jurisdicionado do Tribunal de Contas, além de um caderno que compara os desempenhos
das finanças dos mesmos municípios.
O envio de sugestões e críticas será bem-vindo, inclusive por meio do e-mail
sgp@tce.rj.gov.br.

SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTO
Novembro de 2008

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MACAÉ
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................ 3
I - HISTÓRICO ............................................................................................................. 6
II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO..................................................................... 7
Aspectos demográficos................................................................................................. 8
Aspectos turísticos........................................................................................................ 11
Atrações naturais da sede de Macaé ........................................................................... 12
Atrações naturais de Glicério e arredores..................................................................... 13
Atrações naturais de Sana e arredores ........................................................................ 14
Atrações culturais da sede de Macaé........................................................................... 14
Artesanato .................................................................................................................... 15
Principais festas populares ........................................................................................... 15
Uso do solo................................................................................................................... 15
Gestão municipal .......................................................................................................... 18
Governo eletrônico ...................................................................................................... 21
Serviços informativos:................................................................................................... 24
Serviços interativos:..................................................................................................... 26
Serviços transacionais: ................................................................................................. 28
III - INDICADORES SOCIAIS....................................................................................... 29
Educação no Estado do Rio de Janeiro........................................................................ 30
Resultados de exames nacionais ................................................................................. 32
Educação no município................................................................................................. 33
Saúde ........................................................................................................................... 34
Mercado de trabalho ..................................................................................................... 36
Um novo indicador de desenvolvimento .......................................................................... 39
IV - INDICADORES ECONÔMICOS ............................................................................ 42
Economia regional e local............................................................................................. 42
Dinâmica econômica dos municípios e o IPM .............................................................. 48
Comércio exterior ......................................................................................................... 51
Comércio exterior do município .................................................................................... 54
Agropecuária ................................................................................................................ 56
Quadro da evolução da pecuária municipal.................................................................. 56
Quadro da evolução da agricultura municipal............................................................... 58
V - INDICADORES FINANCEIROS ............................................................................. 62
VI - CONCLUSÃO ........................................................................................................ 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 77

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I - HISTÓRICO 1

O início da colonização da área ocorreu em 1627, quando a Coroa Portuguesa


concedeu aos Sete Capitães, militares portugueses que lutaram na expulsão dos
franceses da Baía de Guanabara, as terras entre o Rio Macaé e o Cabo de São Tomé. O
núcleo inicial de Macaé progrediu apoiado na economia canavieira em torno da antiga
Fazenda dos Jesuítas de Macaé (1630), constituída de engenho, colégio e capela situada
no Morro de Santana.
Até fins do século XVII, no entanto, os esforços de colonização de Macaé não
surtiram efeito, mantendo a cidade desprotegida. Em 1725, piratas franceses chegaram a
se estabelecer no arquipélago de Santana, de onde passaram a saquear o litoral.
Com a expulsão dos jesuítas, a partir de 1759 a região passou a receber novos
imigrantes, proporcionando o surgimento de novas fazendas e engenhos motivando sua
emancipação, o que se deu com a edição de Alvará de 29 de julho de 1813, sob o nome
de São João de Macaé, cujo território foi desmembrado dos atuais municípios de Cabo
Frio e Campos. Sua instalação deu-se em 25 de janeiro de 1814. No período imperial, a
vila evoluiu rapidamente, favorecida pela posição geográfica de maior acessibilidade ao
Norte Fluminense, passando à categoria de cidade em 1846.
Por muitos anos o alicerce da economia de Macaé foi o cultivo da cana-de-açúcar,
que respondeu por um crescimento demográfico expressivo nos séculos XVIII e XIX. O
município chegou a desempenhar o papel de porta de entrada e saída do Norte
Fluminense, favorecido pela construção do canal Macaé-Campos, com 109 quilômetros
de extensão, para auxiliar o escoamento da produção, transportada até o Rio de Janeiro a
partir do Porto de Imbetiba, chegando a operar, até 1875, com cinco barcos a vapor. A
partir desse ano o transporte da produção regional se fez a partir de via férrea, o que
provocou um novo impulso na economia de Macaé. Hoje a rodovia desempenha a função
de ligação entre ambas.
Até o início do século XX, a economia do município se fundamentava na produção
da cana-de-açúcar, do café, na pecuária e na extração do pescado. No período
republicano, a cidade foi mantida como sede do município de Macaé, embora tenha
sofrido várias alterações na malha distrital.
Os distritos de Conceição de Macabu e Macabuzinho vieram a constituir o
município de Conceição de Macabu em 1952; Carapebus e Quissamã ganharam
autonomia municipal mais recentemente.
A partir de 1974, com a descoberta de petróleo na região e com a chegada da
Petrobras, Macaé passou a viver um novo momento econômico marcado
fundamentalmente pelo acelerado crescimento demográfico.

1 - Fontes: Estudos para o Planejamento Municipal – SECPLAN/FIDERJ – 1978 e Abreu, A. “Municípios e Topônimos Fluminenses –
Histórico e Memória”. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1994 e sítio www.macae.rj.gov.br.

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II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Macaé pertence à Região Norte Fluminense, que também abrange os municípios


de Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu,
Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra.

O município tem uma área total 2 de 1.219,8 quilômetros quadrados,


correspondentes a 12,5% da área da Região Norte Fluminense. Os limites municipais, no
sentido horário, são: Nova Friburgo, Trajano de Morais, Conceição de Macabu,
Carapebus, Oceano Atlântico, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu.
As ligações da sede municipal são feitas por duas rodovias e uma ferrovia. A RJ-
106 percorre todo o litoral, de Rio das Ostras a Carapebus, atravessando o centro da
cidade. A RJ-168 corta o município de leste a oeste, acessando a BR-101, que alcança
Conceição de Macabu, ao norte, e Rio das Ostras, ao sul. Com apenas um pequeno
trecho asfaltado, a RJ-162 tem um traçado pelo interior, alcançando Trajano de Morais, ao
norte, e Casimiro de Abreu, ao sul.
A ferrovia, que liga o Estado do Rio de Janeiro ao Espírito Santo, é usada quase
que exclusivamente para transporte de cargas.
As imagens a seguir apresentam o mapa do município e uma perspectiva de
satélite capturada do programa Google Earth, em janeiro de 2007.

2 - IBGE/CIDE - 2002

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Fonte: DER-RJ (2006)

Parte do Distrito-Sede de Macaé a 5km de altitude.

Aspectos demográficos
De acordo com o Censo, em 2000, Macaé tinha uma população de 132.461
habitantes, correspondentes a 19,0% do contingente da Região Norte Fluminense, com
uma proporção de 97,9 homens para cada 100 mulheres. A densidade demográfica era
de 116 habitantes por km2, contra 74 habitantes por km² de sua região.

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A distribuição da população no Estado em 2007 dá-se conforme gráfico a seguir:

Distribuição da População - 2007

Região Metropolitana sem a Região Noroeste Fluminense


Capital 2,0%
34,0%
Região Norte Fluminense
5,0%
Região Serrana
5,1%

Região das Baixadas


Litorâneas
5,2%
Região do Médio Paraíba
Capital 5,5%
39,6% Região Centro-Sul
Fluminense
1,7%
Região da Costa Verde
2,0%

A população de Macaé em 2007 3 é de 169.229 pessoas. O município tem um


contingente de 108.788 eleitores 4, correspondentes a 64% do total da população.
A distribuição da população em 2007 5 apresenta o seguinte quadro:

Pirâmide Etária

80 e +

70 a 79
Faixa Etária (anos)

60 a 69

50 a 59
Masculino
40 a 49
Feminino
30 a 39

20 a 29

10 a 19

0a9

15 10 5 0 5 10 15
Percentual da População

A população local, de acordo com o Censo 2000, distribuía-se no território


municipal conforme gráfico a seguir:

3 - Em 2007, foi realizada pelo IBGE a contagem da população nos municípios com até 170 mil habitantes. A pesquisa visou a fornecer
dados atualizados para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de forma a reduzir os efeitos das distorções nas
estimativas municipais provocadas pelo afastamento da data do último recenseamento de 2000. Os municípios que não participaram
da contagem têm as estimativas da população residente para a mesma data de referência da pesquisa, 1º de abril de 2007.
4 - TSE - Dados de abril 2007
5 - Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/rj.htm. Acesso em 16/07/2008.

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População por distrito (Censo 2000)

Sana 1 184

Macaé 123 990

Glicério 3 215

Córrego do Ouro 2 712

Cachoeiros de Macaé 1 360

- 20 000 40 000 60 000 80 000 100 000 120 000 140 000

Apresentam-se, a seguir, as distribuições de cor ou raça da população do


município, assim como por religião, também de acordo com o Censo 2000:

Macaé Macaé

Preta Amarela
0,1% Evangélicas
10,9% 26%

Parda
35,3%

Sem
religião
19%

Católica
Indígena Apostólica
0,2% Romana
49% Outras
Branca 6%
52,8% Sem declaração
0,7%

Percebe-se a predominância de pessoas que se declaravam brancas,


representando 52,8% da população, contra 46,7% de afrodescendentes e que a
proporção de católicos, 49%, era superior à soma dos praticantes de outras religiões.
Segundo o levantamento, o município possuía 47.666 domicílios 6, com uma taxa
de ocupação de 80%. Dos 9.578 domicílios não ocupados, 25% eram de uso ocasional.
Macaé possui 1 agência de correios 7, 12 agências bancárias 8, 57
estabelecimentos hoteleiros 9. Quanto aos equipamentos culturais 10, o município dispõe
de 2 cinemas, 3 teatros, 1 museu e 1 biblioteca pública.

6 - IBGE - Censo 2000


7 - ECT - 2006
8 - BACEN - 2006
9 - MTE-RAIS - 2006
10 - IBGE - Perfil dos Municípios Brasileiros - Cultura 2006

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Aspectos turísticos11
O turismo proporciona diversos benefícios pois gera empregos, bens e serviços e
melhora a qualidade de vida da população. Traz melhoria nos sistemas de transporte, nas
comunicações e em outros aspectos infra-estruturais. Ajuda, ainda, a custear a
preservação dos sítios arqueológicos, dos bairros e edifícios históricos, melhorando a
auto-estima da comunidade local e trazendo uma maior compreensão das pessoas de
diversas origens.
A Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, a Turisrio, apresenta os
potenciais turísticos do Estado, divididos em treze regiões distintas, conforme suas
características individuais.

Regiões turísticas:
Costa Verde
Agulhas Negras
Vale do Paraíba
Vale do Ciclo do Café
Metropolitana
Baixada Fluminense
Serra Tropical
Serra Verde Imperial
Baixada Litorânea
Costa do Sol
Serra Norte
Noroeste das Águas
Costa Doce

Araruama; Armação dos Búzios; Arraial do Cabo; Cabo Frio; Carapebus; Casimiro
de Abreu, com destaque para Barra de São João; Iguaba Grande; Macaé; Maricá;
Quissamã; Rio das Ostras; São Pedro da Aldeia e Saquarema pertencem à região
turística Costa do Sol.

11 - Para maiores informações, consulte www.turisrio.rj.gov.br, www.macae.rj.gov.br e www.macaetur.com.br

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MACAÉ

São muitas as oportunidades de lazer no território de Macaé, uma vez que, além da
sede municipal, há dois distritos muito visitados: Glicério e Sana, na região serrana. No
seu lado litorâneo, a leste, há praias infindáveis, enquanto, a oeste, a paisagem é
essencialmente rural, com pastos e plantações de bananas, muitos rios de águas
cristalinas, fazendas, gado e ruas de barro. Para acessar Glicério há estrada
pavimentada, a RJ-168 que corta o município de leste para oeste. Já para chegar a Sana,
é preciso ir a Casimiro de Abreu, ao sul, onde está a estrada que leva à região de
Cachoeiros de Macaé e Sana.
O Rio Macaé limita os municípios de Macaé, Nova Friburgo e Casimiro de Abreu,
tem sua nascente na Serra de Macaé de Cima, em Nova Friburgo, e sua foz no centro da
Sede do município. Na região serrana, onde se dá a confluência dos Rios Macaé e Sana,
as águas são claras, transparentes e frias, seu leito arenoso, com muitas pedras e seixos.
A partir da localidade de Bicuda, até a sua foz, faz um percurso de 40 km retificado.
Nessa altura as águas ainda são claras, de temperatura média. No trecho de sua foz
apresenta vegetação e fauna típicas de mangues, com águas escuras e de pouca
transparência.
Macaé, Barra de Macaé, Sana, Cachoeiros de Macaé e Glicério são áreas
conhecidas pelas diversas opções de pesca que oferece: Pesca amadora praticada em
toda a costa, ilhas, rios e lagoas; e pesca de linha, de rede e submarina nas ilhas do
Arquipélago Sant’ana.

Atrações naturais da sede de Macaé


• Lagoa de Imboacica, com área aproximada de 5km2, identifica-se como trecho
de limite entre os municípios de Macaé e Rio das Ostras. Estreita faixa de areia a separa
do oceano. Suas águas têm tonalidade, temperatura e transparência constantes durante o
ano, com presença de praias principalmente no trecho sul da Lagoa, junto à restinga.
• Praia do Pecado, tem cerca de 1.000m de extensão, com areias grossas e
escuras, águas mornas e transparentes. Possui, ainda, afloramento de rochas no oceano,
localizados entre 50m a 180m de distância da praia, em linha paralela à costa.
• Praia dos Cavaleiros, tem cerca de 1500m de extensão, sendo conhecida como
a Copacabana macaense.
• Praia Campista, localizada na mesma faixa arenosa da Praia dos Cavaleiros e
da Praia do Pecado, tem extensão aproximada de 3.000m.
• Praia do Farol/Prainha, com cerca de 500m de extensão, tem águas mornas,
transparentes, e areias grossas, com tonalidade amarelada. Está localizada junto a uma
encosta rochosa onde estão as ruínas do Farol de Imbetiba/Farol Velho.
• Praia de Imbetiba, com extensão aproximada de 1500m, fica na enseada onde
está localizado o terminal da Petrobras.
• Praia do Forte, situada entre a Ponta do Forte e a Foz do Rio Macaé, tem
aproximadamente 150m de extensão. Nela estão o Forte Marechal Hermes, construído no
início do século XX.

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• Na margem esquerda do Rio Macaé, próximo à foz, encontra-se o Pontal de
Macaé, onde há uma pequena praia fluvial, e, do seu lado oposto, uma praia oceânica, a
Praia da Barra.
• Morro de Sant’ana, com cem metros de altura, nele estão localizados a Igreja de
Sant’ana, construída em 1630, e o mirante do Cruzeiro de Sant’ana. De seu topo avista-
se o complexo urbano de Macaé, a orla marítima, o Rio Macaé e seu expressivo
manguezal e, ao fundo, a região serrana.
• Praia da Barra, com extensão aproximada de 2km, suas águas apresentam
constante variação em sua cor, transparência e temperatura.
• Praia de São José do Barreto, com extensão aproximada de 10km, identifica-se
como prolongamento da Praia da Barra. Em mar aberto, com águas mornas e escuras,
suas areias grossas, de tonalidade amarelada, têm um dos maiores índices de areias
monazíticas de todo o litoral macaense. Do local avista-se o arquipélago de Sant'ana,
além da longa faixa de praias da região, com ocorrência de desova de tartarugas.
• Arquipélago de Sant’ana, composto pelas Ilhas de Sant’ana, do Francês, Ilhote
do Sul, e Ilha Ponta das Cavalas, destacando-se ainda o grupamento de rochedos
concentrados em maior número próximo a Ilha do Francês. Local de desova de várias
espécies de aves marinhas, principalmente gaivotas. Possui duas extensões de praia,
com águas transparentes e areias claras.
• Praia de Lagomar, com extensão aproximada de 4km, situa-se entre as Praia de
São José do Barreto e a Praia de Carapebus. Em sua área encontra-se a Lagoa
Jurubatiba. Tem águas frias e pouco transparentes.
• Lagoa de Jurubatiba, a 14km de Barra de Macaé, tem extensão aproximada de
1.000m. Lagoa de água doce, morna, escura e de pouca transparência, faz parte do
Parque Nacional de Jurubatiba, criado em 1998. É uma área de restinga de 14 mil
hectares com muitas lagoas, abrangendo os municípios de Macaé, Carapebus e
Quissamã. O parque é formado por 44 quilômetros de costa. A diversidade de Jurubatiba
é tão importante que lá podem ser encontrados vestígios tanto do sertão nordestino,
quanto da Floresta Amazônica e as clusias 12. A área de preservação possui 12 lagoas
costeiras e inúmeros brejos temporários e permanentes, com florestas inundáveis e
inundadas. Entre as espécies da flora, destacam-se a pitangueira, o cajueiro, a erva-mate
e madeiras de lei, como o angelim-rosa, o aderno, o catambu, a caixeta e o ipê-amarelo.
No Parque vivem jacarés, capivaras, tatus, lontras, tamanduás-mirins, além de um
número considerável de aves e peixes. Das lagoas costeiras dependem várias espécies
de aves aquáticas, residentes e migratórias, como irerês, marrecas-caboclas, patos de
crista, marrecas-queixo-branco e outras.

Atrações naturais de Glicério e arredores


• Parque Ecológico Fazenda Atalaia, em Córrego do Ouro, ocupa uma área de
235 hectares de mata atlântica. Antigo manancial que abastecia a cidade com água
potável, hoje é local histórico devido à importância de suas construções no passado.

12 - Árvores típicas de regiões mais áridas que realizam a fotossíntese à noite, um fenômeno que pode ser constatado em regiões
como o Deserto do Saara.

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MACAÉ

• Pico do Frade, distante 6km de Glicério, está localizado na Serra dos Crubixais,
a maior reserva florestal do município, na fronteira com Trajano de Morais. Possui 1.429
m de altitude, ponto mais elevado de Macaé, sendo constituído de 2 formações rochosas:
a maior, do Frade, e a Pedra do Paulo, hoje também conhecida como Pedra do Grito. Do
pico tem-se ampla vista de toda a região serrana e de todo o litoral macaense.
• Serra da Cruz, próxima à Vila Paraíso (Trapiche), faz parte do sistema
montanhoso da Serra do Mar, com altura variável em torno de 500 m. No local há várias
nascentes e quedas d'água.
• Cachoeira de Glicério, a 1km da sede do distrito, no Rio Duas Barras. A queda
d'água é pequena, caindo num poço de 30 m² de diâmetro conhecido como Poço da
Siriaca, com pequena praia. As águas são transparentes e frias.

Atrações naturais de Sana e arredores


• Serra da Bicuda Grande e Pequena, de grande extensão, faz limite dos
municípios de Macaé e Casimiro de Abreu, se estendendo pelos distritos de Cachoeiros
de Macaé, Sana e Glicério. Tem altura variável em torno dos 600m. Destaca-se a Pedra
da Bicuda, situada entre as Vilas Bicuda Grande e Pequena, formação rochosa de forma
pontiaguda. Na Serra, existem alguns riachos e a paisagem circundante é muito variada,
com alguns trechos de matas, lavouras e pastos.
• Rio Sana, de águas claras, transparentes e frias, com pouca correnteza, tem
praias de areias grossas e claras. Em Barra do Sana destaca-se a confluência do Rio
Sana com o Rio Macaé.
• Cachoeira do Escorrega, o leito de pedras do Rio Sana forma um escorrega que
deságua em uma piscina natural.
• Pico Peito de Pomba, a 6 km do Arraial do Sana, tem altura aproximada de
1.400m e se destaca como ponto de referência e atração da região do Sana. No seu
cume há uma formação rochosa com altura de 50m, com o formato de um peito de
pomba. Do local avista-se a região serrana de Macaé e o Arraial do Sana.

Atrações culturais da sede de Macaé


• Igreja de São João Batista, situada na Praça Veríssimo de Melo. Provável
construção do século XVIII, foi originalmente erigida como capela da Irmandade de São
João Batista, sendo posteriormente ampliada para dar lugar à atual Igreja Matriz.
Destacam-se no interior, também as imagens sacras em tamanho natural de Nossa
Senhora das Dores, Senhor Morto e Jesus carregando a cruz.
• Igreja de Sant’ana, situada no topo do morro de Sant’ana, de onde avista-se
todo o complexo urbano de Macaé, a orla marítima, o Rio Macaé e seu manguezal e, ao
fundo, a região serrana. A capela primitiva data de 1630. Foi erguida pelos jesuítas,
sofrendo posteriormente inúmeras reformas, sendo a última em 1896.
• Casa de Caridade de Macaé, construção histórica em 1 pavimento sobre porão,
sólida e imponente, destaca-se, no interior, a capela centralizada de frente para a porta
principal. Também está localizada na Praça Veríssimo de Melo.

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• Forte Marechal Hermes, edificado ao longo das curvas de nível do Morro do
Forte, de onde se avista a cidade, as praias e as ilhas. Há uma reserva florestal e, no topo
do morro, está a antiga Fortaleza de Santo Antônio do Monte Frio.
• Palácio dos Urubus, localizado nas proximidades do morro do Sant'ana, data da
2ª metade do século XIX. Sua denominação surgiu a partir da construção de um
matadouro nas imediações, o que fez com que revoadas de urubus fizessem do telhado o
local de suas refeições. O matadouro foi desativado, e as aves debandaram, no entanto o
nome foi incorporado ao folclore da cidade.
• Palácio Legislativo, tem parte da construção datada do século XIX, sendo o
restante construído na 2ª década do século passado, resultando em dois pavimentos, em
centro de terreno, com características neoclássicas. No interior da edificação destaca-se o
plenário da câmara, com trabalhos de madeira em alto relevo.
• Prédio da Sociedade Musical Lyra dos Conspiradores, inaugurado em 1887. Seu
interior é simples, com dependências para reuniões e capela. O prédio foi totalmente
recuperado e apresenta um grande interesse cultural do município.
• Prédio da Sociedade Musical Nova Aurora, cuja construção foi iniciada em 1889,
entre os salões de ensaio da banda e reuniões está a capela de Santa Cecília, padroeira
dos músicos.
• Prédio do Colégio Estadual Matias, projetado e construído inicialmente para
abrigar o Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência, em 1875.
• Solar do Monte Elísio, situado no topo de uma elevação, no centro urbano de
Macaé, é um elemento de destaque na paisagem, por sua posição geográfica.
Construção iniciada em 1852 e concluída em 1866 para abrigar a família do Visconde de
Araújo, possui 3 pavimentos, apresentando algumas características neoclássicas.

Artesanato
As principais atividades artesanais13 desenvolvidas no município, levando em
consideração as de maior quantidade produzida, são:
• Fibras vegetais
• Bordado
• Madeira

Principais festas populares


• Julho - Expo Macaé e Festa da Cidade
• Agosto - Festa do óleo
Uso do solo
Em maio de 2003, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro -
CIDE publicou o Índice de Qualidade dos Municípios - IQM - Verde II, seqüência do

13 - IBGE - Perfil dos Municípios Brasileiros - Cultura 2006

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MACAÉ

estudo lançado em julho de 2001. Ambos comparam as áreas cobertas pelos


remanescentes da cobertura vegetal com as ocupadas pelos diversos tipos de uso do
solo, criando, desta forma, o Índice de Qualidade de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal
(IQUS). O monitoramento dos diferentes ambientes fitoecológicos pode servir de guia
para o estabelecimento de políticas públicas confiáveis. As informações do mapeamento
digital têm base em dados coletados em 1994 (primeiro IQM) e em 2001 (segundo
estudo).
No Estado do Rio de Janeiro o mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal
teve a seguinte evolução:

2 2
Área em km Área em km
Uso do solo % %
(1994) (2001)
Pastagens 19.556 44,5 21.669 49,4
Florestas ombrófilas densas
7.291 16,6 4.211 9,6
(formações florestais)
Capoeiras
14 6.814 15,5 8.071 18,4
( vegetação secundária )
Área agrícola 4.135 9,5 4.167 9,5
Restingas, manguezais, praias e várzeas
1.900 4,3 1.579 3,6
(formações pioneiras)
Área urbana 1.846 4,2 2.763 6,3
Corpos d’água 995 2,3 921 2,1
Não sensoriado 586 1,3 0 0,0
Área degradada 506 1,2 132 0,3
Afloramento rochoso e campos de altitude 241 0,5 175 0,4
Outros 39 0,1 132 0,3
Total 43.909 100,0 43.820 100,0

São relevantes as mudanças ocorridas em um período de apenas sete anos,


durante os quais campos e pastagens cresceram 11%, sem que isso tenha significado
aumento da produção pecuária. As formações florestais foram reduzidas em 42% de sua
área original, enquanto a vegetação secundária crescia 18%. Não houve expressividade
no aumento de um ponto percentual em área agrícola. As formações pioneiras foram
reduzidas em 17% e áreas urbanas aumentaram seu tamanho em 50%.
Os municípios do Estado do Rio de Janeiro foram classificados segundo os Índices
de Qualidade de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal – IQUS abaixo:

14 - De acordo com a Resolução CONAMA nº 010, de 01/10/93, a vegetação secundária é resultante de processos naturais de
sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação natural por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores
remanescentes da vegetação primária.

16
MACAÉ

IQUS Características
Maior percentual de pastagens; presença de pequenas manchas urbanas; pequena
Rodeio
influência de formações originais e de áreas agrícolas
Maior percentual de formações originais e de áreas agrícolas; presença de áreas
Rural urbanas, degradadas e de vegetação secundária; quase nenhuma influência de
pastagens
Maiores áreas de formações originais e de pastagens; presença de vegetação
Nativo
secundária e áreas agrícolas; pouca influência das áreas urbanas e degradadas
Grandes áreas de formações originais e/ou de vegetação secundária; menores valores
Verde
percentuais de áreas urbanas, agrícolas, de pastagem ou degradadas
Metrópole Maior percentual de áreas urbanas

Macaé, com base no levantamento de 1994, tinha sua área distribuída da seguinte
maneira: 31% de floresta ombrófila densa, 7% de vegetação secundária e 58% de
pastagens. Assim, o município se encaixava no cluster C1 - RODEIO/NATIVO,
agrupamento com grandes áreas de pastagens e de vegetação secundária, com presença
de áreas agrícolas e formações originais.
Já em 2001, ocorreu expressiva redução de formações florestais para apenas 0,4%
do território municipal, crescimento de vegetação secundária para 36%, e redução de
campo/pastagem para 45%. A área agrícola cresceu de 0,6 para 14,6% e a urbanização
evoluiu de 1,7 para 2,2%. O segundo estudo classificou-o como pertencente ao cluster B2
- RODEIO/VERDE I, caracterizado por altos percentuais de campo/pastagem, média de
58% do território, e de vegetação secundária, ocupando área média de 35%. Dentre as
localidades deste agrupamento, constam dois municípios da Região Norte - Macaé e
Conceição de Macabu; outros nove da Região Serrana, três do Centro-Sul Fluminense,
dois das Baixadas Litorâneas, dois da Região Metropolitana, três da Noroeste e dois da
Região do Médio Paraíba.
O IQM - Verde identifica, ainda, os Corredores Prioritários para a Interligação de
Fragmentos Florestais (CPIF), ou Corredores Ecológicos, como foram denominados mais
recentemente, para escolha de áreas de reflorestamento. Devido às atividades do
homem, a tendência dos ecossistemas florestais contínuos, como as florestas da costa
atlântica brasileira, é de fragmentação. O processo de fragmentação florestal rompe com
os mecanismos naturais de auto-regulação de abundância e raridade de espécies e leva à
insularização de populações de plantas e animais. Num ambiente ilhado, ocorre maior
pressão sobre os recursos existentes, afetando a capacidade de suporte dos ambientes
impactados, aumentando-se o risco de extinção de espécimes da flora e da fauna.
A reversão da fragmentação apóia-se, fundamentalmente, no reflorestamento dos
segmentos que unam as bordas dos fragmentos de floresta, vegetação secundária e
savana estépica. Esses eixos conectores são denominados corredores. Além de viabilizar
a troca genética entre populações, eles possibilitam a integração dos fragmentos numa
mancha contínua, alavancando a capacidade de suporte da biodiversidade regional.
Segundo esses parâmetros, Macaé necessitaria implantar 6.239 hectares 15 de
corredores ecológicos, o que representa 5,1% da área total do município.

15 - Cada hectare corresponde a 10.000 metros quadrados, ou 0,01 quilômetro quadrado.

17
MACAÉ

A figura a seguir, gerada a partir do programa do CD-ROM do IQM –Verde II,


apresenta os tipos de uso do solo no território municipal, estando marcados em vermelho
os corredores sugeridos.

O IQM - Verde II prossegue com a análise de custo de implantação desses


corredores; com a comparação do tipo de uso e cobertura do solo de fotos realizadas
entre 1956 e 1975 e a última coletânea de 2001; com uma outra análise por bacia
hidrográfica e complexo lagunar; com estudos sobre as variações climáticas nas últimas
três décadas, manejo de florestas, avaliação de estoque de carbono e outros,
configurando-se instrumento essencial para melhor conhecimento do elemento terra e sua
utilização em nosso Estado, e das ações possíveis para sua recuperação e preservação a
curto, médio e longo prazos.

Gestão municipal
A Pesquisa de Informações Básicas Municipais é apurada pelo IBGE na totalidade
dos municípios do País desde a primeira edição, referente a dados de 1999. Trata-se de
pesquisa institucional e de registros administrativos da gestão pública municipal, e se
insere entre as demais pesquisas sociais e estudos empíricos dedicados à escala
municipal.
A pesquisa apurou diversas questões em 1999, 2001, 2002, 2004, 2005 e 2006. De
acordo com a mesma, o quadro de pessoal do município apresentou a seguinte evolução:

18
MACAÉ
Evolução do número de funcionários do município

Macaé Adm. Direta Adm. Indireta

14.000

12.000

1910
10.000 1910

8.000
0

6.000
9660
8746
4.000 570 50
7533
36

2.000 3279 3429


2937

0
1999 2001 2002 2004 2005 2006
Ano retratado na pesquisa do IBGE

O vínculo empregatício dos servidores e funcionários, subdividido entre


administração direta e administração indireta, apresentou o seguinte comportamento:
Total de funcionários da administração direta do município por vínculo empregatício

Macaé Estatutários Celetistas Outros

12.000

10.000

2779
8.000
2855
1425 42

6.000 815 38

4.000
0
121 95
121 6839
35
138 5853
5293
2.000
3158 3213
2.764

0
1999 2001 2002 2004 2005 2006
Ano retratado na pesquisa do IBGE

Total de funcionários da administração indireta do município por vínculo


empregatício
Macaé Estatutários Celetistas Outros

2.500

2.000

1.500

1.000 1910 1910

63
500
347

160 31
0 18
0 9
10 0 0 0

1999 2001 2002 2004 2005 2006


Ano retratado na pesquisa do IBGE

Nota: Em 2006 foram repetidos os números relativos à Administração Indireta de


2005 devido à indisponibilidade de dados na PIBM do IBGE.

19
MACAÉ

O número de 71,99 funcionários por mil habitantes em 2005 16 representa um


crescimento de 208% deste rateio em relação a 1999. A população, nesses seis
anos, cresceu 26%, enquanto o número de servidores e funcionários teve uma
variação de 289%.
Já a formação dos quadros municipais teve sua última avaliação feita na
pesquisa referente a 2005 e tem a seguinte distribuição:

Formação dos servidores da Administração Direta - 2005 Formação dos funcionários da Administração Indireta - 2005

0%
17%

31%

Fundamental
(completo ou não)
Médio 49%
51%

Superior e pós

52%

A edição 2007 deste Estudo traz a distribuição da formação dos servidores e


funcionários por vínculo empregatício em maior detalhe. Para acessá-la, basta entrar
no portal www.tce.rj.gov.br e pesquisar no perfil dos municípios.
Levantamento realizado revelou que, em 2006, mesmo ano da última pesquisa do
IBGE, o município possuía os seguintes órgãos na Administração Direta: Prefeitura
Municipal; Câmara Municipal; Fundo Municipal de Saúde; Fundo Municipal da
Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Fundo Municipal de
Assistência ao Idoso; Fundo Municipal do Direito da Pessoa Portadora de
Deficiência; Fundo Municipal Antidrogas; Fundo Municipal Ambiental; Fundo
Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social de Macaé e Fundo Municipal dos
Direitos da Mulher. A Administração Indireta somava as seguintes entidades:
Fundação Municipal Hospitalar Macaé - FMHM; Fundação Educacional de Macaé -
FUNEMAC; Fundação Municipal do Esporte - FME; Fundação Macaé de Cultura -
FMC; Fundação Agropecuária, de Abastecimento e Pesca de Macaé - AGRAPE
(responsável pela gestão do Fundo Municipal de Desenvolvimento Rural e Política
Agrícola e do Fundo Municipal de Assistência aos Animais); Fundação de Ação
Social - FAZ (responsável pela gestão do Fundo Municipal de Assistência Social);
Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Macaé – MACPREV; Instituto
Macaé de Metrologia e Tecnologia – IMMT; Guarda Municipal de Macaé (antiga
Empresa Pública de Vigilância e Trânsito de Macaé); Macaé Trânsito e Transportes -
MACTRAN; Empresa Municipal de Turismo - MACAETUR (responsável pelo Fundo
Municipal de Turismo - FMT); Empresa Pública Municipal de Habitação e
Urbanização – EMHURB e Empresa Pública Municipal de Águas e Saneamento –
EMAS.

16 - Segundo projeções do próprio IBGE antes da contagem da população de 2007 para cidades com menos de 150 mil habitantes, o
que poderá acarretar em revisão das projeções populacionais a partir do Censo 2000.

20
MACAÉ
A última pesquisa, publicada no final de 2007, apresentou outras análises referentes a
gestão, mecanismos de incentivo à implantação de empreendimentos e aspectos relativos à
tecnologia da informação. Este último é objeto do tópico a seguir.

Governo eletrônico
O termo governo eletrônico, ou e-government, se refere ao uso de tecnologias
de informação e comunicação para a promoção de relações mais transparentes e
eficientes entre a administração pública e o cidadão. É uma importante ferramenta
que visa a simplificar e otimizar os processos administrativos e eliminar formalidades
e exigências burocráticas que oneram o cidadão e os próprios cofres públicos.
Esse novo modelo de gestão pública é central para a efetivação de reformas
que possam garantir o acesso a serviços e informações, diminuindo a exclusão
digital imposta pela falta de acesso à infra-estrutura básica de comunicação, sem
mencionar seu papel econômico. Como estratégia para construção e afirmação de
novos direitos e consolidação de outros, a inclusão digital deve ser tratada como
objeto prioritário de políticas públicas.
Com várias premiações, o município de Piraí tem sido exemplo na
modernização da gestão pública local com seu programa “Piraí Digital”, que visa à
democratização do acesso aos meios de informação e comunicação, gerando
oportunidades de desenvolvimento econômico e social. Ao adotar o uso de software
livre, sua política de inclusão digital e empresarial foi baseada em tecnologias de
redes híbridas (sem fio e cabeada) de banda larga. Seqüencialmente, executou-se a
interconexão dos órgãos que compõem o governo municipal local, a informatização
das escolas, bibliotecas e centros de estudos municipais da rede pública, dos postos
de saúde e criou-se um pólo para ensino universitário e capacitação de professores.
Em seguida, disponibilizou-se a tecnologia diretamente para o cidadão com a
instalação de espaços públicos gratuitos para acesso à internet. O município vem
alcançando resultados expressivos na modernização das secretarias e demais
órgãos públicos, respeitando a cultura local e a velocidade de absorção das
ferramentas tecnológicas pelo cidadão comum.
O Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de
Janeiro – PRODERJ vem reproduzindo esse conceito para outras cidades do Estado
do Rio de Janeiro. Conhecido como Município Digital, tem por objetivo contribuir para
a modernização da gestão pública local, além de ser um importante veículo de
inclusão digital. Como parte desse trabalho, o PRODERJ desenvolveu o Programa
Internet Comunitária, no qual vários Centros de Internet foram implementados
oferecendo à população treinamentos gratuitos de alfabetização digital, acesso à web
em banda larga, assim como diversos serviços de governo eletrônico. Os seguintes
municípios foram beneficiados até o momento: Araruama, Areal, Barra do Piraí, Barra
Mansa, Belford Roxo, Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Campos dos Goytacazes,
Cantagalo, Cardoso Moreira, Carmo, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu,
Engenheiro Paulo de Frontin, Itaperuna, Macaé, Mangaratiba, Mendes, Miguel
Pereira, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paraty, Paty do Alferes, Petrópolis, Pinheiral,
Piraí, Quissamã, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Santo Antônio de Pádua,

21
MACAÉ

Sapucaia, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, São João
de Meriti, Seropédica, Tanguá, Três Rios, Valença, Vassouras e Volta Redonda.
Os principais obstáculos para as atuais iniciativas de oferecimento de serviços
à população por meio da internet são a dificuldade de acesso à rede e a falta de
familiaridade com a tecnologia.
Este trabalho vem acompanhando, desde 2006, o grau de participação das
prefeituras do Estado do Rio de Janeiro nesse processo de desburocratização
eletrônica.
O desenvolvimento do e-government passa por quatro estágios diferentes. O
primeiro deles consiste na criação de sítios para difusão de informações sobre os
mais diversos órgãos e departamentos dos vários níveis de governo. Eventualmente,
esses sítios são reunidos em uma espécie de portal oficial com finalidade
informativa.
Num segundo estágio, estes sítios passam também a receber informações e
dados por parte dos cidadãos, empresas e outros órgãos. O usuário pode, por
exemplo, utilizar a Internet para declarar seu imposto de renda, informar uma
mudança de endereço, fazer reclamações e sugestões a diversas repartições ou,
ainda, efetuar o cadastro online de sua empresa. Neste âmbito, o sítio governamental
passa a ter uma finalidade maior do que a meramente informativa, tornando-se
interativo.
Na terceira etapa de implantação do governo eletrônico, as transações se
tornam mais complexas e o sítio assume um caráter transacional. Neste estágio,
são possíveis trocas de valores que podem ser quantificáveis, como pagamentos de
contas e impostos, educação à distância, matrículas na rede pública, marcação de
consultas médicas, compra de materiais etc. Em outras palavras, além da troca de
informações, valores são trocados e serviços anteriormente prestados por um
conjunto de funcionários passam a ser realizados diretamente pela Internet.
Essas modificações tornam-se ainda mais complexas no quarto estágio de
implantação do governo eletrônico. Neste estágio, é desenvolvido um tipo de portal
que não é mais um simples índice de sítios, mas uma plataforma de convergência de
todos os serviços prestados pelo governo. Os serviços são disponibilizados por
funções ou temas, sem seguir a divisão real do Estado em órgãos, secretarias,
departamentos etc.
Assim, ao lidar com o governo, cidadãos e empresas não precisam mais se dirigir a
inúmeros órgãos diferentes. Em um único portal e com uma única senha, conseguem
resolver aquilo que precisam. Para tal, a integração entre os diferentes órgãos
prestadores de informações e serviços é imprescindível, ou seja, estes devem
realizar trocas de suas respectivas bases de dados numa velocidade capaz de
garantir o atendimento ao cidadão. Esse recurso exige informações de uma série de
departamentos que, interligados por uma infra-estrutura avançada, conseguem
atender à demanda do cidadão “em tempo real”. Neste último estágio, o sítio é
qualificado como integrativo.

22
MACAÉ
No estudo realizado em 2007, 100% das prefeituras do Estado do Rio de
Janeiro possuíam sítios oficiais, mas os serviços oferecidos à população eram ainda
bastante deficientes.
De acordo com levantamento realizado ao longo de 2008, ao final de setembro
encontrava-se desabilitado o sítio de Duas Barras e estava em manutenção o de Magé,
que manteve disponível apenas os serviços de IPTU e ISS online. O sítio do município de
Aperibé somente pode ser acessado através de senha, configurando-se mais como uma
intranet.
A grande maioria dos sítios municipais fluminenses continua em seu estágio
inicial, ou informativo. O serviço de Ouvidoria, como nas pesquisas anteriores,
continua sendo o mais oferecido. Outros serviços com maior destaque foram os
relacionados a impostos e editais de licitação.
Os municípios que apresentaram serviços transacionais foram: Angra dos
Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Belford Roxo, Itaboraí, Laje do Muriaé, Macuco,
Mesquita, Nova Iguaçu, Petrópolis, Quissamã, Resende, São Gonçalo e Volta
Redonda. Petrópolis continua se destacando nessa categoria, seguido por Angra dos
Reis e Barra Mansa.
As tabelas a seguir apresentam o estágio em que se encontram os sítios dos
governos municipais. Somente foram considerados na avaliação os serviços ou
informações disponíveis no mês de fechamento da pesquisa: setembro de 2008.

23
MACAÉ

Serviços informativos:

Cultura e Entretenimento

Estrutura Administrativa
História do Município

Trabalho e emprego
Finanças Públicas

Políticas Públicas
Meio Ambiente
Municípios com sítios informativos

Infra-estrutura

Investimentos

Plano Diretor
Legislação
Tributação
Economia

Educação
Geografia

Notícias
Turismo

Trânsito
Saúde

Total
Angra dos Reis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17
Aperibé 0
Araruama 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Areal 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Armação dos Búzios 1 1 1 1 1 1 1 7
Arraial do Cabo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Barra do Piraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Barra Mansa 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16
Belford Roxo 1 1 1 1 1 5
Bom Jardim 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Bom Jesus do Itabapoana 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Cabo Frio 1 1 1 1 1 5
Cachoeiras de Macacu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Cambuci 1 1 1 3
Campos dos Goytacazes 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Cantagalo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Carapebus 1 1 1 1 1 5
Cardoso Moreira 1 1 1 1 1 1 6
Carmo 1 1 1 1 1 1 6
Casimiro de Abreu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Comendador Levy Gasparian 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Conceição de Macabu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Cordeiro 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Duas Barras 0
Duque de Caxias 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Engenheiro Paulo de Frontin 1 1
Guapimirim 1 1 2
Iguaba Grande 1 1 1 1 1 1 1 7
Itaboraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Itaguaí 1 1 1 1 1 1 1 7
Italva 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Itaocara 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Itaperuna 1 1 1 1 1 1 1 7
Itatiaia 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Japeri 1 1 1 1 1 1 6
Laje do Muriaé 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Macaé 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Macuco 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Magé 0
Mangaratiba 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Maricá 1 1 1 1 1 1 1 7
Mendes 1 1 1 1 4
Mesquita 1 1 1 1 4
Miguel Pereira 1 1 1 1 1 1 1 7
Miracema 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Natividade 1 1 1 1 1 5

24
MACAÉ
Serviços informativos (continuação):

Cultura e Entretenimento

Estrutura Administrativa
História do Município

Trabalho e emprego
Finanças Públicas

Políticas Públicas
Meio Ambiente
Municípios com sítios informativos

Infra-estrutura

Investimentos

Plano Diretor
Legislação
Tributação
Economia

Educação
Geografia

Notícias
Turismo

Trânsito
Saúde

Total
Nilópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Niterói 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Nova Friburgo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Nova Iguaçu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Paracambi 1 1 1 1 1 5
Paraíba do Sul 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Paraty 1 1 1 1 1 1 1 7
Paty do Alferes 1 1 1 1 1 1 1 7
Petrópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16
Pinheiral 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Piraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Porciúncula 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Porto Real 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Quatis 1 1 1 1 4
Queimados 1 1 1 1 1 5
Quissamã 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Resende 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Rio Bonito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Rio Claro 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Rio das Flores 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Rio das Ostras 1 1 1 1 4
Santa Maria Madalena 1 1 1 1 1 1 1 7
Santo Antônio de Pádua 0
São Fidélis 1 1 1 1 1 5
São Francisco de Itabapoana 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
São Gonçalo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13
São João da Barra 1 1 1 1 4
São João de Meriti 1 1 1 3
São José de Ubá 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
São José do Vale do Rio Preto 1 1 1 1 1 1 1 7
São Pedro da Aldeia 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
São Sebastião do Alto 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Sapucaia 1 1 1 1 1 1 1 7
Saquarema 1 1 1 1 1 1 1 7
Seropédica 1 1 1 1 1 1 1 7
Silva Jardim 1 1 1 1 1 1 6
Sumidouro 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Tanguá 1 1 1 1 4
Teresópolis 1 1 1 1 1 1 6
Trajano de Morais 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Três Rios 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13
Valença 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Varre - Sai 1 1 1 1
1 1 1 1 1 9
Vassouras 1 1 1 1 1 5
Volta Redonda 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Total 79 69 31 50 52 33 46 7 19 34 63 76 58 72 8 16 4 2 19

25
MACAÉ

Serviços interativos:

Cadastro de fornecedores
Obras e Meio Ambiente

Balcão de empregos
Iluminação Pública

Vigilância sanitária
Municípios com sítios interativos

Água e Esgoto
Transportes

Concursos
Processos

Habitação

Licitações
Educação

Ouvidoria
Simples

Saúde

Total
IPTU

ITBI
ISS

Angra dos Reis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14


Aperibé 0
Araruama 1 1 1 3
Areal 1 1
Armação dos Búzios 1 1 1 1 4
Arraial do Cabo 1 1
Barra do Piraí 1 1 2
Barra Mansa 1 1 1 1 1 1 6
Belford Roxo 1 1 1 1 4
Bom Jardim 1 1
Bom Jesus do Itabapoana 1 1 2
Cabo Frio 1 1 2
Cachoeiras de Macacu 1 1
Cambuci 0
Campos dos Goytacazes 1 1 1 3
Cantagalo 1 1 1 3
Carapebus 1 1 1 3
Cardoso Moreira 1 1
Carmo 1 1
Casimiro de Abreu 1 1 2
Comendador Levy Gasparian 1 1 2
Conceição de Macabu 1 1 1 1 4
Cordeiro 1 1
Duas Barras 0
Duque de Caxias 1 1 1 1 4
Engenheiro Paulo de Frontin 0
Guapimirim 1 1
Iguaba Grande 0
Itaboraí 1 1 2
Itaguaí 1 1 1 3
Italva 1 1
Itaocara 1 1
Itaperuna 0
Itatiaia 1 1 2
Japeri 1 1
Laje do Muriaé 1 1
Macaé 1 1 1 1 1 5
Macuco 1 1
Magé 1 1 2
Mangaratiba 1 1 1 1 1 5
Maricá 1 1 1 1 4
Mendes 1 1 1 3
Mesquita 1 1
Miguel Pereira 1 1 2
Miracema 0
Natividade 0

26
MACAÉ
Serviços interativos (continuação):

Cadastro de fornecedores
Obras e Meio Ambiente

Balcão de empregos
Iluminação Pública

Vigilância sanitária
Municípios com sítios interativos

Água e Esgoto
Transportes

Concursos
Processos

Habitação

Licitações
Educação

Ouvidoria
Simples

Saúde

Total
IPTU

ITBI
ISS
Nilópolis 1 1 2
Niterói 1 1 1 1 1 1 1 7
Nova Friburgo 1 1 1 1 1 1 6
Nova Iguaçu 1 1 2
Paracambi 1 1
Paraíba do Sul 1 1 2
Paraty 1 1 2
Paty do Alferes 1 1 1 3
Petrópolis 1 1 1 1 1 1 6
Pinheiral 1 1 1 3
Piraí 1 1 1 1 4
Porciúncula 1 1 2
Porto Real 1 1
Quatis 1 1
Queimados 0
Quissamã 1 1 1 3
Resende 1 1 1 1 1 5
Rio Bonito 1 1 1 3
Rio Claro 0
Rio das Flores 1 1
Rio das Ostras 1 1 1 1 1 1 6
Santa Maria Madalena 0
Santo Antônio de Pádua 1 1
São Fidélis 1 1
São Francisco de Itabapoana 1 1
São Gonçalo 1 1 1 3
São João da Barra 1 1
São João de Meriti 1 1 1 3
São José de Ubá 1 1
São José do Vale do Rio Preto 0
São Pedro da Aldeia 1 1 1 1 4
São Sebastião do Alto 1 1
Sapucaia 1 1
Saquarema 1 1
Seropédica 1 1
Silva Jardim 1 1
Sumidouro 0
Tanguá 0
Teresópolis 1 1
Trajano de Morais 1 1
Três Rios 1 1 1 3
Valença 1 1 1 3
Varre - Sai 1 1
Vassouras 1 1
Volta Redonda 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Totais 22 25 3 1 14 0 1 0 2 2 1 2 1 21 20 10 6 67

27
MACAÉ

Serviços transacionais:

Consulta prévia online - alvará provisório

Emissão de certidão negativa de débito


Impressão de documentos fiscais

Educação - matrícula online


Municípios com sítios transacionais

Nota fiscal eletrônica


Licitação e pregão
Alvará

Total
Angra dos Reis 5 1 1 1 1 1
Barra do Piraí 1 1
Barra Mansa 1 1 3 1
Belford Roxo 1 1
Itaboraí 1 1
Laje do Muriaé 1 1
Macuco 1 1
Mesquita 1 1
Nova Iguaçu 1 1
Petrópolis 1 1 1 1 1 1 6
Quissamã 1 1
Resende 1 1
São Gonçalo 1 1
Volta Redonda 1 1 2
Totais 1 4 8 3 5 1 4

Foi verificado que, em 2008, não houve melhora significativa em relação a 2007 na
usabilidade dos sítios municipais. A maioria oferece navegação deficiente, com
dificuldade na localização das informações ou serviços prestados. Vários links não abrem
quando clicados, ou apresentam mensagem de erro. Alguns serviços, apesar de
constarem na página, não estão disponíveis e um grande número de sítios está
desatualizado. A falta de ferramenta de busca para localizar as informações desejadas é
mais um dos problemas encontrados. Os assuntos informativos continuam predominando,
não tendo ocorrido grande evolução na oferta de serviços interativos e transacionais em
relação ao ano anterior..

28
MACAÉ
III - INDICADORES SOCIAIS

O Governo Federal, em seu Plano de Desenvolvimento da Educação - PDE,


reconhece que só é possível garantir o desenvolvimento nacional se a educação for
alçada à condição de eixo estruturante da ação do Estado de forma a potencializar seus
efeitos. Reduzir desigualdades sociais e regionais se traduz na equalização das
oportunidades de acesso à educação de qualidade.
A busca de uma visão sistêmica que reconheça as conexões entre alfabetização,
educação básica, educação superior e educação tecnológica faz-se necessária para
potencializar as políticas educacionais de forma a que se reforcem reciprocamente. Uma
educação básica, por exemplo, depende da boa formação dos professores nas
universidades públicas, as quais se aprimorarão quando tiverem egressos do ensino
básico melhor preparados.
No âmbito da execução do PDE, destacam-se a formação continuada de
professores e a Emenda Constitucional nº 53, que estabeleceu piso nacional do
magistério; fundo para educação básica com maiores obrigações financeiras da União,
aumento das transferências voluntárias e redistribuição direta aos municípios dos
recursos do salário-educação; estabelecimento do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica – IDEB como referencial de um plano de metas de longo prazo, com
desafios para todas as redes de ensino.
Para oferecer melhores condições de ensino na rede estadual, por sua vez, o
Governo do Estado vem tomando uma série de iniciativas, desde o inventário físico e dos
quadros de docentes em cada escola, com vistas a atender às demandas mais imediatas,
à distribuição de notebooks com acesso à internet para os professores. Finalmente a era
da tecnologia da informação e da comunicação chega ao ensino público. Em geral, os
laboratórios de informática existentes na rede vêm servindo somente para o aprendizado
do uso de ferramentas de texto, planilhas e acesso à internet. A estrutura da educação no
Estado ainda não alcançara o estágio em que todos se encontram há muitos anos.
A Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado –
Cecierj e seis universidades públicas estaduais e federais sediadas no Estado formaram o
Consórcio Centro de Educação Superior a Distância do Estado – Cederj, criando o Portal
da Educação Pública, um espaço virtual que oferece atividades de extensão para
educadores.
O Cecierj, vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia, atua oferecendo a infra-
estrutura operacional ao Cederj para a oferta dos cursos de graduação, do Pré-vestibular
Social e de cursos de atualização para professores em exercício no Ensino Médio e no
Ensino Fundamental, nas áreas de Física, Química, Matemática, Biologia, Geologia,
Geografia, Informática Educativa e Pedagogia. Além disso, atua na área de divulgação
científica em diferentes projetos como, por exemplo, os Espaços da Ciência no interior do
estado, o projeto Jovens Talentos para Ciência, a Praça da Ciência Itinerante e a mostra
Ver Ciência.
As oficinas do Portal da Educação Pública são gratuitas, de acesso imediato,
realizadas a distância e pretendem estimular a prática pedagógica com idéias, projetos e
experiências para a sala de aula. São diversas as áreas de aplicação: Arte, Biologia,

29
MACAÉ

Cidadania, Educação em Ciências, Física, Geografia, Geologia, História, Informática,


Língua Portuguesa, Matemática e Química.
Três vezes ao ano são oferecidos cursos semipresenciais nas diversas áreas de
ensino. A dinâmica e o trabalho das disciplinas ocorrem por meio de atividades a distância
e o material didático é disponibilizado no sítio. Em algumas disciplinas estão previstas
atividades presenciais. Ao final, é feita uma avaliação em um dos 27 pólos regionais
criados. Frutos de parceria entre os municípios e o Cederj, esses pólos servem como
centros de referência física para os professores-alunos, oferecendo uma infra-estrutura de
atendimento e estudo. Neles também poderão ser feitas as inscrições, prestados os
exames, oferecida tutoria presencial e a distância, além de realizados seminários de
introdução ou aprofundamento das disciplinas.
O Portal também se propõe a oferecer cursos em temas multidisciplinares
relacionados às áreas de Governança, Gestão, Auditoria e Tecnologia de Informação – TI,
voltados para a capacitação dos trabalhadores do conhecimento.
O Governo Estadual também lançou o Programa Estadual de Gestão Escolar, cuja
intenção é formar gestores escolares que exerçam um papel de liderança que transcenda
os limites da escola e se projete na comunidade. Por isso, os aspectos administrativos
são apenas uma das dimensões consideradas no processo de qualificação dos gestores.
Além dessas questões, a formação aborda a dimensão pedagógica, na qual está inserido
o projeto político-pedagógico da escola, com todas as suas implicações e
desdobramentos, com ênfase na análise dos indicadores educacionais: aprovação,
abandono, evasão, distorção idade-série e desempenho; a dimensão legislativa, pois toda
a comunidade escolar deverá conhecer e ser freqüentemente atualizada quanto a leis,
decretos, pareceres, resoluções e demais documentos legais que afetem direta ou
indiretamente o cotidiano escolar. Por fim, a dimensão comunitária, na qual o contexto
social, econômico, geográfico e cultural em que a escola se insere é destacado como
elemento importante no planejamento das atividades da escola.

Educação no Estado do Rio de Janeiro


De acordo com o Censo Escolar 2007, o Estado do Rio de Janeiro teve 2,3 milhões
de estudantes matriculados no Ensino Fundamental. A redução de um contingente
expressivo de alunos nesta etapa escolar é bastante significativa nos dois últimos anos.
Desde 2002 a rede pública perdeu 90 mil alunos e a rede particular, 77 mil.

Dependência
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Administrativa
Federal 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,5%
Estadual 25,6% 24,2% 23,3% 21,9% 21,3% 21,0%
Municipal 55,3% 56,1% 57,2% 58,5% 59,7% 61,8%
Particular 18,7% 19,2% 19,1% 19,2% 18,6% 16,7%
Nº total de alunos do
2.474.530 2.470.264 2.474.150 2.479.105 2.425.991 2.307.714
Ensino Fundamental

30
MACAÉ
Segue o processo de redução da participação da rede estadual nesse primeiro
segmento escolar, em movimento inverso à rede municipal.
O ano de 2007 apresentou nova redução no total de alunos matriculados no Ensino
Médio em nosso Estado. Nos últimos seis anos, a rede pública perdeu cerca de 50 mil
alunos, mesmo número que a rede particular.

Dependência 2003
2002 2004 2005 2006 2007
Administrativa
Federal 1,7% 1,6% 1,7% 1,6% 1,7% 1,9%
Estadual 78,2% 78,6% 79,8% 79,8% 80,9% 83,2%
Municipal 1,5% 1,7% 1,5% 1,4% 1,4% 1,6%
Particular 18,6% 18,1% 17,0% 17,2% 16,0% 13,3%
Nº total de alunos
746.234 763.817 770.658 759.825 731.754 642.769
do Ensino Médio

O gráfico a seguir aponta que, a partir de 2005, vem ocorrendo redução do número
de matrículas em todas as séries com exceção da primeira.

Total de matrículas nos ensinos fundamental e médio - RJ

2002 2003 2004 2005 2006 2007

500.000

450.000

400.000

350.000

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
Nova 1ª Nova 2ª Nova 3ª Nova 4ª Nova 5ª Nova 6ª Nova 7ª Nova 8ª Nova 9ª 1ª Série 2ª Série 3ª Série
Série Série Série Sér ie Sér ie Série Série Série Sér ie Médio Médio Médio

Em um breve resumo sobre a situação da estrutura educacional no Estado do Rio


de Janeiro, com referência ao ano de 2007 17, verifica-se que:
1) Com relação ao quantitativo de escolas:
- Para o Ensino Infantil, há 2.498 estabelecimentos de creche e a rede pública é
responsável por 45% deles. A pré-escola soma 5.425 estabelecimentos, sendo que a rede
pública responde por cerca de 60%;
- o Ensino Fundamental é disponibilizado em 6.971 escolas, das quais 72% são
públicas;

17 - Fonte: Inep/MEC

31
MACAÉ

- o Ensino Médio é encontrado em 1.787 escolas, sendo que cerca de 61%


pertencem à rede pública;
- o Ensino de Jovens e Adultos está disponível em 1.617 estabelecimentos, sendo
87% públicos;
2) No que diz respeito ao número de matrículas iniciais:
- a Educação Infantil disponibilizou cerca de 435 mil matrículas. Cursam a rede
pública 57% do total de 119.063 alunos de creche e 70% dos 316.353 estudantes de pré-
escola;
- no Ensino Fundamental, o total de matrículas nos cinco anos iniciais foi de
1.329.430, dos quais 21% na rede estadual e 62% na municipal;
- no Ensino Médio, o total de matrículas foi de 642.769, 87% feitas na rede
pública;
- na Educação de Jovens e Adultos, o número de matrículas foi de 406.799,
sendo 296.445 no curso presencial, 94% na rede pública, e 110.354 no Ensino Médio,
98% na rede pública. Do total, a rede estadual responde por 71% das matrículas e a
municipal, 24%;
- a Educação Especial teve, aproximadamente, 20 mil matrículas, 75% na rede
pública.
3) Quanto à função docente 18, em 2007 o Estado dispunha de 6.007 professores
na creche e 17.024 docentes na pré-escola. Outros 90.186 lecionavam no Ensino
Fundamental e 34.143 profissionais davam aulas no Ensino Médio. Finalmente, 16.069
professores atendiam à Educação de Jovens e Adultos e outros 3.234 lecionavam na
Educação Especial.

Resultados de exames nacionais


Há longa data, o MEC implementou sistemas de avaliação de desempenho
educacional. Em 2007, inovou ao apresentar o primeiro IDEB (2005). Ele é um indicador
sintético de qualidade educacional que combina dois indicadores usualmente utilizados
para monitorar nosso sistema de ensino: desempenho em exames padronizados com
rendimento escolar (taxa média de aprovação dos estudantes na etapa de ensino). O
indicador final é a pontuação no exame padronizado (Prova Brasil) ajustada pelo tempo
médio, em anos, para conclusão de uma série naquela etapa de ensino. A proficiência
média é padronizada para o IDEB estar entre zero e dez.
Também em 2007, o MEC lançou o Plano de Metas “Compromisso Todos pela
Educação”, cujo objetivo é fazer com que a qualidade da educação gradativamente
alcance novos patamares até o ano 2022. Os resultados do IDEB 2005 serviram como
referência para as metas futuras.
Há um longo caminho a trilhar na melhoria do ensino público fluminense. Para o
primeiro segmento do Ensino Fundamental, os objetivos não foram atingidos pela rede

18 - O mesmo docente pode atuar em mais de um nível/modalidade de ensino e em mais de um estabelecimento.

32
MACAÉ
municipal em 21 municípios e pela rede estadual em 33. Para o segundo segmento, 33 e
77, respectivamente.
Macaé apresentou o seguinte quadro no Ensino Fundamental, por rede de ensino:

Meta Atingiu
Rede IDEB IDEB
Ranking 2005 Ranking 2007 IDEB meta de
municipal 2005 2007
2007 2007?
Anos Iniciais 4,4 14º entre 88 avaliados 4,7 13º entre 91 avaliados 4,4 Sim
Anos Finais 3,6 32º entre 73 avaliados 3,9 20º entre 83 avaliados 3,6 Sim

Meta Atingiu
Rede IDEB IDEB
Ranking 2005 Ranking 2007 IDEB meta de
estadual 2005 2007
2007 2007?
Anos Iniciais 3,8 43º entre 71 avaliados 3,8 48º entre 77 avaliados 3,9 Não
Anos Finais 2,9 80º entre 90 avaliados 2,8 67º entre 90 avaliados 2,9 Não

O Enem, por sua vez, é aplicado anualmente aos alunos concluintes e aos
egressos do Ensino Médio. Em 2007, foram registrados recordes de inscritos (3.568.592)
e participantes (2.738.610). As médias totais com correção de participação dos alunos
concluintes em 2007 foram 51,276 para o país e 52,817 para o Estado.
Macaé teve nota global 53,565 no Enem 2007. Para conhecer o resultado de cada
escola individualmente, deve-se acessar o sítio
http://mediasenem.inep.gov.br/desempenho.php.
A transparência ora existente dos resultados da Prova Brasil e do Enem, anuais, e
também do IDEB, no portal do Inep/MEC, permite acesso pela internet ao desempenho de
cada escola e que a população-alvo: pais e alunos do estabelecimento de ensino, cobre
explicações de seus diretores e responsáveis pela pasta da educação no município e no
estado sobre os motivos que possam levar instituições equivalentes a terem
desempenhos tão díspares e exijam providências para melhorá-los.

Educação no município
Em virtude de inconsistências detectadas pelo Inep/MEC em sua base de dados
referente ao ano 2007, até 10 de outubro de 2008 não haviam sido disponibilizadas
relevantes informações sobre os indicadores de qualidade dos municípios.
Dessa forma, nesta edição 2008 dos Estudos Socioeconômicos, as informações
estarão restringidas aos quantitativos de matrículas e estabelecimentos. Estão ausentes
os demais aspectos por rede escolar relacionados a quantitativo de alunos por sala de
aula, distorção série-idade, faixa de idade por série cursada, índices de rendimento
(aprovação, reprovação e abandono), concluintes por nível de ensino e formação dos
professores. Toda uma gama de indicadores até o ano 2006 está disponível na edição
2007, acessível no portal deste TCE-RJ.
Tão logo o Inep/MEC publique esses dados, a série será novamente retomada na
próxima edição dos Estudos.

33
MACAÉ

Macaé teve um total de 48.495 matrículas no ensino regular em 2007, uma


variação de -0,5% em relação às 48.756 ocorridas em 2006.
O primeiro nível de atendimento escolar é a creche, que teve 4.453 alunos
matriculados em 2007, 87% na rede municipal. São 86 estabelecimentos, sendo 65 do
município. Em seguida, a pré-escola teve 5.930 matrículas em 99 escolas. Para este nível
de ensino, a Prefeitura atende 82% dos alunos em 76% dos estabelecimentos.
O Ensino Fundamental teve 30.157 estudantes inscritos em 2007. A Prefeitura
oferece 75% das vagas em 70 estabelecimentos. A rede estadual ainda atende outros 9%
dos alunos em 11 unidades próprias.
O Ensino Médio foi oferecido em 26 estabelecimentos para 7.955 alunos. O
Governo Estadual é responsável por 62% das matrículas. A rede municipal, por sua vez,
atende a 16% dos estudantes.

Saúde
Um município pode estar habilitado à condição de Gestão Plena da Atenção
Básica, ou de Gestão Plena do Sistema Municipal. Na primeira forma, resumidamente, o
município é responsável por gerir e executar a assistência ambulatorial básica, as ações
básicas de vigilância sanitária, de epidemiologia e controle de doenças; gerir todas as
unidades ambulatoriais estatais (municipal/estadual/federal) ou privadas; autorizar
internações hospitalares e procedimentos ambulatoriais especializados; operar o Sistema
de Informações Ambulatoriais do SUS; controlar e avaliar a assistência básica.
A atenção básica deve ser compreendida como o conjunto de ações prestadas às
pessoas e à comunidade, com vistas à promoção da saúde e à prevenção de agravos,
bem como seu tratamento e reabilitação no primeiro nível de atenção dos sistemas locais
de saúde.
Para garantir o custeio das ações básicas em saúde foi implantado em janeiro de
1988, o Piso da Atenção Básica - PAB, que é composto de uma parte fixa destinada à
assistência e de parte variável relativa aos incentivos para ações complementares da
atenção básica. Um sistema de acompanhamento e avaliação da produção de serviços de
atenção básica avalia o impacto da implantação do PAB na melhoria desses serviços e a
sua efetividade, assim como a utilização dos recursos repassados para os municípios.
Este sistema de acompanhamento consiste em um conjunto de metas que são pactuadas
anualmente entre as três esferas de governo constituindo o Pacto da Atenção Básica.
Desde 2002, prover a Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada é uma das
condições de gestão dos sistemas municipais de saúde. Agrega atividades como o
controle da tuberculose, a eliminação da hanseníase, o controle da hipertensão arterial, o
controle da diabetes mellitus, a saúde da criança, a saúde da mulher e a saúde bucal.
Já na Gestão Plena do Sistema Municipal, o município é responsável por gerir e
executar todas as ações e serviços de saúde no município; gerenciar todas as unidades
ambulatoriais, hospitalares e de serviços de saúde estatais ou privadas; administrar a
oferta de procedimentos de alto custo e complexidade; executar as ações básicas, de
média e de alta complexidade de vigilância sanitária, de epidemiologia e de controle de

34
MACAÉ
doenças; controlar, avaliar e auditar os serviços no município; e operar o Sistema de
Informações Hospitalares e o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS.
No Estado do Rio de Janeiro, a grande maioria dos municípios têm a Gestão Plena
da Atenção Básica para a rede ambulatorial e a Gestão Plena Estadual para sua rede
hospitalar, o que ocorre quando ainda não estão aptos para assumir a gestão de seu
sistema hospitalar ou, excepcionalmente, como no caso de Duque de Caxias, Niterói e a
capital, quando têm Gestão Plena do Sistema Municipal e também algumas unidades
geridas pelo Estado.
Dos 92 municípios, treze deles estão apenas na condição de Gestão Plena da
Atenção Básica. Outras 59 localidades se enquadram na Gestão Plena Estadual. Por fim,
vinte cidades têm Gestão Plena do Sistema Municipal.
Macaé tem Gestão Plena Estadual 19, dispondo da seguinte estrutura:

Estabelecimentos por tipo Quantidade


Central de regulação de serviços de saúde 0
Centro de saúde/ Unidade básica de saúde 41
Posto de saúde 3
Pronto socorro geral 1
Pronto socorro especializado 1
Hospital geral 5
Hospital especializado 1
Hospital dia 0
Centro de parto normal 0
Policlínica 7
Clínica especializada/ambulatório especializado 21
Consultório isolado 89
Farmácia 0
Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN 0
Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia 20
Unidade de vigilância em saúde 1
Unidade mista 0
Unidade móvel de nível pré-hospitalar - urgência/emergência 0
Unidade móvel fluvial 0
Unidade móvel terrestre 1
Total 192

Uma das maiores preocupações da saúde pública nos anos recentes tem sido a
epidemia da dengue, que em 1993 havia tido registros em apenas 29 municípios do
estado e hoje grassa por todo o território fluminense.
Todos os casos de dengue devem ser notificados. No entanto, há problemas de
subnotificação, uma vez que grande parte da população costuma se automedicar quando
acometida pelos sintomas característicos da doença, buscando orientação médica

19 - Fonte: Datasus – dados de dezembro de 2007.

35
MACAÉ

20
somente nos casos mais graves. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde ,a
curva de casos notificados no município de Macaé foi a seguinte:

Casos notificados de dengue no m unicípio

Macaé

2.000
1.800
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
- at é
junho

Por meio do sistema Caderno de Informações de Saúde gerado pelo sítio da


Secretaria Executiva do Ministério da Saúde (www.datasus.gov.br), pode-se obter uma
série de informações relativas a estrutura e assistência ambulatorial e hospitalar,
morbidade hospitalar, nascimentos, mortalidade, imunizações; dados do Programa de
Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde; orçamentos, transferências e
pagamentos dos procedimentos de atenção básica e daqueles de média e alta
complexidade. Ocorre que os dados, ao serem consultados em julho de 2008, referiam-
se, primordialmente a informações publicadas em edições anteriores deste estudo,
disponíveis na página deste TCE.
Saúde é direito de todo cidadão e cabe ao Poder Público a garantia de um
atendimento de qualidade. Um grande número de doenças que acometem os indivíduos é
evitável por ações preventivas já conhecidas e comprovadamente eficazes. É, portanto,
fundamental que todos os cidadãos tenham acesso à prevenção destas doenças, por
meio de ações básicas de saúde.

Mercado de trabalho
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), do Ministério do Trabalho, no Estado do Rio de Janeiro, o emprego formal
cresceu 5,34%, em 2007. Foram criados liquidamente 111.370 postos de trabalho. No
país como um todo, a taxa de crescimento foi de 5,85%. Na comparação com as demais
unidades da federação, a taxa de crescimento do emprego formal no Estado do Rio de
Janeiro ocupou a 14ª posição em 2007, mas a terceira no saldo de vagas, com 144.786
novos postos de trabalho.

20 - Fonte: http://www.saude.rj.gov.br/Docs/Acoes/Dengue/ Casos%20Notificados%20de%20Dengue%201986-2008%20RJ.pdf .


Acesso em 15.07.2008

36
MACAÉ
A maior taxa de crescimento foi registrada pela construção civil, que teve aumento
de 9,13%. A segunda maior foi a de serviços, com 5,60%. O comércio expandiu em
5,56% o número de vagas formais. Na indústria de transformação, a taxa de crescimento
foi de 4,01%.
O Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED) traz uma regionalização
própria do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo da análise que ora apresentamos é
comparar o desempenho do emprego formal das diversas regiões e do próprio município
em estudo. Primeiramente, devem ser listados quais municípios pertencem a essas
regiões do CAGED/MTE; a saber:

Região CAGED Municípios que dela fazem parte


Bacia de São João Casimiro de Abreu, Rio das Ostras e Silva Jardim
Baía da Ilha Grande Angra dos Reis e Paraty
Barra do Piraí Barra do Piraí, Rio das Flores e Valença
Campos dos Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, São Fidélis, São Francisco de
Goytacazes Itabapoana e São João da Barra
Cantagalo-Cordeiro Cantagalo, Carmo, Cordeiro e Macuco
Itaguaí Itaguaí , Mangaratiba e Seropédica
Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade,
Itaperuna
Porciúncula e Varre-Sai
Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande,
Lagos
São Pedro da Aldeia e Saquarema
Macacu-Caceribu Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito
Macaé Carapebus, Conceição de Macabu, Macaé e Quissamã
Nova Friburgo Bom Jardim, Duas Barras, Nova Friburgo e Sumidouro
Santo Antônio de Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, São José de Ubá e Santo Antônio de
Pádua Pádua
Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá,
Rio de Janeiro Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro, São
Gonçalo, São João de Meriti e Tanguá
Santa Maria Madalena Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Trajano de Morais
Serrana Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis
Três Rios Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Sapucaia e Três Rios
Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro e
Vale do Paraíba
Volta Redonda
Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do
Vassouras
Alferes e Vassouras

Foi procedida uma análise da evolução do emprego formal no período de janeiro de


2002 ao mesmo mês de 2008, resumida na tabela a seguir. Vale salientar que somente a
capital responde por 56,5% dos postos de trabalho formais em toda a unidade da
federação.

37
MACAÉ

Nº de Nº de
% dos empregos
empregos empregos
Variação Variação no formais no Estado
Região formais em Admissões Desligamentos formais em
absoluta período em
1º Janeiro 1º Janeiro
1º Janeiro 2008
2002 2008
Totais 2.197.792 6.019.550 5.398.739 620.811 2.818.603 28%

Rio de Janeiro 1.687.472 4.499.290 4.068.083 431.207 2.118.679 26% 75,2%


Vale do Paraíba Fluminense 100.278 252.167 227.513 24.654 124.932 25% 4,4%
Macaé 57.864 189.333 160.574 28.759 86.623 50% 3,1%
Campos dos Goytacazes 72.391 170.583 157.676 12.907 85.298 18% 3,0%
Serrana 63.068 173.600 157.083 16.517 79.585 26% 2,8%
Lagos 39.133 129.168 114.623 14.545 53.678 37% 1,9%
Nova Friburgo 34.581 98.645 86.141 12.504 47.085 36% 1,7%
Itaguaí 13.715 67.942 46.066 21.876 35.591 160% 1,3%
Três Rios 23.972 86.265 77.832 8.433 32.405 35% 1,1%
Baía da Ilha Grande 21.660 75.491 64.752 10.739 32.399 50% 1,1%
Macacu-Caceribu 11.230 92.643 74.422 18.221 29.451 162% 1,0%
Itaperuna 18.274 37.551 32.350 5.201 23.475 28% 0,8%
Barra do Piraí 18.855 44.663 41.121 3.542 22.397 19% 0,8%
Vassouras 12.534 32.925 30.253 2.672 15.206 21% 0,5%
Bacia de São João 8.989 31.873 28.096 3.777 12.766 42% 0,5%
Santo Antônio de Pádua 6.987 18.558 15.394 3.164 10.151 45% 0,4%
Cantagalo-Cordeiro 5.426 16.202 14.327 1.875 7.301 35% 0,3%
Santa Maria Madalena 1.363 2.651 2.433 218 1.581 16% 0,1%
Fonte: Tabulação própria feita a partir dos dados do CAGED de cada município fluminense

Com relação ao nível de emprego formal, a evolução e a participação no número


de empregos formais no município e na microrregião encontram-se na tabela que segue:

Período: Jan de 2002 a Jan de 2008


Município Micro Região
Movimentação
qtde % qtde
Admissões
1º Emprego 25.887 94,25 27.467
Reemprego 158.419 98,13 161.433
Reintegração 105 100 105
Contrato Trabalho Prazo Determinado 315 96,04 328
Transferência 0 - 0
Total 184.726 97,57 189.333
Desligamentos
Dispensados sem Justa Causa 119.989 97,44 123.136
Dispensados com Justa Causa 1.540 98,72 1.560
A Pedido 29.864 97,8 30.537
Término de Contrato 4.041 97,16 4.159
Aposentadoria 317 75,66 419
Morte 484 93,08 520
Término Contrato Prazo Determinado 241 99,18 243
Transferência 0 - 0
Total 156.476 97,45 160.574
Variação Absoluta 28.250 28.759
Variação Relativa 54,91 % 54,05 %
Número de empregos formais
1º Janeiro de 2008 82.519 95,26 86.623
Total de Estabelecimentos
Janeiro de 2008 6.412 84,42 7.595
Fonte: CAGED, disponível em http://perfildomunicipio.datamec.com.br

38
MACAÉ
Um novo indicador de desenvolvimento
Em julho de 2008 foi lançado o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – IFDM 21,
fruto de mais de um ano de pesquisas do Sistema FIRJAN. Sua formulação considera três
eixos de avaliação, nos moldes do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)
apresentado em edições anteriores destes Estudos Socioeconômicos, desenvolvido pelo
IPEA/FJP/PNUD 22. O IFDM pondera igualmente emprego/renda, educação e saúde, com o
diferencial de poder ser mais freqüente e agregar novos elementos. A figura abaixo ilustra, de
forma resumida, as variáveis componentes deste novo índice sintético, as quais têm
ponderação diferenciada conforme a metodologia adotada.

IFDM

Emprego & Renda Educação Saúde

Variáveis utilizadas: Variáveis utilizadas: Variáveis utilizadas:

• Geração de • Taxa de matrícula na • Número de consultas


emprego formal educação infant il pré -natal
• Estoque de emprego • Taxa de abandono • Óbitos por causas
formal • Taxa de distorção mal -definidas
• Salários médios idade -série • Óbitos infantis por
do emprego formal • Percentual de causas evitáveis
docentes com
ensino superior
• Média de horas aula
diárias
• Resultado do IDEB
Fonte: Ministério do Trabalho Fonte: Ministério da Educação Fonte: Ministério da Saúde

Destaque-se que o IFDM - Educação capta tanto a oferta do ensino infantil quanto a
qualidade do Ensino Fundamental retratada nas demais variáveis, temas de competência
municipal. O indicador IFDM - Saúde espelha aspectos relativos à qualidade da Atenção
Básica do sistema de saúde municipal. Já o indicador IFDM - Emprego&Renda enfatiza a
formalidade da atividade econômica.
O IFDM permite a comparação quantitativa serial e temporal de todos os municípios
brasileiros, possibilitando inclusive a agregação por estados. Os dados oficiais mais recentes
disponíveis para sua completa apuração são de 2005. Para efeito de comparação também foi
calculado o índice para 2000, o que permite uma análise de suas variações nesse intervalo de
tempo.
Dentre os 100 municípios melhor colocados em 2005, 87 estão em São Paulo. Os 13
restantes dividem-se entre Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro (com Macaé em 34º lugar e
Niterói em 97º), Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Goiás. Uma evidência da
melhor qualidade de vida nas cidades menores é o fato de que, dentre esses mesmos
municípios, 82 deles possuíam menos de 300 mil habitantes e a metade, menos de 100 mil.
De acordo com os índices apurados, apenas duas capitais (Curitiba e Vitória)
figuravam entre esses primeiros. São Paulo, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Rio

21 - Disponível em http://ifdm.firjan.org.br/home.html . Acesso em 11/08/2008.


22 - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Fundação João Pinheiro do Governo do Estado de Minas Gerais - FJP e
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.

39
MACAÉ

de Janeiro, Belo Horizonte, Aracajú e Goiânia completam o grupo das dez capitais melhor
posicionadas. A capital fluminense evoluiu de 230º lugar em 2000 para o 157º em 2005.
Enquanto o IFDM médio do Brasil cresceu 20% nesses cinco anos, o do Estado do
Rio de Janeiro subiu 17%. Muitos municípios do resto do país, por conseguinte,
apresentaram melhor desempenho no período. Houve 28 cidades fluminenses que
perderam mais de 500 posições entre os 5.564 tabulados; 13 delas, mais de mil.
O gráfico a seguir indica que, apesar do aumento do número de municípios
fluminenses dentre os 500 primeiros colocados, a distribuição de seu conjunto no ranking
geral mudou de perfil: há menos unidades nas faixas imediatamente seguintes de 500 a
1.000 e de 1.001 a 1.500.

Número de municípios fluminenses por faixa no ranking do IFDM Brasil


2000 e 2005

3.500
zero em 2000
x 2 em 2005

3.000
4 em 2000
x 6 em 2005

2.500
12 em 2000
x 13 em 2005

2.000
11 em 2000
x 15 em 2005

1.500
29 em 2000
x 24 em 2005
1.000
24 em 2000
x 15 em 2005

500
11 em 2000
x 17 em 2005

Dos 17 municípios fluminenses classificados em 2005 nos primeiros 500, apenas


seis são os mesmos dos 11 destacados da apuração de 2000. Estes são, pela ordem,
Macaé, Niterói, Nova Friburgo, Piraí, Porto Real e a capital. O gráfico seguinte ilustra o
posicionamento dos municípios melhor qualificados nos dois anos avaliados.

Municípios melhor classificados no IFDM Brasil


2000 e 2005

500 Cam pos dos


Nova Friburgo Goytacazes
450 Italva
Cantagalo Itaperuna
Barra Mansa Itaguaí
400 Angra dos Reis
Petrópolis
350 Comendador Levy
Vassouras Gasparian
Piraí Nova Friburgo
300
Rio de Janeiro
250 Porciúncula Volta Redonda
Rio das Ostras
200 Piraí
São Gonçalo
Rio de Janeiro Porto Real
150
Resende
100 Niterói
Resende
Porto Real
50 Niterói
Macaé
Macaé
- M a c a é N ite ó
r i R e se n d e R io d e Ja n e io
r P o to
r R e a l R o
i d a O
s a
trs s V o ta
l R e d o n d a P a
ri í N o v a F b
ir u g
r o C o me n d a d o L
r e v y B a a
r M a n a
s P e ó
tr p o sil Ita p e u
r n a A n g a
r d o R
s e si Ita vl a Ita g u a í C a mp o d
s o s

G a p
s a a
ir n G o ta
y c a e
z s

40
MACAÉ
Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: desenvolvimento baixo (de 0
a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1). Macaé
apresentou a seguinte evolução:

Índice Ranking Índice Ranking


Variação
Componentes do Índice Parcial Estadual Parcial Estadual
2005 / 2000
2000 2000 2005 2005
Emprego e renda 0,8264 1º 0,9254 1º 12%
Educação 0,7104 24º 0,8083 13º 14%
Saúde 0,8053 29º 0,8849 10º 10%
Ranking Ranking Variação Ranking Ranking Variação
IFDM 2000 IFDM 2005 Nacional Nacional de posição Estadual Estadual de posição
2000 2005 no BR 2000 2005 no RJ
0,7807 0,8729 45º 34º 11 1º 1º 0

O estudo evidencia a heterogeneidade do desenvolvimento tanto em nível local


quanto no nacional, apontando volatilidade e alternância significativas de um ano para o
outro. Em 2000, os estados mais conceituados no IFDM eram os mesmos de 2005,
contudo com diferente ordenamento. Pela ordem do ranking mais atual, São Paulo
manteve o primeiro lugar; Paraná galgou duas posições e Santa Catarina, três; Rio de
Janeiro perdeu uma posição enquanto Minas Gerais subiu duas e Espírito Santo, três;
Distrito Federal perdeu cinco e Rio Grande do Sul, três; Goiás conquistou a nona posição
do Mato Grosso do Sul.
Um indicador com a periodicidade proposta pelo IFDM permitirá um melhor
acompanhamento da evolução socioeconômica de todos os municípios brasileiros.

41
MACAÉ

IV - INDICADORES ECONÔMICOS

Economia regional e local


Na publicação do Comparativo dos Municípios Fluminenses desta edição 2008 é
apresentada uma análise do desempenho da economia e estimado o PIB de 2007 do
Estado do Rio de Janeiro. Neste capítulo, serão apresentadas informações mais
regionalizadas. Como os dados econômicos de 2007 por município somente estarão
disponíveis no ano 2009, a avaliação do desempenho regional e local somente pode ser
feita até 2006. A série comparativa, todavia, propicia acompanhar o comportamento nos
seis últimos anos disponíveis.
O PIB a preços básicos do Estado em 2006, de acordo com a Fundação CIDE, foi
de R$295,7 bilhões, dos quais o Município do Rio de Janeiro e a Bacia de Campos
participaram com 64,9% do total. A capital do Estado gerou R$123,3 bilhões em 2006,
liderando todos os setores da economia estadual naquele ano, com exceção da
agropecuária e da extração de outros minerais.
A produção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos teve uma participação
crescente no conjunto do Estado a partir de 2002, chegando em 2006 a 23,3% do PIB a
preços básicos. Depuramos no gráfico a seguir e nas considerações posteriores as
contribuições da produção no mar, reduzindo-se o PIB para aquilo que foi produzido
apenas nos municípios, ou seja, R$226,9 bilhões. Desta forma, obtém-se melhor
visualização da participação de cada região na economia estadual.

Evolução da participação das regiões no PIB estadual


excluída a produção da Bacia de Campos - 2001 a 2006

2001 2002 2003 2004 2005 2006


1, 8 %
Costa Verde
1, 5%
0, 9 %
Centro-Sul
0, 9 %
1 0 , 5%
Médio Paraíba
7, 3 %
2 , 6%
Baixadas Litorâneas
2, 2 %
3 , 5%
Serrana
3 , 1%
4, 4 %
Norte
2, 8%
0, 8%
Noroeste
0, 8 %
54 , 3 %
Capital
6 2, 4 %
2 1 , 2%
Metropolitana
19 , 0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

As regiões Norte e do Médio Paraíba foram as que mais cresceram suas


participações no produto estadual, respectivamente 57% e 43% em relação a 2001. Por
conta dessa expansão, o Norte Fluminense já atinge 4,4% do PIB e o Médio Paraíba,
10,5%. Em menor grau, mas ainda expressivos, foram os crescimentos relativos das
regiões da Costa Verde e das Baixadas Litorâneas, 19% e 17%. O Centro-Sul Fluminense

42
MACAÉ
cresceu pouco mais de 2%. As regiões Metropolitana (excluída a capital) e Serrana
também expandiram sua participação, na faixa dos 12% a 13%. Na mesma proporção
caiu a contribuição da capital e a Região Noroeste recuou 4%.
Nesses seis anos, na Região Norte destacou-se o crescimento nominal de 304%
de Macaé, enquanto no Médio Paraíba foram Porto Real, Volta Redonda e Barra Mansa,
respectivamente com 335%, 239% e 155%. Na Costa Verde, Itaguaí e Mangaratiba
lideraram o crescimento, com 213% e 137% de aumento nominal. Já nas Baixadas
Litorâneas, Rio das Ostras, Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu foram os que mais
contribuíram para o aumento do PIB regional, com 268%, 196% e 142% no período. No
Centro-Sul Fluminense, foi Paraíba do Sul quem mais cresceu: 182%. A Região
Metropolitana trouxe Mesquita e Duque de Caxias à frente, com aumentos nominais de
192% e 129%. Da Região Serrana, Petrópolis se evidencia com o crescimento de 136%
entre 2001 e 2006. Os municípios do Noroeste Fluminense que apresentaram
crescimento acima da média estadual de 85% foram Itaperuna, Aperibé e Santo Antônio
de Pádua.
Quanto aos setores econômicos, também descontada a produção de petróleo e
gás (indústria extrativa), no período de 2001 a 2006 os crescimentos mais vigorosos
foram: do comércio atacadista, da indústria de transformação, dos serviços industriais de
utilidade pública e de outros serviços, como bem ilustra o gráfico a seguir.

Evolução da participação dos setores no PIB estadual


excluída a produção da Bacia de Campos - 2001a 2006

2001 2002 2003 2004 2005 2006


30%
2 6 ,2 %

25% 2 1, 8 %

20%

15%
8 ,4 % 9 ,2 %
10% 7, 6 %
4 ,2 % 4 ,9 % 5, 1% 4 ,4 %
3 , 5% 4 , 1%
5%
0 , 5% 0 ,1%
0%
s
a
os

es
P
ta

ra
st

IU
is
tr

rt

ei
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.a

om

i
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ra

T
om

st
C
xt

In
C
E

Na agropecuária, destacam-se, pela ordem: Campos dos Goytacazes, Teresópolis,


Barra do Piraí, Sumidouro, Trajano de Morais, Nova Friburgo, Santa Maria Madalena e
Itaperuna. Este setor somou um produto de R$1,2 bilhão.
Com relação à extração de outros minerais, o setor somou R$124 milhões. O
município de Cabo Frio se destaca, seguido por Itaguaí, Rio de Janeiro, Seropédica,
Arraial do Cabo, São Gonçalo, Tanguá e Nova Iguaçu.
A indústria de transformação é mais presente na capital, em Duque de Caxias e
Volta Redonda. Porto Real, Resende, Barra Mansa e Petrópolis são outros municípios
que têm mais de R$1 bilhão de produção na indústria de transformação, que totalizou
R$50,8 bilhões.

43
MACAÉ

Cerca de dois terços do comércio atacadista ocorrem na capital. Seguem no


ranking Duque de Caxias, Itaguaí, Macaé, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Campos dos
Goytacazes. O setor somou R$9,8 bilhões em 2006.
O comércio varejista também é mais forte na capital, seguida de Niterói, Duque de
Caxias, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Petrópolis, Macaé e Campos dos Goytacazes. No
total, o varejo chegou a R$8,1 bilhões.
A construção civil tem a capital 11 vezes maior que o segundo colocado: Mesquita.
Macaé, São João de Meriti e São Gonçalo também são fortes produtores, seguidos de
Niterói, Duque de Caxias e Nova Iguaçu. O setor alcançou R$17,8 bilhões.
Nos serviços industriais de utilidade pública, a capital é 12 vezes maior que Volta
Redonda, seguida por Duque de Caxias, Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu. No total, o
produto deste setor gerou R$11,4 bilhões.
Nos transportes, cujo produto somou R$11,8 bilhões, após a capital seguem
Macaé, Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu, Volta Redonda, São Gonçalo e Itaguaí.
As comunicações apresentam destaque na capital, 13 vezes maior que Niterói,
seguido por Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Petrópolis, Campos, São Gonçalo e São
João de Meriti. Seu produto alcançou R$10,8 bilhões em 2005.
Mais de oitenta por cento das instituições financeiras concentram sua produção na
capital, seguida por Niterói, Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu,
Volta Redonda, Macaé e Petrópolis. Este setor somou um produto de R$9,6 bilhões.
Já a Administração Pública contribuiu com R$19,5 bilhões. Após a capital, têm
maior produção São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, seguidos de Belford
Roxo, Niterói, São João de Meriti e Campos dos Goytacazes.
Os aluguéis totalizaram R$21,4 bilhões, tendo a capital um produto oito vezes mais
que os três seguintes, todos acima de R$1 bilhão: São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova
Iguaçu. Seguem Belford Roxo, Niterói, São João de Meriti e Campos dos Goytacazes.
Em outros serviços, a capital é quase 20 vezes mais forte que a média dos três
seguintes, com produto equivalente, casos de Macaé, Duque de Caxias e Niterói. Seguem
Volta Redonda, Petrópolis, Itaguaí e Nova Iguaçu. O setor totalizou R$60,8 bilhões.
A indústria de transformação no Estado tem forte predominância dos gêneros
metalurgia e química, como ilustram os gráficos que seguem.

44
MACAÉ

Participação dos principais gêneros na Indústria de Transformação


RJ - 2006
Demais gêneros 9,2%

Indúst rias diversas 2,3%

Produtos de borracha 2,4%

Gráf ica 2,7%

Produt os aliment ares 3,6%

Farmacêut ica 5,0%

Bebidas 6,2%

M at erial de t ransport e 10,7%

Química 27,0%

M etalurgia 30,7%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Detalhamento da participação dos demais gêneros


na Indústria de Transformação RJ - 2006

Calçados 0,1%

Indúst r ia f onogr áf ica 0,2%

Ouriver saria e bijut er ia 0,3%

Madeir a e mobiliár io 0,5%

Vest uário 0,5%

Papel e celulose 0,6%

Equip.mat .médico- hospit alar 0,8%

Têxt il 0,8%

Art igos de perf umar ia 0,8%

Produt os de minerais não met álicos 1,0%

Mat erial Elet roelet rônico 1,1%

Máquinas e equipament os 1,3%

Ar t igos de plást ico 1,3%

0,0% 0,2% 0,4% 0,6% 0,8% 1,0% 1,2% 1,4%

No gráfico que segue, pode-se verificar os desempenhos dos municípios da região


de Macaé entre 2001 e 2006.
Comparativo da evolução do PIB a preços básicos (R$ mil correntes)

2001 2002 2003 2004 2005 2006

16 8 . 4 9 5
São João da Barra

18 6 .56 2
São Francisco de It abapoana

16 0 . 3 6 1
São Fidélis

14 7.0 79
Quissamã
5.9 8 7.6 2 0

M acaé

9 3 .3 8 5
Conceição de M acabu

4 9 .6 6 7
Cardoso M oreira

56 . 4 9 0
Carapebus

3 .19 1.0 6 0
Campos dos Goytacazes

1 000 000 2 000 000 3 000 000 4 000 000 5 000 000 6 000 000

45
MACAÉ

Macaé teve um crescimento nominal de 304,3% no período. O município


participava com 40,6% da produção da Região Norte Fluminense em 2001, chegando a
59,6% em 2006, apresentando uma variação de 46,9% em seu contexto regional. A
composição do PIB local tem evoluído conforme gráficos a seguir, devendo-se atentar
para uma eventual variação de escala de um para outro para descrever o mesmo
fenômeno:

Evolução do PIB do município por setor - 2001 a 2006 (R$ mil correntes)

2001 2002 2003 2004 2005 2006

179.401
SIUP
818.454
Const.civil
151.185
Com.varejista
440.173
Com.atacadista
91.422
Ind.transformação
2.882
Ind.Extrativa
3.686
Agropecuária

0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 800.000 900.000

Evolução do PIB do m unicípio por setor - 2001 a 2006 (R$ m il correntes)

2001 2002 2003 2004 2005 2006

2 . 53 5. 9 8 8
Outros serviços
2 2 1. 8 0 0
Aluguéis

2 0 2 . 19 6
Adm.pública

73 .4 3 4
Inst.financeiras
12 0 . 777
Comunicações

1. 2 9 5. 0 3 9
Transportes

0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000

46
MACAÉ
O setor da indústria de transformação tem a seguinte distribuição por gênero no
município em análise:

Participação dos principais gêneros na Indústria de Transformação - 2006

Demais gêner os 71,8%

Indúst r ias diver sas 4,5%

Pr odut os de bor r acha 0,0%

Gr áf ica 1,8%

Pr odut os aliment ar es 9,1%

Far macêut ica 0,0%

Bebidas 0,6%

Mat er ial de t r anspor t e 0,7%

Quí mica 11,5%

Met alur gia 0,0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Detalhamento da participação dos demais gêneros


na Indústria de Transformação - 2006

Calçados 0,0%

Indústria fonográfica 0,0%

Ouriversaria e bijuteria 0,0%

Madeira e mobiliário 2,0%

Vestuário 1,2%

Papel e celulose 0,0%

Equip.mat.médico-hospitalar 0,1%

Têxtil 0,0%

Artigos de perfumaria 0,9%

Produtos de minerais não metálicos 0,2%

Material Eletroeletrônico 20,4%

Máquinas e equipamentos 46,9%

Artigos de plástico 0,0%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

47
MACAÉ

A tabela a seguir apresenta a produção por setor econômico em Macaé no ano


2006 e sua posição no conjunto dos 92 municípios do Estado nos últimos seis anos.

Ranking no ano Valor PIB em 2006


Setor econômico
2001 2002 2003 2004 2005 2006 (R$mil)
Agropecuária 52 62 59 63 63 61 3.686
Extração de outros minerais 15 13 8 7 11 11 2.882
Indústria de transformação 12 9 16 21 19 19 91.422
Comércio atacadista 3 4 4 3 3 4 440.173
Comércio varejista 3 8 7 7 7 7 151.185
Construção civil 11 10 12 13 5 3 818.454
Serviços industriais de utilidade pública 14 4 11 12 9 9 179.401
Transportes 10 8 7 3 2 2 1.295.039
Comunicações 10 10 9 10 5 9 120.777
Instituições financeiras 10 9 8 7 8 7 73.434
Administração pública 12 13 17 18 17 17 202.196
Aluguéis 18 17 17 18 17 17 221.800
Outros serviços 5 4 2 2 2 2 2.535.988
Total dos setores 6.136.436
Imputação de intermediação financeira (148.817)
PIB a preços básicos 11 7 7 7 5 5 5.987.620
Nota: - significa atividade não identificada pela Fundação CIDE no município naquele ano.

Dinâmica econômica dos municípios e o IPM


A variação do Índice de Participação do Município – IPM é um retrato da dinâmica
econômica municipal, uma vez que grande parte desse índice é uma relação direta com o
produto por ele gerado, por meio de suas atividades em indústria, comércio e serviços.
Também representa seu desempenho diante dos demais municípios, pois todos partilham
do mesmo produto final gerado pelo seu conjunto. Para obter aumento no IPM, a
produção do município precisa crescer mais que o conjunto dos demais.
Para fixação do IPM, conforme disposto na Constituição Federal e na Lei
Complementar Federal nº 63/90, da parcela de 25% do ICMS que cabe aos municípios do
produto da arrecadação desse imposto, três quartos (75%) são proporcionais ao valor
adicionado médio dos dois anos anteriores. Um quarto (25%) tem por base critérios de
população, área, receita própria, cota mínima e de ajuste econômico estabelecidos na Lei
nº 2.664/96.
A análise do comportamento do IPM nos últimos 15 anos demonstra uma gradual
desconcentração da atividade econômica no Estado, tendo a Região Metropolitana
perdido 12% de sua participação entre 1993 e 2007.
As regiões que mais avançaram em suas participações nesse mesmo período e,
portanto, em suas economias, foram Costa Verde, com 42% de aumento, Norte
Fluminense, com 36%, e Baixadas Litorâneas, com 25%. Mais modestos foram os
crescimentos do Noroeste Fluminense, 18%, Centro-Sul Fluminense, 8%, e Serrana, 7%.

48
MACAÉ
A Região do Médio Paraíba também teve suas variações, mas o resultado final foi zero de
aumento. O gráfico seguinte ilustra essas variações:

Evolução das Participações das Regiões no IPM-RJ


Região Metropolitana Região Noroeste Fluminense
Região Norte Fluminense Região Serrana
Região das Baixadas Litorâneas Região do Médio Paraíba
Região Centro-Sul Fluminense Região da Costa Verde
100%

80%

60%

40%

20%

0%
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Na figura seguinte é apresentada a evolução do IPM do município em análise. A


variação desse Índice, com a defasagem de tempo determinada para sua apuração,
espelha o desempenho econômico local frente ao conjunto do Estado.

Taxa de Variação do IPM

Macaé Em relação ao ano anterior Acumulada (base 1993)

120%

100%

80%

60%
45,9%
40% 38,4%

27,0%
20% 16,5%
13,3% 14,4%
5,3% 5,1% 6,0%
0% -1,1% 0,4% 1,0%

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004-13,1%
2005 2006 2007
-20% -18,5%
-26,6%

-40%

A partir de 2009, um novo componente será considerado na construção do IPM e,


conseqüentemente, no critério de repartição dessa parcela de 25% do ICMS. A Lei nº
5.100/07 prevê que as prefeituras contarão com maior parcela desse imposto se
investirem na preservação ambiental. O repasse do chamado ICMS Verde representará
2,5% do valor distribuído aos municípios. O percentual aumentará gradativamente: 1% em

49
MACAÉ

2009; 1,8% em 2010; e, finalmente, 2,5% no exercício fiscal de 2011. De acordo com a
Secretaria de Estado do Ambiente 23, calcula-se que o repasse anual para as prefeituras
que investirem na manutenção de florestas, nos cuidados com a água e no tratamento de
lixo alcançará R$100 milhões em 2011. Deverá ocorrer mudança institucional em todos os
possíveis beneficiários que não estejam estruturados para a gestão ambiental, uma vez
que, para habilitar-se aos recursos previstos nesta lei, cada município deverá organizar
seu próprio sistema municipal do meio ambiente, com respectivos conselho e fundo, e
órgão administrativo executor da política ambiental municipal.
O índice inclui critérios relacionados a existência e efetiva implantação de áreas
protegidas, qualidade ambiental dos recursos hídricos (mananciais e tratamento de
esgoto), bem como coleta e disposição final adequada dos resíduos sólidos. O primeiro
valor deste índice 24 já foi calculado pela Fundação CIDE, a partir de dados fornecidos
pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente - Feema, Fundação Instituto
Estadual de Florestas - IEF, e Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas -
Serla.
Além de serem listados áreas de proteção, mananciais, tipos de tratamento de
esgoto, locais e formas de disposição final de resíduos, pode-se deduzir pelo índice final e
seus componentes que o quadro atual de preservação ambiental é crítico em muitas
localidades:
- Apenas 15 municípios terão direito a mais da metade desta cota do ICMS.
Outros 61 receberão menos de 1% cada, sendo nulo o repasse para 15 deles.
- As áreas protegidas têm 90% de sua distribuição em 26 municípios que
compõem as maiores manchas verdes do estado. Ainda neste componente, 25
municípios receberão participação por terem suas próprias unidades de conservação,
com destaque para Mesquita, Resende e Conceição de Macabu.
- Dos recursos hídricos, 13 municípios serão beneficiados por terem mananciais,
com ênfase para Rio Claro, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim. Em relação ao
tratamento de esgoto, 19 municípios têm, em maior ou menor grau, alguma participação.
-
Um grupo de 42 municípios mostra esforços para adequação da destinação final
de resíduos sólidos urbanos, enquanto 45 apresentam alguma iniciativa para remediar
vazadouros existentes.
A tabela seguinte apresenta os percentuais de participação de Macaé em cada um
dos componentes mencionados anteriormente em relação ao total dos municípios. O
índice final espelha o percentual do total a ser distribuído da parcela do ICMS Verde:

Índice Final de Conservação Ambiental 0,919325343


Índice Relativo de Mananciais de Abastecimento 0%
Índice Relativo de Área Protegida 0,0862%
Índice Relativo de Áreas Protegidas Municipais 0%
Índice Relativo de Tratamento de Esgoto 0%
Índice Relativo de Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos 3,8462%
Índice Relativo de Remediação dos Vazadouros 2,3810%

23 - Fonte: http://www.semadur.rj.gov.br/pages/sup_biod/biodiversidade_projetos/bio_proj_icmsverde.html .
24 - Disponíveis no sítio http://www.cide.rj.gov.br/cide/download/ICMS%20Verde%20FINAL%2030-04-08.xls . Acessos em 10/07/2008.

50
MACAÉ
Comércio exterior
Em tempos de economia globalizada, torna-se relevante analisar o desempenho
desse setor na realidade fluminense. De acordo com a Secex, em 2007, a balança
comercial do Rio de Janeiro apresentou superávit de US$4,7 bilhões, contra US$4,2
bilhões em 2006. Este resultado representa quase 12% do total do país.
As exportações totalizaram US$14,3 bilhões. Produtos básicos representaram
58,8% e os manufaturados, 34,6%. O gráfico a seguir apresenta a composição da pauta
de exportações do Rio de Janeiro em 2007. Os combustíveis e lubrificantes continuaram
como líderes absolutos.

Composição das importações do Rio de Janeiro por categoria de uso em 2007

BENS DE CAPITAL (EXC.EQUIP.DE TRANSPORTE USO INDUSTRIAL)


34,30%
16,88% EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE DE USO INDUSTRIAL
ALIMENTOS E BEBIDAS DESTINADOS À INDÚSTRIA
INSUMOS INDUSTRIAIS
7,42% 3,60% PEÇAS E ACESSÓRIOS DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
BENS DIVERSOS
3,65% 1,82%
BENS DE CONSUMO DURÁVEIS
0,11% 22,42% BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEIS
9,78% COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

Os dez produtos mais importantes da pauta de exportações representaram 77,5%


do total exportado. Os óleos brutos de petróleo ficaram outra vez no topo da lista, com
receita de US$8,4 bilhões. Merecem destaque as exportações de polietileno, indicativo da
diversificação da estrutura industrial fluminense.

Descrição 2007
US$ Part% Kg
TOTAL 14.315.694.020 100 26.363.243.827
10 Principais em 2007 11.100.297.056 77,54 24.350.833.022
ÓLEOS BRUTOS DE PETRÓLEO 8.409.968.372 58,75 20.737.058.695
PLATAFORMAS DE PERFURAÇÃO /EXPLORAÇÃO FLUTUANTE 555.676.184 3,88 47.760.000
"FUEL-OIL" 438.935.406 3,07 1.311.678.480
CONSUMO DE BORDO - COMBUSTÍVEIS E LUBRIF.P/EM 360.874.893 2,52 957.480.363
OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS MECÂNICOS C/FUNÇÃO 324.188.568 2,26 11.364.573
OUTRAS GASOLINAS 315.363.276 2,2 473.078.686
LAMIN.FERRO/AÇO,L>=6DM,GALVAN.OUTRO PROC.E<4. 199.741.832 1,4 255.400.254
LAMIN.FERRO/AÇO,L>=6DM,ESTANHADO,E<0.5MM 198.248.507 1,38 238.143.990
CONSUMO DE BORDO - COMBUSTÍVEIS E LUBRIF.P/AE 171.023.805 1,19 211.560.481
OUTROS POLIETILENOS S/CARGA,D> =0.94,EM FORMAS 126.276.213 0,88 107.307.500

51
MACAÉ

O principal destino das exportações fluminenses continua a ser os Estados Unidos,


com participação de 26% em 2007. Entre as principais empresas exportadoras do Estado
do Rio de Janeiro, a Petrobras é a líder absoluta das vendas externas estaduais. Na lista
que segue figuram as dez empresas com maiores valores de venda em 2007 que,
reunidas, contribuíram com 85,90% do total exportado. Entre elas, encontram-se
representantes das indústrias petrolífera/petroquímica, metalúrgica e automotiva.

2007
Ranking Empresas
US$ % Part.
TOTAL 14.315.694.020 100

10 Principais em 2007 12.299.077.761 85,90


1 PETRÓLEO BRASILEIRO S. A. PETROBRAS 9.133.938.401 63,80
2 COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL 789.330.979 5,51
3 FSTP BRASIL LTDA 555.676.184 3,88
4 SHELL BRASIL LTDA 469.463.625 3,28
5 MARÍTIMA CONSTRUÇÕES NAVAIS S/A. 409.772.790 2,86
6 VOLKSWAGEN DO BRASIL LTDA 230.196.835 1,61
7 PEUGEOT-CITROËN DO BRASIL AUTOMÓVEIS LTDA 204.102.762 1,43
8 SOCIEDADE MICHELIN DE PARTICIPAÇÕES IND. E COM. 182.074.520 1,27
9 RIO POLÍMEROS S.A. 180.900.397 1,26
10 PETROBRAS DISTRIBUIDORA S. A. 143.621.268 1,00

As importações do Rio de Janeiro somaram US$9,6 bilhões, mais de 31% de


crescimento em relação a 2006. Produtos básicos representam 31,7% da pauta, contra
66,9% dos manufaturados. O gráfico a seguir mostra a composição da pauta de
importações do Rio de Janeiro segundo a categoria de uso dos produtos.

Composição das importações do Rio de Janeiro por categoria de uso em 2007

BENS DE CAPITAL (EXC.EQUIP.DE TRANSPORTE USO INDUSTRIAL)


34,30% EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE DE USO INDUSTRIAL
16,88%
ALIMENTOS E BEBIDAS DESTINADOS À INDÚSTRIA
INSUMOS INDUSTRIAIS

7,42% 3,60% PEÇAS E ACESSÓRIOS DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE


BENS DIVERSOS
3,65% 1,82% BENS DE CONSUMO DURÁVEIS

0,11% 22,42% BENS DE CONSUMO NÃO DURÁVEIS


9,78% COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES

A tabela a seguir apresenta os dez principais produtos da pauta de importações do


Rio de Janeiro. Reunidos, eles representam 67,9% do total importado. A comparação
entre este percentual e a proporção de mais de 77% que os dez principais produtos

52
MACAÉ
exportados representaram do respectivo total ilustra a maior diversificação das
importações do Estado. Mesmo assim, o principal produto de importação também são
óleos brutos de petróleo.

Descrição 2007
US$ Part% Kg
TOTAL 9.566.901.494 100 11.001.108.612
10 Principais em 2007 6.496.196.459 67,90 10.177.816.852
ÓLEOS BRUTOS DE PETRÓLEO 2.264.316.716 23,67 4.540.214.000
PARTES DE TURBORREATORES OU DE TURBOPROPULSOR 549.633.986 5,75 132.734
AUTOMÓVEIS C/MOTOR EXPLOSÃO,1500<CM3<=3000,AT 368.129.197 3,85 41.200.270
OUTRAS HULHAS,MESMO EM PÓ,MAS NÃO AGLOMERADAS 317.069.489 3,31 3.265.530.912
ÓLEOS LUBRIFICANTES SEM ADITIVOS 167.643.821 1,75 198.415.591
TRIGO (EXC.TRIGO DURO OU P/SEMEADURA),E TRIGO 153.185.125 1,60 687.341.541
OUTROS AVIÕES A TURBOÉLICE,ETC.7T<PESO<=15T,V 131.517.858 1,37 126.764
OUTRAS PARTES P/AVIÕES OU HELICÓPTEROS 118.213.039 1,24 629.230
OUTROS MEDICAM.CONT.PRODS.P/FINS TERAPÊUTICOS 98.587.340 1,03 1.334.369
OUTROS TUBOS FLEXÍVEIS DE FERRO OU AÇO 83.859.119 0,88 8.269.998

Na lista dos países de origem das importações fluminenses, a exemplo das


exportações, os Estados Unidos também continuam na liderança, com quase 27% de
participação, proporção muito próxima à verificada por este país entre os destinos das vendas
externas do Rio de Janeiro. No segundo lugar entre os países de origem das importações
fluminenses permanece a Arábia Saudita com participação de 15,4%, em linha com a maior
aquisição de óleos brutos de petróleo pelo Estado. Vale mencionar também o acréscimo das
compras provenientes da Argentina, terceiro lugar com 8,6% de participação.
A maior empresa importadora também é a Petrobras. A Peugeot-Citroën importa
três vezes mais do que exporta e a Companhia Siderúrgica Nacional, ao contrário,
importa a metade daquilo que exporta.

Ranking 2007
Empresas
US$ % Part.
TOTAL 9.566.901.494,00 100,00
10 Principais em 2007 5.814.967.532,00 60,78
1 PETRÓLEO BRASILEIRO S. A. PETROBRAS 2.682.233.498,00 28,04
2 PEUGEOT-CITROËN DO BRASIL AUTOMOVEIS LTDA 687.483.420,00 7,19
3 GE CELMA LTDA. 645.733.446,00 6,75
4 COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL 408.038.653,00 4,27
5 BAYER S.A. 389.626.712,00 4,07
6 COMANDO DA AERONÁUTICA 366.586.365,00 3,83
7 SOCIEDADE MICHELIN DE PARTICIPAÇÕES IND. E COM. 220.608.113,00 2,31
8 FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ 176.532.888,00 1,85
9 WELLSTREAM DO BRASIL INDÚSTRIA E SERVIÇOS LTDA 132.429.401,00 1,38
10 INDÚSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA SCHERING PLOUG 105.695.036,00 1,10

53
MACAÉ

Comércio exterior do município


De acordo com a Secex, Macaé teve um movimento de exportação de
US$2.233.039.592 no ano 2007 e suas importações somaram US$339.337.885. O gráfico
a seguir apresenta o comportamento dessas atividades desde 2002.

Comércio Exterior em US$1.000 FOB

2.500.000

2.000.000

1.500.000

1.000.000

500.000

-
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Macaé 0 0 0 0 0 0
Exportação 237.534 9.453 16.050 16.288 523.950 2.233.040
Importação 75.185 91.841 120.108 209.939 223.218 339.338

A composição da pauta de exportações de 2007 foi a seguinte:

Composição Valor em US$ FOB % do total


Bens de capital 9.371.322 0,4%
Bens intermediários 6.441.148 0,3%
Bens de consumo 1.016.395 0,0%
Combustíveis e lubrificantes 2.216.210.727 99,2%
Demais operações 0 0,0%
Total 2.233.039.592 100,0%

A tabela a seguir apresenta os principais produtos exportados por Macaé:

Descrição Valor em US$ FOB


1 ÓLEOS BRUTOS DE PETRÓLEO 2.215.823.768
2 PARTES DE OUTRAS MÁQUINAS DE SONDAGEM/PERFURAÇÃO 2.055.020
3 TORNEIRAS E OUTROS DISPOSITIVOS P/CANALIZACOES,ETC. 1.656.039
4 OUTS.FERRAMENTAS DE PERFUR.ETC.DE MET.COMUNS.INCL.PARTE 1.334.511
5 ÂNCORAS E FATEIXAS E SUAS PARTES,DE FERRO FUNDIDO,ETC. 1.242.543
6 ELEVADORES DE LÍQUIDOS 773.048
7 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS MECÂNICOS C/FUNÇÃO PRÓPRIA 578.328
8 TUBOS DE LIGAS AÇOS,S/COST.P/REVEST.POÇOS,ETC.D<=229MM 536.582
9 OUTS.ESSÊNC.TERPÊNICAS D/FAB.D/MAD,PAPEL 526.708
10 LAMIN.FERRO/AÇO,L>=6DM,PINTADOS OU ENVERNIZADOS 499.672
Os principais países para onde Macaé exporta são:

54
MACAÉ

Descrição Valor em US$ FOB


1 ESTADOS UNIDOS 1.895.222.296
2 PORTUGAL 179.977.512
3 SANTA LÚCIA 92.057.675
4 ARUBA 50.863.592
5 ARGENTINA 2.229.248
6 NIGÉRIA 1.531.149
7 COLÔMBIA 1.413.285
8 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 1.357.513
9 CANADÁ 1.178.466
10 REINO UNIDO 977.545

Por outro lado, a composição das importações foi a seguinte:

Composição Valor em US$ FOB % do total


Bens de capital 166.127.772 49,0%
Bens intermediários 158.867.245 46,8%
Bens de consumo 8.317.220 2,5%
Combustíveis e lubrificantes 6.025.648 1,8%
Demais operações 0 0,0%
Total 339.337.885 100,0%

A tabela a seguir apresenta os principais produtos da pauta de importações de


Macaé:

Descrição Valor em US$ FOB


1 PARTES DE OUTRAS MÁQUINAS DE SONDAGEM/PERFURAÇÃO 23.216.839
2 OUTS.FERRAMENTAS DE PERFUR.ETC.DE MET.COMUNS.INCL.PARTE 21.618.765
3 PARTES DE OUTRAS TURBINAS A GÁS 18.546.945
4 OUTRAS MÁQUINAS E APARELHOS MECÂNICOS C/FUNÇÃO PRÓPRIA 18.154.271
5 OUTRAS TURBINAS A GÁS,DE POTÊNCIA>5000KW 15.916.757
6 OUTRAS OBRAS DE FERRO OU AÇO 10.693.467
7 OUTROS TUBOS FLEXÍVEIS DE FERRO OU AÇO 10.295.642
8 OUTRAS CORRENTES E CADEIAS,DE FERRO FUNDIDO/FERRO/ AÇO 8.727.349
9 OUTROS APARELHOS P/FILTRAR OU DEPURAR LÍQUIDOS 8.016.062
10 TORNEIRAS E OUTROS DISPOSITIVOS P/CANALIZAÇÕES,ETC. 7.596.430

55
MACAÉ

Os principais países de onde Macaé importa são:

Descrição Valor em US$ FOB


1 ESTADOS UNIDOS 193.061.821
2 REINO UNIDO 35.858.834
3 ALEMANHA 20.722.716
4 CINGAPURA 16.417.809
5 ITÁLIA 13.254.234
6 FRANÇA 9.422.384
7 NORUEGA 9.321.522
8 JAPÃO 6.075.980
9 CHINA 4.925.352
10 SUÉCIA 4.367.201

Agropecuária
Apesar da pouca expressividade que a agropecuária tem no Estado do Rio de
Janeiro, para muitos dos municípios das regiões Serrana, Centro-Sul, Norte e Noroeste
Fluminense essa atividade adquire relevância, seja por sua representatividade
econômica, seja pela utilização de mão-de-obra intensiva. Tais características justificam a
análise pormenorizada do tema.

Quadro da evolução da pecuária municipal


O Estado do Rio de Janeiro tem sua economia agropecuária ainda incipiente,
representando menos de 1% do PIB local. Anualmente o IBGE divulga sua Pesquisa da
Pecuária Municipal - PPM. Os dados são obtidos pela rede de coleta daquele Instituto,
mediante consulta a entidades públicas e privadas, produtores, técnicos e órgãos ligados
direta ou indiretamente à produção, comercialização, industrialização, fiscalização,
fomento e assistência técnica à agropecuária. A coleta de dados baseia-se num sistema
de fontes de informação representativo de cada município, gerenciado pelo agente de
coleta do IBGE, que obtém os informes e subsídios para a consolidação dos resultados
finais.
Detentor do segundo maior rebanho de bovinos no mundo, perdendo apenas para
a Índia (USDA, 2007), o rebanho brasileiro de bovinos encontra-se disperso por todo o
território nacional, com maior concentração na Região Centro-Oeste do País. No ano
2006 somavam 205,9 milhões de cabeças, das quais apenas 1% estavam no Rio de
Janeiro. Pará e Amapá são os grandes criadores de búfalos, com 55% do total de cerca
de 1,2 milhão de animais, contra 5,5 mil no RJ. O maior número de eqüinos estava em
Minas Gerais e na Bahia, tendo o RJ uma cota de 1,8% do total. Os maiores efetivos
estaduais de caprinos, asininos e muares foram observados na Bahia. A participação do
RJ era de, respectivamente, 0,3%, 0,2% e 1,1%. O efetivo de suínos foi de 35,2 milhões
de unidades, com maior concentração na Região Sul e somente 0,5% no RJ. O Brasil é o
terceiro produtor mundial de carne de frango, atrás apenas dos Estados Unidos e da
China. Em 2006, existiam no Brasil 821,5 milhões de unidades de frangos , a metade na
Região Sul e 28% na Região Sudeste, principalmente em São Paulo, enquanto o RJ
participava com apenas 1,5%. Havia 191,6 milhões de galinhas, sendo a Região Sudeste

56
MACAÉ
a maior produtora, mas cabendo ao RJ apenas 0,4% do total. São Paulo também tinha o
maior estoque de codornas. Rio Grande do Sul era o maior produtor nacional de coelhos,
com um terço dos 300 mil animais, enquanto o RJ possuía 16,4 mil unidades.
Em resumo, a tabela abaixo da PPM 2006 demonstra o efetivo dos rebanhos nas
regiões e no Estado do Rio de Janeiro em 31 de dezembro daquele ano:

Rebanho Brasil Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste RJ


Bovinos 205.886.244 41.060.384 27.881.219 70.535.922 27.200.207 39.208.512 2.095.666
Bubalinos 1.156.870 706.072 126.757 71.489 137.058 115.494 5.405
Eqüinos 5.749.117 670.439 1.428.543 1.133.022 1.001.349 1.515.764 105.014
Muares 1.386.015 190.569 691.019 163.486 60.748 280.193 15.870
Asininos 1.187.419 41.300 1.080.158 14.731 5.074 46.156 2.153
Suínos 35.173.824 1.962.164 7.167.368 4.004.854 15.984.115 6.055.323 168.197
Caprinos 10.401.449 155.114 9.613.847 116.996 252.209 263.283 33.040
Ovinos 16.019.170 496.755 9.379.380 987.090 4.491.523 664.422 44.973
Galináceos* 821.541.630 18.167.075 82.099.458 82.279.151 409.923.190 229.072.756 12.059.836
Galinhas 191.622.110 9.501.891 39.835.712 18.133.185 54.766.485 69.384.837 892.240
Codornas 7.207.830 82.536 1.292.979 312.037 1.155.973 4.364.305 333.788
Coelhos 299.738 2.355 28.293 2.812 170.097 96.181 16.439
Exceto galinhas
*

No Estado do Rio de Janeiro, de acordo com o IBGE, Campos dos Goytacazes e


Itaperuna destacam-se no estoque de bovinos (237 mil e 110 mil cabeças,
respectivamente), havendo um segundo grupo na faixa dos 50 a 70 mil animais em
Macaé, São Francisco de Itabapoana, São Fidélis, Santo Antônio de Pádua, Valença,
Bom Jesus do Itabapoana, Cantagalo e Cambuci.
Campos também tem o maior rebanho de eqüinos, seguido de Araruama, Santo
Antônio de Pádua e Petrópolis.
Casimiro de Abreu concentra a criação de bubalinos; Santo Antônio de Pádua,
Cambuci, Cachoeiras de Macacu e, novamente, Campos dos Goytacazes têm o maior
número de mulas, enquanto Araruama, o de asininos.
Os suínos estão concentrados em Barra do Piraí, Petrópolis, Campos, Santo
Antônio de Pádua, Rio de Janeiro e Nova Friburgo.
Os caprinos são mais presentes em Itaperuna, Nova Friburgo e Rio Bonito. Já os
ovinos, em Araruama, Campos e São Francisco de Itabapoana.
Barra do Piraí, São José do Vale do Rio Preto e Rio Claro concentram as criações
de galos, frangas, frangos e pintos. Galinhas, em Paraíba do Sul e São José do Vale do
Rio Preto. Este último faz dupla com Cachoeiras de Macacu no maior estoque de
codornas. A incipiente criação de coelhos tem alguma expressão em Nova Friburgo,
Teresópolis e Araruama.

57
MACAÉ

O município em estudo teve o seguinte comportamento nas PPM:

Efetivo dos rebanhos (Cabeças)


Ano
Tipo de rebanho
2002 2003 2004 2005 2006
Bovino 85.794 85.610 87.376 87.700 77.183
Eqüino 3.060 2.850 2.565 2.800 2.805
Bubalino 270 257 235 120 104
Asinino 49 48 45 40 45
Muar 490 450 410 520 520
Suíno 1.600 1.500 1.485 1.679 1.635
Caprino 230 220 350 354 230
Ovino 500 496 587 1.400 780
Galos, frangas, frangos e pintos 6.350 3.150 3.100 3.400 3.450
Galinhas 1.940 2.000 1.900 1.980 2.000

O gráfico seguinte ilustra melhor o desenvolvimento da atividade.

Efetivo dos rebanhos (Cabeças)

10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
2002 2003 2004 2005 2006
Bovino (x10) Eqüino
Bubalino Asinino
Muar Suíno
Caprino Ovino
Galos, frangas, frangos e pintos Galinhas
Codornas Coelhos

Quadro da evolução da agricultura municipal


Outra pesquisa do IBGE, consolidada na publicação Produção Agrícola Municipal -
PAM, mensura as variáveis fundamentais que caracterizam a safra de mais de 60
produtos oriundos de lavouras temporárias e permanentes. Dentre eles, encontram-se
aqueles de grande importância econômica, muitos sendo commodities. Outros têm uma
relevância maior sob o ponto de vista social, pois compõem a cesta básica do brasileiro
ou movimentam economias locais, dando sustento a famílias de baixa renda.

58
MACAÉ
Em 2006 a produção agrícola gerou mais de 98,3 bilhões de reais, um aumento de
apenas 2,9% em relação a 2005, impulsionados principalmente pelo crescimento da cana-
de-açúcar, do café e da laranja.
A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas foi de 117,3 milhões
de toneladas em 2006, um aumento de 4,1% quando comparada ao ano anterior. Esse
aumento deve-se, principalmente, à recuperação na produção de milho, 21,5% maior que
a de 2005, alcançando 10,1% do valor da produção agrícola, terceiro produto no ranking.
A safra nacional de café em 2006 teve um aumento de 20,2% na produção e de
37,1% na receita em relação a 2005, alcançando R$9,3 bilhões, quarto produto no ranking
de geração de riqueza. O acréscimo observado no volume produzido ocorre
principalmente em conseqüência do ciclo da espécie, que faz com que haja alternância de
anos de alta ou baixa produtividade.
A cana-de-açúcar vem recebendo grandes investimentos nos últimos anos para
atender à crescente demanda de álcool no mercado interno e externo. Esse aumento está
relacionado ao esforço de muitos países em reduzir a dependência do petróleo e utilizar
combustíveis limpos. Esses fatores influenciaram o preço da cana-de-açúcar que, apesar
de ter crescido somente 8,1% na produção, aumentou em 29,1% sua receita,
praticamente atingindo 17 bilhões de reais, mantendo o segundo lugar do valor da
produção nacional com 17,3% do total.
A soja mantém a liderança, sendo responsável por 18,8% do valor total da
agricultura brasileira, mesmo tendo obtido uma redução de 15,1% na receita contra
aumento de 2,5% no volume produzido em relação a 2005.
Em 2006, o quinto lugar foi da laranja, responsável por 5,4% do valor da produção
brasileira. A cultura é concentrada no Estado de São Paulo, maior produtor da fruta no
mundo e também o maior produtor de seu suco. O volume produzido aumentou 1%
enquanto a receita subiu 33,1%.
Das 63 culturas investigadas, 22 são frutíferas, a maior parte comercializada no
mercado interno gerando uma receita de 16,5 bilhões de reais. A participação brasileira
no comércio exterior de frutas ainda é pouco significativa.
O Estado do Rio de Janeiro há anos mantém uma participação inferior a 1% do
valor total produzido no país, participando com somente 28 culturas, dez delas com
alguma expressão econômica. O perfil diferenciado da agricultura fluminense fica
evidenciado quando se compara a composição por pauta de produção:
Composição da pauta agrícola por valor de produção no RJ - 2006 Mesmos produtos do RJ no valor de produção do Brasil - 2006
Cana-de-açúcar Tomate Banana Cana-de-açúcar Tomate Banana Mandioca
Mandioca Abacaxi Café (beneficiado)
Laranja Coco-da-baía Tangerina
Abacaxi Café (beneficiado) Laranja Coco-da-baía
Limão Outros Tangerina Limão Outros
27,7% 17,3%
1,8%
19,3% 2,8%
8,4% 4,4%

2,0% 0,9%
56,4%
2,2% 10,6% 9,5%

4,5% 4,9% 7,0% 5,4%


6,7% 6,7%
0,3% 0,7%
0,6%

59
MACAÉ

A tabela a seguir apresenta a evolução deste setor nos últimos anos.

Quantidade Produzida (toneladas) - RJ % do valor da


Cultura produção em
2002 2003 2004 2005 2006 2006
Cana-de-açúcar 7.215.278 7.234.790 8.653.494 7.554.495 6.835.315 27,7%
Tomate 163.124 173.029 203.228 209.131 212.631 19,3%
Banana 176.633 161.769 160.916 162.327 163.670 10,6%
Mandioca 173.393 154.693 178.094 174.707 152.611 7,0%
Abacaxi 66.206 68.975 76.149 78.365 93.922 6,7%
Café (beneficiado) 6.359 7.217 15.494 15.734 15.876 6,7%
Laranja 106.748 103.995 69.437 69.814 68.228 4,9%
Coco-da-baía (mil frutos) 51.084 56.523 67.966 71.206 77.738 4,5%
Tangerina 46.201 45.808 42.237 41.687 41.121 2,2%
Limão 28.818 29.632 33.479 34.117 34.452 2,0%
Outros 18 itens 8,4%

Das lavouras temporárias, Campos dos Goytacazes se destaca na cana-de-açúcar,


com 3,8 milhões de toneladas em 2006, e está no centro da produção dos demais
grandes produtores, os municípios vizinhos São Francisco de Itabapoana, 1M t,
Quissamã, 700 mil t, Carapebus, 252 mil t, Cardoso Moreira e São João da Barra, ambos
na faixa das 175 mil toneladas.
Os vizinhos São José de Ubá e Cambuci estão entre os maiores produtores de
tomate, juntamente com Paty do Alferes, todos na faixa das 30 mil t em 2006. Em outro
patamar encontram-se São José do Vale do Rio Preto, 14 mil t, e Vassouras, Santo
Antônio de Pádua, Nova Friburgo, São Sebastião do Alto, Bom Jardim e Sumidouro.
São Francisco de Itabapoana é o grande produtor de abacaxi fluminense. Ali a
mandioca também tem expressão, com 45 mil t em 2006, seguida pelo município da
capital, com 22 mil t, e por Campos dos Goytacazes, na faixa das 11 mil t.
A Região Noroeste Fluminense está à frente na produção de milho: Itaperuna com
4.700 t, Bom Jesus do Itabapoana com 2.000 t, seguidos de São José de Ubá, Varre-Sai,
Miracema e Cambuci na faixa das 1.000 t, como também outros próximos, como Duas
Barras e São Sebastião do Alto. A mesma região também lidera no plantio de arroz e
feijão.
Entre as culturas permanentes, Porciúncula se destaca no café; Mangaratiba e
Itaguaí na banana; Quissamã e Itaguaí no coco-da-baía; Araruama e Rio Bonito na laranja
e no limão; como também Araruama e Teresópolis na tangerina.
O cultivo de todas as culturas mencionadas é disseminado no Estado sem, todavia,
adquirir maior expressão senão nos municípios mencionados. Apresentamos, na tabela
adiante, uma série histórica com informações sobre a quantidade produzida dos produtos
pesquisados pela PAM de 2002 a 2006 em Macaé:

60
MACAÉ

Ano
Cultura
2002 2003 2004 2005 2006
Arroz (em casca) (Tonelada) 1260 1260 1360 144 900
Batata - doce (Tonelada) 30 30 30 30 30
Cana-de-açúcar (Tonelada) 26000 26000 26000 26000 26000
Feijão (em grão) (Tonelada) 306 270 330 468 351
Mandioca (Tonelada) 1950 1950 910 910 910
Milho (em grão) (Tonelada) 90 270 495 780 810
Banana (Tonelada) 18810 18810 18810 18810 18810
Coco-da-baía (Mil frutos) 100 100 120 150 180
Goiaba (Tonelada) 20 20 20 20 20
Maracujá (Tonelada) 20 20 20 20 20

61
MACAÉ

V - INDICADORES FINANCEIROS 25

O presente capítulo atém-se tão-somente à análise do desempenho econômico-


financeiro da administração direta do município, com base em números fornecidos pelo
próprio nas prestações de contas de administração financeira encaminhada ao Tribunal
de Contas para emissão de parecer prévio, não abordando questões de legalidade,
legitimidade e economicidade, objeto de avaliação pelo Corpo Deliberativo do TCE-RJ. A
administração direta pode não contemplar todas as receitas recebidas por outros órgãos
municipais diretamente, fundo a fundo ou via receita própria de entidades da
administração indireta.
A evolução e a composição das receitas e despesas no período de 2002 a 2007
são demonstradas nos gráficos abaixo, lembrando que as cifras apresentadas neste
capítulo são em valores correntes.

Mil reais
Evolução da receita realizada
900.000

800.000

700.000

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Receitas de Capital - - - - - -
Receitas Correntes 343.006 513.101 536.166 626.441 742.653 885.570
Receita Total 343.006 513.101 536.166 626.441 742.653 885.570

Mil reais
Evolução da despesa realizada
900.000

800.000

700.000

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Despesas de Capital 52.622 167.151 211.669 117.354 91.945 97.197
Despesas Correntes 200.382 344.408 365.735 504.130 681.676 739.368
Despesa total 253.003 511.558 577.405 621.483 773.621 836.565

A receita realizada aumentou 158%, enquanto que a despesa cresceu 231% entre
2002 e 2007.

25 - Fontes: Prestações de Contas 2002 a 2007 – dados revisados em relação à edição anterior – 2007 com balanços consolidados;
Fundação CIDE: ICMS arrecadado; IBGE: projeção de população 2002 a 2007.

62
MACAÉ
Com relação à composição das receitas correntes, os gráficos a seguir apresentam
sua evolução no período de seis anos em análise:

2002 2003
Transferências Transferências Receita Tributária
Correntes do Receita Tributária Correntes do
Receita 13,2%
Transferências Estado 12,9% Estado
Patrimonial Transferências Receita
Correntes da 25,0% 2,9% Correntes da 19,5% Patrimonial
União União 7,7%
3,4% 2,8%

Outras receitas
Receita de correntes
Serviços 5,0%
0,0%
Royalties Receita de
Outras receitas Royalties
53,8% Serviços
correntes 51,6%
0,3%
2,0%

2004 2005

Transferências Receita Tributária Transferências


Transferências Correntes do Receita Tributária
Correntes do 17,0% Correntes da União 17,9%
Estado
Estado Receita 3,9% 18,8% Receita Patrimonial
20,9% Patrimonial 0,9%
1,9%
Transferências Outras receitas
Correntes da correntes
1,6%
União
3,6% Receita de
Outras receitas Serviços
0,3%
correntes Royalties
1,7% Royalties Receita de 56,6%
54,6% contribuição
Receita de 0,0%
Serviços
0,3%

2006 2007
Transferências
Transferências Receita Tributária Transferências Receita Tributária
Correntes da
União Correntes do 18,7% Correntes do 21,4%
Estado Estado
3,9% Transferências
18,4% Receita 18,5%
Correntes da
Outras receitas Patrimonial União Receita
0,5% 4,3% Patrimonial
correntes
1,6% 2,8%

Receita de Outras receitas


Serviços correntes
0,3% 9,6%
Royalties
56,7% Receita de Royalties
Receita de Serviços Receita de 40,4%
contribuição 0,9% contribuição
0,0% 2,1%

Pode-se observar predominância das transferências correntes e dos royalties, já


que a receita tributária representa 21,4% do total no ano 2007.
O montante total transferido pela União e pelo Estado ao município (excluídos os
repasses de participações governamentais ligadas a petróleo e gás) teve um aumento de
108% entre 2002 e 2007:

63
MACAÉ

Evolução das transferências


Mil reais da União e do Estado
250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007


Correntes e de capital 97.373 114.283 131.282 142.118 165.310 202.668

A receita tributária, por sua vez, teve um crescimento de 329% no mesmo período.
A evolução desta rubrica foi beneficiada pelo aumento de 361% na arrecadação de ISS e
de 562% no Imposto de Renda retido na fonte. Também houve acréscimo de 202% na
receita de IPTU, de 176% no ITBI e de 40% nas taxas.

Evolução e Composição das Receitas Tributárias


Mil reais
200.000
180.000
160.000
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
IPTU 2.382 2.543 2.799 3.557 5.876 7.201
Imp.Renda 2.324 4.638 10.125 11.287 14.209 15.393
ITBI 1.867 2.104 2.463 3.022 4.042 5.159
ISS 33.955 55.829 72.687 89.674 110.954 156.685
Taxas 3.602 2.845 3.171 4.674 3.708 5.035
Contr.de Melhoria - - - 0 - -
Total (sem IRRF) 44.130 67.960 91.245 112.214 138.790 189.473

As transferências correntes da União cresceram 231% no período, com aumento


de 163% no repasse do Fundo de Participação dos Municípios e ingressos de ICMS
Exportação e Outras Transferências.

64
MACAÉ

Evolução e Composição das


Mil Reais
Transferências da União
45.000

40.000

35.000

30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0 2002 2003 2004 2005 2006 2007


FPM 8.634 9.004 14.007 17.431 20.056 22.729
ITR 95 148 98 77 103 90
ICMS Exportação 1.371 1.262 1.304 1.273 774 868
Outras 1.515 3.710 3.937 5.637 7.865 14.804
Total (sem IRRF) 11.615 14.124 19.346 24.418 28.798 38.491

A evolução das transferências correntes do Estado foi de 91% no período, tendo


contribuído para tanto um aumento de 79% no repasse do ICMS e o crescimento de
106% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério - FUNDEF, ora FUNDEB.

Evolução e Composição das


Mil Reais
Transferências do Estado
180.000

160.000

140.000

120.000

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
ICMS 65.560 77.034 82.922 85.261 98.552 117.462
IPVA 4.089 4.912 5.825 6.899 8.126 9.398
IPI 846 957 1.357 1.589 1.982 4.262
FUNDEF 15.263 17.084 21.425 23.210 26.789 31.509
Outras - 171 407 740 1.063 1.546
Total 85.758 100.158 111.936 117.699 136.512 164.177

Os indicadores a seguir são úteis para melhor interpretação das finanças públicas
municipais.

65
MACAÉ

1) Indicador de equilíbrio orçamentário em 2007:

receita realizada = R$885.569.713 = 1,0586


despesa executada R$836.564.667

Este quociente demonstra o quanto da receita realizada serve de cobertura para a


despesa executada.
A interpretação objetiva desse quociente nos leva a considerar que há R$105,86
para cada R$100,00 de despesa executada, apresentando superávit de execução.
Para os exercícios anteriores, o gráfico a seguir apresenta sua evolução,
demonstrando equilíbrio orçamentário em quatro dos seis anos em análise.

Indicador de equilíbrio orçamentário

1,60
1,3557
1,40
1,20 1,0586
1,0030 1,0080 0,9600
0,9286
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007

2) Indicador do comprometimento da receita corrente com a máquina


administrativa em 2007:

despesas de custeio = R$739.367.716 = 0,83


receitas correntes R$885.569.713

Este indicador mede o nível de comprometimento do município com o


funcionamento da máquina administrativa utilizando-se recursos provenientes das
receitas correntes.
Do total da receita corrente, 83% são comprometidos com despesas de custeio. O
gráfico a seguir apresenta a evolução desse indicador desde 2002.

66
MACAÉ

Indicador do comprometimento da
receita corrente com a máquina administrativa
1,00 0,92
0,80 0,83
0,80 0,67 0,68
0,58
0,60

0,40

0,20

0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007

As despesas de custeio destinam-se à manutenção dos serviços prestados à população,


inclusive despesas de pessoal, mais aquelas destinadas a atender a obras de conservação e
adaptação de bens móveis, necessárias à operacionalização dos órgãos públicos.
Tais despesas tiveram um crescimento de 269% entre 2002 e 2007, enquanto que as
receitas correntes cresceram 158% no mesmo período.

3) Indicador da autonomia financeira em 2007:

receita tributária própria = R$189.473.063 = 0,256


despesas de custeio R$739.367.716

Este indicador mede a contribuição da receita tributária própria do Município no


atendimento às despesas com a manutenção dos serviços da máquina administrativa.
Como se pode constatar, o município apresentou uma autonomia de 25,6% no
exercício de 2007. A evolução deste indicador está demonstrada no gráfico a seguir.

Indicador da autonomia financeira

0,300
0,249 0,256
0,250 0,220 0,223
0,197 0,204
0,200

0,150

0,100

0,050

0,000
2002 2003 2004 2005 2006 2007

67
MACAÉ

Houve aumento da autonomia municipal, uma vez que a Receita Tributária cresceu
329% no período, contra 269% de aumento das despesas de custeio.
No período analisado, houve capacitação do ente em manter as atividades e
serviços próprios da administração com recursos oriundos de sua competência tributária,
o que não o torna menos dependente de transferências de recursos financeiros dos
demais entes governamentais.

4) Indicador do esforço tributário próprio em 2007:

receita tributária própria + inscrição líquida na dívida ativa =


receita arrecadada

R$189.473.053 + R$13.003.883= 0,229


R$885.569.713

Este indicador tem como objetivo comparar o esforço tributário próprio que o
município realiza no sentido de arrecadar os seus próprios tributos, em relação às receitas
arrecadadas.
Os recursos financeiros gerados em decorrência da atividade tributária própria do
município correspondem a 22,9% da receita total, enquanto, nos anos anteriores, sua
performance está demonstrada no gráfico a seguir.

Indicador do esforço tributário próprio

0,229
0,25
0,193 0,200
0,196
0,20
0,148
0,15 0,165

0,10

0,05

0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007

Houve aumento de 38% neste indicador nos últimos seis anos.


Não resta dúvida que a maior parte da capacidade de investimento do Município
está atrelada ao comportamento da arrecadação de outros governos, Federal e Estadual,
em função das transferências de recursos.
Há de se ressaltar, também, dentro de nossa análise, quanto aos valores que vêm
sendo inscritos em dívida ativa, se comparados com o total da receita tributária

68
MACAÉ
arrecadada nos respectivos exercícios 26. Dentro dos demonstrativos contábeis, não foi
possível segregar a dívida ativa em tributária e não tributária.

Comparativo entre receita tributária e


inscrição na dívida ativa

100%
90%
80%
70%
Participação no
60%
somatório de ambos os
componentes 50%
40%
30%
20%
10%
0% 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Receita Tributária 44.130 67.960 91.245 112.214 138.790 189.473
Ins crição na Dívida Ativa 12.609 8.156 12.390 10.847 9.388 13.068

O gráfico abaixo apresenta a performance da cobrança da dívida ativa sobre o


estoque pré-existente, já que não é possível apurar a idade das cobranças recebidas no
exercício.

Eficácia da Cobrança da Dívida Ativa

100%

80%

60%

40%

20%

0%
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Cobrança no exercício 3.893 2.751 2.562 5.242 4.727 6.005
Estoque anterior 15.135 23.851 29.256 39.083 44.688 49.349

Não houve cancelamento da dívida ativa no período.

26 - Gráficos seguintes com valores em milhares de reais correntes.

69
MACAÉ

5) Indicador da dependência de transferências de recursos em 2007:

transferências correntes e de capital = R$202.667.989 = 0,23


receita realizada R$885.569.713

A receita de transferências representa 23% do total da receita do município em


2007. O gráfico a seguir apresenta os valores deste indicador para os anos anteriores,
demonstrando uma redução da dependência do repasse de outros entes da federação.

Indicador da dependência de transferências de recursos


Sem royalties Com royalties

1,00
0,82 0,79 0,79 0,79
0,80 0,74
0,63
0,60
0,40

0,20 0,28
0,22 0,24 0,23 0,22 0,23
0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007

Somadas as receitas de royalties ao numerador acima, a dependência de recursos


transferidos, para o exercício de 2007, subiria para 63%.
Este indicador reforça os prognósticos, já comentados, a respeito da autonomia
financeira do Município em face de sua dependência das transferências e, mais
recentemente, de royalties e demais participações governamentais que, no gráfico abaixo,
estão incluídos na receita própria e representaram R$357,5 milhões em 2007.

Comparativo entre transferências


de outros entes e receita própria
Mil reais
800.000
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Total de transferências 97.373 114.283 131.282 142.118 165.310 202.668
correntes e de capital
Receita própria 245.633 398.818 404.885 484.324 577.343 682.902
(tributária e não)
Receita Própria / 252% 349% 308% 341% 349% 337%
Transferências

70
MACAÉ
Outra maneira de verificar a autonomia municipal é a comparação do valor do
ICMS arrecadado no município com o repasse feito pelo Estado (excluída a parcela do
FUNDEF), apresentada no gráfico que segue.

Comparativo entre ICMS


arrecadado e redistribuído
Mil Reais

700.000

600.000

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Repasse do Estado 65.560 77.034 82.922 85.261 98.552 117.462
ICMS gerado no município 146.616 185.953 219.387 207.696 618.326 571.670

6) Indicador da carga tributária per capita em 2007:

receita tributária própria + cobrança da dívida ativa =


população do município

R$189.473.063 +R$6.005.437 = R$1.155,11/habitante


169.229

Este indicador reflete a carga tributária que cada habitante do município tem em
decorrência da sua contribuição em impostos, taxas e contribuições de melhoria para os
cofres municipais.
Ao longo do exercício de 2007, cada habitante contribuiu para com o fisco
municipal em aproximadamente 1.155 reais. Nos exercícios anteriores, tais contribuições
estão expressas em valores correntes no gráfico a seguir, havendo aumento de 238% no
período.

71
MACAÉ

Indicador da carga tributária per capita


Reais

1.400,00
1.155,11
1.200,00
1.000,00 892,94
750,95
800,00
616,90
600,00 490,34
341,89
400,00
200,00
0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007

7) Indicador do custeio per capita em 2007:

despesas de custeio = R$739.367.716 = R$4.369,04/hab


população do município 169.229

Este indicador demonstra, em tese, o “quantum” com que cada cidadão arcaria
para manter a operacionalização dos órgãos públicos municipais.
Caberia a cada cidadão, caso o Município não dispusesse de outra fonte de
geração de recursos, contribuir com 4.369 reais em 2007. Nos exercícios anteriores, os
valores estão expressos no próximo gráfico, havendo um aumento de 206% no período
de 2002 a 2007.

Indicador do custeio per capita


Reais

5.000,00 4.369,04
4.241,26
4.500,00
4.000,00
3.223,13
3.500,00
3.000,00 2.388,29 2.405,16
2.500,00
2.000,00 1.426,55
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007

72
MACAÉ
8) Indicador dos investimentos per capita em 2007:

investimentos = R$72.131.685 = R$426,64/hab


população do município 169.229

Este indicador objetiva demonstrar, em relação aos investimentos públicos


aplicados, o quanto representariam em benefícios para cada cidadão.
Em 2007, cada habitante recebeu da administração pública, na forma de
investimentos, o equivalente a 427 reais em benefícios diretos e indiretos.
Se considerarmos que cada cidadão contribuiu para os cofres municipais com
R$1.155,11 (Indicador nº 6 – carga tributária per capita), a quantia de R$426,64
representaria praticamente que 37% dos tributos pagos pelos cidadãos a eles retornaram
como investimentos públicos.
O investimento per capita dos anos anteriores está expresso no gráfico que segue.

Indicador dos investimentos per capita


Reais
1.400,00 1.309,84

1.200,00 1.022,45
1.000,00
800,00 676,5
600,00 426,24
400,00 271,2 312,70

200,00
0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007

9) Indicador do grau de investimento em 2007:

investimentos = R$72.131.685 = 0,0815


receita total R$885.569.713

Este indicador reflete a contribuição da receita total na execução dos


investimentos.
Os investimentos públicos correspondem, aproximadamente, a 8,2% da receita
total do município. A restrição de investimentos ocorre de forma a não comprometer a
liquidez com utilização de recursos de terceiros ou com a própria manutenção da máquina
administrativa, uma vez que somente com despesas de custeio (Indicador nº 2 -
comprometimento da receita corrente com a máquina administrativa) já se compromete
83% das receitas correntes.

73
MACAÉ

Esse quociente vinha se mantendo em níveis bons até 2005, evidenciando uma
parcela considerável dos recursos públicos direcionados ao desenvolvimento do
município.

Indicador do grau de investimento

40% 37,15%
35%
28,74%
30%
25%
20% 16,89%
15% 11,11%
6,77% 8,15%
10%
5%
0%
2002 2003 2004 2005 2006 2007

10) Indicador da liquidez corrente em 2007:

ativo financeiro = R$257.374.386 = 3,39


passivo financeiro R$75.939.687

Este quociente mede a capacidade da entidade de pagar as suas obrigações com


as suas disponibilidades monetárias.
O quociente acima revela perspectivas favoráveis à solvência imediata dos
compromissos a curto prazo assumidos pela Prefeitura.
O gráfico a seguir aponta que a situação de liquidez do município esteve
equilibrada na maioria dos anos analisados.

Indicador de liquidez corrente


5,00 4,74
4,50
4,00
3,39
3,50
3,00 2,66
2,50
2,00
1,50 1,14 1,13
1,00 0,47
0,50
0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007

74
MACAÉ
VI - CONCLUSÃO

O município de Macaé tem sua população estimada em 169.229 habitantes em


2007, apresentando densidade demográfica de 139 pessoas por km2, a 39ª maior do
Estado. O total de 108.788 eleitores representou 0,99% dos 10,9 milhões de eleitores do
Rio de Janeiro – o 18º colégio eleitoral fluminense.
De acordo com pesquisa do IBGE, no ano 2006 a estrutura administrativa
municipal dispunha de 11.570 servidores, o que resulta em uma média de 72 funcionários
por mil habitantes, a 21ª maior no Estado.
O governo eletrônico é uma importante ferramenta que visa a otimizar os
processos administrativos e eliminar formalidades e exigências burocráticas que oneram o
cidadão e os próprios cofres públicos. Apesar da relevância que hoje se reveste a
tecnologia da informação e da comunicação, a pesquisa realizada aponta que o sítio
oficial de Macaé na internet oferece apenas 10 tipos de informação e 5 serviços
interativos. O município ainda não atingiu o estágio de transações online por meio da rede
mundial de computadores.
Quanto à educação, Macaé teve 48.495 alunos matriculados em 2007, uma
variação de -0,5% em relação ao ano anterior. Eram 4.453 estudantes na creche, 87% na
rede municipal, e 5.930 na pré-escola, 82% deles em 75 estabelecimentos da Prefeitura.
O ensino fundamental foi ofertado a 30.157 alunos, 75% deles em 70 unidades municipais
e 9% em 11 estabelecimentos da rede estadual.
Para o conjunto do Estado do Rio, os resultados do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica – IDEB dos anos iniciais do ensino fundamental devem subir de 3,8 em
2005 para 6,0 em 2021, e de 2,9 para 4,9 nos anos finais (6ª a 9ª séries). As metas
abrangem as dependências administrativas de cada ente, com desafios para todos.
A rede municipal teve nota média de 4,7 para os anos iniciais do ensino
fundamental, resultado que deixou Macaé posicionado em 13º entre 91 avaliados,
alcançando a meta estabelecida para 2007. Quanto aos anos finais, obteve grau médio
3,9 – 20º entre 83 avaliados, também atendendo a meta estabelecida para 2007. Já a
rede estadual pontuou 3,8 no primeiro segmento, 48º entre 77 avaliados. O segundo
segmento tirou nota média 2,8, ficando o município em 67º entre 90 avaliados, não tendo
atingido as metas estabelecidas para 2007 pelo MEC.
O ensino médio, por sua vez, teve 7.955 alunos matriculados, 62% na rede
estadual e 16% na municipal, disponibilizado em 26 unidades escolares. Sua proficiência
no Exame Nacional do Ensino Médio – Enem foi de 53,565, a 24ª no Estado do Rio de
Janeiro.
Segundo o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal – IFDM, que enfatiza
temas de competência municipal, ponderando igualmente emprego/renda, educação e
saúde, Macaé classificou-se em 34º lugar no ranking nacional e ficou em 1º entre os
municípios fluminenses, sem variação de posição no ranking estadual entre 2000 e 2005.
Dentre seu componentes, o referente a Emprego e Renda ficou em 1º lugar, Educação
logrou a 13ª posição e Saúde alcançou o 10º posto.

75
MACAÉ

O Produto Interno Bruto – PIB a preços básicos de 2006 alcançou R$5.988


milhões, 5ª posição entre os 92 municípios fluminenses. Este PIB per capita foi de
R$37.253,82. Considerada a média do Estado como índice 100 (aí excluída a produção
de petróleo e gás no mar), o PIB de Macaé ficou em 255,46, o que representa a 3ª
colocação. Segundo o levantamento, o PIB local teve as seguintes contribuições, por
setor da economia:

Agropecuária 0,1% Extração de outros minerais 0,0%


Indústria de transformação 1,5% Comércio atacadista 7,2%
Comércio varejista 2,5% Construção civil 13,3%
Serviços industriais de utilidade pública (água e esgoto, energia elétrica e gás encanado) 2,9%
Transportes 21,1% Comunicações 2,0%
Instituições financeiras 1,2% Administração pública 3,3%
Aluguéis 3,6% Outros serviços 41,3%

76
MACAÉ
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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________. Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública
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________. Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública
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2004. Rio de Janeiro: IBGE, 2005.
________. Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública
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________. Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública
2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.
________. Produção Agrícola Municipal: Culturas Temporárias e Permanentes 2002. Rio de Janeiro: IBGE,
v. 29, 2003.
________. Produção Agrícola Municipal: Culturas Temporárias e Permanentes 2003. Rio de Janeiro: IBGE,
v. 30, 2004.
________. Produção Agrícola Municipal: Culturas Temporárias e Permanentes 2004. Rio de Janeiro: IBGE,
v. 31, 2005.

77
MACAÉ

________. Produção Agrícola Municipal: Culturas Temporárias e Permanentes 2005. Rio de Janeiro: IBGE,
v. 32, 2006.
________. Produção Agrícola Municipal: Culturas Temporárias e Permanentes 2006. Rio de Janeiro: IBGE,
v. 33, 2007.
________. Produção da Pecuária Municipal 2002. Rio de Janeiro: IBGE, v. 30, 2002.
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________. Produção da Pecuária Municipal 2004. Rio de Janeiro: IBGE, v. 32, 2004.
________. Produção da Pecuária Municipal 2005. Rio de Janeiro: IBGE, v. 33, 2005.
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________. Relatório das Contas de Gestão – Estado do Rio de Janeiro - Exercício 2006, TCE-RJ, 2007.

78
MACAÉ
Equipe responsável

Coordenadoria de Auditoria de Qualidade


André de Lemos Braga

Equipe

Carlos Eduardo Lopes Soares


Marcelo Franca de Faria Mello
Vânia Brandão Lázaro

Editoração, revisão de texto e arte

Emanoel Antônio dos Santos


Margareth Peçanha
Maria Inês Blanchart
Moira de Toledo
Vera Ferreira
Virgilio Meneghetti

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