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Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2005
VALENÇA
ESTUDO
Angra dos Reis
SOCIOECONÔMICO
2007
TANGUÁ
OUTUBRO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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Conselho Deliberativo
Presidente
José Maurício de Lima Nolasco
Vice-Presidente
Jonas Lopes de Carvalho Junior
Conselheiros
Aluisio Gama de Souza
José Gomes Graciosa
Marco Antonio Barbosa de Alencar
José Leite Nader
Julio Lambertson Rabello
Secretária-Geral de Planejamento
Maria Alice dos Santos
Secretário-Geral de Administração
Emerson Maia do Carmo
Procurador-Geral
Sylvio Mário de Lossio Brasil
Arte e Editoração:
Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e Editoração
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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APRESENTAÇÃO
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTO
Outubro de 2007
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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SUMÁRIO
I - Histórico ........................................................................................................... 7
II - Caracterização do Município.......................................................................... 8
Aspectos turísticos ................................................................................................. 12
Atrações naturais.................................................................................................... 13
Atrações culturais ................................................................................................... 13
Artesanato .............................................................................................................. 13
Principais festas populares..................................................................................... 14
Uso do solo............................................................................................................. 14
Outros aspectos ambientais ................................................................................... 16
Gestão municipal.................................................................................................... 27
Governo eletrônico ................................................................................................. 29
IV - Indicadores Econômicos............................................................................... 79
Introdução............................................................................................................... 79
Economia fluminense em 2006 .............................................................................. 82
Produção Industrial................................................................................................. 82
Comparações inter-regionais.................................................................................. 84
Indústria Extrativa ................................................................................................... 85
Indústria de Transformação.................................................................................... 86
Comércio Varejista ................................................................................................. 90
Estimativa do PIB do Estado do Rio de Janeiro ..................................................... 92
Agropecuária .......................................................................................................... 93
Indústria.................................................................................................................. 93
Comércio ................................................................................................................ 93
Construção ............................................................................................................. 94
Serviços Industriais de Utilidade Pública ................................................................ 94
Comunicações........................................................................................................ 95
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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Transportes ............................................................................................................ 95
Serviços.................................................................................................................. 95
Administração Pública ............................................................................................ 96
Consolidação da estimativa do PIB ........................................................................ 96
PIB per capita ......................................................................................................... 98
Petróleo e derivados............................................................................................... 98
Economia regional e local....................................................................................... 100
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I - HISTÓRICO 1
1 - Fontes: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXII – IBGE, 1959; Abreu, A. “Municípios e Topônimos Fluminenses – Histórico e
Memória”. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1994; e sítios www.turisrio.rj.gov.br/minisite/destino.asp e www.tangua.rj.gov.br.
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II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
2 - IBGE/CIDE - 2002.
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3 - IBGE.
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Distribuição da população
Capital
Região Noroeste
41%
Fluminense
2%
Região Norte Fluminense
5%
Região Serrana
5%
Duque de Caxias
16%
São Gonçalo
18%
Guapimirim
1%
Itaboraí
4%
Queimados
3% Japeri
2%
Paracambi
1% Magé
4%
Nilópolis
3%
Nova Iguaçu Niterói
19% 9%
4 - Fundação CIDE.
5 - TSE - Dados de junho 2006.
6 - IBGE - Censo 2000.
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Distribuição da População
Tanguá Região Metropolitana Estado
60 anos ou mais
50 a 59 anos
40 a 49 anos
30 a 39 anos
20 a 29 anos
10 a 19 anos
5 a 9 anos
0 a 4 anos
Preta
11,3%
Sem
religião
27%
Católica
Apostólica
Indígena Romana
0,1% 39%
Sem declaração
Branca 0,6% Outras
39,9% 3%
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Aspectos Turísticos11
O turismo proporciona diversos benefícios para a comunidade, tais como geração
de empregos, produção de bens e serviços e melhoria da qualidade de vida da
população. Incentiva, também, a compreensão dos impactos sobre o meio ambiente.
Assegura uma distribuição equilibrada de custos e benefícios, estimulando a
diversificação da economia local. Traz melhoria nos sistemas de transporte, nas
comunicações e em outros aspectos infra-estruturais. Ajuda, ainda, a custear a
preservação dos sítios arqueológicos, dos bairros e edifícios históricos, melhorando a
auto-estima da comunidade local e trazendo uma maior compreensão das pessoas de
diversas origens.
A Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, a Turisrio, apresenta os
potenciais turísticos do Estado divididos em treze regiões distintas, conforme suas
características individuais.
Regiões turísticas:
Costa Verde
Agulhas Negras
Vale do Paraíba
Vale do Ciclo do Café
Metropolitana
Baixada Fluminense
Serra Tropical
Serra Verde Imperial
Baixada Litorânea
Costa do Sol
Serra Norte
Noroeste das Águas
Costa Doce
Itaboraí; Rio Bonito; São Gonçalo; Silva Jardim e Tanguá pertencem à região
turística Baixada Litorânea.
7 - ECT - 2005.
8 - BACEN - 2005.
9 - MTE-RAIS - 2004.
10 - IBGE - Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2005.
11 - Para maiores informações, consulte www.turisrio.rj.gov.br, www.tangua.rj.gov.br e www.ivt-rj.net.
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Atrações naturais
• Serra do Barbosão, divisa com os municípios de Itaboraí e Cachoeiras de
Macacu, possui baixas altitudes e uma vegetação composta de pastagens, capoeiras,
matas e plantações de bananas. Destacam-se antigas fazendas, implantadas ao longo do
curso do Rio Macacu.
• Cachoeira de Tomascar, formada pelas águas do rio Tomascar, possui um salto
de 5 metros de altura formando pequena piscina natural.
Atrações culturais
• Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo, cartão postal da cidade, tem modelo
arquitetônico único no mundo.
• Fazenda Erondina, atual Fazenda da Posse, forma conjunto arquitetônico constituído
por alambique, casa de farinha e sede situados em uma pequena elevação. Original do século
XIX, a sede da fazenda sofreu grandes modificações e reformas em 1950.
• Fazenda Pachecos/Capela Nossa Senhora do Desterro, cuja casa fica situada
numa das curvas de nível de uma pequena colina, sua edificação data do século XIX. A
Capela de Nossa Senhora do Desterro, encontra-se no alto de uma colina, a 200 metros
da sede da fazenda.
• Pista de Motocross, segunda maior do Estado, integra o Circuito Estadual de
Motocross.
Artesanato
As principais atividades artesanais 12 desenvolvidas no município, levando em
consideração as de maior quantidade produzida, são:
• bordado
• barro
• fibras vegetais
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Uso do Solo
Em maio de 2003, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro –
CIDE publicou o IQM – Verde II, seqüência do primeiro estudo, lançado em julho de 2001.
Ambos comparam as áreas cobertas pelos remanescentes da cobertura vegetal com as
ocupadas pelos diversos tipos de uso do solo, criando, desta forma, o Índice de Qualidade
de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal (IQUS). O monitoramento dos diferentes
ambientes fitoecológicos pode servir de guia para o estabelecimento de políticas públicas
confiáveis. As informações do mapeamento digital têm base em dados coletados em 1994
(primeiro IQM) e em 2001 (segundo estudo).
No Estado do Rio de Janeiro o mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal
teve a seguinte evolução:
2 2
Área em km Área em km
Uso do solo % %
(1994) (2001)
Pastagens 19.556 44,5 21.669 49,4
Florestas ombrófilas densas
7.291 16,6 4.211 9,6
(formações florestais)
Capoeiras
13 6.814 15,5 8.071 18,5
( vegetação secundária )
Área agrícola 4.135 15,5 4.167 9,5
Restingas, manguezais, praias e
1.900 4,3 1.579 3,6
várzeas (formações pioneiras)
Área urbana 1.846 4,2 2.763 6,3
Corpos d’água 995 2,3 921 2,1
Não sensoriado 586 1,3 0 0,0
Área degradada 506 1,2 132 0,3
Afloramento rochoso e campos de
241 0,5 175 0,4
altitude
Outros 39 0,1 132 0,3
Total 43.910 100,0 43.864 100,0
13 - De acordo com a Resolução CONAMA nº 010, de 01/10/93, a vegetação secundária é resultante de processos naturais de sucessão, após supressão
total ou parcial da vegetação natural por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária.
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IQUS Características
Maior percentual de pastagens; presença de pequenas manchas urbanas;
Rodeio
pequena influência de formações originais e de áreas agrícolas
Maior percentual de formações originais e de áreas agrícolas; presença de
Rural áreas urbanas, degradadas e de vegetação secundária; quase nenhuma
influência de pastagens
Maiores áreas de formações originais e de pastagens; presença de vegetação
Nativo secundária e áreas agrícolas; pouca influência das áreas urbanas e
degradadas
Grandes áreas de formações originais e/ou de vegetação secundária; menores
Verde
valores percentuais de áreas urbanas, agrícolas, de pastagem ou degradadas
Metrópole Maior percentual de áreas urbanas
Tanguá, com base no levantamento de 1994, tinha sua área distribuída da seguinte
maneira: 9% de floresta ombrófila densa, 36% de vegetação secundária, 6% de área
urbana e 43% de pastagens. O município se encaixava no cluster E1 - RODEIO/VERDE
II, agrupamento com predomínio de pastagens e vegetação secundária, seguidas por
formações originais.
Já em 2001, ocorreu término de formações florestais, contra aumento da vegetação
secundária e de campo/pastagem, respectivamente para 38% e 49% do território
municipal. A área urbana aumentou para 10% e a área agrícola ficou estável em 4%. O
segundo estudo classificou-o como pertencente ao cluster B2 - RODEIO/VERDE I,
caracterizado por altos percentuais de campo/pastagem, média de 58% do território, e de
vegetação secundária, ocupando área média de 35%. Dentre as localidades deste
agrupamento, constam dois municípios da Região Metropolitana - Tanguá e Paracambi;
outros nove da Região Serrana, três do Centro-Sul Fluminense, dois das Baixadas
Litorâneas, dois da Região do Médio Paraíba, três da Noroeste e dois da Região Norte.
O IQM Verde identifica, ainda, os Corredores Prioritários para a Interligação de
Fragmentos Florestais (CPIF), ou Corredores Ecológicos, como foram denominados mais
recentemente, para escolha de áreas de reflorestamento. Devido às atividades do
homem, a tendência dos ecossistemas florestais contínuos, como as florestas da costa
atlântica brasileira, é de fragmentação. O processo de fragmentação florestal rompe com
os mecanismos naturais de auto-regulação de abundância e raridade de espécies e leva à
insularização de populações de plantas e animais. Num ambiente ilhado, ocorre maior
pressão sobre os recursos existentes, afetando a capacidade de suporte dos ambientes
impactados, aumentando-se o risco de extinção de espécimes da flora e da fauna.
A reversão da fragmentação apóia-se, fundamentalmente, no reflorestamento dos
segmentos que unam as bordas dos fragmentos de floresta, vegetação secundária e
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savana estépica. Esses eixos conectores são denominados corredores. Além de viabilizar
a troca genética entre populações, eles possibilitam a integração dos fragmentos numa
mancha contínua, alavancando a capacidade de suporte da biodiversidade regional.
Tanguá necessitaria implantar 668 hectares 14 de corredores ecológicos, o que
representa 4,7% da área total do município.
A figura a seguir, gerada a partir do programa do CD-ROM do IQM-Verde II,
apresenta os tipos de uso do solo no território municipal, estando marcados em vermelho
os corredores sugeridos.
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15 - Do mesmo complexo hidrelétrico também fazem parte os subsistemas Lajes e Pereira Passos. O primeiro é formado pela grande represa de Ribeirão
das Lajes, que também capta parte da vazão do rio Piraí na barragem de Tócos, também localizada em Rio Claro, e a hidrelétrica de Fontes Nova com
capacidade instalada de 132MW. A jusante das geradoras Nilo Peçanha e Lajes há um novo reservatório com barragem que forma o subsistema Pereira
Passos, cuja usina localizada no sopé da Serra das Araras tem capacidade instalada de 100MW. As águas, por fim, contribuem para o rio Guandu.
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retirada de água em Santa Cecília tem contribuído para piorar a qualidade da água do
rio nos trechos a jusante devido à diminuição da capacidade de diluição de efluentes.
Mais adiante, em Três Rios, na margem esquerda do Paraíba desemboca o rio
Paraibuna. Esse rio pode ser considerado comprometido quanto aos níveis de
poluentes industriais a jusante de Juiz de Fora (MG). Essa região sofre influência dos
despejos de várias indústrias, predominantemente as de papéis, têxteis e alimentícias,
além de graves acidentes por despejos irregulares de resíduos industriais. Próximo à
sua foz no rio Paraíba do Sul, entretanto, o Paraibuna não apresenta fontes potenciais
de poluição industrial, o que, associado a sua significativa vazão média, favorece a
manutenção de níveis aceitáveis de metais pesados e de outros resíduos de origem
industrial.
No mesmo município, pela margem direita chega o rio Piabanha. O próprio e
seu afluente Preto, que recebe as águas do Paquequer, são os principais corpos
receptores de despejos domésticos e industriais dos municípios de Petrópolis,
Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto. A jusante de Três Rios, o Paraíba do Sul
apresenta aumento acentuado de vazão, propiciando novo aproveitamento hidrelétrico
em Carmo: a usina Ilha dos Pombos tem capacidade instalada de 183MW. Do ponto
de união dos rios até a cidade de Itaocara não se encontram fontes importantes de
poluição industrial, podendo-se citar apenas a presença de indústrias de papéis.
Para aproveitar a vazão propiciada pelos três rios, já se encontra em construção
o Complexo Hidrelétrico de Simplício. Um primeiro reservatório surgirá em função da
barragem e usina hidrelétrica de pequeno porte no distrito sapucaiense de Anta. Neste
ponto, a vazão do rio será mais uma vez desviada por meio de túneis e canais para
cinco reservatórios intermediários no território mineiro. Cerca de 25km adiante, em
Além Paraíba/Carmo, a água retornará ao leito original do rio Paraíba a jusante da
segunda hidrelétrica: Simplício. O complexo, previsto para entrar em operação em
2011, irá gerar 333,7MW e mudará o perfil do rio, formando um trecho represado e
alagado entre Três Rios e Anta e um rio com mínima vazão a jusante desta primeira
barragem.
Os tributários importantes do trecho seguinte do Paraíba são os rios Pomba e
Muriaé na margem esquerda, que fazem parte de sub-bacias mineiras, e o rio Dois
Rios na margem direita.
Quando o rio Pomba alcança o Estado do Rio de Janeiro, já sofreu influência
dos esgotos lançados pela malha urbana das cidades mineiras de Laranjal e Recreio.
Em Santo Antônio de Pádua e Miracema, suas águas recebem uma nova carga de
esgotos domésticos sem tratamento, elevando ainda mais os níveis de coliformes
fecais. A jusante de Itaocara, o rio Pomba desemboca no Paraíba do Sul, com alguns
focos de poluição industrial ocasionados pelos despejos das indústrias de papéis.
Dois Rios tem sua foz em São Fidélis e, com seu afluente Grande, traz toda a
carga poluidora de efluentes industriais e domésticos de Nova Friburgo, por meio do
seu contribuinte rio Bengala.
O rio Muriaé, último dos grandes afluentes do rio Paraíba do Sul, a jusante das
cidades de Muriaé, Patrocínio do Muriaé (ambas em MG) e Itaperuna, apresenta-se
bastante comprometido devido aos despejos orgânicos recebidos, com taxas elevadas
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Rio Ipiranga
Rio Guandu
Ponto de
captação de
água da ETA
Guandu
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favelas ao longo do canal das Taxas, apresenta-se como a mais frágil e suscetível a
desaparecimento iminente. A oeste fica a Lagoinha, a última do conjunto, cujo espelho d’água
sofreu grande redução. A Lagoa de Camorim encontra-se praticamente sem oxigênio e a
Lagoa da Tijuca, onde se registra os maiores índices de coliformes fecais de todo o conjunto
lagunar, apresenta-se com 30% de seu espelho d’água assoreado. Na Lagoa de Jacarepaguá
os índices de oxigênio dissolvido são baixos por falta de circulação das águas, ocorrendo
também a proliferação de algas que podem ser potencialmente tóxicas.
As lagoas de Piratininga e Itaipu, em Niterói, vêm sofrendo crescente processo de
alteração de suas características morfométricas, físico-químicas, biológicas e granulométricas.
Destaca-se a elevada carga de origem doméstica, evidenciada pelas concentrações de
nutrientes, principalmente de fósforo total, indicando eutrofização de origem antrópica. Pode-se
dizer que esse ambiente apresenta o grau mais grave de eutrofização de um corpo d'água, o
que retrata a alarmante situação de degradação dessas lagoas. O mesmo compasso de
urbanização acelerada e falta de tratamento adequado de esgotos põe em risco os complexos
lagunares de Maricá, Saquarema e Araruama.
A Região Norte Fluminense, há algum tempo, era composta por um complexo natural
de rios e lagos, configurando-se em uma região alagadiça a Bacia Hidrográfica da Lagoa Feia,
ou Complexo Deltáico do Paraíba do Sul. Em tempos de cheias desse rio, suas águas vertiam
pelas margens em direção à Lagoa Feia ou para o mar, fazendo da região uma segunda foz.
Tal característica sempre foi considerada empecilho ao uso pecuário e agrícola. As primeiras
obras hidráulicas ocorreram ainda em finais do século XVII, sendo sucedidas por inúmeras
outras de controle de inundações e drenagem.
As obras mais expressivas foram realizadas pelo extinto Departamento Nacional de
Obras e Saneamento – DNOS que, tendo como objetivo a recuperação de áreas vulneráveis a
inundações para a agricultura, promoveu uma série de obras hidráulicas, mormente na década
de 1960, alterando significativamente o regime hidrológico local. Com a extinção do DNOS,
cerca de 1.500 km de canais e valões de drenagem, bem como comportas e dragas foram
abandonados. Atualmente, grande parte desses canais encontra-se assoreada ou poluída por
efluentes, inutilizando a água para o uso agrícola.
A Organização Mundial de Saúde - OMS, define o saneamento como o controle de
todos os fatores do meio físico do homem que exercem, ou podem exercer, efeitos nocivos
sobre a saúde, incluídas as medidas que visam a prevenir e controlar doenças, sejam elas
transmissíveis ou não. A mesma OMS apurou, recentemente, que 65% dos leitos dos hospitais
do país são ocupados por pacientes com problemas de saúde relacionados à falta de
saneamento. Sistemas de abastecimento de água, de esgotos sanitários, de coleta e
destinação adequada de resíduos sólidos urbanos, especiais e das áreas rurais estão, por
conseguinte, diretamente ligados à qualidade de vida da população.
A estreita relação da saúde com a provisão de medidas sanitárias é bastante conhecida,
principalmente no que se refere à água de abastecimento doméstico e ao destino de dejetos.
Cerca de 80% das doenças de países em desenvolvimento como o Brasil são provenientes da
água de qualidade ruim. As enfermidades mais comuns que podem ser transmitidas pela água
são: febre tifóide, disenteria, cólera, diarréia, hepatite, leptospirose e giardíase. Vale ressaltar
que a água de qualidade também é importante fator de inclusão social, uma vez que a
população de baixa renda dificilmente tem condições de pagar medicamentos para tratar as
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doenças de veiculação hídrica, ou até mesmo ter recursos para acesso à água de qualidade
para beber.
O tratamento do esgoto sanitário constitui uma das mais importantes medidas
preventivas de enfermidades. Apesar das empresas de saneamento básico exercerem
atividades consideradas nobres, elas são responsáveis por impactos ambientais significativos,
sentidos não só nas obras de implantação de tais sistemas, mas, principalmente, na operação
destes.
Até pouco tempo atrás, programas de saneamento privilegiavam somente ações nos
campos de abastecimento de água e de coleta de esgotos sanitários. O esgoto era conduzido
a um corpo d’água e, neste, lançado in natura. É muito comum ver-se a utilização de galerias
pluviais como pontos de descarga de esgotos. Usual, ainda, é a falta de manutenção de
elevatórias de esgoto que, quando paralisadas, simplesmente desviam os dejetos para a rede
pluvial.
Verifica-se, portanto, problemas graves e generalizados de poluição em rios, lagoas e
mares, gerados por esgotos domésticos e industriais. De acordo com a Agência Nacional de
Águas - ANA (2006), o conflito gerado pelo decréscimo da qualidade das águas e o
abastecimento humano configura-se como de urgente solução nos seguintes locais de nosso
Estado:
- Rio Paraíba do Sul, desde o trecho a jusante de Barra do Piraí ao trecho a jusante do
município de Paraíba do Sul, e os consumos humanos de água captada em sua calha nos
municípios de Três Rios, Chiador (MG), Sapucaia e Além Paraíba (MG);
- Rio Guandu, a jusante das cidades de Japeri e Queimados, e o abastecimento
humano da cidade do Rio de Janeiro;
- Rio Pomba, a jusante das cidades de Laranjal e Recreio (MG), e os consumos
humanos de água captada em sua calha nos municípios de Palma (MG) e Santo Antônio de
Pádua;
- Rio Muriaé, a jusante da cidade de Muriaé (MG) até jusante da cidade de Itaperuna, e
os consumos humanos de água captada em sua calha nos municípios de Italva e Cardoso
Moreira;
- Rio Grande, a jusante da foz do rio Bengala, que recebe cargas orgânicas de Nova
Friburgo, e os consumos humanos de água captada em sua calha nos municípios de Trajano
de Moraes, São Sebastião do Alto e Santa Maria Madalena.
O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer programa de despoluição das
águas. Em grande parte das situações, a viabilidade econômica das estações de tratamento de
esgotos – ETEs, é reconhecidamente reduzida, em razão dos elevados investimentos iniciais
necessários à sua construção e, em alguns casos, os altos custos operacionais.
De modo a incentivar a implantação de estações de tratamento de esgotos, com a
finalidade de reduzir os níveis de poluição dos recursos hídricos no país, e ao mesmo tempo
induzir à implementação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
mediante a organização dos Comitês de Bacia Hidrográfica e a instituição da cobrança pelo
direito de uso da água, a ANA criou o Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas -
PRODES. Também conhecido como "programa de compra de esgoto tratado", é uma iniciativa
inovadora: não financia obras ou equipamentos, paga pelos resultados alcançados, pelo
esgoto efetivamente tratado.
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16 - Fontes: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos – SNIU do Ministério das Cidades – dados coletados nos dias 3 e 4 de junho de 2003 referentes
ao ano 2000 e IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
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• Tanguá tem 77,5% dos domicílios com coleta regular de lixo, outros 2,3% têm seu lixo
jogado em terreno baldio ou logradouro, e 18,7% o queimam.
Dados preliminares de 2005 da Fundação CIDE apontam que o atual quadro de
resíduos sólidos em Tanguá é o seguinte: são coletadas 13,9 toneladas/dia, cujo destino é
unidade de triagem e compostagem e vazadouro a céu aberto de propriedade da Prefeitura,
localizado na Estrada do Minério.
Faz-se urgente que a gestão dos recursos naturais se efetue de forma mais competente
e eficaz do que vem sendo feita até hoje. A realização de investimentos e ações de
desenvolvimento tecnológico resultará na implantação de projetos mais eficientes e menos
impactantes na qualidade dos corpos hídricos e do solo, e na reutilização dos subprodutos dos
tratamentos de água, esgoto e resíduos sólidos.
Gestão Municipal
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, no final de 2006, a
quinta edição da Pesquisa de Informações Básicas Municipais - MUNIC 2005. A coleta das
informações ocorreu entre novembro de 2005 e março de 2006, sendo efetuada
preferencialmente através de entrevista presencial. Esta edição da pesquisa não contemplou
informações sobre o cadastro e o número de contribuintes do ISS. Os dados foram obtidos
através do preenchimento de questionários por diversos setores das prefeituras municipais e
são os seguintes para o município de Tanguá:
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CADASTRO DO IPTU:
Cadastro imobiliário - existência Sim
Cadastro imobiliário informatizado - existência Sim
O município cobra IPTU Sim
(B)
Ano da lei 2003
Planta Genérica de Valores - existência Sim
Planta Genérica de Valores informatizada - existência Sim
TAXAS INSTITUÍDAS:
Taxa de iluminação pública - existência Sim
Taxa de coleta de lixo - existência Sim
Taxa de incêndio ou combate a sinistros - existência Não
Taxa de limpeza urbana - existência Sim
Taxa de poder de polícia - existência Não
Outros tipos de taxas - existência Sim
(B) Como o período de coleta da pesquisa se estendeu até março de 2006, foram consideradas todas as legislações
aprovadas até este mês.
(C) A obrigatoriedade da existência ou revisão do Plano Diretor decenal para municípios com mais de 20.000
habitantes e outros casos especiais foi estabelecida pelo estatuto da cidade para outubro de 2006.
Governo Eletrônico
O termo governo eletrônico, ou e-government refere-se ao uso da tecnologia da
informação utilizando as ferramentas da web para facilitar o acesso aos serviços e
informações para os mais diferentes segmentos da sociedade. É uma importante
ferramenta que visa a simplificar e otimizar os processos administrativos, ampliar a
eficiência e eliminar formalidades e exigências burocráticas que oneram o cidadão, as
empresas e os próprios cofres públicos. Pode ser a chave para a promoção de relações
mais democráticas e transparentes entre governo e sociedade civil, além de tornar os
processos relacionados à administração pública mais rápidos, eficazes e baratos, vindo a
ser um instrumento poderoso de fiscalização das ações públicas que pode estar a apenas
um clique do mouse para qualquer cidadão. Nesse sentido, cabe aos gestores maior
interesse em se envolverem neste processo de modernização dessa importante
tecnologia de informação.
Este novo modelo de gestão pública parece-nos central para a efetivação de
reformas que possam garantir o acesso de serviços e informações para o usuário,
independente do seu papel econômico e conhecimento tecnológico. Os gestores ainda
têm uma visão muito limitada das possibilidades que essas tecnologias de informação
podem proporcionar e investem menos do que seria necessário para melhoria desses
serviços. Com base em levantamentos realizados, existe um “pacote mínimo” de e-
serviços que deveriam ser oferecidos aos cidadãos . sendo um grande desafio para eles
acompanharem o ritmo das transformações dessas novas soluções tecnológicas.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Serviços Informativos:
Cultura e entretenimento
Estrutura Administrativa
História do Município
Trabalho e emprego
Finanças Publicas
Municípios com sítios informativos
Políticas Públicas
Meio Ambiente
Investimentos
Infraestrutura
Plano diretor
Tributação
Legisação
Economia
Educação
Geografia
Turismo
Trânsito
Notícias
Saúde
Total
Angra dos Reis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16
Aperibé 1 1 1 1 1 1 1 7
Araruama 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Areal 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Armação dos Búzios 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Arraial do Cabo 1 1 2
Barra do Piraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Barra Mansa 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Belford Roxo 1 1 1 1 1 5
Bom Jardim 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Bom Jesus do Itabapoana 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Cabo Frio 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Cachoeiras de Macacu 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Cambuci 0
Campos dos Goytacazes 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Cantagalo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Carapebus 1 1 1 1 1 5
Cardoso Moreira 1 1 1 1 1 1 6
Carmo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Casimiro de Abreu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Comendador Levy Gasparian 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Conceição de Macabu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Cordeiro 1 1 1 1 1 1 6
Duas Barras 1 1 1 1 1 1 6
Duque de Caxias 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Engenheiro Paulo de Frontin 1 1 1 3
Guapimirim 1 1 2
Iguaba Grande 1 1 2
Itaboraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Itaguaí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Italva 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Itaocara 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Itaperuna 1 1 1 1 4
Itatiaia 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Japeri 1 1 1 1 1 1 1 7
Laje do Muriaé 1 1 1 1 1 1 1 7
Macaé 1 1 1 1 1 1 1 7
Macuco 1 1 1 1 1 1 1 7
Magé 1 1 1 1 4
Mangaratiba 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Maricá 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Mendes 1 1 1 1 1 5
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TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Cultura e entretenimento
Estrutura Administrativa
História do Município
Trabalho e emprego
Finanças Publicas
Municípios com sítios informativos
Políticas Públicas
Meio Ambiente
Investimentos
Infraestrutura
Plano diretor
Tributação
Legisação
Economia
Educação
Geografia
Turismo
Trânsito
Notícias
Saúde
Total
Mesquita 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Miguel Pereira 1 1 1 1 4
Miracema 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Natividade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Nilópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Niterói 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Nova Friburgo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Nova Iguaçu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Paracambi 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Paraíba do Sul 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Paraty 1 1 1 3
Paty do Alferes 1 1 1 1 1 5
Petrópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17
Pinheiral 1 1 1 1 1 1 1 7
Piraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Porciúncula 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Porto Real 1 1 2
Quatis 1 1 1 3
Queimados 1 1 1 1 1 1 6
Quissamã 1 1 1 1 1 1 1 7
Resende 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Rio Bonito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Rio Claro 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Rio das Flores 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Rio das Ostras 1 1 1 1 1 5
Santa Maria Madalena 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Santo Antônio de Pádua 1 1 1 1 1 1 1 7
São Fidélis 1 1 1 1 1 5
São Francisco de Itabapoana 1 1 1 1 1 1 6
São Gonçalo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
São João da Barra 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
São João de Meriti 1 1 1 3
São José de Ubá 1 1 1 1 1 1 1 1 8
São José do Vale do Rio Preto 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
São Pedro da Aldeia 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
São Sebastião do Alto 1 1 2
Sapucaia 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Saquarema 1 1 1 1 1 1 6
Seropédica 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Silva Jardim 1 1 1 1 1 5
Sumidouro 1 1 1 1 1 1 6
Tanguá 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Teresópolis 1 1 1 1 1 5
Trajano de Morais 1 1 1 1 1 1 1 7
Três Rios 1 1 1 1 1 1 1 7
Valença 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Varre - Sai 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Vassouras 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Volta Redonda 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Serviços Interativos:
Cadastro de fornecedores
Obras e Meio Ambiente
Balcão de empregos
Iluminação Pública
Vigilância sanitária
Municípios com sítios interativos
Água e Esgoto
Transportes
Concursos
processos
Habitação
Educação
Licitações
Ouvidoria
Simples
Total
Saude
IPTU
ITBI
ISS
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Cadastro de fornecedores
Obras e Meio Ambiente
Balcão de empregos
Iluminação Pública
Vigilância sanitária
Municípios com sítios interativos
Água e Esgoto
Transportes
Concursos
processos
Habitação
Educação
Licitações
Ouvidoria
Simples
Total
Saude
IPTU
ITBI
Nova Iguaçu ISS 1 1
Paracambi 1 1
Paraíba do Sul 1 1 2
Paraty 1 1
Paty do Alferes 1 1
Petrópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Pinheiral 1 1 1 1 4
Piraí 1 1 1 3
Porciúncula 1 1
Porto Real 0
Quatis 0
Queimados 1 1
Quissamã 1 1
Resende 1 1 1 1 4
Rio Bonito 1 1
Rio Claro 1 1
Rio das Flores 1 1 2
Rio das Ostras 1 1 1 1 1 1 1 7
Santa Maria Madalena 0
Santo Antônio de Pádua 0
São Fidélis 1 1
São Francisco de Itabapoana 1 1
São Gonçalo 1 1 1 3
São João da Barra 1 1
São João de Meriti 1 1 1 3
São José de Ubá 1 1
São José do Vale do Rio Preto 1 1
São Pedro da Aldeia 1 1 1 1 4
São Sebastião do Alto 1 1
Sapucaia 0
Saquarema 1 1 2
Seropédica 1 1
Silva Jardim 1 1
Sumidouro 1 1
Tanguá 1 1
Teresópolis 1 1
Trajano de Morais 1 1
Três Rios 1 1 1 1 4
Valença 1 1 1 3
Varre - Sai 1 1
Vassouras 1 1
Volta Redonda 1 1 1 1 1 1 1 7
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Serviços Transacionais:
Total
Angra dos Reis 1 1 1 3
Barra Mansa 1 1 1 3
Itaboraí 1 1
Japeri 1 1
Mesquita 1 1 2
Niterói 1 1
Paraíba do Sul 1 1
Petrópolis 1 1 1 1 1 5
Quissamã 1 1
Resende 1 1
São Gonçalo 1 1
Volta Redonda 1 1
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
também estudantes do 3º ano do ensino médio regular, tanto da rede pública quanto da
rede privada, em área urbana e rural.
Já a Anresc é mais extensa e detalhada que a Aneb e tem foco em cada unidade
escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome de Prova Brasil em suas divulgações.
Na última edição dos Estudos Socioeconômicos, foram apresentadas informações oficiais
divulgadas em junho de 2006 sobre a Prova Brasil 2005. Estas foram retificadas pelo
Inep/MEC em abril de 2007 e os novos números são os seguintes: a prova foi realizada
em 5.387 municípios de todas as unidades da Federação, avaliando 3.392.880 alunos (ao
invés dos 3.306.317 divulgados anteriormente) de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental,
distribuídos em 125.852 turmas de 40.962 escolas públicas urbanas com mais de 30
alunos matriculados na série avaliada.
Como o MEC, a partir de 2004, ampliou o Ensino Fundamental para nove anos
(cinco anos no primeiro ciclo – Anos Iniciais e quatro anos no segundo – Anos Finais), nas
escolas onde o ensino fundamental está organizado neste regime a prova foi aplicada nas
turmas de 5º e 9º série e nos alunos das 4ª e 8ª séries das escolas que ainda mantinham
o regime anterior. Os resultados da Prova Brasil são apresentados em uma escala de
desempenho por disciplina. Em Língua Portuguesa ela vai de 125 até 350. Em
Matemática, a escala é de 125 a 375. Nos parâmetros estabelecidos para a quarta série,
em ambas as disciplinas a nota máxima é 300 pontos. Para os estudantes da oitava série,
350 é a nota máxima para português e 375, para matemática.
Esses novos resultados da Prova Brasil 2005 não mais fazem comparativo de
médias brasileira e estaduais da 4ª e da 8ª séries. É disponibilizada a pontuação de cada
município, de cada rede e de cada escola, dificultando o confronto dos resultados em
nível regional ou nacional. Tal comparação agora somente pode ser feita por outro
indicador: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, que será apresentado
adiante.
Cabe, portanto, apresentar as notas corrigidas que as escolas de Tanguá tiveram,
em média, na Prova Brasil 2005, considerando-se, ainda, que a próxima avaliação
ocorrerá durante 2007 com resultados divulgados somente em 2008:
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
diretrizes que integram o decreto, como orientações a que devem aderir os sistemas
estaduais e municipais que queiram assumir o Compromisso Todos pela Educação. São
elas: estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a atingir;
alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por
exame periódico específico; acompanhar cada aluno da rede individualmente, mediante
registro da sua freqüência e do seu desempenho em avaliações, que devem ser
realizadas periodicamente; combater a repetência, dadas as especificidades de cada
rede, pela adoção de práticas como aulas de reforço no contra-turno, estudos de
recuperação e progressão parcial; combater a evasão pelo acompanhamento individual
das razões da não-freqüência do educando e sua superação; matricular o aluno na escola
mais próxima da sua residência; ampliar as possibilidades de permanência do educando
sob responsabilidade da escola para além da jornada regular; valorizar a formação ética,
artística e a educação física; garantir o acesso e permanência das pessoas com
necessidades educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular, fortalecendo
a inclusão educacional nas escolas públicas; promover a educação infantil; manter
programa de alfabetização de jovens e adultos.
Outras diretrizes são instituir programa próprio ou em regime de colaboração para
formação inicial e continuada de profissionais da educação; implantar plano de carreira,
cargos e salários para os profissionais da educação, privilegiando o mérito, a formação e
a avaliação do desempenho; valorizar o mérito do trabalhador da educação, representado
pelo desempenho eficiente no trabalho, dedicação, assiduidade, pontualidade,
responsabilidade, realização de projetos e trabalhos especializados, cursos de
atualização e desenvolvimento profissional; dar conseqüência ao período probatório,
tornando o professor efetivo estável após avaliação, de preferência externa ao sistema
educacional local; envolver todos os professores na discussão e elaboração do projeto
político pedagógico, respeitadas as especificidades de cada escola; incorporar ao núcleo
gestor da escola coordenadores pedagógicos que acompanhem as dificuldades
enfrentadas pelo professor; fixar regras claras, considerados mérito e desempenho, para
nomeação e exoneração de diretor de escola.
O decreto dispõe, ainda, que devem ser divulgados na escola e na comunidade os
dados relativos à área da educação, com ênfase no IDEB; acompanhar e avaliar, com
participação da comunidade e do Conselho de Educação, as políticas públicas na área de
educação e garantir condições, sobretudo institucionais, de continuidade das ações
efetivas, preservando a memória daquelas realizadas; zelar pela transparência da gestão
pública na área da educação, garantindo o funcionamento efetivo, autônomo e articulado
dos conselhos de controle social; promover a gestão participativa na rede de ensino;
elaborar plano de educação e instalar Conselho de Educação, quando inexistentes;
integrar os programas da área da educação com os de outras áreas como saúde, esporte,
assistência social, cultura, dentre outras, com vista ao fortalecimento da identidade do
educando com sua escola; fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as
famílias dos educandos, com as atribuições, dentre outras, de zelar pela manutenção da
escola e pelo monitoramento das ações e consecução das metas do Compromisso;
transformar a escola num espaço comunitário e manter ou recuperar aqueles espaços e
equipamentos públicos da cidade que possam ser utilizados pela comunidade escolar;
firmar parcerias externas à comunidade escolar, visando à melhoria da infra-estrutura da
escola ou à promoção de projetos socioculturais e ações educativas; organizar um comitê
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Houve uma ligeira queda no número total de matrículas em 2006, tendo ocorrido
redução expressiva na participação da rede estadual nos últimos seis anos, em
movimento inverso à rede municipal, que tem atribuição constitucional de prover o ensino
fundamental. Uma das razões dessa inversão é o expressivo aumento no número de
matrículas no ensino médio, de responsabilidade do Estado, como se verificará a seguir.
O ano de 2006 teve, em nosso Estado, um total de 731.754 alunos matriculados no
ensino médio, dos quais 84,0% estavam em escolas públicas. Também se reduziu o
número de matrículas no ensino médio. Entretanto, mais de 56 mil vagas foram abertas
na rede pública estadual, contra um aumento geral de apenas 24 mil no período, como
demonstra a tabela a seguir:
As 536 mil vagas oferecidas pela rede estadual, em 2001, cresceram para 592 mil
em 2005, o que configura grande migração de alunos de outras redes para aquela gerida
pelo governo do Estado.
Para melhor visualizar a evolução do número de matrículas no ensino básico, o
gráfico a seguir é bastante ilustrativo sobre os três pontos críticos de estrangulamento do
sistema, que ocorrem nas 1ª e 5ª séries do ensino fundamental, e na 1ª do ensino médio.
Em virtude da nova seriação em nove anos, é possível observar uma redução na pressão
que ocorria na antiga 1ª série até 2003. Para efeito comparativo do período dos seis anos
em análise, e considerando que as escolas privadas não aderiram em peso à nova
seriação, enquanto a rede pública, sim, foi mantida no gráfico a seriação antiga.
43
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
Nova 1ª 1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série 1ª Série 2ª Série 3ª Série
Série antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga Médio Médio Médio
17 - Fonte: Inep/MEC.
18 - Educação Infantil: Trata-se da primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A educação infantil é oferecida em
creches, ou entidades equivalentes, e pré-escolas.
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TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
15 anos ou mais
11 a 14 anos
8 a 10 anos
4 a 7 anos
1 a 3 anos
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0%
45
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
35
30
25
20
15
10
0
1970 1980 1991 2000
Censo IBGE - Compilação: Ministério das Cidades/SNIU
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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21 - O mesmo docente de ensino fundamental pode atuar da Série inicial à 4ª série e da 5ª à 9ª série.
47
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de Nº de Nº de professor da rede
professor no
Ano Unidades professores matrículas estadual no
município
Estado
01 7 96 1.707 17,8 18,8
02 7 87 1.598 18,4 18,2
03 7 73 1.461 20,0 19,1
04 7 73 1.406 19,3 18,0
05 2 50 1.036 20,7 16,9
06 2 81 901 11,1 16,3
Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de Nº de Nº de professor da rede
professor no
Ano Unidades professores matrículas municipal no
município
Estado
01 14 143 3.194 22,3 22,1
02 12 144 3.125 21,7 21,8
03 12 150 3.282 21,9 21,2
04 9 148 3.248 21,9 21,0
05 14 164 3.570 21,8 21,0
06 14 179 3.654 20,4 20,5
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TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1ª série 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
nova antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga
A rede privada tem taxas inferiores às redes públicas, sendo a estadual aquela que
apresenta maiores taxas no seqüencial das séries, com exceção das duas primeiras.
A decorrência principal da distorção série-idade é um elevado número de alunos
matriculados que têm acima de 14 anos já a partir da 5ª série, como ilustra o gráfico a
seguir:
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Ano Inicial 1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005
100 100
90 90
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
1ª Sér ie 2ª Sér ie 3ª Sér ie 4ª Sér ie 5ª Sér ie 6ª Sér ie 7ª Sér ie 8ª Sér ie 1ª Sér ie 2ª Série 3ª Sér ie 4ª Sér ie 5ª Sér ie 6ª Sér ie 7ª Sér ie 8ª Série
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005
100 100
90 90
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30
30
1ª Sér ie 2ª Sér ie 3ª Sér ie 4ª Sér ie 5ª Sér ie 6ª Sér ie 7ª Sér ie 8ª Sér ie
1ª Sér ie 2ª Série 3ª Sér ie 4ª Sér ie 5ª Sér ie 6ª Sér ie 7ª Sér ie 8ª Série
300
250
200
150
100
50
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
50
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
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TANGUÁ
Com relação ao ensino médio, Tanguá tem somente a rede estadual e apresenta
o panorama abaixo:
Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de Nº de Nº de professor da rede
professor no
Ano Unidades professores matrículas estadual no
município
Estado
01 2 37 802 21,7 18,0
02 2 50 839 16,8 18,2
03 2 39 930 23,8 19,9
04 2 60 977 16,3 17,9
05 2 85 967 11,4 15,2
06 2 75 785 10,5 15,1
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TANGUÁ
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1ª Série 2ª Série 3ª Série
O gráfico a seguir apresenta o nível médio de distorção por série entre 2001 e
2006:
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
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100
90
80
70
60
50
40
30
1ª Sér ie 2ª Sér ie 3ª Série
200
150
100
50
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
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Saúde
A viabilização plena do direito ao acesso universal e equânime aos serviços e
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde é operada pelas chamadas Leis
Orgânicas da Saúde, nº 8.080/90 e nº 8.142/90, e as Normas Operacionais Básicas –
NOB. O Sistema Único de Saúde – SUS opera tanto em nível federal, quanto nas esferas
estadual e municipal.
Em anos recentes, o Ministério e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde
desencadearam diversas atividades de planejamento e de adequação de seus modelos
assistenciais e de gestão, ponderando criticamente os avanços e os desafios que novas
diretrizes organizativas trariam para sua realidade. Em fevereiro de 2002, foi publicada a
Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002, que estabelece o
processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e
de busca de maior eqüidade; cria mecanismos para a gestão do Sistema Único de Saúde
e procede à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios, ampliando
as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica.
Ao compor a estratégia de gestão da regulação do Sistema Único de Saúde – SUS,
no Estado do Rio de Janeiro, foi criada a Rede de Centrais de Regulação do Estado do
Rio de Janeiro - RCR/RJ, que tem por missão agilizar e qualificar o fluxo de acesso do
cidadão aos serviços e ações de alta e média complexidade em saúde, de forma
organizada, colocando-se a serviço da defesa do direito à saúde. Para tal, deve exercer
as seguintes funções:
-Facilitar o acesso aos serviços de saúde existentes no Estado, de forma equânime
e tecnicamente qualificada, a partir da pactuação de Protocolos de Regulação;
-Exercer a função de alerta do Sistema de Saúde, ao identificar situações que
mereçam a atuação da Vigilância Sanitária, Gerência de Assistência, Controle e
Avaliação, Vigilância Epidemiológica, emitindo “sinais de alerta” em um trabalho articulado
e solidário;
- Subsidiar o processo de planejamento e gestão da saúde na produção de
informações com qualidade e de forma ágil sobre a demanda por oferta de serviços de
saúde e sobre o fluxo de pacientes em todo o Estado, sinalizando de forma sistematizada
as principais carências de investimento tecnológico, fornecendo subsídios para o
processo da Programação Pactuada Integrada;
- Contribuir para um processo pedagógico permanente de aplicação dos Protocolos
junto às Unidades solicitantes, interagindo na troca de informações, visando a
resolutividade mais apropriada para cada caso;
- Instrumentalizar e apoiar o processo de regionalização e hierarquização das
ações de saúde no Estado.
A RCR/RJ, teve sua implementação por etapas. O primeiro ciclo (1999 a 2002) foi
dedicado ao planejamento e pactuação do desenho da Rede, após estudos do fluxo dos
pacientes no Estado e da capacidade instalada, com a identificação dos municípios pólo,
de acordo com o Plano Diretor de Regionalização do Estado. Fez parte dessa etapa a
organização da infraestrutura local e de telecomunicação das Centrais, bem como a
execução de concurso público pela Secretaria de Estado de Saúde – SES.
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Ambulatorial 2
Internação 1
Emergência 1
Unidade de Tratamento Intensivo/CTI -
Diálise -
Distribuição de leitos nos hospitais do município Distribuição de leitos nos hospitais do Estado
credenciados ou não ao SUS- Jan 2006 Jan 2006
Outros 953
Outros 0
Clínica Pediátrica 4.251
Clínica Pediátrica 0
Clínica Psiquiátrica 9.426
Cuidados Prolongados 0
0 50 100 150 200 250 - 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000
22 - Fontes: Unidades – CIDE 2005; Leitos – SES; Estabelecimentos que prestam serviços ao SUS – Pesquisa Assistência Médico-Sanitária – AMS 2005
– IBGE; Demais dados – Datasus.
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Público Privado
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
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1.400
1.247
1.200 1.140
1.000
877 855 880
817
800
600
400
200
-
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Tanguá
Observe-se que a notável redução dos repasses do SUS decorre de uma mudança
de sistemática de transferências. De acordo com o DATASUS, com relação à Farmácia
Básica, as transferências relativas aos estados estão contabilizadas no “município
ignorado” do respectivo estado, com exceção da Farmácia Básica, contabilizada nos
municípios a que esta verba se destina, apesar de ter sido transferida ao estado. Cabe a
este fazer o repasse ao município. Já com relação a procedimentos de alta complexidade
e ações estratégicas, as transferências relativas à gestão plena estadual estão
contabilizadas no “município ignorado” do respectivo estado. Nesta rubrica, R$ 50 milhões
foram repassados à administração estadual no ano 2001. As cifras subiram para R$ 157
milhões em 2002, R$ 329 milhões em 2003, R$ 311 milhões em 2004, R$ 817 milhões em
2005 e alcançaram R$ 865 milhões em 2006, respectivamente 4%, 11%, 27%, 21%, 46%
e 47% das transferências totais ao nosso estado, no espírito da Programação Pactuada
Integrada mencionada anteriormente.
Alguns indicadores podem apontar o nível de eficácia do sistema de saúde local,
como os apresentados adiante, mas não refletem as demais ações de vigilância
epidemiológica, sanitária, de controle de vetores e de educação em saúde.
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120
100
80
60
40
20
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Estado 10,5 10,8 10,3 10,2 10,3 10,1
Tanguá 50,2 69,7 55,1 77,1 96,4 112,0
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Estado 536,50 562,75 593,01 661,36 690,87 697,55
Tanguá 1.317,62 1.848,34 1.490,16 2.424,35 3.163,41 3.685,40
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Estado 4,42 4,41 4,95 4,90 4,99 5,13
Tanguá 0,25 0,53 0,43 0,61 0,66 0,20
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Nº de ESB Nº de ESB
Nº de ACS % de cobertura Nº de ESF % de cobertura Nº de ESB Nº de ESB % de cobertura
Nº de ACS Nº de ESF modalidade I modalidade II
Mês / ano credenciados populacional credenciadas populacional da modalidade I modalidade II populacional da
implantados implantados credenciadas credenciadas
pela CIB ACS pela CIB SF implantadas implantadas SB
pela CIB pela CIB
Dezembro
23 10 21,56 2 0 0 0 0 0 0 0
2001
Dezembro
23 21 45,28 2 2 25,88 0 0 0 0 0
2002
Dezembo
29 29 61,29 6 5 63,40 0 0 0 0 0
2003
Dezembro
29 29 60,11 6 6 74,62 0 0 0 0 0
2004
Dezembro
29 29 60,11 6 6 74,62 0 0 0 0 0
2005
Dezembro
29 29 56,56 6 6 70,21 0 0 0 0 0
2006
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capacidade instalada atual. Esses dados dão suporte à análise da adequação do sistema
às necessidades da clientela.
Uma série de manuais do projeto Saúde & Cidadania está disponível no sítio
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saude_cidadania/index.html, abrangendo temas como:
Distritos Sanitários: Concepção e Organização; Planejamento em Saúde; Qualidade na
Gestão Local de Serviços e Ações de Saúde; Gestão da Mudança Organizacional;
Auditoria, Controle e Programação de Serviços de Saúde; Sistemas de Informação em
Saúde para Municípios; Vigilância em Saúde Pública; Vigilância Sanitária; Gestão de
Recursos Humanos; Gestão de Recursos Financeiros; Gerenciamento e Manutenção de
Equipamentos Hospitalares; e Gestão de Recursos Materiais e de Medicamentos.
Mercado de Trabalho
Em 2006, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, quatro dos
principais indicadores do mercado de trabalho da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
(RMRJ) apresentaram desempenho superior ao observado em 2005, o mesmo se
verificando para o conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pelo
levantamento. Nesta comparação, a RMRJ teve desempenho mais favorável do que a
média das áreas cobertas no quesito relativo à formalização do trabalho23 e na evolução
da taxa de desemprego. No primeiro caso, o aumento da formalização foi maior na RMRJ,
em 2006, tanto em relação a 2005 quanto a 2003. Mesmo assim, a proporção de
ocupados formais na RMRJ, de 43,23% em 2006, ainda é inferior à média das seis
demais regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, de 46,11%.
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Recife 14,57
0 2 4 6 8 10 12 14
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Salvado r
P o rto A legre Recife 7,03%
8,58% 6,49%
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na RMRJ, houve diminuição de 1,3 ponto percentual nos empregados sem carteira, entre
2003 e 2006, enquanto na média das seis regiões a redução foi de 0,7 ponto percentual.
Por outro lado, permaneceu em ascensão a parcela de ocupados por conta própria na
RMRJ, que passou de 22,6% para 23,1%, no triênio em questão. No mesmo intervalo,
esta proporção, relativa ao conjunto das regiões, baixou de 20,0% para 19,1%.
Com o alargamento do mercado de trabalho, reduziu-se a proporção de
empregadores, tanto na RMRJ quanto nas demais. O trabalho doméstico cresceu mais na
RMRJ do que nas outras áreas da pesquisa, alcançando 8,6% dos ocupados, em 2006.
Ao mesmo tempo, iniciou-se um processo de redução da parcela do emprego público na
RMRJ, que não é evidente nas demais regiões. Este contingente, que em 2003
correspondia a 12,2% dos ocupados na RMRJ, passou a representar 11,7%, em 2006. No
conjunto das regiões, a proporção recuou de 10,8% para 10,7%, havendo casos, como
Recife, que seguiram caminho oposto, com acréscimo do percentual ocupado na esfera
pública. A tabela a seguir apresenta a distribuição percentual das posições na ocupação,
na RMRJ e na média das seis regiões, entre 2003 e 2006.
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% da
Nº de Nº de % dos
população
empregos empregos empregos
Variação Variação no Estado
Região formais em Admissões Desligamentos formais em formais no
absoluta 2007/2001 em
1º Janeiro 1º Janeiro Estado
01/07/06
2001 2007 (em 01/01/07)
(IBGE)
Macacu-Caceribu 8.838 87.972 70.126 17.846 26.684 202% 0,7% 1,0%
Itaguaí 18.915 60.213 43.754 16.459 35.374 87% 1,3% 1,3%
Baía da Ilha Grande 18.402 70.949 59.165 11.784 30.186 64% 1,2% 1,1%
Bacia de São João 7.212 29.594 25.255 4.339 11.551 60% 0,7% 0,4%
Macaé 51.209 177.964 148.475 29.489 80.698 58% 1,3% 3,0%
Santo Antônio de Pádua 7.302 18.401 15.584 2.817 10.119 39% 0,8% 0,4%
Nova Friburgo 34.274 87.923 76.675 11.248 45.522 33% 1,5% 1,7%
Lagos 39.831 118.537 105.815 12.722 52.553 32% 3,1% 1,9%
Três Rios 22.978 84.870 78.021 6.849 29.827 30% 1,0% 1,1%
Itaperuna 17.483 35.718 31.064 4.654 22.137 27% 1,2% 0,8%
Campos dos Goytacazes 64.837 163.213 146.828 16.385 81.222 25% 3,6% 3,0%
Vassouras 14.932 32.352 28.848 3.504 18.436 23% 1,1% 0,7%
Rio de Janeiro 1.678.359 4.409.019 4.047.930 361.089 2.039.448 22% 74,3% 75,3%
Barra do Piraí 18.940 44.040 40.038 4.002 22.942 21% 1,1% 0,8%
Serrana 67.054 168.314 154.929 13.385 80.439 20% 3,1% 3,0%
Vale do Paraíba Fluminense 94.939 244.902 226.151 18.751 113.690 20% 4,4% 4,2%
Cantagalo-Cordeiro 7.108 15.201 14.164 1.037 8.145 15% 0,4% 0,3%
Santa Maria Madalena 1.308 2.743 2.886 (143) 1.165 -11% 0,2% 0,0%
Totais 2.173.921 5.851.925 5.315.708 536.217 2.710.138 25%
Fonte: Tabulação própria feita a partir dos dados do CAGED de cada município fluminense
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Renda real média do trabalho principal por características básicas no Rio de Janeiro metropolitano
(pessoas com 15 anos ou mais)
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005
Sexo
Homem 1.064 973 1.313 1.366 1.295 1.407 1.273 1.233 1.188 1.118 1.092 1.114
Mulher 668 615 806 869 892 904 880 815 814 755 760 766
Raça
Branco 1.132 1.042 1.383 1.498 1.416 1.514 1.341 1.331 1.266 1.210 1.167 1.240
Preto e Pardo 592 527 696 711 682 707 712 652 665 615 654 667
Idade
15-24 470 386 525 548 554 564 547 509 517 511 474 506
25-49 1.019 927 1.206 1.306 1.234 1.261 1.166 1.129 1.092 992 1.005 977
50 ou mais 1.052 1.000 1.416 1.310 1.365 1.636 1.467 1.331 1.252 1.223 1.150 1.285
Escolaridade
1º grau incompleto 511 436 580 588 583 598 578 532 532 492 490 509
1º grau completo 723 642 785 785 778 825 770 702 670 605 595 629
2º grau incompleto 742 618 741 770 725 778 687 626 586 583 588 571
2º grau completo 1.069 928 1.222 1.277 1.199 1.204 1.157 1.103 977 938 886 885
Superior incompleto ou mais 2.281 2.220 2.879 2.884 2.945 3.105 2.798 2.592 2.548 2.227 2.179 2.110
Posição na ocupação
Empregado com carteira 987 850 1.034 1.087 1.066 1.118 1.047 992 981 934 912 918
Militar 1.237 1.003 1.459 1.482 1.489 1.692 1.641 1.864 1.570 1.789 1.483 1.563
Funcionário público 1.342 1.158 1.595 1.676 1.745 1.719 1.628 1.780 1.751 1.636 1.781 1.784
Empregado sem carteira 431 426 563 610 575 648 638 631 645 571 567 567
Conta própria 746 768 1.048 1.249 1.096 1.138 1.023 955 884 810 813 903
Empregador 2.360 2.839 4.033 3.881 4.214 4.014 4.065 3.450 3.208 2.910 2.651 2.821
Auto consumo - - - - - - - - - - - -
Não remunerado - - - - - - - - - - - -
Setor de atividade 2
Agricultura e extração 733 475 948 636 821 502 1.532 1.167 752 1.637 1.162 735
Administração pública 1.387 1.255 1.758 1.707 1.752 1.770 1.843 1.876 1.827 1.763 1.845 1.729
Construção civil 637 617 862 965 904 916 766 815 812 644 706 763
Serviços distributivos 912 857 1.117 1.141 1.109 1.184 1.137 1.000 832 781 796 830
Industria moderna 1.176 1.031 1.495 1.449 1.424 1.541 1.221 1.251 1.371 1.274 1.127 1.293
Serviços pessoais 560 480 655 731 709 689 709 638 641 599 602 616
Serviços produtivos 1.428 1.452 1.678 1.898 1.791 2.000 1.631 1.693 1.545 1.421 1.351 1.362
Saúde e educação 913 847 1.220 1.263 1.210 1.400 1.259 1.216 1.260 1.133 1.139 1.169
Serviços comunitários 873 836 1.024 932 1.088 1.312 879 1.163 958 868 684 991
Industria tradicional 790 633 913 1.067 918 1.090 1.006 781 808 707 731 690
Não especificado 2.125 923 1.069 1.214 1.079 1.046 1.367 1.343 - - - -
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Notas: 1 - A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000. 2 - A pesquisa reformulou os códigos de setores de atividades para o ano de
2002, assim a comparação com este ano não é a mais adequada. 3 - Valores expressos em reais de 2005.
Observa-se que, para todas as classes, o pico da renda real média ocorreu no
biênio 1997-1998, ocorrendo redução gradual desde então. As desigualdades de gênero e
raça também são evidentes em toda a série. À medida que aumenta a escolaridade, a
renda média sobe expressivamente em todos os anos, havendo, entretanto, desvantagem
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para aqueles que têm o 2º grau incompleto quando comparados com aqueles que tem o
1º grau completo. Empregadores, militares e funcionários públicos são os que percebem
maior renda média. Já os empregados sem carteira apresentam o menor rendimento por
todo o período, sujeitos, ainda, a todas as mazelas da informalidade.
Segurança Pública
O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Fundação
Getúlio Vargas, lançou em 2006 um projeto cuja finalidade é abordar temas sobre a
realidade de nosso Estado. Visando a contribuir para maior eficácia na elaboração de
políticas públicas no Estado, caso da segurança pública. Denominado “O Investimento
Público e a Efetividade das Ações Estatais na Segurança”, o texto integral encontra-se
disponível no sítio do TCE-RJ.
Apesar das análises terem caráter exploratório, nada impede que sejam usadas
como ponto de partida para estudos mais profundos e como orientação para políticas
mais urgentes na área de segurança, as quais se encontram no centro da agenda pública
do estado e do país.
A falta de recursos para o aparelhamento das polícias e demais instituições de
segurança pública é um dos fatores que ganham contornos concretos quando nos
detemos sobre a execução orçamentária do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Entre
janeiro de 2003 e junho de 2006, em média, ela absorveu 12,6% dos gastos totais do
Estado, fatia inferior apenas àquelas inscritas nas rubricas Encargos Especiais e
Educação. Mas, quando se analisa a distribuição de gastos, confirma-se que os recursos
se mostram insuficientes para fazer frente às necessidades de investimento e custeio.
Dos recursos públicos estaduais destinados à área, em média, mais de 30% se destinam
ao Fundo Único da Previdência Social e mais de 40% aos gastos com pessoal da ativa e
seus respectivos encargos. Por outro lado, só 3,25% costumam ser direcionados para o
policiamento propriamente dito, sugerindo um desequilíbrio entre o que é gasto nas
atividades meio e o que é gasto nas atividades fim de segurança pública.
Para cumprir os objetivos da pesquisa foram realizadas entrevistas com diferentes
gestores de instituições ligadas à Segurança Pública do Estado: Polícia Militar, Polícia
Civil e Sistema Prisional.
A ausência de planejamento e de critérios de gestão sobre questões orçamentárias
mostrou-se objeto de grande preocupação para significativa parcela dos profissionais
entrevistados. Os discursos acerca desses problemas apontam para déficits de eficácia
na ação empreendida pelo Estado no campo da segurança, visto que o planejamento, em
especial o do sistema orçamentário, é premissa para uma boa execução de políticas
públicas. A elaboração do orçamento viria sendo executada com base no que foi feito em
anos anteriores, sem a preocupação com os aumentos de custos registrados no período,
nem com o estabelecimento de um elo entre receitas, despesas e objetivos de longo
prazo para a segurança pública. Sem contar que diversos fatores exteriores às
organizações (crises, cobranças da opinião pública, julgamentos morais, adequação ao
sistema legal) interferem no seu cotidiano mostrando que a necessidade de antecipação
às contingências é essencial para sua eficácia. Nesse sentido, a adoção de instrumentos
gerenciais eficazes será fundamental para o sucesso de qualquer política no setor.
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verificado nessas duas regiões e na Região da Costa Verde, sendo que na maior parte do
Estado o fenômeno se estabilizou.
Os crimes de tráfico de drogas se apresentam de forma quase homogênea pelo
Estado. Um exame sobre o banco de dados do Programa Disque-Denúncia do Estado do
Rio de Janeiro, revela que o número de denúncias relativas aos crimes de tráfico e
consumo de drogas e entorpecentes é extremamente elevado. No ano de 2002, os
municípios com as taxas mais elevadas foram Paraty, Itatiaia, Itaguaí, Engenheiro Paulo
de Frontin, Laje do Muriaé, Miracema, Macaé, Armação dos Búzios, Rio Bonito,
Guapimirim e Niterói. No mesmo sentido, em 2004 os municípios com as taxas mais
expressivas foram Paraty, Mangaratiba, Itaguaí, Piraí, Itatiaia, Quatis, Teresópolis,
Aperibé, Miracema, Campos dos Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras, Armação dos
Búzios e Niterói.
Buscou-se verificar quais municípios do Estado do Rio, concentravam as taxas
mais elevadas de criminalidade. Esse enfoque revelou que, em todo o Estado do Rio de
Janeiro, no ano de 2004, 34 municípios apresentavam estatísticas de criminalidade
críticas. Considerando que o estado é formado por 92 municípios, mais de um terço
necessita de políticas de segurança diferenciadas.
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IV - INDICADORES ECONÔMICOS
Introdução
Uma das melhores notícias para a economia do Estado do Rio de Janeiro em 2006
foi o anúncio da implantação do Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro 25,
maior projeto individual da história da Petrobras e um dos maiores empreendimentos do
setor petroquímico no mundo.
Previsto para entrar em operação em 2012, é fruto de parceria da Petrobras com o
grupo Ultra e o BNDES e está sendo considerada a principal iniciativa brasileira para
aumentar a capacidade de refino de petróleo pesado da bacia de Campos.
Com tecnologia de ponta, o Comperj deverá fabricar produtos petroquímicos
básicos e derivados. Sua estrutura será formada por três gerações, sendo a primeira
responsável pela produção de produtos petroquímicos básicos (eteno, benzeno, propeno,
paraxileno, além de derivados como diesel, nafta e coque) e, a segunda, pela
transformação destes produtos básicos em resinas termoplásticas (estireno, etileno-glicol,
polipropileno, PTA/PET e outras). A expectativa da Petrobrás é de que sejam instaladas
cerca de oito fábricas de segunda geração além de sua própria unidade. Já as indústrias
de terceira geração, a serem atraídas pelo Complexo, serão responsáveis por transformar
esses produtos petroquímicos em bens de consumo, tais como garrafas de plástico,
tecidos, tintas, fibras, componentes para automóveis, aviões e eletrodomésticos etc.
Haverá, ainda, uma Central de Utilidades responsável pelo fornecimento de água, vapor e
energia elétrica necessários para a operação de todo o Complexo.
Com um investimento de aproximadamente US$ 8,3 bilhões, estima-se que o
Comperj terá capacidade para processar 150 mil barris/dia de óleo pesado nacional,
propiciando uma economia de mais de US$ 2 bilhões ao ano em divisas ao reduzir a
importação de petróleo leve e derivados como a nafta e outros produtos petroquímicos. O
Complexo será instalado em um terreno de 45 milhões de metros quadrados, em área
antes considerada rural, e deverá gerar mais de 200 mil empregos diretos e indiretos
durante a fase de construção. Espera-se, ainda, que sejam incorporados mais 50 mil
empregos diretos e indiretos na fase da operação.
Segundo os estudos técnicos desenvolvidos pela Petrobras, a região escolhida foi
apontada como a mais viável em termos econômicos, logísticos e socioambientais. Foram
escolhidos os municípios de Itaboraí e São Gonçalo por estes apresentarem uma
localização estratégica em área com infra-estrutura portuária - terminais de Angra dos
Reis, Ilha d’Água e Ilha Redonda (estes últimos localizados na baía de Guanabara),
dutoviária e rodo-ferroviária, assim como está próxima do Centro de Pesquisas e
Desenvolvimento – CENPES, na Ilha do Fundão, e pode propiciar sinergia com a refinaria
de Duque de Caxias e a Rio Polímeros e outras indústrias petroquímicas, possibilitando
um investimento total menor.
Em Itaboraí será instalada a unidade de produção de petroquímicos básicos. O
crescimento urbano do município foi reavaliado e, com o fluxo migratório que deverá
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27 - De acordo com dados do próprio Grupo EBX, disponível em http://www.mmx.com.br/web/pt/sistemas/minas-rio/index.html. Acesso em 14/08/2007.
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Produção Industrial
A indústria fluminense cresceu 1,91%, em 2006, na comparação com o ano
anterior, de acordo com a Pesquisa Industrial Regional do IBGE. Em 2005, a indústria
estadual havia crescido 2,03%. Embora os resultados anuais pouco divirjam, sendo a taxa
de 2006 somente 0,12 ponto percentual inferior à de 2005, as trajetórias se opõem. Ao
longo de 2005, como se vê no gráfico a seguir, as taxas apresentaram evolução
crescente, passando de 0,89%, no primeiro trimestre, para 3,40%, no quarto, em relação
a igual período do ano anterior. Em 2006, após alcançar 5,07%, nos três primeiros meses
do ano, a expansão da atividade industrial cedeu e terminou o ano em 0,11%. A trajetória
de desaceleração também contrasta com o resultado da indústria em âmbito nacional,
que, apesar de ter registrado recuo de 0,27 ponto percentual em relação a 2005, ganhou
impulso durante o segundo semestre de 2006.
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%
6
5,07
5 4,60
4
3,40 3,19
2,78
3
2,10
1,71
2 1,66
0,87 1,06
1 0,89
0,11
0
I TRIM II TRIM III TRIM IV TRIM
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em relação a igual trimestre do ano anterior.
%
15
12,35
12
BR RJ
9 8,30
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Comparações Inter-regionais
O Rio de Janeiro apresentou desempenho industrial mais destacado que
Amazonas, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, ocupando a nona posição
entre os 13 estados participantes da pesquisa. O Amazonas, que em 2005 havia
liderado o crescimento industrial, registrou, em 2006, o desempenho mais fraco entre os
13 estados pesquisados, com taxa de -2,23%. A inversão se explica,
predominantemente, pela retração de 12,79% na produção de material eletrônico,
aparelhos e equipamentos de comunicação, segmento que responde por fração
expressiva da produção amazonense, mas tem escassa participação na estrutura
industrial do Rio de Janeiro.
O Rio Grande do Sul e o Paraná também registraram taxas negativas de
crescimento industrial em 2006: -1,98% e -1,59%, respectivamente. No primeiro Estado,
a crise do agronegócio ainda se refletiu sobre o segmento de máquinas e equipamentos,
cuja produção foi 16,28% inferior à de 2005. Adicionalmente, o complexo coureiro-
calçadista, expoente da economia gaúcha, acusou recuo de 8,91% no volume
manufaturado. No segundo Estado, a produção de veículos automotores sofreu redução
de 20,48%. A economia catarinense, ao contrário dos estados vizinhos, registrou taxa
positiva, mas inferior à fluminense. O fraco desempenho teve a influência contracionista
dos setores madeireiro e de vestuário.
Os resultados da indústria do Rio de Janeiro, em 2006, foram inferiores aos dos
outros três estados da região Sudeste, em particular o Espírito Santo, que cresceu
7,61%. Assim como a fluminense, a economia capixaba tem na atividade extrativa o seu
principal vetor de crescimento. A diferença é que, enquanto no Rio de Janeiro a
atividade é formada quase que exclusivamente por petróleo e gás natural, no Espírito
Santo o foco é o minério de ferro. A indústria paulista, a mais diversificada do país,
cresceu 3,19%, resultado de expansões em 17 das 20 atividades pesquisadas. Em
termos de contribuição ao resultado final, cabe destacar a produção de máquinas para
escritório e equipamentos de informática, com aumento de 48,54%, em relação a 2005.
Em Minas Gerais, a taxa de 4,53% refletiu os aumentos de 8,81% na atividade extrativa
e de 10,56% na produção de veículos automotores.
O Rio de Janeiro também não acompanhou os três estados da região Nordeste
integrantes da pesquisa. Bahia, com crescimento de 3,18%, Pernambuco, com 4,84%, e
Ceará, 8,24%, tiraram proveito, respectivamente, do avanço da produção de celulose,
açúcar e têxteis, os dois primeiros alavancados pelas exportações. Por fim, o estado
que melhor desempenho demonstrou em 2006 e que, por isso, mais se distanciou do
Rio de Janeiro, superando-o em 12,32 pontos percentuais, foi o Pará. A integração das
atividades extrativas, onde se destacam tanto os minérios de ferro quanto os de metais
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não ferrosos, com a metalurgia do alumínio garantiu 12,25 pontos percentuais dos
14,23% de crescimento assinalados pela indústria paraense.
Indústria Extrativa
Em 2006, a indústria extrativa fluminense, que praticamente se confunde com a
extração de petróleo e gás natural, registrou expansão de 5,03%. A taxa é quase dez
pontos percentuais inferior à de 2005, de 14,99%, indicando forte desaceleração. No
primeiro trimestre do ano, a produção ainda conservou o dinamismo de 2005, crescendo
17,54%. Nos trimestres seguintes, por força de paralisações nem sempre previstas, a taxa
reduziu-se drasticamente, ensaiando, de forma tímida, um princípio de recuperação
durante os meses finais do ano. O gráfico a seguir compara a evolução da indústria
extrativa no Rio de Janeiro e no país com um todo. Mesmo levando em conta a influência
que o Estado exerce sobre a média nacional, fator que justifica a semelhança entre as
duas seqüências, a mineração teve desempenho superior à extração de petróleo, como
atestam os resultados já mencionados de Minas Gerais, Espírito Santo e Pará. Esta
segunda componente da atividade extrativa, mineração, explica porque as taxas nacionais
foram superiores às estaduais.
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%
20
17,54
16 BR RJ
13,20
12
8 7,13
5,69
4,12
4 3,51
1,45
0
-0,55
-4
I TRIM 2006 II TRIM 2006 III TRIM 2006 IV TRIM 2006
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em relação a igual trimestre do ano anterior
Indústria de Transformação
A indústria de transformação do Estado do Rio de Janeiro registrou crescimento de
1,18% em 2006. A taxa superou a referente a 2005, de -0,62%. Como já ressaltado,
entretanto, a trajetória ao longo dos trimestres foi de desaceleração, começando com
2,30%, no primeiro trimestre, e terminando com -0,71%, no quarto. O gráfico a seguir
compara as trajetórias fluminense e nacional da indústria de transformação em 2006.
Esta, ao contrário da primeira, reagiu no segundo semestre.
%
5
4,13
4 BR RJ
2,98
3 2,62
2,26
2,30
2
0,97
1
0,69
-1 -0,71
I TRIM 2006 II TRIM 2006 III TRIM 2006 IV TRIM 2006
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em relação a igual trimestre do ano anterior
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Dos cinco setores que se expandiram no Rio de Janeiro, responsáveis por pouco
mais de metade do valor produzido pela indústria de transformação fluminense, quatro
apresentaram taxas superiores a 5%. Destes, o que registrou a maior contribuição
individual, bem como a maior taxa de crescimento, foi a indústria de alimentos. O
percentual de expansão deste setor no Rio de Janeiro, de 11,04%, superou por larga
margem a média nacional, de 1,81%. Apesar do crescimento expressivo, a proporção
ocupada pelo setor de alimentos fluminense na indústria do Estado é a mais baixa entre
as 13 unidades da federação incluídas na pesquisa. No país, houve desempenhos ainda
mais destacados que o da indústria de alimentos fluminense. No Pará, o setor cresceu
18,04% e no Espírito Santo, 12,53%. Em compensação, em Santa Catarina, onde o setor
de alimentos é líder em participação na estrutura industrial, o resultado foi de -8,04%,
reflexo das dificuldades enfrentadas pela avicultura e suinocultura em suas respectivas
operações de exportação.
Dos demais quatro setores com taxas positivas de crescimento no Rio de Janeiro,
três obtiveram aumentos mais expressivos do que as respectivas médias nacionais. Por
ordem de contribuição ao resultado final aparecem: edição, impressão e reprodução de
gravações, com crescimento de 10,17%, no Estado, ante 1,73% na média nacional;
farmacêutica, com 5,10% contra 4,39% no país, e outros produtos químicos, com 1,99%
contra -0,90%. Destas três, farmacêutica é aquela em que o Rio de Janeiro ocupa a
posição de maior relevo no contexto nacional, atrás apenas das unidades sediadas em
São Paulo que, em 2006, registraram crescimento de 3,14%. Destacou-se ainda no Rio
de Janeiro a indústria de bebidas, que cresceu 5,10%, desempenho, todavia, superado
pela média nacional, que registrou aumento de 7,08%.
Outros três setores, que somados representam pouco mais de um terço da
indústria de transformação fluminense, apresentaram decréscimos em seus respectivos
volumes de produção em 2006, ao mesmo tempo em que no plano nacional tais
segmentos obtiveram resultados positivos. A queda que provocou a maior repercussão
negativa sobre o resultado global da indústria foi a do setor de metalurgia básica. Este
segmento, que compreende um leque amplo de produtos siderúrgicos, especialmente
bobinas de aço e folhas de flandres, registrou variação de -4,62% no volume produzido
em 2006. A média nacional foi de 2,84%. O gráfico a seguir compara o desempenho da
metalurgia básica fluminense com os de outros cinco estados onde a atividade está
instalada de forma representativa. Em todos, as taxas de crescimento superaram a do Rio
de Janeiro, embora a comparação com Pará e Bahia seja menos pertinente pois nesses
estados a atividade está voltada à metalurgia dos não ferrosos. A queda na produção
fluminense pode ser em parte atribuída à paralisação de um alto forno da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), já reparado.
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%
25 22,92
20
15
9,69 8,04
10
4,29
5 2,84 2,71
0
-5
-4,62
-10
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em 2006, em relação a 2005
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Comércio Varejista
O comércio varejista, um dos destaques da economia brasileira, em 2006, registrou
crescimento no volume de vendas de 6,08%, no Estado do Rio de Janeiro. A taxa é
praticamente a mesma observada no conjunto do país, de 6,16%. No conceito de
comércio varejista ampliado, que engloba outras duas atividades - veículos, motos, partes
e peças e material para construção - o volume de vendas expandiu-se 5,98%, no Estado,
e 6,45%, no país.
Na comparação com as outras unidades da federação, a taxa de crescimento do
volume de vendas do comércio varejista do Rio de Janeiro ocupou a 17ª colocação,
avançando cinco posições em relação a 2005. Na região Sudeste, o Rio de Janeiro
superou São Paulo, por pouco mais de 0,30 ponto percentual, mas ficou atrás de Minas
Gerais e Espírito Santo, ambos com taxas acima de 10%.
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Agropecuária
A atividade agropecuária responde por 0,6% do PIB fluminense, a mais baixa
contribuição à economia local entre todos os estados brasileiros. A fração agropecuária
fluminense só é maior do que a do Distrito Federal. Para estimar o desempenho do setor
na economia estadual, foram selecionadas seis culturas, com valores de produção que se
destacam em relação às demais. O valor da produção, levantado pelo IBGE em sua
Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), referente a 2004, última informação disponível, é
usado como peso para se obter um indicador consolidado da atividade agrícola
fluminense. O desempenho de cada lavoura em 2006 é obtido da pesquisa Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola, também do IBGE.
A lavoura canavieira, principal atividade agrícola desenvolvida no Estado, ao contrário
do que se verificou nos principais pólos produtores, sofreu uma retração de 9,72% no volume
colhido. Das outras cinco lavouras selecionadas para representar a atividade agropecuária
fluminense, quatro apresentaram pequenas oscilações, para mais ou para menos, com
impactos praticamente desprezíveis sobre o resultado do indicador. O quinto produto,
mandioca, registrou queda de produção de 11,63%. Consideradas as taxas de crescimento e o
peso relativo destas seis lavouras, chega-se a um resultado consolidado de –4,64%, que será
usado para fins de estimativa do PIB fluminense de 2006.
Indústria
A atividade industrial, no contexto do cálculo do PIB fluminense, desdobra-se em
duas: extrativa e de transformação. As duas serão representadas pelos respectivos
indicadores de produção física, levantados pelo IBGE em sua Pesquisa Industrial
Regional, comentada anteriormente. Em 2006, as taxas de variação relativas aos dois
setores no Estado do Rio de Janeiro foram: 5,03% e 1,18%.
Comércio
A atividade comercial inclui varejo e atacado. Para efeito desta estimativa, dada a
inexistência de informações regionalizadas acerca da parcela atacadista, usa-se apenas o
indicador de volume de vendas do comércio varejista, cuja taxa de crescimento em 2006,
no Rio de Janeiro, foi de 6,08%.
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Construção
Em 2006, o valor adicionado pelo setor da construção registrou aumento real,
isto é, sem a influência dos preços, de 4,6%, considerando-se o país como um todo.
O resultado representou importante recuperação, após crescimento de apenas 1,2%,
em 2005. Um dos fatores que explicam a melhora de desempenho do setor é a
ampliação das operações de crédito habitacional, de 22,6%, nos 12 meses
encerrados em dezembro de 2006, impulsionadas por aumento na renda das famílias
e redução nas taxas de juros. Uma conseqüência do maior dinamismo da atividade
foi a elevação do nível de emprego. Segundo o CAGED, do Ministério do Trabalho, o
emprego formal na construção cresceu em 2006, em todo o território nacional, o
equivalente a 7,84%. No Rio de Janeiro, o emprego formal elevou-se 13,56%. Outra
indicação da boa fase que a construção atravessa é o consumo de cimento. Segundo
dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), o consumo do produto
no Estado foi de 3.594.172 toneladas, com aumento de 12,02%, em relação a 2005.
No plano nacional, verificou-se alta de 8,28%.
Para efeito de cálculo do PIB do Rio de Janeiro, será usado como indicador de
crescimento do valor adicionado da construção a taxa de variação atribuída ao setor
no PIB brasileiro, multiplicada pela razão entre as taxas de crescimento do emprego
formal no Rio de Janeiro e no Brasil. Este procedimento pressupõe que a
produtividade do trabalho seja a mesma, no Estado e no país, hipótese que se
justifica pela disseminação de práticas semelhantes nas diversas regiões geográficas
e amplo emprego de mão-de-obra pouco qualificada. Em termos numéricos, admite-
se que cada ponto percentual de variação na mão-de-obra empregada leva à mesma
variação do valor adicionado da construção no Rio de Janeiro e no Brasil. Vale dizer,
a taxa estimada de crescimento da atividade no estado será de 8,33%.
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Comunicações
No cálculo do PIB, o setor de comunicações é tradicionalmente representado pelo
número de pulsos telefônicos. Na ausência desta informação, optou-se por replicar para o Rio
de Janeiro, a taxa de crescimento observada para o país, de 2,3%, segundo dados do IBGE.
Transportes
O indicador usado para se estimar o desempenho regional deste setor é o
consumo de óleo diesel, uma vez que grande parte dos meios de transporte se utiliza
deste combustível. Em 2006, segundo dados da ANP, as vendas de óleo diesel no Rio de
Janeiro decresceram 6,85%, retrocedendo a níveis próximos aos de 2000. No plano
nacional, também se verificou queda nas vendas, de 6,21%.
Serviços
O setor de serviços, na presente estimativa, compreende a intermediação
financeira, as atividades imobiliárias e outros serviços, tais como alojamento e
alimentação. O desempenho regional do setor é avaliado por meio da evolução do nível
de emprego, combinado a um indicador de produtividade do trabalho. Em 2006, o nível de
emprego formal no setor de serviços no Estado do Rio de Janeiro, segundo dados do
CAGED do Ministério do Trabalho, elevou-se 3,93%, taxa um pouco inferior à do setor em
termos nacionais, de 4,84%. Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento do setor de
serviços, no contexto do PIB brasileiro, segundo o IBGE, foi de 4,25%.
Combinando-se os percentuais de crescimento do valor adicionado e do emprego,
obtém-se um coeficiente indicativo da evolução da produtividade do trabalho no setor. De
acordo com este coeficiente, estimado com base nos parâmetros nacionais, cada ponto
percentual de aumento no nível de emprego formal está associado a 0,88 ponto
percentual de acréscimo da produção do setor de serviços. Considerando que o nível de
produtividade do trabalho no setor de serviços é o mesmo no Estado e no país, como a
taxa de crescimento do emprego neste segmento, no Rio de Janeiro, em 2006, foi de
3,93%, obtém-se como indicador do avanço do valor adicionado setorial a taxa de 3,35%.
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Administração Pública
Por convenção metodológica adotada pelo IBGE no cálculo das Contas Nacionais,
as taxas de variação do conjunto de atividades exercidas pelas administrações públicas,
antes estimadas pelo crescimento populacional, são agora avaliadas pelo nível de
emprego. Dessa forma, usando dados do Ministério do Trabalho (CAGED) de 2006,
considerou-se para este setor, que representa aproximadamente 17,1% do PIB regional,
um crescimento de 3,36% no Rio de Janeiro.
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A taxa de crescimento de 2006 foi quase três pontos percentuais inferior à de 2005,
estimada em 6,42%28. A principal justificativa desta desaceleração foi o recuo da taxa de
crescimento da indústria extrativa, de 14,98%, em 2005, para 5,03%, em 2006. Outro
setor que contribuiu para a menor expansão foi a administração pública, cuja taxa de
crescimento baixou de 7,50% para 3,36%. Estes recuos foram em parte compensados por
acelerações nas atividades de construção, comércio e serviços. O gráfico a seguir
compara as taxas de crescimento setoriais, em 2005 e 2006.
3,35
Serv iços
2,00
-6,85
Transportes
2,30
2,30
Comunicações
4,30
6,08
Comércio
4,13
2,83
SIUP
9,52
8,33
Construção
1,59
1,17
Indústria de Transformação
-0,62
5,03
Indústria Extrativ a
14,98
-4,64
Agropecuária
-3,42
3,59
PIB
6,42
-10 -5 0 5 10 15 20
2005 2006
Os cálculos feitos para os anos de 2005 e 2006 podem ser encadeados aos dados
divulgados pelo IBGE, referentes ao período que vai de 2001 a 2004, combinando-se as
taxas de crescimento físico a deflatores setoriais do PIB nacional, ponderados de acordo
com a estrutura da economia fluminense. Através deste encadeamento chega-se ao valor
estimado para o PIB do Estado de Rio de Janeiro, em 2006: R$ 292.737 milhões.
28 - A taxa de 2005 foi recalculada com base nas ponderações de 2004, sendo atualizada em relação à estimativa feita no início de 2006, com pesos de
2003. Houve ainda revisões nas taxas de crescimento das atividades serviços industriais de utilidade pública e administrações públicas, objeto do
Relatório de Parecer Prévio das Contas de Governo de 2005.
97
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
R$
DF 19.071
RJ 14.639
SP 13.725
RS 13.320
AM 11.434
ES 10.289
BR 9.729
MG 8.771
Petróleo e Derivados
A produção de petróleo no Estado do Rio de Janeiro, em 2006, apresentou
crescimento de 5,6%, em relação ao ano de 2005, aumento similar ao apresentado pelos
demais estados. Com isto, a participação fluminense sobre o total de petróleo extraído no
país manteve-se em 84,2%. O desempenho ao longo de 2006 foi irregular, com taxas
entre 16,1%, no primeiro trimestre, e 0,1%, no segundo. O ano terminou com a produção
em rota de normalização, ainda que a uma taxa modesta, de 4,7%, no terceiro trimestre.
98
TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
600
RJ BR
550
500
450
400
350
300
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: ANP
99
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
100
TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Nos serviços industriais de utilidade pública, a capital é 3,5 vezes maior que Piraí,
seguida por Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias e Carmo. No total, o
produto deste setor somou R$10,6 bilhões.
Nos transportes, cujo produto somou R$10,8 bilhões, após a capital seguem
Macaé, Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu, Volta Redonda, São Gonçalo e Itaguaí.
As comunicações apresentam destaque na capital, 12 vezes maior que Niterói,
seguido por Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Macaé, Petrópolis, Campos e São João de
Meriti. Seu produto alcançou R$9,3 bilhões em 2005.
Mais de oitenta por cento das instituições financeiras concentram sua produção na
capital, seguida por Niterói, Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu,
Volta Redonda, São Gonçalo, Macaé, Petrópolis e Nova Friburgo. Este setor somou um
produto de R$5,2 bilhões.
Quanto à Administração Pública, o setor somou R$16,0 bilhões. Após a capital, têm
maior produção São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, seguidos de Belford
Roxo, Niterói, São João de Meriti e Campos dos Goytacazes.
Os aluguéis totalizaram R$20,2 bilhões, tendo a capital um produto oito vezes mais
que os três seguintes, todos acima de R$1 bilhão: São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova
Iguaçu. Seguem Belford Roxo, Niterói, São João de Meriti e Campos dos Goytacazes.
Em outros serviços, a capital é 18 vezes mais forte que cada um dos três
seguintes, com produto equivalente, casos de Macaé, Niterói e Duque de Caxias. Seguem
Petrópolis, Volta Redonda, Itaguaí e Nova Iguaçu. O setor totalizou R$52,6 bilhões.
Para uma melhor visualização da participação das regiões na economia estadual,
depuramos no gráfico a seguir as participações da capital e da Bacia de Campos,
reduzindo-se o PIB para aquilo que foi produzido apenas nos demais municípios, ou seja,
36,6% dos R$263,8 bilhões apurados pela Fundação CIDE.
Região Metropolitana
sem a capital
47%
Região do Médio Paraíba
24%
Região Centro-Sul
Fluminense
Região da Costa Verde 2%
3%
101
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Dos 22 municípios com PIB a preços básicos acima de R$ 1 bilhão em 2005, nove
pertencem à Região Metropolitana (pela ordem: capital, Duque de Caxias, Niterói, São
Gonçalo, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Mesquita e Magé); dois à
Região Norte (Macaé e Campos); três representam a Região Serrana (Petrópolis, Nova
Friburgo e Teresópolis); a Região das Baixadas Litorâneas é representada por Cabo Frio;
a Região do Médio Paraíba traz cinco municípios (Volta Redonda, Porto Real, Resende,
Barra Mansa e Piraí); e a Região da Costa Verde apresenta Angra dos Reis e Itaguaí.
Naquele mesmo ano, dez municípios tiveram PIB entre R$ 500 milhões e R$ 1
bilhão, sendo três da Região Metropolitana (Itaboraí, Nilópolis e Queimados); Itaperuna
representa a Região Noroeste; Rio Bonito, Araruama e Maricá, a Região das Baixadas
Litorâneas; Barra do Piraí e Itatiaia, o Médio Paraíba; e Três Rios, a Região Centro-Sul
Fluminense.
Entre R$ 200 e R$ 500 milhões de PIB, encontravam-se 18 municípios:
Seropédica, Japeri, Paracambi e Guapimirim da Região Metropolitana; Santo Antônio de
Pádua e Bom Jesus do Itabapoana da Região Noroeste; Cantagalo e Carmo da Região
Serrana; Rio das Ostras, Cachoeiras de Macacu, São Pedro da Aldeia, Saquarema,
Armação dos Búzios e Casimiro de Abreu da Região das Baixadas Litorâneas; Valença
do Médio Paraíba; Paraíba do Sul da Região Centro-Sul; Mangaratiba e Paraty da Região
da Costa Verde.
Entre R$ 100 e R$ 200 milhões, havia 18 municípios; entre R$ 50 e R$ 100
milhões, 17; e sete produziram menos de R$ 50 milhões.
No gráfico que segue, pode-se verificar os desempenhos dos municípios da região
de Tanguá, entre 2000 e 2005.
264 552
Paracambi
4 565 692
Nova Iguaçu
6 250 647
Niterói
965 961
Nilópolis
1 143 135
Mesquita
1 091 646
Magé
310 136
Japeri
991 823
Itaboraí
249 563
Guapimirim
18 080 397
Duque de Caxias
3 332 297
Belford Roxo
2 000 000 4 000 000 6 000 000 8 000 000 10 000 000 12 000 000 14 000 000 16 000 000 18 000 000 20 000 000
102
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Outros serviços
Aluguéis 6,4%
Agropecuária
32,6% 5,1%
Ind.extrativa
4,1%
Ind.transformação
2,2%
Construção civil
9,7%
SIUP
7,4%
Adm.pública
25,9% Transportes
Comunicações 0,3%
Inst.financeiras 2,9%
0,5%
SIUP
Construção civil
Comércio
Ind.transformação
Ind.extrativa
Agropecuária
30 - Em 2000, o setor Transportes engloba Comunicações. Dados setoriais sem imputação de intermediação financeira.
103
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Outros serviços
Aluguéis
Adm.pública
Inst.financeiras
Comunicações
Transportes
Para concluir o presente capítulo, a tabela a seguir apresenta a produção por setor
econômico em Tanguá no ano 2005 e sua posição frente aos demais 91 municípios do
Estado nos últimos seis anos.
104
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
V - INDICADORES FINANCEIROS 31
Mil reais
Evolução da receita realizada
40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Receitas de Capital - - - 5 12 3.473
Receitas Correntes 14.325 15.048 16.387 19.906 23.028 30.211
Receita Total 14.325 15.048 16.387 19.911 23.040 33.684
Mil reais
Evolução da despesa realizada
40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Despesas de Capital 1.816 2.375 1.363 2.473 1.162 9.112
Despesas Correntes 12.937 13.350 14.608 17.413 21.276 24.513
Despesa total 14.752 15.725 15.971 19.886 22.437 33.625
31 - Fontes: Prestações de Contas 2001 a 2005 – dados revisados em relação à edição anterior – 2006 - Ofício CGM nº066/2007; Anuários CIDE 2001 a
2006; Fundação CIDE: ICMS arrecadado; IBGE: projeção de população 2001 a 2006.
105
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
A receita realizada aumentou 135%, enquanto que a despesa cresceu 128% entre
2001 e 2006.
Com relação à composição das receitas correntes, os gráficos a seguir apresentam
sua evolução no período de seis anos em análise:
2001 2002
Royalties Receita de Receita de
Receita Serviços Receita Royalties Serviços
0,0% Outras receitas Receita Tributária
Receita Tributária Patrimonial 0,0% Patrimonial 1,4% 0,0%
4,2%
correntes 1,9%
3,6% 0,3% Outras receitas
2,5%
correntes
5,5%
Transferências
Correntes da
Transferências
Transferências União
Correntes do
Correntes do 35,1%
Estado
Estado 51,9% Transferências
58,4% Correntes da
União
35,0%
2003 2004
Receita de
Receita Patrimonial
Receita Royalties Serviços Receita Tributária 0,9% Royalties
Receita Tributária 0,0%
Patrimonial 4,7% 5,0% 16,0% Receita de
4,8%
0,8% Outras receitas contribuição
correntes 0,0%
5,9%
Receita de
Transferências Transferências Serviços
Correntes do 0,0%
Correntes do
Estado Estado
Transferências 52,2%
51,0% Outras receitas
Correntes da
União correntes
Transferências
3,3%
32,8% Correntes da União
22,5%
2005 2006
106
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
1.600
1.400
1.200
1.000
800
600
400
200
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
107
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
FPM 3.254 3.395 3.539 3.875 4.823 5.314
IRRF 180 85 159 235 162 252
ITR 3 7 5 5 5 5
ICMS Exportação 121 111 89 91 105 51
Outras 1.468 1.676 1.589 275 978 5.104
Total 5.027 5.273 5.381 4.481 6.073 10.725
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
32 - A partir de 2002, a receita de Imposto de Renda retido na fonte – IRRF, passou a ser contabilizada como receita tributária do município. Para
preservar a série, no entanto, o IRRF segue alocado como Transferência Corrente da União.
108
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Os indicadores a seguir são úteis para melhor interpretação das finanças públicas
da administração direta municipal.
1,20
1,026 1,001 1,026 1,001
0,971 0,956
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
109
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Indicador do comprometimento da
receita corrente com a máquina administrativa
0,95 0,92
0,89 0,89
0,90 0,87
0,85
0,81
0,80
0,80
0,75
0,70
2001 2002 2003 2004 2005 2006
110
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
0,070 0,066
0,057
0,060 0,054 0,053
0,045 0,047
0,050
0,040
0,030
0,020
0,010
0,000
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Houve aumento da autonomia municipal, uma vez que a Receita Tributária cresceu
214% no período, contra 114% de aumento das despesas de custeio.
Conclui-se que houve capacitação do ente em manter as atividades e serviços
próprios da administração com recursos oriundos de sua competência tributária, o que
não o torna menos dependente de transferências de recursos financeiros dos demais
entes governamentais.
Este indicador tem como objetivo comparar o esforço tributário próprio que o
município realiza no sentido de arrecadar os seus próprios tributos, em relação às receitas
arrecadadas.
Os recursos financeiros gerados em decorrência da atividade tributária própria do
município correspondem a 6,2% da receita total, enquanto, nos anos anteriores, sua
performance está demonstrada no gráfico a seguir.
111
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
0,20 0,172
0,18
0,189
0,16
0,14
0,12 0,097
0,093
0,10
0,062
0,08
0,050
0,06
0,04
0,02
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Houve redução de 67% neste indicador nos últimos seis anos, por conta, também,
dos menores volumes inscritos na dívida ativa.
Não resta dúvida que a maior parte da capacidade de investimento do Município
está atrelada ao comportamento da arrecadação de outros governos, Federal e Estadual,
em função das transferências de recursos.
Há de se ressaltar, também, dentro de nossa análise, quanto aos valores que vêm
sendo inscritos em dívida ativa, se comparados com o total da receita tributária
arrecadada nos respectivos exercícios 33. Dentro dos demonstrativos contábeis, não foi
possível segregar a dívida ativa em tributária e não tributária.
100%
80%
Participação no
60%
somatório de ambos os
componentes
40%
20%
112
TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
100
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Cobrança no exercício 190 326 425 242 324 397
Estoque anterior 1.656 3.659 4.108 5.720 5.478 6.251
Indicador da dependência de
transferências de recursos
Sem royalties Com royalties
0,80 0,94
0,87 0,84
0,75 0,72 0,76
0,60
0,40
0,20
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
113
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Total de transferências 13.396 13.090 13.732 14.873 16.540 25.547
correntes e de capital
Receita própria 929 1.958 2.655 5.037 6.500 8.137
(tributária e não)
Receita Própria / 7% 15% 19% 34% 39% 32%
Transferências
114
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Mil Reais
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Repasse do Estado 5.344 4.934 5.245 5.891 5.980 6.465
ICMS gerado no município 611 599 801 862 1.261 1.316
Este indicador reflete a carga tributária que cada habitante do município tem em
decorrência da sua contribuição em impostos, taxas e contribuições de melhoria para os
cofres municipais.
Verifica-se que, ao longo do exercício de 2006, cada habitante contribuiu para com
o fisco municipal em aproximadamente 67 reais. Nos exercícios anteriores, tais
contribuições estão expressas em valores correntes no gráfico a seguir, havendo aumento
de 150% no período.
115
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Reais
80,00
66,87
70,00
60,00
49,55
50,00 43,75 42,95
40,00 35,17
26,74
30,00
20,00
10,00
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Este indicador objetiva demonstrar, em tese, o “quantum” com que cada cidadão
arcaria para manter a operacionalização dos órgãos públicos municipais.
Caberia a cada cidadão, caso o Município não dispusesse de outra fonte de geração de
recursos contribuir com 815 reais em 2006. Nos exercícios anteriores, os valores estão
expressos no próximo gráfico, havendo um aumento de 88% no período de 2001 a 2006.
Reais
900,00 814,47
800,00 721,67
700,00 603,33
600,00 526,59
490,68
500,00 433,69
400,00
300,00
200,00
100,00
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
116
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
28,15 35,96
50,00
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
117
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
30%
26,26%
25%
20%
0%
2001 2002 2003 2004 2005 2006
118
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
1,40 1,24
1,20
0,95
1,00 0,83
0,69
0,80 0,62
0,60
0,40
0,14
0,20
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
119
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
120
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
34 - Rateados entre todos, na razão direta da população de cada um, assegurando-se ao município que concentrasse as instalações industriais para
processamento, tratamento, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural 1/3 (um terço) da cota desse item.
35 - Rateados entre eles, na razão direta da população dos distritos cortados por dutos.
36 - Rateados entre eles, na razão direta da população de cada um, excluídos os municípios integrantes da Zona de Produção Secundária.
121
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
37 - A lei prevê que esta alíquota poderá ser reduzida pela ANP até um limite de 5%, tendo em conta os riscos geológicos, as expectativas de produção e
outros fatores.
122
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
123
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
124
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Em 2003, quando Angra dos Reis, Duque de Caxias, Rio de Janeiro e Niterói
passaram a integrar a ZPP, os municípios em seu entorno se habilitaram para a ZL,
beneficiando Belford Roxo, Itaboraí, Itaguaí, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu,
Paracambi, Paraty, Queimados, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá.
Em 2006, habilitaram-se para ZPS os municípios de Nova Iguaçu, Miguel Pereira,
Paty do Alferes, Vassouras e Rio das Flores, em virtude do gasoduto que segue para
Minas Gerais. Também começaram a receber liminarmente como ZPS os municípios de
Japeri, Piraí, Volta Redonda e Barra Mansa, decorrente do gasoduto que segue para São
Paulo. Em decorrência, os municípios em seu entorno passaram a receber como ZL em
2007: Barra do Piraí, Itatiaia, Mendes, Pinheiral, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro e
Valença.
O mapa a seguir é ilustrativo do quadro de mudanças ocorrido:
125
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
TANGUÁ
Apenas 17 municípios (quatro da ZPP original, três da ZPP mais recente, outros
quatro da ZPS inicial e seis da ZL) tiveram aumento superior à média de 266,2% entre
2001 e 2006 e uma análise mais pormenorizada deve ser feita à luz dos componentes de
cada um dos elementos dessas rubricas de royalties 38.
Constam desses 17 os municípios de Japeri, Piraí, Volta Redonda e Barra Mansa,
que seguem recebendo como ZL e, também, liminarmente, como ZPS. Tal distorção está
causando perdas nos royalties até 5% de todos os demais municípios. Ao invés de 60%
para a ZPP, estão sendo pagos somente 59,40%; de 10% previstos para ZPS, apenas
9,44%; de 30% para ZL, não mais que 28,31%.
Também inclusos nos mesmos 17 entes estão o primeiro colocado, Niterói, que
teve aumento de participações governamentais da ordem de 46.361% em seis anos; Rio
de Janeiro, 6.437%; e Angra dos Reis, 666%. Duque de Caxias foi o município mais
prejudicado no período, com uma evolução de apenas 56% entre 2001 e 2006.
A entrada para ZPP dos municípios de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Niterói e
Rio de Janeiro no ano 2003 fez com que o grupo inicial contemplado pela Bacia de
Campos repassasse pouco mais de 27% dos royalties até 5% para os novos
participantes, bem como que Macaé perdesse 2/3 de sua participação como provedora de
instalações para Angra e a capital. Dos royalties acima de 5%, há 11% deste valor
destinados a municípios afetados por instalações e Macaé cedeu 25% do que recebia
principalmente para Angra dos Reis. Dos 4% desta rubrica destinados a municípios
afetados por zona de influência, os maiores beneficiados foram Mangaratiba e Paraty. O
primeiro teve aumento de 1.355% em participações governamentais e o segundo, que
somente passou a ter alguma compensação em 2003, apresentou crescimento de 348%
em apenas três anos. Os 85% restantes da parcela acima de 5% destinados aos
municípios confrontantes em nada se alterou.
O ingresso em 2006 de novos participantes da ZPS fez com que os integrantes
iniciais da mesma ficassem com 47,4% da cota de 10% dos royalties até 5%. Os novos
integrantes, que nada recebiam até 2006, já participam com mais da metade desse
quinhão. Nada impede que mais um ou outro município ainda venha a se habilitar como
ZPS no futuro.
Os integrantes pioneiros da ZL tiveram que partilhar, no período, com novos
participantes do grupo, que já soma um total de 65 municípios em 2007. Para se ter uma
idéia do tamanho dessa nova divisão, seu incremento de receita ficou pouco acima dos
100%, contra 266% da média no período 2001-2006. Como o rateio considera a
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Municípios %
Aperibé, Laje do Muriaé, Macuco, São José de Ubá, São Sebastião do Alto e Varre-Sai 1,06
Duas Barras, Santa Maria Madalena, Trajano de Morais e Quatis 1,11
Cardoso Moreira, Italva, Engenheiro Paulo de Frontin e Porto Real 1,17
Cambuci, Carmo, Iguaba Grande, Natividade, Porciúncula e Sumidouro 1,22
Mendes e Rio Claro 1,27
Cantagalo, Conceição de Macabu, Cordeiro, Pinheiral e São José do Vale do Rio Preto 1,32
Arraial do Cabo, Bom Jardim, Itaocara e Piraí 1,38
Mangaratiba, Miracema, Tanguá e Itatiaia 1,43
Paraty 1,48
Bom Jesus do Itabapoana 1,54
Santo Antônio de Pádua e São Fidélis 1,59
Paracambi e São Francisco de Itabapoana 1,64
Rio Bonito e Saquarema 1,69
São Pedro da Aldeia 1,75
Seropédica e Valença 1,80
Maricá 1,85
Araruama, Itaperuna, Japeri, Itaguaí e Barra do Piraí 1,91
Resende 1,96
Queimados 2,01
Teresópolis 2,07
Barra Mansa, Belford Roxo, Itaboraí, Mesquita, Nilópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, São
2,12
Gonçalo, São João de Meriti e Volta Redonda
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Além de finitos, por serem decorrentes de atividade extrativa não renovável, esses
recursos são instáveis. Contar com os mesmos para custeio continuado é uma
temeridade. O foco deve ser no investimento para promoção do desenvolvimento
sustentável e em custeio flexível para aprimoramento da gestão pública.
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O Passo a Passo da Agenda 21 Local pode ser acessado via internet no sítio do
Ministério do Meio Ambiente.
O trabalho de construção de indicadores de desenvolvimento sustentável, realizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2004), é inspirado no
movimento internacional liderado pela Comissão para o Desenvolvimento Sustentável
(CSD em inglês) das Nações Unidas, que os organiza nas dimensões ambiental, social,
econômica e institucional preconizados pela RIO-92:
A dimensão ambiental diz respeito ao uso dos recursos naturais e à degradação
ambiental, e está relacionada aos objetivos de preservação e conservação do meio
ambiente. Os indicadores adotados pelo IBGE abrangem:
• atmosfera – consumo industrial de substâncias destruidoras da camada de
ozônio e concentração de poluentes no ar em áreas urbanas;
• terra – uso de fertilizantes, uso de agrotóxicos, terras em uso agrossilvipastoril,
queimadas e incêndios florestais, desflorestamento na Amazônia Legal, área
remanescente e desflorestamento na Mata Atlântica e nas formações vegetais litorâneas,
desertificação e arenização;
• água doce – qualidade de águas interiores;
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Eqüidade
• Classe, gênero, cor e raça: índice de Gini da distribuição do rendimento, taxa de
desocupação, rendimento familiar per capita, rendimento médio mensal, taxa de
escolarização, taxa de alfabetização.
• Necessidades básicas: acesso a serviço de coleta de lixo doméstico, acesso a
sistema de abastecimento de água, acesso a esgotamento sanitário, prevalência de
desnutrição total, oferta de serviços básicos de saúde, adequação de moradia.
Eficiência
• Econômica: destinação final do lixo, tratamento de esgoto, produto interno bruto
per capita, consumo de energia per capita, intensidade energética, consumo mineral per
capita, rejeitos radioativos: geração e armazenamento.
• Social: esperança de vida ao nascer, taxa de mortalidade infantil, doenças
relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, coeficientes de mortalidade por
homicídios e por acidentes de transporte.
Adaptabilidade
• Atividade: taxa de investimento, balança comercial, participação de fontes
renováveis na oferta de energia, reciclagem, coleta seletiva de lixo.
• Capacidade: escolaridade, existência de conselhos municipais, gastos com
pesquisa e desenvolvimento, gasto público com proteção ao meio ambiente, acesso a
serviços de telefonia e à internet.
Atenção a gerações futuras
• Legado ambiental: consumo industrial de substâncias destruidoras da camada
de ozônio e concentração de poluentes no ar em áreas urbanas, uso de fertilizantes, uso
de agrotóxicos, terras em uso agrossilvipastoril, queimadas e incêndios florestais,
desflorestamento na Amazônia Legal, área remanescente e desflorestamento na Mata
Atlântica e nas formações vegetais litorâneas, desertificação e arenização, qualidade de
águas interiores, balneabilidade, produção de pescado marítima e continental, população
residente em áreas costeiras, espécies extintas e ameaçadas de extinção, áreas
protegidas, tráfico, criação e comércio de animais silvestres, espécies invasoras.
• Legado socioeconômico: taxa de crescimento da população, população e terras
indígenas, imunização contra doenças infantis, taxa de uso de métodos contraceptivos,
grau de endividamento, vida útil das reservas minerais, ratificação de acordos globais.
O conceito de desenvolvimento auto-sustentado é constantemente atrelado ao de
desenvolvimento endógeno ou local, entendido como processo endógeno de mobilização
das energias sociais em espaços de pequena escala (municípios, localidades,
microrregiões) que implementam mudanças capazes de elevar as oportunidades sociais,
a viabilidade econômica e as condições de vida da população. Para que o
desenvolvimento sustentado se conecte ao local, a gestão pública deve ser
democratizada e descentralizada, buscando a participação dos atores sociais para a
construção de um processo de planejamento que possibilite atuar numa perspectiva de
longo prazo.
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O governo local deve estar preparado tanto política como tecnicamente para
processar e dar resposta às demandas e reivindicações que surgem do movimento social.
Esse é um grande desafio, pois os governos em geral, mesmo os democráticos, são
marcados pela centralização do poder e as decisões não são divididas com a sociedade,
que se mantém alheia, não exercendo sua cidadania.
Qualquer município pode estabelecer seu tripé estratégico para um salto efetivo de
qualidade na gestão pública e na vida de seus cidadãos. No bojo da questão da
sustentabilidade, inúmeros são os indicadores disponíveis, mas não todos, o que
demanda ênfase do gestor local a melhor conhecer dados e informações de sua
municipalidade para melhores tomadas de decisão.
A aplicação dos recursos de royalties não necessariamente está sendo realizada
para garantir a sustentabilidade e criar alternativas de desenvolvimento econômico para
além do petróleo. Como muitos não são obrigados a adotar as ferramentas de
planejamento do Plano Diretor e da Agenda 21, é bem provável que tais recursos
adicionais finitos, se mal aproveitados, venham a perenizar sua condição atual.
Pudemos apontar, ao longo deste estudo, que alguns indicadores sociais e
econômicos não têm apresentado melhoras significativas. Os indicadores financeiros
apontam para uma tendência de carrear as participações governamentais para custeio da
máquina administrativa municipal, em detrimento dos investimentos. A constatação de
que a maioria dos municípios tem privilegiado o custeio em detrimento dos investimentos
com recursos dos royalties enseja outra questão: a qualidade do custeio é fundamental
para a sustentabilidade das economias locais, seja na prestação de serviços de
educação, saúde e assistência social, seja na capacitação do funcionalismo público e da
própria população local para diversificação de atividades e atração de empresas com fins
à geração de trabalho e renda – principalmente para o jovem em busca de seu primeiro
emprego. Tais ações requerem maior transparência na prestação de contas à sociedade,
planejamento participativo e adoção de políticas públicas harmonizadas e consistentes.
Uma das referências para avaliação do esforço que o município efetua para o
desenvolvimento sustentável é o indicador de grau de investimento, que reflete a
participação dos investimentos na receita total.
Constata-se, outrossim, que a maioria dos municípios carecem de centralidade e
vantagem locacional, riqueza e potencial de consumo, facilidades para negócios, infra-
estrutura para grandes empreendimentos, dinamismo e cidadania.
Nas considerações finais do estudo sobre o IQM-2005, a Fundação CIDE aponta
que o crescimento da economia fluminense dissociado das práticas de planejamento
governamental cria espaços de concentração de capital, trabalho e população excluída
desse processo, que, na esperança de melhores meios de sobrevivência, desloca-se em
direção aos centros mais dinâmicos, gerando bolsões de pobreza. Até pouco tempo,
estes centros atraíam principalmente população do campo, em decorrência da pequena
participação do setor agrícola na economia do Estado. Atualmente, é cada vez maior o
contingente populacional que migra de um centro urbano para outro em busca de
melhores oportunidades. Sem o planejamento e o zoneamento necessários, estes centros
não conseguem absorver este contingente demográfico, deparando-se com carências na
oferta de emprego e moradias e outros benefícios sociais, como educação e saúde.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
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Por conseguinte, cada caso é um caso e tal processo deve ser avaliado
pormenorizadamente. Cada gestor precisa conhecer quem, como, quando e porque ali
está residindo um cidadão que não necessariamente tem título eleitoral local.
A administração pública, por sua vez, em muitos casos se apresenta
desproporcional quando comparados os rankings de cada município no PIB estadual com
sua posição em relação ao valor do setor econômico Administração Pública local frente às
demais economias fluminenses, o que demonstra inchaço na maioria de suas estruturas.
Para finalizar estas ponderações, deve ser salientado que o conjunto dos
municípios receberam, diretamente da ANP, um total da ordem de R$9,6 bilhões entre
2001 e 2006. Uma cifra desta monta é bem diferente do total médio de R$17 milhões
recebidos por município nos seis anos. Sem dúvida que a consorciação é uma solução
que traria oportunidades exponenciais.
Se os municípios trabalharem em projetos conjuntos com seus vizinhos diretos ou
pertencentes à mesma região, as cifras superam a centena de milhões de reais por ano.
Se fizerem suas reivindicações frente às demais esferas governamentais do Estado e da
União como um só bloco, ou em blocos unos, os benefícios permanentes e a perspectiva
de implantar-se um desenvolvimento sustentável se aproximam do factível, podem tornar-
se reais em curto prazo.
As demais esferas de governo deveriam adotar outras políticas públicas que se
façam necessárias com a maior urgência, até mesmo para contemporizar eventuais
divergências de caráter político-eleitoral.
Maior flexibilização e melhor adaptação no fornecimento de bens públicos
atribuídas ao gestor municipal não têm sido objeto de ações efetivas em prol do
desenvolvimento econômico. Em muitos municípios, os setores tradicionais não
conseguiram acompanhar as mudanças na organização e na infra-estrutura produtiva
verificadas em outros pontos do território fluminense e demandam que o Estado seja
indutor do desenvolvimento. Este é o papel maior a ser desempenhado pelos
administradores municipais.
O Estado pode formular e perseguir objetivos que não sejam apenas reflexos das
demandas de grupos de interesse para que predominem as transformações econômicas.
O mandatário do executivo e os legisladores detêm o poder de propor mudanças, seu
domínio é decorrente dos mandatos que receberam e é legítimo que façam com que
sejam incluídas na agenda pública as políticas públicas que se façam necessárias.
As principais políticas públicas a serem incluídas, todavia, são o planejamento
eficaz, uma burocracia de Estado moderna, disciplina fiscal e mecanismos de participação
do cidadão. Estes podem ocorrer não apenas no modelo de orçamento participativo todos
os anos, mas nas discussões para elaboração, pela ordem, da Agenda 21, do Plano
Diretor e do próximo PPA, já que o existente será substituído por outro somente em 2009.
Estes últimos se traduzem no planejamento eficaz.
Razoabilidade técnica, convergência de valores e antecipação de futuras limitações
fazem com que essas idéias possam prosperar. As mudanças socioeconômicas e,
principalmente, tecnológicas ocorridas nas últimas décadas terão que modificar o estilo de
gestão dessas organizações e suas culturas. A burocracia deve dar lugar à flexibilidade, à
gestão por diretrizes, ao compartilhamento da informação, à distribuição das atividades de
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VII - CONCLUSÃO
O município de Tanguá tem uma área total de 142,9 km2, correspondentes a 0,33%
do Estado do Rio de Janeiro. Entre 1994 e 2001, houve término de formações florestais,
contra aumento da vegetação secundária e de campo/pastagem, respectivamente para
38% e 49% do território municipal. A área urbana aumentou para 10% e a área agrícola
ficou estável em 4%. De acordo com estudos realizados para recomposição da
biodiversidade, seria necessário implantar corredores ecológicos em 4,7% do território
municipal.
A densidade demográfica de seus 30.097 habitantes em 2006 foi de 211 pessoas
por km2, a 29ª maior do Estado. De acordo com o Censo 2000, a taxa de urbanização
alcançava 86,1% de sua população, distribuídas em 9.092 domicílios, dos quais 24,8%
têm acesso à rede geral de abastecimento de água, 25,4% estavam ligados à rede geral
de esgoto sanitário, e 77,5% tinham coleta regular de lixo.
Quanto à educação, Tanguá teve 6.344 alunos matriculados em 2006, uma
variação de -1,0% em relação ao ano anterior.
O município tem duas creches, com 84 crianças, 58% delas na rede municipal.
São 12 pré-escolas, com 640 estudantes, 63% deles em instituições do município.
Um total de 19 estabelecimentos se dedica ao ensino fundamental, com 4.835
alunos matriculados, 19% nas duas escolas estaduais e 76% nos 14 estabelecimentos da
rede municipal. A distorção série-idade alcançou um total de 48,2% dos alunos.
Enquanto a média de aprovação da rede estadual no Estado como um todo alcançou
74,2% de todos os estudantes em 2005, em Tanguá este indicador alcançou 68,2%, com
14,9% de reprovação e 16,9% de abandono. Já nas redes municipais, 80,0% foram
aprovados no Estado, enquanto a rede municipal local atingiu 72,7%, tendo havido 24,1%
de reprovados e 3,2% abandonaram a escola.
Os dois estabelecimentos de ensino médio tiveram 785 matrículas em 2006, sendo
100% na rede estadual. A distorção série-idade alcançou 67,1% dos alunos da primeira
série. A média de aprovação no Estado atingiu 67,2% dos estudantes em 2005, contra
67,7% em Tanguá.
O PIB a preços básicos de 2005 alcançou R$109 milhões, 66ª posição entre os 92
municípios fluminenses, com uma variação de 30,8% em relação ao ano anterior. O PIB
total per capita foi de R$4.633,76. Se considerarmos a média do PIB per capita do
Estado como índice 100, o de Tanguá ficou em 25,63, o que representa a 88ª colocação.
O Produto Interno Bruto do município teve as seguintes contribuições, por setor da
economia:
Agropecuária 5,1% Extração mineral 4,1%
Indústria de transformação 2,2% Comércio 9,7%
Construção civil 7,4% Serviços industriais de utilidade pública 3,0%
Transportes 0,3% Comunicações 2,9%
Instituições financeiras 0,5% Administração pública 25,9%
Aluguéis 32,6% Outros serviços 6,4%
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POSFÁCIO
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entre Rio e São Paulo ainda está em fase de análise pelo BNDES e de adaptações no
projeto de concessão. A concessionária MRS Logística estima investimentos significativos
em expansão de vias ferroviárias; ampliação e adequação de pátios; melhoria da infra-
estrutura da via permanente e das instalações, principalmente em Barra do Piraí, Barra
Mansa, Volta Redonda, Itaguaí, Japeri e Rio de Janeiro.
A Prefeitura do Rio implantará uma ligação entre os bairros da Penha e Barra da
Tijuca com 380 ônibus articulados e 30 estações, além de dar continuidade à construção
da Cidade da Música, dentre outros investimentos.
No setor energético, estão previstos investimentos bilionários para a construção da
Usina Nuclear Angra III. Novos gasodutos serão instalados no Estado: Cabiúnas-Vitória,
duplicação Cabiúnas-Caxias, duplicação São Paulo-Japeri e Caxias-Minas, reforço Japeri-
Caxias e um terminal flexível de gás natural liquefeito na Baía de Guanabara. As
concessionárias Light e CEG também prevêem investimentos expressivos em sua rede de
distribuição. O mercado mundial, em busca de fontes de biocombustíveis, estimulou o
investimento privado na ampliação da agroindústria para plantio de cana-de-açúcar em
Cabo Frio, Quissamã, Campos dos Goytacazes e Bom Jesus do Itabapoana. Serão
implantadas novas usinas e expandidas outras em Campos e Bom Jesus. Rio das Flores
abrigará uma unidade de produção de biodiesel.
No setor da indústria de transformação, serão construídas novas fábricas de
cimento em Cantagalo e Volta Redonda, de produtos de higiene e limpeza em Japeri, de
papel em Sapucaia, de petroquímica em Caxias, de coque calcinado de petróleo em
Seropédica e de motores de navio em Itaguaí; ampliada e modernizada a Siderúrgica
Barra Mansa; expandidas plantas de produtos agroquímicos em Resende, de bebidas no
Rio de Janeiro, de manutenção de turbinas de avião em Petrópolis e de tubos metálicos
em Campos e São Gonçalo. São inúmeras as encomendas de navios a serem
construídos pelos estaleiros Consórcio Rio Naval, Aliança, Sermetal e Eisa no Rio de
Janeiro, bem como por Aker Promar, Renave e Consórcio Mauá-Jurong em Niterói.
Consolida-se a Zona Especial de Negócios em Rio das Ostras. A a mesma infra-estrutura
industrial já opera em Quissamã, aguarda licença prévia de funcionamento em Carapebus
e está planejada sua implementação por Seropédica e Campos dos Goytacazes, na
região do Farol de São Tomé.
No setor de turismo e veraneio, estão previstos mega-empreendimentos em
Maricá, Cabo Frio e Armação dos Búzios.
Somados àqueles projetos citados no bojo deste trabalho, todos esses
investimentos superam a centena de bilhões de reais e trazem um mapeamento do que
serão as demandas futuras de mão-de-obra e da cadeia produtiva, ensejando sinergias e
novas possibilidades de investimentos, em um ciclo virtuoso para o nosso Estado.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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