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Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2005
VALENÇA
ESTUDO
Angra dos Reis
SOCIOECONÔMICO
2007
RIO DAS FLORES
OUTUBRO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Conselho Deliberativo
Presidente
José Maurício de Lima Nolasco
Vice-Presidente
Jonas Lopes de Carvalho Junior
Conselheiros
Aluisio Gama de Souza
José Gomes Graciosa
Marco Antonio Barbosa de Alencar
José Leite Nader
Julio Lambertson Rabello
Secretária-Geral de Planejamento
Maria Alice dos Santos
Secretário-Geral de Administração
Emerson Maia do Carmo
Procurador-Geral
Sylvio Mário de Lossio Brasil
Arte e Editoração:
Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e Editoração
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
APRESENTAÇÃO
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTO
Outubro de 2007
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
SUMÁRIO
I - Histórico ........................................................................................................... 7
II - Caracterização do Município.......................................................................... 8
Aspectos turísticos ................................................................................................. 12
Atrações naturais.................................................................................................... 13
Atrações culturais ................................................................................................... 14
Artesanato .............................................................................................................. 14
Principais festas populares..................................................................................... 14
Uso do solo............................................................................................................. 15
Outros aspectos ambientais ................................................................................... 17
Gestão municipal.................................................................................................... 28
Governo eletrônico ................................................................................................. 31
IV - Indicadores Econômicos............................................................................... 82
Introdução............................................................................................................... 82
Economia fluminense em 2006 .............................................................................. 85
Produção Industrial................................................................................................. 85
Comparações inter-regionais.................................................................................. 87
Indústria Extrativa ................................................................................................... 88
Indústria de Transformação.................................................................................... 89
Comércio Varejista ................................................................................................. 93
Estimativa do PIB do Estado do Rio de Janeiro ..................................................... 95
Agropecuária .......................................................................................................... 96
Indústria.................................................................................................................. 96
Comércio ................................................................................................................ 96
Construção ............................................................................................................. 97
Serviços Industriais de Utilidade Pública ................................................................ 97
Comunicações........................................................................................................ 97
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Transportes ............................................................................................................ 98
Serviços.................................................................................................................. 98
Administração Pública ............................................................................................ 98
Consolidação da estimativa do PIB ........................................................................ 99
PIB per capita ......................................................................................................... 101
Petróleo e derivados............................................................................................... 101
Economia regional e local....................................................................................... 103
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I - HISTÓRICO
1 - Fontes: Estudos para o Planejamento Municipal – SECPLAN/FIDERJ – 1978; Abreu, A. “Municípios e Topônimos Fluminenses – Histórico e Memória”. Rio
de Janeiro: Imprensa Oficial, 1994 e sítio www.turisrio.rj.gov.br/minisite/destino.asp.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Rio das Flores pertence à Região do Médio Paraíba, que também abrange os
municípios de Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis,
Resende, Rio Claro, Valença e Volta Redonda.
2 - IBGE/CIDE - 2002.
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De acordo com o censo de 2000, Rio das Flores tinha uma população de 7.625
habitantes, correspondentes a 1,0% do contingente da Região do Médio Paraíba, com
uma proporção de 97,5 homens para cada 100 mulheres. A densidade demográfica era
de 16 habitantes por km2, contra 130 habitantes por km2 de sua região. Sua população
estimada em 2006 3 é de 8.493 pessoas.
O município apresentou 4 uma taxa média geométrica de crescimento, no período
de 1991 a 2000, de 1,88% ao ano, contra 1,38% na região e 1,30% no Estado. Sua taxa
de urbanização corresponde a 70,3% da população, enquanto que, na Região do Médio
Paraíba, tal taxa corresponde a 93,0%.
Rio das Flores tem um contingente de 6.242 eleitores 5, correspondentes a 73% do
total da população. O município tem um número total de 2.562 domicílios 6, com uma taxa
de ocupação de 78%. Dos 557 domicílios não ocupados, 37% têm uso ocasional.
A distribuição da população na região do município e no Estado, de acordo com o
Censo 2000, dava-se conforme gráficos a seguir:
3 - IBGE.
4 - Fundação CIDE.
5 - TSE - Dados de junho 2006.
6 - IBGE - Censo 2000.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Distribuição da população
Capital
Região Noroeste
41%
Fluminense
2%
Região Norte Fluminense
5%
Região Serrana
5%
Quatis
1%
Resende
13%
Barra do Piraí
11%
Rio Claro
2%
Rio das Flores
1%
Valença
8%
Volta Redonda
32%
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Taboas 1 835
Abarracamento 550
Distribuição da População
Rio das Flores Região do Médio Paraíba Estado
60 anos ou mais
50 a 59 anos
40 a 49 anos
30 a 39 anos
20 a 29 anos
10 a 19 anos
5 a 9 anos
0 a 4 anos
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Outras
8%
Preta
24,2%
Aspectos Turísticos 11
O turismo proporciona diversos benefícios para a comunidade, tais como geração
de empregos, produção de bens e serviços e melhoria da qualidade de vida da
população. Incentiva, também, a compreensão dos impactos sobre o meio ambiente.
Assegura uma distribuição equilibrada de custos e benefícios, estimulando a
diversificação da economia local. Traz melhoria nos sistemas de transporte, nas
comunicações e em outros aspectos infra-estruturais. Ajuda, ainda, a custear a
preservação dos sítios arqueológicos, dos bairros e edifícios históricos, melhorando a
auto-estima da comunidade local e trazendo uma maior compreensão das pessoas de
diversas origens.
A Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, a Turisrio, apresenta os
potenciais turísticos do Estado divididos em treze regiões distintas, conforme suas
características individuais.
7 - ECT - 2005.
8 - BACEN - 2005.
9 - MTE-RAIS - 2004.
10 - IBGE - Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2005.
11 - Para maiores informações, consulte www.turisrio.rj.gov.br, www.valedocafe.com.br, www.riodasflores-artur.com.br e www.pmrf.rj.gov.br.
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Regiões turísticas:
Costa Verde
Agulhas Negras
Vale do Paraíba
Vale do Ciclo do Café
Metropolitana
Baixada Fluminense
Serra Tropical
Serra Verde Imperial
Baixada Litorânea
Costa do Sol
Serra Norte
Noroeste das Águas
Costa Doce
Atrações naturais
• Rio Paraíba do Sul, após atravessar vários municípios, corre na divisa de Rio
das Flores com o município de Vassouras.
• Rio Preto, com extensão total em torno de 200km, faz divisa do município com
Minas Gerais. Junto às suas margens encontram-se áreas de pastagem, plantações de
café e de milho e trechos com mata fechada e capoeiras. À medida em que ribeirões,
riachos e córregos deságuam no Rio Preto ele se torna mais caudaloso. Ao longo de seu
percurso encontram-se praias, corredeiras, piscinas naturais e quedas d'água.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
• Rio das Flores, que dá nome ao município, nasce em Barra do Piraí e, ao longo
de seu curso, encontram-se praias, ilhotas, bancos de areia, corredeiras e quedas d'água.
• Cachoeiras do Funil, Santa Clara, São Leandro, Guarita e Paraíso.
Atrações culturais
• Matriz de Santa Tereza D'Ávila, inaugurada em 1858, no período entre 1870 e
1880, sofreu várias reformas inclusive devido a um incêndio.
• Museu de História Regional Padre São Sebastião da Silva Pereira, fundado em
1966, possui um acervo bem variado, quase todo do início deste século. Está arrumado,
basicamente, como uma casa. Possui mobília de sala de visitas; móveis e objetos de
escritório; duas mobílias de quarto; e uma pequena biblioteca com livros antigos e atuais,
mapas, revistas etc. Possui também louças, talheres e utensílios de cozinha; quadros,
objetos sacros, prensas; uma pequena coleção de cédulas e moedas; peças de
maquinário de transportes, comunicação, tecelagem, carpintaria, padarias, odontologia,
costura, olaria e farmácia.
• Biblioteca Municipal Emanuel Guimarães, instalada numa das salas da Escola
Municipal Santa Tereza, possui um acervo variado de 12 mil volumes, entre romances,
livros sobre política, filosofia, direito, psicologia, sociologia, ciências. Jornais e revistas
também fazem parte do acervo.
• Estação Ferroviária de Rio das Flores, inaugurada em 1900 o prédio seguia o
padrão das construções de inspiração inglesa em tijolos vermelhos, com interessante
trabalho de madeira nos beirais.
• Fazendas dos antigos barões do café, como as dos Barões de Rio das Flores,
Santa Justa, Monte Verde, Ipiabas, do Marquês de Baependi e do Visconde do Rio Preto.
Artesanato
As principais atividades artesanais 12 desenvolvidas no município, levando em
consideração as de maior quantidade produzida, são:
• bordado
• fios e fibras
• tapeçaria
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Uso do Solo
Em maio de 2003, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro –
CIDE publicou o IQM – Verde II, seqüência do primeiro estudo, lançado em julho de 2001.
Ambos comparam as áreas cobertas pelos remanescentes da cobertura vegetal com as
ocupadas pelos diversos tipos de uso do solo, criando, desta forma, o Índice de Qualidade
de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal (IQUS). O monitoramento dos diferentes
ambientes fitoecológicos pode servir de guia para o estabelecimento de políticas públicas
confiáveis. As informações do mapeamento digital têm base em dados coletados em 1994
(primeiro IQM) e em 2001 (segundo estudo).
No Estado do Rio de Janeiro o mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal
teve a seguinte evolução:
2 2
Área em km Área em km
Uso do solo % %
(1994) (2001)
Pastagens 19.556 44,5 21.669 49,4
Florestas ombrófilas densas
7.291 16,6 4.211 9,6
(formações florestais)
Capoeiras
13 6.814 15,5 8.071 18,5
( vegetação secundária )
Área agrícola 4.135 15,5 4.167 9,5
Restingas, manguezais, praias e
1.900 4,3 1.579 3,6
várzeas (formações pioneiras)
Área urbana 1.846 4,2 2.763 6,3
Corpos d’água 995 2,3 921 2,1
Não sensoriado 586 1,3 0 0,0
Área degradada 506 1,2 132 0,3
Afloramento rochoso e campos de
241 0,5 175 0,4
altitude
Outros 39 0,1 132 0,3
Total 43.910 100,0 43.864 100,0
13 - De acordo com a Resolução CONAMA nº 010, de 01/10/93, a vegetação secundária é resultante de processos naturais de sucessão, após supressão
total ou parcial da vegetação natural por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
IQUS Características
Maior percentual de pastagens; presença de pequenas manchas urbanas;
Rodeio
pequena influência de formações originais e de áreas agrícolas
Maior percentual de formações originais e de áreas agrícolas; presença de
Rural áreas urbanas, degradadas e de vegetação secundária; quase nenhuma
influência de pastagens
Maiores áreas de formações originais e de pastagens; presença de vegetação
Nativo secundária e áreas agrícolas; pouca influência das áreas urbanas e
degradadas
Grandes áreas de formações originais e/ou de vegetação secundária; menores
Verde
valores percentuais de áreas urbanas, agrícolas, de pastagem ou degradadas
Metrópole Maior percentual de áreas urbanas
Rio das Flores, com base no levantamento de 1994, tinha sua área distribuída da
seguinte maneira: 21% de vegetação secundária, 45% de pastagens e 32% não
sensoriados. O município se encaixava no cluster B1 - RODEIO/VERDE I, agrupamento
com predomínio de pastagens, seguido por razoável cobertura de vegetação secundária.
Já em 2001, ocorreu redução de vegetação secundária para 16% do território
municipal e grande crescimento de campo/pastagem, atingindo 83%. A mancha urbana
cresceu de 0,1 para 0,3%. Observe-se a inexistência de formações florestais e pioneiras e
que toda a área do município foi sensoriada. O segundo estudo classificou-o como
pertencente ao cluster A2 - RODEIO, caracterizado por predominância da classe
campo/pastagem, média de 84% do território, seguida por vegetação secundária, com
área média de 13%. Dentre as localidades deste agrupamento, constam seis municípios
da Região do Médio Paraíba - além de Rio das Flores: Barra do Piraí, Barra Mansa,
Pinheiral, Quatis e Valença; cinco outros da Região Centro-Sul, dez da Região Noroeste,
dois da Região Norte e um da Serrana.
O IQM Verde identifica, ainda, os Corredores Prioritários para a Interligação de
Fragmentos Florestais (CPIF), ou Corredores Ecológicos, como foram denominados mais
recentemente, para escolha de áreas de reflorestamento. Devido às atividades do
homem, a tendência dos ecossistemas florestais contínuos, como as florestas da costa
atlântica brasileira, é de fragmentação. O processo de fragmentação florestal rompe com
os mecanismos naturais de auto-regulação de abundância e raridade de espécies e leva à
insularização de populações de plantas e animais. Num ambiente ilhado, ocorre maior
pressão sobre os recursos existentes, afetando a capacidade de suporte dos ambientes
impactados, aumentando-se o risco de extinção de espécimes da flora e da fauna.
A reversão da fragmentação apóia-se, fundamentalmente, no reflorestamento dos
segmentos que unam as bordas dos fragmentos de floresta, vegetação secundária e
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savana estépica. Esses eixos conectores são denominados corredores. Além de viabilizar
a troca genética entre populações, eles possibilitam a integração dos fragmentos numa
mancha contínua, alavancando a capacidade de suporte da biodiversidade regional.
Rio das Flores necessitaria implantar 5.185 hectares 14 de corredores ecológicos, o
que representa 10,8% da área total do município.
A figura a seguir, gerada a partir do programa do CD-ROM do IQM-Verde II,
apresenta os tipos de uso do solo no território municipal, estando marcados em vermelho
os corredores sugeridos.
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15 - Do mesmo complexo hidrelétrico também fazem parte os subsistemas Lajes e Pereira Passos. O primeiro é formado pela grande represa de Ribeirão
das - Lajes, que também capta parte da vazão do rio Piraí na barragem de Tócos, também localizada em Rio Claro, e a hidrelétrica de Fontes Nova com
capacidade instalada de 132MW. A jusante das geradoras Nilo Peçanha e Lajes há um novo reservatório com barragem que forma o subsistema Pereira
Passos, cuja usina localizada no sopé da Serra das Araras tem capacidade instalada de 100MW. As águas, por fim, contribuem para o rio Guandu.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
retirada de água em Santa Cecília tem contribuído para piorar a qualidade da água do
rio nos trechos a jusante devido à diminuição da capacidade de diluição de efluentes.
Mais adiante, em Três Rios, na margem esquerda do Paraíba desemboca o rio
Paraibuna. Esse rio pode ser considerado comprometido quanto aos níveis de
poluentes industriais a jusante de Juiz de Fora (MG). Essa região sofre influência dos
despejos de várias indústrias, predominantemente as de papéis, têxteis e alimentícias,
além de graves acidentes por despejos irregulares de resíduos industriais. Próximo à
sua foz no rio Paraíba do Sul, entretanto, o Paraibuna não apresenta fontes potenciais
de poluição industrial, o que, associado a sua significativa vazão média, favorece a
manutenção de níveis aceitáveis de metais pesados e de outros resíduos de origem
industrial.
No mesmo município, pela margem direita chega o rio Piabanha. O próprio e
seu afluente Preto, que recebe as águas do Paquequer, são os principais corpos
receptores de despejos domésticos e industriais dos municípios de Petrópolis,
Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto. A jusante de Três Rios, o Paraíba do
Sul apresenta aumento acentuado de vazão, propiciando novo aproveitamento
hidrelétrico em Carmo: a usina Ilha dos Pombos tem capacidade instalada de
183MW. Do ponto de união dos rios até a cidade de Itaocara não se encontram
fontes importantes de poluição industrial, podendo-se citar apenas a presença de
indústrias de papéis.
Para aproveitar a vazão propiciada pelos três rios, já se encontra em construção
o Complexo Hidrelétrico de Simplício. Um primeiro reservatório surgirá em função da
barragem e usina hidrelétrica de pequeno porte no distrito sapucaiense de Anta. Neste
ponto, a vazão do rio será mais uma vez desviada por meio de túneis e canais para
cinco reservatórios intermediários no território mineiro. Cerca de 25km adiante, em
Além Paraíba/Carmo, a água retornará ao leito original do rio Paraíba a jusante da
segunda hidrelétrica: Simplício. O complexo, previsto para entrar em operação em
2011, irá gerar 333,7MW e mudará o perfil do rio, formando um trecho represado e
alagado entre Três Rios e Anta e um rio com mínima vazão a jusante desta primeira
barragem.
Os tributários importantes do trecho seguinte do Paraíba são os rios Pomba e
Muriaé na margem esquerda, que fazem parte de sub-bacias mineiras, e o rio Dois
Rios na margem direita.
Quando o rio Pomba alcança o Estado do Rio de Janeiro, já sofreu influência
dos esgotos lançados pela malha urbana das cidades mineiras de Laranjal e Recreio.
Em Santo Antônio de Pádua e Miracema, suas águas recebem uma nova carga de
esgotos domésticos sem tratamento, elevando ainda mais os níveis de coliformes
fecais. A jusante de Itaocara, o rio Pomba desemboca no Paraíba do Sul, com alguns
focos de poluição industrial ocasionados pelos despejos das indústrias de papéis.
Dois Rios tem sua foz em São Fidélis e, com seu afluente Grande, traz toda a
carga poluidora de efluentes industriais e domésticos de Nova Friburgo, por meio do
seu contribuinte rio Bengala.
O rio Muriaé, último dos grandes afluentes do rio Paraíba do Sul, a jusante das
cidades de Muriaé, Patrocínio do Muriaé (ambas em MG) e Itaperuna, apresenta-se
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bastante comprometido devido aos despejos orgânicos recebidos, com taxas elevadas
de material fecal, também decorrentes da contribuição de seu afluente Carangola, que
passa por Porciúncula e Natividade.
A concentração da carga poluidora por esgotos domésticos nos grandes centros
urbanos, como na cidade do Rio de Janeiro, também é evidente. No litoral fluminense,
este problema tem caráter agudo nas bacias da Baía de Guanabara e recorrência
sazonal nas cidades-balneário.
Em relação aos rios da bacia da Baía de Guanabara, pode-se dizer que aqueles
que atravessam as áreas mais densamente povoadas são verdadeiras canalizações
de esgoto a céu aberto, recebendo ainda grandes contribuições de despejos
industriais e lixo. Nesta situação estão incluídos os afluentes da costa oeste da Baía,
que vão do Canal do Mangue ao Canal de Sarapuí, além dos rios Alcântara, Mutondo,
Bomba e Canal do Canto do Rio da costa leste.
As concentrações de metais pesados nos sedimentos são maiores na parte
interna oeste da baía, próximas às desembocaduras dos rios São João de Meriti,
Sarapuí e Iguaçu, decrescendo em direção ao canal central e à entrada da baía. Os
picos de concentração de mercúrio, cromo, cobre e níquel são observados nos rios da
costa oeste. Outros metais, como ferro, manganês, cádmio e zinco, encontram-se
distribuídos ao longo da bacia, com maiores concentrações também no lado oeste. As
concentrações de mercúrio são maiores nos rios Acari e São João de Meriti.
A falta de infra-estrutura de saneamento básico é a responsável pela situação
crítica de degradação dos corpos d’água da região da bacia da Baía de Sepetiba. A
principal forma de poluição industrial nessa bacia é relacionada à contaminação por
metais pesados em vários pontos do sistema hídrico da bacia, tendo como maior
contribuinte os sedimentos carreados pelo rio Guandu que assoream o fundo da
Baía, em especial na sua porção leste. O passivo ambiental da Ingá Mercantil é outro
risco iminente de contaminação, já tendo ocorrido vazamentos graves no passado
recente.
Na bacia do Guandu, o crescimento populacional da região sem uma adequada
infra-estrutura de saneamento básico tem causado problemas de qualidade da água,
principalmente dos rios Poços, seu contribuinte Queimados e o Ipiranga, que
contribuem para o Guandu imediatamente antes da tomada de água da maior estação
de tratamento de água do mundo. O abastecimento de grande parte da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro depende das águas deste manancial. A acentuada
poluição do rio Guandu tem ocasionado à Cedae crescentes custos operacionais
devido aos despejos industriais e esgotos. São toneladas diárias de cloro, cloreto
férrico, sulfato de alumínio, polímero, cal e flúor, empregados pela empresa a fim de
tornar a água própria ao consumo humano.
Em outubro de 2007, a Cedae anunciou a transposição dos rios contaminados
para além do ponto de captação de água que alimenta a ETA Guandu, por meio da
construção de barragem e tubulações de desvio, como ilustrado em laranja na foto do
Google Earth a seguir. A obra deverá estar concluída em 2009 e serve tão somente
como uma solução de curto prazo para o abastecimento, prosseguindo o grave
problema de poluição desta bacia por falta de tratamento adequado de esgoto.
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Rio Ipiranga
Rio Guandu
Ponto de
captação de
água da ETA
Guandu
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Gestão Municipal
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, no final de 2006, a
quinta edição da Pesquisa de Informações Básicas Municipais - MUNIC 2005. A coleta
das informações ocorreu entre novembro de 2005 e março de 2006, sendo efetuada
preferencialmente através de entrevista presencial. Esta edição da pesquisa não
contemplou informações sobre o cadastro e o número de contribuintes do ISS. Os dados
foram obtidos através do preenchimento de questionários por diversos setores das
prefeituras municipais e são os seguintes para o município de Rio das Flores:
16 - Fontes: Sistema Nacional de Indicadores Urbanos – SNIU do Ministério das Cidades – dados coletados nos dias 3 e 4 de junho de 2003 referentes
ao ano 2000 e IBGE – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
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CADASTRO DO IPTU:
Cadastro imobiliário - existência Sim
Cadastro imobiliário informatizado - existência Não
O município cobra IPTU Sim
(B)
Ano da lei 1978
Planta Genérica de Valores - existência Sim
Planta Genérica de Valores informatizada - existência Sim
TAXAS INSTITUÍDAS:
Taxa de iluminação pública - existência Não
Taxa de coleta de lixo - existência Sim
Taxa de incêndio ou combate a sinistros - existência Não
Taxa de limpeza urbana - existência Não
Taxa de poder de polícia - existência Não
Outros tipos de taxas - existência Não
(B) Como o período de coleta da pesquisa se estendeu até março de 2006, foram consideradas todas as legislações
aprovadas até este mês.
(C) A obrigatoriedade da existência ou revisão do Plano Diretor decenal para municípios com mais de 20.000
habitantes e outros casos especiais foi estabelecida pelo estatuto da cidade para outubro de 2006.
Governo Eletrônico
O termo governo eletrônico, ou e-government refere-se ao uso da tecnologia da
informação utilizando as ferramentas da web para facilitar o acesso aos serviços e
informações para os mais diferentes segmentos da sociedade. É uma importante
ferramenta que visa a simplificar e otimizar os processos administrativos, ampliar a
eficiência e eliminar formalidades e exigências burocráticas que oneram o cidadão, as
empresas e os próprios cofres públicos. Pode ser a chave para a promoção de
relações mais democráticas e transparentes entre governo e sociedade civil, além de
tornar os processos relacionados à administração pública mais rápidos, eficazes e
baratos, vindo a ser um instrumento poderoso de fiscalização das ações públicas que
pode estar a apenas um clique do mouse para qualquer cidadão. Nesse sentido, cabe
aos gestores maior interesse em se envolverem neste processo de modernização
dessa importante tecnologia de informação.
Este novo modelo de gestão pública parece-nos central para a efetivação de
reformas que possam garantir o acesso de serviços e informações para o usuário,
independente do seu papel econômico e conhecimento tecnológico. Os gestores ainda
têm uma visão muito limitada das possibilidades que essas tecnologias de
informação podem proporcionar e investem menos do que seria necessário para
melhoria desses serviços. Com base em levantamentos realizados, existe um “pacote
mínimo” de e-serviços que deveriam ser oferecidos aos cidadãos . sendo um grande
desafio para eles acompanharem o ritmo das transformações dessas novas soluções
tecnológicas.
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Serviços Informativos:
Cultura e entretenimento
Estrutura Administrativa
História do Município
Trabalho e emprego
Finanças Publicas
Municípios com sítios informativos
Políticas Públicas
Meio Ambiente
Investimentos
Infraestrutura
Plano diretor
Tributação
Legisação
Economia
Educação
Geografia
Turismo
Trânsito
Notícias
Saúde
Total
Angra dos Reis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 16
Aperibé 1 1 1 1 1 1 1 7
Araruama 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Areal 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Armação dos Búzios 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Arraial do Cabo 1 1 2
Barra do Piraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Barra Mansa 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Belford Roxo 1 1 1 1 1 5
Bom Jardim 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Bom Jesus do Itabapoana 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Cabo Frio 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Cachoeiras de Macacu 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Cambuci 0
Campos dos Goytacazes 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Cantagalo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Carapebus 1 1 1 1 1 5
Cardoso Moreira 1 1 1 1 1 1 6
Carmo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Casimiro de Abreu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Comendador Levy Gasparian 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Conceição de Macabu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Cordeiro 1 1 1 1 1 1 6
Duas Barras 1 1 1 1 1 1 6
Duque de Caxias 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Engenheiro Paulo de Frontin 1 1 1 3
Guapimirim 1 1 2
Iguaba Grande 1 1 2
Itaboraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Itaguaí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Italva 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Itaocara 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Itaperuna 1 1 1 1 4
Itatiaia 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Japeri 1 1 1 1 1 1 1 7
Laje do Muriaé 1 1 1 1 1 1 1 7
Macaé 1 1 1 1 1 1 1 7
Macuco 1 1 1 1 1 1 1 7
Magé 1 1 1 1 4
Mangaratiba 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Maricá 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Mendes 1 1 1 1 1 5
34
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Cultura e entretenimento
Estrutura Administrativa
História do Município
Trabalho e emprego
Finanças Publicas
Municípios com sítios informativos
Políticas Públicas
Meio Ambiente
Investimentos
Infraestrutura
Plano diretor
Tributação
Legisação
Economia
Educação
Geografia
Turismo
Trânsito
Notícias
Saúde
Total
Mesquita 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
Miguel Pereira 1 1 1 1 4
Miracema 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Natividade 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Nilópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Niterói 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Nova Friburgo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Nova Iguaçu 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Paracambi 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Paraíba do Sul 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
Paraty 1 1 1 3
Paty do Alferes 1 1 1 1 1 5
Petrópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 17
Pinheiral 1 1 1 1 1 1 1 7
Piraí 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Porciúncula 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Porto Real 1 1 2
Quatis 1 1 1 3
Queimados 1 1 1 1 1 1 6
Quissamã 1 1 1 1 1 1 1 7
Resende 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
Rio Bonito 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Rio Claro 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Rio das Flores 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Rio das Ostras 1 1 1 1 1 5
Santa Maria Madalena 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Santo Antônio de Pádua 1 1 1 1 1 1 1 7
São Fidélis 1 1 1 1 1 5
São Francisco de Itabapoana 1 1 1 1 1 1 6
São Gonçalo 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 14
São João da Barra 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11
São João de Meriti 1 1 1 3
São José de Ubá 1 1 1 1 1 1 1 1 8
São José do Vale do Rio Preto 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
São Pedro da Aldeia 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10
São Sebastião do Alto 1 1 2
Sapucaia 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Saquarema 1 1 1 1 1 1 6
Seropédica 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Silva Jardim 1 1 1 1 1 5
Sumidouro 1 1 1 1 1 1 6
Tanguá 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12
Teresópolis 1 1 1 1 1 5
Trajano de Morais 1 1 1 1 1 1 1 7
Três Rios 1 1 1 1 1 1 1 7
Valença 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Varre - Sai 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Vassouras 1 1 1 1 1 1 1 1 8
Volta Redonda 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
35
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Serviços Interativos:
Cadastro de fornecedores
Obras e Meio Ambiente
Balcão de empregos
Iluminação Pública
Vigilância sanitária
Municípios com sítios interativos
Água e Esgoto
Transportes
Concursos
processos
Habitação
Educação
Licitações
Ouvidoria
Simples
Total
Saude
IPTU
ITBI
ISS
36
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Cadastro de fornecedores
Obras e Meio Ambiente
Balcão de empregos
Iluminação Pública
Vigilância sanitária
Municípios com sítios interativos
Água e Esgoto
Transportes
Concursos
processos
Habitação
Educação
Licitações
Ouvidoria
Simples
Total
Saude
IPTU
ITBI
Nova Iguaçu ISS 1 1
Paracambi 1 1
Paraíba do Sul 1 1 2
Paraty 1 1
Paty do Alferes 1 1
Petrópolis 1 1 1 1 1 1 1 1 1 9
Pinheiral 1 1 1 1 4
Piraí 1 1 1 3
Porciúncula 1 1
Porto Real 0
Quatis 0
Queimados 1 1
Quissamã 1 1
Resende 1 1 1 1 4
Rio Bonito 1 1
Rio Claro 1 1
Rio das Flores 1 1 2
Rio das Ostras 1 1 1 1 1 1 1 7
Santa Maria Madalena 0
Santo Antônio de Pádua 0
São Fidélis 1 1
São Francisco de Itabapoana 1 1
São Gonçalo 1 1 1 3
São João da Barra 1 1
São João de Meriti 1 1 1 3
São José de Ubá 1 1
São José do Vale do Rio Preto 1 1
São Pedro da Aldeia 1 1 1 1 4
São Sebastião do Alto 1 1
Sapucaia 0
Saquarema 1 1 2
Seropédica 1 1
Silva Jardim 1 1
Sumidouro 1 1
Tanguá 1 1
Teresópolis 1 1
Trajano de Morais 1 1
Três Rios 1 1 1 1 4
Valença 1 1 1 3
Varre - Sai 1 1
Vassouras 1 1
Volta Redonda 1 1 1 1 1 1 1 7
37
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Serviços Transacionais:
Total
Angra dos Reis 1 1 1 3
Barra Mansa 1 1 1 3
Itaboraí 1 1
Japeri 1 1
Mesquita 1 1 2
Niterói 1 1
Paraíba do Sul 1 1
Petrópolis 1 1 1 1 1 5
Quissamã 1 1
Resende 1 1
São Gonçalo 1 1
Volta Redonda 1 1
38
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
também estudantes do 3º ano do ensino médio regular, tanto da rede pública quanto da
rede privada, em área urbana e rural.
Já a Anresc é mais extensa e detalhada que a Aneb e tem foco em cada unidade
escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome de Prova Brasil em suas divulgações.
Na última edição dos Estudos Socioeconômicos, foram apresentadas informações oficiais
divulgadas em junho de 2006 sobre a Prova Brasil 2005. Estas foram retificadas pelo
Inep/MEC em abril de 2007 e os novos números são os seguintes: a prova foi realizada
em 5.387 municípios de todas as unidades da Federação, avaliando 3.392.880 alunos (ao
invés dos 3.306.317 divulgados anteriormente) de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental,
distribuídos em 125.852 turmas de 40.962 escolas públicas urbanas com mais de 30
alunos matriculados na série avaliada.
Como o MEC, a partir de 2004, ampliou o Ensino Fundamental para nove anos
(cinco anos no primeiro ciclo – Anos Iniciais e quatro anos no segundo – Anos Finais), nas
escolas onde o ensino fundamental está organizado neste regime a prova foi aplicada nas
turmas de 5º e 9º série e nos alunos das 4ª e 8ª séries das escolas que ainda mantinham
o regime anterior. Os resultados da Prova Brasil são apresentados em uma escala de
desempenho por disciplina. Em Língua Portuguesa ela vai de 125 até 350. Em
Matemática, a escala é de 125 a 375. Nos parâmetros estabelecidos para a quarta série,
em ambas as disciplinas a nota máxima é 300 pontos. Para os estudantes da oitava série,
350 é a nota máxima para português e 375, para matemática.
Esses novos resultados da Prova Brasil 2005 não mais fazem comparativo de
médias brasileira e estaduais da 4ª e da 8ª séries. É disponibilizada a pontuação de cada
município, de cada rede e de cada escola, dificultando o confronto dos resultados em
nível regional ou nacional. Tal comparação agora somente pode ser feita por outro
indicador: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, que será apresentado
adiante.
Cabe, portanto, apresentar as notas corrigidas que as escolas de Rio das Flores
tiveram, em média, na Prova Brasil 2005, considerando-se, ainda, que a próxima
avaliação ocorrerá durante 2007 com resultados divulgados somente em 2008:
40
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
continuidade dos estudos. Não é um simples teste: ele identifica em que área do
conhecimento ou competência o participante do ensino médio está mais ou menos apto e
onde ele precisa reforçar o seu grau de desenvolvimento. A matriz do Enem é elaborada
em cinco competências:
• Dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso da linguagem
matemática, artística e científica.
• Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a
compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção
tecnológica e das manifestações artísticas.
• Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados
de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.
• Relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos
disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.
• Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de
propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e
considerando a diversidade sociocultural.
A parte objetiva da prova é constituída por questões de múltipla escolha de igual
valor, avaliada numa escala de 0 a 100 pontos. Além disso, é atribuída uma nota na
mesma escala a cada uma das cinco competências avaliadas. Na redação, também há
uma nota global de 0 a 100 e outra para cada uma das cinco competências aferidas. A
nota global é a média aritmética simples das notas por competência.
De um total de 2,7 milhões alunos que fizeram o Enem em 2006, cerca de 187 mil
são fluminenses. O desempenho médio da prova objetiva no país foi de 36,90 e de 52,08
na redação. O Estado do Rio de Janeiro ficou na primeira posição, com notas médias
38,61 e 53,34, respectivamente. Todas essas notas foram inferiores aos resultados de
2005. A nota global foi de 42,616 para o país e de 44,246 para o Estado. Apesar da
superioridade em relação ao restante do país, é baixo o desempenho do Estado do Rio de
Janeiro, pois somente três municípios tiveram mais de 50% de aproveitamento em 2006.
Rio das Flores teve nota global 41,900. Para conhecer o resultado de cada escola
individualmente, deve-se acessar o sítio http://mediasenem.inep. gov.br/desempenho.php.
Em 2007, o MEC, apresentou o primeiro IDEB (2005). Ele é um indicador sintético
de qualidade educacional que combina dois indicadores usualmente utilizados para
monitorar nosso sistema de ensino: desempenho em exames padronizados e rendimento
escolar (taxa média de aprovação dos estudantes na etapa de ensino – Censos 2005 e
2006).
O indicador final é a pontuação no exame padronizado ajustada pelo tempo médio,
em anos, para conclusão de uma série naquela etapa de ensino. A proficiência média é
padronizada para o IDEB estar entre zero e dez.
O MEC lançou, também em 2007, o Plano de Metas “Compromisso Todos pela
Educação”, cujo objetivo é fazer com que a qualidade da educação gradativamente
alcance novos patamares em quinze anos. Um dos objetivos é que em 2022, ano em que
o Brasil comemora o bicentenário da Independência, possa-se também comemorar
41
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
42
TCE
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
As boas práticas que, em todo ou em parte, são adotadas por escolas que
obtiveram bons resultados de aprendizagem de seus alunos foram sistematizadas em
28 diretrizes que integram o decreto, como orientações a que devem aderir os
sistemas estaduais e municipais que queiram assumir o Compromisso Todos pela
Educação. São elas: estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados
concretos a atingir; alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade,
aferindo os resultados por exame periódico específico; acompanhar cada aluno da
rede individualmente, mediante registro da sua freqüência e do seu desempenho em
avaliações, que devem ser realizadas periodicamente; combater a repetência, dadas
as especificidades de cada rede, pela adoção de práticas como aulas de reforço no
contra-turno, estudos de recuperação e progressão parcial; combater a evasão pelo
acompanhamento individual das razões da não-freqüência do educando e sua
superação; matricular o aluno na escola mais próxima da sua residência; ampliar as
possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade da escola para
além da jornada regular; valorizar a formação ética, artística e a educação física;
garantir o acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais
especiais nas classes comuns do ensino regular, fortalecendo a inclusão educacional
nas escolas públicas; promover a educação infantil; manter programa de alfabetização
de jovens e adultos.
Outras diretrizes são instituir programa próprio ou em regime de colaboração
para formação inicial e continuada de profissionais da educação; implantar plano de
carreira, cargos e salários para os profissionais da educação, privilegiando o mérito, a
formação e a avaliação do desempenho; valorizar o mérito do trabalhador da
educação, representado pelo desempenho eficiente no trabalho, dedicação,
assiduidade, pontualidade, responsabilidade, realização de projetos e trabalhos
especializados, cursos de atualização e desenvolvimento profissional; dar
conseqüência ao período probatório, tornando o professor efetivo estável após
avaliação, de preferência externa ao sistema educacional local; envolver todos os
professores na discussão e elaboração do projeto político pedagógico, respeitadas as
especificidades de cada escola; incorporar ao núcleo gestor da escola coordenadores
pedagógicos que acompanhem as dificuldades enfrentadas pelo professor; fixar regras
claras, considerados mérito e desempenho, para nomeação e exoneração de diretor
de escola.
O decreto dispõe, ainda, que devem ser divulgados na escola e na comunidade
os dados relativos à área da educação, com ênfase no IDEB; acompanhar e avaliar,
com participação da comunidade e do Conselho de Educação, as políticas públicas na
área de educação e garantir condições, sobretudo institucionais, de continuidade das
ações efetivas, preservando a memória daquelas realizadas; zelar pela transparência
da gestão pública na área da educação, garantindo o funcionamento efetivo, autônomo
e articulado dos conselhos de controle social; promover a gestão participativa na rede
de ensino; elaborar plano de educação e instalar Conselho de Educação, quando
inexistentes; integrar os programas da área da educação com os de outras áreas como
saúde, esporte, assistência social, cultura, dentre outras, com vista ao fortalecimento
da identidade do educando com sua escola; fomentar e apoiar os conselhos escolares,
envolvendo as famílias dos educandos, com as atribuições, dentre outras, de zelar
pela manutenção da escola e pelo monitoramento das ações e consecução das metas
43
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
44
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Houve uma ligeira queda no número total de matrículas em 2006, tendo ocorrido
redução expressiva na participação da rede estadual nos últimos seis anos, em
movimento inverso à rede municipal, que tem atribuição constitucional de prover o
ensino fundamental. Uma das razões dessa inversão é o expressivo aumento no
número de matrículas no ensino médio, de responsabilidade do Estado, como se
verificará a seguir.
O ano de 2006 teve, em nosso Estado, um total de 731.754 alunos matriculados no
ensino médio, dos quais 84,0% estavam em escolas públicas. Também se reduziu o
número de matrículas no ensino médio. Entretanto, mais de 56 mil vagas foram abertas
na rede pública estadual, contra um aumento geral de apenas 24 mil no período, como
demonstra a tabela a seguir:
As 536 mil vagas oferecidas pela rede estadual, em 2001, cresceram para 592 mil
em 2005, o que configura grande migração de alunos de outras redes para aquela gerida
pelo governo do Estado.
Para melhor visualizar a evolução do número de matrículas no ensino básico, o
gráfico a seguir é bastante ilustrativo sobre os três pontos críticos de estrangulamento
do sistema, que ocorrem nas 1ª e 5ª séries do ensino fundamental, e na 1ª do ensino
médio. Em virtude da nova seriação em nove anos, é possível observar uma redução
na pressão que ocorria na antiga 1ª série até 2003. Para efeito comparativo do período
dos seis anos em análise, e considerando que as escolas privadas não aderiram em
peso à nova seriação, enquanto a rede pública, sim, foi mantida no gráfico a seriação
antiga.
45
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
Nova 1ª 1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série 1ª Série 2ª Série 3ª Série
Série antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga Médio Médio Médio
17 - Fonte: Inep/MEC.
18 - Educação Infantil: Trata-se da primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A educação infantil é oferecida em
creches, ou entidades equivalentes, e pré-escolas.
46
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
15 anos ou mais
11 a 14 anos
8 a 10 anos
4 a 7 anos
1 a 3 anos
47
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
O número total de matrículas nos ensinos infantil, fundamental e médio de Rio das
Flores, em 2005, foi de 2.428 alunos, tendo evoluído para 2.368 em 2006, apresentando
redução (-2,5%) no número de estudantes.
Em um maior nível de detalhamento, apresentamos o quadro dos estabelecimentos
de ensino infantil, que engloba creche e pré-escola:
A tabela a seguir apresenta a evolução do número de creches, professores e
matrículas, além do rateio de alunos por professor. A rede municipal responde por 100%
das matrículas na creche em 2006.
48
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
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Com relação à pré-escola, a rede municipal é responsável por 100% das matrículas
em 2006 e o quadro que se apresenta é o seguinte:
21 - O mesmo docente de ensino fundamental pode atuar da Série inicial à 4ª série e da 5ª à 9ª série.
49
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de Nº de Nº de professor da rede
professor no
Ano Unidades professores matrículas estadual no
município
Estado
01 2 56 616 11,0 18,8
02 2 62 649 10,5 18,2
03 2 45 574 12,8 19,1
04 2 55 531 9,7 18,0
05 2 49 463 9,4 16,9
06 2 49 478 9,8 16,3
Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de Nº de Nº de professor da rede
professor no
Ano Unidades professores matrículas municipal no
município
Estado
01 13 85 1.081 12,7 22,1
02 11 83 1.097 13,2 21,8
03 10 91 1.057 11,6 21,2
04 10 87 1.077 12,4 21,0
05 10 79 1.156 14,6 21,0
06 10 85 1.102 13,0 20,5
50
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Rio das Flores 1ª série nova 1ª série antiga 2ª série antiga 3ª série antiga
4ª série antiga 5ª série antiga 6ª série antiga 7ª série antiga 8ª série antiga
70
60
Percentual dos alunos
50
40
30
20
10
60
50
40
30
20
10
0
1ª série 1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
nova antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga antiga
A rede privada tem taxas inferiores às redes públicas, sendo a municipal aquela
que apresenta maiores taxas no seqüencial das séries.
A decorrência principal da distorção série-idade é um elevado número de alunos
matriculados que têm acima de 14 anos já a partir da 5ª série, como ilustra o gráfico a
seguir:
51
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Ano Inicial 1ª Série 2ª Série 3ª Série 4ª Série 5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005
100 100
90 90
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
1ª Série 2ª Sér ie 3ª Série 4ª Sér ie 5ª Sér ie 6ª Sér ie 7ª Sér ie 8ª Série 1ª Sér ie 2ª Série 3ª Sér ie 4ª Sér ie 5ª Sér ie 6ª Sér ie 7ª Sér ie 8ª Série
100
90
80
70
60
50
40
30
1ª Sér ie 2ª Série 3ª Sér ie 4ª Sér ie 5ª Sér ie 6ª Sér ie 7ª Sér ie 8ª Série
52
TCE
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Rio das Flores Rede estadual Rede municipal Rede privada Total
140
120
100
80
60
40
20
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Form ação dos professores da rede Form ação dos professores da rede
estadual estadual
de ensino fundam ental de ensino fundam ental
Anos Iniciais - 2006 Anos finais - 2006
1º grau
2º grau
3º grau
Form ação dos professores da rede Form ação dos professores da rede
m unicipal m unicipal
de ensino fundam ental de ensino fundam ental
Anos Iniciais -2006 Anos Finais - 2006
1º grau
2º grau
3º grau
53
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Com relação ao ensino médio, Rio das Flores tem somente a rede estadual e
apresenta o panorama abaixo:
Rateio alunos/
Rateio alunos/
Nº de Nº de Nº de professor da rede
professor no
Ano Unidades professores matrículas estadual no
município
Estado
01 2 54 312 5,8 18,0
02 2 51 328 6,4 18,2
03 3 36 352 9,8 19,9
04 2 46 382 8,3 17,9
05 2 52 413 7,9 15,2
06 2 65 408 6,3 15,1
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1ª Série 2ª Série 3ª Série
Os gráficos a seguir apresentam o nível médio de distorção por série entre 2001 e
2006:
54
TCE
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
100
90
80
70
60
50
40
30
1ª Sér ie 2ª Sér ie 3ª Série
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Saúde
A viabilização plena do direito ao acesso universal e equânime aos serviços e
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde é operada pelas chamadas Leis
Orgânicas da Saúde, nº 8.080/90 e nº 8.142/90, e as Normas Operacionais Básicas –
NOB. O Sistema Único de Saúde – SUS opera tanto em nível federal, quanto nas esferas
estadual e municipal.
Em anos recentes, o Ministério e as Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde desencadearam diversas atividades de planejamento e de adequação de seus
modelos assistenciais e de gestão, ponderando criticamente os avanços e os desafios
que novas diretrizes organizativas trariam para sua realidade. Em fevereiro de 2002,
foi publicada a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002, que
estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos
serviços de saúde e de busca de maior eqüidade; cria mecanismos para a gestão do
Sistema Único de Saúde e procede à atualização dos critérios de habilitação de
estados e municípios, ampliando as responsabilidades dos municípios na Atenção
Básica.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Rio das Flores tem Gestão Plena Estadual 22, dispondo da seguinte estrutura:
Ambulatorial 9
Internação 1
Emergência -
Unidade de Tratamento Intensivo/CTI -
Diálise -
Distribuição de leitos nos hospitais do município Distribuição de leitos nos hospitais do Estado
credenciados ou não ao SUS- Jan 2006 Jan 2006
Outros 953
Outros 0
22 - Fontes: Unidades – CIDE 2005; Leitos – SES; Estabelecimentos que prestam serviços ao SUS – Pesquisa Assistência Médico-Sanitária – AMS 2005
– IBGE; Demais dados – Datasus.
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Público Privado
600
500
400
300
200
100
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
400
350
300
250
200
150
100
50
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
61
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
600
558
515
492
500
455
398 404
400
300
200
100
-
2001 2002 2003 2004 2005 2006
12
10
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Estado 10,5 10,8 10,3 10,2 10,3 10,1
Rio das Flores 3,5 3,1 3,4 4,1 3,8 3,5
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
800
700
600
500
400
300
200
100
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Estado 536,50 562,75 593,01 661,36 690,87 697,55
Rio das Flores 238,83 224,57 259,85 320,74 322,57 341,11
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Estado 4,42 4,41 4,95 4,90 4,99 5,13
Rio das Flores 2,17 1,38 1,79 2,66 3,40 2,94
63
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Indicador
Saúde da Criança
1 Número absoluto de óbitos em menores de 1 ano de idade
2 Coeficiente de mortalidade infantil
3 Proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer
4 Proporção de óbitos em menores de um ano de idade por causas mal definidas
5 Taxa de internações por Infecção Respiratória Aguda (IRA) em menores de 5 anos
6 Taxa de internações por Doença Diarréica Aguda (DDA) em menores de 5 anos
7 Número absoluto de óbitos neonatais tardios
8 Coeficiente de mortalidade neonatal tardia
Saúde da Mulher
9 Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados
10 Proporção de nascidos vivos de mães com 4 ou mais consultas de pré-natal
11 Razão entre exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos e a população feminina
nesta faixa etária
12 Razão de mortalidade materna
13 Proporção de partos cesáreos
14 Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal
Indicador
Controle da Hipertensão Arterial
15 Taxa de internações por acidente vascular cerebral (AVC)
16 Taxa de internações por insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
17 Proporção de portadores de hipertensão arterial cadastrados
Controle da Diabetes Mellitus
18 Proporção de internações por complicações do Diabetes Mellitus
19 Proporção de portadores de diabetes mellitus cadastrados
Controle da Tuberculose
20 Proporção de abandono de tratamento de tuberculose
21 Taxa de incidência de tuberculose pulmonar positiva
Eliminação da Hanseníase
22 Coeficiente de prevalência de hanseníase
23 Coeficiente de detecção de casos novos de hanseníase
Saúde Bucal
24 Cobertura de primeira consulta odontológica programática
25 Cobertura da ação coletiva escovação dental supervisionada
26 Média de procedimentos odontológicos básicos individuais
27 Proporção de procedimentos odontológicos especializados em relação às ações odontológicas individuais
Gerais
28 Proporção da população coberta pelo Programa de Saúde da Família
29 Média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas
30 Média mensal de visitas domiciliares por família
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TCE
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Nº de ESB Nº de ESB
Nº de ACS % de cobertura Nº de ESF % de cobertura Nº de ESB Nº de ESB % de cobertura
Nº de ACS Nº de ESF modalidade I modalidade II
Mês / ano credenciados populacional credenciadas populacional da modalidade I modalidade II populacional da
implantados implantados credenciadas credenciadas
pela CIB ACS pela CIB SF implantadas implantadas SB
pela CIB pela CIB
Dezembro
14 14 100,00 2 2 88,94 0 0 0 0 0
2001
Dezembro
14 14 100,00 2 2 88,94 0 0 0 0 0
2002
Dezembo
14 14 100,00 2 2 87,65 0 0 0 0 0
2003
Dezembro
20 20 100,00 3 3 100,00 1 0 0 0 0
2004
Dezembro
20 20 100,00 3 3 100,00 1 1 0 0 86,39
2005
Dezembro
20 20 100,00 3 3 100,00 3 3 0 0 100,00
2006
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
assistência clínica aos usuários, pois favorece a dicotomia das ações de promoção,
prevenção, assistência, reabilitação e manutenção da saúde dos usuários, geralmente,
restringindo o papel das ESF às ações de promoção e prevenção, descompromissado da
assistência.
Por fim, a criação de vínculos e de compromissos entre ESF e comunidade é
dificultada, pois, as equipes acabam por competirem entre si neste papel, o que,
conseqüentemente, impossibilita que se estabeleçam reais laços de co-responsabilidade
entre ESF, usuários e famílias.
Cabe salientar que só é possível planejar tendo conhecimento do sistema sob
nosso comando e do contexto em que ele se insere. O sucesso do planejamento, ou
seja, a efetividade dos resultados mantém relação direta com a qualidade das
informações. Na saúde, as informações necessárias dizem respeito tanto à
caracterização dos equipamentos - unidades de atendimento - como das pessoas que
os utilizam. Vale dizer que a informação constitui-se em suporte básico para toda
atividade humana e que todo o nosso cotidiano é um processo permanente de
informação. Para as organizações conhecerem seus problemas, buscar alternativas
para solucioná-los, atingir metas e cumprir objetivos, é necessário conhecimento e,
portanto, informação. Por isso, pode-se dizer que há um consenso de que não é
possível exercer gerência em nenhum setor se não houver um sistema de apoio à
decisão que se sustente na informação.
Da mesma forma, a informação em saúde deve ser entendida como um
instrumento de apoio decisório para o conhecimento da realidade socioeconômica,
demográfica e epidemiológica (disciplina básica da saúde pública voltada para a
compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a
diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em
termos individuais), para o planejamento, gestão, organização e avaliação nos vários
níveis que constituem o Sistema Único de Saúde. Gerenciar um serviço de saúde significa
cuidar dos aspectos organizacionais e funcionais, tal como em qualquer empresa, lidar
com aspectos administrativos como controlar estoques de materiais, equipamentos, gerir
finanças, recursos humanos, etc., controlar aspectos que representam as condições de
organização e funcionamento dos serviços de saúde.
Dispõe-se de uma série de indicadores e técnicas que permitem estimar a
quantidade de consultas, procedimentos, internações e exames demandados ao sistema
de saúde por uma certa clientela e calcular a capacidade instalada necessária dos
serviços para garantir aquele atendimento. Em relação aos serviços, permitem calcular a
capacidade instalada atual. Esses dados dão suporte à análise da adequação do sistema
às necessidades da clientela.
Uma série de manuais do projeto Saúde & Cidadania está disponível no sítio
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/saude_cidadania/index.html, abrangendo temas como:
Distritos Sanitários: Concepção e Organização; Planejamento em Saúde; Qualidade na
Gestão Local de Serviços e Ações de Saúde; Gestão da Mudança Organizacional;
Auditoria, Controle e Programação de Serviços de Saúde; Sistemas de Informação em
Saúde para Municípios; Vigilância em Saúde Pública; Vigilância Sanitária; Gestão de
Recursos Humanos; Gestão de Recursos Financeiros; Gerenciamento e Manutenção de
Equipamentos Hospitalares; e Gestão de Recursos Materiais e de Medicamentos.
67
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Mercado de Trabalho
Em 2006, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, quatro dos
principais indicadores do mercado de trabalho da Região Metropolitana do Rio de Janeiro
(RMRJ) apresentaram desempenho superior ao observado em 2005, o mesmo se
verificando para o conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pelo
levantamento. Nesta comparação, a RMRJ teve desempenho mais favorável do que a
média das áreas cobertas no quesito relativo à formalização do trabalho23 e na evolução
da taxa de desemprego. No primeiro caso, o aumento da formalização foi maior na RMRJ,
em 2006, tanto em relação a 2005 quanto a 2003. Mesmo assim, a proporção de
ocupados formais na RMRJ, de 43,23% em 2006, ainda é inferior à média das seis
demais regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, de 46,11%.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Recife 14,57
0 2 4 6 8 10 12 14
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Salvado r
P o rto A legre Recife 7,03%
8,58% 6,49%
70
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
respondeu por metade das posições criadas em 2006, registrando acréscimo de 3,94%
no nível de emprego. Na comparação com as demais unidades da federação, a taxa de
crescimento do emprego formal no Estado do Rio de Janeiro ocupou a 15ª posição em
2006.
Em pesquisa realizada no Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED),
constata-se que a regionalização do Estado do Rio de Janeiro feita pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) difere daquela adotada pela PME do IBGE. O objetivo da
análise que ora apresentamos é comparar o desempenho do emprego formal das
diversas regiões e do próprio município de Rio das Flores. Primeiramente, devem ser
listados quais municípios pertencem a essas regiões diferenciadas do CAGED/MTE; a
saber:
73
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
% da
Nº de Nº de % dos
população
empregos empregos empregos
Variação Variação no Estado
Região formais em Admissões Desligamentos formais em formais no
absoluta 2007/2001 em
1º Janeiro 1º Janeiro Estado
01/07/06
2001 2007 (em 01/01/07)
(IBGE)
Macacu-Caceribu 8.838 87.972 70.126 17.846 26.684 202% 0,7% 1,0%
Itaguaí 18.915 60.213 43.754 16.459 35.374 87% 1,3% 1,3%
Baía da Ilha Grande 18.402 70.949 59.165 11.784 30.186 64% 1,2% 1,1%
Bacia de São João 7.212 29.594 25.255 4.339 11.551 60% 0,7% 0,4%
Macaé 51.209 177.964 148.475 29.489 80.698 58% 1,3% 3,0%
Santo Antônio de Pádua 7.302 18.401 15.584 2.817 10.119 39% 0,8% 0,4%
Nova Friburgo 34.274 87.923 76.675 11.248 45.522 33% 1,5% 1,7%
Lagos 39.831 118.537 105.815 12.722 52.553 32% 3,1% 1,9%
Três Rios 22.978 84.870 78.021 6.849 29.827 30% 1,0% 1,1%
Itaperuna 17.483 35.718 31.064 4.654 22.137 27% 1,2% 0,8%
Campos dos Goytacazes 64.837 163.213 146.828 16.385 81.222 25% 3,6% 3,0%
Vassouras 14.932 32.352 28.848 3.504 18.436 23% 1,1% 0,7%
Rio de Janeiro 1.678.359 4.409.019 4.047.930 361.089 2.039.448 22% 74,3% 75,3%
Barra do Piraí 18.940 44.040 40.038 4.002 22.942 21% 1,1% 0,8%
Serrana 67.054 168.314 154.929 13.385 80.439 20% 3,1% 3,0%
Vale do Paraíba Fluminense 94.939 244.902 226.151 18.751 113.690 20% 4,4% 4,2%
Cantagalo-Cordeiro 7.108 15.201 14.164 1.037 8.145 15% 0,4% 0,3%
Santa Maria Madalena 1.308 2.743 2.886 (143) 1.165 -11% 0,2% 0,0%
Totais 2.173.921 5.851.925 5.315.708 536.217 2.710.138 25%
Fonte: Tabulação própria feita a partir dos dados do CAGED de cada município fluminense
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Renda real média do trabalho principal por características básicas no Rio de Janeiro metropolitano
(pessoas com 15 anos ou mais)
1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005
Sexo
Homem 1.064 973 1.313 1.366 1.295 1.407 1.273 1.233 1.188 1.118 1.092 1.114
Mulher 668 615 806 869 892 904 880 815 814 755 760 766
Raça
Branco 1.132 1.042 1.383 1.498 1.416 1.514 1.341 1.331 1.266 1.210 1.167 1.240
Preto e Pardo 592 527 696 711 682 707 712 652 665 615 654 667
Idade
15-24 470 386 525 548 554 564 547 509 517 511 474 506
25-49 1.019 927 1.206 1.306 1.234 1.261 1.166 1.129 1.092 992 1.005 977
50 ou mais 1.052 1.000 1.416 1.310 1.365 1.636 1.467 1.331 1.252 1.223 1.150 1.285
Escolaridade
1º grau incompleto 511 436 580 588 583 598 578 532 532 492 490 509
1º grau completo 723 642 785 785 778 825 770 702 670 605 595 629
2º grau incompleto 742 618 741 770 725 778 687 626 586 583 588 571
2º grau completo 1.069 928 1.222 1.277 1.199 1.204 1.157 1.103 977 938 886 885
Superior incompleto ou mais 2.281 2.220 2.879 2.884 2.945 3.105 2.798 2.592 2.548 2.227 2.179 2.110
Posição na ocupação
Empregado com carteira 987 850 1.034 1.087 1.066 1.118 1.047 992 981 934 912 918
Militar 1.237 1.003 1.459 1.482 1.489 1.692 1.641 1.864 1.570 1.789 1.483 1.563
Funcionário público 1.342 1.158 1.595 1.676 1.745 1.719 1.628 1.780 1.751 1.636 1.781 1.784
Empregado sem carteira 431 426 563 610 575 648 638 631 645 571 567 567
Conta própria 746 768 1.048 1.249 1.096 1.138 1.023 955 884 810 813 903
Empregador 2.360 2.839 4.033 3.881 4.214 4.014 4.065 3.450 3.208 2.910 2.651 2.821
Auto consumo - - - - - - - - - - - -
Não remunerado - - - - - - - - - - - -
Setor de atividade 2
Agricultura e extração 733 475 948 636 821 502 1.532 1.167 752 1.637 1.162 735
Administração pública 1.387 1.255 1.758 1.707 1.752 1.770 1.843 1.876 1.827 1.763 1.845 1.729
Construção civil 637 617 862 965 904 916 766 815 812 644 706 763
Serviços distributivos 912 857 1.117 1.141 1.109 1.184 1.137 1.000 832 781 796 830
Industria moderna 1.176 1.031 1.495 1.449 1.424 1.541 1.221 1.251 1.371 1.274 1.127 1.293
Serviços pessoais 560 480 655 731 709 689 709 638 641 599 602 616
Serviços produtivos 1.428 1.452 1.678 1.898 1.791 2.000 1.631 1.693 1.545 1.421 1.351 1.362
Saúde e educação 913 847 1.220 1.263 1.210 1.400 1.259 1.216 1.260 1.133 1.139 1.169
Serviços comunitários 873 836 1.024 932 1.088 1.312 879 1.163 958 868 684 991
Industria tradicional 790 633 913 1.067 918 1.090 1.006 781 808 707 731 690
Não especificado 2.125 923 1.069 1.214 1.079 1.046 1.367 1.343 - - - -
Fonte: Elaborado pelo IETS a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
Notas: 1 - A pesquisa não foi a campo em 1994 e 2000. 2 - A pesquisa reformulou os códigos de setores de atividades para o ano de
2002, assim a comparação com este ano não é a mais adequada. 3 - Valores expressos em reais de 2005.
Observa-se que, para todas as classes, o pico da renda real média ocorreu no
biênio 1997-1998, ocorrendo redução gradual desde então. As desigualdades de gênero e
raça também são evidentes em toda a série. À medida que aumenta a escolaridade, a
renda média sobe expressivamente em todos os anos, havendo, entretanto, desvantagem
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
para aqueles que têm o 2º grau incompleto quando comparados com aqueles que tem o
1º grau completo. Empregadores, militares e funcionários públicos são os que percebem
maior renda média. Já os empregados sem carteira apresentam o menor rendimento por
todo o período, sujeitos, ainda, a todas as mazelas da informalidade.
Segurança Pública
O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Fundação
Getúlio Vargas, lançou em 2006 um projeto cuja finalidade é abordar temas sobre a
realidade de nosso Estado. Visando a contribuir para maior eficácia na elaboração de
políticas públicas no Estado, caso da segurança pública. Denominado “O Investimento
Público e a Efetividade das Ações Estatais na Segurança”, o texto integral encontra-se
disponível no sítio do TCE-RJ.
Apesar das análises terem caráter exploratório, nada impede que sejam usadas
como ponto de partida para estudos mais profundos e como orientação para políticas
mais urgentes na área de segurança, as quais se encontram no centro da agenda pública
do estado e do país.
A falta de recursos para o aparelhamento das polícias e demais instituições de
segurança pública é um dos fatores que ganham contornos concretos quando nos
detemos sobre a execução orçamentária do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Entre
janeiro de 2003 e junho de 2006, em média, ela absorveu 12,6% dos gastos totais do
Estado, fatia inferior apenas àquelas inscritas nas rubricas Encargos Especiais e
Educação. Mas, quando se analisa a distribuição de gastos, confirma-se que os recursos
se mostram insuficientes para fazer frente às necessidades de investimento e custeio.
Dos recursos públicos estaduais destinados à área, em média, mais de 30% se destinam
ao Fundo Único da Previdência Social e mais de 40% aos gastos com pessoal da ativa e
seus respectivos encargos. Por outro lado, só 3,25% costumam ser direcionados para o
policiamento propriamente dito, sugerindo um desequilíbrio entre o que é gasto nas
atividades meio e o que é gasto nas atividades fim de segurança pública.
Para cumprir os objetivos da pesquisa foram realizadas entrevistas com diferentes
gestores de instituições ligadas à Segurança Pública do Estado: Polícia Militar, Polícia
Civil e Sistema Prisional.
A ausência de planejamento e de critérios de gestão sobre questões orçamentárias
mostrou-se objeto de grande preocupação para significativa parcela dos profissionais
entrevistados. Os discursos acerca desses problemas apontam para déficits de eficácia
na ação empreendida pelo Estado no campo da segurança, visto que o planejamento, em
especial o do sistema orçamentário, é premissa para uma boa execução de políticas
públicas. A elaboração do orçamento viria sendo executada com base no que foi feito em
anos anteriores, sem a preocupação com os aumentos de custos registrados no período,
nem com o estabelecimento de um elo entre receitas, despesas e objetivos de longo
prazo para a segurança pública. Sem contar que diversos fatores exteriores às
organizações (crises, cobranças da opinião pública, julgamentos morais, adequação ao
sistema legal) interferem no seu cotidiano mostrando que a necessidade de antecipação
às contingências é essencial para sua eficácia. Nesse sentido, a adoção de instrumentos
gerenciais eficazes será fundamental para o sucesso de qualquer política no setor.
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Fluminense, no ano de 2002, o fenômeno foi quase inexistente. Em 2004, esse aspecto é
verificado nessas duas regiões e na Região da Costa Verde, sendo que na maior parte do
Estado o fenômeno se estabilizou.
Os crimes de tráfico de drogas se apresentam de forma quase homogênea pelo
Estado. Um exame sobre o banco de dados do Programa Disque-Denúncia do Estado do
Rio de Janeiro, revela que o número de denúncias relativas aos crimes de tráfico e
consumo de drogas e entorpecentes é extremamente elevado. No ano de 2002, os
municípios com as taxas mais elevadas foram Paraty, Itatiaia, Itaguaí, Engenheiro Paulo
de Frontin, Laje do Muriaé, Miracema, Macaé, Armação dos Búzios, Rio Bonito,
Guapimirim e Niterói. No mesmo sentido, em 2004 os municípios com as taxas mais
expressivas foram Paraty, Mangaratiba, Itaguaí, Piraí, Itatiaia, Quatis, Teresópolis,
Aperibé, Miracema, Campos dos Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras, Armação dos
Búzios e Niterói.
Buscou-se verificar quais municípios do Estado do Rio, concentravam as taxas
mais elevadas de criminalidade. Esse enfoque revelou que, em todo o Estado do Rio de
Janeiro, no ano de 2004, 34 municípios apresentavam estatísticas de criminalidade
críticas. Considerando que o estado é formado por 92 municípios, mais de um terço
necessita de políticas de segurança diferenciadas.
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
IV - INDICADORES ECONÔMICOS
Introdução
Uma das melhores notícias para a economia do Estado do Rio de Janeiro em 2006
foi o anúncio da implantação do Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro 25,
maior projeto individual da história da Petrobras e um dos maiores empreendimentos do
setor petroquímico no mundo.
Previsto para entrar em operação em 2012, é fruto de parceria da Petrobras com o
grupo Ultra e o BNDES e está sendo considerada a principal iniciativa brasileira para
aumentar a capacidade de refino de petróleo pesado da bacia de Campos.
Com tecnologia de ponta, o Comperj deverá fabricar produtos petroquímicos
básicos e derivados. Sua estrutura será formada por três gerações, sendo a primeira
responsável pela produção de produtos petroquímicos básicos (eteno, benzeno, propeno,
paraxileno, além de derivados como diesel, nafta e coque) e, a segunda, pela
transformação destes produtos básicos em resinas termoplásticas (estireno, etileno-glicol,
polipropileno, PTA/PET e outras). A expectativa da Petrobrás é de que sejam instaladas
cerca de oito fábricas de segunda geração além de sua própria unidade. Já as indústrias
de terceira geração, a serem atraídas pelo Complexo, serão responsáveis por transformar
esses produtos petroquímicos em bens de consumo, tais como garrafas de plástico,
tecidos, tintas, fibras, componentes para automóveis, aviões e eletrodomésticos etc.
Haverá, ainda, uma Central de Utilidades responsável pelo fornecimento de água, vapor e
energia elétrica necessários para a operação de todo o Complexo.
Com um investimento de aproximadamente US$ 8,3 bilhões, estima-se que o
Comperj terá capacidade para processar 150 mil barris/dia de óleo pesado nacional,
propiciando uma economia de mais de US$ 2 bilhões ao ano em divisas ao reduzir a
importação de petróleo leve e derivados como a nafta e outros produtos petroquímicos. O
Complexo será instalado em um terreno de 45 milhões de metros quadrados, em área
antes considerada rural, e deverá gerar mais de 200 mil empregos diretos e indiretos
durante a fase de construção. Espera-se, ainda, que sejam incorporados mais 50 mil
empregos diretos e indiretos na fase da operação.
Segundo os estudos técnicos desenvolvidos pela Petrobras, a região escolhida foi
apontada como a mais viável em termos econômicos, logísticos e socioambientais. Foram
escolhidos os municípios de Itaboraí e São Gonçalo por estes apresentarem uma
localização estratégica em área com infra-estrutura portuária - terminais de Angra dos
Reis, Ilha d’Água e Ilha Redonda (estes últimos localizados na baía de Guanabara),
dutoviária e rodo-ferroviária, assim como está próxima do Centro de Pesquisas e
Desenvolvimento – CENPES, na Ilha do Fundão, e pode propiciar sinergia com a refinaria
de Duque de Caxias e a Rio Polímeros e outras indústrias petroquímicas, possibilitando
um investimento total menor.
Em Itaboraí será instalada a unidade de produção de petroquímicos básicos. O
crescimento urbano do município foi reavaliado e, com o fluxo migratório que deverá
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
27 - De acordo com dados do próprio Grupo EBX, disponível em http://www.mmx.com.br/web/pt/sistemas/minas-rio/index.html. Acesso em 14/08/2007.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
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Produção Industrial
A indústria fluminense cresceu 1,91%, em 2006, na comparação com o ano
anterior, de acordo com a Pesquisa Industrial Regional do IBGE. Em 2005, a indústria
estadual havia crescido 2,03%. Embora os resultados anuais pouco divirjam, sendo a taxa
de 2006 somente 0,12 ponto percentual inferior à de 2005, as trajetórias se opõem. Ao
longo de 2005, como se vê no gráfico a seguir, as taxas apresentaram evolução
crescente, passando de 0,89%, no primeiro trimestre, para 3,40%, no quarto, em relação
a igual período do ano anterior. Em 2006, após alcançar 5,07%, nos três primeiros meses
do ano, a expansão da atividade industrial cedeu e terminou o ano em 0,11%. A trajetória
de desaceleração também contrasta com o resultado da indústria em âmbito nacional,
que, apesar de ter registrado recuo de 0,27 ponto percentual em relação a 2005, ganhou
impulso durante o segundo semestre de 2006.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
%
6
5,07
5 4,60
4
3,40 3,19
2,78
3
2,10
2 1,66 1,71
0,87 1,06
1 0,89
0,11
0
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em relação a igual trimestre do ano anterior.
%
15
12,35
12
BR RJ
9 8,30
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Comparações Inter-regionais
O Rio de Janeiro apresentou desempenho industrial mais destacado que
Amazonas, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, ocupando a nona posição entre
os 13 estados participantes da pesquisa. O Amazonas, que em 2005 havia liderado o
crescimento industrial, registrou, em 2006, o desempenho mais fraco entre os 13 estados
pesquisados, com taxa de -2,23%. A inversão se explica, predominantemente, pela
retração de 12,79% na produção de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de
comunicação, segmento que responde por fração expressiva da produção amazonense,
mas tem escassa participação na estrutura industrial do Rio de Janeiro.
O Rio Grande do Sul e o Paraná também registraram taxas negativas de
crescimento industrial em 2006: -1,98% e -1,59%, respectivamente. No primeiro Estado, a
crise do agronegócio ainda se refletiu sobre o segmento de máquinas e equipamentos,
cuja produção foi 16,28% inferior à de 2005. Adicionalmente, o complexo coureiro-
calçadista, expoente da economia gaúcha, acusou recuo de 8,91% no volume
manufaturado. No segundo Estado, a produção de veículos automotores sofreu redução
de 20,48%. A economia catarinense, ao contrário dos estados vizinhos, registrou taxa
positiva, mas inferior à fluminense. O fraco desempenho teve a influência contracionista
dos setores madeireiro e de vestuário.
Os resultados da indústria do Rio de Janeiro, em 2006, foram inferiores aos dos
outros três estados da região Sudeste, em particular o Espírito Santo, que cresceu 7,61%.
Assim como a fluminense, a economia capixaba tem na atividade extrativa o seu principal
vetor de crescimento. A diferença é que, enquanto no Rio de Janeiro a atividade é
formada quase que exclusivamente por petróleo e gás natural, no Espírito Santo o foco é
o minério de ferro. A indústria paulista, a mais diversificada do país, cresceu 3,19%,
resultado de expansões em 17 das 20 atividades pesquisadas. Em termos de contribuição
ao resultado final, cabe destacar a produção de máquinas para escritório e equipamentos
de informática, com aumento de 48,54%, em relação a 2005. Em Minas Gerais, a taxa de
4,53% refletiu os aumentos de 8,81% na atividade extrativa e de 10,56% na produção de
veículos automotores.
O Rio de Janeiro também não acompanhou os três estados da região Nordeste
integrantes da pesquisa. Bahia, com crescimento de 3,18%, Pernambuco, com 4,84%, e
Ceará, 8,24%, tiraram proveito, respectivamente, do avanço da produção de celulose,
açúcar e têxteis, os dois primeiros alavancados pelas exportações. Por fim, o estado que
melhor desempenho demonstrou em 2006 e que, por isso, mais se distanciou do Rio de
Janeiro, superando-o em 12,32 pontos percentuais, foi o Pará. A integração das
atividades extrativas, onde se destacam tanto os minérios de ferro quanto os de metais
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
não ferrosos, com a metalurgia do alumínio garantiu 12,25 pontos percentuais dos
14,23% de crescimento assinalados pela indústria paraense.
Indústria Extrativa
Em 2006, a indústria extrativa fluminense, que praticamente se confunde com a
extração de petróleo e gás natural, registrou expansão de 5,03%. A taxa é quase dez
pontos percentuais inferior à de 2005, de 14,99%, indicando forte desaceleração. No
primeiro trimestre do ano, a produção ainda conservou o dinamismo de 2005, crescendo
17,54%. Nos trimestres seguintes, por força de paralisações nem sempre previstas, a taxa
reduziu-se drasticamente, ensaiando, de forma tímida, um princípio de recuperação
durante os meses finais do ano. O gráfico a seguir compara a evolução da indústria
extrativa no Rio de Janeiro e no país com um todo. Mesmo levando em conta a influência
que o Estado exerce sobre a média nacional, fator que justifica a semelhança entre as
duas seqüências, a mineração teve desempenho superior à extração de petróleo, como
atestam os resultados já mencionados de Minas Gerais, Espírito Santo e Pará. Esta
segunda componente da atividade extrativa, mineração, explica porque as taxas nacionais
foram superiores às estaduais.
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
16 BR RJ
13,20
12
7,13
8
5,69
4,12
4 3,51
1,45
0
-0,55
-4
I TRIM 2006 II TRIM 2006 III TRIM 2006 IV TRIM 2006
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em relação a igual trimestre do ano anterior
Indústria de Transformação
A indústria de transformação do Estado do Rio de Janeiro registrou crescimento de
1,18% em 2006. A taxa superou a referente a 2005, de -0,62%. Como já ressaltado,
entretanto, a trajetória ao longo dos trimestres foi de desaceleração, começando com
2,30%, no primeiro trimestre, e terminando com -0,71%, no quarto. O gráfico a seguir
compara as trajetórias fluminense e nacional da indústria de transformação em 2006.
Esta, ao contrário da primeira, reagiu no segundo semestre.
%
5
4,13
4 BR RJ
2,98
3 2,62
2,30 2,26
2
0,97
1 0,69
-1 -0,71
I TRIM 2006 II TRIM 2006 III TRIM 2006 IV TRIM 2006
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em relação a igual trimestre do ano anterior
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Dos cinco setores que se expandiram no Rio de Janeiro, responsáveis por pouco
mais de metade do valor produzido pela indústria de transformação fluminense, quatro
apresentaram taxas superiores a 5%. Destes, o que registrou a maior contribuição
individual, bem como a maior taxa de crescimento, foi a indústria de alimentos. O
percentual de expansão deste setor no Rio de Janeiro, de 11,04%, superou por larga
margem a média nacional, de 1,81%. Apesar do crescimento expressivo, a proporção
ocupada pelo setor de alimentos fluminense na indústria do Estado é a mais baixa entre
as 13 unidades da federação incluídas na pesquisa. No país, houve desempenhos ainda
mais destacados que o da indústria de alimentos fluminense. No Pará, o setor cresceu
18,04% e no Espírito Santo, 12,53%. Em compensação, em Santa Catarina, onde o setor
de alimentos é líder em participação na estrutura industrial, o resultado foi de -8,04%,
reflexo das dificuldades enfrentadas pela avicultura e suinocultura em suas respectivas
operações de exportação.
Dos demais quatro setores com taxas positivas de crescimento no Rio de Janeiro,
três obtiveram aumentos mais expressivos do que as respectivas médias nacionais. Por
ordem de contribuição ao resultado final aparecem: edição, impressão e reprodução de
gravações, com crescimento de 10,17%, no Estado, ante 1,73% na média nacional;
farmacêutica, com 5,10% contra 4,39% no país, e outros produtos químicos, com 1,99%
contra -0,90%. Destas três, farmacêutica é aquela em que o Rio de Janeiro ocupa a
posição de maior relevo no contexto nacional, atrás apenas das unidades sediadas em
São Paulo que, em 2006, registraram crescimento de 3,14%. Destacou-se ainda no Rio
de Janeiro a indústria de bebidas, que cresceu 5,10%, desempenho, todavia, superado
pela média nacional, que registrou aumento de 7,08%.
Outros três setores, que somados representam pouco mais de um terço da
indústria de transformação fluminense, apresentaram decréscimos em seus respectivos
volumes de produção em 2006, ao mesmo tempo em que no plano nacional tais
segmentos obtiveram resultados positivos. A queda que provocou a maior repercussão
negativa sobre o resultado global da indústria foi a do setor de metalurgia básica. Este
segmento, que compreende um leque amplo de produtos siderúrgicos, especialmente
bobinas de aço e folhas de flandres, registrou variação de -4,62% no volume produzido
em 2006. A média nacional foi de 2,84%. O gráfico a seguir compara o desempenho da
metalurgia básica fluminense com os de outros cinco estados onde a atividade está
instalada de forma representativa. Em todos, as taxas de crescimento superaram a do Rio
de Janeiro, embora a comparação com Pará e Bahia seja menos pertinente pois nesses
estados a atividade está voltada à metalurgia dos não ferrosos. A queda na produção
fluminense pode ser em parte atribuída à paralisação de um alto forno da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), já reparado.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
%
25 22,92
20
15
9,69 8,04
10
4,29
5 2,84 2,71
0
-5
-4,62
-10
Fonte: IBGE
Nota: Variações percentuais em 2006, em relação a 2005
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Comércio Varejista
O comércio varejista, um dos destaques da economia brasileira, em 2006, registrou
crescimento no volume de vendas de 6,08%, no Estado do Rio de Janeiro. A taxa é
praticamente a mesma observada no conjunto do país, de 6,16%. No conceito de
comércio varejista ampliado, que engloba outras duas atividades - veículos, motos, partes
e peças e material para construção - o volume de vendas expandiu-se 5,98%, no Estado,
e 6,45%, no país.
Na comparação com as outras unidades da federação, a taxa de crescimento do
volume de vendas do comércio varejista do Rio de Janeiro ocupou a 17ª colocação,
avançando cinco posições em relação a 2005. Na região Sudeste, o Rio de Janeiro
superou São Paulo, por pouco mais de 0,30 ponto percentual, mas ficou atrás de Minas
Gerais e Espírito Santo, ambos com taxas acima de 10%.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Agropecuária
A atividade agropecuária responde por 0,6% do PIB fluminense, a mais baixa
contribuição à economia local entre todos os estados brasileiros. A fração agropecuária
fluminense só é maior do que a do Distrito Federal. Para estimar o desempenho do setor
na economia estadual, foram selecionadas seis culturas, com valores de produção que se
destacam em relação às demais. O valor da produção, levantado pelo IBGE em sua
Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), referente a 2004, última informação disponível, é
usado como peso para se obter um indicador consolidado da atividade agrícola
fluminense. O desempenho de cada lavoura em 2006 é obtido da pesquisa Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola, também do IBGE.
A lavoura canavieira, principal atividade agrícola desenvolvida no Estado, ao contrário
do que se verificou nos principais pólos produtores, sofreu uma retração de 9,72% no volume
colhido. Das outras cinco lavouras selecionadas para representar a atividade agropecuária
fluminense, quatro apresentaram pequenas oscilações, para mais ou para menos, com
impactos praticamente desprezíveis sobre o resultado do indicador. O quinto produto,
mandioca, registrou queda de produção de 11,63%. Consideradas as taxas de crescimento e o
peso relativo destas seis lavouras, chega-se a um resultado consolidado de –4,64%, que será
usado para fins de estimativa do PIB fluminense de 2006.
Indústria
A atividade industrial, no contexto do cálculo do PIB fluminense, desdobra-se em
duas: extrativa e de transformação. As duas serão representadas pelos respectivos
indicadores de produção física, levantados pelo IBGE em sua Pesquisa Industrial
Regional, comentada anteriormente. Em 2006, as taxas de variação relativas aos dois
setores no Estado do Rio de Janeiro foram: 5,03% e 1,18%.
Comércio
A atividade comercial inclui varejo e atacado. Para efeito desta estimativa, dada a
inexistência de informações regionalizadas acerca da parcela atacadista, usa-se apenas o
indicador de volume de vendas do comércio varejista, cuja taxa de crescimento em 2006,
no Rio de Janeiro, foi de 6,08%.
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TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
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Construção
Em 2006, o valor adicionado pelo setor da construção registrou aumento real, isto
é, sem a influência dos preços, de 4,6%, considerando-se o país como um todo. O
resultado representou importante recuperação, após crescimento de apenas 1,2%, em
2005. Um dos fatores que explicam a melhora de desempenho do setor é a ampliação
das operações de crédito habitacional, de 22,6%, nos 12 meses encerrados em dezembro
de 2006, impulsionadas por aumento na renda das famílias e redução nas taxas de juros.
Uma conseqüência do maior dinamismo da atividade foi a elevação do nível de emprego.
Segundo o CAGED, do Ministério do Trabalho, o emprego formal na construção cresceu
em 2006, em todo o território nacional, o equivalente a 7,84%. No Rio de Janeiro, o
emprego formal elevou-se 13,56%. Outra indicação da boa fase que a construção
atravessa é o consumo de cimento. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de
Cimento (SNIC), o consumo do produto no Estado foi de 3.594.172 toneladas, com
aumento de 12,02%, em relação a 2005. No plano nacional, verificou-se alta de 8,28%.
Para efeito de cálculo do PIB do Rio de Janeiro, será usado como indicador de
crescimento do valor adicionado da construção a taxa de variação atribuída ao setor no
PIB brasileiro, multiplicada pela razão entre as taxas de crescimento do emprego formal
no Rio de Janeiro e no Brasil. Este procedimento pressupõe que a produtividade do
trabalho seja a mesma, no Estado e no país, hipótese que se justifica pela disseminação
de práticas semelhantes nas diversas regiões geográficas e amplo emprego de mão-de-
obra pouco qualificada. Em termos numéricos, admite-se que cada ponto percentual de
variação na mão-de-obra empregada leva à mesma variação do valor adicionado da
construção no Rio de Janeiro e no Brasil. Vale dizer, a taxa estimada de crescimento da
atividade no estado será de 8,33%.
Comunicações
No cálculo do PIB, o setor de comunicações é tradicionalmente representado pelo
número de pulsos telefônicos. Na ausência desta informação, optou-se por replicar para o Rio
de Janeiro, a taxa de crescimento observada para o país, de 2,3%, segundo dados do IBGE.
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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Transportes
O indicador usado para se estimar o desempenho regional deste setor é o
consumo de óleo diesel, uma vez que grande parte dos meios de transporte se utiliza
deste combustível. Em 2006, segundo dados da ANP, as vendas de óleo diesel no Rio de
Janeiro decresceram 6,85%, retrocedendo a níveis próximos aos de 2000. No plano
nacional, também se verificou queda nas vendas, de 6,21%.
Serviços
O setor de serviços, na presente estimativa, compreende a intermediação
financeira, as atividades imobiliárias e outros serviços, tais como alojamento e
alimentação. O desempenho regional do setor é avaliado por meio da evolução do nível
de emprego, combinado a um indicador de produtividade do trabalho. Em 2006, o nível de
emprego formal no setor de serviços no Estado do Rio de Janeiro, segundo dados do
CAGED do Ministério do Trabalho, elevou-se 3,93%, taxa um pouco inferior à do setor em
termos nacionais, de 4,84%. Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento do setor de
serviços, no contexto do PIB brasileiro, segundo o IBGE, foi de 4,25%.
Combinando-se os percentuais de crescimento do valor adicionado e do emprego,
obtém-se um coeficiente indicativo da evolução da produtividade do trabalho no setor. De
acordo com este coeficiente, estimado com base nos parâmetros nacionais, cada ponto
percentual de aumento no nível de emprego formal está associado a 0,88 ponto
percentual de acréscimo da produção do setor de serviços. Considerando que o nível de
produtividade do trabalho no setor de serviços é o mesmo no Estado e no país, como a
taxa de crescimento do emprego neste segmento, no Rio de Janeiro, em 2006, foi de
3,93%, obtém-se como indicador do avanço do valor adicionado setorial a taxa de 3,35%.
Administração Pública
Por convenção metodológica adotada pelo IBGE no cálculo das Contas Nacionais,
as taxas de variação do conjunto de atividades exercidas pelas administrações públicas,
antes estimadas pelo crescimento populacional, são agora avaliadas pelo nível de
emprego. Dessa forma, usando dados do Ministério do Trabalho (CAGED) de 2006,
considerou-se para este setor, que representa aproximadamente 17,1% do PIB regional,
um crescimento de 3,36% no Rio de Janeiro.
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TCE
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A taxa de crescimento de 2006 foi quase três pontos percentuais inferior à de 2005,
estimada em 6,42%28. A principal justificativa desta desaceleração foi o recuo da taxa de
crescimento da indústria extrativa, de 14,98%, em 2005, para 5,03%, em 2006. Outro
setor que contribuiu para a menor expansão foi a administração pública, cuja taxa de
crescimento baixou de 7,50% para 3,36%. Estes recuos foram em parte compensados por
acelerações nas atividades de construção, comércio e serviços. O gráfico a seguir
compara as taxas de crescimento setoriais, em 2005 e 2006.
28 - A taxa de 2005 foi recalculada com base nas ponderações de 2004, sendo atualizada em relação à estimativa feita no início de 2006, com pesos de
2003. Houve ainda revisões nas taxas de crescimento das atividades serviços industriais de utilidade pública e administrações públicas, objeto do
Relatório de Parecer Prévio das Contas de Governo de 2005.
99
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
3,35
Serv iços
2,00
-6,85
Transportes
2,30
2,30
Comunicações
4,30
6,08
Comércio
4,13
2,83
SIUP
9,52
8,33
Construção
1,59
1,17
Indústria de Transformação
-0,62
5,03
Indústria Extrativ a
14,98
-4,64
Agropecuária
-3,42
3,59
PIB
6,42
-10 -5 0 5 10 15 20
2005 2006
Os cálculos feitos para os anos de 2005 e 2006 podem ser encadeados aos dados
divulgados pelo IBGE, referentes ao período que vai de 2001 a 2004, combinando-se as
taxas de crescimento físico a deflatores setoriais do PIB nacional, ponderados de acordo
com a estrutura da economia fluminense. Através deste encadeamento chega-se ao valor
estimado para o PIB do Estado de Rio de Janeiro, em 2006: R$ 292.737 milhões.
100
TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
R$
DF 19.071
RJ 14.639
SP 13.725
RS 13.320
AM 11.434
ES 10.289
BR 9.729
MG 8.771
Petróleo e Derivados
A produção de petróleo no Estado do Rio de Janeiro, em 2006, apresentou
crescimento de 5,6%, em relação ao ano de 2005, aumento similar ao apresentado
pelos demais estados. Com isto, a participação fluminense sobre o total de petróleo
extraído no país manteve-se em 84,2%. O desempenho ao longo de 2006 foi
irregular, com taxas entre 16,1%, no primeiro trimestre, e 0,1%, no segundo. O ano
terminou com a produção em rota de normalização, ainda que a uma taxa modesta,
de 4,7%, no terceiro trimestre.
101
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
600
RJ BR
550
500
450
400
350
300
Fonte: ANP
102
TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
103
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Nos serviços industriais de utilidade pública, a capital é 3,5 vezes maior que Piraí,
seguida por Nova Iguaçu, Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias e Carmo. No total, o produto
deste setor somou R$10,6 bilhões.
Nos transportes, cujo produto somou R$10,8 bilhões, após a capital seguem Macaé,
Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu, Volta Redonda, São Gonçalo e Itaguaí.
As comunicações apresentam destaque na capital, 12 vezes maior que Niterói, seguido
por Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Macaé, Petrópolis, Campos e São João de Meriti. Seu
produto alcançou R$9,3 bilhões em 2005.
Mais de oitenta por cento das instituições financeiras concentram sua produção na
capital, seguida por Niterói, Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu, Volta
Redonda, São Gonçalo, Macaé, Petrópolis e Nova Friburgo. Este setor somou um produto de
R$5,2 bilhões.
Quanto à Administração Pública, o setor somou R$16,0 bilhões. Após a capital, têm
maior produção São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, seguidos de Belford Roxo,
Niterói, São João de Meriti e Campos dos Goytacazes.
Os aluguéis totalizaram R$20,2 bilhões, tendo a capital um produto oito vezes mais que
os três seguintes, todos acima de R$1 bilhão: São Gonçalo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
Seguem Belford Roxo, Niterói, São João de Meriti e Campos dos Goytacazes.
Em outros serviços, a capital é 18 vezes mais forte que cada um dos três seguintes,
com produto equivalente, casos de Macaé, Niterói e Duque de Caxias. Seguem Petrópolis,
Volta Redonda, Itaguaí e Nova Iguaçu. O setor totalizou R$52,6 bilhões.
Para uma melhor visualização da participação das regiões na economia estadual,
depuramos no gráfico a seguir as participações da capital e da Bacia de Campos, reduzindo-se
o PIB para aquilo que foi produzido apenas nos demais municípios, ou seja, 36,6% dos
R$263,8 bilhões apurados pela Fundação CIDE.
Região Metropolitana
sem a capital
47%
Região do Médio Paraíba
24%
Região Centro-Sul
Fluminense
Região da Costa Verde 2%
3%
104
TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Dos 22 municípios com PIB a preços básicos acima de R$ 1 bilhão em 2005, nove
pertencem à Região Metropolitana (pela ordem: capital, Duque de Caxias, Niterói, São
Gonçalo, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Mesquita e Magé); dois à
Região Norte (Macaé e Campos); três representam a Região Serrana (Petrópolis, Nova
Friburgo e Teresópolis); a Região das Baixadas Litorâneas é representada por Cabo Frio;
a Região do Médio Paraíba traz cinco municípios (Volta Redonda, Porto Real, Resende,
Barra Mansa e Piraí); e a Região da Costa Verde apresenta Angra dos Reis e Itaguaí.
Naquele mesmo ano, dez municípios tiveram PIB entre R$ 500 milhões e R$ 1
bilhão, sendo três da Região Metropolitana (Itaboraí, Nilópolis e Queimados); Itaperuna
representa a Região Noroeste; Rio Bonito, Araruama e Maricá, a Região das Baixadas
Litorâneas; Barra do Piraí e Itatiaia, o Médio Paraíba; e Três Rios, a Região Centro-Sul
Fluminense.
Entre R$ 200 e R$ 500 milhões de PIB, encontravam-se 18 municípios:
Seropédica, Japeri, Paracambi e Guapimirim da Região Metropolitana; Santo Antônio de
Pádua e Bom Jesus do Itabapoana da Região Noroeste; Cantagalo e Carmo da Região
Serrana; Rio das Ostras, Cachoeiras de Macacu, São Pedro da Aldeia, Saquarema,
Armação dos Búzios e Casimiro de Abreu da Região das Baixadas Litorâneas; Valença
do Médio Paraíba; Paraíba do Sul da Região Centro-Sul; Mangaratiba e Paraty da Região
da Costa Verde.
Entre R$ 100 e R$ 200 milhões, havia 18 municípios; entre R$ 50 e R$ 100
milhões, 17; e sete produziram menos de R$ 50 milhões.
No gráfico que segue, pode-se verificar os desempenhos dos municípios da região
de Rio das Flores, entre 2000 e 2005.
2 000 000 4 000 000 6 000 000 8 000 000 10 000 000 12 000 000
105
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Agropecuária
Outros serviços 6,6%
34,0%
Ind.extrativa
0,0%
Ind.transformação
1,6%
Construção civil
15,3%
Aluguéis
17,9% SIUP
4,0%
Transportes
Adm.pública 3,0%
14,2%
Comunicações
Inst.financeiras 0,9%
0,3%
SIUP
Construção civil
Comércio
Ind.transformação
Ind.extrativa
Agropecuária
30 - Em 2000, o setor Transportes engloba Comunicações. Dados setoriais sem imputação de intermediação financeira.
106
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Outros serviços
Aluguéis
Adm.pública
Inst.financeiras
Comunicações
Transportes
Para concluir o presente capítulo, a tabela a seguir apresenta a produção por setor
econômico em Rio das Flores no ano 2005 e sua posição frente aos demais 91
municípios do Estado nos últimos seis anos.
107
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
31
V - INDICADORES FINANCEIROS
Mil reais
Evolução da receita realizada
20.000
18.000
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Receitas de Capital 1.154 6.007 4.051 5.064 1.784 3.750
Receitas Correntes 9.066 9.763 10.383 12.474 12.598 15.116
Receita Total 10.220 15.771 14.434 17.538 14.382 18.866
Mil reais
Evolução da despesa realizada
20.000
18.000
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Despesas de Capital 2.115 8.643 3.723 6.001 2.395 2.934
Despesas Correntes 8.716 8.839 9.993 13.080 12.736 16.325
Despesa total 10.831 17.481 13.716 19.080 15.131 19.259
31 - Fontes: Prestações de Contas 2001 a 2005 – dados revisados em relação à edição anterior – 2006 - Ofício nº308/07 – números consolidados;
Anuários CIDE 2001 a 2006; Fundação CIDE: ICMS arrecadado; IBGE: projeção de população 2001 a 2006.
108
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
A receita realizada aumentou 85%, enquanto que a despesa cresceu 78% entre
2001 e 2006.
Com relação à composição das receitas correntes, os gráficos a seguir apresentam
sua evolução no período de seis anos em análise:
2001 2002
Royalties Receita de Receita Royalties Receita de
Receita 1,8% Patrimonial
Serviços Receita Tributária 2,4% Serviços Outras receitas
Receita Tributária Patrimonial 0,9% 3,4% correntes
2,8% 6,9%
6,6% 0,7% 0,9%
Outras receitas
correntes Transferências
0,8% Correntes da
União
Transferências 20,5%
Correntes da
Transferências
Transferências União
20,9% Correntes do
Correntes do Estado
Estado 65,1%
66,4%
2003 2004
Receita Patrimonial Receita de Receita de
Receita Royalties 1,8% Royalties contribuição Serviços
Receita Tributária Receita de
Patrimonial 2,9% Receita Tributária 2,9% 0,0% 0,9%
9,6% Serviços
2,3% 6,8%
0,0% Outras receitas
Outras receitas
correntes
correntes 5,9%
3,1%
Transferências Transferências
Transferências Correntes do Correntes da União
Transferências Correntes da Estado 19,4%
Correntes do União 62,4%
Estado 17,9%
64,1%
Transferências
Transferências Transferências Correntes da
Transferências Correntes do
Correntes do Correntes da União
União Estado 26,2%
Estado 60,1%
62,9% 21,8%
109
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
1.000
800
600
400
200
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
IPTU 58 59 76 81 97 108
ITBI 45 45 41 57 41 24
ISS 406 479 768 679 735 720
Taxas 87 89 112 30 34 22
Contr.de Melhoria - - - - - 2
Total 596 672 997 846 907 878
110
TCE
Secretaria-Geral de Planejamento
TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
4.000
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
2001 2002 2003 2004 2005 2006
32 - A partir de 2002, a receita de Imposto de Renda retido na fonte – IRRF, passou a ser contabilizada como receita tributária do município. Para
preservar a série, no entanto, o IRRF segue alocado como Transferência Corrente da União.
111
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Os indicadores a seguir são úteis para melhor interpretação das finanças públicas
da administração direta municipal.
1,20
1,0523
0,9436 0,9192 0,9505 0,9796
1,00 0,9021
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
112
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
113
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
0,120
0,100
0,100
0,084
0,076
0,080 0,071
0,065
0,054
0,060
0,040
0,020
0,000
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Houve redução da autonomia municipal, uma vez que a Receita Tributária cresceu
apenas 47% no período, contra 129% de aumento das despesas de custeio.
Conclui-se que houve queda na capacidade do ente em manter as atividades e
serviços próprios da administração com recursos oriundos de sua competência tributária,
o que o torna mais dependente de transferências de recursos financeiros dos demais
entes governamentais.
Este indicador tem como objetivo comparar o esforço tributário próprio que o
município realiza no sentido de arrecadar os seus próprios tributos, em relação às receitas
arrecadadas.
Os recursos financeiros gerados em decorrência da atividade tributária própria do
município correspondem a 6,6% da receita total, enquanto, nos anos anteriores, sua
performance está demonstrada no gráfico a seguir.
114
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
0,08
0,0 0,07
0,0 0,06
0,0 0,06
0,0 0,06 0,05
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
200 200 200 200 200 200
Houve redução de 4% neste indicador nos últimos seis anos, apesar dos maiores
volumes inscritos na dívida ativa.
Não resta dúvida que a maior parte da capacidade de investimento do Município
está atrelada ao comportamento da arrecadação de outros governos, Federal e Estadual,
em função das transferências de recursos.
Há de se ressaltar, também, dentro de nossa análise, quanto aos valores que vêm
sendo inscritos em dívida ativa, se comparados com o total da receita tributária
arrecadada nos respectivos exercícios 33. Dentro dos demonstrativos contábeis, não foi
possível segregar a dívida ativa em tributária e não tributária.
100%
90%
80%
70%
Participação no
60%
somatório de ambos os
componentes 50%
40%
30%
20%
10%
0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Receita Tributária 596 672 997 846 907 878
Ins crição na Dívida Ativa 110 136 223 222 197 381
115
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Cobrança no exercício 30 70 69 95 165 121
Estoque anterior 243 324 367 521 648 680
100%
80%
60%
40%
20%
100%
80%
60%
40%
20%
116
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Indicador da dependência de
transferências de recursos
Sem royalties Com royalties
0,40
0,20
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
117
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
118
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Este indicador reflete a carga tributária que cada habitante do município tem em
decorrência da sua contribuição em impostos, taxas e contribuições de melhoria para os
cofres municipais.
Verifica-se que, ao longo do exercício de 2006, cada habitante contribuiu para com
o fisco municipal em aproximadamente 118 reais. Nos exercícios anteriores, tais
contribuições estão expressas em valores correntes no gráfico a seguir, havendo aumento
de 46% no período.
160,0
133,3 128,1
140,0
114,3 117,6
120,0
94,2
100,0 80,6
80,0
60,0
40,0
20,0
0,00
200 200 200 200 200 200
Este indicador objetiva demonstrar, em tese, o “quantum” com que cada cidadão
arcaria para manter a operacionalização dos órgãos públicos municipais.
119
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
2.500,0
1.915,1
2.000,0
1.587,0 1.517,7
1.500,0 1.251,1
1.122,8
913,3
1.000,0
500,0
0,00
200 200 200 200 200 200
120
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Reais
1.200,0 1.077,1
1.000,0
800,0 692,3
600,0 444,9
400,0 260,9 309,4
252,9
200,0
0,0
200 200 200 200 200 200
60% 53,77%
50%
40%
32,48%
30% 24,62%
19,22%
20% 15,17% 13,93%
10%
0%
2001 2002 2003 2004 2005 2006
121
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
0,80 0,66
0,70 0,67 0,67
0,60 0,53
0,50
0,40
0,30 0,26
0,20 0,16
0,10
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006
122
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
123
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
34 - Rateados entre todos, na razão direta da população de cada um, assegurando-se ao município que concentrasse as instalações industriais para
processamento, tratamento, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural 1/3 (um terço) da cota desse item.
35 - Rateados entre eles, na razão direta da população dos distritos cortados por dutos.
36 - Rateados entre eles, na razão direta da população de cada um, excluídos os municípios integrantes da Zona de Produção Secundária.
124
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
37 - A lei prevê que esta alíquota poderá ser reduzida pela ANP até um limite de 5%, tendo em conta os riscos geológicos, as expectativas de produção e
outros fatores.
125
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
126
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
127
ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Secundária – ZPS, estavam aqueles fora da principal que têm o gasoduto passando por
seus distritos: Silva Jardim, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Magé e Duque de
Caxias. Faziam parte da Zona Limítrofe – ZL, um conjunto de outros municípios, sendo
que 32 deles nada recebiam.
Em 2003, quando Angra dos Reis, Duque de Caxias, Rio de Janeiro e Niterói
passaram a integrar a ZPP, os municípios em seu entorno se habilitaram para a ZL,
beneficiando Belford Roxo, Itaboraí, Itaguaí, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu,
Paracambi, Paraty, Queimados, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá.
Em 2006, habilitaram-se para ZPS os municípios de Nova Iguaçu, Miguel Pereira,
Paty do Alferes, Vassouras e Rio das Flores, em virtude do gasoduto que segue para
Minas Gerais. Também começaram a receber liminarmente como ZPS os municípios de
Japeri, Piraí, Volta Redonda e Barra Mansa, decorrente do gasoduto que segue para São
Paulo. Em decorrência, os municípios em seu entorno passaram a receber como ZL em
2007: Barra do Piraí, Itatiaia, Mendes, Pinheiral, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro e
Valença.
O mapa a seguir é ilustrativo do quadro de mudanças ocorrido:
128
TCE
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TRIBUNAL DE CONTAS DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
Apenas 17 municípios (quatro da ZPP original, três da ZPP mais recente, outros
quatro da ZPS inicial e seis da ZL) tiveram aumento superior à média de 266,2% entre
2001 e 2006 e uma análise mais pormenorizada deve ser feita à luz dos componentes de
cada um dos elementos dessas rubricas de royalties 38.
Constam desses 17 os municípios de Japeri, Piraí, Volta Redonda e Barra Mansa,
que seguem recebendo como ZL e, também, liminarmente, como ZPS. Tal distorção está
causando perdas nos royalties até 5% de todos os demais municípios. Ao invés de 60%
para a ZPP, estão sendo pagos somente 59,40%; de 10% previstos para ZPS, apenas
9,44%; de 30% para ZL, não mais que 28,31%.
Também inclusos nos mesmos 17 entes estão o primeiro colocado, Niterói, que
teve aumento de participações governamentais da ordem de 46.361% em seis anos; Rio
de Janeiro, 6.437%; e Angra dos Reis, 666%. Duque de Caxias foi o município mais
prejudicado no período, com uma evolução de apenas 56% entre 2001 e 2006.
A entrada para ZPP dos municípios de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Niterói e
Rio de Janeiro no ano 2003 fez com que o grupo inicial contemplado pela Bacia de
Campos repassasse pouco mais de 27% dos royalties até 5% para os novos
participantes, bem como que Macaé perdesse 2/3 de sua participação como provedora de
instalações para Angra e a capital. Dos royalties acima de 5%, há 11% deste valor
destinados a municípios afetados por instalações e Macaé cedeu 25% do que recebia
principalmente para Angra dos Reis. Dos 4% desta rubrica destinados a municípios
afetados por zona de influência, os maiores beneficiados foram Mangaratiba e Paraty. O
primeiro teve aumento de 1.355% em participações governamentais e o segundo, que
somente passou a ter alguma compensação em 2003, apresentou crescimento de 348%
em apenas três anos. Os 85% restantes da parcela acima de 5% destinados aos
municípios confrontantes em nada se alterou.
O ingresso em 2006 de novos participantes da ZPS fez com que os integrantes
iniciais da mesma ficassem com 47,4% da cota de 10% dos royalties até 5%. Os novos
integrantes, que nada recebiam até 2006, já participam com mais da metade desse
quinhão. Nada impede que mais um ou outro município ainda venha a se habilitar como
ZPS no futuro.
Os integrantes pioneiros da ZL tiveram que partilhar, no período, com novos
participantes do grupo, que já soma um total de 65 municípios em 2007. Para se ter uma
idéia do tamanho dessa nova divisão, seu incremento de receita ficou pouco acima dos
100%, contra 266% da média no período 2001-2006. Como o rateio considera a
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Municípios %
Aperibé, Laje do Muriaé, Macuco, São José de Ubá, São Sebastião do Alto e Varre-Sai 1,06
Duas Barras, Santa Maria Madalena, Trajano de Morais e Quatis 1,11
Cardoso Moreira, Italva, Engenheiro Paulo de Frontin e Porto Real 1,17
Cambuci, Carmo, Iguaba Grande, Natividade, Porciúncula e Sumidouro 1,22
Mendes e Rio Claro 1,27
Cantagalo, Conceição de Macabu, Cordeiro, Pinheiral e São José do Vale do Rio Preto 1,32
Arraial do Cabo, Bom Jardim, Itaocara e Piraí 1,38
Mangaratiba, Miracema, Tanguá e Itatiaia 1,43
Paraty 1,48
Bom Jesus do Itabapoana 1,54
Santo Antônio de Pádua e São Fidélis 1,59
Paracambi e São Francisco de Itabapoana 1,64
Rio Bonito e Saquarema 1,69
São Pedro da Aldeia 1,75
Seropédica e Valença 1,80
Maricá 1,85
Araruama, Itaperuna, Japeri, Itaguaí e Barra do Piraí 1,91
Resende 1,96
Queimados 2,01
Teresópolis 2,07
Barra Mansa, Belford Roxo, Itaboraí, Mesquita, Nilópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, São
2,12
Gonçalo, São João de Meriti e Volta Redonda
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Além de finitos, por serem decorrentes de atividade extrativa não renovável, esses
recursos são instáveis. Contar com os mesmos para custeio continuado é uma
temeridade. O foco deve ser no investimento para promoção do desenvolvimento
sustentável e em custeio flexível para aprimoramento da gestão pública.
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O Passo a Passo da Agenda 21 Local pode ser acessado via internet no sítio do
Ministério do Meio Ambiente.
O trabalho de construção de indicadores de desenvolvimento sustentável, realizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2004), é inspirado no
movimento internacional liderado pela Comissão para o Desenvolvimento Sustentável
(CSD em inglês) das Nações Unidas, que os organiza nas dimensões ambiental, social,
econômica e institucional preconizados pela RIO-92:
A dimensão ambiental diz respeito ao uso dos recursos naturais e à degradação
ambiental, e está relacionada aos objetivos de preservação e conservação do meio
ambiente. Os indicadores adotados pelo IBGE abrangem:
• atmosfera – consumo industrial de substâncias destruidoras da camada de
ozônio e concentração de poluentes no ar em áreas urbanas;
• terra – uso de fertilizantes, uso de agrotóxicos, terras em uso agrossilvipastoril,
queimadas e incêndios florestais, desflorestamento na Amazônia Legal, área
remanescente e desflorestamento na Mata Atlântica e nas formações vegetais litorâneas,
desertificação e arenização;
• água doce – qualidade de águas interiores;
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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2007
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Eqüidade
• Classe, gênero, cor e raça: índice de Gini da distribuição do rendimento, taxa de
desocupação, rendimento familiar per capita, rendimento médio mensal, taxa de
escolarização, taxa de alfabetização.
• Necessidades básicas: acesso a serviço de coleta de lixo doméstico, acesso a
sistema de abastecimento de água, acesso a esgotamento sanitário, prevalência de
desnutrição total, oferta de serviços básicos de saúde, adequação de moradia.
Eficiência
• Econômica: destinação final do lixo, tratamento de esgoto, produto interno bruto
per capita, consumo de energia per capita, intensidade energética, consumo mineral per
capita, rejeitos radioativos: geração e armazenamento.
• Social: esperança de vida ao nascer, taxa de mortalidade infantil, doenças
relacionadas ao saneamento ambiental inadequado, coeficientes de mortalidade por
homicídios e por acidentes de transporte.
Adaptabilidade
• Atividade: taxa de investimento, balança comercial, participação de fontes
renováveis na oferta de energia, reciclagem, coleta seletiva de lixo.
• Capacidade: escolaridade, existência de conselhos municipais, gastos com
pesquisa e desenvolvimento, gasto público com proteção ao meio ambiente, acesso a
serviços de telefonia e à internet.
Atenção a gerações futuras
• Legado ambiental: consumo industrial de substâncias destruidoras da camada
de ozônio e concentração de poluentes no ar em áreas urbanas, uso de fertilizantes, uso
de agrotóxicos, terras em uso agrossilvipastoril, queimadas e incêndios florestais,
desflorestamento na Amazônia Legal, área remanescente e desflorestamento na Mata
Atlântica e nas formações vegetais litorâneas, desertificação e arenização, qualidade de
águas interiores, balneabilidade, produção de pescado marítima e continental, população
residente em áreas costeiras, espécies extintas e ameaçadas de extinção, áreas
protegidas, tráfico, criação e comércio de animais silvestres, espécies invasoras.
• Legado socioeconômico: taxa de crescimento da população, população e terras
indígenas, imunização contra doenças infantis, taxa de uso de métodos contraceptivos,
grau de endividamento, vida útil das reservas minerais, ratificação de acordos globais.
O conceito de desenvolvimento auto-sustentado é constantemente atrelado ao de
desenvolvimento endógeno ou local, entendido como processo endógeno de mobilização
das energias sociais em espaços de pequena escala (municípios, localidades,
microrregiões) que implementam mudanças capazes de elevar as oportunidades sociais,
a viabilidade econômica e as condições de vida da população. Para que o
desenvolvimento sustentado se conecte ao local, a gestão pública deve ser
democratizada e descentralizada, buscando a participação dos atores sociais para a
construção de um processo de planejamento que possibilite atuar numa perspectiva de
longo prazo.
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O governo local deve estar preparado tanto política como tecnicamente para
processar e dar resposta às demandas e reivindicações que surgem do movimento social.
Esse é um grande desafio, pois os governos em geral, mesmo os democráticos, são
marcados pela centralização do poder e as decisões não são divididas com a sociedade,
que se mantém alheia, não exercendo sua cidadania.
Qualquer município pode estabelecer seu tripé estratégico para um salto efetivo de
qualidade na gestão pública e na vida de seus cidadãos. No bojo da questão da
sustentabilidade, inúmeros são os indicadores disponíveis, mas não todos, o que
demanda ênfase do gestor local a melhor conhecer dados e informações de sua
municipalidade para melhores tomadas de decisão.
A aplicação dos recursos de royalties não necessariamente está sendo realizada
para garantir a sustentabilidade e criar alternativas de desenvolvimento econômico para
além do petróleo. Como muitos não são obrigados a adotar as ferramentas de
planejamento do Plano Diretor e da Agenda 21, é bem provável que tais recursos
adicionais finitos, se mal aproveitados, venham a perenizar sua condição atual.
Pudemos apontar, ao longo deste estudo, que alguns indicadores sociais e
econômicos não têm apresentado melhoras significativas. Os indicadores financeiros
apontam para uma tendência de carrear as participações governamentais para custeio da
máquina administrativa municipal, em detrimento dos investimentos. A constatação de
que a maioria dos municípios tem privilegiado o custeio em detrimento dos investimentos
com recursos dos royalties enseja outra questão: a qualidade do custeio é fundamental
para a sustentabilidade das economias locais, seja na prestação de serviços de
educação, saúde e assistência social, seja na capacitação do funcionalismo público e da
própria população local para diversificação de atividades e atração de empresas com fins
à geração de trabalho e renda – principalmente para o jovem em busca de seu primeiro
emprego. Tais ações requerem maior transparência na prestação de contas à sociedade,
planejamento participativo e adoção de políticas públicas harmonizadas e consistentes.
Uma das referências para avaliação do esforço que o município efetua para o
desenvolvimento sustentável é o indicador de grau de investimento, que reflete a
participação dos investimentos na receita total.
Constata-se, outrossim, que a maioria dos municípios carecem de centralidade e
vantagem locacional, riqueza e potencial de consumo, facilidades para negócios, infra-
estrutura para grandes empreendimentos, dinamismo e cidadania.
Nas considerações finais do estudo sobre o IQM-2005, a Fundação CIDE aponta
que o crescimento da economia fluminense dissociado das práticas de planejamento
governamental cria espaços de concentração de capital, trabalho e população excluída
desse processo, que, na esperança de melhores meios de sobrevivência, desloca-se em
direção aos centros mais dinâmicos, gerando bolsões de pobreza. Até pouco tempo,
estes centros atraíam principalmente população do campo, em decorrência da pequena
participação do setor agrícola na economia do Estado. Atualmente, é cada vez maior o
contingente populacional que migra de um centro urbano para outro em busca de
melhores oportunidades. Sem o planejamento e o zoneamento necessários, estes centros
não conseguem absorver este contingente demográfico, deparando-se com carências na
oferta de emprego e moradias e outros benefícios sociais, como educação e saúde.
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Por conseguinte, cada caso é um caso e tal processo deve ser avaliado
pormenorizadamente. Cada gestor precisa conhecer quem, como, quando e porque ali
está residindo um cidadão que não necessariamente tem título eleitoral local.
A administração pública, por sua vez, em muitos casos se apresenta
desproporcional quando comparados os rankings de cada município no PIB estadual com
sua posição em relação ao valor do setor econômico Administração Pública local frente às
demais economias fluminenses, o que demonstra inchaço na maioria de suas estruturas.
Para finalizar estas ponderações, deve ser salientado que o conjunto dos
municípios receberam, diretamente da ANP, um total da ordem de R$9,6 bilhões entre
2001 e 2006. Uma cifra desta monta é bem diferente do total médio de R$17 milhões
recebidos por município nos seis anos. Sem dúvida que a consorciação é uma solução
que traria oportunidades exponenciais.
Se os municípios trabalharem em projetos conjuntos com seus vizinhos diretos ou
pertencentes à mesma região, as cifras superam a centena de milhões de reais por ano.
Se fizerem suas reivindicações frente às demais esferas governamentais do Estado e da
União como um só bloco, ou em blocos unos, os benefícios permanentes e a perspectiva
de implantar-se um desenvolvimento sustentável se aproximam do factível, podem tornar-
se reais em curto prazo.
As demais esferas de governo deveriam adotar outras políticas públicas que se
façam necessárias com a maior urgência, até mesmo para contemporizar eventuais
divergências de caráter político-eleitoral.
Maior flexibilização e melhor adaptação no fornecimento de bens públicos
atribuídas ao gestor municipal não têm sido objeto de ações efetivas em prol do
desenvolvimento econômico. Em muitos municípios, os setores tradicionais não
conseguiram acompanhar as mudanças na organização e na infra-estrutura produtiva
verificadas em outros pontos do território fluminense e demandam que o Estado seja
indutor do desenvolvimento. Este é o papel maior a ser desempenhado pelos
administradores municipais.
O Estado pode formular e perseguir objetivos que não sejam apenas reflexos das
demandas de grupos de interesse para que predominem as transformações econômicas.
O mandatário do executivo e os legisladores detêm o poder de propor mudanças, seu
domínio é decorrente dos mandatos que receberam e é legítimo que façam com que
sejam incluídas na agenda pública as políticas públicas que se façam necessárias.
As principais políticas públicas a serem incluídas, todavia, são o planejamento
eficaz, uma burocracia de Estado moderna, disciplina fiscal e mecanismos de participação
do cidadão. Estes podem ocorrer não apenas no modelo de orçamento participativo todos
os anos, mas nas discussões para elaboração, pela ordem, da Agenda 21, do Plano
Diretor e do próximo PPA, já que o existente será substituído por outro somente em 2009.
Estes últimos se traduzem no planejamento eficaz.
Razoabilidade técnica, convergência de valores e antecipação de futuras limitações
fazem com que essas idéias possam prosperar. As mudanças socioeconômicas e,
principalmente, tecnológicas ocorridas nas últimas décadas terão que modificar o estilo de
gestão dessas organizações e suas culturas. A burocracia deve dar lugar à flexibilidade, à
gestão por diretrizes, ao compartilhamento da informação, à distribuição das atividades de
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VII - CONCLUSÃO
O município de Rio das Flores tem uma área total de 479,5 km2, correspondentes a
1,09% do Estado do Rio de Janeiro. Entre 1994 e 2001, houve redução de vegetação
secundária para 16% do território municipal e grande crescimento de campo/pastagem,
atingindo 83%. A mancha urbana cresceu de 0,1 para 0,3%. Observe-se a inexistência
de formações florestais e pioneiras e que toda a área do município foi sensoriada. De
acordo com estudos realizados para recomposição da biodiversidade, seria necessário
implantar corredores ecológicos em 10,8% do território municipal para interligação de
eventuais remanescentes florestais.
A densidade demográfica de seus 8.493 habitantes em 2006 foi de 18 pessoas por
km2, a 90ª maior do Estado. De acordo com o Censo 2000, a taxa de urbanização
alcançava 70,3% de sua população, distribuídas em 2.562 domicílios, dos quais 76,5%
têm acesso à rede geral de abastecimento de água, 52,4% estavam ligados à rede geral
de esgoto sanitário, e 76,9% tinham coleta regular de lixo.
Quanto à educação, Rio das Flores teve 2.368 alunos matriculados em 2006, uma
variação de -2,5% em relação ao ano anterior.
O município tem cinco creches, com 154 crianças, 100% delas na rede municipal.
São 13 pré-escolas, com 226 estudantes, 100% deles em instituições do município.
Um total de 12 estabelecimentos se dedica ao ensino fundamental, com 1.580
alunos matriculados, 30% nas duas escolas estaduais e 70% nos dez estabelecimentos
da rede municipal. A distorção série-idade alcançou um total de 34,7% dos alunos.
Enquanto a média de aprovação da rede estadual no Estado como um todo alcançou
74,2% de todos os estudantes em 2005, em Rio das Flores este indicador alcançou
84,3%, com 15,5% de reprovação e 0,2% de abandono. Já nas redes municipais, 80,0%
foram aprovados no Estado, enquanto a rede municipal local atingiu 80,3%, tendo havido
18,1% de reprovados e 1,6% abandonaram a escola.
Os dois estabelecimentos de ensino médio tiveram 408 matrículas em 2006, sendo
100% na rede estadual. A distorção série-idade alcançou 56,8% dos alunos da primeira
série. A média de aprovação no Estado atingiu 67,2% dos estudantes em 2005, contra
88,5% em Rio das Flores.
O PIB a preços básicos de 2005 alcançou R$60 milhões, 82ª posição entre os 92
municípios fluminenses, com uma variação de 20,1% em relação ao ano anterior. O PIB
total per capita foi de R$7.950,37. Se considerarmos a média do PIB per capita do
Estado como índice 100, o de Rio das Flores ficou em 43,97, o que representa a 37ª
colocação.
O Produto Interno Bruto do município teve as seguintes contribuições, por setor da
economia:
Agropecuária 6,6% Extração mineral 0,0%
Indústria de transformação 1,6% Comércio 15,3%
Construção civil 4,0% Serviços industriais de utilidade pública 2,1%
Transportes 3,0% Comunicações 0,9%
Instituições financeiras 0,3% Administração pública 14,2%
Aluguéis 17,9% Outros serviços 34,0%
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POSFÁCIO
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qualidade de vida ao propiciar acesso visual ao porto e ao mar. O trem de alta velocidade
entre Rio e São Paulo ainda está em fase de análise pelo BNDES e de adaptações no
projeto de concessão. A concessionária MRS Logística estima investimentos significativos
em expansão de vias ferroviárias; ampliação e adequação de pátios; melhoria da infra-
estrutura da via permanente e das instalações, principalmente em Barra do Piraí, Barra
Mansa, Volta Redonda, Itaguaí, Japeri e Rio de Janeiro.
A Prefeitura do Rio implantará uma ligação entre os bairros da Penha e Barra da
Tijuca com 380 ônibus articulados e 30 estações, além de dar continuidade à construção
da Cidade da Música, dentre outros investimentos.
No setor energético, estão previstos investimentos bilionários para a construção da
Usina Nuclear Angra III. Novos gasodutos serão instalados no Estado: Cabiúnas-Vitória,
duplicação Cabiúnas-Caxias, duplicação São Paulo-Japeri e Caxias-Minas, reforço Japeri-
Caxias e um terminal flexível de gás natural liquefeito na Baía de Guanabara. As
concessionárias Light e CEG também prevêem investimentos expressivos em sua rede de
distribuição. O mercado mundial, em busca de fontes de biocombustíveis, estimulou o
investimento privado na ampliação da agroindústria para plantio de cana-de-açúcar em
Cabo Frio, Quissamã, Campos dos Goytacazes e Bom Jesus do Itabapoana. Serão
implantadas novas usinas e expandidas outras em Campos e Bom Jesus. Rio das Flores
abrigará uma unidade de produção de biodiesel.
No setor da indústria de transformação, serão construídas novas fábricas de
cimento em Cantagalo e Volta Redonda, de produtos de higiene e limpeza em Japeri, de
papel em Sapucaia, de petroquímica em Caxias, de coque calcinado de petróleo em
Seropédica e de motores de navio em Itaguaí; ampliada e modernizada a Siderúrgica
Barra Mansa; expandidas plantas de produtos agroquímicos em Resende, de bebidas no
Rio de Janeiro, de manutenção de turbinas de avião em Petrópolis e de tubos metálicos
em Campos e São Gonçalo. São inúmeras as encomendas de navios a serem
construídos pelos estaleiros Consórcio Rio Naval, Aliança, Sermetal e Eisa no Rio de
Janeiro, bem como por Aker Promar, Renave e Consórcio Mauá-Jurong em Niterói.
Consolida-se a Zona Especial de Negócios em Rio das Ostras. A a mesma infra-estrutura
industrial já opera em Quissamã, aguarda licença prévia de funcionamento em Carapebus
e está planejada sua implementação por Seropédica e Campos dos Goytacazes, na
região do Farol de São Tomé.
No setor de turismo e veraneio, estão previstos mega-empreendimentos em
Maricá, Cabo Frio e Armação dos Búzios.
Somados àqueles projetos citados no bojo deste trabalho, todos esses
investimentos superam a centena de bilhões de reais e trazem um mapeamento do que
serão as demandas futuras de mão-de-obra e da cadeia produtiva, ensejando sinergias e
novas possibilidades de investimentos, em um ciclo virtuoso para o nosso Estado.
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