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Título: Ferramentas Anti-Corrupção Online e Consultas Públicas Online; Perspectivas Brasileiras no

Combate à Corrupção e o Uso de TICs

Ricardo Matheus
Estudante do Curso de Gestão de Políticas Públicas
Universidade de São Paulo – USP

Resumo: As Ferramentas Anti-Corrupção Online dos Tribunais de Contas dos Estados (TCEs) e as
Consulta Pública Online e são uma nova forma, criada a partir da introdução e crescente uso das
Tecnologias da Informação (TICs) na administração pública para criar e realizar um canal onde o
controle social, accountability, processo de discussão, produção e tomada de decisão política sejam
feitas. As ferramentas anti-corrupção dos TCEs são programas que permitem o controle social a partir
de informações divulgadas em diferentes formatos dos tradicionais, geralmente disponibilizados em
páginas estáticas e com pouca interatividade. Atualmente as versões encontradas na pesquisa apontam
como tendência a criação de mapas interativos proveniente dos bancos de dados de informações
governamentais, fotografias de obras públicas, editais e outros documentos em um só local, facilitando
o acesso e aumentando a profundidade das informações oferecidas aos cidadãos. Já a consulta pública
online pode acarretar em uma inserção significativa da sociedade no processo da formulação das
políticas públicas, especialmente no âmbito federal. As consultas públicas online tiveram sua adoção
alargada em período recente no Brasil nas agências reguladoras e ministérios que instituíram esse
recurso como forma de ampliar e aprofundar não só a participação e a inserção da sociedade na
formulação das políticas públicas, mas também tentar aumentar a transparência e o controle social dos
órgãos implementadores. No estudo são analisadas algumas agências reguladoras e ministérios
brasileiros que optaram por ter a consulta pública online como ferramenta de sua gestão e ampliação da
participação cidadã e também alguns TCEs que foram indicados a partir de pesquisas anteriores, sendo
os únicos que apresentavam as ferramentas anti-corrupção. Iremos estudá-las e compará-los para
identificar qual é o nível de efetividade dessas consultas públicas online e das ferramentas anti-
corrupção, tanto em relação à sua real capacidade de influenciar o combate a corrupção, o controle
social, o accountability e em termos de ampliação de espaços participativos e envolvimento de atores
sociais.

Abstract: The Anti-Corruption Online Tools of Courts of Accounts of the States (TCEs) and the Public
Consultation Online and are a new form, created from the introduction and increasing use of
Information Technology (ICTs) in government to create and implement a channel where the social
control, accountability, the discussion process, production and political decision-making are made. The
anti-corruption tools of TCEs are programs that enable social control from information provided in
different formats of the traditional, usually available in static pages and with little interactivity.
Currently the versions found in the search trends show how the creation of interactive maps from the
databases of government information, photographs of public works, public and other documents in one
place, facilitating access and increasing the depth of information offered to citizens. Already the online
public consultation can result in a significant integration of society in the formulation of public
policies, especially in the federal. The online public consultation had extended its adoption in Brazil in
the recent period regulatory agencies and ministries which have established this feature as a way to
broaden and deepen not only the participation and integration of society in the formulation of public
policies, but also try to increase the transparency and control social implementers of their own bodies.
Study are analyzed in some regulatory agencies, ministries Brazilian who chose to have the online
public consultation as a tool for its management and expansion of citizen participation and some TCEs
that were indicated from previous studies, and the only tools that have the anti - corruption. We will
1
study them and compare them to identify what level of effectiveness of these public consultations
online tools and anti-corruption, both in its real capacity to influence the fight against corruption, social
control, and accountability in the expansion of spaces for participation and involvement of social
actors.

2
Sumário
1. Introdução ......................................................................................................................................... 4
2. Metodologia ...................................................................................................................................... 4
2.1. Referencial Teórico de Governo Eletrônico, Transparência, Combate à Corrupção, Controle
Social e Participação cidadão e Democracia Participativa ................................................................... 5
2.1.1. Governo Eletrônico ............................................................................................................. 5
2.1.2. Governança Eletrônica ........................................................................................................ 7
2.1.3. Combate à Corrupção, Transparência, Controle Social e Acountability............................. 8
2.1.3.1. Combate à Corrupção .................................................................................................. 8
2.1.3.2. Controle Social e Acountability ................................................................................... 8
2.1.3.3. Transparência ............................................................................................................... 9
2.1.3.4. Participação Cidadã e Democracia Eletrônica ............................................................. 9
2.2. O Quê são as Ferramentas Anti-Corrupção Online? ................................................................ 10
2.2.1. Ferramentas Anti-Corrupção Online aplicadas à promoção da Transparência, Combate à
Corrupção e Controle Social ........................................................................................................... 10
2.2.1.1. TCE Mato Grosso e a Ferramenta GEO-Obras ......................................................... 10
2.2.1.2. O TCE da Paraíba e a Ferramenta “SAGRES” ......................................................... 11
2.2.1.3. O TCE do Piauí e a Ferramenta “OBRAS-WEB” ..................................................... 11
2.2.1.4. O TCE do Paraná e a Ferramenta “Obras Públicas”.................................................. 11
2.2.1.5. O TCE de Santa Catarina e a Ferramenta “e-Sfinge” ................................................ 11
2.2.2. Cenário das Ferramentas Anti-Corrupção Online dos TCEs do Brasil ............................ 12
2.3. O quê são consultas públicas online? ....................................................................................... 13
2.3.1. Consultas Públicas Online nos Ministérios Brasileiros .................................................... 13
2.3.1.1. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ................................ 15
2.3.1.2. Ministério da Comunicação (MC) ............................................................................. 15
2.3.1.3. Ministério da Cultura (MinC) .................................................................................... 15
2.3.1.4. Ministério da Educação (MEC) ................................................................................. 15
2.3.1.5. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) ............................... 16
2.3.1.6. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) .......................... 16
2.3.1.7. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Secretaria de Logística e
Tecnologia de Informação (MPOG/SLTI) .................................................................................. 16
2.3.1.8. Ministério da Saúde (MS) .......................................................................................... 16
2.3.1.9. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ................................................................ 17
2.3.2. Consultas Públicas Online nas Agências Reguladoras Brasileiras ................................... 17
2.3.2.1. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL ...................................................... 18
2.3.2.2. Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL ................................................ 19
3. Limites e Desafios de Aprimoramento das Ferramentas Anti-Corrupção Online e Consultas
Públicas Online no Brasil ........................................................................................................................ 19
4. Considerações Finais....................................................................................................................... 20
5. Bibliografia ..................................................................................................................................... 21
6. Anexos ............................................................................................................................................ 25
6.1. Endereços de Sites Interessantes .............................................................................................. 25
6.1.1. Consultas Públicas Online no Brasil ................................................................................. 25
6.1.2. Consulta Pública Online na Europa .................................................................................. 25
6.1.3. Governo Local Inglês ........................................................................................................ 26

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1. Introdução

Com a introdução de novas tecnologias de informação e informação (TICs) na administração


pública em tempos recentes, tivemos um profundo impacto sobre o desenvolvimento da chamada
governança eletrônica digital (FREY,2000,2003) e a formação de redes entre os atores sociais
(CASTELLS, 1999). A internet foi a grande ferramenta que possibilitou o desenvolvimento do modelo
de imprensa construído nos dois últimos séculos.
Isso criou um cenário para que fossem construídas redes e automação de serviços públicos,
assim como o Brasil recentemente experimentou, através do governo eletrônico (e-gov), em que
ocorreu em um momento de crise do modelo burocrático de WEBER (1979), sofrendo uma
reengenharia de seus processos para sobreviver ao ambiente de mudanças vividas nas décadas de 80 e
90, como apontam BARZELAY (2000), em seus estudos na América do Norte e BRESSER-PEREIRA
(1995), em seus estudos sobre o gerencialismo público no Brasil.
A governança eletrônica, portanto, reflete a otimização das redes de informação e da obtenção
de uma melhor administração do fluxo de informações que os cidadãos e empresas ofertam e,
organizadamente, pressionam. E disso a governança eletrônica ficou caracterizada como a
promessa de uma interação mais ampla com os cidadãos, sempre sendo focado na entrega de serviços,
o que nos leva a crer que inevitavelmente teremos um desenvolvimento da chamada democracia
eletrônica (JUNIOR & ROVER, 2007).
A etapa posterior ao uso da governança eletrônica, especialmente no nível subnacional, é a
qualificação do suporte e dos recursos humanos envolvidos na oferta dos serviços. Este é um dos
desafios dos governos, entretanto, alguns têm demonstrado que podem executar o serviço com
qualidade e ampliando direitos básicos dos cidadãos, como a possibilidade de controle social, acesso à
informação do governo e transparência das informações (VAZ, 2005), levando o Estado a refutar-se
como tradicional financiador de todas as decisões, independente da consulta pública, para uma função
de regulação, fiscalização e facilitador das decisões criadas em consenso da população.
Posto isto, alguns Tribunais de Contas de Estados (TCEs), Ministérios e Agências Reguladoras
do Governo Federal, através do uso das TICs, criaram ferramentas de governo eletrônico que ofertam
ao cidadão a possibilidade de controle social, maior transparência de políticas públicas federais,
estaduais e municipais, aumentando o poder de combate à corrupção. Nosso objetivo é encontrar os
limites e os desafios de aprimoramento das ferramentas anti-corrupção dos TCEs e as Consultas
Públicas Online, mostrando o Estado-da-Arte destas ferramentas online criadas no Brasil.
Portanto, podemos apontar que serão nossos objetos de pesquisa as Ferramentas Anti-
Corrupção dos TCEs dos Estados de Mato-Grosso (MT), da Paraíba (PB), do Piauí (PI), do Paraná
(PR) e de Santa Catarina (SC), além das Consultas Públicas Online, que estão concentradas no governo
brasileiro, especialmente nas agências reguladoras e nos ministérios nacionais, identificadas nos
Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Comunicação (MC), da Cultura
(MinC), da Educação (MEC), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), do Planejamento,
Orçamento e Gestão – Secretaria de Logística e tecnologia de Informação (MPOG/SLTI) e no
Ministério da Saúde. Além disso, também encontramos consultas públicas online pelas Agências
Reguladoras, especialmente com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Agência
Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
A justificativa do trabalho está centrada na idéia de que poucos estudos foram feitos sobre esta
temática na administração pública em todo o mundo e também proporcionar a valorização das
ferramentas anti-corrupção e das consultas públicas online criadas pela administração pública para a
promoção do controle social, transparência e participação cidadã através da internet.

2. Metodologia
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Nossa metodologia parte da premissa que uma pesquisa anterior a respeito das consultas
públicas online e das ferramentas anti-corrupção foi feita, descobrindo o atual Estado-da-Arte e os
casos de destaque no Brasil, tanto em nível nacional e subnacional. Portanto, nossa pesquisa inicia-se
no ponto da análise das ferramentas anti-corrupção dos TCEs, especialmente dos Estados de Mato-
Grosso, da Paraíba, do Piauí, do Paraná e de Santa Catarina e as Consultas Públicas Online do Governo
Federal e Agências Reguladoras, representadas pelo Governo Federal dos Ministérios da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Ministério da Comunicação (MC), o Ministério da Cultura
(MinC), o Ministério da Educação (MEC), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
(MDIC), o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Secretaria de Logística e tecnologia de
Informação (MPOG/SLTI) e o Ministério da Saúde. Além disso, também encontramos consultas
públicas online pelas Agências Reguladoras, especialmente com a Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), verificando quais as
limitações e os desafios de aprimoramento destas ferramentas da administração pública brasileira.
Para isso, iremos refazer a pesquisa exploratória, visitando novamente todas as ferramentas anti-
corrupção e consultas públicas online para confirmar antigas hipóteses de desafios, e, talvez, encontrar
novas limitações. Através disso iremos propor soluções para aprimorar as ferramentas e as consultas
públicas, especialmente do ponto de vista da participação cidadã, tentando ampliar o modelo de
participação cidadã, controle social e acesso à informação do Estado. Estes serão preceitos básicos de
direitos dos cidadãos que utilizamos como nosso referencial teórico.
Deste modo, achou-se necessária a construção de um referencial teórico sobre as temáticas
envolvidas no tema, sendo aprofundados os estudos sobre as referências bibliográficas das temáticas de
Governo Eletrônico, Transparência, Combate à Corrupção, Controle Social e Participação Cidadã e
Democracia Participativa.

2.1. Referencial Teórico de Governo Eletrônico, Transparência, Combate à Corrupção,


Controle Social e Participação cidadão e Democracia Participativa

Para melhor compreensão do trabalho e para facilitar os grupos de bibliografias que


conseguimos através da pesquisa bibliográfica, resolvemos criar nosso referencial teórico para alguns
conceitos, os quais muitos ainda estão em um campo inicial de seu desenvolvimento e, portanto, em
debate sobre qual conceito conseguirá ser efetivamente aceito por toda a comunidade científica.
Através disso, separamos os principais conceitos e os padrões que aproximam mais de nossa realidade
sobre as temáticas de governo eletrônico (e-gov), governança eletrônica (e-governance), transparência,
combate à corrupção, controle social e participação cidadã e democracia eletrônica (e-democracy).
Abaixo temos as conceitualizações e os principais referenciais teóricos de nossa pesquisa.

2.1.1. Governo Eletrônico

Antes de conceitualizarmos governo eletrônico, iremos destacar em qual contexto histórico o e-


gov surge na administração pública e porque recentemente tem recebido boa parcela de atenção em
várias das reformas administrativas feitas pelos países em todo o mundo, especialmente durante as
décadas de 80 e 90.
Um dos países pioneiros na área de governo eletrônico são os Estados Unidos. Em 1993, o
presidente Bill Clinton promove a reforma da administração pública, tendo como principal
comandante, seu vice-presidente, Al Gore. O programa se intitulou National Performance Review
(NPR), inspirado na leitura de um best-seller de Osborne e Gaebler, o ex-presidente Bill Clinton
decidiu utilizar a receita que os autores (OSBORNE & GAEBLER, 1994) propuseram como Reforma
5
do Estado. Os resultados foram surpreendentes e durante a primeira gestão presidecial o governo
economizou 177 bilhões, onde se apontam 31 bilhões sendo certamente devido as recomendações feitas
pelos pesquisadores norte-americanos.
No Brasil, o e-gov teve seu embrião com a informatização do aparelho estatal federal na década
de 70. (GARCIA et al, 2005). Durante a década de 90 tivemos a disseminação da internet comercial no
Brasil em 1995, o surgimento de uma rede Nacional de Pesquisa, os primeiros sites governamentais
que encaminhavam o governo para o verdadeiro e-gov, sendo que em 1998 o Brasil já possuía uma boa
rede de serviços através do uso das TICs, como por exemplo a entrega de imposto de renda, acesso à
informações do governo e uma série de outros serviços online.
É preciso apontar que o Governo Eletrônico é um conceito ainda em construção, muitas vezes
sendo confundido com a governança eletrônica e a informatização e uso das TICs pelo governo, sem
um fundamento específico. Isso significa que nenhum conceito é amplamente aceito ou refutado. Para
um melhor entendimento deste conceito em desenvolvimento e disputa política e acadêmica, criamos
uma tabela síntese dos principais autores da área:

Tabela 1 – Conceitos de Governo Eletrônico de Entidades


Instituição/Autor Conceito
FERRER (2003) O governo eletrônico é o conjunto de serviços e acesso a
informações que o poder público oferece aos diferentes setores da
sociedade civil, por meios eletrônicos.
FUGINI et al. (2007) É um dos elementos que contribui para a modernização da
Administração Pública, podendo produzir melhorias eficiência dos
serviços públicos e maior economia dos recursos e podendo ser
também um meio para a a realização de um governo mais aberto e
transparente.
POMMAR et al (2003 :2) Não se restringe somente à incorporação de novas TICs para
aumentar a capacidade e número de conexão entre governo e
cidadão. Ambiente organizacional interno também sofre alterações
e muitas vezes são reinventados. O governo passa a atuar em rede
em suas diferentes instâncias onde cada Poder e esferas
administrativas trabalham como extensões pelos „nós‟ de encontro
desta rede construída pelo Estado, chamada de governo. O advento
do e-gov é resultado da aproximação destes „nós‟ entre todos os
atores: governo, cidadãos, empresas e até mesmo terceiro setor.

RIBEIRO (2008) O governo eletrônico é fruto da modernização do aparelho do


Estado e que pode propiciar maior eficiência, universalização de
serviços básicos, aumento da transparência, substancial melhora da
qualidade de vida dos cidadãos, melhora da qualidade dos serviços
prestados, diminuição da corrupção, aumento das possibilidades de
controle social e ampliação do número de cidadãos que participam
nas decisões da gestão pública.

RUEDIGER (2002: 1). Possui foco ao desenvolvimento e melhoria das funções


governamentais, em especial para com a sociedade, podendo ser
potencializador da governança e catalisador da mudança da
estrutura do governo.

6
TEIXEIRA (2004 :32-33) É a simples inclusão de modernos instrumentos de TICs que podem
oferecer maior interação entre governo e cidadãos, assim como
entre diferentes instâncias de governo e outras instituições públicas
e também privadas.
VAZ (2005) Aplicação intensiva da tecnologia de informação nos processos de
prestações de serviços e relacionamento dos governos com os
cidadãos pela intermediação eletrônica, contínua e remotamente.

Nosso estudo entende que o governo eletrônico não é definido basicamente pelo uso das TICs,
especialmente pela informatização do setor público e uso da internet como meio de comunicação, mas
também a utilização de outros meios de comunicação, sem somente focar-se no uso dos computadores.
Podemos apontar que o uso de celulares e smartphones, notoriamente através do envio de mensagens
de texto Short Message Send (Serviço de Mensagens Curtas), e a televisão, através de interação com a
televisão digital e novas tecnologias que deverão surgir em um futuro recente, podem ser adotados para
a promoção do governo eletrônico a toda a população, especialmente aqueles que possuem menos
tempo e recursos para o uso dos serviços e oportunidades de participação na gestão pública.
Apesar disso, existe um consenso de que o principal meio utilizado no governo eletrônico seja a
Internet, devido especialmente aos fatores tecnológicos, mas outros apontam que esta tendência
diminuirá ao longo do tempo, com o desenvolvimento de novas tecnologias de informação (DAVIES,
2007).
Portanto, temos como conceito de e-gov o uso intensivo das TICs em processos de prestações
de serviços e de relacionamento entre governos e governo para com os cidadãos, com intermediação
eletrônica contínua e remota, podendo também ser ofertada de uma maneira mais acessível
especialmente aqueles que possuem menor tempo e recursos financeiros para seu acesso aos serviços
públicos e, além disso, a oportunidade da população de exercer controle social e acountability,
combatendo a corrupção através de ferramentas anti-corrupção e ofertando o direito de ser ouvido pela
gestão pública (VAZ, 2005), através das consultas públicas online.

2.1.2. Governança Eletrônica

A partir do conceito de governo eletrônico sendo entendido como promotor dos direitos de
cidadania, tais como o controle social, combate à corrupção e participação cidadã, o Estado pode
ampliar o uso do tradicional e-gov, baseado em melhoria de processos de arrecadação fiscal e
econômicos, para a ampliação do diálogo e atendimento das expectativas dos cidadãos. E é neste
momento que partimos para a governança eletrônica, outro conceito que também ainda está sem um
consenso prevalecendo no meio acadêmico.
A Governança eletrônica, ou e-governança (e-governance), segundo TEIXEIRA (2004: 34),
está relacionado a melhoria da qualidade, eficiência, eficácia, transparência e fiscalização dos entes
governamentais. Entretanto, segundo RIBEIRO (2008), a governança eletrônica pode ir além da
disponibilidade de informações dos governos, com a universalização da prestação de serviços públicos
e servindo como um canal de informação e comunicação ininterrupta e remota entre a gestão pública e
a população, com a vantagem da promoção da transparência, especialmente da área contábil, de todas
as esferas administrativas e poderes do Brasil, assim como ocorre no Portal da Transparência1.
No entanto, nosso conceito adotado revela que a governança eletrônica é um dos impactos da
introdução do governo eletrônico bem sucedido e a gestão pública oferta um canal de interlocução das

1
www.portaldatransparencia.gov.br – Site do Portal da Transparência do Governo Federal.
7
demandas da população e ações do governo, com maior legitimidade, notoriamente através da
divulgação das informações de todas as áreas da Administração Pública, com pleno acesso dos
cidadãos aos serviços prestados pela internet, celulares, televisão e a interação ininterrupta e remota,
para promoção de substancial aumento da transparência, não só dos boletins contábeis da
Administração Pública, mas também das ações praticadas por todos os Poderes e esferas
administrativas governamentais.

2.1.3. Combate à Corrupção, Transparência, Controle Social e Acountability

A temática de combate à corrupção, transparência, controle social e accountability estão


intimamente relacionadas entre si. Sem dúvidas que a transparência pode gerar um significativo
aumento do controle social pelos cidadãos, deste modo, dificultando alguns desvios e vícios da Gestão
Pública, tais como a corrupção e clientelismo (NUNES, 2003). Desta forma, através do controle social
mais facilitado, o cidadão exerceria cada vez mais e melhor o seu direito de participação e de
accountability das ações e contas da Administração Pública (MIGUEL, 2005).
Apesar de acreditarmos que estes conceitos são indissociáveis, este artigo divide os quatro
conceitos em capítulos menores e mais detalhados, intitulados de combate à corrupção, transparência,
controle Social e accountability, tentando conseguir melhor divisão das referências bibliográficas e das
definições conceituais propostas e estudadas.

2.1.3.1. Combate à Corrupção

O Combate à corrupção no Brasil tem ganhado grande destaque através da maior vigilância de
instituições internas do governo como a controladoria Geral da União e os Tribunais de Contas de todo
o Brasil, assim como aponta TREVISAN et al (2003). Apesar da evolução do combate à corrupção
nestas instâncias, os autores descrevem que a participação popular é imprescindível para a diminuição
da corrupção, um conceito que também acreditamos estar de acordo com nossas expectativas, já que
sem o controle social e o accountability, não há como realmente diminuirmos ao máximo todos os
desvios e atos de corrupção dentro do país.
As TICs, particularmente a internet, podem aumentar o potencial de transparência nos processos
básicos feitos pelo e-gov. De acordo com CAMERER (2006), o bom uso da informação é a melhor
vacina para o combate a corrupção. Portanto, não há dúvidas que as ferramentas anti-corrupção online
não resolveram o problema da corrupção, mas certamente irão combatê-las. Reiteramos o papel de
outras instituições, como os TCEs e a Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União,
como grandes agências aliadas a promover o combate à corrupção através de seus dispositivos legais e
administrativos.
KAUFMANN (2002) recomenda a ampla disseminação dessas ferramentas online, que podem
prover o empoderamento das decisões políticas, assim como prevemos que as consultas públicas online
possam realizar este papel de oferecer espaço e „voz‟ no debate das políticas públicas subnacionais e
até mesmo nacionais, como exemplificaremos com as agências reguladoras e Ministérios do Brasil.

2.1.3.2. Controle Social e Acountability

Este artigo entenderá como conceito de controle social a forma com a qual a sociedade
controlar diretamente o Estado, somando agências e instituições alternativas, como a controladoria
internas e Tribunais de Contas (GRABOSKY apud BRESSER PEREIRA & CUNILL GRAU, 1999,
p.24).

8
É consenso entre os autores que a participação cidadã é essencial para que Estado e outras
instituições socialmente construídas, se beneficiem através do sistema de participação cidadã. O Brasil
recentemente elaborou a Lei 10.257, chamada de Estatuto das Cidades que projeta a participação
população na decisão da gestão pública, de acordo com as diretrizes do Plano Diretor do Município
(RIBEIRO, 2008).
Entretanto, devemos apontar que ainda existe uma dificuldade de implantar sistemas de
participação cidadã devido à burocracia e a falta de cultura de participação cidadã no país, mas
reconhecidas internacionalmente, como o Orçamento Participativo Digital em Belo Horizonte
(PEIXOTO, 2008). Exatamente o que apontava CAMPOS (1990) há duas décadas atrás, questionando
quando o Brasil poderia realmente ter a participação cidadã para controle social e promovendo o
accountability.
Disso passamos a questionar os gestores públicos sobre seus atos, que apontamos como
acountability, referindo-se à prestação das contas e definições dos objetos de ações. No entanto, essa
ação cidadã necessita de informação, para questionarem seus governantes. AKUTSU (2005) ressalta a
interdependência entre accountability e controle social, sendo indispensável para a transparência da
tomada de decisões dos agentes públicos. Apesar disso, é necessário demonstrar que a administração
agiu com economia, eficiência e honestidade.

2.1.3.3. Transparência

O conceito de transparência pode ser entendido sob dois aspectos segundo RIBEIRO (2008). O
primeiro aspecto indica o conceito de transparência como sinônimo de publicidade, e o segundo, como
transparência além da disponibilidade dos dados, pensando a transparência com o acesso aos dados,
inclusão digital e disponibilidade dos dados, especialmente em relação à freqüência e atualização das
informações contidas em portais e sites governamentais, de acordo com palavras apontadas por VAZ
(2003b), reconhecendo a informação como direito público de todo cidadão. Além disso, alguns autores
apontam não existir nenhuma razão para que os gestores públicos não possuam seus atos, contas e
informações sem conteúdo de confidencialidade não estarem disponíveis para a população (SPECK,
2004).
Obviamente, existe uma regra sobre a publicidade dos atos da administração, previstas na
Constituição que permitem o sigilo de certas informações, especialmente imprescindíveis à segurança
da sociedade e do Estado, tais como os casos de segurança nacional, investigações policiais ou
interesse superior da Administração2.
Portanto, acreditamos que o verdadeiro significado de transparência é a abertura do
fornecimento de informações, de acesso livre e universal, de constante atualização, postadas em um
único canal de comunicação e interação com o cidadão e com ferramenta de busca para ajudar o
cidadão a encontrar a temática que queira rapidamente.

2.1.3.4. Participação Cidadã e Democracia Eletrônica

Segundo alguns autores, a participação em consultas públicas online requer algum pouco de
conhecimentos e informações, especialmente para a sustentação da hipótese que sugere o cidadão
(BERTI, 2009). O autor aponta que isso faz do ambiente mais consistente e podendo promover na
sociedade uma relevância no contexto.

2
Constituição Federal, art. 5 º, inciso XXXIII: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
9
No entanto, acreditamos que apesar das análises com cunho científico, ou seja, baseadas em
fatos e estatísticas, podemos levar em consideração que os cidadãos possuem o direito de levantar
questões pertinentes a sua realidade social. O governo eletrônico pode gerar um aumento da
participação cidadã e a democracia participativa através dos princípios estudados aqui, como o controle
social, a transparência (MELLO, 2008).
Muito pelo contrário, podemos apontar VAZ (2005) que sugere o direito do cidadão em ser
ouvido pelos governos. Isso nos caracterizaria como democracia mais colaborativa, ouvindo e,
obviamente, filtrando as demandas da sociedade. No entanto, a ferramenta de consulta pública online é
um elemento que pode, sim, melhorar a participação da sociedade na elaboração de programas, leis e
vários outros assuntos que o governo brasileiro, historicamente, tem feito sem a consulta popular
(PINHO, 2008).
DAVIES (2007) sugere que as TICs vieram para que os cidadãos pudessem se aproximar e
formar grupos de discussão de políticas públicas, fóruns e facilitando e legitimando a interação dentro
das comunidades, especialmente nos âmbitos subnacionais. FRICK (2005) aponta vários exemplos
internacionais do bom uso das consultas públicas online, de fóruns online e de outras ferramentas de
participação cidadã através de um modelo de democracia eletrônica. E nós cremos que esta seja uma
das vocações das ferramentas anti-corrupção e das consultas públicas online, as quais iremos descrever
logo abaixo.

2.2. O Quê são as Ferramentas Anti-Corrupção Online?

As Ferramentas Anti-Corrupção Online podem ser definidas, sinteticamente, por programas


que disponibilizam informações, gráficos, mapas interativos e outros meios modernos auferidos pelo
uso das TICs em portais governamentais possibilitando a população executar o controle social das
ações da administração pública. Essas informações, estando de acordo com nossos conceitos de
transparência, controle social e accountability podem subsidiar o cidadão para combater a corrupção,
portanto dessa maneira esses programas que disponibilizam a informação na internet se transformam
em ferramentas anti-corrupção online, as quais os TCEs de alguns Estados, que foram estudados e
serão apresentados logo abaixo.

2.2.1. Ferramentas Anti-Corrupção Online aplicadas à promoção da Transparência,


Combate à Corrupção e Controle Social

Nesta seção iremos mostrar o resultado das análises dos sistemas de ferramentas anti-corrupção
online dos TCEs de alguns Estados que apresentaram tais sistemas de ferramentas. Este resultado é
oriundo de pesquisa anterior feita entre todos os TCEs brasileiros.

2.2.1.1. O TCE Mato Grosso e a Ferramenta GEO-Obras


O TCE de Mato Grosso3 é um dos Tribunais de Contas que mais avançou na área de promoção
da transparência dos dados dos municípios e do Estado, especialmente na área do setor de obras.
Apresetnando uma ferramenta anti-corrupção online inovadora na área de obras públicas, o
TCE de Mato grosso disponibiliza para seus cidadãos o GEO-OBRAS, um sistema promissor no
controle social e combate à corrupção, pois disponibiliza editais, fotografias, mapas, opção de busca
por tipo de obra, município e estado da obra. Outro ponto positivo encontrado nesta ferramenta é a
seção chamada de ouvidoria, que pode ser acionada através da participação cidadã, controlando as
ações da gestão pública no Estado.

3
http://www.tce.mt.gov.br/
10
Para conhecer mais sobre esta ferramenta do TCE de Mato Grosso, ela está disponibilizada no
endereço: http://geoobras.tce.mt.gov.br/cidadao/.

2.2.1.2. O TCE da Paraíba e a Ferramenta “SAGRES”


O TCE da Paraíba4 é um dos Tribunais de Contas que conseguiu atingir um bom nível de
transparência dos dados e informações do Estado e dos Municípios da Paraíba. A ferramenta anti-
corrupção online chamada de SAGRES5 é uma das inovações no TCE da Paraíba que oferece ao
cidadão poder saber das receitas, despesas, empenhos e credores em um único local, tendo também
uma ferramenta de busca que pode ser feita através de dados como ano, município e outras categorias,
mostrando a complexidade da ferramenta online.
O portal SAGRES está disponibilizado aos cidadãos na página
http://sagres.tce.pb.gov.br/estado_empenhos01.php.

2.2.1.3. O TCE do Piauí e a Ferramenta “OBRAS-WEB”


Destacando-se no cenário Nacional, o TCE do Piauí6, é um dos tribunais de Contas que
também tem avançado na área de transparência das informações e utilização das TICs, saindo dos
padrões desatualizados de páginas estáticas e sme nenhuma interatividade ou sistema de buscas ao
cidadão.
A ferramenta anti-corrupção OBRAS-WEB7 é um avanço na área de transparência,
acompanhando os outros programas estudados neste trabalho. Por exemplo, há um sistema de buscas
que pode encontrar obras em todo o estado, informando dados do executante, natureza das obras, o
valor do contrato e até mesmo estado da obra.
Como desafio para a melhoria da ferramenta, vale o que destacamos para a inclusão de uma
área de ouvidoria, assim oferecendo o poder de participação do cidadão, canalizando as denúncias em
um só local e instruindo o cidadão a contribuir no combate à corrupção na Administração Pública do
Estado e nos Municípios.

2.2.1.4. O TCE do Paraná e a Ferramenta “Obras Públicas”


O TCE do Paraná8 é um dos Tribunais de Contas brasileiros que valorizou o uso das TICs para
a promoção da transparência dos dados e informações relativos as suas Obras feitas pelo governo. Essa
valorização gerou a criação da ferramenta anti-corrupção chamada de Obras Públicas9, onde o cidadão
pode saber da situação de obras estaduais e em municípios, feitas a partir do uso do dinheiro público no
Estado. O link de acesso à ferramenta é:
http://www.controlesocial.pr.gov.br/ObrasPublicasConsultar.aspx .
Como desafios para a melhoria desta ferramenta, destaca-se a falta de uma ouvidoria de fácil
acesso à ferramenta, como acontece em outros TCEs e também uma seção em que há registro
fotográfico, comprovando que as obras foram feitas e de acordo com os editais, prazos e parâmetros
estabelecidos pelas normas e leis do Estado.

2.2.1.5. O TCE de Santa Catarina e a Ferramenta “e-Sfinge”

4
http://www.tce.pb.gov.br/
5
http://sagres.tce.pb.gov.br/index.php
6
http://www.tce.pi.gov.br/
7
http://srvapp.tce.pi.gov.br/obrasweb/obrasweb_menu1.do;jsessionid=452C93449823ED1F2FF7279573F076F6?evento=co
okie
8
http://www.tce.pr.gov.br/
9
http://www.controlesocial.pr.gov.br/ObrasPublicasConsultar.aspx
11
Representando o seleto grupo de TCEs que utilizam as TICs para inovação, o TCE do Estado de
Santa Catarina também possui uma ferramenta anti-corrupção online, que mostra todas as obras
públicas feitas com dinheiro público, chamada de e-Sfinge. O portal do cidadão no Estado de Santa
Catarina é chamado de e-Sfinge10 e apresenta inovações semelhantes com as quais tratamos nos
Estados anteriormente citados. Há um sistema de buscas que permite identificar as obras do Estado e
dos Municípios de Santa Catarina.
Assim como outros programas, não há integração do sistema de ouvidoria com a ferramenta de
buscas, não existe uma facilidade para a produção do relatório final, já que a pesquisa gera um
documento em versão Portable Document Format (PDF), que não possui uma interface amigável e
pouco compreensível a todos os cidadãos que desejem ter a informação a respeito de tais obras em seu
Município ou no Estado de Santa Catarina.

2.2.2. Cenário das Ferramentas Anti-Corrupção Online dos TCEs do Brasil

Deste modo, temos um cenário de pouco uso das TICs para a promoção da transparência dos
dados e informações em um nível de profundidade de informações que colocamos em nosso referencial
teórico que não atende ao nível desejado para atingir toda a população dos Estados envolvidos. Disso
fizemos um quadro síntese das ferramentas estaduais, o nome dado pelo TCE para a ferramenta e
também um gráfico mostrando a situação dos Estados que possuem tal ferramenta e quais Estados não
utilizam as TICs para a promoção da transparência e ofertando a possibilidade de controle social da
população:

Tabela 2
Instituição Nome da Ferramenta Anti-Corrupção Online
TCE de Mato Grosso GEO-OBRAS
TCE da Paraíba SAGRES
TCE do Piauí OBRAS WEB
TCE da Paraná Obras Públicas
TCE de Santa Catarina e-Sfinge

Figura 1

10
http://esfinge.tce.sc.gov.br:8080/sco/Integrar.do?evento=iniciar&system=PORTAL_CIDADAO
12
Ferramentas Anti-Corrupção Online nos TCEs do Brasil

19%

SIM
NÃO

81%

2.3. O quê são consultas públicas online?

Desde a introdução da informática e o surgimento do governo eletrônico no Brasil através,


especialmente, da construção de ferramentas para o controle financeiro e de arrecadação no Estado, a
participação popular e o controle social feito pelos cidadãos tenha ficado em um segundo plano nas
ações governamentais nessa área. Contudo, recentemente várias experiências têm surgido e estão
ampliando a oferta do direito do cidadão em ser ouvido, para exercer maior controle social (VAZ,
2005). Esses direitos são essenciais para uma boa prestação de serviços e oferta de informações do
governo ao cidadão.
As consultas públicas online são a nova forma de produzir discussão e decisão política em um
ambiente totalmente online (MATHEUS, 2009). Podemos apontar uma inserção significativa da
sociedade na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas.
Outro conceito também encontrado na pesquisa bibliográfica é a de MOREIRA (2006),
afirmando que a consulta pública é uma forma de participação política recém criada, para viabilizar
norma e torná-las efetivas através dessa aproximação para com a sociedade.
É importante destacar que as consultas públicas online são disponibilizadas nos sites das
Agências e Ministérios para envio, através de e-mail ou de formulários online, informações e sugestões
para normas e políticas a serem adotadas, no entanto, ela também são editadas no DOU (diário Oficial
da União) de forma impressa no jornal da União, podendo serem enviadas por cartas, através dos
Correios.
Também devemos apontar que temos algumas experiências brasileiras de consulta pública
online que ofertam o direito do cidadão de apontar suas demandas, que é o caso do Orçamento
Participativo Digital (OP Digital) de Belo Horizonte (PEIXOTO, 2008). A bibliografia sobre o assunto
aponta para uma significativa melhora da participação popular. Na experiência brasileira, uma das
primeiras do mundo, obteve uma participação de 10% de seus votantes, mostrando que realmente o OP
Digital pode trazer para a discussão pública boa parte da população que não participa dos processos de
Orçamento Participativo Presencial (PEIXOTO, 2009).

2.3.1. Consultas Públicas Online nos Ministérios Brasileiros


13
Foram estudados todos os sites dos Ministérios do Brasil, excetuando as secretarias com status
de ministério, portando, nosso universo de ministérios que estudamos foi o seguinte: Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Cidades, Ciência e Tecnologia, Comunicações, Cultura, Defesa,
Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Educação, Esporte, Fazenda, Integração Nacional, Justiça, Meio Ambiente, Minas e
Energia, Planejamento, Orçamento e Gestão, Previdência Social, Relações Exteriores, Saúde, Trabalho
e Emprego, Transportes e Turismo.
Destes 23 ministérios, apenas quatro apresentavam o modelo de consulta pública online em seu
histórico, mostrando o baixo interesse do governo para a produção de consulta públicas online. Ou seja,
podemos dizer que 39% dos ministérios apresentam as consultas públicas online como ferramenta para
ouvir as demandas populacionais, mostrando a tendência de aumento do seu uso no Governo Federal.
Abaixo o gráfico síntese:

Figura 2

Entre os ministérios que apresentavam consulta pública online figuravam o Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), especialmente com a Secretaria de Logísticas e
tecnologia de Informação, a SLTI. O Ministério do trabalho e Emprego (MTE), o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), o Ministério da Educação (MEC), o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério da Comunicação (MC), Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério da Cultura (MinC) e Ministério da Saúde
(MS). Abaixo destacamos um quadro resumo dos Ministérios que apresentavam a consulta pública
online:

Tabela 2 – Uso de Consulta Pública Online nos Ministérios do Brasil


14
Ministério (Secretaria) Consulta Pública Online
Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão – SIM
MPOG (Secretaria de Logística e Tecnologia de
Informação - SLTI)
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) SIM
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio SIM
(MDIC)
Ministério da Educação (MEC) SIM
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à SIM
Fome (MDS)
Ministério da Comunicação (MC) SIM
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento SIM
(MAPA)
Ministério da Cultura (MinC) SIM
Ministério da Saúde (MS) SIM

Abaixo colocaremos o resultado das análises das consultas públicas online feita por cada
Ministério, divididas em capítulos:

2.3.1.1. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), também possui consultas


públicas online, disponibilizadas nos links abaixo, inclusive com a recente enquete dos selos de
alimentos brasileiros orgânicos:
http://www.agricultura.gov.br/ (Selo orgânico)
http://www.agricultura.gov.br/portal/page?_pageid=33,7439411&_dad=portal&_schema=POR
TAL&_calledfrom=2

2.3.1.2. Ministério da Comunicação (MC)

No Ministério da Comunicação (MC), encontramos o link para as consultas públicas:


http://www.mc.gov.br/consulta/logon.asp

2.3.1.3. Ministério da Cultura (MinC)

No Ministério da Cultura (MinC) encontramos até mesmo a recente consulta online da


modificação da Lei Rouanet, importante lei na área de cultura:
http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet/2009/03/23/como-participar-da-consulta/ (Nova Lei
Rouanet)
http://www.cultura.gov.br/site/tag/consulta-publica/

2.3.1.4. Ministério da Educação (MEC)

No ministério da Educação também encontramos algumas consultas públicas online referente a


temática da educação. O cidadão poderia opinar até mesmo quais seriam os livros e metodologias que a
educação aplicaria em seus projetos pedagógicos. Apesar de não termos acesso a toda a informação
postada, é um avanço dizer que o governo está encarando a voz da sociedade para produzir suas
políticas públicas de educação. Abaixo os links:
15
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10899&catid=212
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12165:jornalismo-
comissao-recebe-propostas&catid=212
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9763&catid=209
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5903&catid=211

2.3.1.5. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC)

Já no Ministério do Desenvolvimento (MDIC), encontramos algumas consultas online sobre a


perspectiva do Comércio, especialmente, do Brasil. Apontamos grande dificuldade de encontrar as
consultas públicas online, pois não há encaminhamento fácil no portal do Ministério.
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1&noticia=6477
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=3&noticia=4763
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=4&noticia=8880
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=2&noticia=8777

2.3.1.6. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)

Já no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) possui consultas para a


população e também para os Municípios. Abaixo disponibilizamos os links:
http://www.mds.gov.br/noticias/prorrogado-prazo-da-consulta-publica-sobre-regras-para-
servicos-de-acolhimento-para-criancas-e-adolescentes/?searchterm=consulta pública
http://www.mds.gov.br/noticias/ministerio-prorroga-prazo-para-consulta-publica-da-politica-
nacional-para-a-populacao-em-situacao-de-rua/?searchterm=consulta pública
http://aplicacoes.mds.gov.br/sisopi_senarc/?d=index&a=index&f=index (Só para Municípios)

2.3.1.7. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Secretaria de Logística e


Tecnologia de Informação (MPOG/SLTI)
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através da Secretaria de Logística e
Tecnologia de Informação é um dos Ministério que também tem avançado bastante na consulta pública
online. Foi elaborado o site do governo Eletrônico, onde contém as principais informações, diretrizes e
projetos do Programa Brasileiro de governo Eletrônico11.
A participação da sociedade e a transparência são pontos de destaque neste Ministério, uma vez
que está entre as prioridades do programa de Governo Eletrônico Brasileiro, tanto é que foi criado um
portal para aproximar o cidadão das decisões acerca da gestão pública da área de governo eletrônico.
As Consultas Públicas Online do MPOG/SLTI estão no endereço:
www.governoeletronico.gov.br/consultas.
Além disso, o portal inova colocando a disposição uma rede de e-mails que são enviadas a cada
nova consulta ou informação, fazendo com que o cidadão fique informado e interado com as novidades
relativas a formulação e implementação de políticas, projetos, resoluções e normas relacionadas ao
programa de governo Eletrônico do Brasil.

2.3.1.8. Ministério da Saúde (MS)

11
www.governoeletronico.gov.br
16
Podemos destacar o Ministério da Saúde como um dos que mais avançou na área, tendo
inclusive um Portal para as Consultas Públicas Online do SUS12. Este portal, apesar de ter seu caráter
inovador e ser uma referência para outras estâncias administrativas e esferas de governo se inspirarem
para produzirem suas ferramentas de Consultas Públicas Online, ela ainda possui grandes desafios de
aprimoramento.
Como desafios, destacamos a falta de interatividade com o cidadão, um design pouco atraente e
com dificuldade de visibilidade das letras, é algo inovador na área. Abaixo o link para uma consulta
pública online feita no portal e em seguida, o link para a ferramenta criada pelo Ministério da Saúde:
http://www.mds.gov.br/noticias/programa-nacional-de-plantas-medicinais-e-fitoterapicos-
disponibiliza-consulta-publica-1/?searchterm=consulta pública

2.3.1.9. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

No site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), encontramos os seguintes links para


acesso as consultas públicas online:
http://www.mte.gov.br/consulta_publica/CP_Aprendizagem.asp
http://www.mte.gov.br/consulta_publica/anteriores.asp
http://www.mte.gov.br/consulta_publica/default.asp

É importante destacar que as consultas públicas online encontradas no MTE foram no modelo
de envio das sugestões ao e-mail destinado especificamente a este fim. Através disso, entendemos essa
uma modalidade de consulta pública online, apesar de outras ferramentas encontradas em outros
Ministérios superem a qualidade, mas não a funcionalidade, que é mesma; oferecer o direito de ser
ouvido pelo governo através do uso das TICs.

2.3.2. Consultas Públicas Online nas Agências Reguladoras Brasileiras


O Brasil possui 9 agências reguladoras, regulamentadas pela Lei 9.986 de 200013. De acordo com esta
lei, o Brasil possui as seguintes agências reguladoras:

1. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL;


2. Agência Nacional do Petróleo – ANP;
3. Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC;
4. Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL;
5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;
6. Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS;
7. Agência Nacional de Águas – ANA;
8. Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ;
9. Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT;

Visitamos os sites destas agências reguladoras e percebemos que apenas duas delas
apresentavam consultas públicas online. Elaboramos um quadro de resumo, mostrado abaixo:
Tabela 3
Agência Reguladora Consulta Pública Online
1. ANAC NÃO
2. ANS NÃO

12
http://200.214.130.94/consultapublica/
13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consulta_publica/agencias_reguladoras.htm
17
3. ANA NÃO
4. ANTT NÃO
5. ANTAQ NÃO
6. ANP NÃO
7. ANVISA NÃO
8. ANATEL SIM
9. ANEEL SIM

Portanto, se apenas duas das 9 agências reguladoras apresentavam consultas públicas online,
podemos apontar que apenas 25% das agências reguladoras do Governo Federal brasileiro possuem a
ferramentas de consulta pública online. Apontando o pouco uso da ferramenta online que oferece o
direito de dar a voz ao cidadão. Abaixo um gráfico para elucidar melhor a questão.

Figura 3

2.3.2.1. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL

No site da ANEEL encontramos bastante material sobre a consulta pública online. Até o
momento foram 29 consultas públicas feitas no ano. Foi um dos melhore resultados encontrados nesta
pesquisa.
Além da quantidade encontrada, podemos apontar que a qualidade do site é boa, remanejando o
cidadão a um link com todas as consultas públicas online feitas e que estão recebendo propostas da
sociedade. Também é possível encontrar um fórum de discussão que agrega valor as consultas públicas
online. Nos outros sites das agências isto não foi possível encontrar. Abaixo deixamos os endereços dos
links para acesso:

Link para todas as consultas públicas do ano de 2009


http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/consulta_publica/consulta.cfm?ano=2009&idArea=14

18
Fórum da Aneel sobre determinados assuntos; há como opinar
http://forum.aneel.gov.br/forums_sql/Thread.cfm?CFApp=1&IdeTopico=1034&mc=2

2.3.2.2. Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL

Já com a ANATEL encontramos apenas um registro de consulta pública online, destacada em


um sítio da internet. Esta pesquisa era sobre o regulamento que substituiu a troca de metas
universalização do backhaul paras as concessionárias14.

3. Limites e Desafios de Aprimoramento das Ferramentas Anti-Corrupção Online e Consultas


Públicas Online no Brasil

Os limites e desafios de aprimoramento das Ferramentas Anti-Corrupção Online e das


Consultas Públicas Online são vários e iniciaremos comentando sobre a falta de aptidão da
Administração Pública em promover ambientes de consultas públicas, especialmente quando tratam-se
daquelas via web. Elas seriam boas formas de conseguir consenso na produção de políticas públicas e
melhorias na formulação e implementação das obras e políticas da gestão pública.
Aliado a inapetência da Administração Pública, as consultas públicas também sofrem com a
falta de participação dos cidadãos, que em muitos dos casos estudados neste trabalho apontam para a
baixa participação, como é o caso do Orçamento Participativo Digital de Belo Horizonte. A
participação cidadã deve ser incentivada pela Sociedade Civil Organizada e pelo próprio governo para
que grupos que antigamente eram excluídos do processo de decisão sejam empoderados e iniciem
participação mais ativa na definição das diretrizes da Gestão Pública.
E é neste espaço que as TICs podem ser inseridas para atrair cada vez mais numero de pessoas
que participem das decisões das políticas públicas e na construção de normas, assim como apontamos
nos Ministérios e Agências reguladoras do Brasil, questionando ao cidadão sobre quais as possíveis
diretrizes que deveriam ser tomadas, legitimando e criando um espaço público de decisão.
Também como meta de aprimoramento das Consultas Públicas Online, consideramos que todas
as consultas poderiam ser feitas em um único portal, assim como a ferramenta do Ministério da Saúde.
Isso facilitaria para todos os cidadãos participarem e se interarem das atividades governamentais.
Assim como a criação de newsletters para envio de e-mails para os interessados em determinadas
questões ou consultas públicas online, podendo ampliar a participação cidadã e até mesmo a qualidade
da discussão na arena criada virtualmente para o debate da gestão pública.
No entanto, apesar do Estatuto das Cidades e a constituição federal permitirem e incentivarem o
uso de ferramentas como a consulta pública e referendo, ainda não foram encontradas em nível
subnacional expressiva atividade de consultas públicas online, o que nos remete a questionar os estados
e Municípios, já que tecnologicamente o Governo Federal provou que é possível estabelecer consultas
públicas online e criar um espaço de discussão e produção de políticas públicas.
Dentro dos limites das Ferramentas Anti-Corrupção online podemos destacar a falta de
integração das plataformas tecnológicas e de sistemas, como as fotografias, mapas interativos,
documentos em formato PDF, planilhas e acesso fácil ao e-mail ou telefone e endereço da ouvidoria,
que poderiam aprimorar ainda mais o trabalho destas ferramentas instaladas em alguns TCEs do Brasil.
Dentre o universo de TCEs estudados, o Estado do Mato Grosso é um dos sistemas mais completos
14
Para saber mais, visite o site: http://www.telecomonline.com.br/noticias/anatel-abre-consulta-publica-sobre-o-
regulamento-do-backhaul

19
estudados, pois permite ao cidadão facilmente consegue ter as informações destacadas das plataformas
de soluções.
Outro ponto a ser superado é a criação de uma padronização nas consultas públicas online dos
Ministérios e Agências Reguladoras, especialmente a criação de um portal que identifique todas as
consultas públicas em andamento, encerradas e o histórico de todas elas.
A instalação de ferramentas online como buscas no site, para identificação de temáticas e
criação de listas de e-mails informando quais são as novas consultas públicas online podem fazer com
que a sociedade passe a se interessar pelas temáticas e que a disseminação das listas aumente a
probabilidade de participação cidadã através do uso da internet.
Os desafios de aprimoramento das ferramentas anti-corrupção dos TCEs estão baseadas na
produção de programas que consigam cada vez mais ampliar sua base de dados, já que as idéias estão
sendo implantadas, cabendo para um futuro próximo, conciliar mais bancos de dados ainda não
incluídos no sistema para a produção de mapas temáticos, gráficos e outros modelos não tradicionais
para atrair a sociedade a controlarem o setor público e as ações da administração pública.

4. Considerações Finais

A construção do referencial teórico permitiu observar que o e-gov pode influenciar no modelo
de Administração Pública que teremos no futuro, pois além da economia, agilidade e outras benesses
oriundas da introdução do e-gov em outras áreas da gestão pública, podemos melhorar também a oferta
de serviços públicos e da criação de um canal pleno e legítimo de comunicação entre governo e
cidadão.
Além disso, nosso estudo evidencia a promoção da mudança de perspectiva do controle social e
da transparência e da facilidade da inclusão de alguns atores políticos que atualmente não possuem
“voz” para participar das decisões da gestão pública e também promoverem o controle social.
É importante reiterar de que muitas vezes algumas ferramentas terão pouca procura pelos
cidadãos, entretanto, devemos considerar de que é um direito dom cidadão possuir a informação em
qualquer momento que queira, ou seja, o acesso à informação deve ser universal e livre a toda a
população, independentemente de sua procura ser maior ou menor.
Outro problema que deve ser superado está em relação ao conteúdo das informações e dos
dados que devem ser sempre ampliados e também possuir uma constante atualização. Sites
desatualizados não conseguem oferecer certa profundidade das informações para que o cidadão possa
estar controlando constantemente a Administração Pública.
Portanto, podemos apontar que as iniciativas estudadas podem, e devem, ser inspiração para
todos os estados e municípios a produzirem, a partir de suas peculiaridades, modelos semelhantes de
Ferramentas Anti-Corrupção Online e Consultas Públicas Online.

20
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6. Anexos

Abaixo temos alguns sites interessantes sobre as consultas públicas online no Brasil e também
algumas encontradas no resto do mundo. Autores que estejam estudando a temática pode ser um bom
referencial para que possam produzir suas pesquisas e aumentar a qualidade de seus trabalhos.

6.1. Endereços de Sites Interessantes

6.1.1. Consultas Públicas Online no Brasil

Também encontramos alguns outros casos de consultas públicas online em municípios


brasileiros e resolvemos destacar aqui, pois é bastante interessante também relatar experiências de
baixo custo e que oferecem grande valor democrático a toda a sociedade.
Um dos casos mais interessantes encontrado foi o caso de Brasília. A prefeitura disponibilizou
uma enquete para a escolha o local da quadra esportiva, indicando geograficamente, através de geo-
referenciamento, todas as implicações na escolha do local da quadra esportiva, mostrando até mesmo
os problemas que ela geraria.
Também destaca-se o fórum criado para a discussão da criação da quadra. Vários cidadãos
postaram para esclarecer seus problemas e experiências vividas. Vale a pena conferir. Abaixo o Link:
http://410e409norte.wordpress.com/2009/02/26/consulta-publica-online-escolhendo-o-local-
para-a-quadra-poliesportiva/

Já para os governos estaduais, fica a experiência Fo governo de Minas Gerias com a consulta
pública online que a Assembléia Legislativa do Estado está realizando. Ela questiona cidadãos e poder
público local para discutirem e efetuarem envio de sugestões sobre a educação pública de Minas
Gerais. Abaixo o Link:
http://www2.almg.gov.br/hotsites/planoEducacao/consultaPublica.html

6.1.2. Consulta Pública Online na Europa


A Europa é um dos locais onde esta ferramenta mais tem se desenvolvido, especialmente as
consultas públicas online da União Européia (EU). Criamos uma lista dos sites que recomendamos para
o Governo federal, Estadual e até mesmo Municipal, se inspirem e produzam suas próprias consultas
públicas online. Os governantes e gestores devem também prestar a atenção ao modelo de consulta
pública. As temáticas são de interesse da sociedade, e assim devem ser. Não podemos mais criar
consultas públicas que só ajudem o governante. Ela deve ajudar a sociedade, favorecendo as decisões
ao bem público, em prol do desenvolvimento do país. Abaixo o link sugeridos para serem visitados:

Site de Iniciativas de formulação de Políticas Públicas, através do uso das TICS


http://ec.europa.eu/yourvoice/ipm/index_en.htm

Consulta Públic Online sobre Habitação em Portugal:


http://www.i-gov.org/index.php?visual=1&article=9334

União Européia promove consulta pública online sobre uso de animais em experiências
(Cobaias):
25
http://www.confagri.pt/NR/exeres/93D1AE2D-0D57-4DB9-9964-788DBFF33070.htm

União Européia. RFID Radio Frequence IDentification


http://ec.europa.eu/research/era/consultation-era_en.html

Posição européia para alterações Climáticas:


http://www.acif-
ccim.pt/images/stories/2008_agosto/ed/20080811_consulta_publica_alteracoes_climaticas.pdf

OECD: Como fazer uma consulta pública Online:


http://www.oecd.org/document/40/0,3343,en_2649_34495_37539752_1_1_1_1,00.html

Governo de Quebec: Piscina caseira:


http://www.piscines.gouv.qc.ca/en/pisc_cons.asp

Plano Nacional de Desenvolvimento (Latvia):


http://www.politika.lv/index.php?id=8931

Londres: Worcester Transporte Público:


http://www.worcester.gov.uk/index.php?id=830

South Gloucestershire: Consulta Públicas Online:


https://consultations.southglos.gov.uk/inovem/consult.ti/system/calendar?

Consulta pública sobre perigos ligados ao álcool:


http://www.i-gov.org/index.php?article=9514&visual=1&id=20&subject=186

Consulta Pública Online sobre uso de derivados da foca:


http://peantepata.hi5.com/friend/group/724989--9373658--
Amigos%2Bdos%2Banimais%2Bmaltratados----topic-html

Idéias e Sugestões recebidas durante a Consulta Pública do Programa Simplex 2009:


http://consulta2009.simplex.gov.pt/

FIA- Europa:
http://www.fiabrussels.org/en/news/archive/commission_consults_on_motor_insurance_issues_
01.htm

6.1.3. Governo Local Inglês


http://www.eastriding.gov.uk/consult/

http://www.proni.gov.uk/index/about_proni/econsultation.htm

Parlamento Inglês: http://forums.parliament.uk/dvec/index.php?index,1

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