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AFO E ORÇAMENTO

PÚBLICO
Orçamento Público – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

Sumário
Orçamento Público – Parte II. . ...................................................................................................................................3
1. Orçamento na Constituição Federal..................................................................................................................3
1.1. Plano Plurianual (PPA)..........................................................................................................................................4
1.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)........................................................................................................6
1.3. Lei Orçamentária Anual (LOA).. ...................................................................................................................... 10
2. Ciclo Orçamentário.. ..................................................................................................................................................13
2.1. Elaboração. . ................................................................................................................................................................15
2.2. Aprovação..................................................................................................................................................................18
2.3. Execução.....................................................................................................................................................................21
2.4. Controle......................................................................................................................................................................26
3. Créditos Adicionais.. ................................................................................................................................................29
Resumo................................................................................................................................................................................34
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................40
Questões de Concurso.................................................................................................................................................41
Gabarito...............................................................................................................................................................................49
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................50
Referências........................................................................................................................................................................63

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

ORÇAMENTO PÚBLICO – PARTE II


Olá. Tudo bem com você? Vamos lá?
Como visto na nossa última aula, alguma das disposições constitucionais sobre esse tema
sofreram recentes alterações, por meio das Emendas Constitucionais n. 100/19, 102/2019,
103/19, 105/19, 106/2020, 109/2021 e 113/2021 (recém-promulgada). Atenção a essas novi-
dades, pois podem ser objeto de cobrança em prova!
Ah, não se esqueça de avaliar esta aula. O seu feedback é muito importante para o aprimo-
ramento constante deste trabalho.

1. Orçamento na Constituição Federal


A vinculação entre o planejamento governamental e o orçamento é efetivada na Constitui-
ção de 1988 por meio de três diferentes leis/instrumentos: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
A iniciativa de elaboração dessas leis é de competência exclusiva (só ele pode fazer isso!)
do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República), devendo apresentar os respectivos pro-
jetos de lei nos prazos previstos no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCTs).
Esses prazos deveriam estar sendo tratados em lei complementar federal. Contudo, essa
lei complementar prevista no § 9º do art. 165 da Constituição ainda não foi criada, mantendo
em vigor os prazos previstos no ADCTs.

CF 88, Art. 165, § 9º Cabe à lei complementar:


I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem
como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados
quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das pro-
gramações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166.

A despeito de atualmente os prazos de elaboração do PPA, LDO e LOA estarem previstos na


Constituição, sua regulamentação deve se dar por meio de lei complementar FEDERAL (não é
nacional), ou seja, tais prazos não devem ser seguidos obrigatoriamente pelos demais entes
da federação (Estados, Distrito Federal e Municípios)!

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Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão analisa-
dos por uma comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do seu regimento comum. Os projetos, após aprovados, terão
status de Leis Ordinárias.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-
ma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresenta-
das anualmente pelo Presidente da República
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atua-
ção das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.

Assim, cabe ao Poder Executivo elaborar e ao Poder Legislativo discutir e aprovar (projeto
vai para sanção do Presidente). No tocante à fiscalização, ela está a cargo também do Poder
Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas da União.

1.1. Plano Plurianual (PPA)


A Constituição de 1988 inovou ao prever, além da Lei Orçamentária Anual, mais duas outras
peças orçamentárias: o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
O Plano Plurianual (PPA) representa a peça máxima do planejamento do Estado, sendo sua
elaboração, competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. A Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias e Lei Orçamentária Anual deverão ser compatíveis com suas diretrizes, bem como os
planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição.

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Esses planos nacionais, regionais e setoriais possuem período de vigência até mais lon-
gos do que o PPA, sendo considerados de longo prazo. No entanto, eles devem observar (ser
compatíveis/adequados) o PPA. Alguns exemplos desses planos e programas: Plano Nacional
de Educação – PNE (duração de 10 anos), Plano Nacional de Cultura – PNC (10 anos), Plano
Nacional de Viação – PNV (revisto a cada 5 anos).
Fiquem atentos ao fato de que o PPA reflete o planejamento de médio prazo. Assim, apesar
de ser o principal instrumento do planejamento no Brasil, deve ser considerado de médio prazo
e não de longo prazo.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser inicia-
do sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
De acordo com a CF/1988, o PPA estabelecerá de forma regionalizada as diretrizes, metas
e objetivos da Administração Pública com relação às despesas de capital e outras delas de-
correntes, bem como para as relativas aos programas de duração continuada.

 Obs.: Despesas de capital: despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aqui-
sição de um bem de capital (equipamentos e instalações necessários para a produção
de outros bens ou serviços.

Ex.: fábricas, máquinas, ferramentas, equipamentos etc.).

O Projeto de Lei deve ser encaminhado até 4 meses antes do encerramento da sessão le-
gislativa ordinária do primeiro ano do mandato do Chefe do Poder Executivo, ou seja, até 31 de
agosto, devendo ser aprovado pelo Poder Legislativo até 22 de dezembro do mesmo ano, data
do encerramento da sessão legislativa ordinária.
O PPA tem vigência de 4 anos, compreendendo o segundo ano de mandato do Presidente
da República até o primeiro ano de mandato do seu sucessor, ou seja, o prazo de duração do
PPA não coincide com o mandato presidencial. Essa medida visa evitar rupturas no Planeja-
mento Estatal, mantendo assim, pelo menos no primeiro ano do mandato do sucessor, o Pla-
nejamento estabelecido pelo seu antecessor.
A Mensagem Presidencial que encaminhou o PPA 2020-2023 detalhou 3 dimensões, a saber:
• Dimensão estratégica: que trata das diretrizes e temas, dentro de cinco eixos:
− Institucional;
− Social;
− Ambiental;
− Econômico;
− Infraestrutura.

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• Dimensão tática (intermediária): estruturada em programas finalísticos, com objetivos


e metas regionalizadas, e programas de gestão (ações administrativas ou organizacio-
nais). Ah, os programas finalísticos e de gestão configuram o elo entre PPA, LDO e LOA.
• Dimensão operacional: ações que instrumentalizam o alcance de tais objetivos e metas.

001. (FCC/AL-AP/2020) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Plano Plurianual de


um ente estadual referente ao período de 2020 a 2023 deve
a) estabelecer orientações para a elaboração das Leis Orçamentárias Anuais referentes aos
exercícios financeiros de 2020 a 2023.
b) ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
c) conter as metas de resultados primário e nominal, em valores correntes e constantes, para
os exercícios financeiros de 2020 a 2023.
d) estabelecer as metas, para o referido período, para as despesas relativas a programas de
duração continuada.
e) estabelecer normas relativas à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos referentes aos exercícios financeiros de 2020 a 2023.

O PPA estabelecerá de forma regionalizada as diretrizes, metas e objetivos da Administração


Pública com relação às despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para as
relativas aos programas de duração continuada.
Letra d.

1.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)


Para fazer o vínculo entre o planejamento de médio prazo e a Lei Orçamentária Anual, a
Constituição Federal de 1988 trouxe um importantíssimo instrumento do Orçamento, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, estabelece-
rá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória susten-
tável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alte-
rações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento. (Atenção: nova redação dada pela EC n. 109/2021)
Assim, a cabe LDO:
• compreender as metas e prioridades da administração pública federal;
• estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com
trajetória sustentável da dívida pública,

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• orientar a elaboração da lei orçamentária anual,


• dispor sobre as alterações na legislação tributária; e
• estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Sobre a disposição de alterações na legislação tributária pela LDO, é importante dizer que
dispor sobre o tema (falar sobre o assunto) é diferente de dizer que qualquer alteração na
legislação tributária deva estar prevista previamente na LDO para que a medida possa en-
trar em vigor.
O Projeto de Lei da LDO deve ser encaminhado até 8 meses e meio antes do encerramento
da sessão legislativa ordinária, ou seja, até 15 de abril, devendo ser aprovado até 17 de julho.
A mensagem que encaminhar o projeto da LDO apresentará, em anexo específico, os ob-
jetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções
para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício
subsequente.
Ainda sobre o prazo para sua aprovação pelo Poder Legislativo, a Constituição Federal
trouxe uma regra muito interessante e particular, de que o Congresso Nacional não poderá
entrar em recesso no meio do ano se não aprovada a LDO.

E o PPA e a LOA têm essa mesma previsão?

Não! Apenas o rito da LDO tem essa previsão. Essa regra deve-se ao fato de que a LDO
deve servir de parâmetro para aprovação da LOA ainda naquele exercício. Iria contra um dos
objetivos da LDO, caso sua discussão ou aprovação coincidissem com a da LOA.
Assim, como a LOA deve ser apresentada até 31 de agosto, nada mais lógico do que a LDO
ser aprovada antes dessa data, lembrando que o Congresso entra em recesso dia 17 de julho.
Quanto à vigência da LDO, essa será superior a um ano, em torno de um ano e meio, pois
é aprovada no meio do ano, servindo para orientar a elaboração da LOA. Além disso, no ano
seguinte a LDO continua vigendo, dispondo sobre regras sobre a execução e acompanhamento
do orçamento aprovado.
A importância da LDO aumentou com a publicação da Lei Complementar n. 101/2000,
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que ampliou os objetivos da LDO, passando a dispor
também sobre:
• Equilíbrio entre receitas e despesas;
• Critério e forma de limitação de empenho;
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação de programas;
• Demais condições e exigências para a transferência voluntária de recursos (transferên-
cias de recursos a entidades públicas e privadas).

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A LRF ainda criou dois importantíssimos anexos que deverão compor a LDO. O Anexo de
Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais compreenderão:

Veja como isso apareceu na LRF:

§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, re-
sultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para
os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifi-
quem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e
evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado.

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§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as provi-
dências a serem tomadas, caso se concretizem.
§ 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objeti-
vos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus
principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.

Resultado de recente alteração na Constituição (EC n. 102/2019), a LDO passou a conter


um anexo com a previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos
que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento.
Esse anexo deverá compreender as despesas para o exercício a que se refere e, pelo me-
nos, para os dois exercícios subsequentes.
A ideia dessa alteração legislativa é garantir que investimentos públicos não fiquem sem
o correspondente financiamento nos exercícios em que ocorrer sua execução (ex.: construção
de uma obra pública que durar mais de um ano).

002. (FGV/TCE-PI/2021) O processo orçamentário no Brasil tem como base diferentes instru-
mentos de planejamento concebidos para auxiliar na gestão equilibrada dos recursos públicos.
Um dos instrumentos de planejamento de maior complexidade técnica é a LDO, que tem, entre
seus conteúdos, a proposição de:
a) condições para concessão de benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia;
b) critérios de regionalização dos programas governamentais;
c) despesas relativas aos programas de duração continuada;
d) diretrizes para investimentos das empresas estatais;
e) disposições sobre equilíbrio entre receitas e despesas.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ampliou os objetivos da LDO, passando a dispor


também sobre:
• Equilíbrio entre receitas e despesas;
• Critério e forma de limitação de empenho;
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação de programas;
• Demais condições e exigências para a transferência voluntária de recursos (transferên-
cias de recursos a entidades públicas e privadas).
Letra e.

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1.3. Lei Orçamentária Anual (LOA)


Última peça orçamentária que compõe a estrutura de planejamento e orçamento da
CF/1988, a Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito do Governo, onde estarão
consignadas a previsão das receitas e fixação das despesas.

Guardem isso: fixação de despesas e previsão de receitas!

O examinador adora trocar essas informações. Às vezes, ele coloca numa questão que no
orçamento são previstas as despesas e fixadas as receitas. Errado!!! Temos que entender a
lógica: como podemos fixar as receitas do governo? Não há como. O governo não tem certeza
de que receberá essas receitas. Todo mundo vai pagar os seus impostos? E qual o valor exato?
Impossível de saber, não é?
Por outro lado, as despesas devem sim ser fixadas. Desta forma, é vedado o início de pro-
gramas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual!
Mas cuidado, o examinador por dizer de maneira genérica que orçamento prevê receitas
e despesas. O que você tem que ter em mente é que não se pode falar em fixação de receita.
Isso é o mais importante.
Da mesma forma que os demais instrumentos orçamentários, a competência para sua
elaboração é exclusiva do Chefe do Poder Executivo. Este consolidará as propostas orçamen-
tárias dos demais poderes (Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas) e
irá apresentá-la ao Congresso Nacional na forma de um projeto de Lei.
O Projeto de Lei deve ser encaminhado até 4 meses antes do encerramento da sessão
legislativa ordinária do mandato do Chefe do Poder Executivo, ou seja, até 31 de agosto, de-
vendo ser aprovado pelo Poder Legislativo até o encerramento da sessão legislativa ordinária,
22 de dezembro do mesmo ano. A lei orçamentária possuirá vigência de um ano (Princípio da
anualidade).
Para ajudá-los, vamos aproveitar para ver um quadro comparativo dos prazos e vigências
do PPA, LDO e LOA:

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Conforme visto na última aula, a Lei Orçamentária Anual será composta pelo orçamento
fiscal, pelo orçamento da seguridade social e pelo orçamento de investimento de empresas.
A Constituição determina que os Orçamentos Fiscal e de Investimento das Estatais deve-
rão buscar a redução das desigualdades inter-regionais.

CF/1988, Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.

Mas e o orçamento da seguridade social?

Bem, nesse caso não deve ser buscada essa redução das desigualdades. Pegadinha re-
corrente em provas, mas de fácil possibilidade de você se lembrar dela. Basta entender que o
orçamento de seguridade possui um objetivo muito específico, que é financiar a saúde, previ-
dência e assistência social, desta forma, não se alinha a esses objetivos a redução das desi-
gualdades inter-regionais.
O projeto de lei orçamentária deverá ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e be-
nefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Esses são os chamados incentivos fiscais.
Assim como fez com a LDO, a Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe algumas disposições
sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA). De acordo com a LRF, são vedados créditos com finalidade
imprecisa ou com dotação ilimitada, bem como investimentos com duração superior a um exer-
cício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.
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O projeto de lei orçamentária anual, compatível com o PPA/LDO/LRF, deverá:


• Conter demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os ob-
jetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais (LDO);
• Acompanhar medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despe-
sas obrigatórias de caráter continuado;
• Conter Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante, com base na re-
ceita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO. A reserva se destina ao atendimento
de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos;
• Conter todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as recei-
tas que as atenderão.

Resultado de recente alteração na Constituição (EC n. 102/2019), a lei orçamentária anual


– LOA poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação
dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento.
A lógica aqui é a mesma do anexo acrescentado na LDO, garantir recursos e viabilizar in-
vestimentos públicos. Ainda com esse objetivo, a União ficou responsável por organizar e man-
ter registro centralizado de projetos de investimento contendo, por Estado ou Distrito Federal,
pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre a execução
física e financeira.
A Lei n. 4.320/1964 ainda determina que o Projeto de Lei Orçamentária Anual compre-
enderá a discriminação das receitas e despesas, de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, univer-
salidade e anualidade.
Por fim, a Lei n. 4.320/1964, no seu art. 2º, trouxe quadros que deverão integrar ou acom-
panhar o orçamento. Vejamos:

Art. 2º
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo;
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do
Anexo n. 1;
III – Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV – Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I – Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
II – Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n.s 6 a 9;
III – Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de
obras e de prestação de serviços.

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Quer visualizar isso melhor? Dê uma passadinha no link abaixo, onde estão todos os ar-
quivos/links relacionados a um projeto de lei orçamentária. Só um conselho: não gaste muito
tempo visitando essa página, pois o seu foco é passar no concurso e esses detalhamentos do
PLOA são bastante específicos, ok?
http://www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/leis-orcamentarias/loa

003. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) O modelo de planejamento e orçamento brasileiro é definido


na Constituição Federal de 1988 e composto de três instrumentos: o plano plurianual (PPA), a
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). A esse respeito, julgue
o item que se segue.
Apresentação, montante e forma de utilização da reserva de contingência constituem um con-
teúdo atribuído à LOA e LDO.

A LOA irá conter a Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante, com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na LDO.
Certo.

2. Ciclo Orçamentário
Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados os as-
pectos físicos e financeiros dos programas do setor público, composto pelas seguintes etapas: ela-
boração/planejamento, discussão/aprovação, execução e controle/avaliação da Lei Orçamentária.

Essa é a forma clássica de apresentação do ciclo orçamentário, contudo, vocês precisam


conhecer o ciclo orçamentário ampliado.
Uma vez que o ciclo orçamentário também envolve a Lei de Diretrizes Orçamentárias –
LDO – e o Plano Plurianual – PPA, a partir da Constituição de 1988, esse ciclo se estende em
oito fases, quais sejam:
• formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;

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• apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;


• proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de
recursos pelo Executivo;
• apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
• elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
• apreciação, adequação e autorização legislativa;
• execução dos orçamentos aprovados;
• avaliação da execução e julgamento das contas.

Essa abordagem com oito fases é de autoria do consultor aposentado de orçamento da


Câmara dos Deputados, o Sr. Osvaldo Sanches.
Tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui ritmo próprio, fi-
nalidade distinta e periodicidade definida.
Diferentemente da Lei Orçamentária Anual que possui duração de um exercício, coinci-
dindo com o ano civil, o ciclo orçamentário não se limita ao período de um ano, pois, como
vimos, envolve todas as etapas anteriores e posteriores à execução orçamentária e financeira
do orçamento.

004. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) O orçamento público é o instrumento de planejamento que es-


tima as receitas que o governo espera arrecadar ao longo do próximo ano e, com base nelas,
autoriza um limite de gastos a ser realizado com tais recursos. Sobre este assunto, julgue o
próximo item.
O ciclo orçamentário constitui uma sequência de duas fases ou etapas que deve ser cumprida
como parte do processo orçamentário: elaboração e aprovação.

Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, em que são avaliados os as-
pectos físicos e financeiros dos programas do setor público, composto pelas seguintes eta-
pas: elaboração/planejamento, discussão/aprovação, execução e controle/avaliação da Lei
Orçamentária.
Errado.

005. (CESPE/APEX BRASIL/2021) Com relação ao ciclo orçamentário, julgue os itens a seguir.
I – No Brasil, o ciclo orçamentário se divide em duas etapas: elaboração/planejamento da pro-
posta orçamentária e execução orçamentária/financeira.
II – A elaboração do orçamento compreende o estabelecimento de plano de médio prazo (qua-
tro anos) ou PPA, lei orientadora ou LDO, e orçamento propriamente dito ou LOA.
III – O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as ativida-
des típicas do orçamento público, desde sua concepção até sua apreciação final.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

Assinale a opção correta.


a) Apenas os itens I e II estão certos.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.

I – Errado, o ciclo orçamentário compreende a elaboração, aprovação, execução e controle.


II – Perfeito, esse é o ciclo orçamentário ampliado.
III – Correto!
Letra c.

2.1. Elaboração
A elaboração e apresentação da proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) é competência
exclusiva do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República – PR). Assim, não pode um
parlamentar ou mesmo o Presidente do Supremo Tribunal Federal apresentar o projeto de Lei
Orçamentária Anual ao Congresso.
Os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas encaminharão suas propostas
orçamentárias para o Poder Executivo, dentro dos limites impostos pela Lei de Diretrizes Orça-
mentárias (LDO).
O Poder Executivo consolidará as propostas orçamentárias dos demais poderes (Legis-
lativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas) e irá apresentá-las ao Congresso
Nacional na forma de um único projeto de Lei.
O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal compreende as atividades de elaboração,
acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos
e pesquisas socioeconômicas, sendo composto pelo Ministério da Economia, pelos órgãos
setoriais e pelos órgãos específicos.

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

São finalidades desse Sistema:


• Formular o planejamento estratégico nacional;
• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
• Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando à
compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal,
estadual, distrital e municipal.

O órgão central era o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Atual-


mente está inserido no Ministério da Economia! Ele possui a Secretaria de Orçamento Federal
(SOF) e a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal é regulado pela Lei n. 10.180/2001, que dis-
ciplina ainda os Sistemas de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de
Controle Interno do Poder Executivo Federal.

Caberá à SOF definir as estratégias e diretrizes do processo de elaboração da LOA. Nesse


sentido, as setoriais e unidades orçamentárias dos outros Poderes e órgãos estarão vincula-
das tecnicamente (orientação normativa) as diretrizes da SOF, apesar de não estarem vincula-
das hierarquicamente.
As setoriais são responsáveis por unificar as propostas das unidades orçamentárias de
um mesmo órgão ou poder e repassá-las à SOF até o dia 14/8, conforme dispõe a LDO 2021.
Caso os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas não encaminharem as
suas propostas no prazo acima, o Poder Executivo considerará como proposta a Lei Orçamen-
tária vigente, ajustando-a aos limites impostos pela LDO aprovada.
Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão
ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP é o é o sistema informatizado
que suporta os processos de Planejamento e Orçamento do Governo Federal. É o resultado da
iniciativa de integração dos sistemas e processos a partir da necessidade de:
• Otimizar procedimentos;
• Reduzir custos;
• Integrar e oferecer informações para o gestor público e para os cidadãos.

Com o SIOP, os usuários dos diversos Órgãos Setoriais, Unidades Orçamentárias e Agentes Téc-
nicos integrantes do sistema, bem como outros sistemas automatizados, registram suas operações
e efetuam consultas on-line. De modo geral, o SIOP atende os servidores da Administração Públi-
ca que exercem atividades nas áreas de planejamento, orçamento, compras, finanças, convênios e
controle, além de cidadãos interessados nos temas de orçamento público e políticas públicas.

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Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

São macroprocessos envolvidos no planejamento e orçamento da União tratados no SIOP:


• Elaboração e revisão do Projeto de Lei do Plano Plurianual – PLPPA.
• Elaboração do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – PLDO.
• Elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA.
• Operacionalização das Alterações Orçamentárias (Créditos).
• Tratamento de Emendas Parlamentares ao Orçamento (Orçamento Impositivo).
• Receitas.
• Acompanhamento das Estatais.
• Acompanhamento Físico das Ações Orçamentárias.
• Monitoramento do PPA.
• Outras funcionalidades específicas.

Com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham, no SIOP, a abertura
desses limites segundo a estrutura programática da despesa. Considerando a escassez de
recursos, cada órgão setorial observará, no processo de alocação orçamentária, pela melhor
distribuição, tendo em vista as prioridades e a qualidade do gasto.
De acordo com o MTO 2021, o processo de detalhamento da proposta setorial, via SIOP,
compreende três etapas decisórias: UO (Unidade Orçamentária), órgão setorial e Órgão Cen-
tral. Cada momento é tratado exclusivamente pelos atores orçamentários responsáveis pela
respectiva etapa decisória e não pode ser compartilhado, o que confere privacidade e seguran-
ça aos dados.

NOVO REGIME FISCAL:


Durante um período de 20 anos, as despesas primárias constantes dos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social da União serão limitadas pelo valor do exercício imediatamente anterior,
corrigido pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado
pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ou de outro índice que vier a subs-
tituí-lo, apurado no exercício anterior a que se refere a lei orçamentária. Atenção! Texto alterado
pela EC n. 113/2021.
Para fins da elaboração do projeto de lei orçamentária anual, o Poder Executivo considerará o
valor realizado até junho do IPCA, relativo ao ano de encaminhamento do projeto, e o valor esti-
mado até dezembro desse mesmo ano. Essa estimativa do índice, juntamente com os demais
parâmetros macroeconômicos, será elaborada mensalmente pelo Poder Executivo e enviados
à comissão mista de orçamento. Atenção! Texto incluído pela EC n. 113/2021.
O resultado da diferença aferida entre as projeções feitas e a efetiva apuração do índice previs-
to será calculado pelo Poder Executivo, para fins de definição da base de cálculo dos respecti-
vos limites do exercício seguinte, a qual será comunicada aos demais Poderes por ocasião da
elaboração do projeto de lei orçamentária. Atenção! Texto incluído pela EC n. 113/2021.

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Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

Se verificado, na aprovação da lei orçamentária, que a proporção da despesa obrigatória pri-


mária em relação à despesa primária total foi superior a 95% (noventa e cinco por cento),
aplicam-se sanções ao respectivo Poder ou órgão, até o final do exercício a que se refere a
lei orçamentária, em especial quanto às despesas de pessoal, com restrições a nomeações e
aumentos salariais. Atenção! Texto alterado pela EC n. 109/2021.
Ficam fora desse limite e consequentemente das sanções:
• transferências constitucionais;
• créditos extraordinários;
• despesas não recorrentes da Justiça Eleitoral com a realização de eleições;
• despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes; e
• transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios de parte dos valores arrecadados
com os leilões dos volumes excedentes ao limite a que se refere a Lei n. 12.276/2010
(cessão onerosa do exercício das atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás
natural e de outros hidrocarbonetos fluido), e a despesa decorrente da revisão desses
contratos de cessão. Atenção! Texto incluído pela EC n. 102/2019.

006. (CESPE/MPE-CE/2020) A respeito de finanças públicas, julgue o item que se segue.


O sistema de planejamento orçamentário federal segue o PPA, a LDO, a LRF e a LOA, instrumen-
tos legais que se materializam periodicamente após serem propostos pelo Poder Executivo
federal e, posteriormente, aprovados pelo Poder Legislativo.

A LRF não se inclui entre os instrumentos legais periódicos que visam materializar o planeja-
mento e a ação governamental.
Errado.

2.2. Aprovação
Finalizada a elaboração da Proposta, essa será apresentada ao Congresso Nacional por
meio de Mensagem Presidencial (instrumento oficial de comunicação entre Presidente e Con-
gresso), devendo conter:
I – resumo da política econômica do País e análise da conjuntura econômica, com indica-
ção do cenário macroeconômico e suas implicações sobre a proposta orçamentária;
II – resumo das políticas setoriais do governo;
III – avaliação das necessidades de financiamento do Governo Central relativas aos Orça-
mentos Fiscal e da Seguridade Social, evidenciando a metodologia de cálculo e os parâmetros
utilizados;
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Orçamento Público – Parte II
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IV – indicação do órgão que apurará os resultados primário e nominal, para fins de avalia-
ção do cumprimento das metas;
V – justificativa da estimativa e da fixação, respectivamente, da receita e da despesa; e
VI – demonstrativo sintético, por empresa, do Orçamento de Investimento das Estatais
(Programa de Dispêndios Globais), informando as fontes de financiamento, bem como a previ-
são da sua respectiva aplicação, e o resultado primário dessas empresas com a metodologia
de apuração do resultado.

NOVO REGIME FISCAL


A mensagem que encaminhar o projeto de lei orçamentária demonstrará os valores máximos
de programação compatíveis com o teto, estabelecido pela atualização dos gastos do exercí-
cio anterior pelo IPCA.

A proposta orçamentária (bem como as demais leis orçamentárias – PPA e LDO), apesar
da sua natureza de lei ordinária, possui rito especial. Ela é discutida concomitantemente em
ambas as casas do Congresso Nacional – CN (na forma de seu regimento comum), por meio
da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (formada por deputados e
senadores), sendo votada em sessão conjunta do CN.
Ao contrário ao que ocorre em outras tramitações legislativas, as emendas parlamentares
serão todas apresentadas nessa comissão mista, que ficará responsável por analisá-las e emi-
tir parecer.
Qualquer emenda ao PLOA (PPA e LDO tb) deverá ser apresentada à Comissão de Orça-
mentos. Para ser aprovada, a emenda deverá, nos ditames constitucionais, seguir os seguintes
preceitos:
• Sejam compatíveis com PPA e LDO;
• Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
− Dotações para pessoal e seus encargos;
− Serviço da dívida;
− Transferências tributárias constitucionais;
• Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões na redação da LOA.

As emendas apresentadas no Congresso podem ser individuais de cada parlamentar, de


comissão (das comissões existentes na Câmara e no Senado) ou de bancada estadual.
Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado
erro ou omissão de ordem técnica ou legal, devendo ser apresentado os cálculos que susten-
tem a revisão dos valores anteriormente definidos.

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Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamen-


tária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
É permitida a proposta de emenda ou modificação de algum projeto caso este ainda não
tenha sido analisado pela Comissão Mista de Orçamento.

E se o Chefe do Poder Executivo, nosso Presidente da República, desejar realizar uma


alteração no projeto de lei, será possível?

Sim, a Constituição determina que o Presidente poderá, por meio TAMBÉM de Mensagem
ao Congresso Nacional, modificar o projeto, desde que não tenha se iniciada a votação sobre
aquele item na Comissão Mista. Iniciada a votação, hein? Guarde isso.

E se o Poder Legislativo não receber a proposta orçamentária no prazo fixado na legisla-


ção?

Pera aí!! Estamos falando aqui que o Poder Executivo é o responsável pelo envio do PLOA
(Projeto de Lei Orçamentária) ao Legislativo, certo? Mas... e se o Poder Executivo simples-
mente não mandar? Se o Poder Executivo tiver uma dor de barriga ou simplesmente cruzar
os braços, fazer bico e disser que não envia Projeto nenhum? Ufa, a Lei n. 4.320/1964 previu
essa situação:

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Or-
gânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

Então é isso! O Poder Legislativo vai e fala assim: não vai enviar não? Não? Então a gente
vai usar a LOA atual. Bem feito!

007. (CESPE/TCDF/2021) Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir.


Após serem elaborados, projetos de lei orçamentária devem ser enviados à Câmara Legis-
lativa do Distrito Federal, iniciando-se, com isso, a fase de apreciação legislativa do ciclo or-
çamentário.

Correto, o Poder Executivo elabora a proposta e a encaminha para apreciação do Poder


Legislativo.

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Orçamento Público – Parte II
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Certo.

008. (CESPE/TCE-RJ/2021) Com relação aos recursos de acompanhamento e modificação


do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
É vedado ao presidente da República propor modificação integral da proposta de lei orça-
mentária anual, se uma parte da referida proposta tiver sido aprovada na comissão mista de
orçamentos.

Correto, a Constituição determina que o Presidente poderá, por meio TAMBÉM de Mensagem
ao Congresso Nacional, modificar o projeto, desde que não tenha se iniciada a votação sobre
aquele item na Comissão Mista.
Certo.

2.3. Execução
Após a etapa de discussão e aprovação da Lei Orçamentária, iniciam-se as rotinas para
viabilizar a execução do orçamento. Assim, trinta dias após aprovação da Lei Orçamentária
Anual, conforme disposto no art. 8º da LRF, o Poder Executivo publicará cronograma mensal
de desembolsos de recursos financeiros, por meio de Decreto.
Serão objeto de programação financeira, as fontes cujos recursos transitem pelo órgão
central de programação financeira. A programação financeira correspondente às dotações
descentralizadas, quando decorrentes de termo de convênio ou similar (transferências volun-
tárias), será da responsabilidade do órgão descentralizador do crédito.
Salvo as despesas com pessoal e encargos sociais, precatórios e sentenças judiciais, os
cronogramas anuais de desembolso mensal dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministé-
rio Público da União e da Defensoria Pública da União serão repassados na forma de duodéci-
mos. Isso está consignado no § 3º do art. 63 da Lei n. 14.116/2020 (LDO 2021).
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, bimestralmente todos os poderes de-
verão verificar a compatibilidade entre os recursos financeiros disponíveis e a execução or-
çamentária.
Caso seja verificada a possibilidade de incompatibilidade desse sistema, cada Poder de-
verá preceder contingenciamento de despesas/empenhos, até que o fluxo das receitas se re-
estabeleça, de acordo com os critérios definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. À medida
que o fluxo se reestabelecer, deverá se proceder o descontingenciamento proporcionalmente
a essa recuperação.
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relató-
rio resumido da execução orçamentária.

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Orçamento Público – Parte II
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Observa-se que a finalidade do decreto de programação orçamentária e financeira e de


limitação de empenho e movimentação financeira (contingenciamento) é garantir o cumpri-
mento das metas de resultados fiscais e de obter maior controle sobre os gastos públicos.
Na esfera federal esse processo é gerido pelo Sistema de Administração Financeira Fede-
ral, sendo composto pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), como órgão central do siste-
ma, e pelos órgãos setoriais.
Próximo passo para viabilizar a execução do orçamento é providenciar que os créditos or-
çamentários e os recursos financeiros estejam disponíveis para as unidades executoras.

 Obs.: Quando tratamos de orçamento, utilizamos o termo crédito, já quando a abordagem é


financeira, utilizamos o termo recurso.

A transferência inicial de recursos financeiros do órgão central do Sistema Financeiro às


unidades setoriais é conhecida como Cota. A transferência desses recursos aos órgãos da
mesma estrutura é conhecida como Sub-repasse. Já quando o recurso é transferido para outro
órgão orçamentário essa transação é conhecida como Repasse.
Vamos lá...

Para os Créditos Orçamentários os nomes são outros. Dotação é a transferência do crédito


inicial. Provisão é a descentralização interna de orçamento. E Destaque é a descentralização
para outro órgão.
Então vamos lá de novo:

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Na descentralização orçamentária entre órgãos e/ou entidades que integram o orçamento fis-
cal e da seguridade social são mantidas as classificações institucional, funcional, programáti-
ca e econômica da despesa. Essas classificações serão vistas na aula sobre despesa pública.
Importante trazer também o que diz o art. 66 da Lei n. 4.320/1964. Veja:

Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias poderão quando expressamen-
te determinado na Lei de Orçamento ser movimentadas por órgãos centrais de administração geral.
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das dotações de pessoal, de uma para
outra unidade orçamentária, quando considerada indispensável à movimentação de pessoal dentro
das tabelas ou quadros comuns às unidades interessadas, a que se realize em obediência à legis-
lação específica.

Ainda quanto a descentralização de créditos, importante também fazer referência ao De-


creto n. 10.426/2020, que dispõe sobre a descentralização de créditos entre órgãos e enti-
dades da administração pública federal integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União, por meio da celebração de termo de execução descentralizada. De acordo
com o referido decreto:

Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:


I – termo de execução descentralizada – TED – instrumento por meio do qual a descentralização
de créditos entre órgãos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da
União é ajustada, com vistas à execução de programas, de projetos e de atividades, nos termos es-
tabelecidos no plano de trabalho e observada a classificação funcional programática;

009. (QUADRIX/CFT/2021) No que concerne à administração financeira e orçamentária e ao


orçamento público, julgue o item.
A descentralização externa ou destaque ocorre quando houver movimentação de parte do or-
çamento entre órgãos ou entidades de estruturas diferentes, modificando a programação e
podendo alterar a unidade orçamentária detentora do crédito originário.

A programação orçamentária não é alterada!


Errado.

O Sistema Integrado de Administração Federal (SIAFI) é o sistema de informação utilizado


na esfera federal para controle diário da execução orçamentária, financeira e patrimonial dos
órgãos da Administração Pública, tendo como objetivos:

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a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira


e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos re-
cursos do Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal;
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações ge-
renciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem
implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do
ordenador de despesa de cada unidade gestora;
e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas super-
visionadas;
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas;
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos;
i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.

E se o orçamento não foi aprovado, como fica a execução? Anualmente, a LDO aprovada prevê
que, nos casos de a proposta orçamentária anual não for aprovada no prazo estipulado, algu-
mas despesas de caráter inadiáveis e outras que são elencadas na LDO poderão ser executa-
das até que o projeto seja aprovado.
É o que diz o art. 65 da LDO 2021. Veja:

Art. 65. Na hipótese de a Lei Orçamentária de 2021 não ser publicada até 31 de dezembro de 2020,
a programação constante do Projeto de Lei Orçamentária de 2021 poderá ser executada para o
atendimento de:

(Vejamos alguns exemplos):


• ações de prevenção a desastres classificadas na subfunção Defesa Civil ou relativas a
operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO);
• concessão de financiamento ao estudante;
• outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do
valor previsto, multiplicado pelo número de meses decorridos até a publicação da
respectiva Lei.

010. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) Acerca das normas orçamentárias, julgue o item subsequente.

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Caso o orçamento do ano subsequente não seja aprovado no prazo legal, a programação orçamen-
tária do projeto de lei orçamentária pendente de aprovação poderá ser executada mensalmente até
o limite de 1/12 do total de cada dotação, até que seja promulgada a respectiva lei orçamentária.

Como visto anteriormente, essa é uma das previsões estabelecidas ano a ano pela LDO vigente.
Certo.

011. (CESPE/MPE-CE/2020) A respeito de finanças públicas, julgue o item que se segue.


A finalidade básica do decreto de programação orçamentária e financeira e de limitação de em-
penho e movimentação financeira é acompanhar a execução orçamentária, de forma a garantir
que a parcela do PPA prevista para o exercício em curso seja efetivamente realizada.

Realmente o objetivo do decreto de programação orçamentária e financeira e de limitação de


empenho e movimentação financeira é acompanhar a execução orçamentária, contudo, esse
se vincula à lei orçamentária anual, e não ao PPA.
Errado.

012. (CESPE/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público, ciclo orçamentário e créditos


adicionais, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Subsecretário do Ministério da Educação definiu o termo de execução
descentralizada (TED) como forma de implementação de uma ação orçamentária de apoio
ao desenvolvimento da educação básica para a capacitação de professores e gestores edu-
cacionais, com o intuito de descentralizar o crédito do ministério para a universidade federal
responsável pelo treinamento. Assertiva: O subsecretário agiu corretamente, visto que o TED é
uma forma de implementação direta sem transferência de recursos entre entes da Federação.

A descentralização do ministério para a universidade caracteriza uma descentralização interna


de crédito orçamentário (provisão – a universidade é uma unidade orçamentária do órgão mi-
nistério), não havendo transferência entre entes da federação.
Termo de Execução Descentralizada – instrumento por meio do qual é ajustada a descentrali-
zação de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguri-
dade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descen-
tralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a
classificação funcional programática.
Certo.

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2.4. Controle
O Controle e Avaliação são classificados dependendo do órgão ou entidade que exerce a
fiscalização. Assim, quando o controlador for do mesmo Poder, o controle será considerado
interno (CGU controlando o MEC), quando o controle for realizado por uma entidade externa
aquele Poder (TCU controlando o MEC), o controle será externo.
Apesar de ser considerado a última etapa do ciclo orçamentário, o controle e avaliação do
orçamento não precisam esperar o fim da execução orçamentária para acontecer. Atualmente,
o controle pode ser prévio (antes), concomitante (durante) ou posterior (depois) à execução do
orçamento.
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional (com
auxílio do Tribunal de Contas da União – TCU), mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Quanto ao controle interno, cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) deve
manter uma estrutura de controle interno, que, como o próprio nome já indica, se refere à fiscali-
zação dos atos de cada Poder, por uma unidade ou sistema dentro da estrutura daquele Poder.
São objetivos do Controle Interno:
• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos progra-
mas de governo e dos orçamentos da União;
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

As pessoas responsáveis pelo controle interno de cada Poder, ao tomarem conhecimento


de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem comunicá-la ao TCU, sob pena de responsa-
bilidade solidária.

 Obs.: A responsabilidade solidária se contrapõe à responsabilidade subsidiária. Na subsidi-


ária, o responsável tem o benefício de ordem. E o que significa isso? Significa que o
responsável subsidiário só será cobrado após a cobrança do responsável principal. No
caso da solidária, como não há benefício de ordem, o responsável solidário poderá ser
cobrado primeiro, não há ordem de cobrança.

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Orçamento Público – Parte II
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 Dessa forma, caso o servidor da área de controle interno não comunique uma irre-
gularidade ao TCU, poderá vir a ressarcir os cofres públicos, independentemente da
cobrança do responsável pela irregularidade.

Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato também poderá denunciar irre-
gularidades e ilegalidades ao TCU. Atenção! Diferentemente da pessoa responsável pelo con-
trole interno, que é obrigado a fazer essa comunicação, para essas outras pessoas, trata-se de
faculdade, não havendo responsabilização pela sua inércia.

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Vejamos as disposições sobre controle trazidas pela Lei n. 4.320/1964:

TÍTULO VIII
Do Controle da Execução Orçamentária

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de reali-
zação de obras e prestação de serviços.

CAPÍTULO II
Do Controle Interno

Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo
das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante
e subsequente.
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de
gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os
responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legis-
lação, caberá o controle estabelecido no inciso III do artigo 75.
Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, pre-
viamente estabelecidos para cada atividade.
Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observân-
cia dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que
for instituído para esse fim.

CAPÍTULO III
Do Controle Externo

Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a
probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da
Lei de Orçamento.
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido
nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.

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Orçamento Público – Parte II
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§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do
Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
§ 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara de Ve-
readores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sobre elas
emitirem parecer.

013. (FCC/AL-AP/2020) No Plano Plurianual de um determinado ente estadual referente ao


período de 2016 a 2019, foi estabelecida a meta de pavimentação de 300 quilômetros de rodo-
vias. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a avaliação do cumprimento dessa meta
é uma das finalidades do sistema de controle
a) interno do Poder Executivo que deve ser mantido de forma independente.
b) interno dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que deve ser mantido de forma
integrada.
c) interno do Poder Legislativo que deve ser mantido de forma independente.
d) externo dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que deve ser mantido de forma
integrada.
e) externo do Poder Judiciário que deve ser mantido de forma independente.

Dentre os objetivos do sistema de controle interno dos Poderes Executivo, Legislativo e Judici-
ário está o de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.
Letra b.

3. Créditos Adicionais
O crédito orçamentário inicial ou ordinário é aquele aprovado pela lei orçamentária anual,
constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
Contudo, durante a execução do orçamento, é possível que ocorram situações não pre-
vistas em sua fase de elaboração. Considerando isso, estão previstos a utilização de créditos
adicionais.
Temos três tipos de créditos adicionais:
• Suplementares: destinados a reforço de dotação orçamentária, são utilizados nos ca-
sos em que o crédito inicial foi insuficiente para cobrir a despesa realizada. (Autorizados
por lei e abertos mediante Decreto). É um crédito que promove alteração quantitativa
(apenas de quantidade em programação existente).
• Especiais: destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária especí-
fica. (Autorizados por lei e abertos mediante Decreto). É um crédito que promove altera-
ção qualitativa (nova programação).

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• Extraordinários: destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como em caso de


guerra, comoção interna ou calamidade pública. (Abertos mediante Medida Provisória –
MP – ou por Decreto nos entes que não possuem MP). Essa possibilidade de abrir extra-
ordinário por MP é coisa da Constituição. Lei n. 4.320/1964 falava somente em Decreto.

Enquanto os créditos suplementares incorporam-se ao orçamento, adicionando-se a im-


portância autorizada à dotação orçamentária que se propunham reforçar, os créditos especiais
e extraordinários, apesar de se incorporarem ao orçamento, conservam sua especificidade,
demonstrando-se suas despesas, separadamente.
Da mesma forma que os créditos ordinários (orçamento propriamente dito), os projetos de
créditos adicionais (que alteram o orçamento) serão analisados em ambas as casas do Con-
gresso Nacional (na forma do regimento comum do Congresso Nacional), na Comissão Mista
de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.
Os créditos suplementares deverão ser aprovados por lei e abertos mediante decreto. Con-
forme falamos na aula anterior, pode haver uma autorização prévia na Lei Orçamentária Anual
para emissão desses créditos adicionais (apenas para os suplementares!).
Os créditos especiais, da mesma forma que nos créditos suplementares, deverão ser au-
torizados por Lei e abertos por meio de Decreto. Contudo, as LDOs que vêm sendo instituídas
afirmam que a Lei que institui o crédito já é responsável pela abertura deste.
Os créditos, em regra geral, têm a sua vigência adstrita ao exercício financeiro. Entretanto,
os créditos especiais e os extraordinários possuem uma peculiaridade: se o ato de autorização
desses dois créditos for promulgado nos últimos 4 meses do exercício, os créditos poderão
ser reabertos nos limites de seus saldos, sendo incorporados ao exercício subsequente.
A possibilidade de reabertura em face do crédito ter sido autorizado nos últimos 4 meses é
uma previsão da Constituição Federal. A Lei n. 4.320/1964 não entrou tanto nesse mérito; ela
apenas afirmou o seguinte:

Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários.

A possibilidade de reabertura configura uma exceção ao princípio da anualidade ou perio-


dicidade orçamentária. Segundo esse princípio, o orçamento é elaborado e autorizado para um
período determinado.

E qual é a razão desse princípio, meu caro?

É simples: a necessidade de autorização periódica do Parlamento para a realização de gas-


tos por parte do Poder Executivo. Sem a anualidade/periodicidade, o Poder Executivo passaria
a ter carta branca para gastar. Isso é perigoso e nada democrático!!

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Mas voltando à nossa questão central, essa reabertura de crédito especial ou extraordi-
nária é feita por meio de decreto não numerado. Vejamos um exemplo de ementa de decreto
publicado em 3/2/2016:

“Reabre, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, de Encargos Financeiros da União


e de Operações Oficiais de Crédito, créditos especiais e extraordinários, no valor de R$
1.454.183.322,00, abertos pelas Leis e pelas Medidas Provisórias que especifica.”
No decreto em tela, temos a reabertura tanto de crédito especial (aberto por lei) quanto de cré-
dito extraordinário (aberto por medida provisória). Vejamos dois exemplos constantes dessa
reabertura:
Lei n. 13.223, de 23/12/2015: Abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor de Encargos
Financeiros da União e de Operações Oficiais de Crédito, crédito especial no valor de R$
745.150.000,00, para os fins que especifica.
Medida Provisória n. 709, de 30/12/2015: Abre crédito extraordinário, em favor dos Ministé-
rios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Saúde, da Cultura, do Esporte, da Defesa, da
Integração Nacional e do Turismo, da Secretaria de Aviação Civil, da Secretaria de Portos e de
Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, no valor de R$ 1.318.639.330,00, para
os fins que especifica.
Vejam o seguinte: se somarmos os créditos da Medida Provisória e da Lei, o número é maior
que o valor constante do decreto de 3/12/16, que realizou a reabertura.
E qual é a razão? A reabertura ocorre sempre nos limites dos saldos. Assim, se algo foi execu-
tado ainda em 2015, teremos um valor disponível menor no momento da reabertura.
Outro detalhe importante: o mês de publicação da Lei e da Medida Provisória foi dezembro.
Assim, a autorização ocorreu dentro do período permitido (últimos quatro meses).

Mas, professor... a Constituição fala em ato de autorização. Tanto a lei quanto a medida
provisória falam de abertura. E aí?

Acontece que a lei já serve tanto para a autorização quanto para a abertura. E, no caso da Medida
Provisória, não há necessidade de pedir autorização. A MP já abre o crédito extraordinário.

O artigo 43 da Lei n. 4.320/1964 determina que a abertura dos créditos adicionais depende
necessariamente da existência de recursos disponíveis, salvo para abertura de créditos extra-
ordinários. Os recursos para abertura de créditos adicionais advêm das seguintes fontes:
• Excesso de arrecadação, computando-se a tendência do período e excluindo-se os valo-
res abertos com créditos extraordinários no exercício;
• Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Exercício anterior, excluindo-se
os créditos adicionais transferidos e computando-se as operações de crédito a esses
vinculados;

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• Operações de crédito, com exceção das Antecipações de Receita Orçamentária;


• Reserva de contingência, conforme art. 91 do Decreto-Lei 200/67;
• Anulação total ou parcial de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.

Créditos Adicionais

Tipo Destinação Vigência Abertura

Reforço de dotação Final do exercício


Suplementar
orçamentária financeiro

Despesas para Final do exercício Autorizado por


as quais não financeiro, salvo se o Lei, aberto por
Especial haja dotação ato de autorização Decreto
orçamentária for promulgado nos
específica últimos quatro meses
daquele exercício, caso
Despesas urgentes em que, reabertos nos Medida Provisória
e imprevisíveis limites de seus saldos, ou Decreto
Extraordinário (guerra, comoção serão incorporados ao nos entes que
intestina, orçamento do exercício não tiverem
calamidade pública) subsequente previsão de MP

014. (FGV/TJ-RO/2021) No início do mês de abril de um dado exercício financeiro, um servidor


membro da equipe responsável pelo controle da execução orçamentária em um ente público,
após a elaboração do balanço patrimonial do exercício anterior, estava avaliando o montante
do superávit financeiro apurado. O objetivo era identificar recursos para abertura de créditos
adicionais.
O servidor deve ficar atento para considerar na apuração desse montante:
a) a importância das dotações orçamentárias anuladas;
b) a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício;
c) o excesso de arrecadação, de forma aditiva;
d) os créditos adicionais especiais abertos no exercício;
e) o saldo dos créditos adicionais transferidos.

Na determinação do superávit (apurado no Balanço Patrimonial do Exercício anterior), deve-se


considerar os créditos adicionais transferidos.
Letra e.

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015. (CESPE/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público, ciclo orçamentário e créditos


adicionais, julgue o item que se segue.
A anulação parcial de dotações orçamentárias não é uma fonte de recursos para a abertura de
crédito suplementar.

Considerando a situação hipotética precedente, julgue o próximo item.


Caso os recursos previstos inicialmente sejam insuficientes e haja a necessidade de comple-
mentar a dotação inicial com mais R$ 1 milhão, será necessária a inclusão de crédito adicional
extraordinário no montante de R$ 1 milhão.
Os recursos para abertura de créditos adicionais advêm das seguintes fontes:
• Excesso de arrecadação, computando-se a tendência do período e excluindo-se os valo-
res abertos com créditos extraordinários no exercício;
• Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Exercício anterior, excluindo-se
os créditos adicionais transferidos e computando-se as operações de crédito a esses
vinculados;
• Operações de crédito, com exceção das Antecipações de Receita Orçamentária;
• Reserva de contingência;
• Anulação total ou parcial de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.
Errado.

016. (CESPE/SEFAZ-AL/2020) A respeito de orçamento público, ciclo orçamentário e créditos


adicionais, julgue o item que se segue.
Projeto de lei orçamentária anual (LOA) que não contenha despesas essenciais deverá ser re-
visto antes de ser votado, pois os créditos adicionais, que têm a função de ajustar as dotações
da LOA, devem ser usados somente como créditos suplementares e créditos extraordinários.

Existem três espécies de créditos adicionais: especiais, suplementares e extraordinários.


Errado.

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RESUMO
Orçamento na Constituição Federal de 1988

Instrumento Objeto Observações

O PPA estabelecerá de
forma regionalizada as Nenhum investimento cuja
diretrizes, metas e objetivos execução ultrapasse um
da Administração Pública exercício financeiro poderá
com relação às despesas ser iniciado sem prévia
Plano Plurianual (PPA)
de capital e outras delas inclusão no plano plurianual,
decorrentes, bem como ou sem lei que autorize a
para as relativas aos inclusão, sob pena de crime
programas de duração de responsabilidade.
continuada.

De acordo com a Lei


Complementar n. 101/2000,
Lei de Responsabilidade
A LDO estabelece as Fiscal (LRF), a LDO disporá
metas e prioridades da também sobre:
administração pública Equilíbrio entre receitas e
federal, estabelecerá despesas;
as diretrizes de política Critério e forma de limitação
fiscal e respectivas metas, de empenho;
em consonância com Normas relativas ao controle
trajetória sustentável da de custos e à avaliação de
Lei de Diretrizes
dívida pública, orientará programas;
Orçamentárias (LDO)
a elaboração da lei Demais condições
orçamentária anual, disporá e exigências para a
sobre as alterações na transferência voluntária de
legislação tributária e recursos (transferências
estabelecerá a política de de recursos a entidades
aplicação das agências públicas e privadas).
financeiras oficiais de A LRF ainda criou dois
fomento. importantíssimos anexos
que deverão compor a LDO.
O Anexo de Metas Fiscais e
o Anexo de Riscos Fiscais

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Instrumento Objeto Observações

O projeto de lei
orçamentária anual,
compatível com o PPA/LDO/
LRF, deverá:
Conter demonstrativo
da compatibilidade
da programação dos
orçamentos com os
objetivos e metas
constantes do Anexo de
Metas Fiscais (LDO);
Última peça orçamentária
Acompanhar medidas de
que compõe a estrutura
compensação a renúncias
de planejamento e
de receita e ao aumento de
orçamento da CF/1988, a
despesas obrigatórias de
Lei Orçamentária Lei Orçamentária Anual é o
caráter continuado;
Anual (LOA) orçamento propriamente
Conter Reserva de
dito do Governo, onde
Contingência, cuja forma de
estarão consignadas a
utilização e montante, com
previsão das receitas e
base na receita corrente
fixação das despesas.
líquida, serão estabelecidos
na LDO. A reserva se destina
ao atendimento de passivos
contingentes e outros
riscos e eventos fiscais
imprevistos;
Conter todas as despesas
relativas à dívida pública,
mobiliária ou contratual,
e as receitas que as
atenderão.

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Prazos de Envio e Aprovação

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Ciclo Orçamentário

Etapa Objeto Observações

NOVO REGIME FISCAL:


Durante um período de 20
A elaboração e apresentação da anos, as despesas primárias
proposta da Lei Orçamentária constantes dos Orçamentos
Anual (LOA) é competência Fiscal e da Seguridade Social
exclusiva do Chefe do Poder da União serão limitadas ao
Executivo (Presidente da valor executado no exercício
República – PR). anterior, corrigido pela
Elaboração Os demais Poderes, Ministério variação do Índice Nacional
Público e Tribunal de Contas de Preços ao Consumidor
encaminharão suas propostas Amplo (IPCA), publicado pela
orçamentárias para o Poder Fundação Instituto Brasileiro
Executivo, dentro dos limites de Geografia e Estatística,
impostos pela Lei de Diretrizes ou de outro índice que vier
Orçamentárias (LDO). a substituí-lo, apurado no
exercício anterior a que se
refere a lei orçamentária.

Qualquer emenda ao PLOA


deverá ser apresentada à
Comissão de Orçamentos.
Para ser aprovada, a
emenda deverá, nos
ditames constitucionais,
Finalizada a elaboração da
seguir os seguintes
Proposta, essa será apresentada
preceitos:
ao Congresso Nacional. A
Sejam compatíveis com PPA
proposta orçamentária, apesar
e LDO;
da sua natureza de lei ordinária,
Indiquem os recursos
possui rito especial. Ela é
necessários, admitidos
discutida concomitantemente em
Aprovação apenas os provenientes
ambas as casas do Congresso
de anulação de despesa,
Nacional – CN (na forma de
excluídas as que incidam
seu regimento comum), por
sobre:
meio da Comissão Mista de
• Dotações para pessoal e
Planos, Orçamentos Públicos e
seus encargos;
Fiscalização, sendo votada em
• Serviço da dívida;
sessão conjunta do CN.
• Transferências tributárias
constitucionais;
Sejam relacionadas com
a correção de erros ou
omissões na redação
da LOA.

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Etapa Objeto Observações

De acordo com a Lei de


Responsabilidade Fiscal,
bimestralmente todos os
poderes deverão verificar
a compatibilidade entre
os recursos financeiros
Após a etapa de discussão e disponíveis e a execução
aprovação da Lei Orçamentária, orçamentária.
iniciam-se as rotinas para Caso seja verificada
viabilizar a execução do a possibilidade de
orçamento. Assim, trinta incompatibilidade desse
dias após aprovação da Lei sistema, cada Poder deverá
Execução
Orçamentária Anual, conforme preceder contingenciamento
disposto no art. 8º da LRF, de despesas/empenhos,
o Poder Executivo publicará até que o fluxo se
cronograma mensal de reestabeleça, de acordo
desembolsos de recursos com os critérios definidos
financeiros, por meio de Decreto. na Lei de Diretrizes
Orçamentárias. À medida
que o fluxo se reestabelecer,
deverá se proceder o
descontingenciamento
proporcionalmente a essa
recuperação.

O controle externo da União e


das entidades da administração
direta e indireta, quanto
à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das Apesar de ser considerado
subvenções e renúncia de a última etapa do ciclo
receitas, será exercido pelo orçamentário, o controle
Congresso Nacional, com auxílio e avaliação do orçamento
do Tribunal de Contas da União não precisam esperar o fim
(TCU). da execução orçamentária
Controle
Quanto ao controle interno, para acontecer. Atualmente,
cada um dos Poderes (Executivo, o controle pode ser prévio
Legislativo e Judiciário) deve (antes), concomitante
manter uma estrutura de (durante) ou posterior
controle interno, que, como (depois) à execução do
o próprio nome já indica, se orçamento.
refere à fiscalização dos atos de
cada Poder, por uma unidade
ou sistema dentro da estrutura
daquele Poder.

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Créditos Adicionais

Créditos Adicionais

Tipo Destinação Vigência Abertura

Reforço de dotação Final do exercício


Suplementar
orçamentária financeiro

Despesas para Final do exercício Autorizado por


as quais não financeiro, salvo Lei, aberto por
Especial haja dotação se o ato de Decreto
orçamentária autorização for
específica promulgado nos
últimos quatro
meses daquele
exercício,
Despesas urgentes caso em que, Medida
e imprevisíveis reabertos nos Provisória ou
(guerra, comoção limites de seus Decreto nos
Extraordinário
intestina, saldos, serão entes que
calamidade incorporados não tiverem
pública) ao orçamento previsão de MP
do exercício
subsequente

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/TCE-PI/2021) Os créditos adicionais são alterações de despesa no orçamento ao
longo de um exercício, que se efetivam pelo aumento nas dotações existentes ou pela criação
de novas despesas. A utilização desse recurso precisa seguir uma série de regras, inclusive no
que tange à vigência.
A vigência de um crédito adicional pode ser estendida para o exercício seguinte ao que foi
aberto quando se tratar de crédito:
a) especial, aberto no último quadrimestre do exercício, no limite do saldo não empenhado;
b) extraordinário ou suplementar, aberto no último quadrimestre do exercício, com saldo não
empenhado;
c) extraordinário, aberto em qualquer data do exercício, com saldo não empenhado;
d) suplementar ou especial, no limite do saldo não empenhado;
e) suplementar, com saldo não empenhado.

002. (FGV/TCE-PI/2021) Há casos em que a abertura de créditos adicionais ao orçamento,


durante o exercício financeiro, precisa de indicação de fonte de recursos. A Lei n. 4.320/1964
elenca as possíveis fontes de recursos que podem ser utilizadas e como devem ser apuradas.
Na apuração do superávit financeiro líquido deve(m) ser deduzido(s), se houver:
a) o saldo do passivo financeiro;
b) os créditos adicionais transferidos;
c) os restos a pagar não processados;
d) os créditos extraordinários abertos no exercício;
e) a estimativa de queda de arrecadação no exercício.

003. (CESPE/PGDF/2021) Acerca dos mecanismos de administração do orçamento, julgue o


item que se segue.
A unidade gestora que precisar descentralizar uma parcela de seus créditos orçamentários a
outra unidade, em estrutura administrativa diversa, deve efetuar um destaque.

004. (CESPE/PGDF/2021) Acerca dos mecanismos de administração do orçamento, julgue o


item que se segue.
O crédito especial é o único tipo de crédito adicional cuja vigência fica restrita ao exercício
financeiro em que for aberto, independentemente das circunstâncias.

005. (FGV/TCE-PI/2021) Considere os dispositivos legais que tratam dos conteúdos dos ins-
trumentos de planejamento e faça as associações pertinentes.
(1) PPA ( ) condições para transferências de recursos a entidades públicas e privadas (2) LDO
( ) despesas relativas aos programas de duração continuada (3) LOA ( ) orçamento de inves-
timento das empresas estatais ( ) política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento ( ) definição de critérios e forma de limitação de empenho

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

A sequência correta é:
a) 1 – 1 – 2 – 2 – 3;
b) 2 – 3 – 1 – 3 – 2;
c) 2 – 1 – 3 – 2 – 2;
d) 3 – 1 – 1 – 3 – 2;
e) 3 – 1 – 3 – 2 – 2.

006. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) O Orçamento público é o instrumento utilizado pelo governo


para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribui-
ções de melhoria, entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos
adequados, além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes.
A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.
O crédito orçamentário inicial ou ordinário é aquele aprovado pela lei orçamentária anual, cons-
tante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.

007. (CESPE/PGDF/2021) Com base nos conceitos e nas aplicações da Lei de Responsa-
bilidade Fiscal e na Lei Complementar de Finanças Públicas (Lei n.º 4.320/1964), julgue o
item seguinte.
A lei orçamentária conterá os créditos suplementares para os quais já haja recursos suficientes.

008. (CESPE/CODEVASF/2021) Considerando que a CODEVASF necessite realizar a revitali-


zação das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara — BA, obra orçada
em R$ 729.250,59, julgue o item a seguir.
Sabendo que o 4º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro pode realizar a referida revita-
lização, a CODEVASF poderá utilizar o mecanismo da descentralização orçamentária externa,
utilizando o Termo de Execução Descentralizada (TED).

009. (CESPE/CODEVASF/2021) Orçamento público é o instrumento utilizado pelo Governo


Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos. Esse planejamento
é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além de especificar gastos e investi-
mentos que foram priorizados pelos poderes. A respeito desse assunto, julgue o próximo item.
Em situações em que o governo reconheça o estado de calamidade pública, como ocorreu
em 2020 devido à pandemia de covid-19, para alocar recursos adicionais ao orçamento com o
objetivo de atender os municípios atingidos, deve-se utilizar o mecanismo retificador do orça-
mento denominado crédito especial.

010. (FGV/TCE-AM/2021) Os créditos adicionais abertos para atender despesas para as quais
não haja dotação orçamentária específica:
a) dispensam aprovação legislativa prévia;

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Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

b) dispensam a classificação da despesa aplicada aos créditos orçamentários iniciais;


c) independem de indicação de fonte de recursos para a sua abertura;
d) podem ser autorizados na lei orçamentária anual;
e) têm vigência até o final do exercício em que foram abertos.

011. (FGV/TCE-AM/2021) O processo orçamentário a que estão sujeitos os entes públicos,


conforme a legislação brasileira, é cíclico.
Uma das particularidades do processo orçamentário é que:
a) os atos estão sujeitos a controle interno e externo;
b) as competências dos poderes são alternadas a cada ciclo;
c) o ciclo começa com a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias;
d) a execução do plano plurianual coincide com o período de um mandato eletivo;
e) os prazos de elaboração e aprovação dos orçamentos são os mesmos para todos os entes
federativos.

012. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) O orçamento público é o instrumento de planejamento que es-


tima as receitas que o governo espera arrecadar ao longo do próximo ano e, com base nelas,
autoriza um limite de gastos a ser realizado com tais recursos. Sobre este assunto, julgue o
próximo item.
O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo (PPA, LOA e
LDO). Todos perfeitamente integrados entre si.

013. (CESPE/TJ-PA/2020) A descentralização de créditos orçamentários ocorre quando efe-


tuada movimentação de parte do orçamento para que outras unidades administrativas pos-
sam executar as despesas orçamentárias. Nesse procedimento, obrigatoriamente se preserva
a) a unidade gestora.
b) o órgão executante.
c) a entidade responsável.
d)a estrutura programática.
e) o ente federativo original.

014. (CESPE/MPE-CE/2020) A LOA de 2020 prevê crédito para a construção de um presídio


federal com custo total previsto de R$ 11 milhões. Os pagamentos serão realizados em par-
celas durante a execução da obra, que será desenvolvida em dois anos, com expectativa de
conclusão para 2021, conforme previsto no PPA.
Considerando a situação hipotética precedente, julgue o próximo item.
Caso os recursos previstos inicialmente sejam insuficientes e haja a necessidade de comple-
mentar a dotação inicial com mais R$ 1 milhão, será necessária a inclusão de crédito adicional
extraordinário no montante de R$ 1 milhão.
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Orçamento Público – Parte II
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015. (VUNESP/EBSERH/2020) As etapas que melhor correspondem à sequência do denomi-


nado ciclo orçamentário são
a) elaboração; apreciação legislativa; execução e acompanhamento; controle e avaliação.
b) preparação; análise e encaminhamento; autorização e execução; avaliação e controle.
c) diagnóstico; encaminhamento e apreciação; deliberação; execução e controle; reavaliação.
d) análise técnica; elaboração e revisão; aprovação; autorização; execução e avaliação.
e) elaboração e acompanhamento; autorização e revisão executiva; execução; controle e
avaliação.

016. (VUNESP/FITO/2020) É correto afirmar sobre os créditos adicionais orçamentários:


a) podem ser classificados em ordinários, extraordinários, suplementares, complementares e
especiais.
b) são sempre abertos por lei, devendo conter justificativa e demonstração de origem dos re-
cursos a serem empregados.
c) para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, soma-
-se a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
d) considera-se recurso para o fim de abertura de crédito adicional o superávit financeiro apu-
rado em balanço patrimonial do exercício anterior.
e) devem estar previstos desde a proposição da lei orçamentária anual pelo Poder Executivo
para terem validade para o exercício financeiro seguinte.

017. (VUNESP/FITO/2020) O desenvolvimento do ciclo orçamentário e financeiro do Estado


compreende, na ordem, os seguintes marcos:
a) planejamento de médio prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; previsão de recei-
tas e autorização de despesas, com a Lei Orçamentária Anual; arrecadação e recolhimento das
receitas; empenho, liquidação e pagamento das despesas.
b) planejamento de curto prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei de diretrizes orçamentárias, com a Lei Orçamentária Anual; previsão de recei-
tas e autorização de despesas, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; arrecadação e recolhi-
mento das receitas; empenho, liquidação e pagamento das despesas.
c) planejamento de médio prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; autorização de
receitas e previsão de despesas, com a Lei Orçamentária Anual; recolhimento e arrecadação
das receitas; liquidação, empenho e pagamento das despesas.
d) planejamento de curto prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; autorização de
receitas e previsão de despesas, com a Lei Orçamentária Anual; recolhimento e arrecadação
das receitas; pagamento, liquidação e empenho das despesas.

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Orçamento Público – Parte II
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e) planejamento de médio prazo, com a Lei Orçamentária Anual; fixação de parâmetros e me-
tas para elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; autoriza-
ção de receitas e previsão de despesas, com o Plano Plurianual; recolhimento e arrecadação
das receitas; liquidação, empenho e pagamento das despesas.

018. (FUNDATEC/CÂMARA DE IMBÉ – RS/2020) De acordo com o que estabelece a Cons-


tituição Federal, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I – Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos pro-
gramas de governo e dos orçamentos dos Municípios, Estados e da União. II. Comprovar a
legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. III. Exercer o controle das
operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres dos Municípios,
Estados e da União.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

019. (FUNDATEC/PREFEITURA DE VACARIA – RS/2021) Conforme a Lei n. 4.320/1964, so-


bre Créditos Adicionais, analise as seguintes assertivas:
I – Os créditos adicionais são autorizações de receitas não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei do Orçamento.
II – Os créditos adicionais extraordinários são os destinados ao reforço de dotação or-
çamentária.
III – Os créditos adicionais especiais são os destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
Quais estão INCORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

020. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE – RS/2021) O orçamento aparenta ter


uma ideia de unidade, mas, na realidade, o processo orçamentário compreende três documen-
tos distintos: um Plano Plurianual (PPA), uma Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e uma Lei
Orçamentária Anual (LOA). Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A LDO possui a função de orientar a elaboração da LOA, compreendendo as metas e priori-
dades da administração pública federal.
b) O PPA corresponde ao planejamento de médio a longo prazo em que são estabelecidos os
objetivos e metas da Administração Pública para um período de quatro anos.
c) A LOA conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econô-
mica e financeira e o programa de governo.
d) A LOA compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que
a União detenha a maioria do capital social, e o orçamento da seguridade social.
e) O processo orçamentário inicia com a elaboração e aprovação da LDO, segue-se a elabora-
ção e aprovação do PPA, e é concluído pela elaboração e aprovação da LOA.

021. (QUADRIX/CRMV-AM/2020) A respeito das regras de planejamento e da execução do


orçamento público, julgue o item.
Os critérios e a forma de limitação de empenho no caso de frustração da receita devem ser
instituídos na lei de diretrizes orçamentárias.

022. (QUADRIX/CRMV-AM/2020) A respeito das regras de planejamento e da execução do


orçamento público, julgue o item.
A dimensão estratégica do plano plurianual refere‐se à otimização na aplicação dos recursos
disponíveis e à qualidade dos produtos entregues.

023. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca do orçamento público, julgue o item.


Em âmbito federal, compete a cada um dos Poderes encaminhar ao Congresso Nacional a sua
própria proposta orçamentária para o exercício financeiro seguinte.

024. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Em relação às normas legais e técnicas estabelecidas para a


contabilidade pública, julgue o item.
Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado na legislação, o Poder Legislativo po-
derá elaborar sua própria proposta orçamentária.

025. (QUADRIX/CORE-PR/2021) À luz da Lei n.º 4.320/1964 e de suas alterações, julgue o item.
Suponha‐se que o Poder Executivo não tenha encaminhado a proposta orçamentária no prazo
fixado na legislação. Nesse caso, caberá ao Poder Legislativo adotar como proposta a mesma
lei de orçamento vigente no próprio exercício.

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Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

026. (QUADRIX/CRM-MS/2021) A limitação de empenho é uma espécie de contingenciamen-


to da despesa. Deve ocorrer sempre que a receita prevista não se realizar e que isso venha a
prejudicar as metas fiscais. A competência para fixar os critérios que nortearão a limitação
de empenho e as movimentações financeiras dos Poderes e do Ministério Público, quando da
possibilidade de não cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, pertence à(ao)
a) tribunal de contas.
b) lei de diretrizes orçamentárias.
c) lei orçamentária anual.
d) Ministério da Fazenda.
e) Supremo Tribunal Federal (STF).

027. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
A reserva de contingência prevista na proposta orçamentária obedecerá a critérios estabeleci-
dos em regulamento pelo órgão central de planejamento de orçamento.

028. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
As despesas consignadas na lei orçamentária anual devem evidenciar o programa de trabalho
do governo.

029. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
A proposta orçamentária poderá deixar de observar os parâmetros estabelecidos no plano plu-
rianual, desde que se mantenha compatível com a lei de diretrizes orçamentárias.

030. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
O crédito suplementar provoca uma alteração qualitativa na programação orçamentária.

031. (QUADRIX/CRMV-AM/2020) A respeito das regras de planejamento e da execução do


orçamento público, julgue o item.
A reserva de contingência destina‐se a cobrir riscos e eventos fiscais imprevistos.

032. (QUADRIX/ CFO-DF/2020) No que se refere ao orçamento público, julgue o item.


O projeto de lei orçamentária anual da União é de iniciativa conjunta de todos os poderes e será
encaminhado até o dia 30 de setembro de cada ano.

033. (CESPE/ TCE-RJ /2021) Com relação aos recursos de acompanhamento e modificação
do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
O crédito adicional constitui dotação isolada da lei orçamentária anual, sendo vedada sua in-
corporação no crédito orçamentário.
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Orçamento Público – Parte II
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034. (IDIB/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) O ano de 2020 ficou marcado como o ano em


que a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, implicou em milhões
de mortos e de pessoas infectadas, levando a mudanças significativas na vida de grande parte
da população mundial. Nesse contexto, o governo brasileiro teve que elevar seus gastos para
adotar medidas de enfrentamento dessa pandemia por meio da aquisição de equipamentos,
medicamentos, contratação de pessoal, investimento em pesquisa e diversas outras ações
que contribuíssem na contenção da propagação da doença e na promoção do bem-estar so-
cial, preservando a vida. Contudo, essas despesas não estavam previstas na Lei Orçamentária
de 2020. Para o atendimento de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na
Lei de Orçamento, a Lei n. 4.320/1964, no seu art. 40, prevê autorização desse tipo de despe-
sa por meio dos créditos adicionais. Nesse caso, qual tipo de crédito adicional teve que ser
solicitado?
a) Crédito especial, pois é destinado a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
b) Crédito extraordinário, pois é destinado a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
c) Crédito especial, pois é destinado a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica aprovada na Lei Orçamentária de 2020.
d) Crédito suplementar, pois é destinado a reforço na dotação orçamentária prevista na Lei
Orçamentária de 2020.
e) Crédito extraordinário, pois é destinado a despesas para as quais não haja dotação orça-
mentária específica aprovada na Lei Orçamentária de 2020.

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Orçamento Público – Parte II
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GABARITO
1. a
2. b
3. C
4. E
5. c
6. C
7. E
8. C
9. E
10. e
11. a
12. E
13. d
14. E
15. a
16. d
17. a
18. b
19. b
20. e
21. C
22. E
23. E
24. E
25. C
26. b
27. E
28. C
29. E
30. E
31. C
32. E
33. E
34. b

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Orçamento Público – Parte II
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/TCE-PI/2021) Os créditos adicionais são alterações de despesa no orçamento ao
longo de um exercício, que se efetivam pelo aumento nas dotações existentes ou pela criação
de novas despesas. A utilização desse recurso precisa seguir uma série de regras, inclusive no
que tange à vigência.
A vigência de um crédito adicional pode ser estendida para o exercício seguinte ao que foi
aberto quando se tratar de crédito:
a) especial, aberto no último quadrimestre do exercício, no limite do saldo não empenhado;
b) extraordinário ou suplementar, aberto no último quadrimestre do exercício, com saldo não
empenhado;
c) extraordinário, aberto em qualquer data do exercício, com saldo não empenhado;
d) suplementar ou especial, no limite do saldo não empenhado;
e) suplementar, com saldo não empenhado.

O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo (PPA, LOA e
LDO). Todos perfeitamente integrados entre si.
Os créditos especiais e extraordinários abertos no último quadrimestre podem ter sua vigência
estendida.
Letra a.

002. (FGV/TCE-PI/2021) Há casos em que a abertura de créditos adicionais ao orçamento,


durante o exercício financeiro, precisa de indicação de fonte de recursos. A Lei n. 4.320/1964
elenca as possíveis fontes de recursos que podem ser utilizadas e como devem ser apuradas.
Na apuração do superávit financeiro líquido deve(m) ser deduzido(s), se houver:
a) o saldo do passivo financeiro;
b) os créditos adicionais transferidos;
c) os restos a pagar não processados;
d) os créditos extraordinários abertos no exercício;
e) a estimativa de queda de arrecadação no exercício.

Para apuração do superávit financeiro, devem ser excluídos os créditos adicionais transferidos.
Letra b.

003. (CESPE/PGDF/2021) Acerca dos mecanismos de administração do orçamento, julgue o


item que se segue.
A unidade gestora que precisar descentralizar uma parcela de seus créditos orçamentários a
outra unidade, em estrutura administrativa diversa, deve efetuar um destaque.
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Certo.

004. (CESPE/PGDF/2021) Acerca dos mecanismos de administração do orçamento, julgue o


item que se segue.
O crédito especial é o único tipo de crédito adicional cuja vigência fica restrita ao exercício
financeiro em que for aberto, independentemente das circunstâncias.

Não. Esse é o crédito suplementar.


Errado.

005. (FGV/TCE-PI/2021) Considere os dispositivos legais que tratam dos conteúdos dos ins-
trumentos de planejamento e faça as associações pertinentes.
(1) PPA ( ) condições para transferências de recursos a entidades públicas e privadas (2) LDO
( ) despesas relativas aos programas de duração continuada (3) LOA ( ) orçamento de inves-
timento das empresas estatais ( ) política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento ( ) definição de critérios e forma de limitação de empenho
A sequência correta é:
a) 1 – 1 – 2 – 2 – 3;
b) 2 – 3 – 1 – 3 – 2;
c) 2 – 1 – 3 – 2 – 2;
d) 3 – 1 – 1 – 3 – 2;
e) 3 – 1 – 3 – 2 – 2.

2 – LDO; 1 – PPA; 3 – LOA; 2 – LDO; 2 – LDO.


Letra c.

006. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) O Orçamento público é o instrumento utilizado pelo governo


para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribui-
ções de melhoria, entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos
adequados, além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes.
A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.
O crédito orçamentário inicial ou ordinário é aquele aprovado pela lei orçamentária anual, cons-
tante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.

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Orçamento Público – Parte II
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Correto, o crédito inicial ou ordinário é aquele constante da LOA.


Certo.

007. (CESPE/PGDF/2021) Com base nos conceitos e nas aplicações da Lei de Responsa-
bilidade Fiscal e na Lei Complementar de Finanças Públicas (Lei n.º 4.320/1964), julgue o
item seguinte.
A lei orçamentária conterá os créditos suplementares para os quais já haja recursos suficientes.

Nada disso, a lei orçamentária poderá conter autorização para abertura dos créditos suplemen-
tares. Na realidade, o crédito suplementar é utilizado para reforço de um crédito orçamentário.
Errado.

008. (CESPE/CODEVASF/2021) Considerando que a CODEVASF necessite realizar a revitali-


zação das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara — BA, obra orçada
em R$ 729.250,59, julgue o item a seguir.
Sabendo que o 4º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro pode realizar a referida revita-
lização, a CODEVASF poderá utilizar o mecanismo da descentralização orçamentária externa,
utilizando o Termo de Execução Descentralizada (TED).

Correto. Termo de Execução Descentralizada – instrumento por meio do qual é ajustada a


descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária
descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fiel-
mente a classificação funcional programática.
Certo.

009. (CESPE/CODEVASF/2021) Orçamento público é o instrumento utilizado pelo Governo


Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos. Esse planejamento
é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além de especificar gastos e investi-
mentos que foram priorizados pelos poderes. A respeito desse assunto, julgue o próximo item.
Em situações em que o governo reconheça o estado de calamidade pública, como ocorreu
em 2020 devido à pandemia de covid-19, para alocar recursos adicionais ao orçamento com o
objetivo de atender os municípios atingidos, deve-se utilizar o mecanismo retificador do orça-
mento denominado crédito especial.

Nesse caso, como se trata de uma situação de emergência, de calamidade pública, o instru-
mento mais correto seria o crédito extraordinário.

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Orçamento Público – Parte II
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

Errado.

010. (FGV/TCE-AM/2021) Os créditos adicionais abertos para atender despesas para as quais
não haja dotação orçamentária específica:
a) dispensam aprovação legislativa prévia;
b) dispensam a classificação da despesa aplicada aos créditos orçamentários iniciais;
c) independem de indicação de fonte de recursos para a sua abertura;
d) podem ser autorizados na lei orçamentária anual;
e) têm vigência até o final do exercício em que foram abertos.

Trata-se de créditos especiais, que têm vigência até o final do exercício em que foram abertos,
salvo aqueles abertos no último quadrimestre do ano.
Letra e.

011. (FGV/TCE-AM/2021) O processo orçamentário a que estão sujeitos os entes públicos,


conforme a legislação brasileira, é cíclico.
Uma das particularidades do processo orçamentário é que:
a) os atos estão sujeitos a controle interno e externo;
b) as competências dos poderes são alternadas a cada ciclo;
c) o ciclo começa com a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias;
d) a execução do plano plurianual coincide com o período de um mandato eletivo;
e) os prazos de elaboração e aprovação dos orçamentos são os mesmos para todos os entes
federativos.

No ciclo orçamentário, os atos estão sujeitos a controle interno e externo.


Letra a.

012. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) O orçamento público é o instrumento de planejamento que es-


tima as receitas que o governo espera arrecadar ao longo do próximo ano e, com base nelas,
autoriza um limite de gastos a ser realizado com tais recursos. Sobre este assunto, julgue o
próximo item.
O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo (PPA, LOA e
LDO). Todos perfeitamente integrados entre si.

O PPA é um instrumento de médio prazo.


Errado.

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Orçamento Público – Parte II
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013. (CESPE/TJ-PA/2020) A descentralização de créditos orçamentários ocorre quando efe-


tuada movimentação de parte do orçamento para que outras unidades administrativas pos-
sam executar as despesas orçamentárias. Nesse procedimento, obrigatoriamente se preserva
a) a unidade gestora.
b) o órgão executante.
c) a entidade responsável.
d)a estrutura programática.
e) o ente federativo original.

Nesse caso, preserva-se necessariamente a estrutura programática, tema que é visto na aula
de despesa pública.
Letra d.

014. (CESPE/MPE-CE/2020) A LOA de 2020 prevê crédito para a construção de um presídio


federal com custo total previsto de R$ 11 milhões. Os pagamentos serão realizados em par-
celas durante a execução da obra, que será desenvolvida em dois anos, com expectativa de
conclusão para 2021, conforme previsto no PPA.
Considerando a situação hipotética precedente, julgue o próximo item.
Caso os recursos previstos inicialmente sejam insuficientes e haja a necessidade de comple-
mentar a dotação inicial com mais R$ 1 milhão, será necessária a inclusão de crédito adicional
extraordinário no montante de R$ 1 milhão.

Caso a dotação orçamentária seja insuficiente, utiliza-se o crédito suplementar para reforço
da dotação.
Errado.

015. (VUNESP/EBSERH/2020) As etapas que melhor correspondem à sequência do denomi-


nado ciclo orçamentário são
a) elaboração; apreciação legislativa; execução e acompanhamento; controle e avaliação.
b) preparação; análise e encaminhamento; autorização e execução; avaliação e controle.
c) diagnóstico; encaminhamento e apreciação; deliberação; execução e controle; reavaliação.
d) análise técnica; elaboração e revisão; aprovação; autorização; execução e avaliação.
e) elaboração e acompanhamento; autorização e revisão executiva; execução; controle e
avaliação.

Ciclo orçamentário: elaboração; apreciação legislativa; execução e acompanhamento; controle


e avaliação.
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Letra a.

016. (VUNESP/FITO/2020) É correto afirmar sobre os créditos adicionais orçamentários:


a) podem ser classificados em ordinários, extraordinários, suplementares, complementares e
especiais.
b) são sempre abertos por lei, devendo conter justificativa e demonstração de origem dos re-
cursos a serem empregados.
c) para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, soma-
-se a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
d) considera-se recurso para o fim de abertura de crédito adicional o superávit financeiro apu-
rado em balanço patrimonial do exercício anterior.
e) devem estar previstos desde a proposição da lei orçamentária anual pelo Poder Executivo
para terem validade para o exercício financeiro seguinte.

Os créditos adicionais são classificados em suplementares, especiais e extraordinários. Os


recursos para abertura de créditos adicionais advêm das seguintes fontes:
• Excesso de arrecadação, computando-se a tendência do período e excluindo-se os valo-
res abertos com créditos extraordinários no exercício;
• Superavit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Exercício anterior, excluindo-
-se os créditos adicionais transferidos e computando-se as operações de crédito a es-
ses vinculados;
• Operações de crédito, com exceção das Antecipações de Receita Orçamentária;
• Reserva de contingência, conforme art. 91 do Decreto-Lei n. 200/1967;
• Anulação total ou parcial de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.
Letra d.

017. (VUNESP/FITO/2020) O desenvolvimento do ciclo orçamentário e financeiro do Estado


compreende, na ordem, os seguintes marcos:
a) planejamento de médio prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; previsão de recei-
tas e autorização de despesas, com a Lei Orçamentária Anual; arrecadação e recolhimento das
receitas; empenho, liquidação e pagamento das despesas.
b) planejamento de curto prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei de diretrizes orçamentárias, com a Lei Orçamentária Anual; previsão de recei-
tas e autorização de despesas, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; arrecadação e recolhi-
mento das receitas; empenho, liquidação e pagamento das despesas.
c) planejamento de médio prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; autorização de

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receitas e previsão de despesas, com a Lei Orçamentária Anual; recolhimento e arrecadação


das receitas; liquidação, empenho e pagamento das despesas.
d) planejamento de curto prazo, com o Plano Plurianual; fixação de parâmetros e metas para
elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; autorização de
receitas e previsão de despesas, com a Lei Orçamentária Anual; recolhimento e arrecadação
das receitas; pagamento, liquidação e empenho das despesas.
e) planejamento de médio prazo, com a Lei Orçamentária Anual; fixação de parâmetros e me-
tas para elaboração da lei orçamentária anual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; autoriza-
ção de receitas e previsão de despesas, com o Plano Plurianual; recolhimento e arrecadação
das receitas; liquidação, empenho e pagamento das despesas.

A alternativa a traduz corretamente as etapas que compreendem o ciclo orçamentário.


Letra a.

018. (FUNDATEC/CÂMARA DE IMBÉ – RS/2020) De acordo com o que estabelece a Cons-


tituição Federal, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I – Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos dos Municípios, Estados e da União. II. Comprovar a legalidade e
avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patri-
monial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado. III. Exercer o controle das operações de crédito, avais
e garantias, bem como dos direitos e haveres dos Municípios, Estados e da União.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

Nas assertivas I e III, estão incluídos indevidamente Estados e Municípios.


São objetivos do Controle Interno:
• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos progra-
mas de governo e dos orçamentos da União;
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

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• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Letra b.

019. (FUNDATEC/PREFEITURA DE VACARIA – RS/2021) Conforme a Lei n. 4.320/1964, so-


bre Créditos Adicionais, analise as seguintes assertivas:
I – Os créditos adicionais são autorizações de receitas não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei do Orçamento.
II – Os créditos adicionais extraordinários são os destinados ao reforço de dotação or-
çamentária.
III – Os créditos adicionais especiais são os destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
Quais estão INCORRETAS?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Apenas a alternativa III está correta.


I – Errado. Os créditos adicionais são autorizações de despesa não computadas ou insuficien-
temente dotadas na Lei de Orçamento.
III – Errado. Os créditos extraordinários são voltados para despesas imprevisíveis e urgentes,
como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Letra b.

020. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE – RS/2021) O orçamento aparenta ter


uma ideia de unidade, mas, na realidade, o processo orçamentário compreende três documen-
tos distintos: um Plano Plurianual (PPA), uma Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e uma Lei
Orçamentária Anual (LOA). Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A LDO possui a função de orientar a elaboração da LOA, compreendendo as metas e priori-
dades da administração pública federal.
b) O PPA corresponde ao planejamento de médio a longo prazo em que são estabelecidos os
objetivos e metas da Administração Pública para um período de quatro anos.
c) A LOA conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econô-
mica e financeira e o programa de governo.

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Orçamento Público – Parte II
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d) A LOA compreende o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que


a União detenha a maioria do capital social, e o orçamento da seguridade social.
e) O processo orçamentário inicia com a elaboração e aprovação da LDO, segue-se a elabora-
ção e aprovação do PPA, e é concluído pela elaboração e aprovação da LOA.

Sob o ponto de vista do processo orçamentário (e foi isso que a assertiva abordou!), a alterna-
tiva E está incorreta, visto que o PPA antecede a elaboração da LDO e da LOA!
Sob a ótica cronológica, a gente sabe que a LDO é aprovada primeiro no ano, depois vem PPA
(nos anos de PPA) e LOA no mesmo momento.
Letra e.

021. (QUADRIX/CRMV-AM/2020) A respeito das regras de planejamento e da execução do


orçamento público, julgue o item.
Os critérios e a forma de limitação de empenho no caso de frustração da receita devem ser
instituídos na lei de diretrizes orçamentárias.

De acordo com a LRF, a LDO deve dispor sobre:


• Equilíbrio entre receitas e despesas;
• Critério e forma de limitação de empenho;
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação de programas;
• Demais condições e exigências para a transferência voluntária de recursos (transferên-
cias de recursos a entidades públicas e privadas).
Certo.

022. (QUADRIX/CRMV-AM/2020) A respeito das regras de planejamento e da execução do


orçamento público, julgue o item.
A dimensão estratégica do plano plurianual refere‐se à otimização na aplicação dos recursos
disponíveis e à qualidade dos produtos entregues.

A resposta exata a essa pergunta está no PPA 2016-2019. Em todo caso, temos que ter o en-
tendimento de que otimização na aplicação de recursos não é estratégico, é operacional.
Errado.

023. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca do orçamento público, julgue o item.


Em âmbito federal, compete a cada um dos Poderes encaminhar ao Congresso Nacional a sua
própria proposta orçamentária para o exercício financeiro seguinte.

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Orçamento Público – Parte II
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O Poder Executivo consolidará as propostas orçamentárias dos demais poderes (Legislativo,


Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas) e irá apresentá-las ao Congresso Nacional
na forma de um único projeto de Lei.
Errado.

024. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Em relação às normas legais e técnicas estabelecidas para a


contabilidade pública, julgue o item.
Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado na legislação, o Poder Legislativo po-
derá elaborar sua própria proposta orçamentária.

Como visto, se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas
Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orça-
mento vigente.
Errado.

025. (QUADRIX/CORE-PR/2021) À luz da Lei n.º 4.320/1964 e de suas alterações, julgue o item.
Suponha‐se que o Poder Executivo não tenha encaminhado a proposta orçamentária no prazo
fixado na legislação. Nesse caso, caberá ao Poder Legislativo adotar como proposta a mesma
lei de orçamento vigente no próprio exercício.

É isso. Se o Poder Executivo der uma de Joãozinho sem braço, o Poder Legislativo adota a
LOA vigente.
Certo.

026. (QUADRIX/CRM-MS/2021) A limitação de empenho é uma espécie de contingenciamen-


to da despesa. Deve ocorrer sempre que a receita prevista não se realizar e que isso venha a
prejudicar as metas fiscais. A competência para fixar os critérios que nortearão a limitação
de empenho e as movimentações financeiras dos Poderes e do Ministério Público, quando da
possibilidade de não cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, pertence à(ao)
a) tribunal de contas.
b) lei de diretrizes orçamentárias.
c) lei orçamentária anual.
d) Ministério da Fazenda.
e) Supremo Tribunal Federal (STF).

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Isso está no vasto campo de atuação da LDO.


Letra b.

027. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
A reserva de contingência prevista na proposta orçamentária obedecerá a critérios estabeleci-
dos em regulamento pelo órgão central de planejamento de orçamento.

É a LDO que dá o tom. Ela que estabelece a forma de utilização.


Errado.

028. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
As despesas consignadas na lei orçamentária anual devem evidenciar o programa de trabalho
do governo.

Perfeito! Devem ser evidenciados o programa de trabalho e a política econômico-financeira.


Certo.

029. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
A proposta orçamentária poderá deixar de observar os parâmetros estabelecidos no plano plu-
rianual, desde que se mantenha compatível com a lei de diretrizes orçamentárias.

De jeito nenhum! PPA é a avó. LDO é a mãe. LOA é a filha. Tem que respeitar todos acima.
Errado.

030. (QUADRIX/CRF-AP/2021) Acerca dos aspectos fundamentais de orçamento público, jul-


gue o item.
O crédito suplementar provoca uma alteração qualitativa na programação orçamentária.

A mudança qualitativa é proferida pelo crédito especial. Não há programação nova com o cré-
dito suplementar. É apenas reforço (acréscimo de montante de programação já existente no
orçamento vigente), ou seja, uma alteração quantitativa.
Errado.

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031. (QUADRIX/CRMV-AM/2020) A respeito das regras de planejamento e da execução do


orçamento público, julgue o item.
A reserva de contingência destina‐se a cobrir riscos e eventos fiscais imprevistos.

O projeto de lei orçamentária anual, compatível com o PPA/LDO/LRF, conterá Reserva de Con-
tingência, cuja forma de utilização e montante, com base na receita corrente líquida, serão
estabelecidos na LDO. A reserva se destina ao atendimento de passivos contingentes e outros
riscos e eventos fiscais imprevistos.
Certo.

032. (QUADRIX/ CFO-DF/2020) No que se refere ao orçamento público, julgue o item.


O projeto de lei orçamentária anual da União é de iniciativa conjunta de todos os poderes e será
encaminhado até o dia 30 de setembro de cada ano.

A iniciativa para propor as leis do PPA, LDO e LOA é exclusiva do Poder Executivo. Além disso, o
envio ao CN deverá ocorrer até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro (31/08).
Errado.

033. (CESPE/ TCE-RJ /2021) Com relação aos recursos de acompanhamento e modificação
do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
O crédito adicional constitui dotação isolada da lei orçamentária anual, sendo vedada sua in-
corporação no crédito orçamentário.

Pelo contrário, no caso do crédito adicional suplementar é realizado uma incorporação/reforço


ao crédito já existente.
Errado.

034. (IDIB/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) O ano de 2020 ficou marcado como o ano em


que a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, implicou em milhões
de mortos e de pessoas infectadas, levando a mudanças significativas na vida de grande parte
da população mundial. Nesse contexto, o governo brasileiro teve que elevar seus gastos para
adotar medidas de enfrentamento dessa pandemia por meio da aquisição de equipamentos,
medicamentos, contratação de pessoal, investimento em pesquisa e diversas outras ações
que contribuíssem na contenção da propagação da doença e na promoção do bem-estar so-
cial, preservando a vida. Contudo, essas despesas não estavam previstas na Lei Orçamentária
de 2020. Para o atendimento de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na
Lei de Orçamento, a Lei n. 4.320/1964, no seu art. 40, prevê autorização desse tipo de despe-

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sa por meio dos créditos adicionais. Nesse caso, qual tipo de crédito adicional teve que ser
solicitado?
a) Crédito especial, pois é destinado a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
b) Crédito extraordinário, pois é destinado a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
c) Crédito especial, pois é destinado a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica aprovada na Lei Orçamentária de 2020.
d) Crédito suplementar, pois é destinado a reforço na dotação orçamentária prevista na Lei
Orçamentária de 2020.
e) Crédito extraordinário, pois é destinado a despesas para as quais não haja dotação orça-
mentária específica aprovada na Lei Orçamentária de 2020.

Nesse caso, por se tratar de uma calamidade pública, o instrumento a ser utilizado é o crédito
extraordinário.
Letra b.

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REFERÊNCIAS
Livro/Texto Autor

Orçamento Público Giacomoni

Manual Técnico de Orçamento SOF

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor


STN
Público

Albuquerque, Medeiros
Gestão de Finanças Públicas
e Feijó

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ramento constante deste trabalho.

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Allan Mendes
Auditor de Controle Interno do Distrito Federal. Ex-servidor do Ministério Público da União (MPU), onde
atuou como diretor administrativo e financeiro do Programa de Saúde dos Membros e Servidores. Ex-
servidor do Fundo Nacional de Educação (FNDE), onde atuou como chefe da Divisão de Prestação de
Contas de Convênios. Graduado em Ciências Contábeis pela UnB e em Direito pela UPIS. Pós-graduado em
Contabilidade Pública na WPÓS e mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília.

Vinicius Ribeiro
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha com as leis orçamentárias. Aprovado
no concurso de Consultor de Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para Concursos, publicado pela
editora GEN. Professor de cursos online para concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e
Orçamento no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa no CNJ e no STF; e
Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na
FGV.

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