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Por o dinheiro ser um assunto tão sensível e importante, foram-se criando diversos mitos à volta

dele e do mundo financeiro. Isso acaba por gerar insegurança e medo nas pessoas, que acabam
por se afastar dos investimentos.

Desconhecer o assunto e seguir o senso comum são causas recorrentes para este
comportamento. E tudo por causa da falta de literacia financeira que existe no nosso país.
Este é um dos grandes mitos dos investimentos.

Talvez há umas décadas fosse meia verdade, mas já não é.

Desde há uns anos para cá, que assistimos à chamada “desbancarização”.

É um processo de migração de investimentos financeiros dos bancos tradicionais para outros tipos
de instituições e plataformas, como corretoras online. Por oferecem comissões muito mais baixas,
além de uma vasta gama de produtos financeiros, este tipo de plataformas tem atraído muitos
investidores nos últimos anos.
É preciso muito pouco dinheiro para abrir conta numa corretora online (em algumas o valor
mínimo de depósito é 0,01€);

Ações como as da Coca-Cola, custam cerca de $57, da AT&T, $27, da Delta Air Lines $39, entre
tantas outras a preços acessíveis. Algumas corretoras permitem ainda compras fracionadas,
que significa comprares apenas uma parte da ação, pagando apenas aquilo que podes;

Cada plataforma cobra as suas comissões por compra/venda/manutenção dos ativos, que no
geral também são baixas, sendo cerca de 0,50€ por transação;
Quanto maior os conhecimentos que tiveres, menor os riscos que vais correr. E provavelmente mais
retorno conseguirás obter.

Mas isso não quer dizer que não possas investir, mesmo com poucos conhecimentos.

Atualmente existem muitas formas de investimento, algumas delas ideais para quem quer investir,
sabendo o mínimo.
Em alguns produtos financeiros, pagando uma taxa pré-definida, tens uma equipa de gestores
profissionais a investir o teu dinheiro:

Fundos de investimento: É um produto que visa captar dinheiro de investidores, para investir
nos ativos que garantam os melhores retornos, tendo em conta a política do fundo

PPRs: Produto financeiro que visa rentabilizar o dinheiro para uma reforma tranquila, a troco de
comissões definidas

ETFs: É um dos “produtos-maravilha” dos últimos anos, por envolver baixíssimos custos, garantir
diversificação para o investidor, e bons retornos históricos
Esta frase é um mito, por 2 razões:

1. Os depósitos a prazo não podem ser considerados um investimento,


visto atualmente renderem em média 0,1% em juros. Este é um valor
muito abaixo da inflação.

2. É verdade que são um produto seguro, visto cada depósito estar coberto
pelo fundo de garantia do estado, até 100.000€, em caso de falência do
banco. No entanto, outros produtos que até rendem mais, são tão ou
mais seguros, como os certificados de aforro ou do tesouro, que
garantem todo o capital investido.
Muitas vezes ainda se ouve dizer que investir na bolsa de valores, na verdade é apostar, e que
ganhar dinheiro é uma questão de sorte, tal como acontece num casino.

Curioso haver pessoas que já têm sorte há várias décadas seguidas.

Investir nada mais é do que ter uma estratégia pré-definida e aplicar


o dinheiro em boas empresas, bem geridas, e com boas perspetivas
de crescimento.

Dessa forma, o dinheiro é multiplicado e a “sorte” é construída


facilmente por qualquer um.
Sobretudo para os investidores de longo prazo, essa questão não se coloca.

Naturalmente é importante ir acompanhando os investimentos de forma regular, até para ver se


aparecem boas oportunidades no mercado. Mas não precisa ser numa base diária.

Em algumas ferramentas até é possível criar alertas no telemóvel quando um ativo sobe ou desce
a partir de certos níveis.
Quanto mais cedo, melhor – mas nunca é tarde demais.

Obviamente que começar cedo é a melhor prática, para o dinheiro ter mais tempo de crescer.
Mas nunca é demasiado tarde para começar a investir.

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