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Derivada
Motivação geométrica
gr h
x0 x1 x2
Derivada
Motivação geométrica
Tomando
f(x)
valores de x cada vez mais próximos
θ de x0 , (|x − x0 | cada vez menor) estas
f(x0)
secantes aproximam-se sucessivamente
da tangente. Assim, é natural definir
x0 x
f (x ) − f (x0 )
recta tangente a gr f em (x0,f(x0)) f 0 (x0 ) = lim .
x →x0 x − x0
Cálculo Infinitesimal I (M111) — 2014/2015 1. 2
Derivadas e Primitivas
Derivada
Significado físico
Escrevemos lim f (x ) = L ∈ R se
x →x0
L+ε (
L
|
(
L-ε
( | (
x 0-δ x0 x0+δ
Exemplos:
√
Seja f (x ) = 3 x . É claro que f está definida numa vizinhança de 0 (tem
domínio R, aliás). Vejamos que limx →0 f (x ) = 0. Seja ε > 0. Temos
√
|f (x ) − 0| = | 3 x |, logo, tomando δ = ε3 , resulta que
|x − 0| < δ ⇒ |f (x ) − 0| < ε.
√
Analogamente se mostra que limx →0+ x = 0.
Derivada
Definição
Derivada
Derivadas laterais
f (x ) − f (x0 )
f−0 (x0 ) = lim
x →x0− x − x0
f (x ) − f (x0 )
f+0 (x0 ) = lim+
x →x0 x − x0
Derivada
Exemplos
Como |h| < ε ⇒ |(2x + h) − 2x | < ε para todo ε > 0, é imediato que
limh→0 (2x + h) = 2x e logo (x 2 )0 = 2x para todo x ∈ R.
d
|x | − |0| −x
1
e=
f−0 (0)
li v
= lim = lim = −1 li v
e=
-1
x −0
ec
x →0 − x →0 − x d
|x | − |0| x
f+0 (0) = lim+ = lim+ = 1
x →0 x −0 x →0 x
Primitiva
Definição
Primitiva
Não há unicidade!
Derivadas e primitivas
Funções elementares
Derivadas e primitivas
Funções elementares
Z
(sen x )0 = cos x sen x dx = − cos x + K (K ∈ R)
Z
(cos x )0 = − sen x cos x dx = sen x + K (K ∈ R)
(tg x )0 = cos12 x
(cotg x )0 = − sen12 x
Funções contínuas
Definição
lim f (x ) = f (x0 );
x →x0
Funções contínuas
Imensos exemplos
Funções contínuas
Derivabilidade e continuidade
Funções contínuas
Derivabilidade e continuidade
y
f (x ) =
=
y
0 se x = 0
x
Geometricamente percebe-se que
os declives f (xx)−f
−0
(0)
oscilam sempre entre
−1 e 1 quando x se aproxima de 0, pelo
que não existe limx →0 f (xx)−f−0
(0)
, i.e., f
não é derivável em 0.
Para mostrarmos que f é contínua em 0, ou seja que limx →0 f (x ) = 0,
vamos usar o seguinte teorema sobre limites, que será muito
frequentemente útil.
Cálculo Infinitesimal I (M111) — 2014/2015 1. 20
Derivadas e Primitivas
sen h
Do mesmo teorema se pode deduzir que lim = 1.
h→0 h
De facto, se h > 0 for suficientemente pequeno, podemos concluir do
significado geométrico de seno e tangente, ilustrado na figura, que
C
1 1 1
sen h < h < tg h, 1 A
2 2 2 tg h
correspondendo a
h
área(4OAB) < área do setor circular(OAB) < sen h
área(4OCB). Logo 1 < senh h < cos1 h . O B1
= limh→0 f (x +h)−f
h
(x )
+ limh→0 g(x +h)−g(x
h
)
0 0
= f (x ) + g (x ).
Exemplo:
3
Z Z Z
3x + 1 dx = 3 1 dx = x 2 + x .
x dx +
2
Recorde-se que esta igualdade deve ler-se «unilateralmente»: significa que
f (x ) = 32 x 2 + x é uma primitiva de g(x ) = 3x + 1; ou seja, que
( 32 x 2 + x )0 = 3x + 1.
f
I além disso, se g(x0 ) 6= 0, g é derivável em x0 e
f 0 f 0 (x0 ) g(x0 ) − f (x0 ) g 0 (x0 )
(x0 ) = .
g g 2 (x0 )
Exemplos:
Seja f1 (x ) = sen(x 2 ). Então, f1 = sen ◦ g, onde g(x ) = x 2 . Logo, pela
regra da cadeia,
f10 (x ) = (sen)0 (g(x )) · g 0 (x ) = (sen)0 (x 2 ) · (x 2 )0 = cos(x 2 ) · 2x .
Agora, considerando f2 (x ) = sen2 (x ) temos f2 = g ◦ sen. Portanto,
f20 (x ) = g 0 (sen x ) · sen0 (x ) = 2 sen x · cos x .
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Derivadas e Primitivas
Prova:
Pela regra da cadeia, (F (g(x )))0 = F 0 (g(x )) · g 0 (x ) = f (g(x )) · g 0 (x ).
2x
dx = log(1 + x 2 ), porque
R
2. 1+x 2
0
log(1 + x 2 ) = log0 (1 + x 2 ) · (1 + x 2 )0 = 1
1+x 2
· 2x .
sen x − 13 sen3 x ;
1−cos 2x
2
7. R sen4 x dx
R R
= 2 R dx =
1 1 R 1+cos 4x
+ cos2 2x
R
4 1 dx − 2 cos 2x dx dx = 4 x − sen 2x + 2 dx =
= 14 x − sen 2x + 12 (x + 14 sen 4x ) .
x0
−1 0 1
(f ) (y0 ) = . y=f(x
)
f 0 (f −1 (y0 ))
x0 y0
(y)
x=f -1
f´(0)=0 -1
f não é derivável em 0
(tangente horizontal) (tangente vertical)
√
Se x 6= 0, então f 0 (x ) 6= 0 e f −1 é derivável em y = x 3 ( ⇐⇒ x = 3 y ),
sendo 0 1 1 1 1 2
f −1 (y ) = 0 = 2 = √ 2 = y − 3 .
f (x ) 3x 3 3y 3
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Derivadas e Primitivas
(log(−x ))0 = −x
1
· (−1), pode-se ainda afirmar que
1
Z
dx = log |x |, em R \ {0}.
x
=
y
A sua inversa é 1 y=sen x
π π
arcsen : [−1, 1] → [− , ].
2 2
−π/2 -1 1 π/2
x
y=arccos x
=
y
A inversa de cos|[0,π] : [0, π] → [−1, 1] é
-1 1 π/2 π
y=cos x
-1
A função
π/2
arctg : R → ]−π/2, π/2[ y=arctg x
é inversa
da restrição da função tangente
−π/2
tg|]− π , π [ : ]−π/2, π/2[ → R.
2 2
π A inversa de
cotg|]0,π[ : [0, π] → R é
π/2
|
Por exemplo,
I arcsen 12 = π
6 (porque sen π6 = 1
2 e π
6 ∈ [ −π π
2 , 2 ]);
I sen(arcsen 14 ) = 1
(porque sen e arcsen são mutuamente inversas);
4
√
r 2
I cos(arcsen 14 ) = + 1 − 14 = 415 (pois α = arcsen 41 ∈ [− π2 , π2 ], logo
cos α > 0, e cos2 α + sen2 α = 1);
π π
I arccos x ⇐⇒ x > 0 (uma vez que arccos 0 =
< 2 2 e arccos é uma função
decrescente em [−1, 1]);
I arctg 0 = 0 e arctg x > 0 ⇐⇒ x > 0 (uma vez que arctg 0 = 0 e arctg é
uma função crescente).
1
∀y ∈ ] − 1, 1[ : arcsen0 (y ) = p .
1 − y2
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Derivadas e Primitivas
1 1
Z Z
√ dx = arcsen x e dx = arctg x .
1 − x2 1 + x2
Exemplo:
x2 1 + x2 − 1 1
Z Z Z Z
2
dx = 2
dx = 1 dx − dx = x − arctg x .
1+x 1+x 1 + x2
Cálculo Infinitesimal I (M111) — 2014/2015 1. 44
Derivadas e Primitivas
Técnicas de primitivação
Primitivação por substituição
df dy
ou
dx dx
podendo-se acrescentar
a menção explícita
ao ponto onde é calculada: por
0 df 0 df
exemplo, f (x ) = dx e f (1) = dx .
x 1
dy
Pode também escrever-se, com o mesmo sentido de dx = f 0 (x ),
dy = f 0 (x ) dx .
dy
Por exemplo, se y = e x , então dx x = e x , ou ainda, dy = e x dx .
Como a função exponencial é invertível
com inversa log, pode também
escrever-se x = log y e portanto dy = y1 ou dx = y1 dy .
dx
y
dz
Considerando agora z = y 2 , tem-se dy y = 2y , e a função composta
z(y (x )) = (e x )2 tem derivada
dz dz dy
= · . = 2e x · e x = 2e 2x .
dx x dy y (x ) dx x
calculada em y = g(x ).
R
Suponhamos que se pretende calcular f (x ) dx usando a mudança de
variável y = g(x ), ou seja x = g −1 (y ) («substitui-se a variável x pela
variável
R
y »). Escreve-se então dx = (g −1 )0 (y ) dy . Substituindo x e dx
em f (x ) dx , obtém-se
Z Z
f (x ) dx = f (g −1 (y )) · (g −1 )0 (y ) dy
| {z } | {z }
f (x ) dx
√
1. Para primitivar a função f (x ) = 2x + 3 · x , vamosusar a mudança de
√ 2 2 0
variável y = 2x + 3. Então, x = y 2−3 e dx = y 2−3 dy = y dy .
Fazendo a substituição:
y 2 −3
Z √ x = !
2
y2 − 3
Z Z
dx = y dy
f (x ) dx = 2x + 3 · x dx = y· · y dy
2 |{z}
| {z } dx
f (x )
!
1 1 y5
Z
= (y 4 − 3y 2 ) dy = − y3
2 2 5
√ √ !
y = 2x +3 1 ( 2x + 3)5 √ 3
= − ( 2x + 3) .
2 5
= f 0 · g + f · g0 − f 0 · g
= f · g 0.
Cálculo Infinitesimal I (M111) — 2014/2015 1. 54
Derivadas e Primitivas
2
Se, pelo contrário, escolhermos f (x ) = e x e g(x ) = x2 (de forma a que
g 0 (x ) = x ), obtemos, usando primitivação por partes,
x2 x2 x
Z Z
x
x e dx = e x − e dx
2 2
relacionando assim a primitiva procurada, x e x dx , com outra
R
R 2
aparentemente ainda mais difícil de determinar, x2 e x dx , uma vez que
aumentámos o grau do polinómio que aparece como fator de e x . Não
conseguimos então qualquer vantagem na aplicação do método.
p(x )
Tendo isto em conta, no que se segue considera-se sempre f (x ) =
q(x )
com grau p < grau q e grau q ≥ 1.
O método para primitivar estas funções consiste em decompô-las como
soma de frações («parciais») dos tipos
A Bx + C
ou
(x − a)n (x 2 + bx + c)n
1
Z
I Se n = 1, dx = log |x − a|;
x −a
1 (x − a)−n+1
Z
I e, se n > 1, dx = .
(x − a)n −n + 1
Exemplos:
2 2 1 2 1
Z Z
I dx = 1 dx = log |x + |
3x + 1 3 x+3 3 3
2 1 2
Z Z
ou dx = 2 dx = log |3x + 1|
3x + 1 3x + 1 3
(as duas primitivas diferem de uma constante!);
1 1 1
Z
I 3
dx = − .
(3x + 1) 6 (3x + 1)2
Cálculo Infinitesimal I (M111) — 2014/2015 1. 62
Derivadas e Primitivas
2x + b
Z
I Se n = 1, dx = log |x 2 + bx + c|;
x 2 + bx + c
2x + b (x 2 + bx + c)−n+1
Z
I e, se n > 1, dx = .
(x 2 + bx + c)n −n + 1
Exemplos:
x +1 1
Z
I dx = log |x 2 + 2x + 2|;
x 2 + 2x + 2 2
x +1 1
Z
I 2 2
dx = − 2
.
(x + 2x + 2) 2(x + 2x + 2)
1 1 1 1
Z Z
dx = dx = arctg(Ax + B).
x 2 + bx + c C 2
(Ax + B) + 1 C ·A
Exemplo: 2
I x 2 − 2x + 5 = (x − 1)2 + 4 = 4 x −1
2 + 1 , logo
1 1 1 1 x −1
Z Z
dx = 2 dx = arctg .
x 2 − 2x + 5 4 2 2
x −1
+1 2
para certos ai,ji ∈ R, com i ∈ {1, . . . , k}, ji ∈ {1, . . . , ki } e bi 0 ,ji0 , ci 0 ,ji0 ∈ R, com
i 0 ∈ {1, . . . , m}, ji0 ∈ {1, . . . , li }.
p(x ) x3 − x + 1
1. Para primitivar = , começa-se por dividir p(x ) por
q(x ) x2 − 1
q(x ) obtendo x 3 − x + 1 = x .(x 2 − 1) + 1; logo,
x3 − x + 1
Z Z Z
1
dx = x dx + dx .
x2 − 1 x2 − 1
(ex. 1 — continuação)
Alternativamente, para determinar A e B, note-se que de
(∀x ∈ R) : 1 = (A + B)x + (A − B) resulta em particular para x = −1,
1 = −2B e para x = 1, 1 = 2A.
1 1/2 1/2
Assim, = − e logo
x2 − 1 x −1 x +1
x3 − x + 1
Z Z Z 1/2
Z 1/2
dx = x dx + dx − dx
x2 − 1 x −1 x +1
x2 1 1
= + log |x − 1| − log |x + 1|.
2 2 2
x 5 + 2x 3 + 1 A1 A2 A3 B1 x + C1 B2 x + C2
7 5 3
= + 2 + 3 + 2
+ 2 ,
x + 2x + x x x x x +1 (x + 1)2
Logo,
x3
Z Z
4/3
2
dx = (x − 1 + 2 ) dx
x +x +1 2x
√+1
3
+1
2
x 2 2x + 1
= − x + √ arctg √ .
2 3 3