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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 3
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA 4
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NOTA

Cálculo I - 3a Avaliação - 18 de março de 2017

Aluno(a):

Professor(a): Turma:

• NÃO É PERMITIDO O USO DE CALCULADORA.

• JUSTIFIQUE TODAS AS SUAS RESPOSTAS.

1. (1 ponto) Calcule o limite


1 − cos(ax)
L = lim .
x→0 1 − cos(bx)

0
Solução: O limite é uma indeterminação do tipo . Daí, aplicando L’Hospital temos:
0
1 − cos(ax)
L = lim
x→0 1 − cos(bx)
(1 − cos(ax))0
= lim
x→0 (1 − cos(bx))0
a sen(ax)
= lim
x→0 b sin(bx)

0
Continua uma indeterminação tipo aplicaremos novamente L’Hospital.
0
(a sen(ax))0
L = lim
x→0 (b sen(bx))0

a2 cos(ax)
= lim 2
x→0 b cos(bx)

a2 cos(0)
= 2
b cos(0)
a2
= 2 
b

2. (2 ponto) Determine os valores máximo e mínimo absoluto de f (x) = ln(x2 + x + 1) no


intervalo fechado [−1, 1].
Solução: Derivando f (x) temos:

f 0 (x) = (ln(x2 + x + 1))0


1
= 2 (x2 + x + 1)0
x +x+1
2x + 1
= 2
x +x+1
Para os pontos críticos temos:
2x + 1
f 0 (x) = 0 ⇒ = 0 ⇒ 2x + 1 = 0 ⇒ x0 = −1/2
x2+x+1

Logo calculando o valor de f (x) em x0 = −1/2 e nos extremos do intervalo dado [−1, +1]
temos
f (−1) = ln((−1)2 − 1 + 1) = ln(1) = 0
f (−1/2) = ln((−1/2)2 − 1/2 + 1) = ln(3/4) ⇒ f (−1/2) < 0
f (1) = ln(12 + 1 + 1) = ln(3) > 0

Logo f (−1/2) < f (−1) < f (1) e f (−1/2) é o mínimo global e f (1) o máximo global. 

3. (2 pontos) Prove que a equação x5 − e−x = 0 possui uma única solução.


Solução: Seja f (x) = x5 − e−x , x ∈ R, Daí, como: f (x) é contínua e derivável em R e

f (0) = 05 − e0 = −1 < 0
e−1
f (1) = 15 − e−1 = >0
e
do Teorema do valor intermediário, existe x0 ∈ (0, 1) tal que f (x0 ) = 0 i.e. x50 −e−x0 = 0 (a
equação tem solução). Resta provar que esta solução é única. A prova será por contradição.
Suponhamos que existam ao menos dois zeros distintos que satisfação a equação i.e. ∃x0 , x1 ,
x0 6= x1 (sem perda de generalidade suponhamos x0 < x1 ) tal que f (x0 ) = 0 e f (x1 ) = 0.
Do Teorema do valor Médio temos que existe x̄ ∈ (x0 , x1 ) tal que:

f (x1 ) − f (x0 )
f 0 (x̄) =
x1 − x0
0−0
=
x1 − x0
=0
Derivando f (x) temos:
f 0 (x) = (x5 − e−x )0
= 5x4 + e−x

Logo f 0 (x) > 0, x ∈ R em particular f 0 (x̄) > 0. Portanto, f 0 (x̄) = 0 é um absurdo e


portanto não existem mais que uma raiz para a equação dada. 

4. (3 pontos) Considere a função


2x + 1
f (x) = .
x2
a) (0,5 ponto) Encontre o domínio de f , os pontos de intersecção com os eixos coordenados
e as assíntotas horizontais e verticais, caso existam;
Solução:
1) Intersecções com os eixos coordenados:
1
f (x) = 0 ⇒ 2x + 1 = 0 ⇒ x0 = −
2
Por outro lado em x = 0 f (x) não está definida não temos intersecção com o eixo y.
2) Como f (x) não está definida em x = 0 e é uma função racional seu domínio é
Dom{f } = R − {0}.
3) Para as assíntotas verticais (em x = 0) temos:

2x + 1
lim f (x) = lim = +∞
x→0+ x→0
x>0
x2
2x + 1
lim f (x) = lim = +∞
x→0− x→0
x<0
x2
4) Para as assíntotas horizontais (usando L’Hospital) temos:

2x + 1 2
lim f (x) = lim = lim =0
x→+∞ x2
x→+∞ x→+∞ 2x
2x + 1 2
lim f (x) = lim 2
= lim =0
x→−∞ x→−∞ x x→−∞ 2x

b) (1 ponto) Indique os intervalos de crescimento, decaimento, os pontos críticos e os


máximos e mínimos locais de f , caso existam;
c) (0,5 ponto) Estude a concavidade da função f e determine os pontos de inflexão, caso
existam;
1) Intervalos de crescimento:
Derivando f (x) temos:
2x + 1 0
 
0
f (x) =
x2
(2x + 1)0 x2 − (2x + 1)(x2 )0
=
(x2 )2
2x2 − (2x + 1)2x
=
x4
2x − 4x2 − 2x
2
=
x4
2
x +x
= −2
x4
x(x + 1)
= −2
x4
x+1
= −2 3
x
Logo f 0 (x) = 0 implica em x + 1 = 0 e portanto x1 = −1 é um ponto crítico de f (x).

(
> 0, x > −1
x+1
< 0, x < −1
(
> 0, x>0
x3
< 0, x<0

x+1
Logo, como f 0 (x) = −2 , temos:
x3

< 0, x < −1

0
f (x) > 0, −1 ≤ x < 0

< 0, x > 0

Portanto f (x) é decrescente em x ∈ (−∞, −1) e x ∈ (0, +∞) e crescente em x ∈ (−1, 0).
2) Concavidade:
Calculando f 00 (x) temos:

x+1 0
 
00
f (x) = −2
x3
(x + 1)0 x3 − (x + 1)(x3 )0
= −2
(x3 )2
x3 − (x + 1)3x2
= −2
x6
x3 − 3x3 − 3x2
= −2
x6
−2x3 − 3x2
= −2
x6
−x2 (2x + 3)
= −2
x6
2x + 3
=2
x4
3
Logo f 00 (x) = 0 leva a x3 = − (ponto de inflexão). Quanto a concavidade temos:
2
(
< 0, x < −3/2
2x + 3
> 0, x > −3/2
e como x4 > 0, x ∈ R − {0} temos:

< 0, x < −3/2

00
f (x) > 0, −3/2 ≤ x ≤ 0

> 0, x > 0

Temos que f (x) tem concavidade para cima em x ∈ (−3/2, 0) e x ∈ (0, +∞) e concavi-
dade para baixo em x ∈ (−∞, −3/2).
d) (1 ponto) Esboce o gráfico de f .
5. (2 pontos) Considere a função
f (x) = (1 − x)2 .
Para cada x ∈ [0, 1], seja A(x) a área do retângulo definido pelos pontos (0, 0), (x, 0),
(0, f (x)) e (x, f (x)). Determine x ∈ [0, 1] tal que A(x) seja máxima.
Solução: A área do retângulo é dada por: A = x.y e como y = (1 − x)2 temos: A(x) =
x(1 − x)2 . Daí, A(0) = 0 e A(1) = 0. Derivando A(x) temos:

0
A0 (x) = x(1 − x)2
= x0 (1 − x)2 + x((1 − x)2 )0
= (1 − x)2 + 2x(1 − x)(1 − x)0
= (1 − x)2 − 2x(1 − x)
= (1 − 2x + x2 − 2x + 2x2 )
= (3x2 − 4x + 1)

Os pontos críticos de A(x) serão determinados por A0 (x) = i.e. 3x2 − 4x + 1 = 0.

∆ = (−4)2 − 4 · 3 · 1
=4

∆=2
−(−4) + 2
x1 = =1
2·3
−(−4) − 2 1
x2 = =
2·3 3
Para a derivada segunda de A(x) temos:

A00 (x) = (3x2 − 4x + 1)0


= (6x − 4)

logo A00 (x1 ) = A00 (1) = (6 − 4) = 2 > 0 corresponde a área mínima Amin = A(1) = 0 e
para A00 (x2 ) = A00 (1/3) = (6 · 1/3 − 4a) = −2 < 0 corresponde a área máxima Amax =
4
A(1/3) = 1/3(1 − 1/3)2 = 
27
BOA PROVA!

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