Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UTFPR/Curitiba
Prof. Cesar A. Tacla
http://www.pessoal.utfpr.edu.br/tacla
15/06/2015 22:47
Fundamentos
CONSEQUÊNCIA SEMÂNTICA
c é uma consequência semântica das premissas, se toda interpretação que
satisfaz todas as premissas satisfaz também a conclusão c.
p1, p2, …, pn ⊨ c
pi são premissas,
c é a conclusão do argumento
Fundamentos
No slide anterior, foi usado para falar sobre o que é um argumento válido em
lógica clássica juntamente com símbolos não-lógicos (p1, p2, c) e linguagem
natural. Observar que não foi feita nenhuma referência ao procedimento para
se demonstrar que o argumento é válido.
Fundamentos
SISTEMAS DEDUTIVOS ou SISTEMAS DE INFERÊNCIA ou MÉTODOS DE PROVA
Procedimento para cálculo de consequência lógica pela aplicação de regras de
inferência
Γ ⊢A (diz-se A é dedutível de Γ)
Fonte: Gênios da Ciência: Matemáticos, Luiz Carlos P. Marin (ed)., 2ª ed., SP, Duetto Editorial, 2012
Axiomatização: o que são axiomas?
Ernst Zermelo em 1908 fundou sua teoria de conjuntos sobre os axiomas abaixo
Do par ...
Da união ...
De separação ...
Do conjunto infinito ...
Das partes ...
Da substituição ...
P→q
q→r
Logo, p → r
Portanto, o tal criador coloca um axioma na lógica que reflete este princípio:
⊢ (p → q) (q → r) (p → r)
Axiomatização
a fórmula
(r s) → ((t v) → (r s))
(→1) p →(q → p)
(→2) (p →(q → r))→((p → q)→(p→r))
(1) p →(q →(p q))
(2) (p q) → p
(3) (p q) → q
(1) p → (p q)
(2) q → (p q)
(3) (p → r) → ((q → r) → ((p q) → r))
(1) (p → q) → ((p → q) → p)
(2) p → p
Modus Ponens
A → B, A
B
Axiomatização: dedução
Então, utilizamos os axiomas e as regras de inferência para fazer deduções.
Um Sistema Dedutivo permite deduzir as consequências semânticas de uma teoria.
1. É uma fórmula Ai de Γ ou
2. É uma instância de um axioma do sistema lógico ou
3. É obtida de fórmulas anteriores por Modus Ponens (regra de inferência)
Axiomatização: teorema
Um teorema A é uma fórmula, tal que existe uma dedução A1, ..., An que produz A.
⊢AAX
OU
⊢A
Identifica o método de inferência
Axiomatização: teorema da dedução
Exemplo + exercício
Axiomatização na computação
DEDUÇÃO NATURAL
Dedução Natural
Criada por Gentzen (1969) e refinada por Prawitz (1965).
Exercícios
Dedução Natural
MODUS TOLLENS
AB B
A
Não é uma regra primitiva da D.N., mas pode ser derivada de outras regras!
Dedução Natural
Introdução de implicação (I)i
Ao fazer introduzir uma implicação lógica, siga as regras:
2. As fórmulas dentro da “caixa” podem ser usadas apenas dentro da caixa, somente
dentro do escopo;
3. Qualquer fórmula concluída anteriormente à abertura da caixa pode ser usada dentro
da caixa, desde que não pertença a alguma caixa que já foi fechada.
FOI PROVADO
Tableaux Analíticos
Exemplo de marcação:
TA significa que a fórmula A foi assumida como verdadeira)
FB significa que a fórmula B foi assumida como falsa)
Cuidado!!!
T A → B a fórmula como um todo é verdadeira (e não apenas A)
Tableaux Analíticos
MÉTODO: passo 1 – MARCAR AS FÓRMULAS COM T ou F
Dado um sequente
B1 , …,Bn ⊢ A1 ,…,Am
1. 1.
2. α em 1
β em 1
3. α em 1
Tableaux Analíticos
MÉTODO: REGRAS DE EXPANSÃO α E β
Tableaux Analíticos
MÉTODO: passo 3 – EXPANDIR CADA RAMO ATÉ SATURAÇÃO
1.
3. α em 1
Tableaux Analíticos
MÉTODO: passo 4 – tableau está fechado?
Todos os ramos
estão fechados,
logo foi provado
Tableaux Analíticos
Todos os ramos
estão fechados,
logo foi provado
Tableaux Analíticos
O
O ramo aberto contém uma valoração que impede a prova (contra-exemplo):
v(p)=1 v(r)=0 v(q)=0
Tableaux Analíticos
Exercícios:
Silva, Finger e Melo pg. 55 ex. 2.10 até 2.13
PROPOSIÇÕES
Se CUBO então TEM SEIS FACES.
Se PIRÂMIDE DE BASE TRIANGULAR então TEM QUATRO FACES.
TEM SEIS FACES.
Tableaux Analíticos
Exercício 2:
PROPOSIÇÕES
Se CUBO então TEM SEIS FACES.
Se PIRÂMIDE DE BASE TRIANGULAR então TEM QUATRO FACES.
TEM SEIS FACES.
Tableaux Analíticos
Exercício 3:
Com estratégias...
FORMAS NORMAIS,
CLÁUSULAS DE HORN, SAT
Formas Normais
• Diversos algoritmos assumem que as fórmulas estão
na forma normal que pode ser
– conjuntiva (FNC) ou
– disjuntiva (FND)
SAT = satisfabilidade
Forma Normal Conjuntiva (FNC)
• FNC: transformar as fórmulas em uma conjunção de disjunções
(q p r) (r s) p
Notação clausal
forma geral
m
⋀ L1 L2 ... Ln k
k=1
ATENÇÃO: não confundir fórmula com uma cláusula vazia com fórmula sem cláusula.
Uma fórmula com zero cláusula é igual a constante T por convenção (k=0)
Algoritmo:
ENT: uma fórmula B
SAI: uma fórmula A na FNC tal que A B
SATISFABILIDADE
Uma fórmula proposicional é satisfazível se existe uma valoração para seus
átomos que a torne verdadeira.
PROBLEMA SAT
Dada uma fórmula, provar que existe uma valoração para seus átomos que a
torne verdadeira ou provar que não existe tal valoração e que, portanto, a
fórmula é insatisfazível.
Cláusulas de Horn
Exemplo (2 cláusulas): LP
Horn
((p q) → r) ((q s) → t)
equivalente à (na FNC):
(p q r) (q s t)
Cláusulas de Horn
Fatos: são cláusulas unitárias em que há um único literal e este
é positivo. Ex.: p T→ <cabeça>
(p1 ⋀ ... ⋀ pn → q)
LEMA 1
Se C é um conjunto de cláusulas de Horn sem nenhum fato, então C é satisfazível.
(considere a situação onde todos os átomos são F)
LEMA 2
C é um conjunto de cláusulas de Horn que contém um fato p.
C’ são cláusulas obtidas a partir de C removendo-se o literal p do corpo de
todas as cláusulas e todas as cláusulas que contém o literal p
(i.e. assume-se que p é true)
Então C C’.
Cláusulas de Horn: SAT
Algoritmo de verificação de satisfabilidade em LP
Algoritmo: HornSAT(C)
ENT: conjunto de cláusulas C
SAI: Verdadeiro se C é satisfazível, Falso, caso contrário.
// Casos base
1. Se ⊥ C retorne falso // se cláusula vazia pertence ao cjto C
2. Se C não contém fatos então retorne verdadeiro
1. C := Simplifica(C)
2. Enquanto ⊥ ∉ C e C de faça
2.1 Escolha um átomo p qualquer em C
2.2 C’ := Simplifica (C ⊔ {[p]})
2.3 Se ⊥ C’ então
2.3.1 C := Simplifica(C ⊔ {[p]})
2.4 se não
2.4.1 C:=C’
3. Se ⊥ C então
3.1 retorne FALSO
4. se não
4.2 retorne VERDADEIRO
Algoritmo: Simplifica(C)
ENT: conjunto de cláusulas C (na notação clausal)
SAI: Um conjunto de cláusulas C’ C sem cláusulas unitárias
1. C’ := C
2. Enquanto existe uma cláusula unitária [u] C’ faça
2.1 C’ := C’ – {[c], tal que u é um literal em [c]} // eliminar as cláusulas inteira s contendo u
2.2 Para toda cláusula c =[ u, c’] faça
2.2.1 C’ := C’ ⊔ {[c’]} – {c} // eliminar o literal u de todas as cláusulas
3. Retorne C’
3-SAT: NP-COMPLETO
(busca em tempo exponencial em f do tamanho da instância)
• Completude e decidibilidade
MÉTODO DA RESOLUÇÃO
RESOLUÇÃO
em FNC
{[p, q], [p]}
f. fem
[fem, menina] [fem] 6
7
[menina] [menina]
Γ U {} na FNC []
1. {[fund],
2. [fund , criança],
3. [criança , masc, menino], a cláusula vazia foi derivada, então é
4. [jardim , criança] deduzível da teoria Γ
5. [criança , fem menina],
6. [fem],
7. [menina]}
RESOLUÇÃO EM LÓGICA PROPOSICIONAL
Método utilizado pelo PROLOG e por provadores de teorema (ex. OTTER) pela
simplicidade
Exemplo:
p⊢pq
Não é possível aplicar a regra de resolução somente a cláusula [p],
mas é trivial ver que [p, q] é consequência lógica de [p].
Sempre que v(p)=1, v(p v q) = 1.