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Objectivos
No fim desta aula, os estudantes devem ser capazes de:
• Averiguar a existencia de limites através do cálculo de limites direccionais;
• Determinar, caso existam, os limites de funções de duas variáveis;
• Estudar a continuidade de funções de duas variáveis;
• Determinar as derivadas parciais de funções de várias variáveis.
. .
lim f (x, y) = a ou
x→x0
lim f (x, y) = a.
y→y0 (x,y)→(x0 ,y0 )
Simbolicamente se escreve:
√
lim f (x, y) = a ⇔ ∀ε > 0, ∃δ > 0, ∀P (x, y) ∈ E ⊆ R2 :
x→x
(x − x0 )2 + (y − y0 )2 < δ =⇒
0
y→y0
|f (x, y) − a| < ε.
x2 y
Exemplo 8. Usando a definição, mostre que x→x
lim =0
0
y→y0 x2 + y 2
Resolução
Avaliemos a desigualdade |f (x, y) − a| < ε , isto é,
2
xy √
− 0 < ε sempre que (x − 0)2 + (y − 0)2 < δ
x2 + y 2
2
xy √
Ora bem, 2 2
< ε sempre que x2 + y 2 < δ .
x +y
Observe que x2 ≤ x2 + y 2 e y 2 ≤ x2 + y 2 . Então,
2 2
x y (x + y 2 )y √
≤ = |y| ≤ x2 + y 2 < ε = δ
x2 + y 2 x2 + y 2
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2
seja, limite à esquerda de x0 lim f (x) e o limite à direita de x0 lim f (x) são dife-
x→x−
0 x→x+
0
rentes, então o limite lim f (x) não existe. A situação análaga para funções de duas variáveis
x→x0
é mais complicada porque no plano (R2 ) há uma infinidade de trajectórias ao longo das quais
o ponto (x, y) pode aproximar-se ao ponto fixo (x0 , y0 ). Portanto, se o limite da definição 6
existe, então f (x, y) tende para a, independentemente da trajectória escolhida.
Assim, em certas ocasiões, quando não consigamos calcular um limite, resulta útil tentarmos
demonstrar, se possível, que esse limite não existe. A demonstração pode realizar-se mediante
o cálculo de limites direccionais ou através da determinação de limites reiterados.
lim f = x=x
x→x0
lim f (x, y) = lim
x→x0
f (x, y) = lim
x→x0
f (x, y) = lim f (x, y) = a
0 x=x0 +m(y−y0 )2
y→y0 y→y0 y=y0 +m(x−x0 ) y=y0 +m(x−x0 )2 y→y0
(ii) se existem os limites lim f (x, y) = g(x) e lim f (x, y) = h(y), então os limites reiterados
y→y0 x→x0
são iguais a a, isto é,
( ) ( )
lim f (x, y) = lim lim f (x, y) = lim lim f (x, y) = a
x→x0 x→x0 y→y0 y→y0 x→x0
y→y0
Observação: Anote que as condições (i) e (ii) são somente necessárias, isto é, o seu cum-
primento não garante a existência do limite x→x
lim f (x, y).
0
y→y0
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3
2xy xy 2 xy 3
a) lim 2 b) lim 2 c) lim 2
x→0 x + y 2 x→0 x + y 4 x→0 x + y 6
y→0 y→0 y→0
Resolução
2xy 2mx2 2m
lim 2 2
= lim 2 2 2
= .
x→0 x + y
y→0
x→0 x + m x 1 + m2
2xy
Atendendo que o resultado do limite depende de m, concluímos que a função f (x, y) =
x2 + y2
não tem limite quando (x, y) → (0, 0).
xy 2 m2 x3 m2 x
lim = lim = lim = 0, ∀m ∈ R
x→0 x2 + y 4 x→0 x2 + m4 x4 x→0 1 + m4 x2
y→0
xy 2 m2 x3 m2 x
lim = lim = lim = 0.
x→0 x2 + y 4 x→0 x2 + m4 x4 x→0 1 + m4 x2
y→0
xy 2 my 4 m
lim 2 4
= lim 2 4 4
= 2
x→0 x + y y→0 m y + y m + 1
y→0
c) Observe que as condições necessárias (i) e (ii) são satisfeitas. Porém, ao considerar a direcção
x = my 3 , m ∈ R, obtem-se:
xy 3 my 6 m
lim = lim = 2 .
x→0 x2 + y 6 x→0 m2 y 6 + y 6 m +1
y→0
xy 2
Deste modo, o limite lim não existe
x→0 x2 + y 4
y→0
As propriedades de limites de funções de uma veriável podem ser estendidas para os limites de
várias variáveis. Entretanto, se podem evidenciar as seguintes propriedades:
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4
2) Se x→x
lim f (x, y) = 0 e g(x, y) é uma função limitada numa bola aberta de centro em
0
y→y0
lim f (x, y) · g(x, y) = 0
(x0 , y0 ), então x→x
0
y→y0
3) Se f é uma função de uma variável e continua num ponto a e g(x, y) é uma função tal
lim g(x, y) = a, então
que x→x
0
y→y0
( )
lim (f og)(x, y) = f
x→x0
lim g(x, y)
x→x0
= f (a)
y→y0 y→y0
3x2 y
a) lim ln(x2 + xy − 1) b) lim
x→1 x→0 x2 + y 2
y→2 y→0
Resolução ( ) ( )
a) lim ln(x2 +xy−1) = ln lim x2 + xy − 1 = ln lim x · lim x + lim x · lim y − lim 1 = ln 2
x→1 x→1 x→0 x→0 x→1 x→1 x→0
y→2 y→2 y→0 y→0 y→2 y→2 y→0
xy
b) Sejam f (x, y) = 3x e g(x, y) = . Então, lim f (x, y) = lim 3x = 0
x2 + y2 x→0
y→0
x→0
y→0
xy 1 x2 + y 2 1
g(x, y) é limitada pois g(x, y) = 2 2
≤ · 2 2
= , ∀(x, y) ∈ R2 .
x +y 2 x +y 2
3x2 y
Portanto, lim =0
x→0 x2 + y 2
y→0
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6
Resolução
a) Seja f (x, y) = x + y
∂f f (x + △x, y) − f (x, y) x + △x + y − (x + y) △x
= lim = lim = lim =1
∂x △x→0 △x △x→0 △x △x→0 △x
Exemplo 13. Usando o cáculo directo, ache as derivadas parciais das funções.
Resolução
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