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0.

1 Existência e Unicidade
Autora: Paulla Borges Avila da Silva
(Graduada em Ciências Exatas e Tecnológicas)

Quando vem em mente as equações diferenciais existem algumas perguntas que


podem ser feitas. Existe solução para a Equação Diferencial e quais as condições sobre f
para que uma solução da equação (??) exista? Se a solução existe, ela é única? Como
pode ser determinada uma solução de uma equação diferencial?
Para responder as duas primeira perguntas, será necessário utilizar o Teorema
(0.1), denominado Teorema da existência e unicidade ou Teorema de Picard. Aqui, apre-
sentaremos a demonstração do Teorema de Picard para o caso unidimensional. Esta
demonstração foi baseada nas seguintes literaturas (Guidorizzi, 2000; Figueiredo, 2007;
Malaquias, 2018).
Cabe salientar que existe uma versão mais geral do Teorema (0.1)que pode ser
encontrada no (Sotomayor, 1979). Aqui, será apresentada uma versão do Teorema de
Picard para R2 .
df
Teorema 0.1. Seja f : Ω ⊂ R2 −→ R, Ω aberto, e seja (x0 , y0 ) ∈ Ω. Suponha que f e
dy
sejam contı́nuas em Ω. Então existe uma única solução para o problema de valor inicial

y 0 = f (x, y), y(x0 ) = y0 .

Em outras palavras, o Teorema (0.1) garante as condições em que podem-se ter


a existência e a unicidade de uma equação diferencial ordinária.
Para a demonstração do Teorema (0.1) será apresentado um conjunto de lemas.

Lema 0.1. Considere a equação

y 0 = f (x, y), (1)

onde f : Ω ⊂ R2 −→ R é contı́nua no aberto Ω. Seja (x0 , y0 ) ∈ Ω. A partir destas


condições, y = y(x), x ∈ I, será uma solução satisfazendo a condição inicial y(x0 ) = y0 ,
com x0 no intervalo I, se, e somente se
Zx
y(x) = y0 + f (s, y(s))ds ∀x ∈ I.
x0

Demonstração. =⇒] Tem-se que f : Ω ⊂ R2 −→ R é contı́nua no aberto Ω. Suponha que


y = y(x), x ∈ I é solução da EDO y 0 = f (x, y). Isto é,

y 0 (x) = f (x, y(x)),

integrando de x0 a x a equação obtém-se


Zx Zx
0
y (x)dx = f (s, y(s))ds,
x0 x0

segue que pelo Teorema Fundamental do Cálculo a solução é dada por


Zx
y(x) = f (s, y(s))ds + c. (2)
x0

Sabendo que y(x0 ) = y0 , substituindo em (2), é encontrado que c = y0 . Assim,


Zx
y(x) = y0 + f (s, y(s))ds.
x0

⇐=]. Suponha que y(x) é dada por


Zx
y(x) = y0 + f (s, y(s))ds. (3)
x0

Deseja-se mostrar que (3) é solução do PVI

 dy = f (x, y)

dx
 y(x ) = y .
0 0

Assim,
Zx
0
(y(x)) = (y0 + f (s, y(s))ds)0
x0
0
y (x) = f (x, y(x)).

Supondo y(x) = y, tem-se y 0 = f (x, y).

2
∂f
Lema 0.2. Sejam f : Ω ⊂ R2 −→ R, Ω aberto, uma função contı́nua tal que é,
∂y
também, contı́nua em Ω e (x0 , y0 ) ∈ Ω. Suponha que Ω aberto, e, assim, existem a > 0 e
b > 0 tais que o retângulo

Q = {(x, y) | x0 − a ≤ x ≤ x0 + a, y0 − b ≤ y ≤ y0 + b}

está contido em Ω. Então f é Lipschitziana em relação a segunda variável sobre o


retângulo Q, ou seja, existe uma constante K > 0 tal que f satisfaz

| f (x, y1 ) − f (x, y2 ) |≤ K | y1 − y2 |, ∀(x, y1 ), (x, y2 ) ∈ Q.

∂f ∂f
Demonstração. Como é contı́nua em Ω, consequentemente é também contı́nua em
∂y ∂y
∂f
Q. Pelo Teorema de Weierstrass (Lima, 1976), se Q é fechado tem-se que é limitada,
∂y
logo existe uma constante K > 0 tal que

∂f
(x, y) ≤ K,
∂y

para todo (x, y) em Q. Agora são considerados dois pontos quaisquer (x, y1 ) e (x, y2 ) do
retângulo Q. Segue do Teorema do Valor Médio (Lima, 1976),

∂f
f (x, y1 ) − f (x, y2 ) = (x, s)(y1 − y2 ),
∂y

para algum s entre y1 e y2 . Aplicando o módulo em ambos os lados da igualdade teremos

∂f
| f (x, y1 ) − f (x, y2 ) |= (x, s) | y1 − y2 | .
∂y

Assim,
| f (x, y1 ) − f (x, y2 ) |≤ K | y1 − y2 | .

Lema 0.3. Seja f : Ω ⊂ R2 −→ R, Ω aberto, contı́nua e seja (x0 , y0 ) ∈ Ω. Considere


a > 0 e b > 0 tais que o retângulo

Q = {(x, y) | x0 − a ≤ x ≤ x0 + a, y0 − b ≤ y ≤ y0 + b}

3
esteja contido em Ω. Seja M > 0 tal que

| f (x, y) |≤ M, em Q

(Tal M existe, pois f é contı́nua em Q).


Considere r > 0, tal que

r≤a e M r ≤ b.

Seja yn−1 = yn−1 (x), x0 − r ≤ x ≤ x0 + r, contı́nua e cujo gráfico esteja contido


em Q, seja agora
yn = yn (x), x0 − r ≤ x ≤ x0 + r

dada por
Zx
yn (x) = y0 + f (s, yn−1 (s))ds.
x0

Com estas premissas, o gráfico de yn = yn (x) também está contido em Q.

Demonstração. Para demonstrar que o gráfico de yn está contido em Q, conforme Fig.


2.1, é suficiente provar que

| yn (x) − y0 |≤ b, ∀x ∈ [x0 − r, x0 + r].

Figura 1: Gráfico de yn contido no retângulo Q

Sabendo que para todo x no intervalo x0 − r ≤ x ≤ x0 + r


Zx
yn (x) − y0 = f (s, yn−1 (s))ds. (4)
x0

4
Aplicando módulo em ambos os lados da igualdade (4) encontra-se

Zx
| yn (x) − y0 | = f (s, yn−1 (s))ds
x0
Zx
≤ |f (s, yn−1 (s))| ds. (5)
x0

Sabendo que para todo s ∈ [x0 − r, x0 + r]

(s, yn−1 (s)) ∈ Q.

Assim,

| f (s, yn−1 (s)) |≤ M, (6)

para todo [x0 − r, x0 + r]. Agora, integrando ambos os lados da inequação (6) e pela
desigualdade (5) encontra-se
Zx
| yn (x) − y0 |≤ M ds ,
x0

para todo x ∈ [x0 − r, x0 + r]. Assim, para todo x no intervalo x0 − r ≤ x ≤ x0 + r, tem-se

| yn (x) − y0 |≤ M | x − x0 | .

Logo,
| yn (x) − y0 |≤ M r ≤ b.

Teorema 0.2 (Teorema da Existência). Sejam f : Ω ⊂ R2 −→ R, e (x0 , y0 ) ∈ Ω.


df
Supondo que f e são contı́nuas em Ω. Nestas condições, a equação
dy

y 0 = f (x, y),

admite uma solução y = y(x) definida em um intervalo [x0 − r, x0 + r] e satisfazendo a


condição inicial y(x0 ) = y0 .

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Demonstração. Considere f : Ω ⊂ R2 −→ R, r > 0 e (x0 , y0 ) de acordo com Lema (0.3).
Seja a função constante

y0 (x) = y0 , x ∈ [x0 − r, x0 + r]. (7)

A função (7) é contı́nua e seu gráfico está contido em Q. Seja agora, a sequência
de funções, tal que (yn (x))n ≥ 0
Zx
y0 (x) = y0 e yn (x) = y0 + f (s, yn−1 (s))ds, n ≥ 1, (8)
x0

para todo x ∈ [x0 − r, x0 + r]. Nota-se que para todo n ≥ 1, o gráfico de yn está contido
em Q. A sequência definida em (8) é denominada sequência de Picard para o problema

 y 0 = f (x, y)
(9)
 y(x ) = y .
0 0

Para demonstrar a existência de solução para o problema (9), é necessário mostrar


que a sequência (8) converge uniformemente a função y = y(x), ∀ x ∈ [x0 − r, x0 + r],
além disso a função y é solução de (9).
Com efeito, sejam f : Ω ⊂ R2 −→ R, Ω aberto e (x0 , y0 ) ∈ Ω. Suponha que
∂f
f e são contı́nuas em Ω. Considere r e Q como no Lema (0.3). Seja K segundo o
∂y
Lema (0.2). Buscando mostrar que a sequência de Picard (8) converge uniformemente em
[x0 − r, x0 + r], considera-se a série

+∞
X
y0 + [yn (x) − yn−1 (x)]. (10)
n=1
Tem-se que, para todo n ≥ 1,
n
X
yn (x) = y0 + [yk (x) − yk−1 (x)].
k=1

Assim, a sequência (8) será uniformemente convergente no intervalo [x0 −r, x0 +r],
caso a série (10) também seja (Guidorizzi, 2000).
Para isso, precisa-se provar que
+∞
X
[yn (x) − yn−1 (x)], (11)
n=1

6
é uniformemente convergente no intervalo [x0 − r, x0 + r].
De fato, considere M como o valor máximo de

| y1 (x) − y0 (x) |,

em [x0 − r, x0 + r]. Como y1 e y0 são contı́nuas fica garantida a existência desse máximo.
Assim, pode-se dizer que

| y1 (s) − y0 (s) |≤ M ∀ s ∈ [x0 − r, x0 + r]. (12)

Do Lema (0.2) tem-se

| f (x, yn (s)) − f (x, yn−1 (s)) |≤ K | yn (s) − yn−1 (s) |, (13)

para todo s ∈ [x0 − r, x0 + r].


Tendo
Zx
y2 (x) − y1 (x) = [f (s, y1 (s)) − f (s, y0 (s))]ds,
x0
segue que,
Zx
| y2 (x) − y1 (x) | = [f (s, y1 (s)) − f (s, y0 (s))]ds
x0
Zx
≤ | f (s, y1 (s)) − f (s, y0 (s)) | ds,
x0

para todo x ∈ [x0 − r, x0 + r]. De (13),


Zx
| y2 (x) − y1 (x) |≤ K | y1 (s) − y0 (s) | ds ,
x0

logo, por meio de (12) chega-se em

| y2 (x) − y1 (x) |≤ M K | x − x0 |, ∀x ∈ [x0 − r, x0 + r]. (14)

Tendo
Zx
y3 (x) − y2 (x) = [f (s, y2 (s)) − f (s, y1 (s))]ds,
x0

7
encontra-se,
Zx
| y3 (x) − y2 (x) |≤ K | y2 (s) − y1 (s) | ds , ∀x ∈ [x0 − r, x0 + r].
x0

De (14),
Zx
| y3 (x) − y2 (x) |≤ KM K | s − x0 | ds
x0

Zx
2
≤ MK | s − x0 | ds .
x0

Resolvendo a integral, chega-se em

| x − x0 |2
| y3 (x) − y2 (x) |≤ M K 2 ∀ x ∈ [x0 − r, x0 + r].
2

Continuando com o raciocı́nio, conclui-se que

| x − x0 |n−1
| yn (x) − yn−1 (x) |≤ M K n−1 ∀x0 − r ≤ x ≤ x0 + r.
(n − 1)!

Como no intervalo considerado | x − x0 |≤ r, encontrando

(Kr)n−1
| yn (x) − yn−1 (x) |≤ M ,
(n − 1)!

para todo n ≥ 1 e para todo x0 − r ≤ x ≤ x0 + r. A série numérica


+∞
X (Kr)n−1
,
n=1
(n − 1)!

é convergente, dessa forma pode-se dizer pelo teste de Weierstrass (Lima, 1976), que a
série
+∞
X
[yn (x) − yn−1 (x)],
n=1

é uniformemente convergente no intervalo [x0 − r, x0 + r].


Resulta que a sequência de Picard
Zx
yn (x) = y0 + f (s, yn−1 (s))ds, (15)
x0

8
converge uniformemente em [x0 − r, x0 + r].
Considere y = y(x), com x ∈ [x0 − r, x0 + r], dada por

y(x) = lim yn (x). (16)


n→∞

Para concluir basta demonstrar que


Zx
y(x) = y0 + f (s, y(s))ds, ∀x ∈ [x0 − r, x0 + r].
x0

De (15),
Zx
lim yn (x) = y0 + lim f (s, yn−1 (s))ds,
n→∞ n→∞
x0

logo,
Zx
y(x) = y0 + lim f (s, yn−1 (s))ds. (17)
n→∞
x0

Para permutar os sı́mbolos


Zx
lim e ,
n→∞
x0

é necessário mostrar a convergência uniforme da sequência

f (s, yn−1 (s)), n≥1

em [x0 − r, x0 + r]. O gráfico da função (16), y = y(x), com x ∈ [x0 − r, x0 + r] está


contido no retângulo Q, pois como yn (x) ∈ [y0 − b, y0 + b], para todo n natural e para todo
x ∈ [x0 − r, x0 + r], lembrando-se que y(x) é o limite de yn (x) quando n tende ao infinito.
Assim, de (13), tem-se

| f (x, yn−1 (s)) − f (x, y(s)) |≤ K | yn−1 (s) − y(s) |,

para todo n ≥ 1 e para todo s no intervalo [x0 − r, x0 + r]. A convergência uniforme


de f (x, yn−1 (s)) a f (x, y(s)) fica garantida pela convergência uniforme de yn−1 (s) a y(s).
Assim, a Eq. (17) se torna
Zx
y(x) = y0 + [ lim f (s, yn−1 (s))]ds.
n→∞
x0

9
Sabendo que
lim f (s, yn−1 (s)) = f (s, y(s)).
n→∞

Conclui-se
Zx
y(x) = y0 + f (s, y(s))ds ∀x ∈ [x0 − r, x0 + r]. (18)
x0

Pelo Lema (0.1) sabe-se que y = y(x) da forma (18), com x ∈ [x0 − r, x0 + r], é solução
da equação
y 0 = f (x, y),

e satisfaz a condição inicial y(x0 ) = y0 .

Teorema 0.3 (Teorema da Unicidade). Seja f : Ω ⊂ R2 −→ R, Ω aberto, e seja (x0 , y0 ) ∈


∂f
Ω. Supondo que f e contı́nuas em Ω. Então existe uma única solução para o problema
∂y
de valor inicial

 dy = f (x, y)

dx (19)
 y(x ) = y .
0 0

Demonstração. Sejam
y1 = y1 (x), x∈I

e
y2 = y2 (x), x∈J

onde I e J são intervalos abertos contendo x0 , duas soluções da equação

y 0 = f (x, y),

e tais que
y1 (x0 ) = y2 (x0 ) = y0 .

Querendo mostrar que existe um d > 0 tal que

y1 (x) = y2 (x) em [x0 − d, x0 + d].

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Seja Q o retângulo dado por

Q = {(x, y) | x0 − a ≤ x ≤ x0 + a, y0 − b ≤ y ≤ y0 + b},

da continuidade de y1 e y2 segue que existe d1 > 0, com d1 ≤ a, tal que

(x, y1 (x)) e (x, y2 (x)),

pertencem ao retângulo Q, para todo x no intervalo [x0 − d1 , x0 + d1 ]. Pelo Lema (0.2),


tem-se que existe um K > 0 tal que

| f (x, y1 (s)) − f (x, y2 (s)) |≤ K | y1 (s) − y2 (s) |, (20)

para todo s ∈ [x0 − d1 , x0 + d1 ].


Considere d > 0 tal que

d ≤ d1 e Kd < 1. (21)

Como y1 = y1 (x) e y2 = y2 (x) são soluções do problema de valor inicial (19), então
y1 (x0 ) = y2 (x0 ) = y0 . Além disso, pelo Lema (0.1)
Zx
y1 (x) = y0 + f (s, y1 (s))ds (22)
x0

e
Zx
y2 (x) = y0 + f (s, y2 (s))ds, ∀ x ∈ [x0 − d, x0 + d]. (23)
x0

Fazendo a diferença das Eqs. (22) e (23), tem-se


Zx
y1 (x) − y2 (x) = [f (s, y1 (s)) − f (s, y2 (s))]ds. (24)
x0

Aplicando módulo na Eq. (24), obtém-se

Zx
| y1 (x) − y2 (x) |= [f (s, y1 (s)) − f (s, y2 (s))]ds , (25)
x0

11
para todo x ∈ [x0 − d, x0 + d]. Sabendo que

Zx Zx
[f (s, y1 (s)) − f (s, y2 (s))]ds ≤ | [f (s, y1 (s)) − f (s, y2 (s))] | ds ≤
x0 x0

Zx
≤ | [f (s, y1 (s)) − f (s, y2 (s))] | ds ∀ x ∈ [x0 − d, x0 + d].
x0

Assim,
Zx
| y1 (x) − y2 (x) |≤ | [f (s, y1 (s)) − f (s, y2 (s))]ds | . (26)
x0

Das equações (20) e (26) tem-se

Zx
| y1 (x) − y2 (x) |≤ K | y1 (s) − y2 (s) | ds . (27)
x0

Considere agora,

M1 = max{| y1 (x) − y2 (x) || x ∈ [x0 − d, x0 + d]}.

Assim,
| y1 (s) − y2 (s) |≤ M1 ∀s ∈ [x0 − d, x0 + d]. (28)

De (27) e (28),
| y1 (x) − y2 (x) |≤ KM1 | x − x0 |,

e, portanto,
| y1 (x) − y2 (x) |≤ KM1 d ∀x ∈ [x0 − d, x0 + d].

Logo,
M1 ≤ KdM1 ,

pois M1 é o máximo de | y1 (x) − y2 (x) | em [x0 − d, x0 + d].


Se M1 6= 0, resulta
1 ≤ Kd,

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isso é um absurdo, visto que foi considerado que Kd < 1, consequentemente M1 = 0.
Logo,
| y1 (x) − y2 (x) |= 0,

em [x0 − d, x0 + d]. E, portanto,


y1 (x) = y2 (x),

neste intervalo.

Já para o último questionamento pode-se dizer que determinar uma solução de
uma equação diferencial é algo ”similar”ao cálculo de uma integral e sabe-se que há
integrais que não possuem primitivas, como por exemplo as integrais elı́pticas. Assim,
não é de esperar que todas as equações diferenciais possuam soluções explı́citas.
Vale destacar que este tópico de EDO foi estudado durante o projeto de iniciação
cientı́fica, Métodos Numéricos Aplicados na Engenharia, com a orientação do professor
Jarbas Alves Fernandes.
Na seção 2.6 estudou-se o problema da propagação da podridão em maçãs. Para
este fim, na próxima seção será estudada de forma sucinta a equação logı́stica contı́nua.

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Referências Bibliográficas

D. G. d. Figueiredo. Equações Diferenciais Aplicadas. Rio de Janeiro, 2007.

H. L. Guidorizzi. Um Curso de Cálculo. Grupo Gen-LTC, Rio de Janeiro, 5 edition, 2000.

E. L. Lima. Curso de análise. Instituto de Matemática Pura e Aplicada, Rio de Janeiro,


8 edition, 1976.

G. A. P. Malaquias. O método de runge-kutta para equações diferenciais ordinárias, 2018.

J. M. Sotomayor. Lições de equaçoes diferenciais ordinárias. Rio de Janeiro: Instituto de


Matemática Pura e Aplicada, 7 edition, 1979.

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