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Desafio 5
b) Se θ(x0 ), θ(x0 + ∆x), α(y0 ) e α(y0 + ∆y) são ângulos tais que valha a aproximação de pequenos
ângulos, temos
1
Por fim, como observação, podemos escrever as outras tangentes como:
tan(θ(x0 + ∆x))ȳ ≈ ∂x z x0 +∆x,ȳ
tan(α(y0 + ∆y))x̄ ≈ ∂y z x̄,y +∆y
0
tan(α(y0 )) x̄ ≈ ∂y z x̄,y0
Fz (x̄, ȳ) ≈ T ∆y[∂x z(x0 + ∆x, ȳ) − ∂x z(x0 , ȳ)] + T ∆x[∂y z(x̄, y0 + ∆y) − ∂y z(x̄, y0 )] (2)
e) O elemento de massa em questão tem massa ∆m = σ∆x∆y. Assim sendo, podemos usar a equação
(2) e escrever a lei de Newton:
σ∆x∆y∂t2 z(x̄, ȳ) = Fz (x̄, ȳ) = T ∆y[∂x z(x0 + ∆x, ȳ) − ∂x z(x0 , ȳ)] + T ∆x[∂y z(x̄, y0 + ∆y) − ∂y z(x̄, y0 )]
2 T ∂x z(x0 + ∆x, ȳ) − ∂x z(x0 , ȳ) ∂y z(x̄, y0 + ∆y) − ∂y z(x̄, y0 )
=⇒ ∂t z(x̄, ȳ) = +
σ ∆x ∆y
Tomando, agora, o limite, temos:
2. a) Para demonstrar o que foi pedido, verificamos que a função dada pelo enunciado a menos de
uma constante soluciona, de fato, a equação (3):
−Akx ,ky ω 2 eiωt+ikx x+iky y = −Akx ,ky v 2 [kx2 eiωt+ikx x+iky y + ky2 eiωt+ikx x+iky y ]
exp(iωt+ikx x+iky y)̸=0
⇐==============⇒ ω 2 = v 2 (kx2 + ky2 ) (4)
Ou seja, se os valores de kx , ky e ω obedecem à equação (4), então a equação (3) também é solucionada.
b) A grande diferença é que, uma vez fixado ω, k, a menos de um sinal, também o seria no caso
unidimensional. Nesse caso, no entanto, fixado ω, kx e ky podem assumir quaisquer valores em uma
circunferência no plano em torno da origem e de raio ω/v. Portanto, há infinitas combinações possı́veis
de kx e ky para cada ω.]
c) As arestas do sistema são constituı́das dos pontos em que uma coordenada é 0 ou L. Assim sendo
e uma vez que, nesses pontos, o valor de z deve ser 0, podemos escrever as seguintes condições:
∀y∀t z(0, y, t) = 0
∀y∀t z(L, y, t) = 0
∀x∀t z(x, 0, t) = 0
2
∀x∀t z(x, L, t) = 0
em que, é claro, por convenção, (x, y) ∈ [0, L] × [0, L].
z(0, y, t) = cos(ωt)[akx ,ky cos(ky y) + bkx ,ky sin(ky y)] + sin(ωt)[ekx ,ky cos(ky y) + fkx ,ky sin(ky y)] = 0
z(x, y, t) = dkx ,ky cos(ωt) sin(kx x) sin(ky y) + hkx ,ky sin(ωt) sin(kx x) sin(ky y) (5)
f ) Primeiramente, qualquer solução da equação (3) pode ser escrita como uma série infinita de com-
binações lineares dos termos que aparecem na equação 4 do desafio. As condições de contorno, impostas
sobre cada termo da soma como foram para um termo nos exercı́cios d e e – isto é, assumindo que a
série é bem comportada e converge sem problemas –, garantem que os únicos termos restantes sejam os
proporcionais a cos(ωt) sin(kx x) sin(ky y). Podemos, agora, impor as últimas condições de contorno:
h i
∀y∀t z(L, y, t) = dkx ,ky cos(ωt) sin(kx L) sin(ky y) = 0
nn π o
x
=⇒ kx ∈ : nx ∈ N (6)
L
e, semelhantemente, h i
∀x∀t z(x, L, t) = dkx ,ky cos(ωt) sin(kx x) sin(ky L) = 0
nn π o
y
=⇒ ky ∈ : ny ∈ N (7)
L
Podemos, portanto, indexar os coeficientes com nx e ny , substituir todos os possı́veis valores de kx e
ky encontrados em (6) e (7) e, lembrando que, se nx ou ny forem iguais a zero, o termo todo se anula
por conta da dependência em forma de seno, podemos finalmente escrever a série de Fourier para z da
seguinte forma:
+∞ n πx n πy
x y
X
z(x, y, t) = anx ,ny cos(ωt) sin sin
nx ,ny =1
L L
∂x2 u = ∂x {∂x u} = ∂x ∂r u∂x r + ∂θ u∂x θ = ∂x {∂r u}∂x r + ∂r u∂x2 r + ∂x {∂θ u}∂x θ + ∂θ u∂x2 θ
3
∂x2 u = ∂r2 u(∂x r)2 + 2∂r ∂θ u∂x r∂x θ + ∂θ2 u(∂x θ)2 + ∂r u∂x2 r + ∂θ u∂x2 θ (8)
assumindo que as derivadas parciais de u comutam.
b) Usando a equação (8), sua variação para y e as expressões dadas em 10 no desafio, podemos
escrever:
2 2 2
2 2 x xy 2 y y 2xy
∂x u = ∂r u 2 + 2∂r ∂θ u − 3 + ∂θ u 4 + ∂r u 3 + ∂θ u
r r r r r4
e 2 2 2
2 2 y xy 2 x x 2xy
∂y u = ∂r u 2 + 2∂r ∂θ u 3 + ∂θ u 4 + ∂r u 3 + ∂θ u − 4
r r r r r
o que implica
:0 2 :0
x2 + y 2 x + y2
2
x + y2
xy xy 2xy 2xy
∂x2 u+∂y2 u = ∂r2 u + 2∂ ∂ u
r θ 3 − 2∂ ∂
r θ u +∂θ
2
u +∂r u + ∂ u
θ − ∂θ u
r2 r
r3 r4 r3 r 4 r4
x2 +y 2 =r 2 1 1
=======⇒ ∂x2 u + ∂y2 u = ∂r2 u + ∂r u + 2 ∂θ2 u (9)
r r
1 ω2
∂r2 R(r) + ∂r R(r) = − 2 R(r) (10)
r v
e
∂t2 S(t) = −ω 2 S(t)
que é a equação do oscilador harmônico. Como provado inúmeras vezes no decorrer do curso, sua solução
geral, nos reais, é da forma S(t) = A cos(ωt) + B sin(ωt).
e) Para provar o que foi pedido, observa-se que, sendo a equação linear, provar que um múltiplo de
R(r) (exceto por 0 · R(r), é claro) satisfaz a equação é equivalente a provar que R(r) a satisfaz. Portanto,
podemos descartar a constante A. Além disso, definimos Rn (r) como cada termo da série dada para
J0 (ωr/v), ou seja:
(−1)n ω 2n
Rn (r) ≡ r
(n!)2 2v
o que é feito somente para facilitar as contas.
Com isso, calculamos, pois, as derivadas de R, termo a termo, assumindo convergência:
(−1)n ω 2n
∂r Rn (r) = (2nr2n−1 ), n⩾1
(n!)2 2v
em que se indica que a fórmula é válida somente quando n ⩾ 1 porque R0 (r) = 1, isto é, constante,
e sua derivada é nula. Portanto, sendo o resultado final uma série, podemos eliminar o resultado nulo
e reindexar os termos de forma que ∂r Rn+1 → ∂r Rn , ou seja, substituindo n na expressão por n + 1,
chegando a:
4
(−1)n+1 ω 2n+2
(2n + 2)r2n+1 ,
∂r R(r) = 2
n⩾0 (11)
(n + 1!) 2v
Derivando (11) mais uma vez, chegamos a:
(−1)n+1 ω 2n+2
∂r2 R(r) = (2n + 2)(2n + 1)r2n ,
2
n⩾0 (12)
(n + 1!) 2v
em que nenhum termo é abandonado porque a potência mı́nima de ∂r R é r1 , ou seja, não há termos
constantes.
Podemos, agora, passar o termo do lado direito da equação (10) para o esquerdo e calcular a soma
dos três termos:
+∞ +∞ +∞
1 ω2 X 1X ω2 X
∂r2 R(r) + ∂r R(r) + 2 R(r) = ∂r2 Rn (r) + ∂r Rn (r) + 2 Rn (r)
r v n=0
r n=0 v n=0
+∞ +∞
ω2
X
X
2 1
= ∂r Rn (r) + ∂r Rn (r) + 2 Rn (r) = Sn (r),
n=0
r v n=0
com
1 ω2
Sn (r) ≡ ∂r2 Rn (r) + ∂r Rn (r) + 2 Rn (r)
r v
Provamos, agora, que Sn (r) = 0 para todo n ⩾ 0:
∴ Sn (r) = 0
Sendo cada termo do somatório, pois, nulo, a soma também o é, o que prova que R obedece à equação
(10) e, como já dito, qualquer de seus múltiplos de forma AJ0 (ωr/v).
f ) Seja I o conjunto com o qual o conjunto das raı́zes de J0 é indexado. Sendo a membrana circular
fixa em seu entorno, u deve ser constante para r = L, se L é o raio do cı́rculo. Como as equações são todas
lineares e homogêneas, podemos sempre escolher as constantes de u de forma que a constante citada seja
0 nos extremos. Portanto, temos:
∀t u(L, t) = 0 (13)
Agora, sabe-se dos exercı́cios d e e que uma função do tipo u(r, t) = C(A cos(ωt) + B sin(ωt))J0 ωv r
soluciona a equação de onda e todas as demais. Se, no entanto, impormos a condição (13) sobre u,
vemos que, visto que seno e cosseno são linearmente independentes e não desejamos a solução trivial, é
necessário que J0 se anule, ou seja:
ωL
∈ {αn : n ∈ I}
v
r
T αn
=⇒ ωn = (14)
σ L
sendo que aqui foi construı́do um conjunto indexado da mesma forma que as raı́zes da função de Bessel
de que cada possı́vel frequência é um elemento.
5
ω
n
∀r ∂t u(r, 0) = ωn BCJ0 r = 0 =⇒ B = 0
v
uma vez que, enquanto houver constantes multiplicativas, a solução trivial sempre será contemplada.
Agora, assim como foi dito no exercı́cio 2.f , as soluções gerais sempre podem ser escritas como
séries nos modos normais já obtidos aqui. Além disso, todas as condições impostas continuam válidas
e, portanto, todas as soluções são séries da forma cos(ωn t)J0 ωvn r . Podemos, portanto, escrever uma