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Faculdade Metropolitana de

Graduação em Engenharia Civil – Pontes e Grandes Estruturas

Pontes e Grandes
Estruturas

1
Prof. MSc. Jean Carlos Ramos
Faculdade Metropolitana de
Graduação em Engenharia Civil – Pontes e Grandes Estruturas

Ementa:

 Introdução, conceituação e classificação das pontes.


 Normas técnicas, ações nas pontes.
 Sistemas estruturais, análise tipológica e construtiva.
 Pré-dimensionamento e cálculo de superestruturas.
 Infraestrutura, pilares, encontros, fundações e aparelhos de apoio.
 Galerias, tipologia, pré-dimensionamento e cálculo.
 Considerações sobre superestrutura em lajes celulares e em grelha.
 Estruturas de contenção.

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Bibliografia:

 PFEIL, Walter. Pontes em concreto armado: elementos de projetos,


solicitações, dimensionamento / Walter Pfeil. — Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos, 1979.
 CARVALHO, Roberto Chust. Estruturas em concreto protendido: pós-
tração, pré-tração e cálculo e detalhamento. São Paulo: PINI, 2012.
 MARTHA, Luiz Fernando. Análise de estruturas: conceitos e métodos
básicos. Rio de Janeiro: Campus, 2010.
 XEREZ NETO, Jary de. Pavimentos de concreto para tráfego de
máquinas ultra pesadas. São Paulo: PINI, 2013.
 BRASIL, Reyolando M. L. R. F.; SILVA, Marcelo Araújo da.
Introdução à dinâmica das estruturas. São Paulo: Edgard Blucher,
2013.
 MARCHETTI, Osvaldemar. Pontes de concreto armado. São Paulo:
Edgard Blücher, 2008.
 PINHO, Fernando Ottoboni; BELLEI, Ildony. Pontes e viadutos em
vigas mistas. São Paulo: PINI, 2007. (Manual de construção em aço)3
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Avaliações:

Média final = (M1 + M2) / 2


M1 = (P1 + N1) / 2
P1 = Avalição valendo 8,0 pontos, mas 2,0 pontos atividades transversal
N1 = Avaliação valendo 10,0 pontos.

M2 = (P2 + N2) / 2
P2 = Avalição valendo 10,0 pontos
N2 = Avaliação valendo 10,0 pontos.

Aluno com média final maior que 4,0 pontos e menor que 4,99 pontos tem
direto a exame especial, uma avaliação valendo 10,0 pontos.
Se realizado esse exame especial, a nota final será dado ela media das
notas do Exame especial e Média final

Nota final = (Mf +Es) / 2

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PRÉ-REQUISITOS
• TEORIA DAS ESTRUTURAS (DETERMINAÇÃO DE ESFORÇOS
INTERNOS: ESFORÇO NORMAL, ESFORÇO CORTANTE, MOMENTO
FLETOR E MOMENTO TORÇOR)
• CONCRETO ARMADO (DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO)
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PRÉ-REQUISITOS
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PONTE RIO NEGRO- AMAZONAS


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PONTE JK- DISTRITO FEDERAL BRASIL


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USINA HIDROELÉTRICA ITAIPU- BRASIL


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BARRAGEM HOOVER - EUA


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PONTE DE MILAU- FRANÇA


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PONTE RIO ZHIJINGHE- CHINA


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PONTE SANTIAGO CALATRAVA- CANADÁ


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PONTE MAKINACK- MICHIGAM-EUA


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PONTE BENJAMIN CONSTANT – MANAUS, BRASIL


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PONTE DU GARD - FRANÇA


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PONTE RIO-NITERÓI - BRASIL


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Dados interessantes:

Para fixar vale relacionar alguns dos maiores vãos atualmente


existentes:

• Viga de concreto: 301m (Stolmasundet, Noruega, 1998)


• Viga de aço: 300m (Rio-Niterói, Brasil, 1974)
• Treliça de aço: 549m (Quebec, Canadá, 1917)
• Arco de concreto: 390m (Krk, Croácia, 1980)
• Arco de aço: 510m (New River Gorge, USA, 1977)
• Estaiada de concreto: 530m (Skarnsund, Noruega, 1991)
• Estaiada de aço: 404m (Saint Nazaire, França 1998)
• Estaiada de aço/concreto: 890m (Tatara, Japão 1999)
• Pênsil de aço: 1990m (Akashikaikyo, Japão1998)
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Ementa
• Introdução;
• Classificação das Pontes;
• Ações atuantes;
• Sistemas estruturais;
• Seções Transversais;
• Superestrutura das pontes de concreto;
• Mesoestrutura;
• Infraestrutura;
• Processos Construtivos.
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Aula 01
• Definições;
• Contexto Histórico;
• Características Particulares;
• Nomenclatura;
• Classificação.
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Projeto de Pontes e Grandes


Estruturas
OBRA QUE ATENDA
MATERIAIS E ÀS FUNÇÕES
CONDIÇÕES LOCAIS
TÉCNICAS PREVIAMENTE
DEFINIDAS
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Projeto de Pontes e Grandes


Estruturas
Segurança

Estética Economia
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Conceito de Ponte

Funcionalidade
Uma ponte deverá satisfazer as exigências de tráfego, vazão,
usuários, etc.

Segurança e Durabilidade
Os materiais constituintes solicitados por esforços que neles
provoquem tensões menores que as admissíveis ou que
possam provocar ruptura. Deve atender as exigências de uso
em um certo tempo.

Estética
Atender à arquitetura e ambiente.
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Concepção de pontes:
conhecimentos
• Teoria das Estruturas;
• Concreto Armado e Protendido;
• Mecânica dos Solos;
• Geologia;
• Hidráulica e Hidrologia;
• Materiais;
• Topografia;
• Estradas;
• Fundações.
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Concepção de pontes

•MATERIAIS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS


EXIGÊNCIAS, QUALIDADES E LIMITAÇÕES

• TIPOS ESTRUTURAIS
FORMA GEOMÉTRICA COMPORTAMENTO
DEFORMAÇÃO
CARGAS
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Definições
Ponte: estabelece continuação de uma via de qualquer natureza
(rodovia, ferrovia ou passagem para pedestres);

PONTE: obstáculo constituído de curso de água ou outra


superfície líquida (lago, braço de mar)
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Definições
Ponte: estabelece continuação de uma via de qualquer natureza
(rodovia, ferrovia ou passagem para pedestres);

VIADUTO: quando o obstáculo é um vale ou uma via


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Definições
Ponte: estabelece continuação de uma via de qualquer natureza
(rodovia, ferrovia ou passagem para pedestres);

VIADUTO DE ACESSO: viaduto que serve para dar acesso a uma


ponte
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Definições
Ponte: estabelece continuação de uma via de qualquer natureza
(rodovia, ferrovia ou passagem para pedestres);

VIADUTO DE MEIA ENCOSTA: empregado em encostas com o objetivo de minimizar a


movimentação de solo em encostas íngremes, ou como alternativa ao emprego de muro
de arrimo ou similar
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Definições
Galeria (bueiros): obras completamente ou parcialmente
enterradas, destinadas a passagens inferiores
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Contexto Histórico
MADEIRA PEDRA

METÁLICAS CONCRETO

CONCRETO
PROTENDIDO
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Aceno histórico:

• Pontes de madeira - a madeira tem sido empregada desde a


antiguidade na construção de pontes, inicialmente com
arranjos estruturais bastante simples. Destaca-se que com
este material chegou-se a construir pontes com vãos
consideráveis, como o de uma ponte construída em 1758,
sobre o rio Reno, com 118 metros de vão.
• Pontes de pedra - a pedra, assim como a madeira, era
empregada desde a antiguidade, na construção de pontes.
Os romanos e os chineses já construíam abóbadas em pedra
antes de Cristo. Os romanos chegaram a construir pontes,
em forma de arco semicircular com até 30 metros de vão.
Foi grande o número de pontes em pedra construídas pelos
romanos; a maior parte destas desabaram, principalmente
por problemas de fundação.
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Aceno histórico:

• Pontes metálicas - embora as primeiras pontes metálicas


tenham surgido no fim do século XVIII, em ferro fundido, foi a
partir da metade do século seguinte, com o desenvolvimento
das ferrovias - que produziam cargas bem mais elevadas que
as que ocorriam até então - é que floresceu o emprego do
aço na construção das pontes. Cabe destacar que já a partir
de 1850 construíam-se pontes em treliça com 124 metros de
vão.
• Pontes de concreto armado - as primeiras pontes em
concreto apareceram no início do século 20. Eram pontes de
concreto simples em arco tri articulado, com o material
substituindo a pedra. Embora já se empregasse o concreto
armado na execução do tabuleiro das pontes de concreto
simples, foi a partir de 1912 que começaram a ser
construídas as pontes de viga e de pórtico em concreto
armado, com vãos de até 30 metros.
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Aceno histórico:

• Pontes de concreto protendido 1 - embora as primeiras


pontes em concreto protendido tenham sido feitas a partir de
1938, foi após a Segunda Guerra Mundial que o concreto
protendido começou a ser empregado com grande
frequência, por causa da necessidade de se reconstruir
rapidamente um grande número de pontes destruídas
durante a guerra.
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Contexto Histórico

PEDRA
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Contexto Histórico

MADEIRA
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Contexto Histórico

METÁLICA
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Contexto Histórico

CONCRETO ARMADO
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Contexto Histórico

CONCRETO PROTENDIDO
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Características Particulares
• Ações: efeito dinâmico das cargas, verificação da possibilidade
de fadiga dos materiais;
• Processos construtivos;
• Composição estrutural;
• Análise estrutural.

MÍNIMO DE MANUTENÇÃO
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Nomenclatura

SUPERESTRUTURA: PARTE DA PONTE DESTINADA A VENCER


O OBSTÁCULO
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Nomenclatura

SUPERESTRUTURA
ESTRUTURA PRINCIPAL ESTRUTURA SECUNDÁRIA
VENCE O VÃO LIVRE TABULEIRO
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Nomenclatura

MESOESTRUTURA
APARELHO DE APOIO PILAR ENCONTRO
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Nomenclatura

APARELHOS DE APOIO: TRANSMISSÃO DAS REAÇÕES DE APOIO E


PERMISSÃO DE DETERMINADOS MOVIMENTOS DA SUPERESTRUTURA
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Nomenclatura

ENCONTRO: ELEMENTO SITUADO NA TRANSIÇÃO DA PONTE COM O ATERRO


DA VIA. TEM A FUNÇÃO DE SUPORTE E DE ARRIMO DO SOLO.
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Nomenclatura

PILAR: ELEMENTO DE SUPORTE, SITUADO NA REGIÃO INTERMEDIÁRIA, E


QUE NÃO TEM A FINALIDADE DE ARRIMAR O SOLO
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Nomenclatura

INFRAESTRUTURA
FUNDAÇÃO: TRANSMISSÃO DOS ESFORÇOS PARA O SOLO
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Nomenclatura
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Nomenclatura
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Classificação
• Material da superestrutura;
• Comprimento;
• Natureza do tráfego;
• Desenvolvimento planimétrico;
• Desenvolvimento altimétrico;
• Sistema estrutural da superestrutura;
• Seção transversal;
• Posição do Tabuleiro;
• Processo de execução.
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Classificação: material da
• Madeira; superestrutura
• Alvenaria;
• Concreto Simples;
• Concreto Armado;
• Concreto Protendido;
• Aço;
• Mistas (normalmente compostas pela associação de concreto
com o aço ou com a madeira).
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Classificação: comprimento
• Galerias (bueiros): de 2 a 3 metros;
• Pontilhões: de 3 a 10 metros;
• Pontes: acima de 10 metros:
o Pontes de pequenos vãos: até 30 metros;
o Pontes de médios vãos: de 30 a 60 (80) metros;
o Pontes de grandes vãos: acima de 60 (80) metros.
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Classificação: natureza do tráfego


• Pontes rodoviárias;
• Pontes ferroviárias;
• Passarelas;
• Aquedutos;
• Pontes mistas.
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Classificação: desenvolvimento
• Pontes retas:
o Ortogonais;
planimétrico
o Esconsas.

• Pontes curvas.
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Classificação: desenvolvimento
• Pontes retas:
o Horizontal;
altimétrico
o Em rampa.

• Pontes curvas:
o Tabuleiro convexo;
o Tabuleiro côncavo.
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Classificação: sistema estrutural


da superestrutura

PONTE EM VIGA

PONTE EM PÓRTICO
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Classificação: sistema estrutural da


superestrutura

PONTE EM ARCO

PONTE PÊNSIL
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Classificação: sistema estrutural


da superestrutura

PONTE ESTAIADA
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Classificação: seção transversal


• Ponte de laje:
o Maciça;
o Vazada;

• Ponte de viga:
o Seção T;
o Seção celular.
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Classificação: posição do tabuleiro


• Ponte com tabuleiro superior;

• Ponte com tabuleiro intermediário;

• Ponte com tabuleiro inferior.


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Classificação: gabaritos de
• Vias não navegáveis passagem
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Classificação: gabaritos de passagem


• Vias navegáveis
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Classificação: gabaritos de passagem


• Vias navegáveis
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Classificação: gabaritos de passagem

• Vias navegáveis
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Considerações Preliminares para o


Projeto
• Geometria: da via, da ponte, gabaritos;
• Topografia;
• Informações hidráulicas/hidrológicas: fluxo de água, nível
máximo de água, altura de lâmina de água;
• Condições locais: acesso, disponibilidade de materiais e
serviços, impacto ambiental, limitações.
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Considerações Preliminares para o


Projeto
PROJETO BÁSICO

RISCO DE
ESCOAMENTO
SOLAPAMENTO
DE ÁGUA
DA FUNDAÇÃO

EROSÃO NAS
ESCOLHA DO VÃO
CABECEIRAS
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Projeto de Pontes
• Dispositivos de proteção (guarda-corpo, defensa);
• Dispositivos de transição (lajes, encontros, cortinas);
• Juntas de dilatação;
• Dispositivos de drenagem;
• Pavimentação;
• Plano de manutenção e programa de inspeção.
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Elementos Constituintes das Pontes:

• As pontes, em sua maioria, sob o ponto de vista funcional,


podem ser divididas em três partes principais: infraestrutura,
mesoestrutura e superestrutura.
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Elementos Constituintes das Pontes:

• A infraestrutura ou fundação, é a parte da ponte por meio


da qual são transmitidos ao terreno de implantação da obra,
rocha ou solo, os esforços recebidos da mesoestrutura.
Constituem a infraestrutura os blocos, as sapatas, as
estacas, os tubulões etc., assim como as peças de ligação de
seus diversos elementos entre si.

• A mesoestrutura, constituída pelos pilares, é o elemento


que recebe os esforços da superestrutura e os transmite à
infraestrutura, em conjunto com os esforços recebidos
diretamente de outras forças solicitantes da ponte, tais como
pressões do vento e da água em movimento.
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Elementos Constituintes das Pontes:

• A superestrutura, composta geralmente de lajes e vigas


principais e secundárias, é o elemento de suporte imediato
do estrado, que constitui a parte útil da obra, sob ponto de
vista de sua finalidade.
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Elementos Constituintes das Pontes:


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Elementos Constituintes das Pontes:

Com relação à seção transversa, podem aparecer os seguintes


elementos:
• Pista de rolamento - largura disponível para o tráfego
normal dos veículos, que pode ser subdividida em faixas;
• Acostamento - largura adicional à pista de rolamento
destinada à utilização em casos de emergência, pelos
veículos;
• Defensa - elemento de proteção aos veículos, colocado
lateralmente ao acostamento;
• Passeio - largura adicional destinada exclusivamente ao
tráfego de pedestres;
• Guarda-roda - elemento destinado a impedir a invasão dos
passeios pelos veículos;
• Guarda corpo - elemento de proteção aos pedestres.
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Elementos Constituintes das Pontes:


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Elementos Constituintes das Pontes:

Com relação à seção longitudinal, tem-se as seguintes


denominações:
• Comprimento da ponte (também denominado de vão total) -
distância, medida horizontalmente segundo o eixo
longitudinal, entre as seções extremas da ponte;
• Vão (também denominado de vão teórico e de tramo) -
distância, medida horizontalmente, entre os eixos de dois
suportes consecutivos;
• Vão livre - distância entre as faces de dois suportes
consecutivos;
• Altura de construção - distância entre o ponto mais baixo e
o mais alto da superestrutura;
• Altura livre - distância entre o ponto mais baixo da
superestrutura e o ponto mais alto do obstáculo.
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Elementos Constituintes das Pontes:


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Elementos Constituintes das Pontes:

Com relação à seção longitudinal, tem-se as seguintes


denominações:
• Comprimento da ponte (também denominado de vão total) -
distância, medida horizontalmente segundo o eixo
longitudinal, entre as seções extremas da ponte;
• Vão (também denominado de vão teórico e de tramo) -
distância, medida horizontalmente, entre os eixos de dois
suportes consecutivos;
• Vão livre - distância entre as faces de dois suportes
consecutivos;
• Altura de construção - distância entre o ponto mais baixo e
o mais alto da superestrutura;
• Altura livre - distância entre o ponto mais baixo da
superestrutura e o ponto mais alto do obstáculo.
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Classificação das Pontes:

• As pontes podem ser classificadas segundo vários critérios;


os mais importantes são os seguintes:

– material da superestrutura;
– comprimento;
– natureza do tráfego;
– desenvolvimento planimétrico;
– desenvolvimento altimétrico;
– sistema estrutural da superestrutura;
– seção transversal;
– posição do tabuleiro;
– processo de execução.
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Classificação das Pontes:

Quanto à utilização

Pontes Rodoviárias: Carga acidental definida pela


NBR 7188.
Pontes Ferroviárias: Carga acidental definida pela
NBR 7189.
Passarelas: carga acidental corresponde à multidão
de pessoas: 5 Kn/m2 (0,5 Tf /m2).
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Classificação das Pontes:

Segundo à extensão do vão

Bueiros: Até 2,00 metros de extensão


Pontilhão: De 2,00 a 10,00 metros de extensão
Pontes: Maior que 10,00 metros de extensão
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Classificação das Pontes:

Quanto ao esquema estrutural


Vigas bi-apoiadas e sucessão de vãos isóstáticos

Altura constante;
Executadas em Concreto Armado ou Protendido;
Vigas podem ser pré moldadas ou moldadas in loco;

Obs: Na prática, para vãos de até 25 metros a estrutura será


mais econômica se for em concreto armado.

Vigas pré-moldadas e protendidas podem ser executadas em


vãos de até 45 metros.
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Classificação das Pontes:

Exemplo de ponte biapoiada


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Classificação das Pontes:

Vigas bi-apoiadas com balanços

Solução muito utilizada;


Ideal para vãos pequenos;
Executada em concreto armado e pré-fabricado
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Classificação das Pontes:


Exemplo de ponte em viga bi-apoiada com balanço
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Classificação das Pontes:

Pontes constituídas por vãos contínuos

Solução utilizada para vencer grandes vãos;


Não possuem juntas de dilatação;
Podem ter altura constante ou variável;
Neste caso adota-se o modelo de vigas contínuas.
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Classificação das Pontes:


Exemplo de pontes constituídas por vãos contínuos
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Classificação das Pontes:

Pontes em Arco

Podem ser executadas com arcos isostáticos (tri-articulados) ou


hiperestáticos (bi-articulados ou bi-engastados). O esquema
estático em arco é interessante pois o efeito da flexão é
reduzido. Assim, consegue-se vencer grandes vãos com uma
estrutura esbelta. Tem-se executado pontes em arcos com vãos
de até 300 metros.
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Classificação das Pontes:


Exemplo de Ponte em Arco
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Classificação das Pontes:

PONTES EM BALANÇOS SUCESSIVOS:

A partir de um pilar, executa-se alternadamente para cada


lado, aduelas que são moldadas in-loco ou pré-moldadas.
Essas pontes são em concreto protendido e as aduelas são
“ligadas” entre si por meio da protensão. São utilizadas para
vencer grandes vãos. O objetivo principal da construção em
balanços sucessivos é o de eliminar os cimbramentos.
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Classificação das Pontes:

Exemplo de Ponte em Balanços Sucessivos


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Classificação das Pontes:


Pontes estaiadas:

Nesse caso, o vigamento fica suspenso por cabos


denominados de estais que são fixados nas torres. O vão
da viga fica reduzido entre os estais. As vigas são em
geral pré-moldadas e são executadas conjuntamente
para os 2 lados da torre. Os estais são tracionados e
ocorre compressão nas vigas.

Comportamento estrutural
• Um tabuleiro contínuo com altura reduzida;
• Uma ou mais torres;
• Cabos são tensionados diagonalmente das torres;
• Cabos de aço (flexíveis) frágeis ao vento;
• Peso leve da ponte vantagem durante terremotos;
• Comprimento de vãos típicos de 110 até 480 metros;
• Aparência moderna atrativa.
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Classificação das Pontes:

Exemplo de Ponte Estaiada


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Classificação das Pontes:

Pontes suspensas

Descrição:
• Um tabuleiro com uma ou mais torres;
• Extremidades da ponte: grandes ancoragens ou contrapesos;
• Cabos principais: esticados de uma ancoragem, passando pelo
topo das torres para chegar à ancoragem oposta; ou flexíveis:
vulneráveis à ação do vento.
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Classificação das Pontes:


Exemplo de ponte suspensa
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Considerações Preliminares Para o Projeto:

Princípios básicos da concepção

De modo a facilitar o processo de concepção podem-se enunciar


alguns princípios. Esses princípios, como o próprio nome diz, não
são gerais, mas têm um campo de validade suficientemente grande
para justificá-los.

1º) É fundamental visualizar o caminhamento das


cargas; desde o ponto de aplicação até a fundação.

2º) É conveniente projetar a fundação sob as cargas


a suportar; preferencialmente fazendo coincidir o
centro de gravidade das cargas com o da fundação.
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Considerações Preliminares Para o Projeto:


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Considerações Preliminares Para o Projeto:

3º) Princípio do caminho mais curto

"O arranjo estrutural mais eficiente é aquele que fornece às


cargas o caminho mais curto desde seus pontos de aplicação até
a fundação."
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Considerações Preliminares Para o Projeto:

4º) Princípio da rigidez

Nas estruturas isostáticas o caminhamento das cargas é definido


pelas condições de equilíbrio, mas nas hiperestáticas ele sofre
também influência da rigidez. "Entre dois caminhos alternativos a
carga caminha predominantemente pelo mais rígido."
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Considerações Preliminares Para o Projeto:


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Considerações Preliminares Para o Projeto:

5º) Princípio da distribuição

"O arranjo estrutural mais eficiente é aquele que distribui as


cargas pelos seus elementos, convenientemente, evitando
concentrações."
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Considerações Preliminares Para o Projeto:

6º) A eficiência das estruturas depende também da forma como


elas são solicitadas. Considerando materiais adequados para
cada caso, pode-se dizer que a eficiência varia como indica o
quadro abaixo:
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Considerações Preliminares Para o Projeto:


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Considerações Preliminares Para o Projeto:


Para o desenvolvimento do projeto das pontes são, em geral
necessários os seguintes dados:

Informações sobre a geometria: características do projeto


geométrico da via que a ponte vai fazer parte, características
geométricas da ponte, tais como largura de faixas, acostamento,
gabaritos de transportes, sob a ponte, a serem obedecidos ; etc.

Informações topográficas: situação em planta indicando


construções existentes e o obstáculo a ser transposto, levantamento
topográfico em escalas apropriadas), etc.

Informações hidráulicas/hidrológicas: no caso de pontes sobre rio,


informações sobre o fluxo de água, seção de vazão, níveis máximo da
água, altura de lâmina de água, etc.
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Considerações Preliminares Para o Projeto:


Informações geotécnicas: sondagens e eventualmente, relatórios
geológicos, etc.

Informações das condições locais: condições de acesso,


disponibilidade de materiais e serviços, impacto ambiental,
agressividade do ambiente, limitações de qualquer natureza, etc.

Diversos fatores influem no custo de uma ponte,


alguns de ordem técnica e outros não, sendo portanto
difícil estabelecer regras gerais para considerá-los.
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Considerações Preliminares Para o Projeto:


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Considerações Preliminares Para o Projeto:

A disciplina tratará basicamente do projeto estrutural. No


entanto merece destacar que o projeto das pontes deve
incluir também:

a) Dispositivos de proteção (defensas, guarda-corpos,


etc.),
b) Dispositivos de transição (laje de transição, encontros,
alas, cortinas, etc.),
c) Juntas de dilatação (quando for o caso),
d) Drenagem (elementos de captação, drenagem
internas, pingadeiras, etc.),
e) Pavimentação,
f) Plano de manutenção e programa de inspeção.
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Solicitações Nas
Pontes
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Solicitações Nas Pontes

Como as pontes são um tipo particular de estrutura, a consideração


das ações e da segurança deve ser feita de acordo com a norma

NBR 8681:2003 "Ações e segurança nas


estruturas"
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Solicitações Nas Pontes


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Solicitações Nas Pontes

Segundo a norma

NBR 7187:2003 "Projeto e execução de pontes


de concreto armado e protendido",
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 ações permanentes, que entre outras são:

• cargas provenientes do peso próprio dos elementos


estruturais;
• cargas provenientes do peso da pavimentação, dos trilhos, dos
dormentes, dos lastros, dos revestimentos, das defensas, dos
guarda-rodas, dos guarda-corpos e de dispositivos de
sinalização;
• empuxos de terra e de líquidos;
• forças de protensão;
• deformações impostas, isto é, aquelas provocadas por fluência
e retração do concreto, e por deslocamentos de apoios.
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 ações variáveis, que entre outras são:

• as cargas móveis (ação gravitacional, força centrífuga choque


lateral; efeitos de frenagem e aceleração)
• as carga de construção;
• a ação do vento;
• o empuxo de terra provocado por cargas móveis;
• a pressão da água em movimento;
• o efeito dinâmico do movimento das águas;
• as variações de temperatura.
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 ações excepcionais, que entre outras são:

• choques de veículos;
• outras ações excepcionais.
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 ações excepcionais, que entre outras são:

• choques de veículos;
• outras ações excepcionais.
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Seguem valores e algumas considerações, quando for o caso,
referente a cada uma das ações anteriormente relacionadas:

AÇÕES PERMANENTES
Peso próprio dos elementos estruturais:

No caso de pontes metálicas ou de madeira, o maior número de peças


torna conveniente a avaliação prévia do peso próprio da estrutura que
pode ser por meio de fórmulas empíricas que variam de acordo com as
características da obra.

Em concreto armado ou protendido, esboça-se um anteprojeto da


ponte, fixando as dimensões (pré-dimensionando, como se diz); a
seguir, calcula-se o peso próprio a partir do volume de concreto de cada
peça.
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Seguem valores e algumas considerações, quando for o caso,
referente a cada uma das ações anteriormente relacionadas:

AÇÕES PERMANENTES
Peso próprio dos elementos estruturais:

Quando a discrepância entre os valores do peso próprio estimado


e o resultante do dimensionamento definitivo for maior que 5%,
recomenda-se refazer o cálculo das solicitações devidas a essa
ação.

Valores dos pesos específicos:

concreto simples: 24 kN/m³


concreto armado ou protendido: 25 kN/m³
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AÇÕES PERMANENTES
Peso de elementos não estruturais
Pavimentação

Para o peso específico da pavimentação deve-se empregar no


mínimo o valor de 24 kN/m³.

Para o recapeamento deve-se prever uma carga adicional de


2 kN/m²

Lastro ferroviário, trilhos e dormentes

No caso de pontes ferroviárias deve-se prever, conforme a


situação da ferrovia, o peso do lastro, dos trilhos e dos dormentes.

Para o material do lastro deve ser considerado um peso


específico aparente de 18 kN/m³.
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Empuxo de terra e de água
Empuxo de terra
O empuxo de terra nas estruturas é determinado de acordo com
os princípios da Mecânica dos Solos, em função da sua natureza
(ativo, passivo ou de repouso), das características do terreno,
assim como das inclinações dos taludes e dos paramentos.

O peso específico do solo úmido deve ser considerado, no


mínimo, igual a 18 kN/m3 e o ângulo de atrito interno, no máximo
igual a 30°.

Os empuxos ativo e de repouso devem ser considerados nas


situações mais desfavoráveis.
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Empuxo de terra e de água
Empuxo de água
O empuxo de água e a subpressão devem ser considerados nas
situações mais desfavoráveis, sendo dada especial atenção ao
estudo dos níveis máximo e mínimo dos cursos d'água e do lençol
freático.

Nos muros de arrimo deve ser prevista, em toda a altura da


estrutura, uma camada filtrante contínua, na face em contato com
o solo contido, associada a um sistema de drenos, de modo a
evitar a atuação de pressões hidrostáticas. Caso contrário, deve
ser considerado nos cálculos o empuxo de água resultante.
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Força de protensão
A força de protensão é considerada de acordo com os princípios do
concreto protendido, satisfazendo o disposto na versão da

NBR 6118:2003 "Projetos de estruturas de concreto".

(Obs.: esta norma engloba a parte de concreto protendido, que


antigamente era objeto da norma NBR 7197 “Cálculo e execução de
obras de concreto protendido - procedimento”).
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Deformações impostas
Fluência
A fluência é importante no caso de concreto protendido por causar
perdas de protensão. A sua consideração para determinação da
perda de protensão é feita de acordo com as indicações da NBR
6118.

Fenômeno do aumento gradual de deformação com o


tempo, sob tensão constante.
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Deformações impostas
Retração

No caso do concreto armado, a norma NBR 6118 permite nos


casos correntes considerar, tendo em vista a restrição imposta
pela armadura, a deformação específica por retração igual a
15x10-5 (nos casos de espessuras de 10 a 100 cm e umidade
ambiente não inferior a 75%), o que corresponde na prática a
considerar a retração como uma queda de temperatura de 15 ºC.
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Deformações impostas
Deslocamentos de apoio
Um dos critérios para escolher entre uma estrutura principal
isostática ou outra hiperestática consiste justamente em eliminar a
segunda solução quando houver temor de recalques excessivos
de fundação.

Quando porém, a estrutura hiperestática for escolhida, apesar da


possibilidade de recalques excessivos da fundação, os efeitos
destes recalques devem ser estudados cuidadosamente.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Carga móvel

Pontes rodoviárias e passarelas


As cargas a serem consideradas no projeto das pontes
rodoviárias e das passarelas são definidas pela norma NBR 7188
"Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestres".

Os veículos mais pesados que trafegam pelas rodovias


normalmente são os caminhões, as carretas e, mais
recentemente, as chamadas CVC – Combinações de Veículos de
Carga, que correspondem a uma unidade tratora e duas ou mais
unidades rebocadas.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Carga móvel

Deve-se lembrar ainda que as pontes rodoviárias estão sujeitas a


veículos especiais. Este assunto é objeto de legislação própria
dos órgãos competentes
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AÇÕES VARIÁVEIS
Carga móvel

Segundo a norma em questão, em pontes rodoviárias, a carga


móvel é constituída por um veículo e por cargas q e q'
uniformemente distribuídas

A carga q é aplicada em todas as faixas da pista de rolamento,


nos acostamentos e afastamentos, descontando-se apenas a
área ocupada pelo veículo. A carga q' é aplicada nos passeios.

Essas cargas são fictícias, e procuram levar em consideração a


ação de multidão e de outros veículos mais leves ou mais
afastados das zonas onde as cargas produzem maiores esforços
solicitantes, com um esquema de carregamento mais cômodo
para o cálculo.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Carga móvel

Assim, por exemplo, ao se pesquisar o máximo momento fletor


em uma determinada seção de uma viga contínua, o veículo é
colocado no tramo desta seção, colocando-se ainda as cargas q e
q‘ (sem o veículo) nos tramos onde essas cargas provoquem
aumento desse momento.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Carga móvel

Para efeito de escolha das cargas móveis, a norma NBR 7188,


divide as pontes rodoviárias em três classes, discriminadas a
seguir:

• Classe 45: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 450 kN


de peso total;
• Classe 30: na qual a base do sistema é um veículo tipo de 300 kN
de peso total;
• Classe 12: na qual a base do sistema é um veículo tipo de 120 kN
de peso total.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Carga móvel
Ainda sobre este assunto a norma NBR 7188 estabelece:

o Para passarela de pedestres: classe única, na qual a carga móvel


é uma carga uniformemente distribuída de intensidade q = 5 kN/m²
não majorada pelo coeficiente de impacto (o conceito de
coeficiente de impacto será visto posteriormente).

o Para qualquer estrutura de transposição definida por esta norma,


cuja geometria, finalidade e carregamento não se encontrem aqui
previstos, a carga móvel é fixada em instrução especial redigida
pelo órgão com jurisdição sobre a referida obra. Em particular, as
pontes que sejam utilizadas com certa frequência por veículos
especiais transportando cargas de peso excepcional devem ser
verificadas para trens-tipo também especiais. A fixação dos
parâmetros destes trens-tipo e das condições de travessia é
atribuição do órgão que tenha jurisdição sobre as referidas pontes.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Carga móvel
Com relação aos passeios, a norma NBR 7188, estabelece que os
mesmos devem ser carregados com a carga q' sem acréscimo devido
ao efeito dinâmico, no entanto, as peças que suportam diretamente os
passeios, ou seja, a estrutura de suporte do passeio, devem ser
verificadas para a ação de uma sobrecarga de 5 kN/m², sem
acréscimo devido ao efeito dinâmico.

Os guarda-rodas e as defensas, centrais ou extremos, devem ser


verificados para uma força horizontal de 60 kN, sem acréscimo devido
ao efeito dinâmico, aplicada na aresta superior, como consequência
da finalidade desses elementos. A norma permite, para a avaliação
das solicitações na implantação desses elementos, a distribuição a
45o do efeito da citada força horizontal.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Efeito dinâmico das cargas móveis

Usualmente no estudo das estruturas supõe-se que as cargas


sejam aplicadas de maneira que sua intensidade cresça
gradualmente desde zero até o valor total, no entanto as cargas
móveis reais nas pontes são aplicadas bruscamente.

Além disso, a simples consideração de cargas estáticas não


corresponderia à realidade em virtude das oscilações provocadas
pelos veículos, especialmente pelos trens, e causadas pela
existência de excêntricos nas rodas, pela ação das molas, pelas
juntas dos trilhos ou por irregularidades da pista nas pontes
rodoviárias, pela força centrífuga causada pela deformação da
ponte sob a ação das cargas (efeito Willis-Zimmermann), etc.
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AÇÕES VARIÁVEIS
Efeito dinâmico das cargas móveis

É importante observar que o efeito dinâmico das


cargas é tanto maior quanto mais leve for a estrutura
em relação às cargas que o provocam. Isto é
diretamente salientado pela seguinte expressão
encontrada na literatura técnica:
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AÇÕES VARIÁVEIS
Efeito dinâmico das cargas móveis

Ao contrário, em pontes pequenas o coeficiente de impacto é maior.


Assim, na expressão, o coeficiente  tende para 2 ao diminuírem o
vão ℓ e a relação G/Q entre o peso G da estrutura e a carga Q que
produz o efeito dinâmico. A esse respeito, ainda, é ilustrativa a
expressão, também encontrada na literatura técnica
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AÇÕES VARIÁVEIS
Efeito dinâmico das cargas móveis
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AÇÕES VARIÁVEIS
Efeito dinâmico das cargas móveis

Exemplos
Um tabuleiro de ponte, com a seção indicada na Fig. b, está
apoiado em quatro pontos A, B, C, D.
Calcular a reação máxima no apoio A do tabuleiro para carga móvel
de classe 30.
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AÇÕES VARIÁVEIS

Força centrífuga
A força centrífuga se manifesta nas pontes em curva, aplicada pelo
veículo ao tabuleiro através do atrito das rodas com o pavimento ou,
em pontes ferroviárias, aplicada pelo friso das rodas ao trilho e,
consequentemente, à estrutura.

Na prática, porém, admite-se que a força centrífuga seja


uniformemente distribuída ao longo do eixo da estrutura, e a
intensidade é avaliada de maneira aproximada de acordo com as
prescrições da norma NBR 7187. Nesta norma, a força centrífuga é
considerada em função do tipo de tráfego, do raio de curvatura R e,
para ferrovias, em função da largura da bitola, o que procura levar em
conta a diferença de velocidades usuais entre bitola larga e bitola
estreita.
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AÇÕES VARIÁVEIS

Efeito da frenagem e da aceleração


Os veículos ao serem freados ou acelerados numa ponte, irão
produzir sobre as mesmas, forças na direção do tráfego, ou seja,
forças horizontais ao longo do eixo da ponte.

Em geral, nas pontes de concreto, a laje resiste bem a estes esforços,


transmitindo-os aos elementos da infraestrutura de uma forma que
depende do arranjo dos aparelhos de apoio. Estes esforços irão então
produzir uma considerável flexão da infraestrutura

A norma NBR 7187 determina que as forças horizontais


de frenagem e aceleração sejam calculadas como uma
fração das cargas móveis verticais
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AÇÕES VARIÁVEIS

Variação de temperatura
Como existe uma superfície exposta (parte superior) à ação solar
direta, a distribuição de temperatura ao longo da altura da seção
transversal das pontes.
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AÇÕES VARIÁVEIS

Ação do vento

A norma NBR 7187:2203 não indica nenhum procedimento para a


determinação da ação do vento em pontes; apenas recomenda seguir
o disposto na norma NBR 6123, que trata da ação do vento em
edifícios. Na falta de recomendações da NBR 6123 para pontes,
recomenda-se o procedimento indicado pela antiga norma de pontes
NB-2/61.
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AÇÕES VARIÁVEIS

Pressão da água em movimento


Segundo a norma NBR 7187:2003, a pressão da água em movimento
sobre os pilares e os elementos de fundação pode ser determinada
através da expressão:

onde:
q é a pressão estática equivalente em kN/m2
v é a velocidade da água em m/s
K é um coeficiente adimensional cujo valor é 0,34 para elementos de seção transversal
circular
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AÇÕES VARIÁVEIS

Empuxo de terra provocado por cargas móveis


Além da pressão de terra comentada, nos encontros e nas cortinas,
podem ocorrer pressões devidas à carga móvel que está adentrando
ou deixando a ponte. Estas pressões se somam às anteriores
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AÇÕES EXCEPCIONAIS

Segundo a norma NBR 8681, ações excepcionais são aquelas que


têm duração extremamente curta e muito baixa probabilidade de
ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser
consideradas no projeto de determinadas estruturas.

No caso das pontes, a norma NBR 7187 cita os choques de objetos


móveis, as explosões, os fenômenos naturais pouco frequentes, como
enchentes catastróficas e sismos, entre outros.
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COMBINAÇÕES DAS AÇÕES

Os critérios e valores de combinações últimas e de serviço das ações


indicadas pela NBR 8681:2003 são mostrados a seguir.
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COMBINAÇÕES DAS AÇÕES

Combinações últimas das ações


Para as combinações últimas normais, o valor da ação de cálculo vale

onde:
FGi,k = valores característicos das ações permanentes
FQ1,k = valor característico da ação variável principal
FQj,k = valores característicos das outras ações variáveis
γgi = coeficientes de ponderação das ações permanentes
γq = coeficiente de ponderação das ações variáveis
ψ0j = fator de combinação
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COMBINAÇÕES DAS AÇÕES

Combinações últimas das ações


Para as combinações últimas normais, o valor da ação de cálculo vale

onde:
FGi,k = valores característicos das ações permanentes
FQ1,k = valor característico da ação variável principal
FQj,k = valores característicos das outras ações variáveis
γgi = coeficientes de ponderação das ações permanentes
γq = coeficiente de ponderação das ações variáveis
ψ0j = fator de combinação
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Seção Longitudinal
COMP. = 35 m

B. = 5 m B. = 5 m
NBR7187

MANUAL DEPROJETODEOBRASDEARTEESPECIAIS- DNER


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Detalhe Cortina/Transversina
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Seção Transversal - Apoio


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Seção Transversal – Meio do vão


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Carga móvel rodoviária


Carga móvel
Pontes rodoviárias e passarelas: NBR 7188:2003
• Pontes:
• Classe 45: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 450 kN de
peso total;
• Classe 30: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 300 kN de
peso total;
• Classe 12: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 120 kN de
peso total.

Obs.: classes diferentes ficar a critérios dos órgãos com jurisdição sobre as pontes
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Carga móvel rodoviária


Carga móvel
Pontes rodoviárias e passarelas: NBR 7188:2003
• Passarelas:
• Classe única, na qual a carga móvel é uma carga uniformemente
distribuída de intensidade p=5 kN/m² (500 kgf/m²), não majorada pelo
coeficiente de impacto.

Obs.: classes diferentes ficar a critérios dos órgãos com jurisdição sobre as pontes
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Carga móvel rodoviária


• Os trens-tipo compõe-se de um veículo de cargas uniformemente
distribuídas

VEÍCULO CARGAUNIFORMEMENTEDISTRIBUÍDA
CLASSE
DAPONTE
PESOTOTAL P P’
TIPO DISPOSIÇÃODACARGA
KN TF kN/m² Kgf/m² kN/m² Kgf/m²
45 45 450 45 5 500 3 300 CARGAPEM TODAA
30 30 300 30 5 500 3 300 PISTA
12 12 120 12 4 400 3 300 CARGAP’ NOSPASSEIOS
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• Os trens-tipo compõe-se de um veículo de de cargas
uniformemente distribuídas
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Carga móvel rodoviária


UNIDADE TIPO45 TIPO30 TIPO12
QUANTIDADE DEEIXOS EIXO 3 3 2
PESOTOTALDOVEÍCULO KN-TF 450-45 300-30 120-12
PESODECADARODADIANTEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 20-2
PESODECADARODATRASEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 40-4
PESODECADARODAINTERMEDIÁRIA KN-TF 75-7,5 50-5 -
LARGURADECONTATOB1 DECADARODADIANTEIRA M 0,50 0,40 0,20
LARGURADECONTATOB2 DECADARODAINTERMEDIÁRIA M 0,50 0,40 0,30
COMPRIMENTODECONTATODECADARODA M 0,20 0,20 0,20
ÁREADECONTATODECADARODA M² 0,20 xb 0,20 xb 0,20 xb
DISTÂNCIAENTREOSEIXOS M 1,50 1,50 3,00
DISTÂNCIAENTREOSCENTROSDERODADECADAEIXO M 2,00 2,00 2,00
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Carga móvel rodoviária


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Distribuição dos esforços na direção transversal


Para o cálculo de elementos da pontes, as cargas dos
VEÍCULOS e da MULTIDÃO são utilizadas em conjunto,
formando os chamados “trens-tipo”. O TREM-TIPO da ponte é
sempre colocado no sentido longitudinal da parte e a sua AÇÃO,
uma determinada seção do elemento a calcular, é obtido por
meio do carregamento da correspondente “LINHA DE
INFLUÊNCIA” conforme determina a NBR 7188 (1984). Diz
ainda a mesma normativa que, no cálculo de longarinas, lajes,
etc., para obter efeitos mais DESFAVORÁVEIS deve-se encostar
a roda do veículo no GUARDA-RODAS.
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Preparo do trem-tipo
VEÍCULO CARGAUNIFORMEMENTEDISTRIBUÍDA

• Exemplo C45
CLASSE
DA
PONTE
PESOTOTAL P P’
DISPOSIÇÃODA
TIPO
KN TF kN/m² Kgf/m² kN/m² Kgf/m² CARGA

45 45 450 45 5 500 3 300


CARGAPEM
TODAA PISTA
30 30 300 30 5 500 3 300
CARGAP’ NOS
PASSEIOS
12 12 120 12 4 400 3 300
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Distribuição dos esforços na direção transversal


Admite-se para pré-dimensionamento que a linha de
DISTRIBUIÇÃO TRANSVERSAL de carga (LDTC) seja a linha
de influência de REAÇÃO DE APOIO de uma viga bi-apoiada
com balanços, uma vez que a rigidez da longarina está
desconsiderada neste cálculo simplificado.
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Carga móvel rodoviária


UNIDADE TIPO45 TIPO30 TIPO12
QUANTIDADE DEEIXOS EIXO 3 3 2
PESOTOTALDOVEÍCULO KN-TF 450-45 300-30 120-12
PESODECADARODADIANTEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 20-2
PESODECADARODATRASEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 40-4
PESODECADARODAINTERMEDIÁRIA KN-TF 75-7,5 50-5 -
LARGURADECONTATOB1 DECADARODADIANTEIRA M 0,50 0,40 0,20
LARGURADECONTATOB2 DECADARODAINTERMEDIÁRIA M 0,50 0,40 0,30
COMPRIMENTODECONTATODECADARODA M 0,20 0,20 0,20
ÁREADECONTATODECADARODA M² 0,20 xb 0,20 xb 0,20 xb
DISTÂNCIAENTREOSEIXOS M 1,50 1,50 3,00
DISTÂNCIAENTREOSCENTROSDERODADECADAEIXO M 2,00 2,00 2,00
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Faixa do trem-tipo (carga veículo)


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Faixa do trem-tipo (carga veículo)

𝑀𝑣𝑖𝑔𝑎2 = 0 → − 75 × 6,20 − 75 × 4,20 + 5,4 × 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎1 = 0 →𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎1 = 144,44 𝑘𝑁


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Faixa do trem-tipo (carga distribuída)


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180
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Faixa do trem-tipo (carga distribuída)

𝑀𝑣𝑖𝑔𝑎2 = 0 → − 3 × 0,10 × 6,75 − 5 × 3,7 × 1,85 + 5,4 × 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎1 = 0 →𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎1 = 6,71 𝑘𝑁𝑚
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Faixa fora do trem-tipo (carga distribuída)


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Faixa fora do trem-tipo (carga distribuída)

𝑀𝑣𝑖𝑔𝑎2 = 0 → − 3 × 0,60 × 6,5 − 5 × 6,2 × 3,10 + 5,4 × 𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎1 = 0 →𝑅𝑣𝑖𝑔𝑎1 = 19,96 𝑘𝑁𝑚
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Carga móvel rodoviária


UNIDADE TIPO45 TIPO30 TIPO12
QUANTIDADEDEEIXOS EIXO 3 3 2
PESOTOTALDOVEÍCULO KN-TF 450-45 300-30 120-12
PESODECADARODADIANTEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 20-2
PESODECADARODATRASEIRA KN-TF 75-7,5 50-5 40-4
PESODECADARODAINTERMEDIÁRIA KN-TF 75-7,5 50-5 -
LARGURADECONTATOB1DECADARODADIANTEIRA M 0,50 0,40 0,20
LARGURADECONTATOB2DECADARODAINTERMEDIÁRIA M 0,50 0,40 0,30
COMPRIMENTODECONTATODECADARODA M 0,20 0,20 0,20
ÁREADECONTATODECADARODA M² 0,20 xb 0,20 xb 0,20 xb
DISTÂNCIAENTREOSEIXOS M 1,50 1,50 3,00
DISTÂNCIAENTREOSCENTROSDERODADECADAEIXO M 2,00 2,00 2,00
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Trem-tipo (Corte CC)


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Cargas moveis e trem tipo


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Linhas de Influência

VIGAS ISOSTÁTICAS

Uma linha de influência registra a variação de um determinado esforço,


deslocamento ou reação em função da posição de uma força unitária que
percorre a estrutura.
Imaginando uma célula de carga, que indica a força vertical (tipo balança),
instalada no apoio A da viga apresentada na Figura 2. Uma carga unitária
de 1 kN percorre o vão AB da viga enquanto a célula de carga registra a
reação no apoio A, levando à linha de influência mostrada na Figura 2.
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
VIGAS ISOSTÁTICAS

Observa‐se que a expressão matemática que mostra a variação da


reação de apoio A em função distância da carga unitária do apoio
esquerdo, definida pela distância a indicada na Figura 3, é uma
função linear que varia de 1 kN (quando a carga unitária está sobre
o apoio A) até 0 kN (quando a carga unitária está sobre o apoio B).
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
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Linhas de Influência
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Envoltória de Esforços
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Envoltória de Esforços
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202
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203
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Envoltória de Esforços
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Envoltória de Esforços
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Estruturas de
Contenção
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Estruturas de Contenção

São estruturas projetadas para resistir a empuxos de terra e/ou


água, cargas estruturais e quaisquer outros esforços induzidos por
estruturas ou equipamentos adjacentes.

As estruturas de arrimo são utilizadas quando se deseja manter


uma diferença de nível na superfície do terreno e o espaço
disponível não é suficiente para vencer o desnível através de
taludes.
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Estruturas de Contenção
Para a escolha da obra de contenção mais adequada de ser
executada em uma determinada situação é fundamental avaliar as
características do meio físico local e dos processos de
estabilização percebidos na encosta, corte ou aterro.

Critérios para Escolha de uma Estrutura de Contenção

• altura da estrutura;
• cargas atuantes;
• natureza e características do solo a ser arrimado;
• natureza e características do solo de fundação;
• condições do NA local;
• espaço disponível para construção;
• equipamentos e mão de obra disponíveis;
• experiência e prática das equipes;
• especificações técnicas especiais;
• análise de custos.
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Estruturas de Contenção

Podem ser executadas em caráter temporário (escoramentos de valas por


exemplo) ou em caráter permanente (muros de arrimo por exemplo).

Se a escavação for realizada


abaixo do lençol freático, deve
proceder-se previamente ao
rebaixamento do NA...

... e, quando for necessário


diminuir as pressões da água
sobre a estrutura definitiva, deve
ser incorporado um dreno junto ao
muro de arrimo.
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Estruturas de Contenção
Tensões Iniciais nos Solos
 Por que estudar Distribuição das Pressões no solo?
Em muitos problemas de engenharia, tais como: Recalque, empuxo de terra e
capacidade de carga dos solos, é de grande importância o conhecimento da
distribuição de pressões (ou tensões) nas várias profundidades abaixo da
superfície do terreno. Tais conhecimentos evitam acidentes, na sua maioria das
vezes fatais.
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Estruturas de Contenção

 Local: Metrô São Paulo


 Data: 24/03/2010
 Ação: desmoronamento do solo
 Causa provável: rompimento do solo
 Solo: Argila e gnaisse
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Estruturas de Contenção
 Acidente: desabamento de casa localizada na encosta em erosão, com risco
de desabar sobre os imóveis que estão abaixo
 Local: Blumenau – RS
 Data: 27/11/2008
Causa Provável: Acúmulo de lixo e encharcamento do solo
devido às fortes chuvas
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Estruturas de Contenção
 Acidente: ruptura do solo
 Local: China
 Data: 2007
 Causa Provável: ruptura por cisalhamento
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Estruturas de Contenção

Critérios de Projeto de Estruturas de Contenção

• Natureza da estrutura (tipos diferentes para propósitos


diferentes)
• Geometria do Terreno e Condições Geotécnicas Locais
• Posição do NA e Condições de Drenagem
• Empuxos de Terra e Cargas Atuantes
• Propriedades dos solos locais: peso específico, coesão, ângulo
de atrito
• Movimentos relativos solo - estrutura
• Metodologias construtivas
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Estruturas de Contenção
Tipos de Estruturas de Contenção
• Estruturas de Contenção com Reaterro:

Muros de gravidade: são estruturas cuja


estabilidade é função apenas do seu peso
próprio.
– concreto
– alvenaria de pedras (secas ou argamassadas)
– gabiões
– ‘crib – wall’
– sacos de solo – cimento
– pneus, etc

Muros de gravidade de seção aliviada:


a seção do muro é reduzida, utilizando-se uma
armação para absorver os esforços de tração
atuantes.
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Estruturas de Contenção
muros de gravidade convencionais de concreto ou de alvenaria
de pedras
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Estruturas de Contenção
Muros de gabiões: são estruturas formadas pela superposição
de fôrmas (com formato de caixas, colchões ou sacos) de
malhas metálicas ou plásticas, que são preenchidas por pedras
de mão ou blocos de rocha.
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Estruturas de Contenção
Muros tipo ‘crib wall’: são estruturas formadas pela montagem,
num arranjo tipo ‘fogueira’, de vigotas pré-moldadas de concreto
ou de madeira, com os espaços internos preenchidos com solo
granular compactado.
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Estruturas de Contenção
Outras variantes de muros de gravidade: muros de sacos de
solo – cimento.
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Estruturas de Contenção
Outras variantes de muros de gravidade: muros de blocos pré-
moldados de concreto.
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Estruturas de Contenção
Outras variantes de muros de gravidade: muros de pneus
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Estruturas de Contenção
Estruturas de Contenção com Reaterro:

Muros de flexão: são estruturas em concreto armado,


comumente sob as formas de L ou T invertido.

Muros de contrafortes: são estruturas em concreto armado


dotadas de contrafortes para aumentar a rigidez do muro.
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Estruturas de Contenção
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Estruturas de Contenção

•Estruturas de Contenção com Reaterro:


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Estruturas de Contenção

Estruturas de Contenção sem Reaterro:

• cortina de estacas – pranchas


• paredes de estacas metálicas com pranchões de
madeira
• paredes diafragma
• muros de estacas escavadas
• solo grampeado (‘soil nailing’)
• cortinas atirantadas:
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Estruturas de Contenção

Cortinas de estacas – pranchas: são estruturas constituídas por


estacas-pranchas adjacentes, que são cravadas no terreno e que
possuem engates laterais que permitem a conexão entre elas e a
formação de uma cortina. As estacas são comumente de aço ou de
concreto, podendo ser usados elementos de madeira em obras
provisórias.
Para resistir aos esforços da cravação, sem sofrer flambagem, as
estacas-pranchas metálicas possuem configurações especiais que lhe
garantem a rigidez necessária, mesmo tendo pequenas espessuras.
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Estruturas de Contenção
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Estruturas de Contenção

Paredes de Estacas Metálicas com Pranchões de Madeira: as paredes são


constituídas de estacas metálicas, geralmente de seção “H”, que são cravadas
com certos espaçamentos nos limites da área a ser escavada, sendo
posteriormente introduzidos pranchões de madeira entre elas e dispositivos
transversais de escoramento (“estroncas”), de acordo com o avanço da
escavação.
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Estruturas de Contenção

Paredes Diafragma: são estruturas contínuas de concreto armado, concretadas em


módulos ou painéis antes do início da escavação, com espessuras típicas entre 0,40 e
1,00m ou mais. Os painéis são escavados por meios de ferramentas especiais, a partir
da superfície do terreno, atingindo profundidades superiores a 40 metros. A largura dos
painéis pode variar de 2 a 4 metros, podendo ser executados em seqüência ou em
trechos alternados. A estabilidade das paredes é garantida pelo preenchimento da
escavação com lama bentonítica, constituída por uma mistura bem dosada de água e
bentonita e que apresenta propriedades tixotrópicas, ou seja, a lama tende a manifestar
uma certa consistência quando em repouso e perder esta consistência quando agitada
(durante a escavação).
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Estruturas de Contenção

PD pré-moldada

PD atirantada
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Estruturas de Contenção
Muros de Estacas Escavadas: são estruturas constituídas por estacas
justapostas de concreto, moldadas in situ e escavadas por processo rotativo,
utilizando-se revestimento metálico (recuperado à medida em que se
procede a concretagem da estaca) ou lama bentonítica (concretagem
submersa, por meio da substituição contínua da lama pelo concreto). A
parede final pode ser composta por estacas espaçadas, adjacentes ou
secantes; neste último caso, a execução da estaca seguinte é feita antes da
cura do concreto da estaca anterior.
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Estruturas de Contenção
Solo Grampeado (‘Soil Nailing’): é um sistema de contenção, aplicado a
cortes, que emprega chumbadores, concreto projetado e drenagem
(superficial e profunda). A partir do corte executado ou existente, inicia-se a
execução da primeira linha de chumbadores, aplicação do revestimento de
concreto projetado e execução da drenagem, e assim sucessivamente, até o
fundo da escavação. Para um talude já cortado, pode-se trabalhar de forma
ascendente ou descendente, de acordo com a conveniência da obra.
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Estruturas de Contenção

concreto projetado

drenos horizontais
profundos (DHP’s)
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Estruturas de Contenção
Cortinas Atirantadas: são estruturas constituídas por placas de concreto que
são ancoradas no terreno por tirantes, elementos que permitem transferir, por
tração, esforços para o interior do maciço. Os tirantes podem ser de barra, de
fios e de cordoalha e sua instalação ocorre de cima para baixo, de acordo com o
avanço da escavação (comumente com um sistema de drenagem associado).
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Estruturas de Contenção

tirante

drenos
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra – Estado K 0

No caso de um depósito de solo natural homogêneo e NT horizontal:


NT

v’
h’
X

a relação h’/v’ é constante e é chamada


de coeficiente de empuxo em repouso K0.
Nestas condições (estado K0), NÃO SE
TEM DEFORMAÇÕES LATERAIS NO
SOLO.
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra – Estado K 0

Estimativas de K0

Para Argilas Normalmente Adensadas e Solos Granulares:

K0 = 1 – sen ’

Para Argilas Sobreadensadas:

K0,SA = K0,NA . OCR0.5

Da Teoria da Elasticidade:

K0 
 coeficiente
de Poisson
1
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Estruturas de Contenção

Empuxos de Terra em Repouso

Eo=1/2  H2 Ko
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra em Repouso

presença de NA
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Estruturas de Contenção

Empuxos de Terra em Repouso

Empuxo Ativo: é a pressão


limite induzida entre o solo e o
muro quando existe uma
tendência de movimentação do
solo no sentido de se expandir
horizontalmente.

Empuxo Passivo: é a pressão


limite induzida entre o solo e o
muro quando existe uma
tendência de movimentação do
solo no sentido de se comprimir
horizontalmente.
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Ativos
- solos granulares
v’ = z
Inicialmente, não existem deslocamentos laterais:
v’ z
h’
A h’ = K0 v’ = K0 z

No movimento da parede para fora do solo:

v’ permanece a mesma


h’ diminui até ocorrer a ruptura

estado ativo
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Ativos

estado K0 inicial
ruptura (estado ativo)

v’ 
pressão limite no
estado ativo diminuição de h’ h’ estado K0

estado ativo

movimento da parede
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Ativos
 plano de ruptura: ângulo de
45 + /2 com a horizontal

45 + /2



[h’]ativo v’
[σh ']ativo  K A σ v '
coeficiente de empuxo
ativo de Rankine
1 sen
KA   tg 2 (45  /2)
1 sen
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Ativos
- solos coesivos [σ h ']ativo  p a  γzK a  2c K a

Rankine K a- coeficiente de empuxo ativo

H
 2c K a

zo
Ea  zo
p a dz
1
Ea  K a γ(H 2  z o 2 ) 2c K a (H  z o )
2c 2
zo
 Ka

H K a γ(H  z o ) 2
Ea 
Ea 2

+ 1
H  zo
3

K aH
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Ativos
- solos granulares
v’ = z
Inicialmente, não existem deslocamentos laterais:
v’ z
h’ h’ = K0 v’ = K0 z
A

No movimento da parede em direção ao solo:

v’ permanece a mesma


h’ aumenta até ocorrer a ruptura

estado passivo
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Passivos
 estado K0 inicial
ruptura (estado passivo)

pressão limite no
estado passivo

v’ 
estado passivo
h’ aumento de h’

estado K0

movimento da parede
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Passivos


v’ [h’]passivo 

[σh ']passivo  K P σ v '


coeficiente de empuxo
1 sen  passivo de Rankine
Kp   tg 2 (45   / 2)
1 sen 
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra Passivos
- solos coesivos

Rankine [σh ']passivo  p p  γzKp  2c K p

K p- coeficiente de empuxo passivo

H
Ep  
zo
p p dz

H Ep
1
Ep  γH 2 K p  2cH K p
1
H 2
2
1
H
3

2c K P K pH
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra
Empuxo no Repouso – condições
naturais (nenhuma deformação no
Caso Passivo muro e nenhuma mudança nas tensões
Caso Ativo
v horizontais)

Empuxo Ativo - deformação do muro e


h decréscimo da tensão horizontal

0 Empuxo Passivo - deformação do muro


Tensão e aumento da tensão horizontal

Empuxo passivo

p >> a

Empuxo no repouso
Empuxo ativo
a p Deslocamento
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra
—Teoria de Empuxo de Rankine
(1857)
 muro sem atrito
 paramento do muro vertical
 aterro horizontal
 muro flexível

• [σh ']ativo  γzKa  2c K a

• [σh ']passivo  γzK p  2c Kp


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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra

• Rankine - Superfície do terreno Inclinada de um Ângulo 

cos   cos2   cos2 


K a  cos 
cos   cos2   cos2 

cos   cos2   cos2 


K p  cos 
cos   cos2   cos2 
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra

Teoria de Empuxo de Coulomb (1776)


C

A

Ea
W

D

   R
B
Ea Ea
 

: atrito entre o muro/solo W


R o 
 
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Estruturas de Contenção
Empuxos de Terra

sen2 (   )
ka  2
 sen(   )sen(   ) 
sen ( )sen(   )1
2

 sen(   )sen(   ) 

sen2 (   )
kp  2
 sen(   )sen(   ) 
sen ( )sen(   )1
2

 sen(   )sen(   ) 
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Estruturas de Contenção
Distribuição de Pressões sobre um Muro

[h’]ativo
EA e EP são as
resultantes das
tensões ativas e
passivas sobre o muro

[h’]passivo H

EA=0.5 H2 Ka

h EP=0.5 H2 Kp

KPh KAH
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Estruturas de Contenção
Distribuição de Pressões sobre um Muro

distribuição dos
Solo empuxos ativos

Solo

distribuição dos
empuxos passivos

Solo
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Estruturas de Contenção
Distribuição de Pressões sobre um Muro

Muro com sobrecarga q:


Solo

p a  γzKa  qK a
v Ka

H
Ea  
H
a
ea dz
zo

1
E a  γH 2 K a  qHK a
2

zK a qKa
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Estruturas de Contenção
Distribuição de Pressões sobre um Muro

Muro com sobrecarga q:


Solo

p a  γzKa  qK a
v Ka

H
Ea  
H
a
ea dz
zo

1
E a  γH 2 K a  qHK a
2
qKa zK a
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Tensões Iniciais nos Solos


 O ponto B está na profundidade z, onde se deseja a tensão normal vertical inicial v. O valor
de v pode ser obtido multiplicando o peso específico do solo pela profundidade em que se
encontra o ponto em questão, no caso deste exemplo o Ponto B, ou seja:

v    z
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Tensões Iniciais nos Solos


 Por outro lado se o solo acima do ponto B for estratificado, isto é, composto por n
camadas de solos, o valor de v é dado pelo somatório de i.zi, (i = 1, n), ou seja:

 v    i  zi
n
i1
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Tensões Iniciais nos Solos


 Água no Solo
 A presença de água no solo faz com que apareça uma pressão a mais que
deve ser considerada nos cálculo das pressões verticais atuantes no solo em
questão, conhecida como pressão neutra ou poropressão. E dada pela
equação abaixo:

u   w zw
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Tensões Iniciais nos Solos


 Pressões verticais totais
 Com o que foi visto anteriormente, é fácil concluir que:
 As tensões totais, em um ponto qualquer, em solos secos é dada por:

 v    i  zi ;ou v   z
i1

v    z
 v  17,5  3,0
 v  52,5kPa
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Tensões Iniciais nos Solos


 Pressões verticais totais
 Se o solo apresentar água, basta considerar separadamente as
camadas abaixo e acima do nível de água:

 v  1  z1   sat  z2

 v  1  z1   sat  z2
 v  17,51,0  20  2,0
 v 57,5kPa
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Tensões Iniciais nos Solos


 Princípio da pressão vertical efetiva
 Esse princípio vem de que o comportamento dos solos saturados quanto à
compressibilidade e à resistência ao cisalhamento depende fundamentalmente
da pressão média intergranular, ou seja, da pressão efetiva. Esse conceito é
representado matematicamente por:

 '   u u  10  2
v
u  20kPa

 '  57,5  20
 ' 37,5kPa
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercícios
Calcular e desenhar os diagramas das pressões verticais atuantes no pontos
A, B, C, D e E do perfil de solo abaixo.
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercícios
Calcular e desenhar os diagramas das pressões verticais atuantes no pontos
A, B, C, D e E do perfil de solo abaixo.

Tensões Totais Diagrama


 vA  0
 vB  17,5 2,0
 vB  35,0kPa
 vC  35  3,0  20
 vC 95,0kPa
 vD  95 19  7,0
 vD 228,0kPa
 vE  228  4,0  20
 vE 308,0kPa
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercício continuação
Tensões Neutras Diagrama
ou Poropressões

U vA  0
U vB  0
U vC  3,010
U vC  30,0kPa
U vD  30 10  7,0
U vD  100,0kPa
U vE  100  4,010
U vE  140,0kPa
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercício continuação
Tensões Efetivas Diagrama

´vA  0
´vB  35  0
´vB  35,0kPa
´vC  95  30
´vC  65,0kPa
´vD  228100
´vD 128,0kPa
´vE  308 140
´vE 168,0kPa
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Tensões Iniciais nos Solos

 Exercício Configuração Final


 Diagramas

 Tensões  Tensões  Tensões


Totais Neutras Efetivas
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Tensões Iniciais nos Solos

 Exercícios
 2 – Calcular e desenhar os diagramas das pressões verticais atuantes no pontos
A, B, C e D do perfil de solo abaixo.
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Empuxo do Solo
 Definição de Empuxo
 Entende-se por empuxo de terra a ação horizontal produzida por
um maciço de solo sobre as obras com ele em contato.
 A determinação do valor do empuxo de terra é fundamental para a
análise e o projeto de obras como muros de arrimo, cortinas de
estacas-prancha, construção de subsolos, encontro de pontes, etc.
O valor do empuxo de terra, assim como a distribuição de tensões
ao longo do elemento de contenção, depende da interação solo-
elemento estrutural durante todas as fases da obra.
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Acidentes envolvendo Solos


 Acidente: deslizamento sobre o túnel rebouças
 Local: Rio de Janeiro
 Data: 27/11/2008
 Causa Provável: Encharcamento do solo devido às fortes chuvas
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Empuxo do Solo
 Tensões Horizontais – Empuxo no Repouso
• Até agora foram vistas as tensões verticais iniciais, porém não é suficiente para se
analisar o tensão total que sofre um ponto qualquer no solo, pois em uma análise
bidimensional se faz necessário o conhecimento das tensões horizontais. A tensão
horizontal é definida pelo coeficiente K0, que representa o coeficiente de empuxo
no repouso, pois se trata de uma relação entre tensões efetivas iniciais e tensões
horizontais, este coeficiente é determinado por ensaios.
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercícios
Calcular as tensões efetivas verticais e horizontais nos ponto A, B, C, D e E do perfil
geotécnico e desenhar os respectivos diagramas de variação dessas

tensões.
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercícios
Calcular as tensões efetivas verticais e horizontais nos ponto A, B, C, D e E do perfil
geotécnico e desenhar os respectivos diagramas de variação dessas

tensões. Tensões Efetivas Diagrama

´vA  0
´vB  35  0
´vB  35,0kPa
´vC  95  30
´vC  65,0kPa
´vD  228 100
´vD 128,0kPa
´vE  308 140
´vE 168,0kPa
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercícios - Continuação Tensões Horizontais
 hA  0
 hB  35  0,5
 hB  17,5kPa
 hC  65 0,5
 hC 32,5kPa
 hC  65 0,8
 hC 52,0kPa
 hD  128 0,8
 hD  102,4kPa
 hD  128 0,6
 hD 76,8kPa
 hE  168  0,6
 hE  100,8kPa
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercícios 3 - Continuação

Diagramas
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Tensões Iniciais nos Solos


 Exercícios
 4 – Calcular as tensões efetivas verticais e horizontais nos ponto A, B, C, D e E
do perfil geotécnico e desenhar os respectivos diagramas de variação dessas
tensões.
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Empuxo no Solo
 Empuxo passivo
É a estrutura que é empurrada contra o solo. A força exercida pela
estrutura sobre o solo é de natureza passiva. Um caso típico deste
tipo de interação solo- estrutura é o de fundações que transmitem ao
maciço forças de elevada componente horizontal, como é o caso de
pontes em arco.

Coeficiente de Empuxo Passivo - KP

K p  tg 2  45   
 2
1
E p   K p  h2
2
Exemplo de obra em que os empuxos são de natureza passiva
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Empuxo no Solo
 Empuxo ativo
verifica-se quando determinada estrutura é construída para suportar
um maciço de solo. Neste caso, as forças que o solo exerce sobre
as estruturas são de natureza ativa. O solo “empurra’ a
estrutura, que reage, tendendo a afastar- se do maciço.
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Empuxo no Solo
 Empuxo Ativo e Passivo
 verifica-se em alguns tipos de obras a existência concomitante dos dois

tipos de empuxo o ativo e o passivo, como é o caso da estaca prancha da


Figura abaixo.

Muro - cais ancorado – caso em que se desenvolvem pressões ativas e passivas.


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Empuxo no Solo
 Empuxo Total
 Teoria de Rankine:
 Em resumo, o método de Rankine (1857) considera o solo em estado
de equilíbrio plástico e baseia-se nas seguintes hipóteses:

 Solo isotrópico;
 Solo homogêneo;
 Superfície do terreno plana;
 A ruptura ocorre em todos os pontos do maciço simultaneamente;
 A ruptura ocorre sob o estado plano de deformação;
 O Empuxo total é calculado a partir da integral da distribuição
de tensões horizontais;
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Empuxo no Solo
 Solo Não coesivo
 Empuxo Ativo
 No caso mais simples, considerando um solo homogêneo, seco, com c = 0 , valor
do empuxo ativo total Ea é igual a área do triângulo ABD e pode ser obtido pela
expressão:
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Empuxo no Solo
 Solo Não coesivo:
 Empuxo Passivo
 Admitindo-se agora, que a parede se desloque contra o terrapleno. Para que se
produza o deslizamento, o empuxo deverá ser maior do que o peso do
terrapleno. Assim, a tensão principal maior será horizontal. Neste caso, valor do
empuxo ativo Ep é igual a área do triângulo ABD e pode ser obtido pela
expressão:
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Empuxo no Solo

 Valores de Ka e Kp para diferentes ângulos de


atrito do solo ():

 Ka Kp
0º 1,00 1,00
10º 0,70 1,42
20º 0,49 2,04
25º 0,41 2,47
30º 0,33 3,00
35º 0,27 3,69
40º 0,22 4,40
45º 0,17 5,83
50º 0,13 7,55
60º 0,07 13,90
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Empuxo no Solo
 Exercício: Calcular e desenhar os diagramas de empuxo passivo e
ativo do perfil geotécnico
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Empuxo no Solo
 Exercício: Calcular e desenhar os diagramas de empuxo passivo e ativo do perfil geotécnico
abaixo. K P  tg 2  45  30 
 'vA  0  2
K P  3,0
 'vB  2 17,5  35,0kPa
1
EP   KP  h 2
 'hB  35,0 0,33  11,55kPa 2
 'vC  35 10 3,0  65kPa 1
E P  3,0 20 102
2
 'hC1  65,0  0,33  21,45kPa E P  3000kN / m
 'hC 2  65,0  0,41  26,65kPa
 'vD  65  9  7  128kPa
 'hD1  128,0  0,41  52,48kPa
 'hD 2  128,0  0,33  42,67kPa
 'vE  128 10 12  248kPa
 'hE  248,0  0,33  81,84kPa
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Empuxo no Solo
 Continuação:
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Empuxo no Solo
 Exercício: Calcular e desenhar os diagramas de empuxo passivo e
ativo do perfil geotécnico abaixo.
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Muro de Arrimo
 A designação “Muros de Arrimo” é utilizada de uma forma genérica para referir-se
a qualquer estrutura construída com a finalidade de servir de contenção ou arrimo
a uma determinada massa de solo “instável”, ou seja, que tem a possibilidade de
se movimentar para baixo, à partir da sua ruptura por cisalhamento.

muro em solo-cimento - bairro de N. S. de Lurdes (J. Fora)


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 Os principais tipos de estruturas de contenção são os seguintes:


 Muros de peso: alvenaria de pedras, concreto gravidade, gabiões, solo-pneus,
solo reforçado e sacos de solo-cimento;

muro em pedras arrumadas manualmente


em gaiolas metálicas – gabiões

muro em solo-cimento
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muro em concreto ciclópico - bairro Aeroporto (J. Fora)


muro solo-pneu
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 Muros de concreto armado: seção em L, com contrafortes, cortina atirantada;

Terra armada

muro em cortina atirantada

muro em L com contrafortes


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Muro de Arrimo
 Pré Dimensionamento
 Perfil Retangular
 Econômico somente para pequenas alturas.
 a) Muro em Alvenaria de tijolos
 b = 0,40.h
 b) Muro de alvenaria de Pedra ou de concreto ciclópico:
 b = 0,30.h
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Muro de Arrimo
 Pré Dimensionamento
 Perfil Trapezoidal
 a) Concreto Ciclóplico
 b0 = 0,14.h
 b = b0 + h/3
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Muro de Arrimo
 Pré Dimensionamento
 Perfil Trapezoidal
 b) Alvenaria de Pedra ou Concreto Ciclóplico
 t = h/6
 b = h/3
 d>t
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Muro de Arrimo
 Pré Dimensionamento
 Perfil Escalonado
 Dimensionamento em função da massa específica do material e do
empuxo.
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Muro de Arrimo
 Dimensionamento
 Estabilidade das Estruturas de Arrimo
 Equilíbrio Estático:
 Verificação ao deslizamento ou translação.

• N  Cargasverticais
• T  C argas horizontais
• coeficiente de segurançacontraescorregamento
• esc 1,5
• coeficiente de atritosolo muro
• Solo seco/concreto    0,55
solo saturado/concreto-   0,30
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Muro de Arrimo
 Dimensionamento
 Estabilidade das Estruturas de Arrimo
 Equilíbrio Estático:
 Verificação ao Tombamento:

 M  Momentos de Tombamento
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Muro de Arrimo
 Exemplo Prático
 Dimensionamento de um Muro de Arrimo em concreto ciclópico.
 Dados:
 fck = 30 MPa
 Coeficiente de atrito  = 0,55
 Coeficientes de segurança:
 Escorregamento: 1 = 1,5
 
Tombamento: 2 = 1,5

 Tensão admissível do solo: 2,0 kgf/cm2

 solo  16kN / m³
  30º
 conc  24kN / m³
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Muro de Arrimo
 Pré Dimensionamento

 Largura do Topo
b0  0,14  h
b0  0,145,0
b0  0,70m
 Largura da Base
h
b  b0
3
5,0
b  0,70
3
b  2,37m  2,40m

 hs = trecho enterrado, servindo de sapata ( depende do solo) = 0,30 m


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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Cálculo do Empuxo do solo


 30º 
K a  tg 2  45º   0,33
 2 
1
Ea   K a   solo h2
2
1
Ea  0,33165,02
2
Ea  66,0kN / m

 Empuxo Sobrecarga

Eq  K a  q  h
Eq  0,33 4  5,30
Eq  7,0kN / m
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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Cargas e Braços de alavanca

 a) Muro
 Peso do Muro
1
PMuro    conc  h  (b0 b)
2
1
PMuro   225,0 (0,70  2,50)
2
PMuro  176,0kN / m

 Ponto de aplicação

b02 b 0 bb 2
xMuro 
3 (b  b0 )
0,702  0,70 2,5 2,52
xMuro 
3 (2,5  0,70)
xMuro  0,88m

BMuro  b  xMuro  2,5  0,88  1,62m


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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Cargas e Braços de alavanca

 b) Sapata
 Peso da Sapata
PSapata   conc  hs  b
PSapata  22  0,30 2,50
PSapata  16,50kN / m
 Ponto de aplicação

b 2,5
BSapata    1,25m
2 2
 Peso Total do Muro

PTotal  176 16,5  192,50kN / m


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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Tombamento
 Momento Ativo

M ativo  Eq  h1  Ea h2
M ativo  7,0  2,65  66,0 2,0
M ativo  18,55 132
M ativo  150,55kNm
 Momento do Muro

M Muro  PMuro  BMuro  PSapata  BSapata


M ativo  176,0 1,62 16,5 1,25
M ativo  285,12  20,63
M ativo  305,75kNm
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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Tombamento
 Momento Resultante

M Re sul tan te  M Muro  M ativo


M Re sul tan te  305,75 150,55
M Re sul tan te  155,20kNm

 Coeficiente de Segurançacontra Rotação


M Muro
2  1,5
M ativo
305,75
2   1,5
150,55
2  2,0  1,5
Atende!
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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Escorregamento
 Coeficiente de atrito
 solo sec o / concreto  0,55

Coeficient e de segurança contra o escorregam ento


P
 1   totalMuro  1,5
ETotal
192,50
 1 0,55  1,5
(7,0  66,0)
1  0,55 2,64
1  1,45  1,5  Atende !
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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Equilíbrio Elástico
 Posição do Centro de Pressão
M Re sul tan te
C Pressão 
PTotalMuro
155,20
C Pressão 
192,50
CPr essão  0,81m

 Excentricidade

b
e  C Pressão
2
2,50
e  0,81
2
e  0,44m
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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Cálculos Auxiliares
 Relação Peso do Muro / Base do Muro

 PTotalMuro 192,5
  77,0kN /m
b 2,50
 Relação excentricidade / Base do Muro

6  e 6  0,44
  1,06
b 2,50

 Tensões:

 Máximas:
PTotalMuro  6e 
1   1 
b  b 
 Mínimas:
PTotalMuro  6e 
1   1 
b  b 
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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade

 Tensões:
 Máxima:
PTotalMuro  6e 
1   1 
b  b 
 1  77,0  11,06
 1  158,0kN / m 2

 Mínimas:
PTotalMuro  6e 
2   1 
b  b 
 2  77,0  11,06
 2  5,0kN / m 2
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Muro de Arrimo
 Verificação da Estabilidade
 Sempre que a tensão mínima for Negativa é sinal que está ocorrendo tração
na base do muro, neste caso a verificação deve ser feita excluindo a tração,
e utilizando a fórmula abaixo:

2 PTotalMuro
 máx 
3C Pr essão

 Tensão Máxima:

2 PTotalMuro
 máx 
3 C Pressão
2 192,50
 máx 
3 0,81
 máx  160kN / m 
2
  200kN / m²
adm

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