Você está na página 1de 25

APLICAÇÃO DE METODOLOGIA GDE/UnB EM UMA EDIFICAÇÃO

HABITACIONAL: ESTUDO DE CASO EM ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS- GO


Application of GDE/UnB methodology in a residential building: a case study in Águas
Lindas de Goiás – GO.

Edna Lopes Brandão Vilas Boas (1); Rute Coutinho Silva (2); Thais Aparecida da Silva Alves
(3); Vanessa Pereira da Silva (4); Yuri Rodrigues Costa (5); Matheus Leoni Martins do Nascimento
(6) e Sirlane Gomes Ferreira (7).

(1) Graduanda, Centro Universitário Euro Americano - UNIEURO


(2) Graduanda, Centro Universitário Euro Americano - UNIEURO
(3) Graduanda, Centro Universitário Euro Americano - UNIEURO
(4) Graduanda, Centro Universitário Euro Americano - UNIEURO
(5) Graduando, Centro Universitário Euro Americano - UNIEURO
(6) Professor Mestre, do Centro Universitário Euro Americano – UNIEURO
(7) Professora Especialista, do Centro Universitário Euro Americano – UNIEURO

AV. Castanheira, Lote 3.700, Águas Claras - Brasília-DF, CEP 71.900-100, térreo Bloco D.

Resumo
Nenhum material possui durabilidade “ilimitada”, pois suas propriedades variam em decorrência da interação
da sua estrutura, mais especificamente, da sua microestrutura com o meio ambiente. O concreto, por sua
vez, é um dos materiais de construção mais versáteis e duráveis, tornando-o o segundo material de
construção mais utilizado no mundo, pois, possui muitas vantagens, que não são apenas econômicas, mas
também mecânicas. Entretanto, com o rápido crescimento e avanço no setor da construção civil, novas
técnicas de construção sendo desenvolvidas, a falta de padrões técnicos e falhas involuntárias de casos de
negligência, são cada vez mais frequentes em estruturas de concreto armado, comprometendo a qualidade
e o desempenho previsto da estrutura, gerando desempenhos abaixo do esperado e reduzindo a vida útil para
a qual as estruturas foram projetadas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho, é analisar e avaliar a situação
física da estrutura de concreto de uma edificação habitacional que compreende três pavimentos em Águas
Lindas de Goiás - GO. Para isso, foi aplicada a metodologia GDE/UnB, para avaliação quantitativa do grau
de deterioração de estruturas de concreto, onde visa dar criticidade as peças estruturais de uma edificação,
de modo que o conjunto comprovativo elaborado contribua para a restauração. A abordagem desse estudo
de caso desenvolveu-se, inicialmente, mediante a consulta em acervos para conhecimento científico,
inspeção visual das anomalias da edificação in situ, evidenciando as suas principais manifestações
patológicas, sendo necessário um ensaio de carbonatação para agregar informações no diagnóstico. Como
conclusão da avaliação da situação física da estrutura, observa-se que o método é adequado para determinar
a criticidade das estruturas e para elaborar ações plausíveis para minorar ou mesmo erradicar os problemas
em questão. Logo, foi diagnosticado, que a grande maioria dos elementos estruturais, estão em estado crítico,
sendo de alto grau de periculosidade a habitação neste edifício, o que indica que a edificação deve passar
por um processo de reparo e manutenção urgentes, para que a estrutura atenda aos requisitos mínimos de
qualidade durante a sua utilização e durante toda sua vida útil, ou na pior das hipóteses, a desocupação
imediata do imóvel. Assim sendo, a adoção de medidas apropriadas que garantam a sua qualidade e
durabilidade são fatores imprescindíveis.
Palavras-Chaves: Estrutura de concreto, Manifestações patológicas, Deterioração, Qualidade e Durabilidade.

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 1


Abstract
No material has "unlimited" durability, because its properties vary due to the interaction with structure, more
specifically, microstructure with the environment. Concrete, in turn, is one of the most versatile and durable
building materials, makes it the second most used building material in the world, by having many advantages,
which are not only economic but also mechanical. However, with the fast growth and advancement in the
construction industry, new construction techniques are being developed, the lack of technical standards and
involuntary failures of negligence cases, are increasingly frequent in reinforced concrete structures,
compromising the quality and the expected performance of the structure, generating below-expected
performances and reducing the useful life for which the structures were designed. In this context, the objective
of the present work is to analyze and evaluating the physical situation of the concrete structure of a residential
building which consists three floors in Águas Lindas de Goiás - GO. For this purpose, we apply GDE/UnB
methodology, for quantitative assessment of the degree of deterioration of concrete structures, which aims to
give criticality to the structural parts of a building, so that the supporting set elaborated contributes to the
restoration. The approach of this case study was initially developed through consultation in collections for
scientific knowledge, visual inspection of the anomalies of the building in situ, evidencing main pathological
manifestations, being necessary a carbonatation test to aggregate information in the diagnosis. As a
conclusion of the evaluation of the physical situation of the structure, it is observed that the adequate method
to determine the is criticality of the structures and to elaborate plausible actions to reduce or even eradicate
the problems in question. So, it was diagnosed, that the great majority of the structural elements, are in critical
condition, being of high degree of dangerousness the dwelling in this building, which indicates that the building
must go through a process of repair and maintenance to meet the minimum quality requirements during its use
and for the whole of its intended useful life, or in the worst case, immediate vacancy of the property. The
adoption of appropriate measures that ensure their quality and durability are essential factors.
Keywords: Concrete structure, Pathological manifestations, Deterioration, Quality and Durability.

1 Introdução
O emprego de mão de obra desqualificada aliado a falta de supervisão técnica pode ser a
principal causa de uma série de anomalias apresentadas na construção civil. E alguns tipos
de manifestações patológicas, são consequências de deficiências de projetos e execuções
e que na maioria das vezes, expõe as edificações ao não atendimento de desempenho
desejado.

Logo, os problemas de deterioração nas estruturas de concreto e de seus materiais


componentes, decorrem em grande parte, de um projeto inadequado e de uma execução
malcuidada, deficiências que ainda se constata, serem comuns, provocando a ocorrência
de falhas que, geralmente, resultam na necessidade de recuperação ou de reforço da
estrutura (ou até mesmo, em casos extremos, de demolição) (SOUZA E RIPPER (1998)).

De fato, a maioria das manifestações patológicas poderiam ser evitadas se houvesse um


melhor detalhamento de projeto, escolha apropriada dos materiais e correta execução da
construção, assim como uma maior preocupação com a realização das intervenções de
manutenção nos elementos que compõem as edificações (KLIMPEL E SANTOS (2010)).
Mas infelizmente, muitos cuidados são deixados de lado quando se projeta, se constrói ou
se utiliza uma edificação, prejudicando a vida útil e o desempenho de sua estrutura
(TUTIKIAN E PACHECO (2013)).
ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 2
Deste modo, para o desenvolvimento desta análise foram selecionados vários conceitos
que vão de encontro ao tema estudado. O intuito da pesquisa sobre esse tipo de estudo de
caso, se deu devido às constantes ocorrências de casos parecidos nas cidades do Distrito
federal e entorno, onde, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito
Federal (SINDUSCON-DF), estima que atualmente mais da metade das obras do DF não
tem acompanhamento técnico. Isto acaba levando ao que aconteceu em Vicente Pires,
região administrativa do Distrito Federal, localizada a 3km de Brasília, onde parte de um
edifício desabou e vitimou uma pessoa. Isso ocorre não somente DF, mas em várias outras
regiões do Brasil, como o caso do prédio de dois andares que desabou recentemente, em
Manhumirim-MG, a cerca de 134 Km de Muriaé.

Salienta-se que, tal trabalho não tem a pretensão de englobar todos os aspectos que
possuem influência significativa na durabilidade das estruturas de concreto armado, mas
sim apresentar pontos relevantes sobre a edificação habitacional observada, e a sua
validade em comparação com os casos relatados, e os subsídios para se levantar novas
perspectivas, aplicações de conhecimentos com o mesmo, sempre buscando relacionar ao
máximo as considerações de caráter tecnológico, com as de prática executiva de
acompanhamento e fiscalização técnica das edificações.

1.1 Objetivo Geral


Este trabalho tem por objetivo, analisar e avaliar a situação física da estrutura de concreto
de uma edificação habitacional que compreende em três pavimentos em Águas Lindas de
Goiás - GO. Aplicando-se a metodologia GDE/UnB, inicialmente realizada na UnB, para
avaliação quantitativa do grau de deterioração de estruturas de concreto, onde visa dar
criticidade as peças estruturais da edificação, de modo que o conjunto comprovativo
elaborado, contribua para a sua recuperação ou de reforço da estrutura. Tomando-se como
base e modelo a metodologia GDE/UnB, na formulação de Fonseca (2007).

2 Metodologia GDE/UnB para Quantificação do Grau de


Deterioração de Estruturas de Concreto
2.1 Origem da Metodologia
A metodologia GDE foi elaborada pelo Programa de Pós-Graduação em Estruturas e
Construção Civil da Universidade de Brasília (PECC-UnB) e permite realizar a avaliação
quantitativa do grau de deterioração de estruturas de concreto, analisando e quantificando
as manifestações dos danos e suas evoluções, assim, visa dar criticidade as peças
estruturais de uma edificação, viabilizando a definição de prioridades para realização das
manutenções.

Desenvolvida por CASTRO (1994), para quantificar o grau de deterioração em estruturas


de concreto armado convencionais, evoluiu através de Lopes (1998), Boldo (2002),
Fonseca (2007), Euqueres (2011) e Verly (2015).
ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 3
Castro (1994) a aplicou a metodologia e logo depois, ressaltou a necessidade de maior
número de aplicações para ajuste das formulações e dos parâmetros empregados, então,
ele criou o Caderno de Inspeções, que abrange a concepção dos danos de maior incidência
para cada família de elementos e propõe valores para determinação dos Fatores de
intensidade do dano (Fi), com o intuito de facilitar os trabalhos de inspeção.

Diante de fatos identificados nas aplicações da metodologia em estruturas, foi constatado


que a metodologia de CASTRO (1994), poderia levar, por diversas vezes, a resultados
desconexos, então, LOPES (1998) resolveu modificar a mesma, modificando a fórmula do
grau de deterioração do elemento (Gde). BOLDO (2002), por sua vez, aplicou o princípio
utilizado por LOPES (1998) também para o grau de deterioração da família (Gdf), em
edificações de diferentes ocupações, alterando-se sua denominação do Caderno de
Inspeções para Inspeção para Estruturas de Concreto.

Assim, sucessivamente, Fonseca (2007) utilizou a metodologia GDE/UnB buscando avaliar


o grau de deterioração de estruturas de concreto armado e apresentou adaptações,
indicando alterações nas formulações dos cálculos do Grau de deterioração da família (Gdf)
e do Grau do Dano (D), além disso, apresentou uma alteração nos tipos mais frequentes
de dano.
Do mesmo modo, Euqueres (2011) utilizou e efetuou adaptações a metodologia, com
adequações as estruturas de pontes em relação às estruturas de edificações com base na
metodologia utilizada por Fonseca (2007), para as inspeções e análises, mediante o
documento de referência, e semelhante a Boldo (2002), o documento recebeu alteração na
sua denominação para Roteiro de Inspeções para Estruturas e Pontes de Concreto
Armado. E posteriormente, também foi utilizada e aplicada por Verly (2015), em estruturas
de viadutos com as devidas alterações específicas, além disso, ele também criou o Manual
de Aplicação da Metodologia GDE/UnB a Obras de Arte Especiais, propondo modificações
na formulação do grau de deterioração da estrutura (Gd).

Logo, metodologia GDE/UnB, pode ser utilizada e aplicada em edificações com diferentes
tipos de estruturas, por meio de inspeções e análises, avaliando tanto os elementos
estruturais isoladamente, quanto o edifício como um todo, através dos resultados obtidos,
como base para diversos métodos de avaliação. Além do mais, pode ser utilizada como
ferramenta para gerir atividades de manutenção corretiva, permitindo indicar os elementos
que possuem falhas com maior gravidade e/ou urgência, facilitando tomada de decisão, no
âmbito técnico-financeiro das intervenções.

Segundo FONSECA (2007), o esquema de utilização da metodologia é baseado em um


fluxograma contendo etapas, a serem realizadas de forma sequencial e sistemática,
conforme Figura 2, desenvolvido por CASTRO (1994).

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 4


Figura 1 - Fluxograma da metodologia GDE/UnB (CASTRO (1994)).
2.1.1 Divisão em Famílias de Elementos
A divisão em famílias de elementos, consistiu-se a partir do agrupamento dos elementos
da edificação, que tem funcionalidades estruturais características. Dessa forma foram
definidas as famílias a seguir:

• Pilares;
• Vigas;
• Vigas secundárias;
• Lajes;
• Elementos de composição arquitetônica; e
• Escadas/Rampas.
2.1.2 Fator de Ponderação (Fp)
Essa metodologia, determina valores para fatores característicos, como o “fator de
ponderação” de um dano (Fp), que podem variar de 0 a 5. Sendo utilizados, para atribuir
valores aos danos causados pelas consequências patológicas, que as mesmas podem
apresentar em relação à estética, funcionalidade e estabilidade de determinado elemento
sendo eles, as lajes, pilares, vigas e etc. (FONSECA (2007)).

Mediante as Tabelas 2.1 a 2.5, em anexo, pode ser obtido os valores adotados aos danos
patológicos relativos ao desempenho funcional, estético e de segurança das famílias de
elementos mais usuais da edificação.

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 5


2.1.3 Fatores de intensidade (Fi)
Ainda segundo FONSECA (2007), outro fator característico da metodologia, é o “fator de
intensidade” (Fi), que podem variar de 0 a 4. Sendo utilizados, para inspecionar uma
determinada estrutura e possivelmente verificar lesões do elemento estrutural, podendo ser
classificadas conforme a Tabela 1.

Classificação Fator de Intensidade (Fi)


Sem lesões 0
Lesões leves 1
Lesões toleráveis 2
Lesões graves 3
Estado crítico 4
Tabela 1 - Classificação de lesões de determinado elemento (FONSECA (2007)).

2.2 Formulações da metodologia GDE/UnB


Sendo assim, foram criadas diversas formulações, para aplicação da metodologia
GDE/UnB, com o intuito de analisar e avaliar as estruturas de concreto armado
convencionais, como:

• Grau do dano (D);


• Grau de deterioração de um elemento (Gde);
• Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf);
• Fator de relevância estrutural (Fr); e
• Grau de deterioração da estrutura (Gd).

2.2.1 Grau do Dano (D)


É através dos fatores de ponderação e intensidade, que é calculado o “grau de dano” (D),
em um elemento estrutural (as lajes, pilares, vigas e etc.), levando-se em consideração a
evolução da corrosão de armadura, modelo esse, segundo FONSECA (2007), que foi
proposto por Tuutti em 1982, e generalizada pelo Código Modelo MC - 90 CEB-FIP em
1991, aos demais tipos de degradação das estruturas, conforme demonstrado na equação
1.

(Equação 1)
Onde:
Fi: Fator de intensidade do dano;
Fp: Fator de ponderação do dano.

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 6


2.2.2 Grau de deterioração de um elemento (Gde)
Em relação ao grau de deterioração de um elemento (Gde), LOPES (1988) propôs que, ao
obter-se o grau do dano (D), é possível calcular o grau de deterioração de um elemento
estrutural (Gde). A obtenção desse fator, se dá pela equação 2.

(Equação 2)
Onde:
Gde: Grau de deterioração de um elemento estrutural;
Dmáx: Maior grau de dano no elemento;
m: Número de danos detectados no elemento; e
D(i): O grau de dano de ordem (i).

Após a aplicação da equação 2, é possível determinar qual o nível de deterioração da peça


estrutural, conforme Tabela 2, enquadrando-a em uma das cinco classificações e as
respectivas ações a serem adotadas, para que seja prolongada a vida útil e a segurança
da mesma.

Tabela 2 - Classificação do nível de deterioração de um determinado elemento (FONSECA (2007)).


2.2.3 Grau de deterioração de uma família de elementos (Gdf)
Para obter o grau de deterioração de uma família de elementos, conforme equação 3, toma-
se como base apenas os elementos com Gde ≥ 15, ou seja, que o nível de deterioração do
elemento disponha de um valor superior ou médio.

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 7


(Equação 3)
Onde:
Gdf: Grau de deterioração de uma família de elementos;
Gdemáx: Grau de deterioração máxima do elemento;
Gde(i):Grau de deterioração do elemento de ordem (i);
2.2.4 Fator de Relevância Estrutural (Fr)
FONSECA (2007) aplicou os Fator de Relevância Estrutural (Fr) para as famílias em
conjunto, e do mesmo modo o “fator de relevância estrutural da família de elementos”, de
acordo com MOREIRA (2007), tem por objetivo, considerar a importância relativa das
diversas famílias que subdividem a estrutura, quanto ao comportamento e desempenho da
mesma”.

Fatores de Relevância
Famílias em Conjunto
Estrutural (Fr)
Elementos de composição arquitetônica. 1,0
Reservatório superior. 2,0
Escadas/rampas, reservatório inferior, cortinas, lajes secundárias,
3,0
juntas de dilatação.
Lajes, fundações, vigas secundárias, pilares secundários. 4,0
Vigas e pilares principais. 5,0
Tabela 3 – Fatores de Relevância Estrutural (FONSECA (2007)).
2.2.5 Grau de deterioração da estrutura (Gd)
O “grau de deterioração da estrutura” (Gd), tem uma função diferenciada dos graus de
deterioração dos elementos e das famílias de elementos. Para calcular esse termo, deve-
se levar em consideração o fator de relevância de cada família, conforme Tabela 3, e o grau
de deterioração da família, conforme equação 4.

(Equação 4)
Onde:
Gd: Grau de deterioração global da estrutura;

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 8


k: Número de famílias de elementos presentes na edificação;
Fr: Fatores de Relevância Estrutural; e
Gdf: Grau de deterioração de uma família de elementos.

Após a aplicação da equação 4, é possível determinar qual é o nível de deterioração da


estrutura como um todo, enquadrando-a em uma das classificações, conforme a Tabela 4.

Tabela 4 - Classificação do nível de deterioração da estrutura (FONSECA (2007)).

2.3 Aplicação do método GDE/UnB a uma edificação habitacional


A edificação em estudo está localizada no bairro Parque da Barragem Setor 03, na cidade
de Águas Lindas de Goiás-GO, com longitude - 48º16’04.2”W e latitude - 5º45’27.1”S.

Figura 2 - Imagem da localização da edificação (GOOGLE MAPS (2014)).

O edifício é de natureza de habitacional, ao qual foi aplicada a metodologia GDE/UnB, é


constituído por um pavimento térreo e dois pavimentos superiores. A estrutura foi executada
ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 9
em concreto armado, com alvenaria de vedação de bloco cerâmico, sendo em partes com
revestimento cerâmico e pintura, e em partes aparentemente sem nenhum tipo de
revestimento, com uma área em planta de aproximadamente 415 m 2.

A edificação teve início, por volta, de 1994 e término em 1997, possui cerca de 20 anos.
Contudo, por meio de informações verificadas com os moradores, foi constatado que houve
desvio de materiais, a contratação de mão de obra desqualificada e negligência do
engenheiro responsável pela obra, ou seja, não teve o acompanhamento da execução da
obra, houve apenas a assinatura do projeto, que por sua vez, não foi seguido corretamente,
e devido a essas e outras irregularidades, resultou-se em manifestações patológicas
significantes na estrutura de concreto. Diante de tais fatos, fez-se necessário a utilização
dos documentos relativos a plantas estruturais, arquitetônicas, fundações e instalações, tal
como os diários da obra, laudos de sondagens e especificações dos materiais do período
de planejamento e execução da obra para averiguação, porém não foram encontrados pelo
proprietário do edifício.

A aplicação do método GDE/UnB, foi realizada mediante avaliações e inspeções in loco,


com o uso do roteiro do APÊNDICE B - ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA ESTRUTURAS
DE CONCRETO (FONSECA (2007), modificado), e que é parte integrante da metodologia
que avalia quantitativamente o grau de deterioração de estruturas de concreto de
edificações usuais, e possui objetivo de contribuir para definir as ações necessárias que
garanta a durabilidade e segurança estrutural da edificação, visando auxiliar a tomada de
decisões, no que se refere a manutenção e recuperação da estrutura da edificação
analisada.

Os parâmetros utilizados para quantificar os graus de deterioração dos elementos e da


estrutura, partiram dos fatores de ponderação e de intensidade dos danos nos elementos,
onde foi realizada a determinação sequencial dos graus dos danos existentes em cada
elemento estrutural, dos graus de deterioração dos elementos e das famílias de elementos
de mesma natureza, e, por fim, do grau de deterioração da estrutura.
2.3.1 Agressividade do ambiente
Conforme a Tabela 6.1 da Norma ABNT NBR-6118: 2014, considerando a classificação de
agressividade do ambiente, segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas
partes, é de Classe II – Moderada, onde o risco de deterioração da estrutura é considerado
como sendo pequeno, o que não justifica a criticidade da estrutura.
2.3.2 Identificação dos elementos estruturais
A identificação dos elementos estruturais vistoriados, foram divididos por pavimentos
(térreo, primeiro pavimento e segundo pavimento), com o intuito de localizar e identificar os
elementos, da forma mais clara possível, além disso, foram realizados registros fotográficos
da inspeção, para auxiliar na aplicação da metodologia e no processo de avaliação de
danos e diagnóstico das anomalias encontradas.

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 10


2.3.3 Ensaio de carbonatação
Pelo fato da carbonatação ser um dos mais recorrentes mecanismos de deterioração do
concreto armado, foi realizado o ensaio de carbonatação, nas famílias de lajes, pilares e
vigas. Pois, o ensaio de carbonatação é um indicador de corrosão, realizado basicamente,
com a utilização da fenolftaleína, que é um reagente indicador de pH, é um ensaio
parcialmente destrutivo, havendo necessidade de reparo do local após o ensaio, pode variar
conforme a qualidade do concreto e a exposição, além do mais, pode ser avaliada a
profundidade da carbonatação, e constatar uma redução do pH do concreto.

Logo, deve-se atentar ao fato que a corrosão possua várias classificações, no caso da
corrosão de estruturas de concreto armado, para que esse processo ocorra, é necessária
a presença de alguns elementos, como por exemplo: armadura despassivada, devido à
redução do pH do concreto (carbonatação e/ou ação de cloretos); diferença de potencial na
superfície das armaduras; disponibilidade de oxigênio na armadura; e estas devem estar
ligadas eletroliticamente, através do concreto.

Num concreto homogéneo, a carbonatação avança paralela à superfície. No entanto,


quando a carbonatação atinge o recobrimento das armaduras, a armadura fica
despassivada, permitindo que se inicie o processo de corrosão, comprometendo, deste
modo, a durabilidade do concreto.

Devido tais critérios, fez-se necessário a utilização deste tipo de ensaio para a análise e
classificação na metodologia GDE/Unb. E ao ser realizado o ensaio, foi necessário
estabelecer algumas limitações, pois, não seria possível realizá-lo em todos os elementos
da edificação, devido a ser um método parcialmente destrutivo, havendo necessidade de
reparo do local após o ensaio, o que iria interferir na comodidade dos moradores, em
fatores econômicos, e principalmente pela presença do avançado grau de deterioração de
grande parte dos elementos da estrutura, sendo em sua maioria, os pilares do pavimento
térreo.

Desse modo, foi realizado o ensaio de carbonatação nos elementos que apresentaram
armaduras expostas, desplacamento e segregação do concreto, visando avaliar a
qualidade do concreto e a exposição, além da profundidade da carbonatação, e constatar
a redução do pH do concreto. Todos os elementos testados apresentaram alto teor de
carbonatação.

3 Resultados
Considerando os procedimentos recomendados pela metodologia GDE/UnB descritos
anteriormente, apresentam-se a seguir os resultados obtidos no caso da edificação
localizada no bairro Parque da Barragem, na cidade de Águas Lindas de Goiás-GO, foram
contatados altos níveis de deterioração e alguns dos vários tipos de anomalias que podem
afetar o desempenho e a funcionalidade da estrutura de concreto, sendo essas,
provavelmente adquiridas na execução do projeto (materiais, dosagens inadequadas e/ou
ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 11
mão de obra desqualificada) ou no decorrer da vida útil, causadas por ação de agentes
externos (influência de fenômenos ambientais).

3.1 Tipos de danos encontrados nas estruturas


Foram observados na estrutura da edificação, alguns tipos de danos como, carbonatação
em lajes, pilares e vigas; cobrimentos deficientes, na maior parte dos elementos estruturais;
além de, corrosão de armaduras, desagregação, desplacamentos, falhas de concretagem
(nichos ou ninhos de concreto), eflorescências, manchas e umidade, encontrados em
grandes proporções no térreo da edificação; fissuração inaceitável encontradas em quase
todos os pilares do térreo; impermeabilização deficiente em toda a edificação, pois, a
mesma não possui nenhum tipo de impermeabilização e muito menos juntas de dilatação,
além disso, houve a ausência de camada de acabamento (chapisco e reboco)
predominante nos elementos do pavimento térreo, bem como, foram encontrados sinais de
esmagamento do concreto, na escada.

3.2 Níveis de deterioração encontrados com a utilização do método GDE/UnB


Na classificação dos níveis de deterioração do elemento, constatou-se que os elementos
estão presentes, no nível de deterioração como baixo (55,6%), médio (14,8%), alto (7,4%),
sofrível (1,8%) e crítico (20,4%). Contudo, grande parte dos elementos, encontram-se em
um nível de deterioração baixo, médio e crítico. Já na classificação dos níveis de
deterioração da estrutura, constatou-se que as famílias se apresentam nos níveis de
deterioração alto, sofrível e crítico. Contudo, em relação ao grau de deterioração da
estrutura, 60% das famílias encontram-se em um nível de deterioração crítico, 20% em um
nível de deterioração alto, e 20% em um nível de deterioração sofrível, de acordo com os
dados da Tabela 5, em anexo.

Em relação aos danos mais frequentes observados, encontram-se nas lajes do térreo da
edificação, os danos decorrentes do cobrimento deficiente, com armaduras expostas em
extensões significativas; da corrosão das armaduras, acentuadas nas armaduras de
distribuição e nas armaduras positivas; e da esfoliação do concreto, com escamações de
grandes proporções, com exposição da armadura do elemento.

Assim como, os danos mais frequentes observados nos pilares do térreo, são devido aos
danos causadas, principalmente, pela carbonatação (constatada mediante a realização do
ensaio), corrosão das armaduras, fissuras e esfoliação, constatado em mais da metade dos
pilares, visto que, na maior parte desses elementos possuem fissuras inaceitáveis, devida
às forças de expansão, produto da corrosão das armaduras e a esfoliação do concreto, que
com o passar do tempo colabora a redução significativa da seção do elemento. Esses
fatores foram agravados pela ausência de camadas de acabamento, o que proporcionaria
melhor estanqueidade, visto que, o concreto é um material poroso.

E em relação a família de escadas/rampas e elementos de composição arquitetônica, o


nível de deterioração da estrutura encontra-se, em estado sofrível, conforme resultados
ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 12
encontrados, as ações a serem adotadas, implicam em definir um prazo para inspeção
especializada e detalhada, para que possam ser planejadas as devidas intervenções a curto
prazo (de no máximo 6 meses).

Os resultados foram obtidos efetivamente, pela aplicação da metodologia GDE/UnB e pela


realização de um único ensaio (o ensaio de carbonatação), assim, foi possível demonstrar
que, em geral, foram encontrados na edificação em estudo, danos gerando algum tipo de
insuficiência estrutural, significativa insuficiência estrutural, bem como danos gerando grave
insuficiência estrutural. Portanto, foi constatado, que o nível de deterioração da estrutura
encontra-se, em estado crítico, na família de lajes, pilares e vigas, a vista disso, conforme
resultados encontrados, as ações a serem adotadas, implicam em realizar uma inspeção
especial emergencial, para que possam ser planejadas as devidas intervenções, de caráter
imediato.

Diante disso, os resultados nos levam a conclusão de que diante da aplicação da


metodologia GDE/UnB, o grau de periculosidade a habitação neste edifício é altíssimo,
devido ao fato, que a maior parte do nível crítico da estrutura encontra-se no pavimento
térreo, o que indica que a edificação deve passar por um processo de reparo e manutenção
urgentes, para que a estrutura atenda aos requisitos mínimos de qualidade durante a sua
utilização, sendo por exemplo, uma reforma nas áreas do edifício que apresentam grau de
deterioração crítico, ou se não houver a execução de um reparo urgente, na pior das
hipóteses, pode haver a necessidade da evacuação dos moradores e da demolição da
edificação.

Logo, há a necessidade de adotar sempre a opção mais adequada, sendo a adoção de


medidas apropriadas que garantam a sua qualidade, funcionalidade e durabilidade da
edificação, mediante a qualidade de execução do método construtivo, materiais adequados
e quantificados, mão de obra especializada, projeto normatizado, e o acompanhamento de
profissionais aptos para fiscalizá-la, assim como, a garantia de qualidade de vida das
pessoas que habitam nessa edificação.

4 Conclusão
Assim, mediante características específicas, para fins de aplicação da metodologia
GDE/UnB, foram apresentados os tipos de danos mais frequentes encontrados na
edificação, com estrutura de concreto armado, com uma identificação do nível de gravidade
das lesões e descrição sucinta das intensidades das manifestações, para conclusão dos
resultados apresentados.

Portanto, a metodologia se mostrou aplicável também, a estrutura de uma edificação


habitacional, onde pôde ser observado, que o método é eficiente e pode ser auxiliado por
outros tipos ensaios técnicos, para determinação e obtenção da criticidade das estruturas
em geral, tendo como objetivo principal, contribuir para definir as ações necessárias, como
inspeções detalhadas das possíveis causas, consequências e impactos dos danos
ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 13
presentes na estrutura de concreto, e em relação ao desempenho final do edifício, propõe
ações plausíveis para minorar ou mesmo erradicar os problemas em questão. Diante disso,
cabe frisar, que a utilização da metodologia GDE/UnB, mostrou resultados similares ao
esperado, devido estado em que a edificação se encontra, e pode ser considerada
adequada para avaliação de diversos tipos de estruturas de concreto armado.

Evidentemente, todas as medidas de recuperação da edificação devem ser adotadas por


meio de um plano de manutenção corretiva, já que não houve nenhum tipo de manutenção
preventiva. No entanto, com análises mais precisas, considera-se que possa ser tomada
uma medida mais drástica, ou seja, um planejamento de demolição, o qual é dependente
das propriedades da estrutura.

Cabe salientar ainda, a importância de se recorrer as bibliografias sobre o tema, algumas


das quais foram referenciadas neste texto, bem como, propõe-se as seguintes sugestões
para trabalhos futuros: a aplicação dessa metodologia, utilizando sua última modificação
para estruturas habitacionais de concreto armado, em mais edificações habitacionais, para
atestar a sua eficácia; além disso, na prática, é essencial disponibilizar-se de todos os
documentos técnicos dos edifícios (projetos arquitetônicos, projetos estruturais e diários de
obra), para facilitar e dar credibilidade as possíveis causas dos danos identificados.
Portanto, a aplicação da metodologia GDE/UnB em estruturas de concreto armado, deve
ser adotada não só em Brasília e arredores, mas também em outros estados, adequando
e adaptando, se necessário, as fórmulas e fatores de intensidade e ponderação, de acordo
com as variações de cada ambiente em específico.

5 Referências
ARIVABENE, A.C., Patologias em Estruturas de Concreto Armado Estudo de Caso,
Revista Especialize On-line – IPOG. Goiás, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, NBR 15575: Edificações


Habitacionais - Desempenho - Parte 1: Requisitos Gerais. Rio de Janeiro, 2013.

______. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimentos. Rio de Janeiro,


2014.

______.NBR 9575: Impermeabilização - Seleção e Projeto, Rio de Janeiro, 2010.

BARRIONUEVO, M.R.E., Biodeterioração produzida por biofilmes de fungos e


cianobactérias nas Ruinas Jesuíticas das Missões e Avaliação do seu controle. 2004.

BAUER, L.A.F., Materiais de Construção. Editora: LTC, 5a Edição, Vol. 2, São Paulo,
1994.

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 14


BERTOLINI, L., Materiais de Construção: patologia, reabilitação, prevenção / Luca
Bertolini; tradução Leda Maria Marques Dias Beck, apresentação Paulo Helene. Editora
Oficina de Textos, São Paulo, 2010.

BOLDO, P., Análise Quantitativa de Estruturas de Concreto Armado de Edificações


no Âmbito do Exército Brasileiro. Dissertação de Mestrado, Publicação E.DM-001A/02,
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF,
2002, 295 p.

CASTRO, E.K., Desenvolvimento de Metodologia para Manutenção de Estruturas de


Concreto Armado. Dissertação (Mestrado em Estruturas), Departamento de Engenharia
Civil. Universidade de Brasília, Brasília, DF, 1994.

FONSECA, R.P., A estrutura do Instituto Central de Ciências: Aspectos históricos,


científicos e tecnológicos de projeto, execução, intervenções e propostas de
manutenção. Dissertação de Mestrado em Estruturas e Construção Civil, Publicação E.DM
– 006 A/07, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília.
Brasília, DF. 2007, 213p.

HELENE, P.R.L., Corrosão em armaduras para concreto armado. PINI: Instituto de


Pesquisas Tecnológicas, Editora PINI. São Paulo. 1986.

HELENE, P.R.L., Manual para reparo, reforço e proteção das estruturas de concreto.
Editora PINI. Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT. São Paulo. 1988.

KLIMPEL, E.C. e SANTOS, P.R.C., Levantamento das manifestações patológicas


presentes em unidades do conjunto habitacional Moradias Monteiro Lobato. Trabalho
de Conclusão de Curso (Especialista em Patologia nas Obras Civis) – Instituto IDD, Curitiba,
2010, 98p.

LOPES, B.A.R., Sistema de manutenção estrutural para grandes estoques de


edificações: Estudo para a inclusão do componente Estrutura de Concreto.
Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, Brasília, DF,1998, 308p.

MOREIRA, A.L.A., A estrutura do Palácio da Justiça em Brasília: Aspectos históricos,


projeto, execução, intervenções e proposta de estratégias para manutenção.
Dissertação (Mestrado em Estruturas), Departamento De Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Brasília. Brasília, DF. 2007.

PEREIRA, J.M.S.; SILVA, L.N.; et al., Corrosão em armaduras para concreto armado.
Patologiaifap – WordPress, 2014.

SILVA, F.B., Patologia das construções: uma especialidade na engenharia civil. Revista
Téchne. Editora PINI, São Paulo, 2010.
ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 15
SINDUSCON-DF, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal,
Sinduscon-DF estima que mais da metade das obras no DF não têm
acompanhamento técnico, Imprensa, Notícias, Brasília – DF, 2017. Disponível em:
http://sinduscondf.org.br/portal/noticia.

SOUZA, V.C.M e RIPPER, T., Patologia, recuperação e reforço de estruturas de


concreto. Editora PINI, São Paulo, 1998.

TUTIKIAN, B. e PACHECO, M., Inspección, diagnóstico y prognóstico em


laconstrucción civil. Boletín Técnico, ALCONPAT InternaciMérida, México, 2013.

VERLY, R. C., Comparação das metodologias de inspeção em obras de arte especiais:


Gde/UnB e DNIT. Seminário de dissertação de mestrado, Departamento de Engenharia
Civil e Ambiental, PECC, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2014.

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 16


ANEXO

FAMÍLIAS DE DANOS,
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA GDE/UnB E
FOTOS DE DANOS E FATOR DE INTENSIDADE (Fi).

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 17


FAMÍLIAS DE DANOS
Escada/rampas
Lajes

Tabela 2.1 - Família de elemento estrutural, dano e Tabela 2.2 - Família de elemento estrutural, dano
fator de ponderação (Fp) em lajes (Fonseca (2007)). e fator de ponderação (F p) em escada/rampas
(Fonseca (2007)).

Vigas Pilares

Tabela 2.3 - Família de elemento estrutural, dano e Tabela 2.4 - Família de elemento estrutural, dano
fator de ponderação (Fp) em vigas (Fonseca (2007)). e fator de ponderação (Fp) em pilares (Fonseca
(2007)).

Elementos de composição arquitetônica

Tabela 2.5 - Família de elemento estrutural, dano e fator de ponderação (F p) em elementos de composição
arquitetônica (Fonseca (2007)).

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 18


APLICAÇÃO DA METODOLOGIA GDE/UnB

Tabela 5 – Aplicação da metodologia GDE/UnB, na edificação em estudo (Arquivo pessoal (2018).


ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 19
FOTOS DE DANOS E FATOR DE INTENSIDADE

Fig. 1 – Carbonatação (Fi=4); Cobrimento Fig. 2 – Carbonatação (Fi=4); Cobrimento


deficiente (Fi=3); Corrosão das armaduras deficiente (Fi=3); Corrosão das armaduras
(Fi=4); Desagregação (Fi=3); (Fi=4); Desagregação (Fi=4);
Desplacamento (Fi=,); Eflorescência (Fi=4); Desplacamento (Fi=4); Eflorescência
Falha de concretagem (Fi=2); Fissuras (Fi=2); Fissuras (Fi=2); Manchas (Fi=3);
(Fi=1); Flexas (Fi=1); Manchas (Fi=3); Umidade (Fi=2)
Umidade (Fi=3)

Fig. 3 – Manchas (Fi=2); Umidade (Fi=3) Fig. 4 –Eflorescência (Fi=2); Umidade


(Fi=3)

Fig. 5 – Carbonatação (Fi=4); Cobrimento


deficiente (Fi=1); Corrosão das armaduras Fig. 6 – Não apresenta danos.
(Fi=2); Desagregação (Fi=3);
Desplacamento (Fi=2); Eflorescência
(Fi=1); Falha de concretagem (Fi=2);
Fissuras (Fi=1); Flexas (Fi=1); Manchas
(Fi=2); Sinais de esmagamento (Fi=3);
Umidade (Fi=1)

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 20


Fig. 7 – Eflorescência (Fi=2); Fissuras Fig. 8 – Eflorescência (Fi=1); Fissuras
(Fi=1); Flexas (Fi=1); Manchas (Fi=2); (Fi=1); Flexas (Fi=1); Manchas (Fi=2);
Umidade (Fi=1) Umidade (Fi=1)

Fig. 9 – Carbonatação (Fi=4); Cobrimento Fig. 10 – Eflorescência (Fi=1); Fissuras


deficiente (Fi=3); Corrosão das armaduras (Fi=1); Flexas (Fi=1); Umidade (Fi=1)
(Fi=3); Desplacamento (Fi=3);
Eflorescência (Fi=1); Falha de concretagem
(Fi=1); Fissuras (Fi=2); Flexas (Fi=1);
Manchas (Fi=3); Umidade (Fi=3)

Fig. 11 – Desplacamento (Fi=2); Fig. 12 – Desplacamento (Fi=2);


Eflorescência (Fi=1); Fissuras (Fi=1); Eflorescência (Fi=1); Fissuras (Fi=1);
Flexas (Fi=2); Umidade (Fi=3) Flexas (Fi=2); Umidade (Fi=3)

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 21


Fig. 13 – Carbonatação (Fi=4); Corrosão Fig. 14 – Carbonatação (Fi=4);
das armaduras (Fi=4); Desagregação Desagregação (Fi=3); Desplacamento
(Fi=3); Falha de concretagem (Fi=2); (Fi=4); Fissuras (Fi=4);
Desplacamento (Fi=4); Fissuras (Fi=4);

Fig. 15 – Eflorescência (Fi=2); Fissuras


Fig. 16 –Eflorescência (Fi=3)
(Fi=4); Flexas (Fi=1); Manchas (Fi=2);
Recalque (Fi=2)

Fig.17 – Não apresenta danos Fig. 18. Eflorescência (Fi=2)

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 22


Fig. 19 - Manchas (Fi=2) Fig. 20 - Manchas (Fi=2)

Fig. 21 – Carbonatação (Fi=4); Cobrimento Fig. 22 – Carbonatação (Fi=4); Corrosão


deficiente (Fi=3); Corrosão das armaduras das armaduras (Fi=2); Desagregação
(Fi=4); Desagregação (Fi=4); Falha de (Fi=4); Falha de concretagem (Fi=2);
concretagem (Fi=2); Desplacamento (Fi=4); Desplacamento (Fi=4); Eflorescência
Eflorescência (Fi=1); Fissuras (Fi=2); (Fi=1); Fissuras (Fi=); Flexas (Fi=1);
Flexas (Fi=1); Manchas (Fi=4); Manchas (Fi=3);

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 23


Fig. 23 – Fissuras (Fi=2); Manchas (Fi=2) Fig. 24 – Fissuras (Fi=2); Manchas (Fi=2)

Fig. 25 – Fissuras (Fi=2) Fig. 26 - Desplacamento (Fi=4)

Fig. 27 – Fissuras (Fi=2)

ANAIS DO 60º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2018 – 60CBC2018 24

Você também pode gostar