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(1- εc2/εcu2)h

o
ou
(1- εc3/εcu3)h

ida nic
B
A s2

oib tró
d C
h
∆εp εp(0)
Ap A

pr lec
As1

εs , εp εc

ão o e
ε ud εy 0 ε c2 εcu2
(εc3 ) (εcu3 )
uç ent
A - limite para a extensão de tracção do aço para betão armado
B - limite para a extensão de compressão do betão
pr u m

C - limite para a extensão de compressão simples do betão

Figura 6.1 – Distribuições de extensões admissíveis no estado limite último


re doc
od

6.2 Esforço transverso

6.2.1 Método geral de verificação


IP de

(1)P Para a verificação da resistência em relação ao esforço transverso, definem-se os seguintes valores:
VRd,c valor de cálculo do esforço transverso resistente do elemento sem armadura de esforço
transverso;
© ão

VRd,s valor de cálculo do esforço transverso equilibrado pela armadura de esforço transverso na tensão
Q

de cedência;
s

VRd,max valor de cálculo do esforço transverso resistente máximo do elemento, limitado pelo
es

esmagamento das escoras comprimidas.


Em elementos de altura variável, definem-se os seguintes valores adicionais (ver a Figura 6.2):
pr

Vccd valor de cálculo da componente de esforço transverso da força de compressão, no caso de um


banzo comprimido inclinado;
Im

Vtd valor de cálculo da componente de esforço transverso da força na armadura de tracção, no caso
de um banzo traccionado inclinado.
NP
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o
ida nic
Vccd

Vtd

oib tró
pr lec
Figura 6.2 – Componentes do esforço transverso para elementos de altura variável

(2) A resistência ao esforço transverso de um elemento com armadura de esforço transverso é igual a:

ão o e
VRd = VRd,s + Vccd + Vtd (6.1)
(3) Em regiões do elemento em que VEd ≤ VRd,c, não é necessário o cálculo da armadura de esforço
uç ent
transverso. VEd é o valor de cálculo do esforço transverso na secção considerada resultante das acções
exteriores e do pré-esforço (aderente ou não aderente).
(4) Quando, com base na verificação do esforço transverso, não for necessária nenhuma armadura de esforço
pr u m

transverso, deverá prever-se uma armadura mínima de esforço transverso de acordo com 9.2.2. Esta
armadura mínima de esforço transverso poderá ser omitida em elementos como lajes (maciças, nervuradas ou
vazadas) em que é possível a redistribuição transversal das acções. A armadura mínima também poderá ser
omitida em elementos de pequena importância (por exemplo, lintéis com vão ≤ 2 m) que não contribuam de
re doc

modo significativo para a resistência e estabilidade globais da estrutura.


od

(5) Nas zonas em que VEd > VRd,c obtido pela expressão (6.2), deverá adoptar-se uma armadura de esforço
transverso suficiente de forma a que VEd ≤ VRd (ver a expressão (6.1)).
(6) Em qualquer ponto do elemento, a soma do valor de cálculo do esforço transverso com as contribuições
IP de

dos banzos, VEd - Vccd - Vtd, não deverá exceder o valor máximo admissível VRd,max (ver 6.2.3).
(7) A armadura de tracção longitudinal deverá ser capaz de resistir à força de tracção adicional devida ao
esforço transverso (ver 6.2.3(7)).
© ão

(8) Para elementos sujeitos predominantemente a acções uniformemente distribuídas, não é necessária a
Q

verificação do valor de cálculo do esforço transverso a uma distância inferior a d da face do apoio. Qualquer
s

armadura de esforço transverso necessária deverá prolongar-se até ao apoio. Além disso, deverá verificar-se
es

que o esforço transverso no apoio não excede VRd,max (ver também 6.2.2(6) e 6.2.3(8)).
(9) Quando uma acção é aplicada na zona inferior de uma secção, deverá utilizar-se, para além da armadura
necessária para resistir ao esforço transverso, uma armadura vertical suficiente para transferir a carga para a
pr

zona superior da secção.


Im

6.2.2 Elementos para os quais não é requerida armadura de esforço transverso


(1) O valor de cálculo do esforço transverso resistente VRd,c é obtido por:
VRd,c = [CRd,ck(100 ρ l fck)1/3 + k1 σcp] bwd (6.2.a)
com um mínimo de
VRd,c = (vmin + k1σcp) bwd (6.2.b)
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em que:

o
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fck em MPa;
200
k = 1+ ≤ 2,0 com d em mm;
d

oib tró
Asl
ρ l= ≤ 0,02 ;
bw d

pr lec
Asl área da armadura de tracção prolongada de um comprimento ≥ (lbd + d) para além da secção
considerada (ver a Figura 6.3);

ão o e
bw menor largura da secção transversal na área traccionada [mm];
σcp= NEd/Ac < 0,2 fcd [MPa];
NEd esforço normal na secção devido às acções aplicadas ou ao pré-esforço [em N] (NEd > 0 para
uç ent
compressão). Em NEd, a influência das deformações impostas poderá ser ignorada;
Ac área da secção transversal de betão [mm2];
pr u m

VRd,c em [N].
NOTA: Os valores de CRd,c, vmin e k1 a utilizar num determinado país poderão ser indicados no respectivo Anexo Nacional. O valor
recomendado de CRd,c é 0,18/γc, o de vmin é obtido pela expressão (6.3N) e o de k1 é 0,15.
re doc

vmin =0,035 k3/2 ⋅ fck1/2 (6.3N)


od

l bd l bd A sl A
VEd VEd
IP de

d 45 o 45 o
45 o d

VEd
© ão

A sl A A sl A l bd
Q
s

A - secção considerada
es

Figura 6.3 – Definição de Asl na expressão (6.2)


pr
Im

(2) Em elementos pré-esforçados com um único vão e sem armadura de esforço transverso, a resistência ao
esforço transverso das zonas fendilhadas em flexão poderá ser calculada utilizando a expressão (6.2a). Em
zonas não fendilhadas em flexão (em que a tensão de tracção por flexão é inferior a fctk,0,05/γc), a resistência
ao esforço transverso deverá ser limitada pela resistência à tracção do betão. Nestas zonas, a resistência ao
esforço transverso é obtida por:
Ι ⋅ bw
VRd,c = ( f ctd )2 + α lσ cp f ctd (6.4)
S
em que:
I momento de inércia;
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bw largura da secção transversal ao nível do centro de gravidade, sendo a existência de bainhas

o
considerada de acordo com as expressões (6.16) e (6.17);

ida nic
S momento estático da área situada acima do eixo que passa pelo centro de gravidade da secção em
relação a esse eixo;
αl = lx/lpt2 ≤ 1,0 para armaduras de pré-esforço por pré-tensão

oib tró
= 1,0 para outros tipos de pré-esforço;
lx distância da secção considerada ao início do comprimento de transmissão;

pr lec
lpt2 limite superior do comprimento de transmissão da armadura de pré-esforço, de acordo com a
expressão (8.18);

ão o e
σcp tensão de compressão do betão ao nível do centro de gravidade devida às acções axiais e/ou ao
pré-esforço (σcp = NEd /Ac em MPa, NEd > 0 para a compressão).
Para secções transversais em que a largura varia ao longo da altura, a tensão principal máxima poderá
uç ent
ocorrer a um nível que não seja o do centro de gravidade. Neste caso, o valor mínimo da resistência ao
esforço transverso deverá ser determinado calculando VRd,c em vários níveis na secção transversal.
(3) A verificação da resistência ao esforço transverso, de acordo com a expressão (6.4), não é necessária para
pr u m

secções que estejam mais próximas do apoio do que o ponto de intersecção do eixo elástico do centro de
gravidade com uma linha a 45o traçada a partir da face interior do apoio.
(4) Para o caso geral de elementos sujeitos a flexão composta e relativamente aos quais é possível
re doc

demonstrar que não fendilham em flexão no estado limite último, considera-se 12.6.3.
od

(5) Para o cálculo da armadura longitudinal, na região fendilhada por flexão, deverá efectuar-se uma
translação do diagrama de MEd, de uma distância al = d na direcção desfavorável (ver 9.2.1.3(2)).
(6) Para elementos com acções na face superior aplicadas a uma distância 0,5d ≤ av ≤ 2d da face de um apoio
IP de

(ou do centro do apoio no caso de apoios flexíveis), a contribuição dessas acções para o esforço transverso,
VEd, poderá ser multiplicada por β = av/2d. Esta redução poderá ser aplicada na verificação de VRd,c segundo a
expressão (6.2.a), só sendo válida na condição de a armadura longitudinal estar totalmente amarrada no
apoio. Para av ≤ 0,5d, deverá utilizar-se o valor av = 0,5d.
© ão

O esforço transverso VEd, calculado sem aplicar o coeficiente de redução β, deverá, no entanto, satisfazer
Q

sempre a condição:
s

VEd ≤ 0,5 bwd ν fcd (6.5)


es

em que:
ν coeficiente de redução da resistência do betão fendilhado por esforço transverso.
pr

NOTA: O valor de ν a utilizar num determinado país poderá ser indicado no respectivo Anexo Nacional. O valor recomendado é
Im

obtido por:

 f 
ν = 0,6 1 − ck  (fck em MPa) (6.6N)
 250 
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o
ida nic
av

oib tró
d
d

pr lec
av

ão o e
uç ent
(a) Viga com apoio directo (b) Consola curta
pr u m

Figura 6.4 – Acções junto dos apoios

(7) As vigas com acções junto de apoios e de consolas curtas poderão ser calculadas, em alternativa, com
re doc

modelos de escoras e tirantes. Para esta alternativa, considera-se 6.5.


od

6.2.3 Elementos para os quais é requerida armadura de esforço transverso


(1) O cálculo de elementos com armadura de esforço transverso baseia-se num modelo de treliça (ver a
Figura 6.5). Os valores limites para o ângulo θ das escoras inclinadas na alma são indicados em 6.2.3(2).
IP de

Na Figura 6.5 são apresentadas as seguintes notações:


α ângulo formado pela armadura de esforço transverso com o eixo da viga (medido positivo como
© ão

representado na Figura 6.5);


Q

θ ângulo formado pela escora comprimida de betão com o eixo da viga;


s

Ftd valor de cálculo da força de tracção na armadura longitudinal;


es

Fcd valor de cálculo da força de compressão no betão na direcção do eixo longitudinal do elemento;
bw menor largura da secção entre os banzos traccionado e comprimido;
pr

z braço do binário das forças interiores, para um elemento de altura constante, correspondente ao
momento flector no elemento considerado. Na verificação em relação ao esforço transverso numa
Im

secção de betão armado sem esforço normal, poderá geralmente utilizar-se o valor aproximado
z = 0,9d.
Em elementos com armaduras de pré-esforço inclinadas, deverá adoptar-se uma armadura longitudinal no
banzo traccionado para equilibrar a força de tracção longitudinal devida ao esforço transverso, como definida
em (7).
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o
A

ida nic
B
Fcd V(cot θ - cotα )

α ½z N M
θ

oib tró
d z = 0.9d
V ½z V

pr lec
Ftd
D s C

ão o e
A - banzo comprimido, B - escoras, C - banzo traccionado, D - armadura de esforço transverso
uç ent
pr u m
re doc
od

bw bw
IP de

Figura 6.5 – Modelo de treliça e notações para elementos com armaduras de esforço transverso

(2) O ângulo θ deverá ser limitado.


© ão

NOTA: Os valores limites de cotθ a utilizar num determinado país poderão ser indicados no respectivo Anexo Nacional. Os limites
Q

recomendados são obtidos pela expressão (6.7N):


s

1 ≤ cotθ ≤ 2,5 (6.7N)


es

(3) No caso de elementos com armaduras de esforço transverso constituída por estribos verticais, o valor de
cálculo do esforço transverso resistente, VRd, é o menor dos valores:
pr

Asw
VRd,s = z f ywd cot θ (6.8)
s
Im

NOTA: No caso de se utilizar a expressão (6.10), o valor de fywd na expressão (6.8) deverá ser reduzido para 0,8 fywk .

e
VRd,max = αcw bw z ν1 fcd/(cotθ + tanθ ) (6.9)
em que:
Asw área da secção transversal das armaduras de esforço transverso;
s espaçamento dos estribos;
fywd valor de cálculo da tensão de cedência das armaduras de esforço transverso;
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ν1 coeficiente de redução da resistência do betão fendilhado por esforço transverso;

o
αcw coeficiente que tem em conta o estado de tensão no banzo comprimido.

ida nic
NOTA 1: O valor de ν1 e de αcw a utilizar num determinado país poderá ser indicado no respectivo Anexo Nacional. O valor
recomendado de ν1 é ν (ver a expressão (6.6N)).

oib tró
NOTA 2: Se o valor de cálculo da tensão da armadura de esforço transverso for inferior a 80 % do valor característico da tensão
de cedência fyk, poderá adoptar-se para ν1:
ν1 = 0,6 para fck ≤ 60 MPa (6.10.aN)

pr lec
ν1 = 0,9 – fck /200 > 0,5 para fck ≥ 60 MPa (6.10.bN)
NOTA 3: O valor recomendado de αcw é conforme segue:

ão o e
1 para estruturas não pré-esforçadas
(1 + σcp/fcd) para 0 < σcp ≤ 0,25 fcd (6.11.aN)
1,25 para 0,25 fcd < σcp ≤ 0,5 fcd (6.11.bN)
uç ent
2,5 (1 - σcp/fcd) para 0,5 fcd < σcp < 1,0 fcd (6.11.cN)
em que:
σ cp tensão de compressão média, considerada positiva, no betão devida ao valor de cálculo do esforço normal. Deverá ser
pr u m

obtida efectuando a média em toda a secção de betão tendo em conta a armadura. Não é necessário calcular σcp a
uma distância inferior a 0,5d cot θ da face do apoio.
NOTA 4: A área efectiva máxima da secção transversal das armaduras de esforço transverso, Asw,max, para cotθ =1 é obtida por:
re doc

Asw, max f ywd 1


≤ α cwν 1 f cd (6.12)
od

bw s 2

(4) No caso de elementos com armaduras de esforço transverso inclinadas, a resistência ao esforço transverso
é o menor dos valores:
IP de

Asw
VRd,s = z f ywd (cot θ + cot α )s e n α (6.13)
s
© ão

e
Q

VRd,max = αcw bw zν1 f cd (cotθ + cotα ) / (1 + cot 2θ ) (6.14)


s

NOTA: A armadura efectiva máxima de esforço transverso, Asw,max para cotθ =1 é obtida por:
es

1
Asw, max f ywd α cwν 1 f cd
≤ 2 (6.15)
pr

bw s senα

(5) Nas zonas em que não há descontinuidade de VEd (por exemplo, no caso de acções uniformemente
Im

distribuídas aplicadas na face superior), a armadura de esforço transverso num comprimento


elementar l = z (cot θ) poderá ser calculada utilizando o menor valor deVEd nesse comprimento.
(6) No caso de a alma conter bainhas metálicas injectadas de diâmetro φ > bw/8, a resistência ao esforço
transverso, VRd,max, deverá ser calculada com base numa espessura nominal da alma:
bw,nom = bw - 0,5Σφ (6.16)
em que φ é o diâmetro exterior da bainha e Σφ é determinado para o nível mais desfavorável.
Para bainhas metálicas injectadas com φ ≤ bw /8, bw,nom = bw.
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Para bainhas não injectadas, bainhas plásticas injectadas e armaduras não aderentes, a espessura nominal da

o
alma é:

ida nic
bw,nom = bw - 1,2 Σφ (6.17)
O valor 1,2 na expressão (6.17) é introduzido para ter em conta a fissuração das escoras de betão devida à

oib tró
tracção transversal. No caso de ser utilizada uma armadura transversal adequada, este valor poderá ser
reduzido para 1,0.
(7) A força de tracção adicional na armadura longitudinal, ∆Ftd, devida ao esforço transverso VEd poderá ser

pr lec
calculada pela expressão:
∆Ftd= 0,5 VEd (cot θ - cot α ) (6.18)

ão o e
(MEd/z) + ∆Ftd não deverá ser considerado superior a MEd,max/z, em que MEd,max é o momento máximo ao
longo da viga.
(8) No caso de elementos com acções aplicadas na face superior a uma distância da face do apoio
uç ent
0,5d ≤ av ≤ 2,0d, a contribuição desta carga para o esforço transverso VEd poderá ser minorada por β = av/2d.
O esforço transverso VEd assim calculado deverá satisfazer a condição:
VEd ≤ Asw⋅fywd sen α (6.19)
pr u m

em que Asw. fywd é a resistência das armaduras de esforço transverso que atravessam entre as áreas carregadas
as fendas inclinadas de esforço transverso (ver a Figura 6.6). Apenas deverá ser considerada a armadura de
esforço transverso na zona central de extensão 0,75 av. A minoração por β só deverá ser aplicada no cálculo
re doc

das armaduras de esforço transverso. Esta minoração só é válida se a armadura longitudinal estiver
totalmente amarrada no apoio.
od

0,75av 0,75av
IP de

α α
© ão
Q

av
s

av
es

Figura 6.6 – Armadura de esforço transverso em vãos curtos, com transmissão


pr

directa da carga
Im

Para av < 0,5d, deverá utilizar-se o valor av = 0,5d.


O valor VEd, calculado sem minoração por β, deverá sempre ser inferior a VRd,max, ver a expressão (6.9).

6.2.4 Corte na ligação da alma aos banzos


(1) A resistência ao esforço transverso do banzo poderá ser calculada considerando o banzo como um
sistema de escoras comprimidas de betão associadas a tirantes constituídos pelas armaduras transversais
traccionadas.
NP
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(2) Deverá adoptar-se uma área mínima de secção de armaduras longitudinais, conforme especificado em

o
9.3.1.

ida nic
(3) A tensão de corte longitudinal, vEd, na ligação de um lado do banzo com a alma, é determinada pela
variação do esforço normal (longitudinal) na parte considerada do banzo:
vEd = ∆Fd/(hf ⋅ ∆x)

oib tró
(6.20)
em que:

pr lec
hf espessura do banzo na ligação;
∆x comprimento considerado, ver a Figura 6.7;
∆Fd variação do esforço normal no banzo ao longo do comprimento ∆x.

ão o e
uç ent
Fd A
pr u m

Fd b eff
∆x
re doc

sf
θf
A
od

hf
IP de

B Fd + ∆Fd

A sf
© ão

Fd + ∆Fd
Q

bw
s

A - escoras comprimidas B - varão longitudinal amarrado para além deste ponto de


es

projecção (ver 6.2.4(7))


pr

Figura 6.7 – Ligação do banzo com a alma - Notações


Im

O valor máximo que se poderá considerar para ∆x é igual a metade da distância entre as secções de momento
nulo e máximo. No caso de acções pontuais, o comprimento ∆x não deverá exceder a distância entre as
acções pontuais.
(4) A armadura transversal por unidade de comprimento Asf/sf poderá ser determinada por:
(Asf fyd/sf) ≥ vEd ⋅ hf/ cot θf (6.21)
Para impedir o esmagamento das escoras comprimidas no banzo, deverá ser satisfeita a seguinte condição:
vEd ≤ ν fcd senθf cosθf (6.22)
NP
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NOTA: O intervalo admissível para os valores de cot θf a utilizar num determinado país poderá ser definido no respectivo Anexo

o
Nacional. Na ausência de cálculos mais rigorosos, os valores recomendados são:

ida nic
1,0 ≤ cot θf ≤ 2,0 para banzos comprimidos (45° ≥ θf ≥ 26,5°)
1,0 ≤ cot θf ≤ 1,25 para banzos traccionados (45° ≥ θf ≥ 38,6°)

oib tró
(5) No caso em que o esforço longitudinal na ligação da alma com o banzo se combina com esforços de
flexão transversal, a área da secção de armaduras deverá ser maior do que a obtida pela expressão (6.21) ou
do que metade do valor obtido pela expressão (6.21) acrescido da área necessária para a flexão transversal.

pr lec
(6) Se vEd for inferior ou igual a kfctd, não é necessária nenhuma armadura adicional, para além da necessária
à flexão.
NOTA: O valor de k a utilizar num determinado país poderá ser indicado no respectivo Anexo Nacional. O valor recomendado é

ão o e
0,4.

(7) A armadura de tracção longitudinal no banzo deverá ser amarrada para além da escora necessária para
voltar a transmitir a força para a alma na secção em que essa armadura é necessária (ver a Secção (A - A) da
uç ent
Figura 6.7).

6.2.5 Esforço longitudinal nas juntas de betonagem em diferentes datas


pr u m

(1) A tensão tangencial nas juntas de betonagens em diferentes datas deverá, além dos requisitos de 6.2.1 a
6.2.4, satisfazer também o seguinte:
vEdi ≤ vRdi (6.23)
re doc

vEdi é o valor de cálculo da tensão tangencial na junta obtido por:


od

vEdi = β VEd / (z bi) (6.24)


em que:
β
IP de

relação entre o esforço longitudinal na secção de betão novo e o esforço longitudinal total na
zona de compressão ou na zona de tracção, ambos calculados na secção considerada;
VEd esforço transverso;
© ão

z braço do binário da secção composta;


Q

bi largura da junta (ver a Figura 6.8);


s

vRdi valor de cálculo da tensão tangencial resistente na junta obtido por:


es

vRdi = c fctd + µσn + ρ fyd (µ sen α + cos α) ≤ 0,5 ν fcd (6.25)


em que:
pr

ceµ coeficientes que dependem da rugosidade da junta (ver (2));


Im

fctd definido em 3.1.6(2)P;


σn tensão devida ao esforço normal exterior mínimo na junta, que pode actuar simultaneamente com o
esforço transverso, positivo se de compressão, com σn < 0,6 fcd, e negativo se de tracção. Quando
σn é de tracção, c fctd deverá ser considerado igual a 0.
ρ = As / Ai
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o
bi

ida nic
oib tró
bi

pr lec
ão o e bi
uç ent
pr u m

Figura 6.8 – Exemplos de juntas de betonagem

As área da secção de armaduras que atravessa a junta incluindo a das armaduras de esforço transverso (caso
re doc

existam), com amarração adequada de ambos os lados da junta;


Ai área da junta;
od

α definido na Figura 6.9 e deverá ser limitado de modo que 45° ≤ α ≤ 90°;
ν coeficiente de redução da resistência (ver 6.2.2(6)).
IP de

45 ≤ α ≤ 90
h2 ≤ 10 d NEd
© ão

C
A
Q

α
V Ed
s

d 5 mm
es

h1 ≤ 10 d V Ed
B C
≤ 30
pr

A - betão novo, B - betão antigo, C - amarração


Im

Figura 6.9 – Junta de construção indentada

(2) Na falta de informações mais pormenorizadas, as superfícies são classificadas como muito lisas, lisas,
rugosas ou indentadas, conforme os seguintes exemplos:

− Muito lisa: uma superfície moldada por aço, plástico ou por moldes de madeira especialmente preparados:
c = 0,025 a 0,10 e µ = 0,5.
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− Lisa: uma superfície extrudida ou executada com moldes deslizantes, ou executada sem cofragem e não

o
tratada após a vibração: c = 0,20 e µ = 0,6.

ida nic
− Rugosa: uma superfície com rugosidades de pelo menos 3 mm de altura e espaçadas cerca de 40 mm,
obtidas por meio de raspagem, de jacto de água, ar ou areia ou por meio de quaisquer outros métodos de
que resulte um comportamento equivalente: c = 0,40 e µ = 0,7.

oib tró
− Indentada: uma superfície com recortes em conformidade com a Figura 6.9: c = 0,50 e µ = 0,9.
(3) As armaduras transversais poderão distribuir-se por zonas com espaçamento constante, como indicado na

pr lec
Figura 6.10. Nos casos em que a ligação entre os dois betões diferentes seja assegurada pela armadura (vigas
com armaduras em treliça electrossoldada), a contribuição do aço para vRdi poderá ser considerada igual à
resultante das forças em cada diagonal, desde que 45° ≤ α ≤ 135°.

ão o e
(4) A resistência ao corte longitudinal de juntas entre elementos de laje ou de parede poderá ser calculada de
acordo com 6.2.5(1). No entanto, no caso em que a junta possa ficar significativamente fissurada, c deverá
ser considerado igual a 0 para juntas lisas e rugosas e igual a 0,5 para juntas indentadas (ver também
uç ent
10.9.3(12)).
(5) Sob acções dinâmicas ou que envolvam fadiga, os valores de c indicados em 6.2.5(1) deverão ser
reduzidos de metade.
pr u m
re doc
od
IP de

v Edi ρ f yd (µ sin α + cos α)


© ão
Q

c fctd + µ σ n
s
es
pr

Figura 6.10 – Diagrama de esforço transverso representando a armadura necessária na junta


Im

6.3 Torção

6.3.1 Generalidades
(1)P Nos casos em que o equilíbrio estático de uma estrutura depende da resistência à torção de elementos
dessa estrutura, deve efectuar-se uma verificação da torção, quer em relação ao estado limite último quer em
relação ao estado limite de utilização.
(2) No caso de estruturas hiperestáticas, em que os esforços de torção resultam apenas de considerações de
compatibilidade, e em que a estabilidade da estrutura não depende da resistência à torção, não será
geralmente necessária uma verificação da torção em relação ao estado limite último. Nestes casos, deverá
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adoptar-se uma armadura mínima, como indicado nas secções 7.3 e 9.2, sob a forma de estribos e de varões

o
longitudinais, a fim de evitar uma fendilhação excessiva.

ida nic
(3) A resistência das secções à torção poderá ser calculada com base numa secção fechada de paredes finas,
na qual o equilíbrio é satisfeito por um fluxo fechado de tensões tangenciais. As secções cheias poderão ser
idealizadas como secções ocas equivalentes de paredes finas. As secções com uma forma complexa, como

oib tró
por exemplo as secções em T, poderão ser divididas numa série de secções elementares, cada uma das quais
é idealizada como uma secção de paredes finas equivalente, sendo a resistência à torção do conjunto
considerada como igual à soma das resistências de cada elemento.

pr lec
(4) A distribuição dos momentos torsores actuantes nas secções elementares deverá ser proporcional à
rigidez de torção destas no estado não fendilhado. No caso de secções ocas, a espessura equivalente da
parede não deverá exceder a espessura real.

ão o e
(5) Cada secção elementar poderá ser calculada separadamente.

6.3.2 Método de cálculo


uç ent
(1) A tensão tangencial numa parede de uma secção sujeita a um momento torsor circular poderá ser
calculada a partir de:
pr u m

TEd
τ t,i tef,i = (6.26)
2Ak
O esforço tangencial VEd,i numa parede i devido à torção é obtido por:
re doc

VEd,i = τ t,i tef,i zi (6.27)


od

em que:
TEd valor de cálculo do momento torsor aplicado (ver a Figura 6.11);
IP de

A zi
© ão
Q

A - linha média
s

C B - face exterior da secção


es

B transversal, perímetro u
TEd C - recobrimento
pr

tef/2
Im

tef

Figura 6.11 – Notações e definições utilizadas na secção 6.3


NP
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Ak área limitada pelas linhas médias das paredes, incluindo áreas interiores ocas;

o
τ t,i

ida nic
tensão tangencial de torção na parede i;
tef,i espessura eficaz da parede. Poderá ser considerada igual a A/u, mas não deverá ser inferior ao
dobro da distância entre a face exterior da secção e o eixo das armaduras longitudinais. No caso de

oib tró
secções ocas, a espessura real é um limite superior;
A área total da secção transversal definida pelo contorno exterior (incluindo áreas interiores ocas);

pr lec
u perímetro do contorno exterior da secção;
zi comprimento da parede i, definido pela distância entre os pontos de intersecção de paredes
adjacentes.

ão o e
(2) Os efeitos da torção e do esforço transverso poderão ser sobrepostos, tanto para secções ocas como para
secções cheias, adoptando-se o mesmo valor para a inclinação das escoras θ. Os limites de θ indicados em
6.2.3(2) são também inteiramente aplicáveis no caso da acção combinada de esforço transverso com torção.
uç ent
A capacidade resistente máxima de um elemento sujeito a esforço transverso associado a torção é definida
em 6.3.2(4).
(3) A área da secção transversal da armadura longitudinal de torção, ΣAsl, poderá ser calculada a partir da
pr u m

expressão (6.28):

∑A sl f yd
=
TEd
cot θ (6.28)
re doc

uk 2Ak
od

em que
uk perímetro da área Ak;
IP de

fyd valor de cálculo da tensão de cedência da armadura longitudinal Asl;


θ ângulo das escoras comprimidas (ver a Figura 6.5).
Nos banzos comprimidos, a armadura longitudinal poderá ser reduzida proporcionalmente à força de
© ão

compressão instalada. Nos banzos traccionados, a armadura longitudinal de torção deverá adicionar-se às
Q

outras armaduras. Em geral, a armadura longitudinal deverá ser distribuída pelo comprimento do lado, zi,
mas, para secções pequenas, poderá ser concentrada nas extremidades dos lados.
s
es

(4) A resistência máxima de um elemento sujeito aos esforços de torção e transverso é limitada pela
resistência das escoras de betão. Para que esta resistência não seja excedida, a seguinte condição deverá ser
satisfeita:
pr

TEd / TRd,max + VEd / VRd,max ≤ 1,0 (6.29)


Im

em que:
TEd valor de cálculo do momento torsor;
VEd valor de cálculo do esforço transverso;
TRd,max valor de cálculo do momento torsor resistente obtido por:
TRd,max = 2να cw f cd Ak t ef,i senθ cosθ (6.30)

em que ν é definido em 6.2.2(6) e αcw é obtido pela expressão (6.9);


NP
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VRd,max valor de cálculo do esforço transverso resistente máximo, de acordo com as expressões (6.9) ou

o
(6.14). Em secções cheias, a largura total da alma poderá ser considerada na determinação de

ida nic
VRd,max.
(5) Para secções cheias, aproximadamente rectangulares, só é necessária uma armadura mínima (ver 9.2.1.1)
desde que a seguinte condição seja satisfeita:

oib tró
TEd / TRd,c + VEd / VRd,c ≤ 1,0 (6.31)
em que:

pr lec
TRd,c momento torsor de fendilhação, que poderá ser determinado pondo τ t,i = fctd;
VRd,c obtido pela expressão (6.2).

ão o e
6.3.3 Torção com empenamento
(1) A torção com empenamento poderá, geralmente, ser ignorada para secções fechadas de paredes finas e
uç ent
secções cheias.
(2) Em elementos abertos de paredes finas, poderá ser necessário considerar a torção com empenamento.
Para secções muito esbeltas, o cálculo deverá ser efectuado com base num modelo de grelha e, para outros
pr u m

casos, com base num modelo de treliça. Em todos os casos, o cálculo deverá ser efectuado de acordo com as
regras de cálculo relativas à flexão composta e ao esforço transverso.

6.4 Punçoamento
re doc
od

6.4.1 Generalidades
(1)P As regras indicadas nesta secção complementam as da secção 6.2 e abrangem o punçoamento de lajes
maciças, de lajes aligeiradas com zonas maciças sobre pilares, e de fundações.
IP de

(2)P O punçoamento pode resultar de uma carga concentrada ou de uma reacção aplicada a uma área
relativamente pequena, designada por área carregada, Aload, de uma laje ou de uma fundação.
(3) Na Figura 6.12 apresenta-se um modelo apropriado à verificação do punçoamento no estado limite último.
© ão
Q
s
es
pr
Im

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