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CV 8720 – Concreto Armado II

Cápítulo 2 – Flexão Composta Normal


DIAGRAMA DE INTERAÇÃO
Por. MARCELLO CHEREM
E-mail: mcherem@fei.edu.br
Disciplina: CV8720 – Concreto Armado II
Professor: Marcello Cherem

1. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
1.1. Domínios de estado-limite último de uma seção transversal

Nomenclatura
bw largura da seção transversal
h altura total da seção transversal
di altura útil da camada de aço ‘i’
u deformação específica do aço na ruptura (u =10 ‰)
cu deformação específica de encurtamento do concreto na ruptura
c2 deformação específica de encurtamento do concreto no início do patamar plástico
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1. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
1.1. Domínios de estado-limite último de uma seção transversal

As deformações específicas ‘cu’ e ’c2’ dependem da classe de resistência do


concreto utilizada.

Para concretos até C50: cu = 3,5 ‰


(Resistência normal) c2 = 2,0 ‰ 4
90 − fck 
cu = 2,6 ‰ + 35 ‰   
 100 
Para concretos entre C55 e C90:
(Alta resistência) c2 = 2,0 ‰ + 0,085 ‰ ∙ (fck – 50)
0,53
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1. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
1.2. Domínios 1 e 2

Definindo como ‘’ a curvatura (ou inclinação) da seção transversal,


podemos estabelecer o intervalo de cada domínio:
DOMÍNIO 1 DOMÍNIO 2
− εu − εu ε − εu εu
0ρ  ρ  cu Posição da linha neutra: x = d1 +
d1 d1 d1 ρ

Deformação ‘ si ‘ de uma camada de aço qualquer: si = u +  ∙ (d1 – di)


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1. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
1.3. Domínios 3 e 4

DOMÍNIO 3 DOMÍNIO 4
εcu − εu εcu + ε yd εcu + ε yd εcu
ρ ρ εcu
d1 d1 d1 h Posição da linha neutra: x =
ρ

Deformação ‘ si ‘ de uma camada de aço qualquer: si = cu –  ∙ di


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1. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO
1.4. Domínios 5

DOMÍNIO 5
εcu
ρ0 εc2
h Posição da linha neutra: x = zpivo +
ρ

Deformação ‘ si ‘ de uma camada de aço qualquer: si = c2 +  ∙ (zpivo – di)
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2. ARMADURAS PASSIVAS
2.1. Propriedades mecânicas
Módulo de elasticidade: ES = 210.000 MPa
Coeficiente de segurança para o ELU (Combinação Última Normal): gs = 1,15
Deformação específica do aço na ruptura: u = 10 ‰ fyd
ε
Deformação específica de cálculo de escoamento o aço: yd =
Es

fyk fyd
Aço  (‰)
(MPa) (MPa) yd
CA-25 250 217,39 1,035
CA-50 500 434,78 2,07
CA-60 600 521,74 2,484

Se |si|< yd si = ES ∙ si


No tratamento do problema numérico
adotar-se-á a seguinte convenção de sinais: si > 0: si = + fyd
Se |si| yd
+ Compressão e – Tração. si < 0: si = – fyd
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2. ARMADURAS PASSIVAS
2.2. Esforços internos

fyd
ε yd =
Es

Nomenclatura
Asi área de armadura na camada ‘i’
si tensão na armadura na camada ‘i’

Resultante ‘Rsi’ da camada de aço: RSi = Asi  si

h 
Momento fletor ‘Msi’ da camada de aço: Msi = R 
si  − di
2 
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3. CONCRETO
3.1. Esforços internos

Nomenclatura
c parâmetro de redução da resistência do concreto na compressão
 relação entre a profundidade y do diagrama retangular de compressão
equivalente e a profundidade efetiva x da linha neutra

Para concretos até C50: c = 0,85  f − 50 


 c = 0,85   1 − ck
(Resistência normal)  = 0,8  200 
Para concretos entre C55 e C90: fck − 50
 = 0,8 −
(Alta resistência) 400
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3. CONCRETO
3.1. Esforços internos
Resultante de compressão

Rcc = c ∙ fcd ∙ bw ∙ ∙ x
h
Se x  Momento fletor
λ
h λ 
Mc = Rcc   −  x 
2 2 

Resultante de compressão
h
Se x  Rcc = c ∙ fcd ∙ bw ∙ h
λ
Momento fletor
Mc = 0
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4. ESFORÇOS RESISTENTES
4.1. Diagrama de interação (Estado-limite Último)
Imposta uma deformada qualquer, pertencente a qualquer um dos domínios
de deformação, os esforços internos resistentes são dados por:

Força normal resistente de cálculo: NRd = Rs + Rcc

Momento fletor resistente de cálculo: MRd = Ms + Mc

Calculando os pares resistentes Diagrama de Interação NRd x MRd

(NRd ; MRd) para cada domínio


Não ok
de deformação é possível criar
MRd (kN  m)

um gráfico que ilustra a Ok


ELU
capacidade resistente da seção
transversal, também chamado
de diagrama de interação:
NRd (kN)

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