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Estruturas em Concreto Armado

Viga Contínua – Exemplo de


Dimensionamento

Prof. M.Sc. Antonio de Faria


Prof. D.Sc.Roberto Chust Carvalho
1
Viga Contínua – Exemplo
• Calcular e detalhar as seções transversais mais solicitadas da viga
central (V101), da estrutura da figura a seguir, que tem largura de 25
cm;
• Considerar sobre a viga a existência de uma parede de um tijolo com
espessura de 25 cm (tijolo maciço);
• Empregar como sobrecarga permanente o valor de 1,5 kN/m2 (já incluido o
revestimento de piso e argamassa inferior à laje), e como carga acidental
4,0 kN/m2;
• Utilizar laje pré-moldada β16 (h = 16 cm), simplesmente apoiada;

Dados complementares:
fck = 25,0 MPa
Aço CA-50
Cobrimento da armadura = 3,0 cm (Classe de agressividade ambiental II)
Altura da parede igual a 3,0 m;
Pilares de 25 x 40 cm
γconc = 25 kN/m3
γtijolo = 18 kN/m3
γargamassa = 19 kN/m3
Brita 2 (Dmáx 25 mm) – Agregado graúdo: granito; 2
Planta de forma da estrutura

V100

eixo da viga 400 cm β


eixo do pilar
detalhe 1

V101 (25 X )
V103

V104
40 760 cm 40 760 cm 40

500 cm β

V102

3
Ações na viga V101
• Ações na laje
• Peso próprio
• g1 = 1,61 kN/m2 Detalhe 1 20 cm
• Revestimento 12,5
• g2 = 1,50 kN/m2
• Sobrecarga eixo da viga eixo do pilar
• q = 4,0 kN/m2
• Carga TOTAL
• pLaje = 7,11 KN/m2
Ações na viga
Peso próprio
g1 = 0,25.0,90.25 = 5,63 kN/m
Parede 25 cm
g2 = 0,25.3.18 = 13,5 kN/m 40
Reação da Laje
RLaje = (4+5)/2.7,11 = 32,0 kN/m
TOTAL
pViga = 51,13 kN/m
4
Definição do vão livre da viga- NBR 6118:2014-14.6.2.4
Vista Lateral- Viga 101 e pilares de apoio
20 cm 20 cm 20 cm
pilar pilar
Viga

t 1= 40cm t2= 40cm t1= 40cm


l0
20 cm
Esquema estrutural
Viga

pilar pilar pilar


l ef 1 2

 t1 = 40 = 20,0
lef = l 0 + a1 + a2 a1 ≤  2 2
0,3 ⋅ h = 0,3 ⋅ 90 = 30,0

lef = 780,0 + 20,0 + 20,0 = 800 cm  t2 = 40 = 20,0


a2 ≤  2 2
0,3 ⋅ h = 0,3 ⋅ 90 = 30,0
Dimensionar e detalhar a armadura para a viga com as
características abaixo
51,13 kN/m 51,13 kN/m

Tramo 1 Tramo 2
8,0 m 8,0 m
Apoio 0 Apoio 1 Apoio 2

P1 P2 P3
40 760 cm 40 760 cm 40

• fck = 25,0 MPa • bw = 25,0 cm


• d’ = 7,0 cm
• Aço CA-50
• h = 90,0 cm
• Brita 2 - Dmáx = 25 mm
6
Determinação do momento fletor, na ligação viga-pilar
• O item 14.6.6.1 da NBR 6118:2014 permite que as vigas sejam
calculadas com o modelo clássico de viga contínua, simplesmente
apoiada nos pilares, desde que observadas as seguintes condições:
• Não devem ser considerados momentos positivos menores que os que se
obteriam se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos;
• Quando a viga for solidária com o pilar intermediário e a largura do apoio,
medida na direção do eixo da viga, for maior que a quarta parte da altura do
pilar, não pode ser considerado momento negativo de valor absoluto menor
do que o de engastamento perfeito nesse apoio;
• Quando não for realizado o cálculo exato da influência da solidariedade do
pilar com a viga, deve ser considerado, nos apoios extremos, um momento
advindo de cálculo simplificado;

7
Momento Fletor - Ligação Viga-Pilar
NBR 6118:2014 – Item 14.6.6.1
• Viga
• Seção – 25x90 cm
• l = 800 cm
• pLaje = 51,13 kN/m
• r = 1.898,44 cm3
• Meng = 272,69 kN.m

• Pilar Inferior = Pilar Superior


• Seção – 25x40 cm
• l/2 = 150 cm
• rinf = rsup = 888,88 cm3

rinf + rsup 888,88 + 888,88


Mext.viga = . Meng = . 272,69 = 131,87 kN.m
rinf + rsup + rviga 888,88 + 888,88 + 1898,44
8
Esquema Estático da Viga

9
Diagrama de Momento Fletor (kN.m)

10
Diagrama de Momento Fletor – (kN.m)

11
Diagrama de Esforço Cortante (kN)

12
Esforços:
Nó M (kN.m) R(kN)

1 -131,0 178,0

2 -344,5 462,2

3 -131,0 178,0

Tramo Ve (kN) x (m) M+ (kN.m) Vd (kN)

1 178 3,48 178,7 231,1

2 231,1 3,48 178,7 178


13
Verificação da altura da Viga
fck = 25,0 MPa bw = 25,0 cm
Aço CA-50 d’ = 7,0 cm
Brita 2 - Dmáx = 25 mm h = 90 cm

Md,máx = 1,4.344,5 = 482,3 kN.m = 48.230 kN.cm

Md 48230
kmd = 2
= = 0,1569
bw.d .fcd 25 ⋅ 83 ⋅
2 2,5
1,4

kmd = 0,1569
Md 48230
kx = 0,257 < 0,45 → 0k! As = = = 14,90 cm 2
kz ⋅ d ⋅ fyd 0,897 ⋅ 83 ⋅ 50
kz = 0,897 1,15
14
Determinação das Armaduras de Flexão

Ascalc
M Asmin Armadura Asefet
(cm2)
(kN.cm) (cm2) Adotada (cm2)
4 # 12.5
-13.100 5,27 3,38 + 5,50
1 # 8,0

17.870 7,30 3,38 6 # 12,5 7,50

-34.350 14,90 3,38 8 # 16.0 16,0

15
Detalhamento transversal da armadura de flexão - Verificação
da seção crítica
M = 34.350 kN.cm - As = 14,90 cm2 - 8 # 16,0 mm

na direção horizontal - ah
 20 mm

ah ≥  φl
1,2 ⋅ Dmáx

na direção horizontal - ah
 20 mm

av ≥  φl
0,5 ⋅ Dmáx

Dmáx = Diâmetro máximo do agregado graúdo 16
Detalhamento
bw - 2 ⋅  c + φt + φl  25 - 2 ⋅  3,0 + 0,5 + 1,6 
 2
nbc =  2
+ 1 = 4,57 barras/camada
nbc = +1
eh + φl 3,0 + 1,6
Considerando: φt = 5,0 mm
25 cm
3,78

3,78

3,78
d´adot = 7,0 cm

0,5
3,0

1,6

3,0
1,6

1,6

1,6
0,5

3,0
d´efet =
∑A ⋅y = ∑n⋅y
i i i

ycg=d’efet
0,5
1,6 ∑A i n
2,0 4 ⋅ 4,3 + 4 ⋅ 7,9
1,6
d´efet = = 6,10 cm
8
d´efet < d´adot → ok!

Verificação do item 17.2.4.1


d´≤ 10% ⋅ h = 0,10 ⋅ 90 = 9,0 cm ok!
17
Detalhamento das Armaduras

Apoio 1
M = -13.100 kN.cm Apoio 2
4φ12,5 mm+1φ8,0mm M = -34.350 kN.cm
d’efetivo = 4,40 cm 8φ16,0mm
d’efetivo = 6,10 cm

Tramo 1
M = 17.810 kN.cm
6φ12.5 mm
d’efetivo = 5,21 cm 18
Armadura de Pele
NBR 6118:2014 – Item 17.3.5.2.3
 0,10 cm 2
0,10% ⋅ Ac, alma = ⋅ 25 ⋅ 90 = 2,25
 100 face
as, pele ≤ 
 5,0 cm 2 / m

d/3 = 83,77 = 27,9 cm


 3
d1 ≤ 
 20,0 cm


3 # 10,0 mm/face 2,4 cm2/face


5 # 8,0 mm/face 2,5 cm2/face
Módulo de deformação longitudinal do concreto NBR
6118:2014 – Item 8.2.8
Características do concreto:

Considerando:
- fck = 25,0 MPa;
- Agregado graúdo: Granito αE =1,0

Eci = αe ⋅ 5600 ⋅ fck = 1,0 ⋅ 5600 ⋅ 25,0 = 28000 MPa

fck 25,0
Ecs = αi ⋅ Eci αi = 0,8 + 0,2 ⋅ ≤ 1,0 αi = 0,8 + 0,2 ⋅ = 0,8625
80,0 80,0

Ecs = αi ⋅ Eci = 0,8625 ⋅ 28000 = 24150 MPa

Es 210000
αe = = = 8,70
Ec 24150
Verificação da fissuração – NBR 6118:2014
Item 17.3.3.2 – Apoio intermediário
Peça protegida, em meio não
agressivo: abertura de fissuras
σsi  4
φi 
< 0,3 mm – Classe de wk = . . + 45 
agressividade ambiental II ou III;
12,5.ηi Esi  ρri 

Mat Es 210000
σsi = .ysi . αe αe = = = 8,70
Ec 24150
Ix, II0
Determinação da posição da LN no estádio II

a1 = bw
2
- a2 ± a2 - 4.a1.a3
2

a2 = hf . (bf - bw) + (αe - 1 ).As' + αe . As


xII =
2.a1 hf 2
a3 = - d'.(αe - 1).As' - d.αe .As - . (bf - bw ) 21
2
Verificação da fissuração – NBR 6118:2014
Item 17.3.3.2 – Apoio intermediário
bw 25
a1 = = = 12,5 cm
2 2
a2 = hf ⋅ (bf - bw) + (αe - 1 ) ⋅ As' + αe ⋅ As = 8,70 ⋅ 8 ⋅ 2,0 = 139,2 cm 2
hf 2
a3 = - d'⋅(αe - 1) ⋅ As' - d ⋅ αe ⋅ As - ⋅ (bf - bw ) = - (90 - 6,10) ⋅ 8,70 ⋅ 8 ⋅ 2,0 = -11678,88 cm 3
2

- a2 ± a2 2 - 4.a1.a3 - 139,2 ± 139,2 2 − 4 ⋅12,5 ⋅ (−11678,88)


xII = = = 25,5 cm
2.a1 2 ⋅12,5

bf ⋅ xII 3
+ αe ⋅ As ⋅ (xII - d ) + (αe - 1) ⋅ As'⋅ (xII - d')
2 2
Ix, II0 =
3
25 ⋅ 25,5 3
+ 8,70 ⋅ 8 ⋅ 2,0 ⋅ [25 ,5 − (90 − 6,1)] = 612928 cm 4
2
Ix, II0 =
3
22
Verificação da fissuração – NBR 6118:2014
Item 17.3.3.2 – Apoio intermediário
Considerando a combinação frequente (ψ1 = 0,6) em serviço, para
verificação da abertura de fissuras;

(g1 + g2 + 0,6 ⋅ q)
Mat = ⋅ Mmáx
(g1 + g2 + q)
(5,63 + 27,5 + 0,6 ⋅18)
Mat = ⋅ 343,5 = 0,859.344,5 = 295,93 kN.m
(5,63 + 27,5 + 18)

ysi distância da armadura i até a linha neutra no estádio II

ysi1 = (90 - 25,5 - 4,3 - 3,6) = 56,6 cm

ysi2 = (90 - 25,5 - 4,3) = 60,2 cm


23
Verificação da fissuração – NBR 6118:2014
Item 17.3.3.2 – Apoio intermediário
Mat 29593 Mat 29593
σsi1 = ⋅ ysi ⋅ αe = ⋅ 56,6 ⋅ 8,70 σsi2 = ⋅ ysi ⋅ αe = ⋅ 60,2 ⋅ 8,70
Ix, II0 612928 Ix, II0 612928
σsi1 = 23,77 kN/cm 2 = 237,7 MPa σsi2 = 25,29 kN/cm 2 = 252,9 MPa
Acri1 = (a + b) ⋅ (c + d) Acri2 = (a + b) ⋅ (c + d)
a1 = 5,38/2 = 2,69 cm a2 = 5,38/2 = 2,69 cm
b1 = 5,38/2 = 2,69 cm b2 = 5,38/2 = 2,69 cm

3,78

3,78

3,78

0,5
3,0

1,6

3,0
0,5

1,6

1,6

1,6
c1 = 3,6/2 = 1,80 cm c2 = 3,0 + 0,63 + 1,6/2 = 4,43 cm
d = 7,5 ⋅ φ = 7,5 ⋅1,6 = 12 cm d2 = 3,6/2 = 1,80 cm 3,0

ycg=d’efet
0,5
1,6 2
Asi 2,0 2,0
ρri1 = = = 0,0269
Acri (2,69 + 2,69) ⋅ (1,8 + 12,0) 1,6 1

Asi 2,0
ρri2 = = = 0,0597
Acri (2,69 + 2,69) ⋅ (4,43 + 1,80)
24
Verificação da fissuração – NBR 6118:2014
Item 17.3.3.2 – Apoio intermediario – barra 1
φi σsi  4 
wk = ⋅ ⋅  + 45 
12,5 ⋅ ηi Esi  ρri 
16 237,7  4 
wk = ⋅ ⋅ + 45  = 0,125 mm < 0,3 mm
12,5 ⋅ 2,25 210000  0,0269 
φiσsi 3 ⋅ σsi
wk = ⋅ ⋅ fctm = 0,3 ⋅ 3 fck 2 = 0,3 ⋅ 3 252 = 2,565 MPa
12,5 ⋅ ηi Esi fctm
16 237,7 3 ⋅ 237,7
wk = ⋅ ⋅ = 0,180 mm < 0,3 mm
12,5 ⋅ 2,25 210000 2,565
obs:-
- caso o estado de fissuração seja inaceitável, há necessidade de adoção das seguintes medidas:
- redução do diâmetro da armadura; 25
- aumento da quantidade de armadura com redução da tensão de serviço na mesma;
Verificação da fissuração – NBR 6118:2014
Item 17.3.3.1 – Apoio intermediário – barra 2
φi σsi  4 
wk = ⋅ ⋅  + 45 
12,5 ⋅ ηi Esi  ρri 
16 252,9  4 
wk = ⋅ ⋅ + 45  = 0,077 mm < 0,3 mm
12,5 ⋅ 2,25 210000  0,0597 
φi
σsi 3 ⋅ σsi 3 3 2
wk = ⋅ ⋅ f ctm = 0,3 ⋅ fck = 0,3 ⋅ 25 = 2,565 MPa
2

1,25 ⋅ ηi Esi fctm


16 252,9 3 ⋅ 252,9
wk = ⋅ ⋅ = 0,203 mm < 0,3 mm
12,5 ⋅ 2,25 210000 2,565
obs:-
- caso o estado de fissuração seja inaceitável, há necessidade de adoção das seguintes medidas:
- redução do diâmetro da armadura;
- aumento da quantidade de armadura com redução da tensão de serviço na mesma; 26
Verificação da fissuração – NBR 6118:2014
Item 17.3.3.2 – Apoio intermediário – barra 1
Detalhes Complementares
Quando houver armadura junto à borda com abas tracionadas,
recomenda-se distribuir parte dessa armadura nas abas ligando-as
devidamente a alma por meio de armadura de costura;
Verificação da flecha

Características geométricas no estádio I


bw = 25 cm h = 90 cm
bw.h 3 25.903
yg = 45 cm IIg = = = 1518750 cm 4
12 12

fctm = 0,3.3 fck 2 = 0,3.3 252 = 2,565 MPa


Momento de fissuração – limite estádio I/estádio II
α ⋅ fct, m ⋅ Ic 1,5 ⋅ 0,2565 ⋅1518750
Mr = = = 12985 kN ⋅ cm 29
yt 45
Verificação da flecha – Quase Permanente

30
Verificação da flecha – Quase Permanente
Mr = 129,85 kN.cm

Tomando os valores dos momentos nas seções para cada décimo de vão, observa-se que
algumas barras discretizadas da estrutura fissuram, devendo-se então utilizar a inércia média
proposta por Branson e prevista pela NBR 6118:2014;

31
Flecha obtida com FTOOL–Inércia no Estádio I

Flecha (mm)
Num Nó
Estádio I
3 0,049
4 0,824
5 1,558
6 2,003
Máx 2,077
7 2,038
8 1,665
9 1,012
10 0,331
32
11 0,000
Verificação da flecha
Características Geométricas no Estádio II
Seção do Vão
bw 25
a1 = = = 12,5 cm
2 2
a2 = hf ⋅ (bf - bw) + (αe - 1 ) ⋅ As' + αe ⋅ As = 8,70 ⋅ 6 ⋅ 1,25 = 65,25 cm 2
hf 2
a3 = - d'⋅(αe - 1) ⋅ As' - d ⋅ αe ⋅ As - ⋅ (bf - bw ) = - (90 - 5,21) ⋅ 8,70 ⋅ 6 ⋅1,25 = -5.532,55 cm 3
2

- a2 ± a2 2 - 4 ⋅ a1 ⋅ a3 - 65,25 ± 65,252 − 4 ⋅12,5 ⋅ (−5532,55)


xII = = = 18,575 cm
2 ⋅ a1 2 ⋅12,5
bf ⋅ xII 3
+ αe ⋅ As ⋅ (xII - d ) + (αe - 1) ⋅ As'⋅ (xII - d')
2 2
Ix, II0 =
3

25 ⋅ 18,5753
+ 8,70 ⋅ 6 ⋅1,25 ⋅ [18,575 − (90 − 5,21)] = 339.491,68 cm 4
2
Ix, II0 =
3 33
Características Geométricas da Seção Transversal
Vão
Características Geométricas da Seção Transversal
Apoio extremidade
Características Geométricas da Seção Transversal
Apoio intermediário
Verificação da flecha

Considerando a combinação quase permanente (ψ2 = 0,4) em serviço


para verificação da flecha

Momento fletor de serviço

(g1 + g2 + 0,4 ⋅ q)
Mat = .Mmáx
(g1 + g2 + q)
(5,63 + 27,5 + 0,4 ⋅18)
Mat = ⋅178,7 = 0,789 ⋅178,3 = 141,0 kN.m
(5,63 + 27,5 + 18)

Módulo de elasticidade secante do concreto

Eci = αe ⋅ 5600 ⋅ fck = 1,0 ⋅ 5600 ⋅ 25,0 = 28000 MPa

Ecs = αi ⋅ Eci = 0,8625 ⋅ 28000 = 24150 MPa


37
Determinação da Inércia Média de Branson
em cada membro da viga
Iteração Nó Matuante (kN.m) Mr (kN.m) r = Mr/Matuante II(hom) (cm4) r3xII III (cm4) (1-r3)I2 Im (cm4) Im/I1
3 -103,3 -129,85 1,000000 1.587.230,40 1.587.230,40 265.773,76 - 1.587.230,40 1,00
4 16,8 129,85 1,000000 1.607.845,29 1.607.845,29 339.348,65 - 1.607.845,29 1,00
5 96,6 129,85 1,000000 1.607.845,29 1.607.845,29 339.348,65 - 1.607.845,29 1,00
6 136,0 129,85 0,954779 1.607.845,29 1.399.437,14 339.348,65 43.986,21 1.443.423,35 0,90
máx 140,6 129,85 0,923542 1.607.845,29 1.266.526,14 339.348,65 72.038,15 1.338.564,29 0,83
1 7 135,1 129,85 0,961140 1.607.845,29 1.427.591,89 339.348,65 38.043,93 1.465.635,82 0,91
8 93,9 129,85 1,000000 1.607.845,29 1.607.845,29 339.348,65 - 1.607.845,29 1,00
9 12,3 129,85 1,000000 1.607.845,29 1.607.845,29 339.348,65 - 1.607.845,29 1,00
10 -109,5 -129,85 1,000000 1.695.404,84 1.695.404,84 612.690,81 - 1.695.404,84 1,00
11 -271,7 -129,85 0,477917 1.695.404,84 185.067,59 612.690,81 545.810,49 730.878,08 0,43

 MR 3   MR 3  
I m =   . II + 1 -    . III  ≤ II
 Ma    Ma   

38
Flecha obtida com FTOOL–Inércia de Branson

Flecha (mm) Flecha (mm)


Num Nó
Estádio I Branson - 01
3 0,049 0,052
4 0,824 0,961
5 1,558 1,856
6 2,003 2,455
máx 2,076 2,593
7 2,038 2,570
8 1,665 2,175
9 1,012 1,415
10 0,331 0,510 39
11 0,000 0,000
Verificação da flecha
• Flecha atuante – (FTOOL)
• Inércia estádio I – fatuante = 2,076 mm
• Inércia equivalente – fatuante = 2,593 mm

Δε
αf = Δε = 2,0 para t ≥ 70 meses
1 + 50.ρ0
As' 0 2,0
ρ' = = = 0,0 αf = = 2,0
b ⋅ d 25 ⋅ 83,47 1 + 50.0

f∞ = (1 + αf) . f0 = (1,0 + 2,0) ⋅ 2,593 = 7,78 mm < flimite = 32,0 mm

Flecha Limite – (NBR 6118:20143 – item 13.3)


flimite = l/250 = 8000/250 = 32,0 mm 40
Diagrama de Momento Fletor (kN.m)
Estrutura não fissurada – combinação quase permanente:

Estrutura fissurada - ELS

41
Armadura Transversal - NBR 6118-2014

42
Diagrama de Esforço Cortante (kN)

43
Determinação das armaduras de Cisalhamento
Planilha para o cálculo da armadura transversal em vigas sujeitas à Flexão Simples

fck (MPa) 25,0


bw (cm) 25,0
H (cm) 90,0
d' (cm) 6,1
Dim.Pilar (cm) 40,0

Dimensionamento Segundo NBR 6118:2014 - Aço CA-50 e CA-60


Membro V q Vsd VRd2 Vc = Vco Vs,REDUZIDA Vsw Asw/s - CA-50 Asw/s - CA-60
Ver. Conc.
(kN) (kN/m) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (cm2/cm) (cm2/cm)
1 - Esquerda 178 51,13 249,20 910,17 ok 161,40 146,32 43,45 0,013 0,013
1 - Direita 231,1 51,13 323,54 910,17 ok 161,40 199,42 117,79 0,036 0,036
2 - Esquerda 178 51,13 249,20 910,17 ok 161,40 146,32 43,45 0,013 0,013
2 - Direita 231,1 51,13 323,54 910,17 ok 161,40 199,42 117,79 0,036 0,036

Dimensionamento Segundo NBR 6118:2014 - Aço CA-50 e CA-60


Asw/s mínimo- Asw/s mínimo-
Membro Vs minimo - CA50 Vs minimo - CA60 Esp. Estribos - S ( cm) - (calculado) VRd2 Smáx xmínimo
CA50 CA60
5,0 mm- 6,3 mm- 8,0 mm-
(cm2/cm) (cm2/cm) (kN) (kN) (kN) (cm) (cm)
CA60 CA50 CA50
1 - Esquerda 0,026 0,026 175,44 175,44 19 25 39 910,17 30 5
1 - Direita 0,026 0,026 175,44 175,44 11 18 28 910,17 30 109
2 - Esquerda 0,026 0,026 175,44 175,44 19 25 39 910,17 30 5
2 - Direita 0,026 0,026 175,44 175,44 11 18 28 910,17 30 109

44
Det. Cort. Reduzida e Verificação do Concreto

Cortante Reduzida: Vr = V - q(b+d)/2


V = 178 → Vr = 178,0 – 51,13.(0,40+0,839)/2 = 146,32 kN
V = 231,1 → Vr = 231,1 – 51,13.(0,40+0,839)/2 = 199,42 kN

Verificação da ruína das diagonais comprimidas do concreto

Vsd ≤ VRd2
 fck 
V Rd2 = 0,27 ⋅ α v ⋅ f cd ⋅ b w ⋅ d α v = 1 − 
 250 
 25  2,5
V Rd2 = 0,27 ⋅  1 − ⋅ ⋅ 25 ⋅ (90 − 6,1) = 910 ,17 kN
 250  1,4

Vsd, máximo = γf ⋅ V = 1,4 ⋅ 231,1 = 323,54 kN < VRd2 → ok!


45
Determinação da Cortante Mínima
Esforço Cortante mínimo é aquele que corresponde a taxa de armadura
mínima – NBR 6118-2014 – 17.4.1.1.1

Asw, mínimo 0,3 ⋅ 3 fck 2


≥ 0,2 ⋅ ⋅ bw ⋅ senα
s fywk
Asw, mínimo 0,3.3 252
≥ 0,2. .25.sen900 = 0,026cm2 /cm - Aço CA - 50
s 500
Asw, mínimo 0,3.3 252
≥ 0,2. .25.sen900 = 0,021cm 2 /cm - Aço CA - 60B
s 600
 Asw, mínimo 
Vsw, mínimo =  .0,9.d.fyd.(senα + cosα )
 s 
50
Vsw, mínimo = 0,026 ⋅ 0,9 ⋅ (90 − 6,1) ⋅ = 84,21 kN
1,15
Obs: Cabe observar que o valor de Vsw,mínimo é o mesmo para os aços CA-50 e CA-60B 46
Determinação da Cortante Mínima

0,7 ⋅ 0,3
Vc = Vc0 = 0,6 ⋅ fctd ⋅ bw ⋅ d f ctd = ⋅ f ck 2/3
1,4
 0,7 ⋅ 0,3 3 2 
 ⋅ 25 
1,4
Vc = 0,6 ⋅   ⋅ 25 ⋅ (90 − 6,1) = 161,4 kN
 10 
 
 

Vsd < VRd3 = Vc + Vsw


Vsd, mínimo = 161,4 + 84,21 = 245,61 kN
Vsd, min 245,61
Vmin = = = 175,44 kN
γf 1,4 47
178 kN
175,44 kN

146,32 kN

348 cm

691 cm
452 cm

175,44 kN

199,42 kN

109 cm
231,1 kN

231,1 kN
199,42 kN

109 cm
175,44 kN
Diagrama de Esforço Cortante – (kN)

452 cm

691 cm
348 cm

146,32 kN
175,44 kN

178 kN
48
Det. do Espaçamento dos Estribos

Asw/s s (cm)
Esf.
Vc Vsw (cm2/cm)
Cortante
(kN) (kN) CA-50 φt (CA-60b) φt (CA-50) φt (CA-50)
V (kN)
CA-60B 5,0 mm 6,3 mm 8,0 mm

175,44 161,40 84,21 0,0256 16,0 25,0 39,0

199,42 161,40 117,79 0,0359 11,0 18,0 29,0

Obs:- s ≤ 0,6.d=0,6.(90-6,1)=50,34 cm ou 30 cm
espaçamento ideal - 10,0 cm ≤ s ≤ 25,0 cm 49
Diagrama de Esforço Cortante
348 cm 452 cm 452 cm 348 cm

231,1 kN

199,42 kN

175,44 kN
146,32 kN
178 kN

146,32 kN
175,44 kN

178 kN
199,42 kN

231,1 kN

691 cm 109 cm 109 cm 691 cm

44 φ 5.0 c/ 16 10φ5.0c/11 10φ5.0c/11 44 φ 5.0 c/ 16 50


Detalhe dos Estribos

84

5
5 N* - 108 φ 5,0 – 216

Total: - 35,93 kg aço para estribos

19

51
Características das Barras Aço
CA-60 CA-50

massa massa
φ (mm) Área (cm2) φ (mm) Área (cm2)
(kg/m) (kg/m)

4,2 0,109 0,139 6,3 0,245 0,312


5,0 0,154 0,196 8,0 0,395 0,503
6,0 0,222 0,283 10,0 0,617 0,785
7,0 0,302 0,385 12,5 0,963 1,227
8,0 0,395 0,503 16,0 1,578 2,011
9,5 0,558 0,709 20,0 2,466 3,142
25,0 3,853 4,909
32,0 6,313 8,042
52
Comprimento de Ancoragem

φ Ancoragem Ancoragem
Zona de Aderência
(mm) sem gancho Com gancho

8,0 Má Aderência 43,0 30,0


Boa Aderência 30,0 21,0
Má Aderência 67,0 47,0
12.5
Boa Aderência 47,0 33,0
Má Aderência 86,0 60,0
16,0
Boa Aderência 60,0 42,0

fck = 25,0 MPa - Aço CA-50


53
Deslocamento do Diagrama de
Momento Fletor – NBR 6118-2014 – item 17.4.2.2
 VSd, max 
al = d ⋅  ⋅ (1 + cotgα ) − cotgα 
 2 ⋅ (VSd, max − Vc ) 

 1,4 ⋅ 231,1 
al = d ⋅  ⋅ (1 + 1) − 1 = 0,99 ⋅ d ≥ 0,5 ⋅ d
 2 ⋅ (1,4 ⋅ 231,1 − 161,4) 

al = 0,99 ⋅ (90 − 6,1) = 84,0cm

0,5 ⋅ d ≤ al ≤ d

54
Detalhamento da Armadura Longitudinal

55
Detalhamento da Armadura Longitudinal

56
Decalagem do Diagrama de Momento Fletor

57
Estudo da Ancoragem nos Apoios
• Pilar P1=P3
• Observações:-
• A dimensão do pilar na direção da viga é a mesma para os dois pilares
(40 cm);
• Nos dois pilares, chegam no apoio a mesma armadura longitudinal, ou
seja, 4 barras de 12.5 mm- Asefet= 5,0 cm2;
• O esforço cortante no pilar P1 é: 178,0 kN;
• Assim, tem-se:
Vd ⋅ al
As, calc = d = 1,4 ⋅178 ⋅ 0,99 = 5,67 cm 2
fyd 50,0
1,15

Como se observa no detalhamento, a armadura que chega no apoio é menor que a


necessária, assim outras duas barras serão prolongadas até o apoio, dessa forma a
armadura que chega no apoio passa a ser 6 φ 12,5 mm – As = 7,5 cm2;
58
Estudo da Ancoragem nos Apoios
O comprimento de ancoragem necessário pode ser calculado por:
As, calc
lb, nec = α ⋅ lb ⋅ ≥ lb, min
As, efet
Onde:
α = 1,0 para barras sem gancho;
α = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do
gancho ≥ 3.φ);
lb = comprimento de ancoragem básico;
As,calc = área da armadura calculada para resistir ao esforço solicitante;
As,efet = área da armadura efetiva;
lb,mín = maior valor entre 0,3.lb, 10. φ e 100mm;

0,3 ⋅ lb = 0,3 ⋅ 55 = 16,5 cm


5,67 
lb, nec = 1,0 ⋅ 47 ⋅ = 35,5 ≅ 36,0 cm lb, mín ≥ 10 ⋅ φ = 10 ⋅1,25 = 12,5 cm
7,5 
 10,0 cm
Detalhe da Ancoragem das Barras inferiores,
nos pilares extremos
Pilar P1 = Pilar P3

90 cm
37,0

40 lb,nec = 36,0 cm ≅ 37,0 cm

60
Detalhe da Ancoragem das Barras superiores,
nos pilares extremos

A decalagem do diagrama, acrescido do


deslocamento do diagrama al, mais o
comprimento de ancoragem da barra
(ver slide 42);

B comprimento da curva segundo item 18.2.2 da NBR 6118:2014, o diâmetro interno da


curvatura de barras dobradas, de aço CA-50, não deve ser menor que 15.φ, resultando:

π .D π .(15.φ + φ ) π .16.1,25
lc = = = = 15,7 cm
4 4 4
C comprimento reto no pilar: foi tomado, após a curva, o valor de 55,0 cm, correspondente
ao comprimento de ancoragem da barra de 12,5 mm de diâmetro, em zona de ma aderência;
61
Detalhamento final da viga–V101–25 x 90 cm
Detalhamento final da viga

63
Quadro de Ferro

NUM. Diâmetro Quantidade Comprim. Comprim.


(mm) Unitário (m) Total (m)
N1 12,5 08 8,27 66,16
N2 12,5 04 5,68 22,72
N3 16,0 02 7,16 14,32
N4 16,0 02 6,00 12,00
N5 16,0 02 5,04 10,08
N6 16,0 02 4,20 8,40
N7 12,5 04 5,53 22,12
N8 12,5 04 2,57 10,28
N9 8,0 02 1,74 3,48
N10 8,0 20 8,27 165,40
N11 5,0 102 2,16 220,32 64
Quadro Resumo
Comp. Total
Diâmetro Comprim. Número de Peso
+ 10%
(mm) Total (m) Barras (kg)
perdas
5,0 220,32 242,35 20 37,32

8,0 168,88 185,77 16 73,38

12,5 121,28 133,41 11 128,47

16,0 44,80 49,28 04 77,76

PESO TOTAL DA ARMADURA (KG) 311,93

65
Consumo de Materiais
• Concreto:
• Volume de Concreto = 3,69 m3
• Consumo de Aço = 311,93 kg
• Taxa de Armadura
• T.A = Consumo Aço/Volume de Concreto
• T.A. = 311,93/3,69 = 84,53 kg/m3
• Taxa Média
• 80,0 kg/m3 ≤ T.A. ≤ 100,0 kg/m3
• Área de Forma
• Aforma= (0,76.2+0,25).(8-0,4+8-0,4)=26,90 m2

66

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