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Vistorias Técnicas em Áreas

de Risco

Moisés Magalhães de Sousa


Filemom Henrique Costa Fernandes

Pós-Graduação em
Proteção e Defesa
Civil

EAD
Campus Santa Luzia
Moisés Magalhães de Sousa
Filemom Henrique Costa Fernandes

Vistorias Técnicas em Áreas de Risco


1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
Palavra dos autores

Caros alunos,

É com grande satisfação que trazemos a vocês este caderno didático intitulado “Vistorias
Técnicas em Áreas de Risco”. Nele, exploraremos temas fundamentais relacionados à
avaliação das estruturas, com foco na atuação dos agentes responsáveis pelas vistorias
das edificações e áreas de risco.

Ao longo deste material, mergulharemos nos fundamentos do sistema estrutural e


compreenderemos sua importância para a segurança e a estabilidade das edificações.
Abordaremos também a patologia das estruturas de concreto e examinaremos as
possíveis falhas e deteriorações que podem comprometer sua integridade.

Além disso, aprofundaremos nosso conhecimento sobre a patologia das fundações e


exploraremos os desafios e as soluções para garantir a estabilidade dos projetos.

Este caderno didático visa fornecer a vocês uma visão abrangente e atualizada sobre os
aspectos essenciais das vistorias técnicas em áreas de risco. Esperamos que esta leitura
amplie o entendimento de todos sobre o tema e contribua para seu crescimento
profissional.

Então, mãos à obra e boa leitura!

Moisés Magalhães de Sousa, Ten. Cel. BM


Filemom Henrique Costa Fernandes, Cap. BM
Apresentação do curso

Este caderno didático será estudado em uma semana e os objetivos de aprendizagem são
apresentados a seguir:

Identificar as principais manifestações patológicas e os riscos


estruturais associados nas edificações localizadas em áreas de
risco;

Descrever as condições envolvidas em vistorias nas áreas de risco,


detalhar o sistema estrutural de edificações, apresentar as
patologias em estruturas de concreto e explicar as patologias em
fundações;
SEMANA
ÚNICA Avaliar as condições estruturais das edificações localizadas em
áreas de risco, identificando possíveis falhas ou danos;

Identificar possíveis manifestações patológicas existentes;

Fornecer subsídios para a tomada de decisões em relação à


desocupação do imóvel.

Carga horária: 15 horas


Estudo proposto: 3 h por dia em cinco dias por semana (15 horas semanais)
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos. Fique atento quando eles
aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância no texto.

Dica dos professores: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades para o


desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos audiovisuais para


enriquecer a aprendizagem.
Sumário
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................2
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................2
1.1 Atribuição legal...............................................................................................................2
1.1 Atribuição legal...............................................................................................................2
1.2 O conceito de Patologia das Construções ....................................................................2
1.2 O conceito de Patologia das Construções ....................................................................2
1.3 Conceitos na Engenharia...............................................................................................3
1.3 Conceitos na Engenharia...............................................................................................3
1.4 Vistorias na construção civil...........................................................................................4
1.4 Vistorias na construção civil...........................................................................................4
2. SISTEMA ESTRUTURAL....................................................................................................5
2. SISTEMA ESTRUTURAL....................................................................................................5
3. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO..........................................................7
3. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO..........................................................7
3.1 Fissurações provocadas por variações térmicas..........................................................8
3.1 Fissurações provocadas por variações térmicas..........................................................8
3.2 Fissurações provocadas por variações de umidade ..................................................11
3.2 Fissurações provocadas por variações de umidade ..................................................11
3.3 Fissurações provocadas por atuação de sobrecargas ..............................................12
3.3 Fissurações provocadas por atuação de sobrecargas ..............................................12
3.4 Deformabilidade excessiva das estruturas..................................................................15
3.4 Deformabilidade excessiva das estruturas..................................................................15
4. PATOLOGIA DAS FUNDAÇÕES......................................................................................18
4. PATOLOGIA DAS FUNDAÇÕES......................................................................................18
4.1 Introdução....................................................................................................................18
4.1 Introdução....................................................................................................................18
Figura 18a: Representação de fundação superficial...................................................19
Fonte: Cruz (2012).......................................................................................................19
Figura 18b: Representação de fundação profunda....................................................19
Fonte: Cruz (2012).......................................................................................................19
4.2 Conceitos básicos relativos a recalques......................................................................20
4.2 Conceitos básicos relativos a recalques......................................................................20
4.3 Efeitos dos movimentos das fundações......................................................................20
4.3 Efeitos dos movimentos das fundações......................................................................20
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................22
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................22
...............................................................................................................................................24
...............................................................................................................................................24
Semana 1 – Vistorias Técnicas em Áreas de Risco
Vistorias técnicas em áreas de risco

Objetivo

Identificar as principais manifestações patológicas e os riscos


estruturais associados nas edificações localizadas em áreas
de risco.

1. INTRODUÇÃO

1.1 Atribuição legal


De acordo com a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), instituída pela
Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012, é responsabilidade conjunta da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios adotar as medidas indispensáveis para mitigar os
riscos de desastre.
Neste sentido, conforme art. 8º desta legislação, compete aos municípios, entre outras
atribuições:

(...) VII - vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso,
a intervenção preventiva e a evacuação da população de áreas de alto risco
ou das edificações vulneráveis (grifo nosso).

No Brasil, os desastres são divididos em grupos e subgrupos, a partir da


Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade). Destaca-
se, no presente material, aqueles relacionados às obras civis, envolvendo
colapso de edificações.

1.2 O conceito de Patologia das Construções


A Patologia das Construções é o ramo da Engenharia que se ocupa do estudo das origens,
formas de manifestação, consequências e mecanismos de ocorrências das falhas e dos
sistemas de degradação das construções (Souza; Ripper, 2009). O estudo deste tema é de
fundamental importância para avaliar a estabilidade estrutural das edificações em área de
risco. E, portanto, será abordado nesta disciplina.

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Vistorias técnicas em áreas de risco

1.3 Conceitos na Engenharia


Considerando que o concreto (comumente formado por uma mistura de cimento, areia,
brita e água) é o material de construção mais amplamente utilizado no mundo e é
predominante nos sistemas estruturais da maioria das construções brasileiras, esta
disciplina dará maior ênfase a ele.
O concreto, como material de construção, é suscetível a alterações ao longo do tempo, o
que pode afetar suas propriedades físicas e químicas devido às características de seus
componentes e às influências do ambiente ao seu redor. Esses processos de alteração,
que podem comprometer o desempenho da estrutura ou do material, são comumente
chamados degradação. E os agentes que provocam essas mudanças são designados
como agentes de degradação (Souza; Ripper, 2009).
A deterioração de cada material é influenciada pelos agentes que são expostos. Assim, a
natureza do material e as condições de exposição são determinantes na forma e
velocidade desta degradação. A análise da deterioração é essencial para avaliar a
estrutura e considerá-la satisfatória quando houver uma relação positiva entre seu custo
inicial, a curva de deterioração ao longo do tempo, sua vida útil e o custo de reposição ou
recuperação (Souza; Ripper, 2009).
Importante destacar que as manutenções prolongam a vida útil das edificações. No
entanto, mesmo com as manutenções, as edificações continuam a se deteriorar. E o
momento em que cada estrutura atinge níveis insatisfatórios de desempenho, devido à
deterioração, varia conforme o tipo de estrutura. Algumas apresentam problemas desde o
início, devido a falhas de projeto ou execução, enquanto outras podem manter um bom
desempenho até o final de suas vidas úteis projetadas. A Figura 1 apresenta a influência
das ações de manutenção nas edificações.

Figura 1- Desempenhos de uma estrutura com ou sem manutenção


Fonte: Possan e Demoliner (2013)

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Uma estrutura com desempenho insatisfatório em determinado momento não significa que
ela esteja condenada. O objetivo principal da Patologia das Construções é avaliar essa
situação, buscando intervenções técnicas imediatas para reabilitar a estrutura, quando
ainda possível (Souza; Ripper, 2009).
Importante destacar que uma obra sem projeto e sem acompanhamento
técnico tem grande possibilidade de ser executada com uma série de
anomalias, defeitos ou imperfeições que podem afetar a sua estabilidade,
utilização e a finalidade a qual se destina.

1.4 Vistorias na construção civil


A norma NBR 13.752 da ABNT
define vistoria como “constatação
de um fato, mediante exame
circunstanciado e descrição
minuciosa dos elementos que a
constituem”. Quando uma
edificação em área de risco
apresenta problemas patológicos,
é necessário realizar uma vistoria
detalhada para avaliar suas
condições, identificar anomalias e
suas causas, bem como
determinar as medidas a serem
tomadas. A Figura 2 mostra o
fluxograma genérico para a
inspeção de estruturas
convencionais.

A vistoria deve ser realizada por


profissional devidamente
habilitado. Por meio de um exame
visual e da observação do
ambiente, especialmente quanto à
sua agressividade em relação à
edificação, pode-se estimar as
possíveis consequências dos
danos e, se necessário, tomar
Figura 2- Fluxograma genérico para inspeção de uma
medidas emergenciais, como estrutura convencional
escoramento da estrutura, alívio
Fonte: Souza e Ripper (2009)
de carga, instalação de
instrumentos para medição de
deformações e recalque, ou até

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mesmo interdição da estrutura


(SOUZA; RIPPER, 2009).

Figura 3a - Vistorias realizadas por Figura 3b - Vistorias realizadas por militares do CBMMG em
militares do CBMMG em áreas de risco áreas de risco

Fonte: Os autores (2023) Fonte: Os autores (2023)

2. SISTEMA ESTRUTURAL
A estrutura convencional de uma edificação normalmente é constituída por um esqueleto
formado por elementos estruturais, tais como: lajes, vigas, pilares e fundações, retratados
nas Figuras 4a e 4b.

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Figura 4a - Sistema estrutural de uma estrutura de Figura 4b - Residência construída no modelo


concreto convencional convencional

Fonte: Barbosa (2019) Fonte:


http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php
?a=7&Cod=2172. Acesso: 23 jul. 2023.

As lajes são placas horizontais que recebem o carregamento vertical dos pavimentos e
cobertura de uma estrutura. Estas cargas variam de acordo com a utilização do espaço,
incluindo pessoas, mobiliário, equipamentos e outros elementos.
As vigas são elementos lineares que têm a função de receber de forma distribuída as
cargas provenientes da laje, bem como de paredes e outros elementos apoiados sobre
elas.
Os pilares são elementos lineares que recebem o carregamento das vigas e lajes, sendo
responsáveis por transmitir os esforços de toda a estrutura para a fundação.
A fundação é um elemento estrutural que transmite as cargas de uma edificação para uma
camada resistente do solo. Existem diversos tipos de fundações, e a escolha do mais
adequado depende das cargas da edificação e da profundidade da camada resistente do
solo.
No sistema convencional de construção, as paredes apenas fecham os
vãos entre pilares e vigas, ou seja, elas têm apenas a função de vedação
(cf. Figura 4b).

Por outro lado, na construção de alvenaria estrutural, as vigas e pilares


são desnecessários, pois são as alvenarias que vedam e suportam a
carga da construção. A Figura 5 retrata este modelo.

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Figura 5 - Residência construída em alvenaria estrutural


Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=2172. Acesso: 23 jul. 2023.

3. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO


As fissuras são consideradas manifestações patológicas comuns em estruturas de
concreto. De acordo com Thomaz (2007), elas são importantes para: avisar dano
estrutural, indicar comprometimento do desempenho da obra (ex.: estanqueidade à água,
durabilidade, problemas acústicos) e exercer constrangimento psicológico sobre os
usuários dos imóveis.
De acordo com a NBR 6118, a fissuração em elementos de concreto armado é inevitável
devido à variabilidade e à baixa resistência à tração do concreto. Para garantir a proteção
das armaduras contra corrosão e a aceitação dos usuários, é importante controlar a
abertura dessas fissuras.
Conforme Souza e Ripper (2009), um processo de fissuração atípico pode ocorrer em uma
estrutura devido a diversas causas. Para identificar os motivos, é essencial analisar: o
formato das fissuras, a abertura, a variação ao longo do tempo, a extensão e a
profundidade delas.
Neste sentido, ao analisar uma estrutura de concreto que esteja fissurada, os primeiros
passos devem ser:

Mapeamento das fissuras: ao Classificação das fissuras: refere-


identificar uma fissura, marque-a com um se à determinação de sua atividade. Uma
traço contínuo usando tinta duradoura ou fissura é considerada ativa quando a causa
lápis de cera, paralelo à fissura e cerca de que a gerou ainda afeta a estrutura. Por
10 mm afastado dela. Certifique-se de outro lado, é considerada inativa (ou
marcar claramente as extremidades da estável) quando a causa que a provocou
fissura e a data da identificação. Se agiu por um período e cessou
possível, faça um traço perpendicular à posteriormente.
fissura no ponto em que ela estiver mais
aberta, indicando a medida dessa abertura

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em décimos de milímetro.

Classificadas as fissuras e de posse do mapeamento, pode-se iniciar o processo de


determinação de suas causas.

3.1 Fissurações provocadas por variações térmicas


Variações de temperatura diárias e sazonais podem afetar os elementos e os
componentes de uma construção, causando dilatação ou contração dos materiais. Esses
movimentos são restringidos pelas ligações entre os elementos, o que resulta no
desenvolvimento de tensões nos materiais. Essas tensões podem levar ao surgimento de
fissuras (Thomaz, 2007).
De acordo ainda com o mesmo autor, as fissuras de origem térmica podem surgir devido a
movimentações diferenciadas entre os componentes de um elemento, principalmente por
causa da:
● Ligação de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica, sujeitos
às mesmas variações de temperatura (por exemplo, movimentações diferenciadas
entre argamassa de assentamento e componentes de alvenaria);
● Exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas naturais (por
exemplo: cobertura em relação às paredes de um edifício);
● Variação de temperaturas ao longo de um mesmo componente (por exemplo,
entre a face exposta e a face protegida de uma laje de cobertura).

As tensões elevadas resultantes de mudanças bruscas de temperatura também podem ser


relevantes para os materiais que se degradam sob efeito de “choques térmicos”, uma
situação em que um componente é submetido, em poucas horas, a uma variação de
temperatura de 38°C (Thomaz, 2007).

3.1.1 Lajes de cobertura


As coberturas planas estão mais expostas a mudanças térmicas do que os elementos
verticais, levando a movimentos diferenciados entre eles. Além disso, o coeficiente de
dilatação térmica linear do concreto é cerca de duas vezes maior que o das
alvenarias, considerando a influência das argamassas (Chand, 1979). A dilatação das
lajes e o abaulamento causado pela variação térmica de temperaturas ao longo de sua
altura criam tensões nas paredes das edificações. Desta forma, surgem fissuras quase que
exclusivamente nas paredes, conforme padrão apresentado nas figuras 6a, 6b e 6c
(Thomaz, 2007).

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Figura 6a - Movimentações em laje de cobertura em Figura 6b - Fissuras que surgem em razão da


razão da variação da temperatura variação térmica
Fonte: Thomaz (2007) Fonte: Thomaz (2007)

Figura 6c - Exemplo de trincas no encontro do pano de alvenaria a laje

Fonte: Thomaz (2007)

3.1.2 Movimentações térmicas da estrutura


Devido à insolação direta, a estrutura da edificação estará sujeita a movimentações
térmicas. Essas movimentações raramente causam danos à estrutura. No entanto, as
movimentações térmicas das vigas podem provocar fissuração em pilares, fato frequente
em estruturas sem juntas de dilatação ou mal projetadas. Além disso, é comum ocorrer o
destacamento entre as alvenarias e a estrutura, e o aparecimento de trincas de
cisalhamento nas extremidades das alvenarias (Thomaz, 2007).

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Fig
ura 7a - Destacamento entre alvenaria e estrutura
Figura 7b - Trincas de cisalhamento nas alvenarias
Fonte: Thomaz (2007)
Fonte: Thomaz (2007)

3.1.3 Movimentações térmicas em muros


As fissuras causadas pelas movimentações térmicas geralmente começam na base do
muro devido às restrições impostas pela fundação à sua livre movimentação. Essas
fissuras podem acompanhar as juntas verticais de assentamento ou até mesmo estender-
se através dos componentes de alvenaria, dependendo da resistência à tração da
argamassa de assentamento e dos materiais utilizados, como nas figuras 8a e 8b
(Thomaz, 2007).

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Figura 8a - Fissura irregular em blocos de alvenaria 8b - Fissura vertical em blocos de alvenaria

Fonte: Thomaz (2007) Fonte: Thomaz (2007)

Fissura irregular: acompanha as juntas de Fissura vertical: a resistência à tração dos


assentamento. Ocorre quando a resistência à componentes de alvenaria é igual ou inferior à
tração dos componentes de alvenaria é superior resistência à tração da argamassa ou à tensão
à resistência à tração da argamassa. de aderência argamassa/blocos.

3.2 Fissurações provocadas por variações de umidade


As alterações de umidade causam variações dimensionais em materiais porosos na
construção, resultando em expansão com maior teor de umidade e contração com menor
teor. Se houver restrições aos movimentos, podem surgir fissuras nos elementos e
componentes do sistema construtivo (Thomaz, 2007). Ainda de acordo com Thomaz, a
umidade pode afetar os materiais de construção através de várias formas:
1. Umidade utilizada na produção dos materiais: o uso excessivo de água na
fabricação de materiais pode resultar em sua contração quando ocorre a
evaporação;
2. Umidade resultante da execução da obra: umedecer componentes de
alvenaria durante o assentamento ou revestimento é comum para melhor aderência,
mas pode levar à expansão excessiva ao elevar o teor de umidade acima do
equilíbrio higroscópico, seguida de contração após a evaporação do excesso de
água;
3. Umidade do ar e fenômenos meteorológicos: materiais podem absorver água
da chuva durante o transporte ou armazenamento desprotegido no estaleiro, além
de absorver umidade presente no ar sob a forma de vapor ou condensação em
superfícies frias;
4. Umidade do solo: água presente no solo pode ascender por capilaridade à base
da construção, caso não haja impermeabilização eficiente, afetando pisos e paredes
do andar térreo.

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As fissuras por variação de umidade variam em função das propriedades hidrotérmicas dos
materiais e das variações da temperatura e umidade. As figuras 9a, 9b e 9c apresentam
alguns desses exemplos.

A expansão dos tijolos por Fissuração horizontal na base da O fluxo de água interceptado no
absorção de umidade provoca alvenaria por movimentações peitoril da janela escorre,
o fissuramento vertical da higroscópicas diferenciadas: as provocando fissuração da
alvenaria no canto do edifício. fiadas inferiores, mais sujeitas à argamassa do revestimento.
umidade, apresentam
maior expansão em relação às
fiadas superiores.

Figuras 9 a, b e c - Configurações típicas de trincas provocadas por movimentações higroscópicas


Fonte: Thomaz (2007)

3.3 Fissurações provocadas por atuação de sobrecargas


Sobrecarga é uma solicitação externa, prevista ou não em projeto, que pode causar
fissuração em um componente com ou sem função estrutural. Em estruturas bem
projetadas e construídas, a presença de fissuras com aberturas dentro dos limites
estabelecidos pela (NBR 6118) não resulta em perda de durabilidade ou segurança.

3.3.1 Configurações típicas de fissuração em paredes devido às sobrecargas


Em trechos contínuos de paredes, solicitadas por sobrecargas uniformemente distribuídas,
podem surgir dois tipos característicos de fissuras:

Fissuras horizontais: originam-se da ruptura


Fissuras verticais: (caso mais típico) resultam
por compressão dos componentes da
da deformação transversal da argamassa
alvenaria ou da argamassa de assentamento,
diante das tensões de compressão ou da flexão
ou ainda, de solicitações de flexão axial da
local dos elementos da alvenaria
parede

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Fi
gura 10a - Fissuras verticais causadas por
Figura 10b - Fissuras horizontais causadas por
sobrecarga vertical
sobrecarga
Fonte: Thomaz (2007)
Fonte: Thomaz (2007)

Cargas concentradas em excesso podem causar ruptura dos componentes de alvenaria


e o surgimento de fissuras inclinadas a partir do ponto de aplicação (cf. Figura 10c). Nos
painéis de alvenaria onde existem aberturas, as fissuras formam-se a partir dos vértices
dessa abertura e sob o peitoril (cf. Figura 10 d).

Figura 10d - Fissuração típica nos cantos das


Figura 10c - Ruptura localizada da alvenaria sob o aberturas sob atuação de sobrecargas
ponto de aplicação da carga
Fonte: Thomaz (2007)
Fonte: Thomaz (2007)

3.3.2 Configurações típicas de fissuração em vigas

Em estruturas de concreto armado comuns, os componentes fletidos são dimensionados


levando em conta a fissuração na região tracionada da peça. O objetivo é controlar e
limitar a fissuração de acordo com as condições de durabilidade, deformação e estética da
estrutura. Em vigas isostáticas submetidas à flexão, as fissuras se concentram
principalmente no terço médio do vão. Elas tendem a apresentar aberturas maiores em

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direção à face inferior da viga, onde as fibras estão mais sujeitas à tração, como na Figura
11a (Thomaz, 2007).
O vídeo a seguir apresenta o conceito de estruturas isostáticas:
https://www.youtube.com/watch?v=StvoV_8AEVI

No caso de vigas com deficiência da armadura de cisalhamento, podem surgir fissuras


inclinadas nas proximidades do apoio (cf. Figura 11b).

Figura 11a - Fissuras típicas de uma viga Figura 11b - Fissuras de cisalhamento
subarmada solicitada à flexão Fonte: Thomaz (2007)
Fonte: Thomaz (2007)

O vídeo a seguir apresenta a diferença no comportamento de uma viga


quando está reforçada com armação e quando não está, ao ser submetida
a diferentes esforços.
https://youtu.be/cZINeaDjisY?t=133
Ative a legenda em português.

3.3.3 Configurações típicas de fissuração em lajes

Em lajes maciças com grandes vãos, os esforços gerados perto dos cantos podem resultar
em fissuras inclinadas. A Figura 12 ilustra esse tipo de fissuramento em uma laje
simplesmente apoiada, com armadura em cruz e sujeita a carregamento distribuído
(Thomaz, 2007).

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Figura 12 - Fissuras típicas de lajes simplesmente armadas

Fonte: Thomaz (2007)

3.3.4 Fissuras em pilares

Fissuras provocadas por sobrecargas

Fissuras verticais no meio do pilar indicam que os


estribos foram subdimensionados.

Figura 13a - Fissuras verticais no pilar

Devido a problemas na construção, trincas de


esmagamento podem se formar nos pés dos
pilares, comprometendo sua estabilidade. Nessas
situações, é necessário reforçar os pilares para
restaurar a segurança estrutural.
Figura 13b – Fissuras por esmagamento

Figura 13 - Exemplos de configurações típicas de trincas provocadas por sobrecargas em pilares


Fonte: Thomaz (2007)

3.4 Deformabilidade excessiva das estruturas


A deformabilidade excessiva das estruturas de concreto pode resultar em diversos
problemas que comprometem a segurança, a durabilidade e a estabilidade das
construções. O concreto, embora seja um material de alta resistência, tem propriedades
que o tornam suscetível a deformações ao longo do tempo e sob ação de carregamentos
variados. Neste texto, abordaremos os principais problemas decorrentes da
deformabilidade excessiva nas estruturas de concreto.
Um dos principais fatores que contribuem para a deformabilidade excessiva é a fluência do
concreto. Sob cargas constantes e ao longo do tempo, o concreto apresenta deformações
lentas e progressivas, fenômeno conhecido como fluência. Essa deformação contínua

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pode resultar em deslocamentos significativos nas estruturas, especialmente em


elementos sujeitos a cargas permanentes, como lajes e vigas.
Outro fator que contribui para as deformações excessivas é a retração do concreto.
Durante o processo de endurecimento, ocorre a evaporação da água presente na mistura
do concreto, o que provoca uma contração do material, conhecida como retração. Essa
retração pode gerar tensões internas no concreto e resultar em deformações indesejáveis.
Carregamentos excessivos e mal distribuídos também podem levar a deformações além
dos limites aceitáveis. Cargas aplicadas acima do previsto no projeto ou concentradas em
determinadas regiões da estrutura podem gerar tensões excessivas e deformações que
comprometem a estabilidade e a capacidade de carga da construção.
As movimentações do solo também podem contribuir para deformações excessivas nas
estruturas de concreto. Variações climáticas, atividades humanas ou processos geológicos
podem gerar deslocamentos diferenciais nas fundações e, consequentemente, nas
estruturas de concreto. Esses deslocamentos podem resultar em problemas de fissuração
e desalinhamento da estrutura.
Os problemas decorrentes da deformabilidade excessiva das estruturas de concreto são
variados e podem ser prejudiciais à construção em diferentes aspectos. Rachaduras e
fissuras são frequentes, permitindo a entrada de água e agentes agressivos, o que acelera
o processo de degradação e reduz a vida útil da estrutura.
Além disso, as deformações excessivas podem comprometer a estética da construção,
prejudicando sua aparência e valor de mercado. Em casos graves, podem resultar em
instabilidade estrutural e, até mesmo, levar ao colapso total ou parcial da estrutura,
representando sérios riscos à segurança dos ocupantes e de edificações vizinhas.
Para mitigar os problemas decorrentes da deformabilidade excessiva do concreto, é
essencial que os projetos de engenharia levem em consideração os efeitos da fluência,
retração e possíveis carregamentos e movimentações do solo. Além disso, é fundamental
adotar medidas adequadas de controle de qualidade durante a execução e o
monitoramento contínuo das estruturas para identificar e corrigir deformações indesejáveis.
Dessa forma, será possível garantir a segurança, a durabilidade e o desempenho
adequado das construções ao longo do tempo.

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3.4.1 Configurações típicas de fissuração provocadas pela flexão de vigas e lajes

PAREDES SEM PORTAS E JANELAS PODEM TER TRÊS TIPOS COMUNS DE FISSURAS:

A parte de baixo se deforma mais que a


parte de cima. Fissuras diagonais
aparecem nos cantos de cima da parede
devido ao carregamento não uniforme da
viga superior sobre a parede. Quando o
comprimento da parede é superior à sua
altura, ocorre um arqueamento na parte de
baixo, surgindo uma fissura horizontal.
Figura 14a - Fissuras em parede de vedação

A parte de cima se deforma mais que a


parte de baixo. Aqui, a parede atua como
uma viga, gerando fissuras semelhantes às
que aparecem em vigas de concreto
armado submetidas à flexão.

Figura 14b - Fissuras em parede de vedação

A parte de cima se deforma igual à parte


de baixo. Aqui, a parede sofre
principalmente tensões de cisalhamento.
Ela se comporta como vigas
deficientemente armadas ao esforço
cisalhante. As fissuras começam nos
cantos de baixo da parede, formando um
ângulo de cerca de 45°.
Figura 14c - Fissuras em parede de vedação

Figura 14 - Exemplos de fissuras em parede de vedação


Fonte: Thomaz (2007)

Nas regiões de balanço das vigas, observa-se um exemplo comum de fissuras causadas
por falta de rigidez estrutural. A deformação da viga nessas partes geralmente causa
fissuras de cisalhamento na alvenaria ou separação entre a parede e a estrutura (Thomaz,
2007).

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Figura 15 - Fissuras na alvenaria provocadas por deformação da viga na região do balanço


Fonte: Thomaz (2007)

4. PATOLOGIA DAS FUNDAÇÕES

4.1 Introdução
Conforme visto no capítulo 2, a fundação é um elemento estrutural que transmite as cargas
de uma edificação para uma camada resistente do solo. As fundações são elementos
essenciais em uma construção e podem ser classificadas em duas categorias:
superficiais e profundas.
As fundações superficiais são instaladas na superfície do solo, em profundidades rasas, e
indicadas para terrenos com boa capacidade de suporte. Como exemplos, destacam-se as
sapatas, blocos e radiers.

Figura 16 - Tipos de fundações superficiais


Fonte: Adaptado de Bittencourt (2010)

Já as fundações profundas são utilizadas em solos de baixa capacidade de suporte ou


para alcançar camadas mais resistentes do subsolo. Alguns exemplos são estacas,
tubulões etc. A escolha do tipo de fundação depende das características do solo e das
cargas da estrutura.

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Figura 17 - Tipos de fundações superficiais


Fonte: Adaptado de Cerâmica Constrular (2020)

TIPOS DE FUNDAÇÕES

Uma característica fundamental das


fundações superficiais é a distribuição de
carga do pilar para o solo através da base
do elemento de fundação. A carga pontual
proveniente do pilar é transformada em
uma carga distribuída, com magnitude
adequada para que o solo possa suportá-
la de forma segura. Figura 18a: Representação de fundação superficial

Fonte: Cruz (2012)

A fundação profunda, que tem grande


comprimento em relação à sua base,
apresenta pouca capacidade de suporte
pela base, mas grande capacidade de
carga devido ao atrito lateral do corpo do
elemento de fundação com o solo.

Figura 18b: Representação de fundação profunda


Fonte: Cruz (2012)
Figura 18 – Tipos de fundações superficiais
Fonte: Cruz (2012)

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4.2 Conceitos básicos relativos a recalques


Recalque é o deslocamento ou movimento vertical em relação ao nível de referência da
fundação. Quando ocorre em diferentes pontos da edificação, é chamado de recalque
diferencial, representando a diferença entre esses pontos. A literatura não oferece uma
estimativa precisa do “recalque admissível”. Porém, estudos estabelecem valores
aceitáveis que servem como referência. Conhecer o “recalque admissível” é importante
para definir limites em que a segurança ou o desempenho da estrutura podem ser
comprometidos (Milititsky et al., 2008).
De acordo com Milititsky et al. (2008), uma fundação adequada é aquela que apresenta um
fator de segurança apropriado contra a ruptura tanto da estrutura como do solo afetado
pela transmissão das cargas, além de deslocamentos verticais (recalques) compatíveis
com o funcionamento do elemento suportado. É importante destacar que todas as
fundações sob carga apresentam recalques devido à deformabilidade dos solos.

O vídeo a seguir apresenta problemas de recalques em uma edificação:


https://youtu.be/ph9O9yJoeZY

Ative a legenda em português.

4.3 Efeitos dos movimentos das fundações

Toda vez que a resistência dos componentes da edificação for superada pelas tensões
geradas pela movimentação ocorrerão fissuras. As figuras a seguir apresentam padrões
típicos de deslocamentos e correspondentes fissuras:

Figura 19 - Fissuras típicas causadas por recalque de fundação de pilares internos


Fonte: Milititsky et al. (2008)

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Figura 20a: Fissuras em fundação sobre aterro Figura 20b: Fissuras em fundação submetida à
alteração do nível de água
Fonte: Ortiz (1983)
Fonte: Milititsky, Consoli e Schnaid (2008)

Figura 21a - Problemas decorrentes de Figura 21b - Problemas decorrentes de


movimentações na fundação movimentações na fundação

Fonte: Nierdermermeyer (2017). Disponível em: Fonte: Nierdermermeyer (2017). Disponível em:

<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/ <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/
engenharia-civil/recalque-de-fundacoes> Acesso engenharia-civil/recalque-de-fundacoes> Acesso
em: 10 nov. 2023 em: 10 nov. 2023

A vegetação também pode interferir na fundação das edificações. As raízes extraem água
do solo para manter seu crescimento, modificando o seu teor de umidade. Em solos
argilosos, as variações de umidade provocam mudanças volumétricas e qualquer fundação
localizada nesta área apresentará movimentações e provavelmente patologias causadas
por recalques localizados (Milititsky et al., 2008).

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Figura 22: Influência da vegetação nas fundações


Fonte: Milititsky, Consoli e Schnaid (2008)

Dica dos professores: Para melhorar seu aprendizado em relação ao conteúdo, leia
o artigo “Patologias das fundações”, disponível em:

<http://ojs.toledo.br/index.php/engenharias/article/view/2543/148>

Após realizar todas as leituras desta semana, vá até a sala virtual e realize a atividade
avaliativa deste módulo.

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REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Douglas M. A. Sistema de Fundação: sobre o projeto de fundações.
Goiania, [2010]. 25 slides, color. Disponível em:
https://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17430/material/
PUC_FUN%20_02_Sistemas%20de%20Funda%C3%A7%C3%A3o%20e%20projeto.pdf.
Acesso em: 14 ago. 2023.
BRASIL. Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012. Dispõe sobre a proteção e a defesa civil.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 abr. 2012. Seção 1, p. 2.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Secretaria Nacional de Proteção e
Defesa Civil. Classificação Brasileira de Desastres - COBRADE. Edição 2021. Brasília,
DF: MDR, Sedec, 2021.
CERÂMICA CONSTRULAR (Santa Catarina) (org.). Tipos de fundação: você sabe qual é
o ideal para sua obra? você sabe qual é o ideal para sua obra? 2020. Disponível em:
https://ceramicaconstrular.com.br/tipos-de-fundacao/. Acesso em: 14 ago. 2023.
CRUZ, Regina Celia de Souza. INFRA-ESTRUTURAS. RN, 2012. 29 slides, color.
Disponível em: https://docentes.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-de-
edificios/fundacoes. Acesso em: 14 ago. 2023.
MILITITSKY, Jarbas; CONSOLI, N. Cesar; SCHNAID, Fernado. Patologia das
Fundações, Ed. Oficina de Textos, São Paulo, 2008.
SANTOS, Guilherme Veloso dos. Patologias devido ao recalque diferencial em
fundações. Brasília, 2014. Disponível em: <
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/6389/1/21113271.pdf > Acesso em
SOUZA, Vicente Custódio de; RIPPER, Thomaz. Patologia, recuperação e reforço de
estruturas de concreto, Ed. Pini. São Paulo, 1998.
THOMAZ, Ercio. Trincas em edifícios: causas, prevenção e recuperação, Ed. Pini. São
Paulo, 1989.

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Currículos dos autores

Moisés Magalhães de Sousa é Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar de


Minas Gerais, sendo, atualmente, o Chefe da 3ª Seção do Estado-Maior. É
graduado em Engenharia Civil e tem mestrado em Construção Civil. Também é
especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, em Normalização de
Medidas contra Incêndio, Pânico e Explosões, e em Gestão Estratégica e Políticas
Públicas. Leciona e orienta no curso de Pós-Graduação em Gestão, Proteção e
Defesa Civil da Academia de Bombeiros Militar e agora leciona no curso de Pós-
Graduação em Proteção e Defesa Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Minas Gerais – campus Santa Luzia.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2951243600579814

Filemom Henrique Costa Fernandes é Capitão do Corpo de Bombeiros Militar de


Minas Gerais. Atualmente, é o Chefe da Seção de Engenharia. É engenheiro civil,
especialista em perícia criminal e mestre em Proteção e Defesa Civil. É professor
do Curso de Formação de Oficiais e do Curso de Habilitação de Oficiais do
CBMMG. Lecionou na Pós-Graduação em Proteção e Defesa Civil da Universidade
Federal de Juiz de Fora e agora ministra aulas na Pós-Graduação em Proteção e
Defesa Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas
Gerais – campus Santa Luzia.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7862482512317462

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Feito por (professor-autor) Data Equipe multidisciplinar Data Versão

André Magri Ribeiro de


Melo - Revisor Linguístico

Breno Lima dos Santos -


Moisés Magalhães de Sousa Designer Instrucional;
Agosto de Novembro
1.0
2023 de 2023
Filemom Henrique Costa Rafael Soares Rodrigues -
Fernandes Designer Gráfico e Digital

Verônica Morales Antunes –


Orientador e Revisor
Pedagógico

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Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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