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Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola - IMETRO

Departamento de Ciências Tecnológicas e Engenharias - DTEC


Licenciatura em Engenharia Civil

DIMENSIONAMENTO A FLEXÃO

Turma: LEC4N
Turno: NOITE

_________________________________________________________________________
Luanda, 2018
Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola - IMETRO
Departamento de Ciências Tecnológicas e Engenharias - DTEC
Licenciatura em Engenharia Civil

DIMENSIONAMENTO A FLEXÃO

Nzuzi Simão Vasco Lemos ___________20160316

DOCENTE
________________________
Adão Domingos
ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ......................................................................................................................
RESUMO ..........................................................................................................................................
INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 8
OBJECTIVOS ................................................................................................................................. 9
Estados Limites ............................................................................................................................. 10
CASO DE ESTUDO ..................................................................................................................... 11
Resolução do caso em estudo ........................................................................................................ 12
Pórtico 3-3´ .................................................................................................................................... 14
No equilíbrio das forças ......................................................................................................... 19
No equilíbrio dos momentos .................................................................................................. 19
No equilíbrio das forças ......................................................................................................... 20
No equilíbrio dos momentos .................................................................................................. 21
Pórtico B-B´ .................................................................................................................................. 22
Tramo A-B .................................................................................................................................... 27
Tramo B-C ..................................................................................................................................... 29
Tramo C-D .................................................................................................................................... 29
Tramo D-E ..................................................................................................................................... 29
No equilíbrio das forças ......................................................................................................... 30
No equilíbrio dos momentos .................................................................................................. 30
No equilíbrio das forças ......................................................................................................... 31
No equilíbrio dos momentos .................................................................................................. 32
Pormenorização ............................................................................................................................. 33
CONCLUSÃO............................................................................................................................... 34
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 35
ANEXO
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Representação das vigas em planta………………………………………………………………..…….11

Figura 2. Representação das vigas em planta e áreas de influencia…………………………………….………….12

Figura 3. Representação das viga 3-3 na secção transversal…………………………………………….…………13

Figura 4. Representação do diagrama da viga 3-3. ………………………………………………………….…….15

Figura 5. Representação do diagrama compatibilizado. ……………………………………………………….….16

Figura 6 . Representação do diagrama após alternância de sobrecargas.. ………………………………………...18

Figura 7 . Representação do diagrama após alternância compatibilizado..……………………………………..….18

Figura 8. Representação das viga B-B na secção transversal. …………………………………………………….22

Figura 9. Representação do diagrama. ……………………………………………………………………….…….24

Figura 10. Representação do diagrama compatibilizado. ………………………………………………………….26.

Figura 11. Representação do diagrama. ……………………………………………………………………………28

Figura 12. Representação do diagrama do pórtico B-B compatibilizado.. …………………………………………30

Figura 13. Representação em pormenor da viga 3-3. ………………………………………………………………33


Figura 14. Representação em pormenor da viga B-B. ……………………………………………………………...33
AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida e, por se fazer presente em todos os momentos desta caminhada
repleta de conhecimento.

Agradecemos ao Senhor Professor MSc, STR Adão António Domingos, pelo trabalho
dado, pois forneceu conteúdos de bastante importância para esse curso especialmente na
disciplina de Betão armado e Pré-esforçado, pelo encorajamento e conselhos transmitidos.

À Família, especialmente aos pais e irmãos, agradeço a partilha dos bons e dos maus
momentos, bem como todo o carinho, compreensão e apoio incondicional.

A todos, muito obrigado!


RESUMO

Este trabalho resulta da experiência de ensino e de textos anteriores da disciplina para os


quais contribuíram os docentes que têm vindo a leccionar o Betão armado pré-esforço, sob a
orientação do Professor MSc, STR Adão António Domingos.
Para a avaliação das capacidades resistentes das secções de betão à flexão, no âmbito da
filosofia de segurança em relação à rotura, começou-se por seleccionar os materiais a adoptar
nesta mesma avaliação. Posteriormente, e a partir de hipóteses admitidas para a deformação da
secção na rotura, mostrou-se como se avaliam os esforços resistentes de flexão.

Trabalho focasse no dimensionamento de elementos estruturais, o caso em estudo é uma


viga, segundo o eurocódigos, dimensionar relativamente a flexão, isto é, fazendo a desratização
para achar as áreas de influência, calculo dos efeitos das acções sobre a viga usando o critério
dos estados limites últimos, ou seja, a combinação fundamental. Calculou-se depois os esforços
em cada tramo, para saber se estes elementos estão sobre o efeitos de tracção ou compressão e no
final fazer o dimensionamento das mesmas, isto é, calcular as armaduras necessária para que a
viga não ceda ou sofra rotura, visto que o objectivo é conceber, analisar, dimensionar e verificar.

Palavras-chaves:

Viga

Flexão

Estado limites
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende ilustrar o dimensionamento de uma viga submetida a


flexão, isto é, determinar as armaduras necessária para garantir os estados limite ultimo de flexão
de uma viga e determinar a curvatura das mesma de acordo com a legislação europeia,
denominados, Eurocódigos (EN1990; EN1991-1-1; EN1991-1-4; EN1992-1-1; EN1993-1-1;
EN1993-1-8; EN1994-1-1).
Ao longo dos anos foi se provando que uma viga de betão simples não explora a
capacidade resistente do material em compressão, e está associada a uma baixa capacidade de
carga (condicionada pela fendilhação) e a uma rotura frágil. Por isso, como solução foi
necessário introduzir um material com boa resistência à tracção nas regiões onde é necessário
Betão armado (betão +armadura).

O trabalho tem o propósito de conceber, analisar, dimensionar e verificar vigas de pórticos


B-B' e 3-3' que foi apresentado pelo caso em estudo.
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OBJECTIVOS

Geral

 Conhecer as propriedades mecânicas dos elementos de betão armado, dominar a


concepção, e os modelos que descrevem o seu funcionamento estrutural.

Especifico

 Fazer o dimensionamento e a verificação da segurança de estruturas em betão armado de


acordo com a nova regulamentação europeia.
 Determinação da capacidade resistente, isto é, analise.
 Dimensionar a quantidade de armaduras em vigas, usando o método do diagrama
rectangular simplificado e pela utilização de tabelas.
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Estados Limites

Estudos para constituir uma formulação apropriada de segurança estrutural têm sido feitos durante
os últimos anos. O principal esforço tem sido para examinar as chances da “ruína” ocorrer num elemento,
ligação ou sistema estrutural por vários métodos probabilísticos.

Prefere-se o termo “estado limite” em vez do termo “ruína”, que significa as condições em que
uma estrutura deixam de cumprir a sua função determinada. Os estados limites são geralmente divididos
dentro de duas categorias: resistência e utilização.

Estados Limites Últimos (ELU) são fenómenos comportamentais como, resistência dúctil,
máxima flambagem, fadiga, fractura, torção e deslizamento.

Estados Limites de Serviço (ELS) são aqueles ligados com a ocupação de um edifício, tais
como: deformações, vibrações e trincas.

A análise e o projecto de qualquer estrutura geralmente iniciam com a determinação das cargas e
acções actuantes na estrutura e seus elementos. A estrutura deve ter resistência para suportar as cargas e
suas combinações, manter as deformações elásticas verticais e horizontais correspondentes dentro dos
limites específicos e ainda manter as vibrações nos pisos dentro de níveis de conforto compatíveis.

Entendendo-se por cargas todas as acções impostas pela gravidade (peso próprio), meio ambiente (vento,
etc.) e devidas ao uso da estrutura (sobrecargas ou acidentais). Estas cargas são denominadas de acções
externas e consistem em:

1. Cargas Permanentes - CP:


 Peso dos elementos da estrutura;
 Pesos de todos os elementos da construção permanentemente suportados pela estrutura, tais como:
pisos, paredes fixas, coberturas, forros, escadas, revestimentos e acabamentos;
 Pesos de instalações, acessórios e equipamentos permanentes, tais como tubulações de água,
esgotam, águas pluviais, gás, ductos e cabos eléctricos;
 Quaisquer outras acções de carácter permanente ao longo da vida da estrutura.

2. Cargas Acidentais - CA:


 Sobrecargas distribuídas em pisos devidas ao peso de pessoas;
 Objectos E materiais estocados;
 Cargas de equipamentos: elevadores, centrais de ar condicionado;
 Peso de paredes removíveis; - Sobrecargas em coberturas;
 Empuxos de terra e pressões hidrostáticas.

3. Cargas devidas aos Ventos - CV:


 Pressão de rajadas devidas aos ventos.

4. Outras Cargas:
 Variações de temperatura, (diferença entre a tempo. mínima e máxima da estrutura);
 Cargas sísmicas, (efeitos de terramotos);
 Cargas de neve; - Recalques de fundações;
 Deformações impostas
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CASO DE ESTUDO

Figura 1. Representação das vigas em planta.

a) Determine as armaduras necessárias para garantir os estados limites de flexão de vigas dos
pórticos B-B' e 3-3', incluindo todas as verificações; (métodos: tabela e diagrama rectangular em
pelo menos uma secção)

b) Determine as curvaturas das secções e comenta;

c) Pormenorize as armaduras nas vigas.

Quadro 1. Vãos e parâmetros a ter em conta no dimensionamento

Temp Ambiente
N Zona o de
º vida
12 2,5 6 6 4 5,5 6 2,5 Armazenament 15 Húmido
o rar.
Seco/cloret
o
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Resolução do caso em estudo

Sendo objectivo do trabalho dimensionar as vigas dos pórticos B-B' e 3-3', usando a
norma europeia, procedeu-se da seguinte maneira:

Usando o eurocódigo 0 no quadro 2.1, obteve-se a classe estrutural, que foi retirada em
função do tempo de vida de 15 anos como mostra o quadro 1 do presente trabalho, então teve-se
como classe estrutural S3.

Em seguida passou-se para o quadro 4.1 do eurocódigo 2, para obter a classe de exposição
ambiental, que todavia foi retirada em função do ambiente no quadro 1 do presente trabalho.

O recobrimento mínimo e nominal retirado do quadro 4.4N do eurocódigo 2 parte 1-1,


isto é em função da classe estrutural e da classe de exposição.

Dados para o dimensionamento das vigas:


Zona: Armazenamento Materiais:

Tempo de vida útil: 15anos (S3) Betão: C35/45

Ambiente: húmido raramente seco/cloreto (XD2) Aço A400

Categoria: E1

Revestimento:

SC

Pré-dimensionamento da viga:

Figura 2. Representação das vigas em planta e áreas de influencia.


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Nota: adoptou-se o maior valor entre as alturas obtidas, isto é, h = 0,6m, mas por não ter a
largura da viga, foi preciso dimensionar o pilar e admitir que a largura do pilar é igual ao da viga
como mostra os cálculos a seguir:

Onde:

Admitindo que a secção do pilar é quadrada teremos:


Logo:
√ √

Figura 3. Representação das viga 3-3 na secção transversal.

Sendo que a largura não pode ser inferior a 0,20m, para o dimensionamento da viga foi
adoptado b= 0,20m.
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Pórtico 3-3´

Acções na viga:
 Peso próprio

 Revestimento

 Sobrecarga

Combinação das acções - ELU

Calculo dos momentos na viga:

Balanço:
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Tramo A-B

Tramo B-C

Figura 4. Representação do diagrama da viga 3-3.

Compatibilização dos momentos na viga:

[ ]
P á g i n a | 16

Tramo B-C

Tramo A-B

Figura 5. Representação do diagrama compatibilizado.


P á g i n a | 17

Alternância de sobrecarga:

Para alternância de sobrecargas tive três casos, mas será apresentado simplesmente os
cálculos do caso 1, que foi o mais desfavorável. alguns casos menos desfavoráveis estão
representados em anexo.

Tramo A-B

Tramo B-C
P á g i n a | 18

Figura 6 . Representação do diagrama após alternância de sobrecargas..

Figura 7 . Representação do diagrama após alternância compatibilizado..

Método do diagrama rectangular simplificado:


P á g i n a | 19

No equilíbrio das forças

Sendo:

No equilíbrio dos momentos

Logo:

Então:

Usando a tabela das armaduras longitudinal em anexo obteve-se:

Métodos das tabelas:

√ √

Usando a tabela das armaduras longitudinal em anexo obteve-se:


P á g i n a | 20

Curvatura:

( ) ( )

Método do diagrama rectangular simplificado:

No equilíbrio das forças


P á g i n a | 21

Sendo:

No equilíbrio dos momentos

Logo:

Então:

Usando a tabela das armaduras longitudinal em anexo obteve-se:

Métodos das tabelas:

√ √

Usando a tabela das armaduras longitudinal em anexo obteve-se:


P á g i n a | 22

Curvatura:

( ) ( )

Pórtico B-B´

Figura 8. Representação das viga B-B na secção transversal.


P á g i n a | 23

Acções na viga:
 Peso próprio

 Revestimento

 Sobrecarga

Combinação das acções - ELU

Tramo A-B

Tramo B-C
P á g i n a | 24

Tramo C-D

Tramo D-E

Figura 9. Representação do diagrama.

Compatibilização dos momentos na viga:

[ ]
P á g i n a | 25

A-B

B-C

C-D
P á g i n a | 26

D-E

Figura 10. Representação do diagrama compatibilizado.

Alternância de sobrecarga:

Para alternância de sobrecargas tive nove casos, mas será apresentado simplesmente os
cálculos do caso 1, que foi o mais desfavorável, alguns casos menos desfavoráveis estão
representados em anexo.

Tramo A-B
P á g i n a | 27

Tramo B-C

Tramo C-D
P á g i n a | 28

Tramo D-E

Figura 11. Representação do diagrama.

Compatibilização dos momentos na viga:

[ ]

Tramo A-B
P á g i n a | 29

Tramo B-C

Tramo C-D

Tramo D-E
P á g i n a | 30

Figura 12. Representação do diagrama do pórtico B-B compatibilizado..

Método do diagrama rectangular simplificado:

No equilíbrio das forças

Sendo:

No equilíbrio dos momentos


P á g i n a | 31

Logo:

Então:

Usando a tabela das armaduras longitudinal em anexo obteve-se:

Curvatura:

( ) ( )

Método do diagrama rectangular simplificado:

No equilíbrio das forças

Sendo:
P á g i n a | 32

No equilíbrio dos momentos

Logo:

Então:

Usando a tabela das armaduras longitudinal em anexo obteve-se:

Curvatura:

( ) ( )

Pode se observar com os b resultados obtidos que, o aço tem uma de formação aceitável e
que os esforços aplicados na viga não ultrapassam a deformação máxima do betão e nem do aço,
ou seja o dimensionamento é aceitável.
P á g i n a | 33

Pormenorização

Figura 13. Representação em pormenor da viga 3-3.

Figura 14. Representação em pormenor da viga B-B.


P á g i n a | 34

CONCLUSÃO

Contudo verificou-se que as vigas dos pórticos B-B E 3-3 são de secção dúctil, ou seja, de
dimensionamento adequado, com base o eurocódigo 3 notou-se que as verificações estão de acordo ao
mesmo.

Assim nota-se que:

A estrutura esta correctamente dimensionada visto que o estado limite último é relacionado a
ruína da estrutura, e estas análises foram verificadas e também cumpre quanto a verificação da curvatura.

As acções permanentes são consideradas em sua totalidade. Das acções variáveis, são
consideradas apenas as parcelas que produzem efeitos desfavoráveis para a segurança.

A resistência é determinada convencionalmente pela máxima tensão que pode ser aplicada a um
corpo-de-prova do material considerado, até o aparecimento de fenómenos como ruptura ou deformação
específica excessiva.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 Google
 EC0 PARTE 1-1
 EC3
 EC2
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ANEXO
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Fonte: Grupo de Betão Armado e Pré-Esforçado-IST


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Esforços e deslocamentos elásticos, Vieira, (2014)


PÓRTICO 3-3 E ALGUNS CASOS DE ALTERNÂNCIA
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PÓRTICO B-B E ALGUNS CASOS DE ALTERNÂNCIA

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