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DENISE MARTINS DOS SANTOS

FLÁVIA TRINDADE OLIVEIRA

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO


E PÂNICO: estudo de caso na Escola Estadual Carolina Silva

PATOS DE MINAS
2018
DENISE MARTINS DOS SANTOS
FLÁVIA TRINDADE OLIVEIRA

ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E


PÂNICO: estudo de caso na Escola Estadual Carolina Silva

Projeto de pesquisa apresentado como exigência


parcial para a obtenção do título de graduada em
Engenharia Civil pelo Centro Universitário de Patos
de Minas, sob orientação da professora Esp. Nancy
Tiemi Isewaki e co-orientação do professor Me.
César de Oliveira Amorim.

PATOS DE MINAS
2018
ANEXO B - AVALIAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: ASPECTOS
METODOLÓGICOS E TÉCNICOS
Estudante (s):

Os itens avaliativos serão considerados à luz do Manual para


Nota Nota
Normalização de Trabalhos Acadêmicos do UNIPAM e Aspectos
máxima obtida
Técnicos
Avaliação do problema de pesquisa apresentado é de cunho prático e ( ) SIM
técnico ou científico, dentro de uma das áreas de abrangência das
( ) NÃO
Engenharias.
Avaliação da responsabilidade do aluno em comparecer às aulas teóricas
e às orientações, cumprimento dos prazos estabelecidos e das tarefas 10,0
solicitadas, esforço, interesse, dedicação, engajamento, iniciativa.
Adequação de todo o texto do projeto às normas gramaticais: coerência,
8,0
coesão e ortografia.
Aspectos de formatação de todo o projeto: obediência ao Manual de
10,0
Normalização de Trabalhos Acadêmicos do UNIPAM.
Introdução: apresenta contextualização do tema, justificativa,
problematização e os objetivos que foram traçados para desenvolver o 8,0
TCC.
Referencial teórico: apresenta os elementos teóricos de base da área do
conhecimento investigado, bem como, a definição dos termos, conceitos
17,0
e estado da arte pertinente ao referido campo do TCC. Referências
importantes sobre o assunto foram consultadas?
Metodologia: o tipo de pesquisa é apropriado? Apresenta de forma clara,
organizada e objetiva os procedimentos metodológicos, coerentes com os 12,0
objetivos do trabalho?
Cronograma: viabilidade de execução das atividades. 2,0
Referências: pesquisa em várias fontes: livros, revistas, sites específicos. 3,0
Total 70,0

Os comentários e as sugestões sobre cada critério devem ser inseridos diretamente no conteúdo do
Projeto de Pesquisa.

Patos de Minas, de de .

Assinatura do docente responsável pela disciplina


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fachada da escola...................................................................................................... 10


Figura 2: Triângulo do fogo...................................................................................................... 12
Figura 3: Tetraedro do fogo ...................................................................................................... 12
Figura 4: Distância de separação .............................................................................................. 19
Figura 5: Largura mínima de vias de acesso ............................................................................ 22
Figura 6: Dimensões mínimas dos portões de acesso............................................................... 22
Figura 7: Medida da largura em corredores e passagens .......................................................... 29
Figura 8: Abertura das portas no sentido do trânsito de saída .................................................. 30
Figura 9: Segmentação das escadas no piso da descarga ......................................................... 32
Figura 10: Altura mínima de pé direito .................................................................................... 32
Figura 11: Altura e largura dos degraus (escada co m ou sem bocel) ....................................... 34
Figura 12: Pormenores de corrimãos ........................................................................................ 34
Figura 13: Vista superior da Escola Estadual Carolina Silva ................................................... 42
Figura 14: Check List - Dados básicos para elaboração do PPCIP .......................................... 43
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Cargas de incêndio específicas por ocupação ........................................................... 18


Tabela 2: Classificação das edificações e áreas de risco .......................................................... 18
Tabela 3: Classificação das edificações quanto à altura ........................................................... 25
Tabela 4: Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta ......................... 26
Tabela 5: Dados para dimensionamento das saídas para grupo E ............................................ 28
Tabela 6: Determinação da unidade extintora e distância a ser percorrida para classe A ........ 35
Tabela 7: Determinação da unidade extintora e distância a ser percorrida para classe B ........ 36
Tabela 8: Distância máxima a ser percorrida para classe C, D e K .......................................... 36
Tabela 9: Tipo de sistema e volume de reserva de incêndio mínima ....................................... 39
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Fases de um incêndio e sua relação com os materiais ............................................. 14


Quadro 2: Classes de incêndio.................................................................................................. 15
Quadro 3: Incêndios ocorridos no Brasil .................................................................................. 16
Quadro 4: Classificação das edificações quanto à sua ocupação ............................................. 17
Quadro 5: Tipos de propagação de incêndio ............................................................................ 19
Quadro 6: Formas de garantir a distância de separação ........................................................... 20
Quadro 7: Simbologia para sinalização de emergência ............................................................ 24
Quadro 8: Classificação das edificações quanto às suas características construtivas .............. 26
Quadro 9: Mínimo de largura aceitável .................................................................................... 29
Quadro 10: Exemplos de símbolos gráficos para utilização em PPCIP ................................... 40
Quadro 11: Cronograma de atividades ..................................................................................... 45
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 8
2 CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO .................................................................... 9
3 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 10
3.1 Histórico e conceito de fogo ............................................................................................. 10
3.2 Conceito de combustão ..................................................................................................... 11
3.2.1 Elementos essenciais à combustão .................................................................................. 11
3.3 Definição de incêndio........................................................................................................ 13
3.4 As causas de um incêndio e suas fases ............................................................................ 13
3.4.1 Causas de incêndio .......................................................................................................... 13
3.4.2 Fases de um incêndio ....................................................................................................... 13
3.5 As classes de incêndio ....................................................................................................... 15
3.6 Histórico de incêndios no Brasil ...................................................................................... 16
3.7 Projeto de Proteção e Combate à Incêndio e Pânico ..................................................... 17
3.7.1 A ocupação ...................................................................................................................... 17
3.7.2 Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco ......................................................... 18
3.7.3 Isolamento de risco .......................................................................................................... 19
3.7.3.1 Procedimentos para dimensionamento da distância de separação ............................. 21
3.7.4 Acesso de viaturas nas edificações .................................................................................. 21
3.7.5 Iluminação de emergência ............................................................................................... 22
3.7.6 Sinalização de emergência............................................................................................... 23
3.7.7.1 Classificação das edificações ....................................................................................... 25
3.7.7.2 Cálculo da população ................................................................................................... 27
3.7.7.3 Largura das saídas ....................................................................................................... 28
3.7.7.4 Exigências sobre largura das saídas ............................................................................ 29
3.7.7.5 Acessos.......................................................................................................................... 30
3.7.7.6 Distâncias máximas a serem percorridas..................................................................... 31
3.7.7.7 Portas e saídas de emergência ..................................................................................... 31
3.7.7.8 Escadas ......................................................................................................................... 31
3.7.7.9 Largura das escadas e dimensionamento dos degraus ................................................ 33
3.7.7.10 Exigências dos corrimãos ........................................................................................... 34
3.7.8 Sistema de proteção por extintores de incêndio .............................................................. 35
3.7.8.1 Dimensionamento ......................................................................................................... 35
3.7.9 Brigada de incêndio ......................................................................................................... 36
3.7.10 Sistemas de alarme de incêndio ..................................................................................... 37
3.7.11 Sistema de hidrantes ou de mangotinhos para combate a incêndio ............................... 38
3.7.12 Símbolos gráficos .......................................................................................................... 39
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 41
4.1 Classificação da pesquisa ................................................................................................. 41
4.2 Localização da escola........................................................................................................ 42
4.3 Levantamento de dados históricos e da estrutura física ............................................... 42
4.3.1 Preenchimento de planilhas “check list” ......................................................................... 43
4.4 Elaboração do PPCIP ....................................................................................................... 44
5 CRONOGRAMA ................................................................................................................. 45
6 LEVANTAMENTO DE RECURSOS ............................................................................... 46
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 47
APÊNDICE A - CHECK LIST: DADOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DO PPCIP
.................................................................................................................................................. 49
8

1 INTRODUÇÃO

Por meio da descoberta do fogo, a humanidade passou a se beneficiar de um


recurso indispensável para a sobrevivência. A utilização do fogo resultou em práticas que
serviram para afugentar perigos como animais selvagens, além de fornecer calor e luz aos
seres humanos ele contribui para o cozimento de alimentos e esterilização dos mesmos. No
entanto, existem situações onde o fogo ocasionou complicações para sociedade, gerando
perdas financeiras e, em piores casos, provocou mortes. Ao longo do tempo foram relatados
vários casos de incêndios, sendo um deles com grande impacto o caso da Boate Kiss em 2013,
que de acordo com a reportagem do G1 (2017) 1 , matou mais de 240 pessoas na cidade de
Santa Maria no Rio Grande do Sul.
Para se proteger de tragédias como essa, o ser humano busca inovar e evoluir com
auxilio de novas tecnologias, sendo assim o Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e
Pânico (PPCIP) é um recurso utilizado por engenheiros e arquitetos que planejam a
construção de um ambiente seguro. O PPCIP prevê o posicionamento correto e a instalação
de equipamentos de proteção coletiva na ocorrência de sinistro, além de converter a área em
um local seguro com indicações de saídas e iluminações com as passagens dimensionadas
para o fluxo do determinado local.
Um local movimentado como o de uma escola é um exemplo para apresentar os
diversos perigos que o fogo pode oferecer, tratando-se de que os riscos estão camuflados em
acidentes durante o preparo do lanche escolar, manuseio e uso do gás de cozinha, problemas
com uso de equipamentos energizados, possíveis problemas na fiação elétrica, desastre em
laboratório de ciências, entre outros. Por causa de tais riscos é que existe a Lei nº 13.425, de
30 de março de 2017, que determina e direciona acerca de medidas de prevenção e combate a
incêndio e a sinistros que ocorrem em estabelecimentos, edificações e locais de reunião de
público.
Considerando o exposto, o presente trabalho será desenvolvido na Escola Estadual
Carolina Silva, localizada no munícipio de Vazante em Minas Gerais. Diariamente a escola é
frequentada por uma média de 560 alunos que pretendem concluir o ensino fundamental e
médio oferecido pela escola.
O objetivo geral deste trabalho é a elaboração de um PPCIP na escola em estudo.
Os objetivos específicos são: levantar e apresentar referencial normativo, realizar o

1
Extraído em: <http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/01/tragedia-em-
santa-maria-o-que-ja-se-sabe-e-perguntas-responder.html>. Acesso em: 15 de março de 2018.
9

levantamento de dados históricos e da estrutura física da escola, preencher um modelo de lista


de verificações para análises de conformidades ou não conformidades, realizar visitas técnicas
para montagem de laudos técnicos, elaborar “As Built” da planta baixa da escola e processar
intervenções na planta baixa ou adequações relacionadas à prevenção e combate a incêndio.
A presente pesquisa irá responder as seguintes questões: A instituição de ensino
conta com planta baixa da real situação do edifício? A escola em estudo atende as
especificações técnicas referentes à segurança contra incêndio? O presente trabalho resultará
em um projeto que assegure a segurança contra incêndio dos usuários da escola?
Dessa forma, torna-se relevante, devido à possibilidade do projeto passar por
análise para ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros podendo ser executável, ou seja, podendo
ser utilizado de modo real pela escola, incentivando responsáveis de outras escolas a exigir
esse tipo de projeto. Além de servir como referencial teórico para pesquisas futuras.
Em consequência, a elaboração do PPCIP apresenta uma abordagem de pesquisa
quali-quantitativa, ou seja, a pesquisa é caracterizada tanto em termos de qualidade visando
preservar a segurança dos usuários da escola, quanto em termos de quantidade devido aos
cálculos necessários para sua elaboração.

2 CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO

O objeto de estudo do presente trabalho será a Escola Estadual Carolina Silva


localizada na Rua Manoel Monteiro 206, bairro Vazante-Sul no município de Vazante em
Minas Gerais. A inauguração ocorreu no ano de 1996 contando com uma área total de
1082,70 m², sendo composta por dois pavimentos.
A equipe conta com aproximadamente 60 funcionários e uma média de 560
alunos que frequentam a escola por dia. As etapas de formação fornecidas na escola são
ensino fundamental e médio. O horário de funcionamento é das 07h00min às 18h00min.
Ressalta-se que a escola fornece alimentação escolar, água filtrada, energia e
esgoto da rede pública, lixo destinado à coleta periódica e acesso a internet com banda larga.
A Figura 1 a seguir apresenta a fachada da escola em estudo mostrando os dois prédios
educacionais:
10

Figura 1: Fachada da escola

Fonte: Autoras, 2018.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Este referencial apresenta uma pesquisa bibliográfica com conteúdo que abrange o
histórico e definições importantes de fogo e incêndio. Discutem-se também incêndios com
repercussão nacional que ocorreram no passado e que por meio de fatalidades causaram
perdas e deixaram lições. É exposto informações e exigências das Instruções Técnicas (IT) do
Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), que são elaboradas seguindo
recomendações das Normas Brasileiras (NBR), para elaboração de PPCIP.

3.1 Histórico e conceito de fogo

Segundo Costa (2006, p.309) “o fogo é produto de uma reação exotérmica que
ocorre liberando calor e luz de intensidade variável. Nesta reação, existe a combinação de
quatro elementos básicos que, juntos, irão gerar o processo da combustão”.
Entre os anos 5000 e 10000 a. C. época conhecida como Idade da Pedra, se
descobriu a forma primitiva de se fazer o fogo. Já por volta dos anos 5000 e 4000 a. C.
reputada como Idade da Pedra Nova o homem aprende a ter controle sobre o fogo e, desta
forma, fez surgir importantes fabricações, como por exemplo, a cerâmica. Na Idade dos
Metais, o fogo adquiriu maior importância perante a descoberta na fusão dos metais. Então foi
descoberta formas de fundir o cobre com o estanho, resultando no bronze. Pouco depois,
surgiu a chance de fabricar ferramentas com o ferro, criando assim a espada de ferro. Desses
11

fatos em diante, o fogo foi introduzido no dia a dia do ser humano, não só em suas obrigações
domésticas como, também, na caça, na pesca e para sua defesa. (GOMES, 1998)
Ao pensar no histórico do fogo é possível imaginar uma série de melhorias e
benefícios para os humanos que chegaram a viver sem fogo e após sua descoberta passaram
usufruir do mesmo.

3.2 Conceito de combustão

Durante o ápice inicial do fogo, a condução do calor, convecção do calor e


radiação de energia são tidos como mecanismos de transmissão de energia (SEITO, 2008).
De acordo com Costa (2006, p. 19) “combustão é um processo gerado pela reação
química de oxidação, sendo autossustentável, que resulta na liberação de luz, calor, gases,
fumaça, entre outros”.

3.2.1 Elementos essenciais à combustão

 Combustível
Costa (2006, p. 309) diz que combustível pode ser definido como “todo elemento
capaz de alimentar e sustentar o fogo, sendo que estas substâncias podem estar sob as formas
sólida, gasosa ou líquida”.
 Comburente
Conforme a explicação dada por Costa (2006) o ar atmosférico é composto por
21% de oxigênio e 79% de nitrogênio. Para que a reação de combustão ocorra, deve ter uma
concentração mínima de 17% de comburente, que no caso é o oxigênio no ar. Sendo
importante ressaltar que quanto maior a concentração de oxigênio em um local de incêndio,
maior a velocidade de combustão.
 Energia de Ativação

Miguel (2012) afirma que a energia de ativação é a energia mínima necessária


para dar abertura na reação que é dada pela fonte de inflamação.
Combustível, comburente e energia de ativação formam o que se costuma
designar por triângulo do fogo conforme apresenta a Figura 2:
12

Figura 2: Triângulo do fogo

Fonte: Seito, 2008.


Triangulo do Fogo é uma reprodução gráfica criada para explicar de maneira
didática como a combustão funciona. Para desenhar um triangulo é necessário à ligação de
três retas. Essas retas representam o combustível, o comburente e o calor, o que nos passa a
ideia de que esses elementos são dependentes um do outro para que o fogo se mantenha.
 Reação em cadeia
Adotando a opinião de Miguel (2012) atualmente, admite-se um quarto fator, que
é a reação em cadeia, gerando um novo formato chamado de tetraedro do fogo.
Para Costa (2006) o quarto elemento que é a reação em cadeia conceitua-se como
um processo no qual ocorre o desprendimento de gases ou vapores gerados pela combustão,
desenvolvendo, assim, uma reação relacionada com as características dos materiais
combustíveis.
A Figura 3 apresenta os quatro elementos que compõem o tetraedro do fogo:

Figura 3: Tetraedro do fogo

Fonte: Seito (2008, p. 36)


O tetraedro do fogo nada mais é que o acréscimo de um novo elemento no
triangulo do fogo, que por razões obvias, não mais pode ser chamado de triangulo. Entende-se
que a reação em cadeia ou transformação em cadeia é o calor que é produzido a mais pela
combustão fazendo com que ocorra desprendimento de gases, então assim fica claro a razão
do nome reação em cadeia é o resultado de uma transformação fazendo surgir uma nova
alteração.
13

3.3 Definição de incêndio

De acordo com o CBMMG IT 02 (2017), incêndio tem como definição o fogo


sem controle. Já a norma internacional ISO 8421-1 considera que: “Incêndio é a combustão
rápida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espaço”.
Seguindo o raciocínio de Seito (2008) quando o sinistro ocorre e deixa apenas o
estrago causado pelo fogo de forma branda, pode-se considerar que ocorreu apenas um
princípio de incêndio e não um incêndio.
Para que ocorra um incêndio, devemos ter associados alguns fatores, como o tipo
de combustível, a disposição do combustível e a renovação do ar. As fases de expansão de um
incêndio compreendem a eclosão, a propagação, a combustão contínua e a redução das
chamas, sempre associados a tempo e temperatura (COSTA, 2006).

3.4 As causas de um incêndio e suas fases

3.4.1 Causas de incêndio

Braga e Landim (2008, p. 340) afirmam que “as causas possíveis de incêndios são
mais comumente tipificadas em: fenômeno termoelétrico, fenômeno natural, fenômeno
químico, origem acidental e ação pessoal. A ação pessoal pode ser ainda subdividida em
acidental, intencional ou indeterminada. Algumas instituições adotam a indicação de causa
decorrente de ação de criança. Existe ainda a situação em que a causa não pode ser apontada”.
O fenômeno termoelétrico é reconhecido como o incêndio provocado pela
corrente elétrica como desconexão parcial, sobrecarga, curto circuito e sobretensão. O
fenômeno natural aponta o incêndio cujos motivos são as ações da natureza ou anomalias da
edificação como, por exemplo, queda de raio, desmoronamento e terremoto. O fenômeno
químico tem relação com uma reação química, espontânea ou induzida. (BRAGA; LANDIM,
2008).

3.4.2 Fases de um incêndio

A primeira fase apresenta a reação ao fogo de um material, sendo fundamental a


forma e magnitude com que o material libera calor podendo aumentar a velocidade das
moléculas do próprio material, resultando em desprendimento dos gases para superfície. Esses
14

gases podem alcançar uma ótima concentração, permitindo sua infamação, sendo
disseminando para os materiais combustíveis que estejam nas adjacências. A segunda fase
apresenta a inflamação generalizada no ambiente de origem, o calor liberado e suas
consequentes chamas originárias da fonte pertencente da propagação do fogo para os
materiais combustíveis vizinhos, como uma reação em cadeia (MITIDIERI, 2008).
Por fim, na terceira fase, o incêndio já destruiu grande parte dos materiais
combustíveis. Nessa fase se verifica a resistência ao fogo dos materiais por ser considerada a
pior situação em que os materiais foram submetidos, devendo manter-se íntegros e estáveis
durante um período predeterminado (MITIDIERI, 2008). O resumo sobre as fases de um
incêndio é apresentado no Quadro 1 mostrada abaixo:

Quadro 1: Fases de um incêndio e sua relação com os materiais


FASES EVOLUÇÃO CARACTERÍSTICA DOS MATERIAIS
ENVOLVIDOS
FASE 1 Fonte localizada: calor desenvolvido limitado

Reação ao fogo: - incombustibilidade

- inflamabilidade

FASE 2 Propagação do Incêndio

Reação ao fogo: - incombustibilidade

- inflamabilidade

-propagação de chamas

-transmissão de calor

Resistência ao fogo

FASE 3 Reação ao fogo: - Pânico –vítimas

Resistência ao fogo: - medidas de extinção

- salvamento: pessoas e bens

Fonte: Mitidieri, 2008.


15

3.5 As classes de incêndio

Para especificar a ocorrência de incêndio é importante conhecer a natureza dos


combustíveis que contribuíram para ocorrência do sinistro. Apenas com a característica do
material é possível descobrir como apagar o fogo de forma segura e rápida. Então para isso
existem as classes de incêndio, que gera uma separação do tipo de material e identifica alguns
objetos que contém por esse material. O Quadro 2 apresenta as classes e suas especificações:

Quadro 2: Classes de incêndio


Incêndios produzidos por materiais sólidos comuns, os quais
Classe A queimam na superfície e profundidade, produzem brasas e deixam
cinzas como resíduos. Exemplos: Tecidos, papel, madeira e plástico.

Classe B Incêndios produzidos em líquidos ou gases inflamáveis. Nestes


casos, o fogo atua na superfície, somente onde ocorre o
desprendimento dos vapores (gases). Exemplos: álcool, éter,
gasolina, benzina e acetona.

Classe C Incêndios com a presença de equipamentos elétricos energizados.


Este tipo de incêndio é perigoso, pois oferece risco de vida aos
combatentes. São exemplos de equipamentos elétricos energizados
as centrífugas, cromatográficos, estufas, exaustores, computadores e
refrigeradores.

Classe D Incêndios que ocorrem em materiais pirofosfóricos (materiais que se


auto-inflamam em contato com o ar ou cm a produção de faísca).
São exemplos de metais pirofosfóricos o titânio, zinco, antimônio,
lítio, magnésio, sódio e fósforo branco.
Fonte: Adaptado pelas autoras com base em Costa, 2006.
16

3.6 Histórico de incêndios no Brasil

O Quadro 3 resume o Histórico de alguns casos de Incêndios ocorridos no Brasil,


com desígnio de alertar que foram necessárias perdas para que as modificações e melhorias
nas normas, leis e fiscalizações de fato ocorressem.

Quadro 3: Incêndios ocorridos no Brasil

Nome Gran circo Edifício Edifício Boate Kiss Edifício Wilton


norte- Andraus Joelma Paes de Almeida
americano
Local Niterói - RJ São Paulo - São Paulo - Santa Maria - São Paulo -SP
SP SP RS
Data do 17 dez. de 24 de fev. 1 fev. de 27 de jan. de 01 de mai. de
incêndio 1961 de 1972 1974 2013 2018.
Contato de Artefato Problemas
Intencionais, fogo com pirotécnico, elétricos (curto-
Causas criminosas cartazes Não faíscas entraram circuito)
expostos identificado em contato com
teto no palco.
Vítimas 250 mortes e 16 mortes e 191 mortes 242 mortes e Não existem
400 feridos 336 feridos e mais de mais de 600 dados concretos
300 feridos feridos
Fonte Gill; Negrisolo e Oliveira, 2008. G1 (2015)2 G1 (2018)3
Fonte: Adaptado pelas autoras.

2
Extraído em:<http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-
depois-veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html>. Acesso em: 4 de abril de 2018.

3
Extraído em: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/edificio-wilton-paes-de-
almeida-predio-que-desabou-em-sp-foi-projetado-na-decada-de-1960-e-era-patrimonio-
historico.ghtml>. Acesso em 10 de maio de 2018.
17

3.7 Projeto de Proteção e Combate à Incêndio e Pânico

O Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico (PPCIP), assim como


demais projetos, tem características próprias. Este, como nome diz, tende a prevenir e
combater o problema, que é a possibilidade da ocorrência de incêndio. Os profissionais aptos
para o desenvolvimento do PPCIP são atualmente os Engenheiros Civis e Arquitetos. Porém,
para serem regulamentados, os projetos devem passar por fiscalização e aprovação por
intermédio do Corpo de Bombeiros via vistorias e alvarás.
É importante consultar as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs), pois
devem ser seguidas para elaboração do PPCI, além destas NBRs existem Instruções Técnicas
(IT) lançadas pelo Corpo de Bombeiros de cada estado da união.

3.7.1 A ocupação

A ABNT NBR 9077:2001 classifica as edificações de acordo com a Classe de


Ocupação tendo assim as classes A (1 a 3), B (1 e 2), C (1 a 3), D (1 a 3), E (1 a 6), F (1 a 8),
G (1 a 5), H (1 a 5), I (1 a 3) e J. O Quadro 4 apresenta essa classificação para a classe E,
sendo esta a de escolas:

Quadro 4: Classificação das edificações quanto à sua ocupação


E-1 Escolas em geral Escolas de primeiro, segundo e terceiro graus, cursos
supletivos e pré-universitários e outros.
E-2 Escolas especiais Escolas de artes e artesanatos, de línguas, de cultura
geral, de cultura estrangeira.
E-3 Espaço para cultura Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais,
física ginástica e cultura, esportes coletivos, sauna, casas de
fisioterapias e outros.
Educacional
E-4 Centros de Escolas profissionais em geral.
e cultura
treinamento
física
profissional
E-5 Pré-escolas Creches, escolas maternais, jardins-de-infância.

E-6 Portadores de Escolas para excepcionais, deficientes visuais,


deficiências auditivos e outros.
Fonte: Adaptado pelas autoras com base na ABNT NBR 9077:2001.
18

Essa classificação é realizada através do uso/ ocupação da edificação analisada


sendo subdivida para especificar tipos diferentes dentro do mesmo uso.

3.7.2 Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco

De acordo com o CBMMG IT 09 (2009, p. 2) Carga de Incêndio “É a soma das


energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os
materiais combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias,
pisos e tetos”.
Para determinar a carga de incêndio leva-se em consideração o uso/ocupação da
edificação conforme mostrado na Tabela 1 de acordo com o CBMMG IT 09 (2009).

Tabela 1: Cargas de incêndio específicas por ocupação


Academias de ginástica e E-3 300 MJ/m²
Educacional similares
e cultura Pré-escolas e similares E-5 300 MJ/m²
física Creches e similares E-5 300 MJ/m²
Escolas em geral E-1/E-2/E-4/E-6 300 MJ/m²
Fonte: Adaptada pelas autoras com base no CBMMG IT 09, 2009.
As edificações e áreas de risco podem ser classificadas em risco baixo, médio ou
alto conforme os limites de carga de incêndio em MJ/m², apresentados na Tabela 2.

Tabela 2: Classificação das edificações e áreas de risco


CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À
CARGA INCÊNDIO.
Risco Carca Incêndio MJ/m²
Baixo Até 300 MJ/m²
Médio Acima de 300 até 1.200 MJ/m²
Alto Acima de 1.200 MJ/m²
Fonte: CBMMG IT 09, 2009.
19

3.7.3 Isolamento de risco

Segundo o CBMMG IT 05 (s/d, p. 2) Isolamento de Risco é “a distância ou a


proteção, para que uma edificação seja considerada independente em relação à adjacente.”
Edificações localizadas em um mesmo lote que não possuírem isolamento de risco
exigido serão dimensionadas como edificação unitária, conforme medidas de proteção
previstas no Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de
risco do Estado de Minas Gerais (CBMMG IT 05, s/d). A Figura 4 apresenta um exemplo de
edificações localizadas em um mesmo lote respeitando a distância de separação:

Figura 4: Distância de separação

Fonte: CBMMG IT 05, s/d.


O tipo de propagação e o consequente tipo de isolamento a ser adotado dependem
do arranjo físico das edificações indicados no Quadro 5 a seguir:

Quadro 5: Tipos de propagação de incêndio


Tipo de Ilustração Conceito
Propagação
Entre fachadas Propagação entre as fachadas das
edificações adjacentes por
radiação térmica.

(Continua...)
20
(Conclusão.)

Entre cobertura Propagação entre a cobertura de


e fachada uma edificação de menor altura e
a fachada da outra edificação.

Entre duas Propagação entre duas


edificações edificações geminadas, pelas
geminadas de aberturas localizadas em suas
mesma altura fachadas e/ou pelas coberturas
das mesmas, por transmissão
direta de chamas e convecção de
gases quentes.

Entre duas Propagação entre edificações


edificações geminadas, por meio da
geminadas com cobertura de uma edificação de
altura menor altura e a fachada de outra
diferenciada edificação, pelas três formas de
transferência de energia.

Fonte: Adaptado pelas autoras com base no CBMMG IT 05, s/d.


Existem formas de garantir que as edificações estejam isoladas evitando a
propagação do incêndio sendo elas através das distâncias de separação apresentadas no
Quadro 6:

Quadro 6: Formas de garantir a distância de separação

Distância de Segurança Distância de segurança entre Parede corta fogo


a cobertura e fachada

Fonte: Adaptado pelas autoras com base no CBMMG IT 05, s/d.


21

O isolamento de risco pode ser garantido através da distância de separação entre


fachadas de edificações adjacentes, distância entre a cobertura de uma edificação de menor
altura e a fachada de uma edificação adjacente e por parede corta-fogo contíguas, conforme o
quadro acima.

3.7.3.1 Procedimentos para dimensionamento da distância de separação

O dimensionamento da distância de separação levando em consideração a


radiação térmica deve ser realizado conforme os passos a seguir, definidos com base no
CBMMG IT 05 (s/d):
Relacionar as dimensões do setor da fachada considerado de acordo com a Tabela
1 do CBMMG IT 05 (s/d) dividindo o maior parâmetro pelo menor entre a largura e altura
para obter o x.
Calcular a porcentagem de aberturas no setor considerado (y). Esse cálculo é
realizado através da área da fachada e a área de aberturas. Em caso de x e y serem valores
intermediários, adotar número inteiro.
Utilizando a carga de incêndio da edificação, classificar quanto à severidade de
acordo com a Tabela 2 do CBMMG IT 05 (s/d):
Consultar o Anexo A do CBMMG IT 05 (s/d) utilizando os valores de x e y
obtidos e a classificação da severidade para obter o índice α.
A distância de separação é obtida através da seguinte fórmula geral:
(1)
Onde:
d = distância de separação (m)
α = índice das distâncias de segurança
β = coeficiente de segurança que assume os valores de 1,5m (β1) nos municípios
que possuem Corpo de Bombeiros Militar ou 3,0m (β2) nos munícipios que não possuam
Corpo de Bombeiros Militar.

3.7.4 Acesso de viaturas nas edificações

De acordo com o CBMMG IT 04 (s/d) as vias devem ser providas de algumas


características para possibilitarem o acesso do corpo de bombeiros às edificações, sendo
22

largura mínima de 6m, suportar viaturas com peso de 25.000 kgf, desobstrução em toda a
largura e altura livre mínima de 4,5m.
A via pode possuir distância máxima de 30m da edificação, quando não houver
previsão de sistema de hidrantes ou 10m do hidrante de recalque, quando houver sistema de
hidrantes e mangotinhos e é recomendável que edificações com altura superior a 6m a serem
construídas possuam afastamento inferior a 10m da via pública ou de acesso. A Figura 5
apresenta a ilustração de uma viatura do corpo de bombeiros com a representação da largura
mínima de vias de acesso.

Figura 5: Largura mínima de vias de acesso

Fonte: CBMMG IT 04, s/d.


Os portões de acesso devem possuir dimensões mínimas para o acesso, sendo
largura de 4m e altura de 4,5m conforme a Figura 6.

Figura 6: Dimensões mínimas dos portões de acesso

Fonte: CBMMG IT 04, s/d.

3.7.5 Iluminação de emergência

Conforme a ABNT NBR 10898:2013, o grupo motogerador deve integrar todos os


dispositivos que garantam seu acionamento automático em no máximo 12 segundos após a
23

falta de energia fornecida pela concessionária. As luminárias de emergência devem possuir


resistência ao calor, onde em ensaio a 70°C funcione por no mínimo 1 hora. De acordo com o
CBMMG IT 13 (s/d) a distância máxima entre dois pontos de iluminação deve ser 15m.

3.7.6 Sinalização de emergência

Segundo a ABNT NBR 13434-1:2004 a sinalização de emergência é dividida em


sinalização básica e complementar, sendo básica a sinalização mínima exigida para uma
edificação e é composta pelas seguintes categorias: proibição, alerta, orientação e salvamento
e equipamentos. Já a sinalização complementar tem como composição faixas de cor e
mensagens que visam complementar a sinalização básica.
A sinalização de proibição deve está distribuída em mais de um ponto de maneira
que pelo menos uma seja claramente visível em qualquer posição da área com distanciamento
máximo de 15m entre elas. A locação da sinalização de alerta deve ser próxima ao risco
isolado ou distribuída ao longo da área, distanciadas entre si, 15metros no máximo. Na
sinalização de saída de emergência todas as mudanças de direção, saídas, escadas devem ser
demonstradas. A sinalização de rotas de saída deve se localizada em pontos onde à distância
de percurso da rota de saída até a sinalização possua distanciamento máximo de 15m
(CBMMG IT 15, 2017).
A sinalização de orientação deve ser distribuída na edificação de tal forma que na
direção de saída em qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte com distância
máxima de 30m. Para sinalizar os equipamentos de combate a incêndio quando houver
obstáculos dificultando ou impedindo a visualização no plano vertical, deve-se repetir a uma
altura que permita sua visualização. Quando não for possível a visualização ou sinalização no
plano horizontal, a localização deve ser indicada a partir do ponto de boa visibilidade mais
próximo. A sinalização deve contar o símbolo do equipamento, uma seta indicativa e o
conjunto não pode estar a uma distância superior a 7,5m do equipamento em questão. Quando
instalado em pilar, todas as faces voltadas para corredores de circulação de pessoas ou
veículos devem estar sinalizadas (CBMMG IT 15, 2017).
A sinalização complementar para indicação de obstáculos ou riscos nas
circulações das rotas de saída deve ser utilizada quando houver desnível de piso, rebaixo do
teto, saliências devido a elementos construtivos ou equipamentos que reduzam a largura das
rotas de saída e elementos translúcidos e transparentes (CBMMG IT 15, 2017). No Quadro 7
24

são apresentadas algumas simbologias de sinalizações de emergência utilizadas nas


edificações:

Quadro 7: Simbologia para sinalização de emergência


Código Símbolo Significado
A1 Alerta geral

S12 Saída de emergência

E2 Comando manual de
alarme

E6 Extintor de incêndio

Fonte: Adaptado pelas autoras com base CBMMG IT 15, 2017.


A primeira simbologia se refere a uma sinalização de proibição, no caso fumar. A
segunda apresenta o símbolo de alerta geral, a terceira é o indicativo de onde possua uma
saída de emergência. As duas últimas simbologias são referentes à sinalização de onde tenha
um equipamento, sendo neste caso comando manual de alarme e extintor de incêndio.

3.7.7 Saídas de emergência

De acordo com a ABNT NBR 9077:2001 Saídas de Emergência em Edifícios,


aborda um dos principais assuntos relacionados ao PPCIP. Esta Norma é referenciada pelo
CBMMG IT 08 (2017) cujas exigências sustentam uma padronização dos critérios de
planejamento do PPCIP.
25

O conceito de Saída de emergência, rota de saída ou apenas saída compreende-se


como o:

Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,


corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas
ou outros dispositivos de saída e combinações destes, a ser percorrido pelo
usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir
a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com
o logradouro (ABNT NBR 9077:2001, p. 4).

Ainda em concordância com NBR 9077/2001 os componentes da saída de


emergência compreendem-se pelo acesso ou rotas de saídas horizontais, respectivas portas ou
ao espaço livre exterior nas edificações térreas, escadas ou rampas, descarga e elevadores de
emergência.

3.7.7.1 Classificação das edificações

Conforme o CBMMG IT 08 (2017), as edificações são classificadas quanto à


altura, dimensões em planta e características construtivas. Para auxiliar durante a escolha
dessas classificações existem tabelas que diferenciam essas características apresentadas nesta
instrução técnica referida.
A Tabela 3, apresentada abaixo, é utilizada classificar a edificação quanto sua
altura, através da denominação e do tipo da edificação.

Tabela 3: Classificação das edificações quanto à altura


Tipo Denominação Altura
I Edificação Baixa H  12,0 m
II Edificação de Média Altura 12,0 m < H ≤ 30,0 m
III Edificação Mediamente Alta 30,0 m < H ≤ 54,0 m
IV Edificação Alta Acima de 54,0 m
Fonte: CBMMG IT 08, 2017.
Para classificação das edificações pelas dimensões em planta, a Tabela 4 indica
natureza do enfoque, o código e a classe da edificação, abordando também os parâmetros que
devem ser adotados conforme as especificações mencionadas.
26

Tabela 4: Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta

Natureza do Enfoque Código Classe da edificação Parâmetros de área


Quanto à área do maior N De pequeno pavimento Sp< 750 m²
Pavimento (Sp) O De grande pavimento Sp> 750 m²
Quanto à área dos P Com pequeno subsolo Ss< 500 m²
pavimentos situados Q Com grande subsolo Ss> 500 m²
abaixo da soleira de
Entrada (Ss)
Quanto à área total St R Edificações pequenas St< 750 m²
(soma das áreas de todos S Edificações médias 750 m <St< 1500 m²
os Pavimentos da T Edificações grandes 1500 m² < St< 5000 m²
edificação) U Edificações muito At > 5000 m²
grandes
Fonte: CBMMG IT 08, 2017.
Quanto a divisão do Quadro 8, que segue abaixo, atende-se pelo tipo da
edificação, o código e sua especificação, ou seja, serve para apontar condições cabíveis ou
não conforme o Tempo de Resistencia Requerido ao Fogo (TRRF).

Quadro 8: Classificação das edificações quanto às suas características construtivas


Código Tipo Especificação
X Edificações em que o Edifícios em que estão presentes as seguintes
crescimento e a condições: a) Não possuam TRRF, mesmo que existam
propagação do incêndio condições de isenção na IT 06 b) Não possuam
podem ser compartimentação vertical completa, de acordo com a
fáceis e onde a IT 07, mesmo que existam condições de isenção no
estabilidade pode ser Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico
ameaçada pelo incêndio. nas edificações e áreas de risco do Estado de Minas
Gerais.
Y Edificações onde um dos Edifícios onde apenas uma das duas condições está
três eventos é provável: presente: a) Possuam TRRF, mesmo que existam
a) Rápido crescimento condições de isenção na IT 06 b) Possuam
do incêndio; compartimentação vertical completa, de acordo com a
b) propagação vertical do IT 07, mesmo que existam condições de isenção no

(Continua...)
27
(Conclusão.)

incêndio; c) colapso Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico


estrutural. nas edificações e áreas de risco do Estado de Minas
Gerais.
Z Edificações concebidas Edifícios onde as duas condições abaixo estão
para limitar: a) O rápido presentes: a) Possuam TRRF, mesmo que existam
crescimento do incêndio; condições de isenção na IT 06 b) Possuam
b) propagação vertical do compartimentação vertical completa, de acordo com a
incêndio; c) colapso IT 07, mesmo que existam condições de isenção no
estrutural. Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico
nas edificações e áreas de risco do Estado de Minas
Gerais.
Fonte: CBMMG IT 08, 2017.

3.7.7.2 Cálculo da população

De acordo com o CBMMG IT 08 (2017) as saídas de emergência são


dimensionadas em função da população da edificação. O cálculo da população de cada
pavimento da edificação é de acordo com os coeficientes da Tabela 5 para o dimensionamento
das saídas, considerando sua ocupação, dada no anexo do Regulamento de Segurança Contra
Incêndio e Pânico nas edificações e áreas de risco no Estado de Minas Gerais.
A tabela 5 apresenta a capacidade U de passagem que deve ser atendida pelos
acesso e descargas, escadas e rampas e portas, ou seja, o número de pessoas que passam em
um minuto. Esta depende do uso/ocupação da edificação e a população que a utiliza.
Devem ser incluídas, de acordo com a ABNT NBR 9077:2001, nas áreas de
pavimento exclusivamente para o cálculo da população:
 As áreas de terraços, sacadas e assemelhadas, excetuadas aquelas pertencentes
às edificações dos grupos de ocupação A, B e H;
 As áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6 inclusive canchas e
assemelhados;
 As áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos grupos
F-3, F-6 e F-7, quando em razão de sua disposição em planta, esses lugares puderem,
eventualmente, ser utilizados como arquibancadas.
Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários, corredores e
elevadores nas ocupações C, D, E e F, são excluídas das áreas de pavimento.
28

Tabela 5: Dados para dimensionamento das saídas para grupo E


Ocupação População Capacidade U de passagem
Grupo Divisão Acesso e Escadas e Portas
descargas rampas
Uma pessoa
por 1,50 m² de
E-1 e E-4 área de sala de 100 60 100
E aula.
Uma pessoa
por 1,50 m² de
E-5 e E-6 área de sala de 30 22 30
aula.
Fonte: CBMMG IT 08, 2017.

3.7.7.3 Largura das saídas

Para o dimensionamento das saídas de emergência são exigidas as seguintes


recomendações conforme a ABNT NBR 9077:2001 e CBMMG IT 08 (2017).
A largura das saídas devem ter dimensões em função do número de pessoas que
por elas deva transitar observando dois fatores importantes:
 Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à
população;
 As escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de
maior população, que determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos
demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída.
Sendo assim, a largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros,
é dada pela seguinte fórmula conforme o CBMMG IT 08 (2017).

(2)

Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro maior.
P = população.
29

C = capacidade de unidade de passagem.


As larguras mínimas dos acesos, descargas rampas e escadas devem ser adotadas
conforme o CBMMG IT 08 (2017) menciona que o mínimo de largura aceitável para saídas
de emergência, em qualquer caso, deve ser as seguintes conforme o Quadro 9 abaixo:

Quadro 9: Mínimo de largura aceitável


Mínimo de
largura Correspondente a
aceitável (m)
1,10 duas unidades de passagem de 55cm, para as ocupações em geral;
três unidades de passagem de 55 cm, para as escadas, os acessos (corredores
e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2 e H-3;
1,65 três unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos (corredores e
passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2;
quatro unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas
2,20 (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H,
divisão H-3.
Fonte: CBMMG IT 08, 2017.

3.7.7.4 Exigências sobre largura das saídas

Ao medir a largura das saídas deve atentar para a parte mais estreita, não sendo
admitidas saliências de alizares, pilares e outros, com dimensões maiores que as mostrado na
Figura 7 exibida abaixo, ressaltando que estas somente em saídas com largura superior a 1,10
m (CBMMG IT 08, 2017).

Figura 7: Medida da largura em corredores e passagens

Fonte: CBMMG IT 08, 2017.


30

Segundo o CBMMG IT 08 (2017) para as portas que abrem para dentro de rotas
de saída, em ângulo de 180º, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não
podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a metade, devendo manter uma
largura mínima livre de 1,10 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as divisões H-2 e
H- 3. As portas que abrem na direção do trânsito de saída, para dentro de rotas de saída, em
ângulo de 90º, devem ficar afastadas de paredes, de forma a não limitar a largura efetiva em
valor maior que 10,0 cm assim como ilustra a Figura 8.

Figura 8: Abertura das portas no sentido do trânsito de saída

Fonte: CBMMG IT 08, 2017.

3.7.7.5 Acessos

Para que os acessos estejam em conformidade com o CBMMG IT 08 (2017) é


necessário cumprir às seguintes condições:
 Permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação;
 Permanecer desobstruídos em todos os pavimentos;
 Ter largura conforme as exigências já estabelecidas;
 Ter pé direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por
vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,0 m;
 Serem sinalizados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o
estabelecido na IT 15 e iluminados, de acordo com o estabelecido na IT 13.
É importante que os acessos devam permanecer livres de quaisquer obstáculos,
tais como móveis, divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias, e outros, de forma
permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso exigido segundo a
ABNT NBR 9077:2001.
31

3.7.7.6 Distâncias máximas a serem percorridas

As distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local seguro tendo em


vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça devem constar o acréscimo de
risco, quando a fuga é possível em apenas um sentido, em função das características
construtivas da edificação, em caso de proteção por chuveiros automáticos ou detectores e
também a redução de risco pela facilidade em saídas em edificações térreas conforme
instruções do CBMMG IT 08 (2017).

3.7.7.7 Portas e saídas de emergência

Devido às exigências do CBMMG IT 08 (2017) as portas das rotas de saída e


aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas, em comunicação com os acessos e
descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída. A largura vão livre ou “luz” das portas,
comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída, deve ser dimensionada conforme a saída
de emergência respeitando as larguras mínimas a serem adotadas, além das exigências
adicionais sobre largura das saídas. Deve-se admitir uma redução no vão de luz, isto é, no
livre, das portas em até 75,0 mm de cada lado (golas), para o contramarco e alizares. As
dimensões mínimas de luz devem ser as especificadas abaixo, considerando o resultado do
cálculo das unidades de passagem:
 0,80m valendo por uma unidade de passagem, com N ≤ 1;
 1,0 m ,valendo por duas unidades de passagem, com 1 < N ≤ 2;
 1,5 m, em duas folhas, valendo por 3 unidades de passagem, com 2 < N ≤ 3;
 2,0 m, em duas folhas, valendo por 4 unidades de passagem, com 3 < N ≤4.

3.7.7.8 Escadas

Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para a área livre


exterior precisam ser providos de escadas, que podem ser enclausuradas ou não, as quais
devem ser de material estrutural ou de compartimentação incombustível, oferecer resistência
ao fogo nos elementos estruturais, possuir guarda-corpos em seus lados abertos, apresentar
corrimãos em todos os lados, atender a todos os pavimentos acima e abaixo da descarga, mas
terminando obrigatoriamente no piso da descarga, não sendo aceita comunicação direta com
32

outro lanço na mesma prumada, devendo ser necessária uma compartimentação na divisão
entre os lanços ascendentes e descendentes de acordo com o piso de descarga por fim devem
ser assentados pisos antiderrapantes (CBMMG IT 08, 2017).
Conforme demostra a Figura 9, no caso de escadas, todos os níveis da edificação
devem estar protegidos, ou seja, não deve haver comunicação direta com o outro lado da
mesma prumada, evitando que em caso de incêndio o fogo propague para outra região.

Figura 9: Segmentação das escadas no piso da descarga

Fonte: CBMMG IT 08, 2017.


Sistemas de ventilação devem existir nesse ambiente, melhorando a passagem de
ar, e o possível fluxo da entrada de fumaça. A Figura 10 exemplifica como deve ser a altura
mínima do pé direito da escada, não podendo ser menor que 2,00 metros de altura.

Figura 10: Altura mínima de pé direito

Fonte: CBMMG IT 08, 2017.


33

3.7.7.9 Largura das escadas e dimensionamento dos degraus

Conforme os quesitos da IT 08 as larguras das escadas devem acatar aos seguintes


critérios:
a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam transitar em caso
de emergência, de acordo com dimensionamento das saídas de emergência;
b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os
corrimãos (mas não os guarda-corpos ou balaustradas), que se podem projetar até 10,0 cm de
cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas;
c) ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço mínimo de 10,0 cm
entre lanços, para permitir localização de guarda-corpo ou fixação do corrimão.
Para o dimensionamento dos degraus a IT 08 considera importante que o degrau
tenha altura compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com permissão de 0,5 cm já a largura b
deve ser dimensionada conforme a fórmula de Blondel:

(3)

Onde:
h= altura do degrau
b= largura do degrau
Os degraus devem ser balanceados quando o lanço da escada for misto (escada em
leque, com degraus retos e ingrauxidos), caso em que a medida do degrau (largura do degrau
“b”) será feita segundo a linha de percurso (a 55,0 cm) e a parte mais estreita destes degraus
ingrauxidos não tenham menos de 15,0 cm segundo critérios do (CBMMG IT 08, 2017),
O CBMMG IT 08 (2017) afirma que em um mesmo lance, larguras e alturas
iguais e, em lances sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de degraus
de, no máximo 0,5 cm e por fim afirma que o bocel deve ser de 1,5 cm, no mínimo, ou,
quando este inexistir, balanço da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com este
mesmo valor mínimo, assim como mostra a Figura 11:
34

Figura 11: Altura e largura dos degraus (escada com ou sem bocel)

Fonte: CBMMG IT 08, 2017.

3.7.7.10 Exigências dos corrimãos

Os corrimãos deverão ser adotados de acordo com CBMMG IT 08 (2017) em


ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80,0 cm e 92,0 cm acima
do nível do piso, sendo em escadas, esta medida dada verticalmente da forma especificada
conforme a altura do guarda corpo.
Para seguir orientações do CBMMG IT 08 (2017) é importante lembrar que uma
escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na altura normal
demandada. Mas em escolas e assemelhados, como é o caso, deve haver corrimãos nas alturas
indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão principal.
Os corrimãos são projetados de forma a poderem ser agarrado fácil e
confortavelmente, permitindo um contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua
extensão, sem encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade. No caso
de secção circular, seu diâmetro varia entre 38,0 mm e 60,0 mm (ABNT NBR 9077:2001).
Essas dimensões são representadas e indicadas na Figura 12:

Figura 12: Pormenores de corrimãos

Fonte: CBMMG IT 08, 2017.


35

Pelo fundamento da ABNT NBR 9077:2001 os corrimãos devem estar afastados


40,0 mm no mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados, não sendo permitidos,
em casos de saídas de emergência, corrimãos que possuem elementos com arestas vivas,
tábuas com largura grande na horizontal e outros, assim como exposto acima na Figura 11.
Em termos de acessibilidade, para auxílio dos deficientes visuais a ABNT NBR
9077:2001 prevê que os corrimãos das escadas não podem apresentar interrupção, ou seja,
devem ser contínuos nos patamares, prolongando-se, sempre que for possível, pelo menos
20,0 cm do começo e final da escada com suas extremidades direcionadas para a parede ou
com alguma solução alternativa.

3.7.8 Sistema de proteção por extintores de incêndio

Extintor portátil é o “extintor de incêndio que pode ser transportado manualmente,


sendo que sua massa total não pode ultrapassar 20 kg” (CBMMG IT 16, 2017, p. 3). A sua
fixação em colunas, paredes ou divisórias pode possuir variação máxima de 1,60m do piso,
assim a parte inferior do extintor permanecerá a no mínimo 20cm do piso acabado, não sendo
permitida a instalação em escadas.

3.7.8.1 Dimensionamento

Em cada pavimento da edificação deve haver uma unidade extintora de pó ABC


que atenda a distância máxima a ser percorrida e capacidade, podendo ser utilizada também
duas unidades, sendo uma para incêndio classe A e a outra para classe B e C, respeitando as
distâncias máximas apresentadas nas Tabelas 6, 7 e 8 conforme o CBMMG IT 16 (2017):

Tabela 6: Determinação da unidade extintora e distância a ser percorrida para classe A


Risco Capacidade extintora mínima Distância máxima a ser percorrida
Baixo 2-A 20m
Médio 3-A 20m
Alto 3-A 15m
4-A 20m
Fonte: CBMMG IT 16, 2017.
A tabela acima apresenta a capacidade extintora mínima para cada tipo de risco da
edificação, baixo médio ou alto, e a distância máxima a ser percorrida no caso de classe A.
36

Tabela 7: Determinação da unidade extintora e distância a ser percorrida para classe B


Risco Capacidade extintora mínima Distância máxima a ser percorrida
Baixo 20-B 15m
Médio 40-B 15m
Alto 40-B 10m
80-B 15m
Fonte: CBMMG IT 16, 2017.
Na tabela acima são apresentadas a capacidade extintora mínima e a distância
máxima para classe B de acordo com o risco da edificação.

Tabela 8: Distância máxima a ser percorrida para classe C, D e K


Classe do fogo Distância máxima a ser percorrida
C 20m
D 20m
K 15m
Fonte: CBMMG IT 16, 2017.
A tabela acima apresenta a distância máxima a ser percorrida para classe C, D ou
K.

3.7.9 Brigada de incêndio

Segundo a ABNT NBR 14276:2006 (p. 2), Brigada de Incêndio é o “Grupo


organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas
para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros-
socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta”.
A brigada de incêndio deve ser composta pela população fixa, aquela que
regularmente permanece na edificação, levando em consideração a participação de pessoas de
todos os setores (CBMMG IT 12, s/d).
Quando a população fixa (PF) for menor que 10 pessoas, o número de brigadistas
por pavimento ou compartimento deve ser obtido através da fórmula:

(4)
37

Onde:
N= número de brigadistas por pavimento ou compartimento
PF= população fixa considerando os turnos de trabalho
%C1= porcentagem de cálculo da coluna 1
Quando a PF for maior que 10 pessoas, o número de brigadistas por pavimento
ou compartimento deve ser obtido através da fórmula:
(5)
Onde:
N= número de brigadistas por pavimento ou compartimento
PF= população fixa considerando os turnos de trabalho
%C1= porcentagem de cálculo da coluna 1
%C2= porcentagem de cálculo da coluna 2
A porcentagem de cálculo para composição da brigada de incêndio é obtida no
Anexo A do CBMMG IT 12 (s/d) através do grupo, divisão e população fixa por pavimento.
Esta última podendo ser de até 10 ou acima de 10 pessoas. A tabela é composta por duas
colunas com porcentagens, sendo a primeira %C1 e a segunda %C2 da fórmula.
Se o resultado do número de brigadistas for fracionado, deve-se sempre
arredondá-lo para número inteiro.

3.7.10 Sistemas de alarme de incêndio

Com base no CBMMG IT 14 (2017) a fonte de alimentação auxiliar constituída


por bateria de acumuladores ou “no-break” no regime de alarme deve possuir uma autonomia
mínima de 15 minutos, visando suprir as indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo
necessário para evacuação.
A central de alarme deve ser instalada em local provido de rotas de fuga seguras
para os operadores e permita rápida comunicação entre o operador, Corpo de Bombeiros e a
brigada de incêndio. Deve-se possuir área mínima de 1m² livre em frente à central, destinada
a operação e manutenção preventiva e corretiva. O alarme geral acionado pela central deve ser
audível em toda edificação, e em locais de reunião de público, para evitar tumulto, poderá ser
acionado um pré-alarme somente na sala de segurança, junto à central para que as medidas de
evacuação sejam tomadas (CBMMG IT 14, 2017).
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área
protegida até o acionador manual mais próximo, deve ser de no máximo 30m. Os acionadores
38

manuais devem ser instalados de preferência nas áreas comuns de acesso e/ou circulação,
próximo a pontos de fuga ou aos equipamentos de combate a incêndio e em edificações com
mais de um pavimento, devem ser instalados pelo menos um acionador manual em cada
pavimento (CBMMG IT 14, 2017).

3.7.11 Sistema de hidrantes ou de mangotinhos para combate a incêndio

De acordo com a ABNT NBR 13714:2000 (p. 3), Sistema de hidrantes ou de


mangotinhos é o “Sistema de combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas
de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros
acessórios [...]”.
Conforme a norma citada anteriormente existem apenas 3 tipos de sistemas, sendo
o primeiro de esguicho regulável com diâmetro de 25 ou 32mm, uma saída e vazão de 80 ou
100 L/min. O segundo é o esguicho jato compacto Ø16mm ou regulável, diâmetro de 40mm,
duas saídas e vazão de 300 L/min. E o terceiro é esguicho compacto Ø25mm ou regulável,
diâmetro de 65mm, duas saídas e vazão de 900 L/min.
Porém com base no CBMMG IT 17 (s/d) além dos tipos citados existem outros
dois que são jato compacto Ø13mm ou regulável com diâmetro de 40mm e jato compacto
Ø19mm ou regulável com diâmetro de 40 ou 65mm.
O tipo de sistema a ser utilizado com base na norma dependerá do grupo e
ocupação/uso da edificação analisada conforme o Anexo D da ABNT NBR 13714:2000.
O CBMMG IT 17 (s/d) determina o tipo de sistema e o volume de reserva de
incêndio mínima (m³), através da área das edificações de risco (m²) e a classificação pelo
uso/ocupação e/ou carga de incêndio (MJ/m²), de acordo com a Tabela 9 abaixo:
39

Tabela 9: Tipo de sistema e volume de reserva de incêndio mínima

Grupo/Divisão
A-2, A-3, C-1, D-2, E- B-1; B-2, C-3, F-5, F-6, F- F-10, G-5, L-1 e
1, E-2, E-3, E-4, E-5, 7, F-9 e H-4 M-1
E-6, - - -------------------------- - ---------------------
Área das F-2, F-3, F-4, F-8, G-
Carga Incêndio > 300 MJ/ Carga Incêndio >
edificações 1, G-2, G-3, G-4, H1,
m2 800 MJ/m2
e áreas de H-2, H-3, H-5, H-6; I- I-3, J-4,
D-1, D-3, D-4 C-2, I-2, J-3
2
risco (m ) 1, J-1, J-2 e M-3 L-2 e L-3
------------------------------ ---------------------
---------------------------
Carga Incêndio acima de > 300
---- MJ/m² F-1
300 até 800 MJ/m2
Carga Incêndio até 300
MJ/m2 D-1, D-3, D-4, C-2, I-2 e J-3
F-1
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 3 Tipo 3
Até 3.000 R.I. 6 R.I. 8 m³ R.I. 12 m³ R.I. 20 m³ R.I. 20 m³

De 3.001 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 4
até 6.000 R.I. 8 R.I. 12 m³ R.I. 18 m³ R.I. 20 m³ R.I. 30 m³

De 6.001 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5
até 10.000 R.I. 12 R.I. 16 m³ R.I. 25 m³ R.I. 30 m³ R.I. 50 m³

Fonte: Adaptada pelas autoras com base no CBMMG IT 17, s/d.

3.7.12 Símbolos gráficos

A ABNT NBR 14100:1998 apresenta a forma geométrica básica para distinção de


cada uma das categorias de sistemas de proteção consideradas. Na norma, um conjunto de
símbolos suplementar também é indicado, o qual, quando empregado como forma geométrica
básica, mostra seu significado. Os símbolos suplementares definem, por exemplo, se os
40

sistemas ou dispositivos de extinção são do tipo pó químico, gás ou espuma, ou se possuem


acionamento automático ou manual por calor, fumaça ou chama.
O CBMMG IT 03 (s/d) usa como referencia normativa a ABNT NBR 14100:1998
e por meio desta informa os seguintes procedimentos que devem ser adotados para elaboração
de PPCIP:
 Os símbolos gráficos são compostos por uma forma geométrica básica para
diferenciar as categorias conforme a ABNT NBR 14100:1998 aborda.
 As dimensões dos símbolos devem estar em uma mesma escala, em
proporcionalidade com a escala de qualquer desenho do projeto.
 Conforme necessidade de adequação, a área na cor preta existente no interior
de algum dos símbolos pode ser trocada por hachuras ou pode ser pontilhada.
 Os significados de todos os símbolos utilizados devem ser representados em
uma legenda, de forma clara e de fácil identificação pelo leitor.
Alguns exemplos dos símbolos gráficos utilizados em PPCIP e seus significados
são apresentados a seguir no Quadro 10:

Quadro 10: Exemplos de símbolos gráficos para utilização em PPCIP


Símbolo Significado
Extintor portátil com carga de pó ABC

Ponto de iluminação de emergência

Direção do fluxo da rota de fuga

Acionador manual do sistema de detecção e alarme

Fonte: Adaptado com base no CBMMG IT 03, s/d.


41

4 METODOLOGIA

4.1 Classificação da pesquisa

O estudo de caso será realizado na Escola Estadual Carolina Silva para elaboração
de um PPCIP. Entre os meses de fevereiro e outubro de 2018 pretende-se desenvolver uma
pesquisa quali-quantitativa, sendo a parte qualitativa a inserção dos meios de combate e
prevenção a incêndio e pânico levando em consideração critérios apresentados por normas e
exigências do CBMMG. Na parte quantitativa tange os cálculos necessários para adequação
da edificação. Para que seja realizada a pesquisa é necessária à atribuição de métodos, sendo
assim Lakatos e Marconi (2003, p. 103) asseguram que:

Método e métodos situam-se em níveis claramente distintos, no que se refere


à sua inspiração filosófica, ao seu grau de abstração, à sua finalidade mais ou
menos explicativa, à sua ação nas etapas mais ou menos concretas da
investigação e ao momento em que se situam. Com uma contribuição às
tentativas de fazer distinção entre os termos, diríamos que o método se
caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nível de abstração mais
elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade.

O ponto de partida do trabalho consiste na pesquisa do tipo bibliográfica para


conhecimento de assuntos relevantes a respeito do tema abordado. Após a conclusão da
pesquisa bibliográfica, será realizada uma pesquisa de campo para coleta de dados da
edificação, sendo estes dados técnicos, históricos, dimensões dos ambientes, entre outros.
A pesquisa de campo é uma fase que é realizada depois do estudo bibliográfico,
afim de que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois é neste estádio
que ele vai determinar os objetivos da pesquisa, as hipóteses, estabelecer o meio de coleta de
dados, tamanho da amostra e como os dados serão tabulados e analisados (MARCONI &
LAKATOS, 1996).
Após a pesquisa de campo, inicia-se a parte aplicada, que de acordo com Gil
(1999, p. 43) “a pesquisa aplicada possui muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois
depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento.” Neste sentindo
apresenta o propósito de adequar a edificação em um PPCIP, ou seja, é aplicado o projeto
com métodos de prevenção e segurança que atualmente não existem na escola.
42

4.2 Localização da escola

O objeto de estudo, encontra-se localizado no município de Vazante em Minas


Gerais, mais precisamente na Rua Manoel Monteiro, nº 200, no bairro Vazante-Sul. É uma
região onde o bairro engloba um raio mais afastado do centro da cidade. A Figura 13
apresenta a vista superior da escola:

Figura 13: Vista superior da Escola Estadual Carolina Silva

Fonte: Google Maps4 , 2018.

4.3 Levantamento de dados históricos e da estrutura física

Sabe-se que a escola foi inaugurada em 1996 e desde então passou apenas por
uma reforma em 2002. Foram disponibilizadas pela equipe da escola as plantas baixas da
edificação, datadas de 2008. Durante a visita será verificada as conformidades e não
conformidades e elaborado relatório fotográfico para fundamentação do “As Biult”.
O levantamento de dados históricos e da estrutura física da escola será realizado
através de pesquisa de campo, composta por duas visitas técnicas para preenchimento do
“check list”, registros fotográficos com máquina fotográfica para composição do relatório,

4
Extraído em: <www.google.com/maps/place/EE+Carolina+Silva/@-17.9932358,-
46.9036754,1443m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x0:0xd36b471ae02f5f8f!8m2!3d-17.9952044!4d-
46.9043983>. Acesso em: 15 de março de 2018.
43

busca por arquivos para obtenção de dados da construção. Caso seja necessário serão
realizadas outras visitas.

4.3.1 Preenchimento de planilhas “check list”

Elaborou-se um check list em planilhas eletrônicas do aplicativo Excel com


pontos a serem analisados em campo para verificação de conformidades ou não
conformidades com as It’s do CBMMG e norma vigente. Apresenta-se o modelo de “check
list” na Figura 14:

Figura 14:CHECK Check ListDados


LIST: - Dados básicos
básicos para para
elaboração elaboração do PPCIP
do PPCIP
1 . Município Embasado no CBMMG IT's 04 e 05
Possui Corpo de Bombeiros SIM ( ) NÃO ( )
Largura mínima da via
Altura livre da via
Distância da via até a edificação
2. Edificação Embasado na ABNT NBR 9077:2001, CBMMG IT's 05, 08 ,12 e 17
Uso/Ocupação matutino vespertino
População População fixa por turno
Quantidade de edifícios no mesmo lote Distância entre eles
Altura da edificação
Largura da edificação
Pé direito
Quantidade de pavimentos por edifício Área por pavimento
3. Portão de acesso Embasado no CBMMG IT 04
Largura
Altura
4. Informações da Planta Baixa
A edificação está de acordo com a planta baixa? SIM ( ) NÃO ( )
Se não, quais alterações ocorreram?

5. Dimensões dos ambientes Embasado no CBMMG IT's 13, 15,16


Ambiente Largura Comprimento

6. Escadas e Rampas Embasado na IT 08


Possui corrimão? SIM ( ) NÃO ( ) Possui guarda corpo? SIM ( ) NÃO ( )
Altura do corrimão Diâmetro do corrimão
Altura do guarda- corpo
Altura do degrau Largura do degrau
Altura da rampa Largura da rampa
Ambos possuem piso antiderrapante?
7. Observações

Fonte: Autoras, 2018.


44

Em função da necessidade da obtenção das dimensões dos ambientes será


necessária a utilização de trena.
Havendo necessidade o “check list” poderá sofrer modificações.

4.4 Elaboração do PPCIP

As inconformidades detectadas serão atualizadas com a elaboração do “As Built”


da planta baixa utilizando o software AutoCAD versão estudantil em duas dimensões (2D).
Em seguida, serão realizadas intervenções ou adequações na planta visando à segurança dos
usuários, através da elaboração do PPCIP, com base nas normas e IT’s discutidas no
referencial teórico.
45

5 CRONOGRAMA

O presente trabalho será desenvolvido seguindo o proposto pelo cronograma de


atividades apresentado no Quadro 11 a seguir:

Quadro 11: Cronograma de atividades


MESES / 2018
ETAPAS Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out.
Escolha do tema X

Revisão da literatura X X X

Fichamento de material X

Aplicação da pesquisa de X
campo
Descrição e análise dos X X
resultados parciais
obtidos
Orientação na elaboração X
do relatório parcial
Entrega do relatório X
parcial
Revisão do trabalho e X
dos resultados obtidos
Orientação na elaboração X X
do relatório final
Entrega do relatório final X

Fonte: Autoras, 2018.


46

6 LEVANTAMENTO DE RECURSOS

Os recursos serão de responsabilidade das pesquisadoras, não possuindo custos


diretos, apenas indiretos sendo o uso de computadores, softwares Microsoft Office Excel
2010 e AutoCad em 2D versão 2014, disponibilizados pela Microsoft e Autodesk versão
estudantil, contando também com trena, prancheta, folha A0, máquina fotográfica e o custo
com o deslocamento até a escola.
47

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10898: Sistemas de Iluminação de


Emergência. Rio de janeiro: ABNT, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-1: Sinalização de segurança


contra incêndio e pânico. Rio de janeiro: ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714: Sistemas de hidrantes e de


mangotinhos para combate a incêndio. Rio de janeiro: ABNT, 2000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14100: Proteção contra incêndio –


Símbolos gráficos para projeto. Rio de janeiro: ABNT, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276: Brigada de incêndio –


Requisitos. Rio de janeiro: ABNT, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em


edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.

BRAGA, George; LANDIM, Helen. Investigação de Incêndio. In: SEITO, Alexandre Itiu, et al. A
segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. cap 22, p. 333-345.

BRASIL. Lei n. 13.425, de 30 de mar. de 2017. Estabelece diretrizes gerais sobre medidas de
prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e área de reunião de
público; altera as Leis nºs 8.078, de 11 de set. de 1990, e 10.406, de 10 de jan. de 2002 – Código Civil;
e dá outras providências.

G1. Dois anos depois, veja 24 erros que contribuíram para tragédia na Kiss. Disponível em:
<http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-veja-24-erros-que-
contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html>. Acesso em: 4 de abril de 2018.

G1. Tragédia em boate no RS. Disponível em: <http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-


sul/noticia/2013/01/tragedia-em-santa-maria-o-que-ja-se-sabe-e-perguntas-responder.html>. Acesso
em: 15 de março de 2018.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed. São Paulo: Atlas,1999.

GOMES, Ary Gonçalves. Sistemas de Prevenção contra Incêndios. Editora Interciência. Rio de
Janeiro, 1998.

GILL, Afonso; NEGRISOLO Walter; OLIVEIRA, Sergio. Aprendendo com os grandes incêndios. In:
SEITO, Alexandre Itiu, et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora,
2008. cap. 03, p. 19-33.

GOOGLE MAPS. Disponível em: <www.google.com/maps/place/EE+Carolina+Silva/@-


17.9932358,-46.9036754,1443m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x0:0xd36b471ae02f5f8f!8m2!3d-
17.9952044!4d-46.9043983>. Acesso em: 28 de maio de 2018.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº02. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Terminologia


de proteção contra incêndio e pânico. Minas Gerais, 2017.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº03. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Símbolos


gráficos para projeto de segurança contra incêndios. Minas Gerais, 2017.
48

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº04. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Acesso de


viaturas nas edificações e áreas de risco. Minas Gerais, (s/d).

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº05. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Separação entre
edificações (Isolamento de Risco). Minas Gerais, (s/d).

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº08. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Saída de


emergência em edificações. Minas Gerais, 2017.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº09. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Carga de


incêndio nas edificações e área de risco. Minas Gerais, 2009.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº12. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Brigada de


incêndio. Minas Gerais, (s/d).

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº13. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Iluminação de


emergência. Minas Gerais, (s/d).

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº14. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Sistemas de


detecção e alarme de Incêndio. Minas Gerais, 2017.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº15. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Sinalização de


emergência. Minas Gerais, 2017.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº16. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Sistema de


proteção por extintores de incêndio. Minas Gerais, 2017.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº17. Instrução técnica do corpo de bombeiros militar: Sistema de


hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio. Minas Gerais, (s/d).

MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de


pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados.
3.ed. São Paulo: Atlas, 1996.

MASTROENI, Marco Fábio, et al. Biosegurança aplicada a laboratórios e serviços de saúde. 2. ed.
São Paulo: Atheneu, 2006. 334 p.

MIGUEL, Alberto Sérgio S. R.; VASCONCELOS, J. Francisco. Manual de Higiene e segurança do


trabalho. 12. ed. Porto: Porto, 2012. 480 p.

MITIDIERI, Marcelo L. O comportamento dos materiais e componentes construtivos diante do fogo -


reação ao fogo. In: SEITO, Alexandre Itiu, et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008. cap. 05, p. 55-75.

MURARO, Cauê. Edifício Wilton Paes de Almeida: prédio que desabou em SP foi projetado na
década de 1960 e era patrimônio histórico. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/edificio-wilton-paes-de-almeida-predio-que-desabou-em-sp-foi-projetado-na-decada-de-
1960-e-era-patrimonio-historico.ghtml>. Acesso em 10 de maio de 2018.

SEITO, Alexandre Itiu, et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora,
2008. 457 p.
49

APÊNDICE A - CHECK LIST: DADOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DO PPCIP


CHECK LIST: Dados básicos para elaboração do PPCIP
1 . Município Embasado no CBMMG IT's 04 e 05
Possui Corpo de Bombeiros SIM ( ) NÃO ( )
Largura mínima da via
Altura livre da via
Distância da via até a edificação
2. Edificação Embasado na ABNT NBR 9077:2001, CBMMG IT's 05, 08 ,12 e 17
Uso/Ocupação matutino vespertino
População População fixa por turno
Quantidade de edifícios no mesmo lote Distância entre eles
Altura da edificação
Largura da edificação
Pé direito
Quantidade de pavimentos por edifício Área por pavimento
3. Portão de acesso Embasado no CBMMG IT 04
Largura
Altura
4. Informações da Planta Baixa
A edificação está de acordo com a planta baixa? SIM ( ) NÃO ( )
Se não, quais alterações ocorreram?

5. Dimensões dos ambientes Embasado no CBMMG IT's 13, 15,16


Ambiente Largura Comprimento

6. Escadas e Rampas Embasado na IT 08


Possui corrimão? SIM ( ) NÃO ( ) Possui guarda corpo? SIM ( ) NÃO ( )
Altura do corrimão Diâmetro do corrimão
Altura do guarda- corpo
Altura do degrau Largura do degrau
Altura da rampa Largura da rampa
Ambos possuem piso antiderrapante?
7. Observações

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