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Abril/2020
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1.1. APRESENTAÇÃO
Esta apostila tem o objetivo de servir como fonte de subsídio para o estudo de vigas de concreto
armado submetidas à torção, para a disciplina de Concreto Armado “B”, do Curso de Engenharia Civil da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O texto deste trabalho foi embasado nas notas de aula do Prof.
Paulo Sérgio dos Santos Bastos, da UNESP e do Prof. Libânio Miranda Pinheiro, da USP. As prescrições e
critérios para dimensionamento estão de acordo com os preceitos da NBR 6118:2014.
1.2. INTRODUÇÃO
O fenômeno da torção em vigas vem sendo estudado há algum tempo, com base nos conceitos
fundamentais da Resistência dos Materiais e da Teoria da Elasticidade. Vários pesquisadores já se dedicaram
à compreensão dos tipos de torção, à análise da distribuição das tensões cisalhantes em cada um deles, e,
finalmente, à proposição de verificações que permitam estimar resistências para as peças e impedir sua ruína.
Apesar dos primeiros estudos sobre torção serem atribuídos a Coulomb, as contribuições de Saint-
Venant (aplicação da torção livre em seção qualquer) e Prandlt (utilização da analogia de membrana) é que
impulsionaram a solução para o problema da torção. No caso específico de análise de peças de concreto, foi
a partir de Bredt (teoria dos tubos de paredes finas) que o fluxo das tensões foi compreendido. Na parte
experimental, podem-se destacar os estudos de Mörsch, Thürlimann e Lampert, fundamentais para o
conhecimento do comportamento mecânico de vigas submetidas à torção.
Em geral, os estudos sobre torção desconsideram a restrição ao empenamento, como nas hipóteses
de Saint-Venant, mas, na prática, as próprias regiões de apoio (pilares ou outras vigas) tornam praticamente
impossível o livre empenamento. Como consequência, surgem tensões normais (de coação) no eixo da peça
e há uma certa redução da tensão cisalhante. Esse efeito pode ser desconsiderado no dimensionamento das
seções mais usuais de concreto armado (perfis maciços ou fechados, nos quais a rigidez à torção é alta),
uma vez que as tensões de coação tendem a cair bastante com a fissuração da peça e o restante passa a
ser resistido apenas pelas armaduras mínimas. Assim, os princípios básicos de dimensionamento propostos
para a torção clássica de Saint-Venant continuam adequados, com uma devida aproximação, para várias
situações práticas. No caso de seções delgadas, entretanto, a influência do empenamento pode ser
considerável, e devem ser utilizadas as hipóteses da flexo-torção de Vlassov para o dimensionamento.
O dimensionamento à torção baseia-se nas mesmas condições dos demais esforços: enquanto o
concreto resiste às tensões de compressão, as tensões de tração devem ser resistidas pela armadura. A
distribuição dos esforços pode ser feita de diversas formas, a depender da teoria e do modelo adotado.
A teoria que é mais amplamente aceita para a distribuição das tensões decorrentes da torção é a da
treliça espacial generalizada, na qual se baseiam as formulações das principais normas internacionais. A
filosofia desse método é a idealização da peça como uma treliça, cujas tensões de compressão causadas
pelo momento torçor serão resistidas por bielas comprimidas (concreto), e as de tração, por diagonais
tracionadas (armaduras).
Vale a lembrança de que não é todo tipo de momento torçor que precisa ser considerado para o
dimensionamento das vigas. A chamada torção de compatibilidade, resultante do impedimento à deformação,
pode ser desprezada, desde que a peça tenha capacidade de adaptação plástica. Em outras palavras, com
a fissuração da peça, sua rigidez à torção cai significativamente, reduzindo também o valor do momento
atuante. É o que ocorre em vigas de bordo, que tendem a girar devido ao engastamento na laje e são
impedidas pela rigidez dos pilares. Por outro lado, se a chamada torção de equilíbrio, que é a resultante da
própria condição de equilíbrio da estrutura, não for considerada no dimensionamento de uma peça, pode levar
à ruína. É o caso de vigas-balcão e de algumas marquises.
A seguir, será apresentada uma síntese dos conceitos que fundamentam os critérios de
dimensionamento à torção em vigas de concreto armado, relacionados às prescrições da NBR 6118:2014.
(a) Viga em balanço com carregamento excêntrico. (b) Viga do tipo T invertido para apoio de estrutura.
Figura 1.1. Casos típicos de torção em vigas de concreto armado. Fonte: Bastos (2015).
O caso mais comum de torção ocorre com lajes em balanço, engastadas em vigas de apoio, como
por exemplo, lajes (marquises) para proteção de porta de entrada de barracões, lojas, galpões, etc., Figuras
1.2 e 1.3. O fato da laje em balanço não ter continuidade com outras lajes internas à construção faz com que
a laje deva estar obrigatoriamente engastada na viga de apoio, de modo que a flexão na laje passa a ser
torção na viga. A torção na viga torna-se flexão no pilar, devendo ser considerada no seu dimensionamento.
Figura 1.3. Viga contínua de concreto submetida à torção por efeito de laje em balanço.
Outro caso de torção em viga, de certa forma também comum nas construções, ocorre em vigas com
mudança de direção, como mostrado na Figura 1.4. No ponto de mudança de direção um tramo aplica sobre
o outro um momento de torção. A torção também ocorre em vigas curvas, com ou sem mudança de direção,
Figura 1.5.
Figura 1.5. Vigas curvas e com mudança de direção são solicitação por torção.
Se a torção for necessária ao equilíbrio da viga e não for apropriadamente considerada no seu
dimensionamento, intensa fissuração pode se desenvolver, prejudicando a segurança e a estética da
construção.
Figura 1.6. Torção de compatibilidade de laje com a viga de apoio. Fonte: Leonhardt e Mönnig (1982) apud Bastos
(2015).
Outro exemplo de torção de compatibilidade é mostrado nas Figuras 1.7 e 1.8. Como se observa na
Figura 1.8, a viga AB apoia-se nas vigas CD e EF.
Figura 1.8. Esquema estrutural da grelha. Fonte: Süssekind (1985) apud Bastos (2015).
A Figura 1.9 mostra o caso das vigas de apoio CD e EF com rigidez à torção elevada. Neste caso não
existe total liberdade de rotação para a viga AB nas suas extremidades, o que faz surgir os momentos de
engastamento MA e MB, que, por outro lado, passam a ser momentos torçores concentrados e aplicados em
A e B.
A intensidade dos momentos fletores e torçores depende das rigidezes relativas das vigas, ou seja,
da rigidez à torção das vigas CD e EF e da rigidez à flexão da viga AB. Se a rigidez à torção das vigas CD e
EF for zero, a viga AB fica livre para girar em A e B, levando a zero os momentos fletores M A e MB, e
consequentemente também os momentos torçores (Figura 1.10.). Nesta análise percebe-se que a torção é
consequência da compatibilidade de deformações das vigas, daí a chamada “torção de compatibilidade”.
Neste caso há o equilíbrio, embora sem se considerar a ligação monolítica da viga AB com as vigas CD e EF.
Figura 1.9. Caso das vigas de apoio com elevada rigidez à torção. Fonte: Bastos (2015).
Por outro lado, sob o efeito do momento de torção a viga irá fissurar, o que acarreta uma significativa
diminuição na rigidez da viga à torção. Desse modo, as vigas CD e EF, ao fissurarem por efeito da torção
proveniente da viga AB, têm sua rigidez à torção diminuída, diminuindo por consequência os momentos MA e
T, o que leva ao aumento do momento fletor positivo da viga AB.
Assim, quando a torção não for necessária ao equilíbrio, caso da torção de compatibilidade, é possível
desprezá-la, desde que o elemento estrutural tenha a capacidade adequada de adaptação plástica e que
todos os outros esforços sejam calculados sem considerar os efeitos por ela provocados, NBR 6118:2014
(item 17.5.1.2).
Na referência Bastos (2015) pode ser encontrado a seguinte consideração com relação à análise
estrutural, “Considerando-se o pavimento de um edifício constituído por lajes e vigas, além da torção de
compatibilidade existente entre as vigas, a ligação monolítica entre as lajes e as vigas, também ocasiona o
surgimento de momentos de torção nas vigas, de compatibilidade, não imprescindível ao equilíbrio do sistema,
podendo assim serem desprezados também.
Somado a isso, por imposição da arquitetura a largura das vigas varia normalmente de 12 a 20 cm, e
para as alturas correntes das vigas (comumente até 60 cm), a rigidez à torção não é significativa, o que leva
a valores baixos para a torção de compatibilidade, justificando a sua desconsideração”.
Outra análise que se faz é que, se as vigas CD e EF forem livres para girar nas extremidades, o
momento de torção T será zero, ou seja, não existirá o momento de torção. Ou, por outro lado, e o que é mais
comum na prática das estruturas, devido à ligação monolítica das vigas CD e EF com os pilares de apoio, se
as vigas não podem girar e a rigidez à torção das vigas CD e EF é muito maior que a rigidez à flexão da viga
AB, o momento fletor MA se aproxima do momento fletor de engastamento. Portanto, os momentos T e MA
resultam do giro da viga AB em A e B, que deve ser compatível com o ângulo de torção das vigas CD e EF
em A e B.
A partir dos conceitos de Resistência dos Materiais, pode-se chegar à chamada primeira equação de Bredt,
dada por:
𝑇
𝜏𝑐 = 2.𝐴 (01)
𝑒 .𝑡
Sendo:
c: a tensão tangencial na parede, provocada pelo momento torçor;
T: o momento torçor atuante;
Ae: a área delimitada pela linha média da parede da seção equivalente;
t: a espessura da parede equivalente.
Figura 1.12. Trajetória das tensões principais provocadas por torção. Fonte: Lima et al. (2007).
Apenas para a apresentação das expressões que regem o dimensionamento, será considerada uma
seção quadrada com armadura longitudinal formada por quatro barras, uma em cada canto da seção, e
armadura transversal formada por estribos a 90o, Figura 1.13.
2. 𝐶𝑑 . 𝑠𝑒𝑛𝜃. 𝑙 = 𝑇𝑑 (02)
𝑑 𝑇
𝐶𝑑 = 2.𝑙.𝑠𝑒𝑛𝜃 (03)
Sendo σcd o valor de cálculo da tensão de compressão, e observando que a força C d atua sobre uma
área dada por y . t, tem-se:
𝑇𝑑
𝜎𝑐𝑑 . 𝑦. 𝑡 =
2. 𝑙. 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑑 𝑇
𝜎𝑐𝑑 = 2.𝑦.𝑙.𝑡.𝑠𝑒𝑛𝜃 (04)
Sabendo que:
𝑦 = 𝑙. 𝑐𝑜𝑠𝜃 (05)
𝐴𝑒 = 𝑙 2 (06)
Temos:
𝑇𝑑
𝜎𝑐𝑑 = 𝐴 .𝑡.𝑠𝑒𝑛2𝜃
(07)
𝑒
Nas bielas comprimidas, a tensão resistente é menor que o valor do fcd. Dentre as várias razões,
pode-se citar a existência de tensões transversais (que não são consideradas no modelo, e interferem no
estado de tensões da região), e a abertura de fissuras da peça. Assim temos:
𝑐𝑘 𝑓
𝛼𝑣 = (1 − 250 ) em (MPa) (09)
Como:
𝑅𝑙𝑑 = 𝐴𝑠𝑜 . 𝑓𝑦𝑤𝑑
Onde:
Aso é a área de uma das barras longitudinais;
fywd é a tensão de escoamento do aço, com seu valor de cálculo.
𝐴𝑠𝑙 = 4. 𝐴𝑠𝑜
2. 𝑇𝑑
𝐴𝑠𝑙 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 = . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃
𝑙
𝐴𝑠𝑙 2. 𝑇𝑑
( ) . 𝑓𝑦𝑤𝑑 = . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃
𝑢 𝑙. 𝑢
𝐴 𝑇𝑑
( 𝑢𝑠𝑙 ) = 2.𝐴 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃 (11)
𝑒 .𝑓𝑦𝑤𝑑
1.6.3. Estribos
Para o equilíbrio das forças do nó A, na direção z, temos:
𝑙. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃 𝑇𝑑
. 𝐴90 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 = . 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑠 2. 𝑙. 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝐴90 𝑇𝑑
𝑠
= 2.𝐴 . 𝑡𝑔𝜃 (13)
𝑒 .𝑓𝑦𝑤𝑑
𝐴90 𝐴
𝑇𝑑 = 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . √( ) . ( 𝑠𝑙 ) (14)
𝑠 𝑢
ℎ𝑒 ≥ 2. 𝑐1 (16)
Onde:
u é o perímetro da seção cheia;
c1 é a distância entre o eixo da barra longitudinal do canto e a face lateral do elemento estrutural.
A norma estabelece ainda que “Caso A/u resulte menor que 2.c1, pode-se adotar he = A/u ≤ bw – 2c1
e a superfície média da seção celular equivalente Ae definida pelos eixos das armaduras do canto (respeitando
o cobrimento exigido nos estribos).”
No item 17.5.1.4 a norma também define como deve ser considerada a seção resistente de “Seção
Composta de Retângulos” e de “Seções Vazadas”, e no item 17.5.2 a “Torção em Perfis Abertos de Parede
Fina”.
Onde:
VSd é a força cortante atuante no elemento;
VRd2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de concreto, de
acordo com os modelos indicados no itens 17.4.2.2 e 17.4.2.3 da NBR 6118:2014.
𝑇𝑆𝑑 ≤ 𝑇𝑅𝑑,2
𝑇𝑆𝑑 ≤ 𝑇𝑅𝑑,3
𝑇𝑆𝑑 ≤ 𝑇𝑅𝑑,4
Onde:
TRd,2 representa o limite dado pela resistência das diagonais comprimidas de concreto;
TRd,3 representa o limite definido pela parcela resistida pelos estribos normais ao eixo do elemento estrutural;
TRd,4 representa o limite definido pela parcela resistida pelas barras longitudinais, paralelas ao eixo do
elemento estrutural.
A resistência proveniente das diagonais comprimidas de concreto deve ser obtida pela Eq. (07),
fazendo a tensão de compressão na diagonal de concreto ficar limitada ao valor máximo dado por 0,5 𝛼𝑣2 𝑓𝑐𝑑 .
Desta maneira, conforme o item 17.5.1.5 da NBR 6118:2014, o máximo momento de torção que uma
seção pode resistir, sem que ocorra o esmagamento das diagonais comprimidas é dado por:
Onde:
𝛼𝑣2 = 1 − 𝑓𝑐𝑘 /250, com fck, expresso em (MPa);
é o ângulo de inclinação das diagonais de concreto, arbitrado no intervalo 30o ≤ ≤ 45o;
Ae é a área limitada pela linha média da parede da seção vazada, real ou equivalente, incluindo a parte
vazada;
he é a espessura equivalente da parede da seção vazada, real ou equivalente, no ponto considerado.
De acordo com o item 17.5.1.6 da NBR 6118:2014, a resistência decorrente dos estribos normais ao
eixo do elemento estrutural é dada pela expressão:
Onde:
fywd é o valor de cálculo da resistência ao escoamento do aço da armadura passiva, limitada a 435 MPa.
𝐴𝑠,90 𝑇𝑆𝑑
𝑠
= 2𝐴 𝑡𝑔𝜃 (20)
𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑
Fazendo o ângulo de inclinação das diagonais comprimidas igual a 45o na Eq. (20), pode-se
reescrevê-la da seguinte maneira:
𝐴𝑠,90 𝑇𝑆𝑑
𝑠
= 2𝐴 (21)
𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑
De acordo com o item 17.5.1.6 da NBR 6118:2014, a resistência decorrente das armaduras
longitudinais deve ser dada pela expressão:
Onde:
𝐴𝑠𝑙 é a soma das seções das barras longitudinais;
ue é o perímetro da área Ae.
𝐴𝑠𝑙 𝑇𝑆𝑑
𝑢𝑒
= 2𝐴 (23)
𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑 𝑡𝑔𝜃
Fazendo o ângulo de inclinação das diagonais comprimidas igual a 45o na Eq. (23), pode-se
reescrevê-la da seguinte maneira:
𝐴𝑠𝑙 𝑇𝑆𝑑
= (24)
𝑢𝑒 2 𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑
𝐴𝑠𝑙
𝜌𝑠𝑙 =
ℎ𝑒 𝑢𝑒
𝑓𝑐𝑡𝑚
≥ 0,2 , com fywk ≤ 500 MPa (25)
𝑓𝑦𝑤𝑘
𝐴𝑠𝑤
𝜌𝑠𝑤 =
𝑏𝑤 𝑠 }
Bastos (2015) esclarece que Expressão (25), prescrita pela NBR 6118:2014, dá margem à dúvida,
pois a área de estribos Asw refere-se à força cortante, onde Asw representa a área total dos ramos verticais
(normais ao eixo do elemento) do estribo.
No caso da torção, onde geralmente os estribos têm apenas dois ramos, a área A s,90 dada na
Expressão (20) representa a área de apenas um ramo vertical do estribo. Entendendo que a área de estribos
mínima dada na Expressão (25) representa a área de apenas um ramo vertical do estribo, e por isso fazendo
Asw = As,90mín, a Expressão (25) pode ser reescrita como:
𝐴𝑠𝑙,𝑚í𝑛 𝑓𝑐𝑡,𝑚
= 0,2
ℎ𝑒 𝑢𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑘
(26)
𝐴𝑠,90𝑚í𝑛 𝑓𝑐𝑡,𝑚
= 0,2
𝑏𝑤 𝑠 𝑓𝑦𝑤𝑘
Onde:
𝐴𝑠𝑙,𝑚í𝑛 é a área mínima de armadura longitudinal;
As,90mín é a área mínima da seção transversal de um ramo vertical do estribo;
ue é o perímetro da área Ae;
bw é a largura média da alma;
s é o espaçamento dos estribos verticais;
fct,m é a resistência média à tração do concreto;
fywk é a resistência de início de escoamento do aço da armadura (≤ 500 MPa).
Fazendo nas Expressões (27) o espaçamento s e o perímetro ue iguais a 100 cm (1 m), as armaduras
mínimas ficam:
20 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝐴𝑠𝑙,𝑚í𝑛 = ℎ𝑒
𝑓𝑦𝑤𝑘
(28)
20 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝐴𝑠,90𝑚í𝑛 = 𝑏𝑤
𝑓𝑦𝑤𝑘
Sendo:
𝐴𝑠𝑙,𝑚í𝑛 e 𝐴𝑠,90𝑚í𝑛 em cm2/m;
bw e he em cm;
fywk e fct,m em kN/cm2;
3 2
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 √𝑓𝑐𝑘 , com fck em MPa.
A experiência vem demonstrando que, de uma maneira geral, a filosofia e os princípios básicos de
dimensionamento propostos para a torção simples também são adequados, com uma devida aproximação,
para solicitações compostas.
Por isso, em geral, o procedimento adotado para o dimensionamento a solicitações compostas é a
simples superposição dos resultados obtidos para cada um dos esforços solicitantes separadamente, que se
mostra a favor da segurança. Por exemplo, a armadura de tração prevista pela torção que estiver na parte
comprimida pela flexão poderia ser reduzida, se fosse considerado o alívio sofrido por sua resultante (de
tração) nessa região. Ou ainda, como em uma das faces laterais da peça as diagonais solicitadas pela torção
e pelo cisalhamento são opostas, poderia ser considerado o alívio na resultante de tração no estribo, e
consequentemente, reduzir-se sua área.
É evidente que na face lateral oposta, as diagonais têm a mesma direção, e a armação necessária
vem do somatório daquelas calculadas para cada um dos dois esforços separadamente. E para a verificação
da tensão na biela comprimida desta face, não bastará se observar o comportamento das resultantes relativas
à torção e ao cisalhamento separadamente - surge a necessidade de uma nova verificação, que considere a
interação delas.
Na Figura 1.14 é apresentada uma superfície que mostra a interação dos três tipos de esforços, com
base em resultados experimentais. Qualquer ponto interior a essa superfície indica que a verificação da
𝑉𝑠𝑑
tensão na biela foi atendida. Pode-se observar que, para uma mesma relação , o momento torçor
𝑉𝑢𝑙𝑡
𝑀𝑠𝑑
resistente diminui com o aumento da relação .
𝑀𝑢𝑙𝑡
Cabe a ressalva de que a superposição dos efeitos das treliças de cisalhamento e de torção só estará
coerente se a inclinação da biela comprimida for adotada a mesma nos dois casos.
As solicitações combinadas com torção encontram-se descritas no item 17.7 da NBR 6118:2014.
𝑇𝑑
𝜏 𝑇𝑑 =
2 𝐴𝑒 ℎ𝑒
𝑉𝑆𝑑 𝑇
𝑉𝑅𝑑2
+ 𝑇 𝑆𝑑 ≤ 1 (29)
𝑅𝑑2
Onde:
VSd é a força cortante de cálculo e;
TSd é o momento de torção de cálculo.
Conforme o item 17.7.2.3 da NBR 6118:2014 a armadura transversal pode ser calculada pela soma
das armaduras calculadas separadamente para VSd e TSd.
Bastos (2015) considera importante salientar que a área de armadura transversal calculada para a
força cortante refere-se à área total, contando todos os ramos verticais do estribo. Já no caso da torção a
área de armadura transversal calculada é apenas de um ramo vertical do estribo. Portanto, para cálculo da
armadura transversal total deve-se tomar o cuidado de somar as áreas de apenas um ramo vertical do estribo,
para ambos os esforços de força cortante e momento de torção.
1.9.1. Estribos
De acordo com o item 18.3.4 da NBR 6118:2014, os estribos para torção devem ser fechados em
todo o seu contorno, envolvendo as barras das armaduras longitudinais de tração, e com as extremidades
adequadamente ancoradas por meio de ganchos em ângulo de 45°. As seções poligonais devem conter, em
cada vértice dos estribos de torção, pelo menos uma barra.
As prescrições no item 18.3.3.2 da NBR 6118:2014 para o diâmetro e espaçamento dos estribos são
as mesmas do dimensionamento à força cortante. Assim, tem-se para o diâmetro:
O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural,
deve ser suficiente para permitir a passagem do vibrador, garantindo um bom adensamento da massa. O
espaçamento máximo deve atender às seguintes condições:
onde u é o trecho de perímetro, da seção efetiva, correspondente a cada barra ou feixe de barras de área
Δ𝐴𝑠𝑙 .
Nas seções poligonais, em cada vértice dos estribos de torção, deve ser colocada pelo menos uma
barra longitudinal.
O item 18.3.4 da NBR 6118:2014 estabelece que as barras longitudinais da armadura de torção
podem ter arranjo distribuído ou concentrado ao longo do perímetro interno dos estribos, espaçadas no
máximo em 350 mm.
O mesmo item também preconiza que se deve respeitar a relação Δ𝐴𝑠𝑙 /Δ𝑢, onde u é o trecho de
perímetro da seção efetiva correspondente a cada barra ou feixe de barras de área Δ𝐴𝑠𝑙 , exigida pelo
dimensionamento.
𝐽 = 𝑗. 𝑏 3 . ℎ
𝑊𝑡 = 𝑤. 𝑏 2 . ℎ
𝑏
𝑛=
ℎ
Onde:
j é o parâmetro dependente da relação n entre as dimensões dos lados do retângulo, conforme a
Tabela 1.1;
b é a menor dimensão da seção retangular;
h é a maior dimensão da seção retangular.
- Marquise:
- peso próprio da mesma
- argamassa de regularização superior (3 cm de espessura)
- argamassa de regularização inferior (2 cm de espessura)
- ação variável (sobrecarga) de 0,5 kN/m 2 (NBR 6120:2019)
P2 (25x40)
25
50
V1
425
V1 (25x50)
P1 (25x40)
25
25 247,5
a) Carregamentos e esforços
O carregamento será dividido em carregamento na marquise e carregamento na viga de apoio (V1). A
Figura 1.16 apresenta um esquema para a determinação destes carregamentos.
Algumas considerações são apresentadas abaixo:
- Espessura média da laje da marquise de 13,0 cm;
- Revestimentos (argamassa de regularização) superior e inferior de cimento e areia: 21 kN/m 3;
16
10
100 cm
V1 (25x50)
260 cm
a.1) Marquise
- Peso próprio: 𝑃𝑃𝑚𝑎𝑟𝑞𝑢𝑖𝑠𝑒 = 25 𝑘𝑁/𝑚3 . 0,13 𝑚 . 1,0 𝑚 = 3,25 𝑘𝑁/𝑚
- Revestimentos: 𝑃𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠𝑡. = 21 𝑘𝑁/𝑚3 . 0,05 𝑚 . 1,0 𝑚 = 1,05 𝑘𝑁/𝑚
- Sobrecarga: 𝑃𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 0,5 𝑘𝑁/𝑚2 . 1,0 𝑚 = 0,5 𝑘𝑁/𝑚
260 cm
𝑞. 𝑙 2 4,8 . 2,62
𝑀𝑒𝑛𝑔. = = = 16,23 𝑘𝑁. 𝑚/𝑚
2 2
Considerando d = 12,5 cm, concreto C30 (fck = 30 MPa) e utilizando o UniCalcoPRO, tem-se o resultado
para a área de aço/m apresentado na Figura 1.18.
Figura 1.18. Área de aço para a marquise, por metro linear (cm 2/m).
15,61 kN/m
16,23 kN.m/m
400 cm
V1 (25x50)
P1 P2
31,22
DEC (kN)
31,22
32,46
DMT (kN.m)
32,46 32,46
6,6 6,6
DMF (kN.m)
24,7
Considerando os diagramas de esforços solicitantes (Figura 1.19), pode-se obter os valores de cálculo
do esforço cortante e momento torçor:
- Esforço cortante de cálculo: 𝑉𝑆𝑑 = 1,4 . 31,22 𝑘𝑁 = 43,71 𝑘𝑁
- Momento torçor de cálculo: 𝑇𝑆𝑑 = 1,4 . 32,46 𝑘𝑁. 𝑚 = 45,44 𝑘𝑁. 𝑚
A força cortante resistente de cálculo, admitida pela diagonal de compressão, adotando o Modelo I
(inclinação da biela de 450), conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014.
𝑓𝑐𝑘 30
𝛼𝑣2 = (1 − ) = (1 − ) = 0,88
250 250
A determinação da seção vazada equivalente (Figura 1.20), conforme o item 17.5.1.4 da NBR
6118:2014, é dada por:
𝐴 = 𝑏. ℎ = 25 𝑐𝑚 . 50 𝑐𝑚 = 1250 𝑐𝑚2
𝑢 = 2. (𝑏 + ℎ) = 2. (25 + 50) = 150 𝑐𝑚
he
he
c1
c1
Conforme pode ser visto na Figura 1.21, c1 é a distância entre o eixo da barra longitudinal do canto e
a face lateral do elemento estrutural.
Para o exemplo, tem-se:
𝜙𝑙 1,25 𝑐𝑚
𝑐1 = 𝑐 + 𝜙𝑡 + = 2,5 𝑐𝑚 + 0,5 𝑐𝑚 + = 3,625 𝑐𝑚
2 2
ℎ𝑒 ≥ 2. 𝑐1 = 2 . 3,625 𝑐𝑚 = 7,25 𝑐𝑚
OBS: Caso A/u resulte menor que 2c1, pode-se adotar he = A/u ≤ bw − 2c1 e a superfície média da seção
celular equivalente Ae definida pelos eixos das armaduras do canto (respeitando o cobrimento exigido nos
estribos).
c1
c1
8 cm
8 cm
he/2
he/2 he/2
he/2
De acordo com o item 17.5.1.5 da NBR 6118:2014, o máximo momento torçor que uma seção resiste
sem que ocorra esmagamento das diagonais comprimidas de concreto deve ser obtido por:
𝑇𝑅𝑑2 = 0,50. 𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝐴𝑒 . ℎ𝑒 . 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
3,0 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝑇𝑅𝑑2 = 0,50 . 0,88 . . 714 𝑐𝑚2 . 8 𝑐𝑚 . 𝑠𝑒𝑛 2 . 45° = 5385,6 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
1,4
c) Dimensionamento à flexão
Conforme os diagramas de esforços solicitantes (Figura 1.19), pode-se obter os valores de cálculo
para os momentos fletores positivo e negativo da viga.
- Momento fletor negativo de cálculo: 𝑀𝑑− = 1,4 . 6,6 𝑘𝑁. 𝑚 = 9,24 𝑘𝑁. 𝑚
- Momento fletor positivo de cálculo: 𝑀𝑑+ = 1,4 . 24,7 𝑘𝑁. 𝑚 = 34,58 𝑘𝑁. 𝑚
Considerando altura útil, d = 46 cm, concreto C30 (fck = 30 MPa) e utilizando o UniCalcoPRO, tem-se
o resultado para a área de aço necessária para os momentos fletores negativo e positivo (Figuras 1.24 e
1.25), respectivamente.
Figura 1.24. Área de aço para o momento fletor negativo da viga V1.
Figura 1.25. Área de aço para o momento fletor positivo da viga V1.
O item 17.3.5.2.1 da NBR 6118:2014 especifica que os valores mínimos de armadura passiva podem
alternativamente ser calculados com base no momento mínimo. Assim, a armadura mínima de flexão, para o
momento fletor mínimo é:
𝑏 . ℎ3 25 . 503
𝐼= = = 260416,7 𝑐𝑚4
12 12
𝐼 260416,7 𝑐𝑚4
𝑊0 = = = 10416,7 𝑐𝑚3
𝑦 25 𝑐𝑚
(no estádio I, y é tomado como metade da altura da viga)
Considerando altura útil, d = 46 cm, concreto C30 (fck = 30 MPa) e utilizando o UniCalcoPRO, tem-se
o resultado para a área de aço mínima necessária, Figura 1.26.
Figura 1.26. Área de aço para o momento fletor mínimo da viga V1.
De acordo com a Tabela 17.3 da NBR 6118:2014, a taxa mínima de armadura de flexão para vigas,
para o concreto C30 é:
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 𝐴𝑠,𝑚í𝑛
𝜌𝑚í𝑛 = = = 0,15%
𝐴𝑐 𝑏𝑤 ℎ
Assim, tem-se:
0,15
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛. = 0,15% . 𝑏𝑤 . ℎ = . 25 𝑐𝑚 . 50 𝑐𝑚 = 1,88 𝑐𝑚2
100
OBS: Em geral, a armadura mínima resultante dos coeficientes da Tabela 17.3, da NBR 6118:2014,
fornece um valor maior do que a armadura mínima calculada pelo momento fletor mínimo. Porém, recomenda-
se que deve ser feita a verificação da maior armadura mínima.
𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝜌𝑠𝑤 = ≥ 0,2.
𝑏𝑤 . 𝑠 . 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑓𝑦𝑤𝑘
𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑐𝑡,𝑚
( ) = 𝜌𝑠𝑤,𝑚í𝑛. . 𝑏𝑤 = (0,2. ) . 𝑏𝑤
𝑠 𝑚í𝑛. 𝑓𝑦𝑤𝑘
Sendo:
3 3
2
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3 . √𝑓𝑐𝑘 = 0,3 . √302 = 2,89 𝑀𝑃𝑎
Logo:
𝐴𝑠𝑤 2,89 𝑀𝑃𝑎
( ) = (0,2. ) . 25 𝑐𝑚 = 0,0289 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 = 2,89 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠 𝑚í𝑛. 500 𝑀𝑃𝑎
OBS: O item 17.4.1.2.1 da NBR 6118:2014 estabelece para o cálculo da armadura transversal, no
caso de apoio direto (quando a carga e a reação de apoio forem aplicadas em faces opostas do elemento
estrutural, comprimindo-o), que no trecho entre o apoio e a seção situada à distância d/2 da face de apoio, a
força cortante oriunda de carga distribuída pode ser considerada constante e igual à desta seção, Figura 1.27.
d
V1 (25x50)
P1 P2
d/2
31,22
Vsd*
DEC (kN)
31,22
Figura 1.27. Redução da força cortante em região próxima aos apoios (carga distribuída).
Desta maneira, seria possível calcular a armadura transversal, considerando um esforço cortante
∗
reduzido igual a 𝑉𝑆𝑑 = 1,4 . 27,24 𝑘𝑁 = 38,18 𝑘𝑁.
d) Dimensionamento à torção
Considerando, também, a inclinação da biela comprimida de concreto a 450.
Sendo TRd4 definido como a parcela resistida pelas barras longitudinais, paralelas ao eixo da viga,
dada por (item 17.5.1.6 da NBR 6118:2014):
𝐴𝑆𝑙
𝑇𝑅𝑑4 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑡𝑔𝜃
𝑢𝑒
Fazendo 𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑4 , tem-se:
𝐴𝑆𝑙
𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑4 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑡𝑔𝜃
𝑢𝑒
𝐴𝑆𝑙 4544
( )= = 0,073 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 = 7,3 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑢𝑒 62087
OBS: área de armadura longitudinal, por face da viga.
𝑇𝑆𝑑 ≤ 𝑇𝑅𝑑3
Sendo TRd3 definido como a parcela resistida pelos estribos normais ao eixo da viga, dada por (item
17.5.1.6 da NBR 6118:2014):
𝐴90
𝑇𝑅𝑑3 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃
𝑠
Fazendo 𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑3 , tem-se:
𝐴90
𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑3 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃
𝑠
𝐴90 4544
( )= = 0,073 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 = 7,3 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠 62087
OBS: área de estribo, por face da viga.
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(−)
Logo, o total de armadura na face superior da viga é: 𝐴𝑆𝑙 = 0,46 + 1,24 = 1,70 𝑐𝑚2 < 𝐴𝑆,𝑚í𝑛. =
1,88 𝑐𝑚2 .
Assim, tem-se: 3 10.0 mm (As = 2,40 cm2) ou 2 12.5 mm (As = 2,50 cm2).
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(+)
Logo, o total de armadura na face inferior da viga é: 𝐴𝑆𝑙 = 1,76 + 1,24 = 3,0 𝑐𝑚2 > 𝐴𝑆,𝑚í𝑛.
Assim, tem-se: 4 10.0 mm (As = 3,20 cm2) ou 3 12.5 mm (As = 3,75 cm2).
Assim, tem-se: 4 10.0 mm (As = 3,20 cm2) ou 3 12.5 mm (As = 3,75 cm2).
De acordo com o item 18.3.3.2 da NBR 6118:2014, o diâmetro da barra que constitui o estribo deve
ser maior ou igual a 5 mm, sem exceder 1/10 da largura da alma da viga.
Os estribos para torção devem ser fechados em todo o seu contorno, envolvendo as barras das
armaduras longitudinais de tração, e com as extremidades adequadamente ancoradas por meio de ganchos
em ângulo de 45°, item 18.3.4 da NBR 6118:2014.
Além disso, deve-se considerar os espaçamentos mínimo e máximo, de acordo com o item 18.3.3.2
da NBR 6118:2014, conforme segue:
O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural,
deve ser sufi ciente para permitir a passagem do vibrador, garantindo um bom adensamento da massa. O
espaçamento máximo deve atender às seguintes condições:
Adotando:
- Estribo fechado de dois ramos, de diâmetro 6.3 mm (1 6.3 mm A = 0,32 cm2).
0,32 𝑐𝑚2
= 0,0875 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 3,7 𝑐𝑚 ≤ 27,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
- Como o espaçamento resultou muito pequeno, será verificado agora estribo fechado de dois ramos,
de diâmetro 8.0 mm (1 8.0 mm A = 0,50 cm2).
0,50 𝑐𝑚2
= 0,0875 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 5,7 𝑐𝑚 ≤ 27,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
- Como o espaçamento ainda resultou muito pequeno, será verificado agora estribo fechado de dois
ramos, de diâmetro 10.0 mm (1 10.0 mm A = 0,80 cm2).
0,80 𝑐𝑚2
= 0,0875 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 9,1 𝑐𝑚 ≤ 27,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
OBS: A área total de estribos verticais é calculada pela soma das parcelas referentes à força cortante
e à torção. Porém, neste exemplo, a parcela referente a armadura da força cortante a flexão resultou igual ao
valor mínimo. Assim, pode-se imaginar em calcular esta armadura somente com a parcela referente à torção,
já que esta supera e área de aço mínima exigida.
Adotando o estribo fechado de dois ramos, de diâmetro 10.0 mm, tem-se:
0,80 𝑐𝑚2
= 0,073 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 10,9 𝑐𝑚 ≤ 27,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
2 Ø 12.5 mm
Ø 10.0 mm c/10
3 Ø 12.5 mm 3 Ø 12.5 mm
3 Ø 12.5 mm
1.11.2) A escada residencial em balanço com degraus isolados da Figura 1.29 apresenta degraus com altura
de 16,70 cm e largura de 29 cm. Na extremidade dos degraus (em balanço), existe um peitoril com carga
correspondente a 0,50 kN/m. Considere carregamento dos revestimentos igual a 1,0 kN/m 2. Adotar
sobrecarga de 2,5 kN/m2 (escada sem acesso ao público, NBR 6120:2019), espessura mínima do cobrimento
c = 2,5 cm e concreto classe C25.
Seção transversal
Degrau
VIGA
29
16,7
20 110
11
10
9
8
7
6
5
VIGA
4
3
2
1
Corte Longitudinal
a) Carregamento
Os degraus serão considerados inicialmente com as seguintes dimensões, ver Figura 1.30.
8
12
VIGA
20 110
Logo, tem-se:
- Cargas permanentes:
Será adotada uma altura da viga de 10 cm, referente ao valor médio entre as alturas da extremidade e do
apoio do degrau.
- Cargas variáveis:
𝑃𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚2 . 0,29 𝑚 = 0,725 𝑘𝑁/𝑚
OBS: De acordo com a Tabela 10 da NBR 6120:2019, nas escadas com trechos em balanço, devem
ser verificados os efeitos da alternância das cargas. Para degraus isolados em balanço ou biapoiados, calcular
o degrau com carga concentrada de 2,5 kN aplicada na posição mais desfavorável. A verificação com carga
concentrada deve ser feita separadamente, sem consideração simultânea da carga variável uniformemente
distribuída.
b) Esforços solicitantes
- Situação 1 (ver Figura 1.31):
120 cm
120 cm
Figura 1.32. Carregamento no degrau: PP + Revestimento + Peitoril + Força concentrada de 2,5 kN.
Utilizando o UniCalcoPRO (Figura 1.33), a armadura necessária para o degrau possui área de 1,64
cm2.
De acordo com a Tabela 17.3 da NBR 6118:2014, a taxa mínima de armadura de flexão para vigas,
para o concreto C25 é:
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 𝐴𝑠,𝑚í𝑛
𝜌𝑚í𝑛 = = = 0,15%
𝐴𝑐 𝑏𝑤 ℎ
Assim, tem-se:
0,15
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛. = 0,15% . 𝑏𝑤 . ℎ = . 29 𝑐𝑚 . 12 𝑐𝑚 = 0,52 𝑐𝑚2
100
Logo, Acalc. > Amín.
Ou seja: 4 8.0 mm (A = 2,0 cm2); 3 10.0 mm (A = 2,40 cm2) ou 2 12.5 mm (A = 2,50 cm 2).
2,5 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝑉𝑅𝑑2 = 0,27 . 𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝑏𝑤 . 𝑑 = 0,27 . 0,90 . . 29 𝑐𝑚 . 8,5 𝑐𝑚 ≅ 107 𝑘𝑁
1,4
O esforço cortante de cálculo é dado por: 𝑉𝑆𝑑 = 1,4 . 3,87 𝑘𝑁 ≅ 5,4 𝑘𝑁
Considerando que Vsd = 5,4 kN e VRd2 = 107 kN, para = 45o, observa-se que a própria seção de
concreto já resistiria ao esforço cortante. Deve-se, entretanto, adotar uma armadura mínima. O item 17.4.1.1.1
da NBR 6118:2014 estabelece que as vigas devem conter armadura transversal mínima constituída por
estribos, com taxa geométrica:
𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝜌𝑠𝑤 = ≥ 0,2.
𝑏𝑤 . 𝑠 . 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑓𝑦𝑤𝑘
Logo:
𝐴𝑠𝑤 2,56 𝑀𝑃𝑎
( ) = (0,2. ) . 29 𝑐𝑚 = 0,0296 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 = 2,96 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠 𝑚í𝑛. 500 𝑀𝑃𝑎
Deve-se considerar os espaçamentos máximo e mínimo, de acordo com o item 18.3.3.2 da NBR
6118:2014. O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural,
deve ser sufi ciente para permitir a passagem do vibrador, garantindo um bom adensamento da massa. O
espaçamento máximo deve atender às seguintes condições:
- se Vd 0,67 VRd2, então smáx. = 0,6.d 300 mm;
- se Vd > 0,67 VRd2, então smáx. = 0,3.d 200 mm;
Adotando:
- Estribo fechado de dois ramos, de diâmetro 6.3 mm (1 6.3 mm A = 0,32 cm2).
0,32 𝑐𝑚2 𝑐𝑚2
= 0,0296 → 𝑠 = 10,8 𝑐𝑚 > 5,1 𝑐𝑚 → 𝑁ã𝑜 𝑜𝑘‼!
𝑠 𝑐𝑚
No intuito de possibilitar o lançamento e a vibração do concreto, serão colocados dois estribos juntos,
de maneira a adotar 5.0 mm c/10 (2x).
9,10 kN/m
4,93 kN.m/m
18 . 16,7 cm = 300 cm
17 . 29 cm + 20 cm/2 = 503 cm
A Figura 1.34 apresenta um resumo do carregamento vertical e momento aplicado na viga da escada.
As Figuras 1.35 e 1.36 mostram os diagramas de esforço cortante e momento fletor para a viga,
respectivamente, obtidos pelo software Ftool.
A força cortante resistente de cálculo, admitida pela diagonal de compressão, adotando o Modelo I
(inclinação da biela de 450), conforme o item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014.
𝑓𝑐𝑘 25
𝛼𝑣2 = (1 − ) = (1 − ) = 0,90
250 250
A determinação da seção vazada equivalente (Figura 1.37), conforme o item 17.5.1.4 da NBR
6118:2014, é dada por:
𝐴 = 𝑏. ℎ = 20 𝑐𝑚 . 40 𝑐𝑚 = 800 𝑐𝑚2
𝑢 = 2. (𝑏 + ℎ) = 2. (20 + 40) = 120 𝑐𝑚
he
he
c1
c1
Conforme pode ser visto na Figura 1.38, c1 é a distância entre o eixo da barra longitudinal do canto e
a face lateral do elemento estrutural.
c1
c1
Além disso, a superfície média da seção celular equivalente Ae é definida pelos eixos das armaduras
do canto (respeitando o cobrimento exigido nos estribos), Figura 1.39.
Logo:
𝐴𝑒 = (20 − 8,0) . (40 − 8,0) = 384 𝑐𝑚2 .
c1 Ae
c1
h - 2.c1
b - 2.c1
De acordo com o item 17.5.1.5 da NBR 6118:2014, o máximo momento torçor que uma seção resiste
sem que ocorra esmagamento das diagonais comprimidas de concreto deve ser obtido por:
2,5 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝑇𝑅𝑑2 = 0,50 . 0,90 . . 384 𝑐𝑚2 . 6,67 𝑐𝑚 . 𝑠𝑒𝑛 2 . 45° = 2058,2 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
1,4
Pode-se perceber uma pequena folga ainda na seção, com relação a verificação de esmagamento
da biela de concreto, 0,93 < 1,0. Ou seja, é possível, por exemplo, diminuir um pouco a largura da seção da
viga de apoio, no intuito de um dimensionamento mais otimizado... Neste exemplo será mantida a seção
transversal adotada inicialmente para a viga.
c) Dimensionamento à flexão
Conforme o diagrama de momento fletor nominal (Figura 1.36), pode-se obter o valor de cálculo para
o momento fletor, 𝑀𝑑+ = 1,4 . 28,8 𝑘𝑁. 𝑚 = 40,3 𝑘𝑁. 𝑚
Considerando altura útil, d = 36 cm, concreto C25 (fck = 25 MPa) e utilizando o UniCalcoPRO, tem-se
o resultado para a área de aço necessária para o momento fletor, Figura 1,40.
Figura 1.40. Área de aço para o momento fletor positivo da viga de apoio dos degraus.
De acordo com a Tabela 17.3 da NBR 6118:2014, a taxa mínima de armadura de flexão para vigas,
para o concreto C25 é:
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 𝐴𝑠,𝑚í𝑛
𝜌𝑚í𝑛 = = = 0,15%
𝐴𝑐 𝑏𝑤 ℎ
Assim, tem-se:
0,15
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛. = 0,15% . 𝑏𝑤 . ℎ = . 20 𝑐𝑚 . 40 𝑐𝑚 = 1,20 𝑐𝑚2
100
Logo:
𝐴𝑠𝑤 2,56 𝑀𝑃𝑎
( ) = (0,2. ) . 20 𝑐𝑚 = 0,020 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 = 2,0 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠 𝑚í𝑛. 500 𝑀𝑃𝑎
e) Dimensionamento à torção
Considerando, também, a inclinação da biela comprimida de concreto a 45 0.
Sendo TRd4 definido como a parcela resistida pelas barras longitudinais, paralelas ao eixo da viga,
dada por (item 17.5.1.6 da NBR 6118:2014):
𝐴𝑆𝑙
𝑇𝑅𝑑4 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑡𝑔𝜃
𝑢𝑒
Fazendo 𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑4 , tem-se:
𝐴𝑆𝑙
𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑4 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑡𝑔𝜃
𝑢𝑒
𝐴𝑆𝑙 1736
( )= = 0,052 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 = 5,2 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑢𝑒 33391,3
OBS: área de armadura longitudinal, por face da viga.
Sendo TRd3 definido como a parcela resistida pelos estribos normais ao eixo da viga, dada por (item
17.5.1.6 da NBR 6118:2014):
𝐴90
𝑇𝑅𝑑3 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃
𝑠
Fazendo 𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑3 , tem-se:
𝐴90
𝑇𝑆𝑑 = 𝑇𝑅𝑑3 = ( ) . 2. 𝐴𝑒 . 𝑓𝑦𝑤𝑑 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝜃
𝑠
𝐴90 1736
( )= = 0,052 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 = 5,2 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠 33391,3
OBS: área de estribo, por face da viga.
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(−)
Logo, o total de armadura na face superior da viga é: 𝐴𝑆𝑙 = 0 + 0,62 = 0,62 𝑐𝑚2 < 𝐴𝑆,𝑚í𝑛. =
1,20 𝑐𝑚2 .
Assim, tem-se: 2 10.0 mm (As = 1,60 cm2) ou 3 8.0 mm (As = 1,50 cm2).
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙(+)
Logo, o total de armadura na face inferior da viga é: 𝐴𝑆𝑙 = 2,72 + 0,62 = 3,34 𝑐𝑚2 > 𝐴𝑆,𝑚í𝑛.
Assim, tem-se: 5 10.0 mm (As = 4,0 cm2) ou 3 12.5 mm (As = 3,75 cm2).
De acordo com o item 18.3.3.2 da NBR 6118:2014, o diâmetro da barra que constitui o estribo deve
ser maior ou igual a 5 mm, sem exceder 1/10 da largura da alma da viga.
Os estribos para torção devem ser fechados em todo o seu contorno, envolvendo as barras das
armaduras longitudinais de tração, e com as extremidades adequadamente ancoradas por meio de ganchos
em ângulo de 45°, item 18.3.4 da NBR 6118:2014.
Além disso, deve-se considerar os espaçamentos mínimo e máximo, de acordo com o item 18.3.3.2
da NBR 6118:2014, conforme segue:
O espaçamento mínimo entre estribos, medido segundo o eixo longitudinal do elemento estrutural,
deve ser sufi ciente para permitir a passagem do vibrador, garantindo um bom adensamento da massa. O
espaçamento máximo deve atender às seguintes condições:
Adotando:
- Estribo fechado de dois ramos, de diâmetro 6.3 mm (1 6.3 mm A = 0,32 cm2).
0,32 𝑐𝑚2
= 0,062 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 5,2 𝑐𝑚 ≤ 21,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
- Como o espaçamento resultou muito pequeno, será verificado agora estribo fechado de dois ramos,
de diâmetro 8.0 mm (1 8.0 mm A = 0,50 cm2).
0,50 𝑐𝑚2
= 0,062 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 8,0 𝑐𝑚 ≤ 21,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
- Como o espaçamento ainda resultou muito pequeno, será verificado agora estribo fechado de dois
ramos, de diâmetro 10.0 mm (1 10.0 mm A = 0,80 cm2).
0,80 𝑐𝑚2
= 0,062 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 12,9 𝑐𝑚 ≤ 21,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
OBS: A área total de estribos verticais é calculada pela soma das parcelas referentes à força cortante
e à torção. Porém, neste exemplo, a parcela referente a armadura da força cortante a flexão resultou igual ao
valor mínimo. Assim, pode-se imaginar em calcular esta armadura somente com a parcela referente à torção,
já que esta supera e área de aço mínima exigida.
- Adotando estribo fechado de dois ramos, de diâmetro 10.0 mm, tem-se:
0,80 𝑐𝑚2
= 0,052 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 15,3 𝑐𝑚 ≤ 21,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
- Adotando estribo fechado de dois ramos, de diâmetro 8.0 mm, tem-se:
0,50 𝑐𝑚2
= 0,052 𝑐𝑚2 /𝑐𝑚 → 𝑠 = 9,6 𝑐𝑚 ≤ 21,6 𝑐𝑚 → 𝑂𝑘‼!
𝑠
2 Ø 10.0
3 Ø 10.0
15
Ø 8.0 C/10
2 Ø 5.0
CORTE A-A´
35 35 2 Ø 10.0
2 Ø 10.0
A´ 11 Ø 5.0 c/10 (2x) C=VAR.
15
58 Ø 8.0 C/9.5 C=110
3 Ø 12.5
3 Ø 10.0 C=210
125
5
117
2 Ø 5.0 C=117
35 30
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, J.M. Dimensionamento à Torção de Vigas de Concreto Armado. Teoria e Prática na Engenharia Civil, no 21,
p.1-11. 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento, NBR 6118.
Rio de Janeiro, ABNT, 2014, 238p.
BASTOS, P.S.S. Torção em Vigas de Concreto Armado. Bauru/SP, UNESP - Departamento de Engenharia Civil, Notas
de aula, Julho/2015, 111p., disponível em: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos
LEONHARDT, F.; MÖNNIG, E. Construções de concreto - Princípios básicos sobre a armação de estruturas de concreto
armado, vol. 3. Rio de Janeiro, Ed. Interciência, 2007.
LIMA, J. S.; GUARDA, M.C.C.; PINHEIRO, L.M. Estruturas de Concreto – Torção. Escola de Engenharia de São Carlos -
USP, Departamento de Engenharia de Estruturas, 2007.
PINHEIRO, L. M. Concreto armado: tabelas e ábacos. São Carlos, Escola de Engenharia de São Carlos - USP,
Departamento de Engenharia de Estruturas, 1994.