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TORÇÃO EM VIGAS DE

CONCRETO

Prof.: Wanderlei Malaquias Pereira Junior

Torção em vigas de concreto - revisão 00 – Ano de produção e revisão: 01/05/2016

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1.0.1 - CONCEITOS INICIAIS DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS
Momento de torção, momento torçor, ou ainda torção, é definido como
sendo uma força ou conjugado que tende a torcer uma peça fazendo com
que a mesma gire em torno do seu próprio eixo.
Segundo (LEONHARDT & MONNIG, 1982), a torção pura, que também pode
ser definida como torção simples ou uniforme, dificilmente acontece na
prática, devido a condição de que não há atuação simultânea entre
momento e cortante. O que geralmente acontece, é a combinação entre o
momento fletor e a força cortante. Tendo conhecimento de cálculos que
levarão a valores aproximados, pode-se fazer o dimensionamento de vigas
em que há atuação simultânea entre momento e força cortante tendo
baseando-se no momento simples.
A torção ocorre quando há uma distância entre o eixo longitudinal da viga
e linha de aplicação de uma carga. Este efeito é muito comum em lajes em
balanço engastadas nas vigas de apoio, marquises por exemplo. Como a
laje está engastada na viga de apoio, a flexão na laje acaba gerando uma
torção na viga de apoio. Consequentemente a torção na viga gerará
flexão no pilar.

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1.0.1 - CONCEITOS INICIAIS DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS

Figura 1.0.1.1 – Torção em viga contínua gerada através da laje em balanço (FONTE: Estruturas de
concreto II)

Saint-Venant, em 1853, desenvolveu a teoria da torção em viga com seção


genérica .
Ela expressa que em uma seção circular, a tensão cisalhante varia
linearmente partindo do centro, atingindo seu valor máximo na face externa
da peça.

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1.0.1 - CONCEITOS INICIAIS DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS

Figura 1.0.1.2 – Tensão cisalhante devida à torção (FONTE: Filho:2007)

Tendo por base vigas com seções A equação cisalhante máxima em


retangulares, a Tensão de cisalhamento vigas retangulares submetidas
máxima acontece no meio do lado à torção é dada por :
maior, que é o ponto externo mais
próximo do seu centro. A tensão T
 máx 
tangencial nos vértices é nula. yx 2
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1.0.1 - CONCEITOS INICIAIS DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS
A equação cisalhante máxima em O ângulo de torção em seção retangular é dado :
vigas retangulares submetidas TL
 Eq. (1.0.2)
à torção é dada por : GJ
T Onde :
 máx  Eq. (1.0.1)
yx 2
J  yx 3 Eq. (1.0.3)
Onde :
T - Momento torço solicitar;  é uma constante admensional
η - Constante admensional; L é o comprimento do elemento
y - lado maior do retângulo;
Os valores de  e η serão obtidos através da
x - lado menor do retângulo; relação entre os lados do retângulo, y/x  1.

Valores de β e η
y/x 1 1,5 1,75 2 2,5 3 4 6 8 10 >10
η 0,208 0,231 0,239 0,246 0,258 0,267 0,282 0,298 0,307 0,312 0,333
β 0,141 0,196 0,214 0,229 0,249 0,263 0,281 0,98 0,307 0,312 0,333
Tabela 1.0.1 Valores de β e η. (FONTE: Filho:2007)

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1.0.1 - CONCEITOS INICIAIS DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS
Segundo FILHO (2007), Bredt, em
1896 solucionou o problema de
Torção em viga com seções vazadas
de paredes finas, partindo do
pressuposto de que as seguintes
hipóteses fossem verificadas:
• Material homogêneo e isotrópico,
admitindo pequenas
deformações;
• Admitir lei de Hooke, isto é, regime
plástico linear;
Figura 1.0.1.3 – Tensão cisalhante devida à torção (FONTE:
• Seções não empenam após as Filho:2007)
deformações;
• A espessura é relativamente A figura 1.0.3 expressa um
pequena se comparada às elemento sofrendo torção. A
dimensões da seção transversal; equação de equilíbrio deste
• Seção transversal fechada; elemento é a seguinte:
• Elemento cilíndrico com seção
transversal constante ao longo do  d  dt 
  .t.x     t  s  x  0 Eq. (1.0.4)
seu comprimento.  ds  ds 

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1.0.1 - CONCEITOS INICIAIS DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS
Nas paredes das seções, ao longo de seu comprimento, o fluxo de tensões
tangenciais se desenvolve seguindo a expressão:

T
q Eq. (1.0.5)
2 A0 Como o fluxo é constante, a variação da
tensão tangencial será diretamente
proporcional a variação da espessura da
Onde : parede . A equação 1.0.4 é denominada “
T - Momento Torçor; primeira fórmula de Bredt.
A 0  Área da seção.

Segundo FILHO (2007), A segunda fórmula de Bredt pode ser deduzida a


partir dos métodos de energia, partindo do hipótese de que o material
apresenta comportamento elástico linear. Assim como na primeira formula
de Bredt, em função da constância da espessura t da parede, o ângulo
de torção por unidade de comprimento  será definido através da
expressão:

d T .u
 Eq. (1.0.6) Onde u é o perímetro da Área A0
dx 4. A02 .G.t
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1.0.2 – APLICAÇÕES DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Segundo FILHO (2007), a torção acontece, por exemplo, em marquises.


Como a laje está engastada na viga de apoio, a flexão na laje acaba
gerando uma torção na viga de apoio. Consequentemente a torção na
viga gerará flexão no pilar.
Outro exemplo que pode ser citado, é em situações em que a uma viga
muda de direção, fazendo com que no ponto em que a viga está mudando
de direção, onde um tramo aplicará um momento de torção no outro
tramo.
Momentos de torção também são aplicados no caso de vigas curvas, com
ou sem a mudança de direção na viga. Então, tendo conhecimento dessas
observações, é fundamental que haja o devido dimensionamento para a
estabilidade e equilíbrio da viga, de modo que não se desenvolva fissuração
intensa, prejudicando tanto esteticamente quanto estruturalmente a viga.

Figura 1.0.2.1 – Torção em vigas curvas e com mudança de direção (FONTE: Filho:2007)

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1.0.2 – APLICAÇÕES DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Figura 1.0.2.2 – Torção em vigas com mudança de direção (FONTE: Filho:2007)

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1.0.2 – APLICAÇÕES DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Conforme FILHO (2007), os casos práticos mais comuns de torção em


estruturas serão listados a seguir com seus equacionamentos:

Figura 1.0.2.3 – Torção concentrada na extremidade do balanço (FONTE:


Filho:2007)

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1.0.2 – APLICAÇÕES DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Figura 1.0.2.4 – Torção concentrada em viga biengastada (FONTE: Filho:2007)

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1.0.2 – APLICAÇÕES DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Figura 1.0.2.5 – Torção uniformemente distribuída em viga biengastada (FONTE: Filho:2007)

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1.0.2 – APLICAÇÕES DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Figura 1.0.2.6 – Torção aplicada à distância a em viga biengastada (FONTE: Filho:2007)

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1.0.2 – APLICAÇÕES DA TORÇÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO

Figura 1.0.2.7 – Torção aplicada no meio do vão em viga biengastada (FONTE: Filho:2007)

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1.1 – TORÇÃO DE EQUILÍBRIO E TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE

Segundo PINHEIRO, (2003), Torção de equilíbrio, como o próprio nome


sugere, é a torção que atua na estrutura de forma com que esta torção
contribua para manter a estabilidade e equilíbrio da estrutura. Logo conclui-
se sua importância de verificação, pois se a torção de equilíbrio não for
considerada nos cálculos a estrutura pode poderá ir à ruína.
Segundo BASTOS, (2003), Torção de compatibilidade recebe este nome pois
após a solicitação de torção no sistema estrutural laje/viga, ocorre uma
compatibilização entre as deformações na viga e na laje, isto faz com que
os momentos torçores diminuam significativamente, podendo ser
desprezados. Isso acontece da seguinte forma: A laje aplica um momento
torçor na viga que por consequência tenderá a girar também, porém terá
uma resistência na rotação devido à flexão dos pilares. Se a rigidez à torção
da viga for muito menor que sua rigidez à flexão, apareceram fissuras na
viga fazendo-a girar, e isso fará com que a laje gire também, o que tornará
possível a compatibilização.

De um modo geral, pode-se dizer que podem ser desconsiderados os efeitos


da torção de compatibilidade em vigas, e que em situações que forem
necessárias, deve-se considerar a torção de equilíbrio.

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1.1 – TORÇÃO DE EQUILÍBRIO E TORÇÃO DE COMPATIBILIDADE

Figura 1.1.1 – Tensão de compatibilização entre viga e laje. (FONTE: LEONHARDT E MONNIG, 1982)

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1.2 – MODELO DE TRELIÇA GENERALIZADA PARA EFEITOS DE
TORÇÃO
Segundo PINHEIRO (2003), 0riginalmente proposta por Morsch e Ritter para
cisalhamento, foi desenvolvida por Thrullimann e Lampert e é expressa como
a idealização de uma peça constituída por quatro treliças, de modo que as
solicitações de torção que causarão tensões de compressão serão resistidas
por bielas comprimidas ( que fazem um ângulo  com o eixo da peça), e as
tensões de tração serão absorvidas por barras dispostas na direção
longitudinal, isto é, armação longitudinal, e transversal ( estribos a 90°).

Deve - se frizar a existência de tensões transversais


que influenciam no resultado das tensões analisadas
Td naquela região, de modo que contribuam na aparição de
 cd  Eq. (1.1.1) fissuras :
Ae .t.sen(2 )
Logo :
Onde :  cd  0,5. v .f cd Eq. (1.1.2)
 cd - Tensão de compressão;
Onde :
 v - Coeficiente de efetividade do concreto :
f ck
 v  (1 - ) Eq.(1.1.3)
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1.2 – MODELO DE TRELIÇA GENERALIZADA PARA EFEITOS DE
TORÇÃO
Para cálculo de armadura longitudinal :

Fazendo um caminho inverso, é possível


 Asl  Td
  .cotg Eq. (1.1.4) determinar o momento torçor resistente
 u  2  A e  f ywd de uma seção já dimensionada, em função
das fórmulas já apresentadas, juntanto - as
Onde : e fazendo a devida manipulação , temos :
f ywd - Tensão de escoamento do aço;

 Asl  A90  Td2


De modo semelhante, para cálculo dos estribos :    Eq. (1.1.6)
 u  s  (2A e f ywd )
2

 A90  Td
  .tg Eq. (1.1.5) Isolando Td, teremos :
 s  2  A e  f ywd
 A  A 
Td  2A e f ywd .  sl  90  Eq. (1.1.6)
Onde :  u  s 
s - Espaçamento longitudinal dos estribos;

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1.3 – DIMENSIONAMENTO DE TORÇÃO UNIFORME PELA NBR
6118:2014
De acordo com as especificidades da NBR 6118:2014, é possível fazer o
dimensionamento em função da treliça espacial generalizada, tendo
parâmetros mais precisos visto que o dimensionamento será compatível
com cisalhamento, o que de certa forma, não acontecia quando baseada
na treliça clássica. A seguir, a prescrição dos itens a serem calculados e
especificados, em ordem:

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1.3 – DIMENSIONAMENTO DE TORÇÃO UNIFORME PELA NBR
6118:2014
1.3.1 - Torção de compatibilidade 1.3.2 - Seção vazada equivalente :

Os limítes de armadura mínima para A


he  Eq. (1.3.5)
cisalhamento podem ser def inidos como : u
h e  2  C1 Eq. (1.3.6)
Vsd  0,7 VRd,2 Eq. (1.3.3) Onde :
h e  Espessura da parede da seção
Onde : equivalente
VRd,2  0,27 v  f cd  b w  d  sen(2 ) Eq. (1.3.4) A  Área da seção
(estribos à 90 com o eixo da peça) u  Perímetro da seção cheia
e também :
l
C1   t  c Eq. (1.3.7)
2
Onde :
l  Diâmetro da armadura longitudinal
t  Diâmetro da armadura transversal
c  Cobrimento 20
1.3 – DIMENSIONAMENTO DE TORÇÃO UNIFORME PELA NBR
6118:2014

1.3.3 - Ângulo de inclinação da biela comprimida : 1.3.5 - Verificação da tensão na biela


comprimida para solicitações combinadas :
Pela norma, o ângulo de inclinação da biela deve
estar em uma faixa que varie entre 30 e 45 Vsd T
 sd  1 Eq. (1.3.10)
VRd,2 TRd,2
1.3.4 - Verificação da biela :
1.3.6 - Dterminação da armadura longi -
A seguinte condição deve ser respeitada tudinal :
para que não ocorra o esmagamento da
biela : Tsd  TRd,4 Eq. (1.3.11)
Tsd  TRd,2 Eq. (1.3.8)
onde : Onde :
TRd,2  0,5   v  f cd  A e  h e  sen(2 ) Eq. (1.3.9) A 
TRd,4   sl   2  A e  f ywd  tg Eq. (1.3.12)
 u 

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1.3 – DIMENSIONAMENTO DE TORÇÃO UNIFORME PELA NBR
6118:2014

1.3.6 - Determinação dos estribos :


Tsd  TRd,3 Eq. (1.3.13)
A 
Onde : TRd,3   90   2  A e  f ywd  cot g Eq. (1.3.14)
 s 

1.3.7 - Armadura longitudinal e estribos para solicitações combinadas :

Na região onde que está sendo comprimida, devido aos esforços de compres -
são no concreto na espessura h e e comprimento da barra considerada u, po -
de - se reduzir a armadura de torção.
Já no banzo tracionado pela flexão, a armadura transversal pode ser obtida
através da soma das armaduras de cisalhamento e torção, e a armadura longi -
tudinal total pode ser obtida através da soma das armaduras longitudinais de
torção e flexão.
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1.3 – DIMENSIONAMENTO DE TORÇÃO UNIFORME PELA NBR
6118:2014

1.3.8 - Verificação da taxa mínima de armadura :

Com o objetivo de promover ductilidade da armadura, a taxa de armadura mínima


pode melhorar a distribuição das fissuras, e pode ser expressa como :

A sw f
w   0,2  ctm Eq. (1.3.15)
bw  s f ywk
Onde :
f ctm  0,3  3 f ck
2
Eq. (1.3.16)
f ctm  Tensão média de tração;

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1.4 – DETALHAMENTO DA SEÇÃO TRANSVERSAL
A figura a seguir apresenta uma marquise submetida à torção de equilíbrio,
cisalhamento e da flexão. Faça o detalhamento da seção transversal da
viga V1 desta marquise.

Informações:

Fck=25Mpa;
C= 2,5cm;

Figura 1.4.1 – Viga V1. (FONTE: PINHEIRO, 2003)


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1.4 – DETALHAMENTO DA SEÇÃO TRANSVERSAL

a) Verificação da tensão na biela comprimida :

Vsd T
 sd  1
VRd,2 TRd,2

Vsd  1,4  35,09  49,13 KN


Tsd  1,4  3915  5481 KN  cm
Assumindo   45,
VRd,2  0,27 v  f cd  b w  d  sen(2 )
 25  2,5
VRd,2  0,271    35  46,37  sen(2  45)
 250  1,4
VRd,2  704,24 KN

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1.4 – DETALHAMENTO DA SEÇÃO TRANSVERSAL

b) Seção vazada equivalente : TRd,2  0,5   v  f cd  A e  h e  sen(2 )


 25  2,5
A TRd,2  0,5  1    1134  8  sen(2  45)
he   250  1,4
u TRd,2  7290 KN  cm
h e  2  C1

Vsd T
A  b  h  35  50  1750 cm²  sd  1
VRd,2 TRd,2
u  2  (b  h)  2  (35  50)  170 cm
49,13 5481
  0,7  0,75  0,82  1
704,24 7290
l 1
C1   t  c   0,63  2,5  3,63 cm
2 2
h  8 cm

A e  (35  8)  (50  8)  1134 cm²


u  2  (35  8)  (50  8)  138cm
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1.4 – DETALHAMENTO DA SEÇÃO TRANSVERSAL
c) Dimensionamento à flexão :

M  d  1,4  2911  4075,4 KN  cm


M - d  1,4  935  1309 KN  cm d) Dimensionamento o cisalhamen -
to :
As armaduras obtidas foram :
 Asw   f ctm 
 
   mín  b w   0,2   bw 
A  sl  2,11 cm²  s  mín f ywk 

A - sl  0,65 cm²  0,3  3
25 2 
  0,2    35  3,6 cm²
 500  m

A sl,mín   l ,mín  b w  dA sl,mín
A sl,mín  0,00144  b w  dA sl,mín
A sl,mín  0,00144  35  46,37  2,34 cm²

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1.4 – DETALHAMENTO DA SEÇÃO TRANSVERSAL
e) Determinação da armadura longi - f) Determinação dos estribos :
tudinal :

Tsd  TRd,4 Tsd  TRd,3

A  A 
TRd,4   sl   2  A e  f ywd  tg TRd,3   90   2  A e  f ywd  cot g
 u   s 
A  50 A  50
TRd,4   sl   2 1134   tg 45 TRd,3   90   2 1134   cot g 45
 
u 1,15  s  1,15
Tsd  TRd,4 Tsd  TRd,3
A  A 
5481  98606,7   sl  5481  98608,7   90 
 u   s 
 Asl   A90 
   5,56 cm²    5,56 cm²
 u   s 

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1.4 – DETALHAMENTO DA SEÇÃO TRANSVERSAL
f) Detalhamento : Na face inferior :
A - sl  2,11 cm² (Exigido pela flexão)
f.a) Armadura longitudinal :
Calculo da parcela da torção :
Na face superior : A sl  5,56  (0,35  0,08)  1,5 cm²
A - sl  0,65 cm² (Exigido pela flexão)
Então, a área total é :
Calculo da parcela da torção : A sl,tot  2,11  1,5  2,61 cm²
A sl  5,56  (0,35  0,08)  1,5 cm² A sl,tot  2,61 cm² ( 5  10)

Então, a área total é : Nas faces laterais :


A sl,tot  0,65  1,5  2,15 cm²
Calculo da parcela da torção :
Porém, A sl,mín  2,34 cm² A sl  5,56  (0,5  0,08)  2,34 cm²
A sl,tot  A sl,mín  2,34 cm² ( 3  10) Então, a área total é :
A sl,tot  A sl  2,34 cm²( 3  10)

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1.4 – DETALHAMENTO DA SEÇÃO TRANSVERSAL

f) Detalhamento :

f.b) Estribos :
Neste exemplo não é necessária a armadura
para cisalhamento, então a parcela de cisalha -
mento da equação pode ser desprezada :

A90 Asw  A90 


 ;     5,56 cm² ( 8 c.9)
s s  s TOTAL

Fazendo, por fim, a verificação do espaça -


mento longitudinal máximo, obtemos :
Figura 1.4.1 – Detalhamento final da viga V1.
(FONTE: PINHEIRO, 2003)
Vd  0,67  VRd,2
S máx  0,6  d  30 cm
S máx  27,8 cm
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6118:1978 - Projeto e
execução de obras de concreto armado. Rio de Janeiro, 1978.
Bastos, P. S. dos S. Estruturas de concreto armado II. Bauru: Departamento de
engenharia civil, 2015. Apostila.
Filho, J. J. H. S. Reforço a torção de vigas de concreto armado com compósitos
de fibra de carbono. Rio de Janeiro : Pontifícia Universidade Católica,2007.
Tese de doutorado.
Pinheiro, L. M. Estruturas de Concreto.2003. Apostila.

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