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CONCRETO ARMADO
CISALHAMENTO EM PEÇAS DE CONCRETO ARMADO
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1 – COMPORTAMENTO DE PEÇAS AO CISALHAMENTO
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1.0-ESTÁDIOS DE CARREGAMENTO PARA VIGAS DE CONCRETO
Estádios de carregamentos em que as peças de concreto estão submetidos são 3:
a) Estádio I: Resistência do concreto > Esforços de tração;
b) Estádio II: A resistência a tração do concreto foi ultrapassada pelos esforços solicitantes e então as
ruínas começam a aparecer na peça. Segundo BASTOS (2015) para visualizar as fissuras a olho nu é
preciso de aberturas com valores maiores que 0,05 mm;
c) Estádio III: Estádio de ruína para dimensionamento no ELU.
Figura 1.2 – Evolução do carregamento e suas Figura 1.3 – Fissuras e estádios de carregamento em
fissuras (PINHEIRO ET AL., 2003). uma viga (BASTOS, 2015).
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1.0-ESTÁDIOS DE CARREGAMENTO PARA VIGAS DE CONCRETO
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1.0-ESTÁDIOS DE CARREGAMENTO PARA VIGAS DE CONCRETO
Considere a viga carregada e seu comportamento no seu trecho elástico. Se aplicarmos a mecânica do
material básica deduzimos as equações para tensão normal e tensão de cisalhamento.
Onde:
M.y
σ (eq. 1.0.1)
Figura 1.5 – Tensões normais e de cisalhamento numa viga de I
material homogêneo (BASTOS, 2015).
V.S y
(eq. 1.0.2)
I.b w 7
1.1-COMPORTAMENTO SEM ARMADURA DE CISALHAMENTO
Segundo Carelli (2002) os estudos experimentais mostram que a capacidade de resistência ao
cisalhamento de uma viga de concreto armado pode ser dividida em duas parcelas, uma resistida pelo
concreto e seus mecanismos auxiliares e outra resistida pela armadura transversal. Ou seja, uma viga,
mesmo sem armadura transversal apresenta capacidade de resistir a uma determinada força cortante.
Segundo citação de vários autores como Bastos (2015), Carelli (2002) e Queiroz Junior (2014) os
mecanismos de cisalhamento são complexos e difíceis de serem compreendidos, portanto os mesmo são
divididos em 5 mecanismos básicos:
a) Efeito de arco: Esse mecanismo é bem característico em vigas de vão reduzido. Porém trata-se do
efeito de arqueamento do banzo, diminuindo a força de tração que a alma deveria absover,
promovendo assim um aumento da resistência;
b) Concreto não fissurado: Ocorre no banzo comprimido da treliça e é relativo ao concreto não fissurado
entre duas fissuras consecutivas;
c) Engrenamento de agregados: Segundo Carelli (2002) este mecanismo ocorre entre as duas superfícies
originadas por uma fissura. A contribuição do engrenamento dos agregados para a resistência ao
cisalhamento depende da largura da fissura e da rugosidade das superfície;
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1.1-COMPORTAMENTO SEM ARMADURA DE CISALHAMENTO
d) Efeito de pino: A força de pino está ligado a parcela de carga absorvida pela armadura longitudinal;
e) Tensão de residual de tração: Segundo Bastos (2015) quando o concreto fissura não ocorre uma
separação completa, porque pequenas partículas do concreto ligam as duas superfícies e continuam a
transmitir forças de tração, para pequenas aberturas de fissura entre 0,05 e 0,15 mm. Essa capacidade do
concreto contribui para a transferência de força cortante, importante quando a abertura da fissura ainda
é pequena.
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1.1-COMPORTAMENTO SEM ARMADURA DE CISALHAMENTO
Onde :
Rcc Resultante de compressão no concreto(Banzo comprimido)
Rst Resultante de tração na armadura longitudinal ( Banzo Tra -
cionado)
V Reação de apoio;
Venf Contribuição para a resistência ao cisalhamento devido ao
concreto não fissurado;
Vea Contribuição para a resistência ao cisalhamento devido ao
engrenamento dos agregados;
Vep Contribuição para a resistência ao cisalhamento devido ao
efeito de pino;
1.2-COMPORTAMENTO COM ARMADURA DE CISALHAMENTO
Segundo BASTOS (2015), se a armadura transversal for insuficiente, o aço atinge a deformação de início
de escoamento εy, e as fissuras inclinadas por efeito da força cortante, próximas ao apoio,
desenvolvem-se rapidamente em direção ao banzo comprimido, diminuindo a sua seção resistente, que
por fim pode se romper bruscamente.
y
Figura 1.7 – Ruptura de viga e laje por rompimento do banzo superior comprimido do concreto (LEONHARDT, F.
MONNIG, E. 1982).
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1.3 -MODELOS DE TRELIÇA
Os modelos mais utilizados para o cálculo de peças ao cisalhamento, são os modelos de treliça. No
começo do século XX incialmente foram apresentados pelos pesquisadores Ritter e Morsh. Ambos
consideraram que uma viga funciona de forma semelhante a de uma treliça. Segundo PINHEIRO ET AL.
(2003), as partes da treliça são:
Figura 1.8 – Estádio II e suas fissuras em uma viga (PINHEIRO ET AL., 2003). 12
1.3 -MODELOS DE TRELIÇA
Segundo PINHEIRO et al. (2003) os modelos
consideram as seguintes situações.
a) fissuras, e portanto as bielas de compressão, com
inclinação de 45°;
b) banzos paralelos;
c) treliça isostática; portanto, não há esmagamento
nos nós, ou seja, nas ligações entre os banzos e as
diagonais;
d) armadura de cisalhamento com inclinação entre
45° e 90°.
O modelo inicial de treliça, desenvolvido por RITTER (1899) e MÖRSCH (1920, 1922), tem sido adotado
pelas principais normas do mundo.
A NBR 6118 (ABNT, 2014), admite dois modelos de cálculo da armadura transversal resistente à força
cortante nas vigas: Modelo I (treliça clássica de Ritter-Mörsch, que pressupões ângulo fixo de 45º para
a inclinação das diagonais comprimidas) e Modelo II (treliça generalizada, onde o ângulo pode variar
de 30º a 45º).
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1.4 – CONCEITOS
Em vigas submetidas a força cortante, a ruptura é iniciada após o surgimento de fissuras inclinadas,
causadas pela combinação de força cortante, momento fletor e eventualmente forças axiais. Além
de ocorrer em função:
• geometria e dimensões da viga;
• resistência do concreto;
• quantidade de armadura longitudinal e transversal;
• vão, etc.
Assim, ao contrário da flexão, o projeto à força cortante deve considerar não apenas uma seção
transversal, mas regiões ao longo do vão da viga, as chamadas regiões B, conforme a Figura 1
1.4 – CONCEITOS
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Considere uma viga de Concreto Armado bi-apoiada (Figura 6), submetida a duas forças
concentradas P de igual intensidade, crescentes de zero até a força última ou de ruptura. As
armaduras consistem da armadura longitudinal positiva resistente às tensões normais de tração da
flexão, e da armadura transversal, composta por estribos verticais no lado esquerdo da viga e estribos
e barras dobradas inclinadas (cavaletes) no lado direito da viga, dimensionada para resistir às forças
cortantes. Note que no trecho da viga entre as forças concentradas P a solicitação é de flexão pura
(V=0).
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
A seguir (Figura 1.5.1) temos a viga submetida às forças P de baixa intensidade, com trajetórias das
tensões principais de tração e de compressão para a viga ainda não fissurada, ou seja, no Estádio I.
Observe que no trecho de flexão pura as trajetórias das tensões de compressão e de tração são
paralelas ao eixo longitudinal da viga. Nos demais trechos as trajetórias das tensões são inclinadas
devido à influência das forças cortantes. É importante observar também que as trajetórias
apresentam-se aproximadamente perpendiculares entre si.
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Com o aumento das forças P e consequentemente das tensões principais, no instante que as tensões
de tração atuantes no lado inferior da viga superam a resistência do concreto à tração, surgem as
primeiras fissuras no trecho de flexão pura, chamadas “fissuras de flexão” (Figura 1.5.2)
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
As fissuras de flexão são aquelas que iniciam na fibra mais tracionada e prolongam-se em direção à
linha neutra, conforme aumenta o carregamento externo aplicado. Apresentam-se
aproximadamente perpendiculares ao eixo longitudinal da viga e às trajetórias das tensões principais
de tração, ou seja, a inclinação das fissuras depende da inclinação das tensões principais de tração.
O trecho fissurado passa do Estádio I para o Estádio II e os trechos entre os apoios e as forças
concentradas, sem fissuras, permanecem no Estádio I, isto é, a viga apresenta trechos nos Estádios I
ou II.
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
A Figura 1.5.3 mostra os diagramas de deformação e de tensão nas seções a e b da viga, nos
Estádios I e II, respectivamente.
No estádio I a máxima tensão de compressão c ainda pode ser avaliada de acordo com a lei de
Hooke, o mesmo não valendo para o Estádio II.
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Nos trechos entre os apoios e as forças P, as fissuras e flexão inclinam-se, devido à inclinação das
tensões principais( 1 ), por fluência das forças cortantes. Essas fissuras inclinadas são chamadas de
“fissuras de flexão com força cortantes”, ou fissuras de flexão com cisalhamento, que não e o termo
mais adequado porque tensões de cisalhamento não ocorrem por ação exclusiva de força cortante.
Nas proximidades dos apoios, como a influência dos momentos fletores é muito pequena, podem
surgir as chamadas “fissuras por força cortante, ou de cisalhamento” (Figura 1.5.5). Com carga
elevada, a viga se apresenta no Estádio II em quase toda a sua extensão.
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Figura 1.5.5 – Fissuras na viga no Estádio II (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982 apud BASTOS,2008).
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
O carregamento externo introduz numa viga diferentes estados de tensões principais, em cada um
dos seus infinitos pontos. Na Figura 1.5.6, por exemplo, são mostradas as trajetórias das tensões
principais de uma viga ainda no Estádio I, e o estado de tensões principais num ponto sobre a linha
neutra. Na altura da linha neutra, as trajetórias das tensões principais apresentam-se inclinadas de 45°
(ou 135°) com o eixo longitudinal da viga, e em pontos fora as trajetórias têm inclinações diferentes
de 45°.
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Figura 1.5.6 – Trajetórias das tensões principais de uma viga bi-apoiada no Estádio I (LEONHARDT e
MÖNNIG, 1982 apud BASTOS,2008).
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Além dos estados de tensão relativos às tensões principais, como o indicado na Figura 1.5.7b, outros
estados podem ser representados, com destaque para aquele segundo os eixos x-y (Figura 1.5.7a),
que define as tensões normais 𝜎𝑥 e 𝜎𝑦 e as tensões de cisalhamento 𝜏𝑥𝑦 e 𝜏𝑦𝑥 .
Figura 1.5.7 – Componentes de tensão segundo os estados de tensão relativos aos eixos principais e aos
eixos x-y (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982 apud BASTOS,2008).
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
O dimensionamento das estruturas de Concreto Armado toma como base normalmente as tensões
𝜎𝑥 e 𝜏𝑥𝑦 . No entanto, conhecer as trajetórias das tensões principais é importante para se posicionar
corretamente as armaduras de tração e para conhecer a direção das bielas de compressão.
O comportamento da região da viga sob maior influência das forças cortantes e com fissuras
inclinadas no Estádio II, pode ser muito bem descrito fazendo-se a analogia com uma treliça
isostática (Figura 1.5.8). A analogia de treliça consiste em simbolizar a armadura transversal como as
diagonais inclinadas tracionadas, o concreto comprimido entre as fissuras como as diagonais
inclinadas comprimidas, o banzo inferior como a armadura de flexão tracionada e o banzo superior
como o concreto comprimido acima da linha neutra, no caso de momento fletor positivo.
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Figura 1.5.8 – Analogia de treliça para forças internas na região próxima ao apoio de uma viga
(LEONHARDT e MÖNNIG, 1982 apud BASTOS,2008).
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1.5 - COMPORTAMENTO RESISTENTE DE VIGAS SUBMETIDAS À FLEXAO E À
FORÇA CORTANTE
Os estribos devem estar próximos entre si a fim de interceptarem qualquer possível fissura inclinada
devido às forças cortantes, pois uma ruptura precoce pode ocorrer quando a distância entre os
estribos for ≥ 2 z para estribos inclinados a 45° e > z para estribos a 90° (Figura 1.5.9).
Figura 1.5.9 – Analogia clássica de uma viga com uma treliça (LEONHARDT e MÖNNIG, 1982 apud BASTOS,2008).
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2 – DIMENSIONAMENTO DE ACORDO COM A NBR 6118 (ABNT,
2014)
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2.0 - Dimensionamento de acordo com NBR 6118 (ABNT, 2014)
𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑2
Onde:
• 𝑉𝑆𝑑 é a força cortante solicitante de cálculo, na seção;
𝑉𝑆𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑3 = 𝑉𝑐 + 𝑉𝑠𝑤
• 𝑉𝑅𝑑2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto, de acordo com os modelos de cálculo;
• 𝑉𝑅𝑑3 = 𝑉𝑐 + 𝑉𝑠𝑤 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por
tração diagonal, onde 𝑉𝑐 é a parcela de força cortante absorvida por
mecanismos complementares ao da treliça e 𝑉𝑠𝑤 a parcela resistida pela
armadura transversal de acordo com os modelos de cálculo
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2.1 - Modelos de Cálculo
Conforme visto anteriormente, a NBR 6118:2014 contempla dois modelos de cálculo para o
dimensionamento de vigas sob efeito de cisalhamento.
a) Modelo de Cálculo I
𝑉𝑅𝑑2 = 0,27𝛼𝑉2 𝑓𝑐𝑑 𝑏𝑤 𝑑 Onde: 𝛼𝑉2 = 1 − 𝑓𝑐𝑘 250 e 𝑓𝑐𝑘 , expresso em MPa;
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2.1 - Modelos de Cálculo
𝑉𝑅𝑑3 = 𝑉𝑐 + 𝑉𝑠𝑤
Onde:
• 𝑉𝑆𝑤 = 𝐴𝑠𝑤 𝑠 0,9 𝑑 𝑓𝑦𝑤𝑑 sin 𝛼 + cos 𝛼 ;
• 𝑉𝑐 = 0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se situa
fora da seção;;
• 𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 na flexão simples e na flexo-tração com a linha neutra cortando a
seção;
• 𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 1 + 𝑀0 𝑀𝑆𝑑,𝑚á𝑥 ≤ 2𝑉𝑐0 na flexo-compressão;
• 𝑉𝑐0 = 0,6 𝑓𝑐𝑡𝑑 𝑏𝑤 𝑑;
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2.1 - Modelos de Cálculo
ii. cálculo da armadura transversal:
Onde:
• 𝑏𝑤 é a menor largura da seção, compreendida ao longo da altura útil d;
• d é a altura útil da seção, igual a distância da borda comprimida ao centro de gravidade da
armadura de tração;
• S é o espaçamento entre elementos da armadura transversal 𝐴𝑠𝑤 , medido segundo o eixo
longitudinal do elemento estrutural;
• 𝑓𝑦𝑤𝑑 é a tensão na armadura transversal passiva, limitada ao valor 𝑓𝑦𝑑 no caso de estribos e a
70% desse valor no caso de barras dobradas (sempre inferior a 435 Mpa);
• é o ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal do
elemento estrutural, podendo-se tomar 45º≤ α ≤90º;
• 𝑀0 é o valor do momento fletor que anula a tensão norma de compressão na borda da
seção;
• 𝑀𝑆𝑑,𝑚á𝑥 é o momento fletor de cálculo máximo no trecho em análise.
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2.1 - Modelos de Cálculo
iii. Decalagem do diagrama de força no banzo tracionado:
𝑉𝑆𝑑,𝑚á𝑥
𝑎𝑙 = 𝑑 1 + cot 𝛼 − cot 𝛼 ≤ 𝑑
2 𝑉𝑆𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐
Onde:
• 𝑎𝑙 = 𝑑, para 𝑉𝑆𝑑,𝑚á𝑥 ≤ 𝑉𝑐 ;
• 𝑎𝑙 ≥ 0,5 𝑑 no caso geral;
• 𝑎𝑙 ≥ 0,2 𝑑, para estribos inclinados a 45º.
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2.1 - Modelos de Cálculo
iii. Decalagem do diagrama de força no banzo tracionado:
𝑀𝑆𝑑 1 𝑀𝑆𝑑,𝑚á𝑥
𝐹𝑆𝑑,𝑐𝑜𝑟 = + 𝑉𝑆𝑑 cot 𝜃 − cot 𝛼 ≤
𝑧 2 𝑧
Onde:
• 𝑀𝑆𝑑,𝑚á𝑥 é o momento fletor de cálculo máximo no trecho em análise.
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2.1 - Modelos de Cálculo
b) Modelo de Cálculo II
𝑉𝑅𝑑2 = 0,54 𝛼𝑉2 𝑓𝑐𝑑 𝑏𝑤 𝑑 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 cot 𝛼 + cot 𝜃 𝛼𝑉2 = 1 − 𝑓𝑐𝑘 250 e 𝑓𝑐𝑘 , em MPa
Permanece válida para o Modelo II a alternativa para a obtenção da força de tração dada no
Modelo I item iii.
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3 – DETALHAMENTO PARA O CISALHAMENTO
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3.0 - Detalhamento
Através das especificações da NBR 6118 (2014), Item ....
Tem-se:
iv – Ancoragem:
Segundo PINNHEIRO (2003), os estribos devem ser fechados através de um ramo horizontal,
ancorados na face oposta e envolvendo as barras responsáveis pela armadura longitudinal de tração,
sabendo disso, os estribos podem ser abertos na face superior (face comprimida), com ganchos na
extremidade.
Se a face superior estiver tracionada, deve-se ter o ramo horizontal nesta região, ou completado
por barra adicional. Com essas observações, é sabido que em balaços, devem-se adotar estribos nas duas
faces: inferior e superior.
3.0 - Detalhamento
v – Emenda:
Segundo BASTOS (2003), se os estribos forem constituídos por telas e ou por barras de alta aderência, tais
como aço CA-50 e CA-60, serão permitidas emendas por transpasse.
4 – VERIFICAÇÃO DE LAJES AO CISALHAMENTO
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4.1 VERIFICAÇÃO DE LAJES AO CISALHAMENTO
Conforme Carvalho (2014), afirma que as lajes, quando comparadas com
vigas, demonstram um comportamento diferente destas no que diz respeito
aos esforços cortantes, de modo que, conforme sua configuração, amenize
os efeitos ao esforço cortante com auxílio do concreto para resisti-lo, (fazendo
emprego de armadura em condições especiais).
Conforme o item 19.4 da NBR 6118 (2014), são estabelecidas as relações que
se baseiam na verificação do efeito da força cortante, sendo divididas em
laje se armadura para força cortante e laje com armadura para força
cortante:
Sendo:
f𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓
f𝑐𝑡𝑑 = 𝛾𝑐
𝐴
𝜌1 = 𝑏 𝑠1𝑑 , não maior que [0,02], ( 𝐴𝑠1 sendo a área de armadura de tração que
𝑤
se estende até não menos que 𝑑 + 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 além da seção considerada, com
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 definido em 9.4.2.5 e na figura 19.1 da NBR 6118:2014);
𝑁𝑆𝑑
𝜎𝑐𝑝 = (𝑁𝑆𝑑 sendo a força longitudinal na seção devida à protensão ou
𝐴𝑐
carregamento ( a compressão é considerada com sinal positivo));
4
8
4.1 VERIFICAÇÃO DE LAJES AO CISALHAMENTO
4
Figura 1.2 – Reações de apoio características (kN/m) das lajes nas vigas de borda ( Fonte: Bastos, 2015)
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4.1 VERIFICAÇÃO DE LAJES AO CISALHAMENTO
Conforme exemplo extraído do Bastos (2015), para verificação da força
cortante, tem-se as lajes 𝐿1 e 𝐿4 .
a) Laje 𝑳𝟏 :
A laje 𝐿1 apresenta espessura de ℎ = 11 𝑐𝑚, e reação de apoio característica
de 12,41 kN/m.
Aplicando na equação (1.1), nota-se:
𝐴 𝐴 6,25 5
𝜌1 = 𝑏 𝑠1𝑑 ≤ 0,02 → 𝜌1 = 𝑏 𝑠1𝑑 = 100∙9 = 0,0069 ≤ 0,02 → ok! 0
𝑤 𝑤
4.1 VERIFICAÇÃO DE LAJES AO CISALHAMENTO
Se considerarmos 100% da armadura negativa (principal) chega até a viga
de apoio, tem-se que:
𝑉𝑅𝑑1 = [𝜏𝑅𝑑 𝑘 1,2 + 40𝜌1 ]𝑏𝑤 𝑑 = 0,0326 ∙ 1,51 1,2 + 40 ∙ 0,0069 100 ∙ 9 = 64,3 𝑘𝑁/𝑚
Visto que, 𝑉𝑠𝑑 = 17,4 𝑘𝑁/𝑚 < 𝑉𝑅𝑑1 = 64,3 𝑘𝑁/𝑚 significa que não haverá
necessidade de disposição de armadura transversal na laje 𝐿1 .
a) Laje 𝑳𝟒 :
𝐴 𝐴 2,22
𝜌1 = 𝑏 𝑠1𝑑 ≤ 0,02 → 𝜌1 = 𝑏 𝑠1𝑑 = 100∙6,5 = 0,0034 ≤ 0,02 → ok!
𝑤 𝑤
𝑉𝑅𝑑1 = [𝜏𝑅𝑑 𝑘 1,2 + 40𝜌1 ]𝑏𝑤 𝑑 = 0,0326 ∙ 1,535 1,2 + 40 ∙ 0,0034 100 ∙ 6,5
Visto que, 𝑉𝑠𝑑 = 17,9 𝑘𝑁/𝑚 < 𝑉𝑅𝑑1 = 42,7 𝑘𝑁/𝑚 significa que não haverá
necessidade de disposição de armadura transversal na laje 𝐿4 .
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