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Armado
Liana
Parizotto
Revisão técnica:
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
ISBN 978-85-9502-090-0
1. Concreto armado – Engenharia civil. I. Título.
CDU 624.012.45
Introdução
O dimensionamento dos elementos estruturais em concreto armado é
realizado no estado limite último, que caracteriza o seu colapso. Uma peça
de concreto armado atinge esse estado quando, na fibra mais comprimida
de concreto, a deformação é igual ao valor último convencional (εcu) ou
quando, na armadura tracionada, a barra de aço mais deformada tem o
alongamento igual ao valor último convencional (εs = 10%).
A partir de hipóteses básicas de cálculo, a ABNT NBR 6118:2014 prevê
domínios de deformações que representam todas as distribuições pos-
síveis de deformações específicas da seção transversal de uma peça de
concreto armado submetida a solicitações normais, no instante em que
ela atinge um estado limite último.
Basicamente, os domínios de deformação se diferem pelos esforços
presentes na seção transversal, tração e compressão, e por sua proporcio-
nalidade, além do desempenho do aço e do concreto quando solicitados.
Neste capítulo você vai conhecer as hipóteses de cálculo, os domí-
nios de deformação e as relações de compatibilização das deformações
dos materiais em cada domínio, para elementos de concreto armado
submetidos a solicitações normais no estado limite último.
fcd = fck ⁄ γc
em que:
fck = resistência característica à compressão do concreto;
γc = coeficiente de ponderação da resistência do concreto (em geral, vale 1,4).
Para saber mais sobre as classes de resistência do concreto e grupos, leia a norma ABNT
NBR 8953:2015 “Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica,
por grupos de resistência e consistência”.
A tensão nas armaduras deve ser obtida por meio dos valores de cálculo
do diagrama. A resistência de cálculo ao escoamento do aço de armadura
passiva ( f yd) é definida por (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2014):
f yd = f yk ⁄γs
em que:
f yk = resistência característica ao escoamento do aço de armadura passiva;
γs = coeficiente de ponderação da resistência do aço (em geral, vale 1,15).
em que:
εc = deformação específica do concreto;
εc2 = deformação específica de encurtamento do concreto no início do
patamar plástico;
εcu = deformação específica de encurtamento do concreto na ruptura;
εs = deformação específica do aço de armadura passiva;
εyd = deformação específica de cálculo de escoamento do aço.
Para o caso de vigas, é relevante garantir, principalmente na região dos apoios, boas
condições de ductilidade, já que ela é baixa para o concreto, por se tratar de um
material frágil. O domínio 4 está associado à ruptura brusca do concreto, por isso, para
evitá-la, recomenda-se a introdução de armadura de compressão. Para saber mais
sobre como melhorar a condição de ductilidade, veja o item 14.6.4.3 da ABNT NBR
6118:2014 – “Projeto de estruturas de concreto armado – Procedimento”.