Você está na página 1de 42

ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

Temperatura

A foto acima mostra o resultado gráfico de um exame termográfico, técnica de


mapeamento da irradiação de calor pela superfície de um corpo. As regiões mais
quentes aparecem avermelhadas; as mais frias, azuladas ou esverdeada. Trata-se de
cores atribuídas por computador, pois essa radiação eletromagnética (infravermelho)
está abaixo da faixa de frequência visível ao olho humano.
Embora os conceitos de calor e temperatura só tenham sido bem compreendidos no
fim do século XIX, essas ideias são muito antigas e desde o século XVI ficou claro a
importância da medida da temperatura do corpo para a avaliação e o diagnóstico de
doenças do ser humano.
Equilíbrio térmico e temperatura
Vamos imaginar um ambiente termicamente isolado, no qual são colocados alguns
corpos: uma pedra de gelo. Um copo de água fria, uma chaleira com água fervendo,
uma barra de ferro em brasas e outras coisas quentes e frias. Haja ou não contato entre
elas, os corpos quentes esfriam e os frios se aquecem até que, depois de algum tempo,
todos os corpos estão em equilíbrio térmico e atingiram uma mesma temperatura. Essa
lei da natureza é denominada Lei Zero da termodinâmica e pode ser enunciado assim:
Se um corpo A está em equilíbrio térmico com um corpo B e este em equilíbrio térmico
com um corpo C, então A está em equilíbrio térmico com C.
Medidor de temperatura
A unidade atual de temperatura tríplice da água foi escolhido como ponto fixo
fundamental, ao qual se atribuiu a temperatura de 273,16 Kelvin, por definição.
A unidade atual é base das duas escalas de temperatura adotadas pelo SI: a Kelvin,
denominada escala termodinâmica de temperaturas, em que a temperatura é medida
em Kelvin (K), e a celsius, derivada daquela, em que a temperatura é medida em graus
Celsius (˚C). Por definição, o intervalo de tempo correspondente á unidade é o mesmo
nas duas escalas:

1𝑘 = 1˚C
Escalas termométricas
Ainda é útil saber como se constroem escalas termométricas com dois pontos fixos e
como se estabelece relações entre elas. Atribuem-se valores numéricos para a
temperatura de cada ponto fixo (o gelo fundente e a água em ebulição à pressão normal)
e entre os pontos se estabelece um número de divisões iguais à diferença entre aqueles
valores.

Vamos supor que na escala A os valores para esses dois pontos fixos sejam B e C, e
na escala X sejam Y e Z. Se um termômetro graduado na escala A indica a temperatura
𝒕𝑨, um graduado na escala X indica o valor 𝒕𝑿 para a mesma temperatura. Como os pontos
fixos são mesmos, essas escalas podem ser relacionadas pela expressão:
𝑡𝐴 − 𝐶 𝑡𝑋 − 𝐶
=
𝐵−𝐶 𝑌−𝑍
Com essa expressão podemos estabelecer a relação entre Fahrenheit e a Celsius.
Considerando 𝑡𝐴 = 𝑡, Z= 32 e B= 212, admitindo que a escala X seja a Fahrenheit, a
relação entre a temperatura 𝒕𝑭 medida em graus Fahrenheit e a temperatura t medida
em graus Celsius é:
5
𝐶= × (𝐹 − 32)
9
Da temperatura em grais Celsius para graus Fahrenheit, temos:
9
𝐹= × 𝐶 + 32
5
1° lista de exercícios
1) Um turista brasileiro trouxe dos estados unidos um termômetro clínico de cristal
líquido – uma fita plástica com pequenos retângulos que se tornam coloridos
quando ela é colocada na testa da pessoa. Embora graduado nas escolas
Celsius e Fahrenheit, a maioria dos valores não corresponde. Veja:

a) Em graus Celsius as temperaturas – limites dessa fita, indicadas com 94 ˚F


e 104 ˚F;

b) Em graus Fahrenheit a temperatura do valor equivalente a 37 ˚C.


2) Realize as conversões de graus Celsius para graus Fahrenheit dos seguintes
valores: (As questões devem ser justificadas).
a) 31 C
b) 25 C
c) 32 C
d) 40 C
e) 22 C
f) 35 C
g) 42 C
h) 28 C
3) Realize as conversões de graus Fahrenheit para graus Celsius dos seguintes
valores: (As questões devem ser justificadas).
a) 98 F
b) 102 F
c) 115 F
d) 108 F
e) 116 F
f) 121 F
g) 118 F
h) 107 F

4) Suponha que em um livro de física muito antigo você encontre a referência a


uma escala termométrica G, cujas pontos fixos eram -20 ˚G para a fusão do gelo
e 130 ˚G para a água em ebulição. Determine:

a) A relação entre a escala Celsius e essa escala;

b) A temperatura em graus Celsius que corresponde a 70 ˚G.


c) A temperatura em graus Celsius que corresponde a 85 ˚G
d) A temperatura em graus Celsius que corresponde a 65 ˚G
e) A temperatura em graus Celsius que corresponde a 90 ˚G
f) A temperatura em graus Celsius que corresponde a 100 ˚G
g) A temperatura em graus Celsius que corresponde a 82 ˚G
h) A temperatura em graus Celsius que corresponde a 95 ˚G

5) Suponha que em um livro de física muito antigo você encontre a referência a


uma escala termométrica E, cujas pontos fixos eram -35 ˚G para a fusão do gelo
e 145 ˚G para a água em ebulição. Determine A relação entre a escala Celsius
e essa escala.
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

Dilatação Térmica
Trata-se do aumento das dimensões de um corpo com o aumento da temperatura.
Ocorre com quase todos os corpos no estado sólido, líquido ou gasoso.

A relação entre a variação de temperatura e a da dimensões dos corpos permite


obter a primeira indicação do que é temperatura ou do que estamos medindo quando
medimos a temperatura de um corpo.

Vamos considerar um corpo sólido cristalino. Corpos desse tipo são compostos
de células unitárias de forma geométrica definida, cujos vértice são ocupados por
partículas: moléculas, átomos ou íons, e mantêm essa forma praticamente invariável,
mesmo quando a temperatura muda. Isso permite sugerir um modelo mecânico útil,
embora muito simplificado, para a compreensão do comportamento dessas partículas
com temperatura.

As esferas representam os átomos em permanente oscilação, presos uns aos


outros como se estivessem ligados por molas em uma célula cristalina cúbica (a).
Quando a temperatura se eleva, a amplitude da oscilação também aumenta (b). Com
isso, o espaço ocupado pelo átomo (representado pelo fundo sombreado em lilás) é

maior e o volume da célula unitária aumenta. A temperatura e a amplitude das


oscilações dos átomos são efeitos da mesma causa: não é a elavação da temperatura
que provoca o aumento da amplitude da oscilações, nem o contrário. Provisoriamente,
podemos afirmar que a temperatura e a amplitude das oscilações aumentam em virtude
de uma causa externa, que provoca o aquecimento do corpo. Ou ambos diminuem
quando provoca o resfriamento do corpo.

Dilatação Linear

No estudo da dilatação linear considera-se apenas uma das dimensões do sólido.


A obtenção da expressão matemática dessa dilatação é relativamente simples. Se uma
barra sólida de comprimento 𝐿0 sofre uma variação de temperatura ∆L, cujo valor é dado
por:

∆𝐿 = 𝛼𝐿0∆𝑡

Em que α´´e o coeficiente de dilatação linear, constante que depende do material


de que é feita a barra.

Para obter a unidade dessa constante, basta isolar o valor de α:

∆𝐿
𝛼=
𝐿0∆𝑡

Com a razão ∆𝐿 é adimensional (razão entre dois comprimentos), a unidade de α


𝐿0

é o inverso da unidade de temperatura:1⁄°𝐶 = °𝐶 −1 𝑜𝑢 1⁄𝑘 = 𝑘 −1.

Conhecendo o acréscimo de comprimento ∆𝐿 = 𝐿 − 𝐿0, a expressão do


comprimento da barra por causa da variação de temperatura pode ser escrita assim:

𝐿 = 𝐿0 (1 + 𝛼∆𝑡)

Embora varie pouco, o coeficiente de dilatação linear de um sólido só é constante


em determinado intervalo de temperaturas. Por isso os dados da tabela a seguir se
referem à temperatura ambiente de20°C, em que foram determinados.

Substância α( 10−6 × °𝐶−1)


Gelo 51
Chumbo 29
Alumínio 24
Latão 19
Cobre 17
Concreto 12
Aço 11

Vidro comum 9,0


Vidro pirex 1,2
Invar (liga de nível e aço projetado para 0,70
ter pequena dilatação)

Lista de exercícios

1) O comprimento de uma trilha de aço a 10°C é 100 m. Qual o acréscimo de


comprimento desse trilho quando sua temperatura chega a 30 °C? (Dado:
coeficiente de dilatação linear do aço: 𝛼𝑎ç𝑜 = 1,1 × 10−5 °𝐶−1. )

2) O comprimento de uma trilha de alumínio a 15°C é 125 m. Qual o acréscimo


de comprimento desse trilho quando sua temperatura chega a 47 °C? (Dado:
coeficiente de dilatação linear do aço: 𝛼𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 2,4 × 10−5 °𝐶 −1 . )

3) O comprimento de uma trilha de chumbo a 25°C é 80 m. Qual o acréscimo de


comprimento desse trilho quando sua temperatura chega a 35 °C? (Dado:
coeficiente de dilatação linear do aço: 𝛼𝑎ç𝑜 = 2,9 × 10−5 °𝐶−1. )

4) O comprimento de uma trilha de aço a 20°C é 90 m. Qual o acréscimo de


comprimento desse trilho quando sua temperatura chega a 28 °C? (Dado:
coeficiente de dilatação linear do aço: 𝛼𝑎ç𝑜 = 1,1 × 10−5 °𝐶−1. )

5) O comprimento de uma trilha de alumínio a 9°C é 500 m. Qual o acréscimo de


comprimento desse trilho quando sua temperatura chega a 28°C? (Dado:
coeficiente de dilatação linear do aço: 𝛼𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = 1,1 × 10−5 °𝐶 −1 . )

6) A figura a seguir mostra uma esfera de aço de 50,1 mm de diâmetro apoiada


em um anel de alumínio, cujo diâmetro interno é de 50,0 mm, ambos a uma
mesma temperatura. Qual o acréscimo de temperatura que esse conjunto
deve sofrer para que a esfera passe pelo anel?
(Dados: 𝛼𝑎ç𝑜 = 1,08 × 10−5 °𝐶−1 𝑒 𝛼𝐴𝐿 = 2,38 × 10−5 °𝐶−1.)
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

ESTUDO DOS GASES

Em balões meteorológicos como os que as fotos acima mostram, o gás colocado


no lançamento (à esquerda) ocupa volume muito menor que a capacidade total – ao
começar subir os balões parecem quase vazios (à direita). Isso é necessário porque, à
medida que atingem as altas camadas da atmosfera – chegam a 42 Km de atitude -, a
pressão se reduz drasticamente e o gás se expande e aumenta várias vezes de volume.

É curioso observar que nessa região a temperatura também é muito baixa – de 10


Km a 30 Km de altitude ela pode chegar a -50 ºC -, ou seja, com os gases o volume
pode aumentar mesmo quando a temperatura diminui. No estudo dos gases a pressão
externa, fator quase irrelevante no estudo da expansão de sólidos e líquidos, tem papel
equivalente ao da temperatura ou até mais relente (como nesse caso).

Lei de gases

Gases não tem volume determinado e quase todos são invisíveis. Assim, como
estudar ou medir algo que não se vê? O que é um gás?

As respostas a essa questão começaram a ser dadas no século XVII, quando


Torricelli mediu pela primeira vez a pressão atmosférica. A partir daí, desenvolveram-se
estudos empíricos que estabeleciam relações entre grandezas macroscópicas do ar e,
mais tarde, dos gases, conhecidos como leis dos gases.

Disciplina: Física
A rigor, macroscópico é aquilo que pode ser visto a olho nu. Em relação aos gases,
grandezas macroscópicas são aquelas que podem ser medidas direta ou indiretamente.

Assim, embora uma amostra de gás não tenha volume definido, podemos fixa-lo
encerrando-a em um recipiente fechado: seu volume é o do recipiente que a contém.
No recipiente, é possível medir a pressão dessa amostra diretamente com um
manômetro. Ou, quando contida em um cilindro fechado por um êmbolo móvel, pela
razão entre força resultante que atua sobre o êmbolo e sua área do contato com o gás.
A temperatura dessa amostra pode ser medida diretamente com um termômetro ou
espera-se que o recipiente entre em equilíbrio térmico com outro corpo ou o ambiente,
a uma temperatura conhecida.

Lei de Boyle-Mariotte

Primeira lei dos gases, a Lei de Boyle-Mariotte foi estabelecida no fim do século
XVII. Observe a figura:

Vamos supor que o êmbolo passa mover-se livremente no cilindro, que o gás
aprisionado não vaze e que a temperatura permaneça constante. Observe-se que o
êmbolo encontra uma posição de equilíbrio no cilindro quando a pressão que ele exerce
sobre o gás (𝑝0), corresponde à força resultante que age sobre o êmbolo, é igual à
pressão que o gás exerce sobre o êmbolo. Assim, como mostra a figura anterior, à

Disciplina: Física
pressão inicial 𝑝0 corresponde o volume inicial 𝑉0. Se aumentarmos a resultante para
2𝐹⃗𝑟 , a pressão exercida sobre a amostra de gás torna-se duas vezes maior: 2𝑝0 , o
volume passa, respectivamente, a 𝑉0 e 𝑉0. Se reduzirmos a força resultante
3 4
gradativamente, observemos a reversibilidade do processo: a pressão diminui e o
volume volta a aumentar, passando pelas mesmas etapas anteriores. Em síntese, a Lei
de Boyle-Mariotte pode se enunciada assim:

Quando a temperatura de uma amostra de gás permanece constante, sua variação


de volume é inversamente proporcional à sua variação de pressão.

Assim, sendo p a pressão da amostra e V seu volume, essa lei pode expressar
como

𝑝𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

Essa constante depende da temperatura em que ocorre a transformação e da


amostra de gás. Se uma amostra de gás à pressão 𝑝0 em um volume 𝑉0 passa a ter
pressão p e volume V, à temperatura constante, é válida a seguinte relação, também
uma expressão da lei de Boyler-Mariotte:

𝑝0𝑉0 = 𝑝𝑉

Podemos representar essa lei em um gráfico cartesiano, com o volume da amostra


no eixo das abscissas e a pressão no eixo das ordenadas – a curva obtida é chamada
de isoterma, pois ela é característica de dada temperatura. Observe no gráfico a seguir
que, para cada temperatura, há uma isoterma. Quando mais afastada dos eixos estiver
a curva, maior a temperatura e maior o produto pV.

Lei de Charles e Gay-Lussac

No fim do século XVIII, pouco mais de cem anos depois da primeira lei dos gases,
foi estabelecida a lei que relaciona a variação de volume de uma amostra de gás com a
temperatura quando a pressão é mantida constante: s Lei de Chsrles e Gay-Lussa
(Jacques Alexandre Charles, físico francês (1746-1823), e Joseph Louis Gay-Lussac,
químico francês (1778-1850)).

Disciplina: Física
Vamos supor que o êmbolo possa mover-se livremente no cilindro e que o gás
aprisionado não vaze. Nessa condição podemos admitir que a força resultante que atua
sobre o êmbolo permanece constante, bem como a pressão da amostra. Assim, como
mostra a figura, à temperatura inicial 𝑇0 corresponde o volume inicial 𝑉0. Se a
temperatura aumentar para 2𝑇0, verifica-se que o volume da amostra aumenta na
mesma proporção: 2𝑉0. Se a temperatura torna-se 3𝑇0, o volume passa a 3𝑉0, e assim
por diante. Em síntese, a experiência ilustra a Lei de Charles e Gay-Lussac, que pode
ser enunciada assim:

Se a pressão de uma amostra de gás for mantida constante, a sua temperatura (T)
e o seu volume (V) são diretamente proporcionais.

Assim, se uma amostra de gás contida no volume 𝑡0 for levada, à pressão


constante, a ocupar o volume V à temperatura T, a relação matemática entre essas
grandezas pode ser expressa como:

𝑉0 𝑉
=
𝑇0 𝑇

Essa é uma das expressões matemáticas da Lei Charles e Gay-Lussac. Note que
a temperatura é expressa por T e não por t, ou seja, a proporcionalidade direta entre
volume e temperatura só é válida se a temperatura for expressa em Kelvin (segundo a
recomendação do SI, devemos utilizar t para temperatura em graus Celsius e T para
temperatura em Kelvins).

Exercícios

1) Certa quantidade de ar aprisionada em uma seringa de injeção, à pressão


atmosférica norma, ocupa 15 𝑐𝑚3. Admita que a temperatura permaneça
constante e que o valor da pressão atmosférica seja 5,0 ×105 Pa.
a) Qual a pressão necessário para reduzir o volume dessa gás a: 10 𝑐𝑚3; 5
𝑐𝑚3; 2 𝑐𝑚3?

Disciplina: Física
2) Certa quantidade de ar aprisionada em uma seringa de injeção, à pressão
atmosférica norma, ocupa 45 𝑐𝑚3. Admita que a temperatura permaneça
constante e que o valor da pressão atmosférica seja 3,0 ×105 Pa.
b) Qual a pressão necessário para reduzir o volume dessa gás a: 40 𝑐𝑚3; 35
𝑐𝑚3; 25 𝑐𝑚3?

3) Certa quantidade de ar aprisionada em uma seringa de injeção, à pressão


atmosférica norma, ocupa 5 𝑐𝑚3. Admita que a temperatura permaneça
constante e que o valor da pressão atmosférica seja 1,5 ×105 Pa.
c) Qual a pressão necessário para reduzir o volume dessa gás a: 4 𝑐𝑚3; 2 𝑐𝑚3;
1 𝑐𝑚3?

4) Certa quantidade de ar aprisionada em uma seringa de injeção, à pressão


atmosférica norma, ocupa 20 𝑐𝑚3. Admita que a temperatura permaneça
constante e que o valor da pressão atmosférica seja 1,0 ×105 Pa.
d) Qual a pressão necessário para reduzir o volume dessa gás a: 15 𝑐𝑚3; 10
𝑐𝑚3; 5,0 𝑐𝑚3?

e) Construa o gráfico p×V dessa transformação.

5) A figura ao lado representa um cilindro vedado por um êmbolo que pode mover-
se livremente, mantendo no seu interior uma amostra de gás à pressão
constante. Em equilíbrio térmico com a temperatura ambiente de 17 ºC, o
volume do gás é de 2,0 ×103 𝑐𝑚3. Qual será o volume desse gás se o cilindro
for aquecido e o gás atingir a temperatura de 162 ºC?

6) A figura ao lado representa um cilindro vedado por um êmbolo que pode mover-
se livremente, mantendo no seu interior uma amostra de gás à pressão
constante. Em equilíbrio térmico com a temperatura ambiente de 25 ºC, o
volume do gás é de 8 ×103 𝑐𝑚3. Qual será o volume desse gás se o cilindro for
aquecido e o gás atingir a temperatura de 200 ºC?

7) A figura ao lado representa um cilindro vedado por um êmbolo que pode mover-
se livremente, mantendo no seu interior uma amostra de gás à pressão
constante. Em equilíbrio térmico com a temperatura ambiente de 28 ºC, o
volume do gás é de 4,0 ×103 𝑐𝑚3. Qual será o volume desse gás se o cilindro
for aquecido e o gás atingir a temperatura de 125 ºC?

Disciplina: Física
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

CALOR: CONCEITO E MEDIDA

A capacidade da água de absorver ou ceder calor tem importantes


consequências ambientais em escala global e regional.

A foto acima ilustra uma alteração global: o fenômeno El Ninõ, corrente de


água a uma temperatura ligeiramente maior que a normal de 17° C s 18° C em
vez de 14° C a 15° C que percorre o oceano Pacífico ao longo da linha do
equador. Além de modificar o clima em todo globo terrestre, por causa do maior
aquecimento das camadas atmosféricas nas regiões por onde passa, essa
corrente altera seriamente o ecossistema da costa do Equador, do Peru e do
norte do Chile. Em escala regional, podemos destacar a pequena variação de
temperatura que ocorre nas regiões litorâneas em relação às regiões
continentais, entre o dia e a noite e entre o intervalo e o verão.

Para entender como essa alteração ocorrem é preciso medir o calor cedido
ou absorvido por um corpo e avaliar as diferentes capacidades que certas
substâncias têm de ceder ou absorver calor e como se processam as trocas de
calor entre os corpos.

Calor: energia em trânsito

Vamos supor que em um sistema isolado foram colocados dois blocos: A,


à temperatura de 200 °C, e B, à temperatura de 20 °C:
Pela Lei Zero da Termodinâmica, que garante o equilíbrio térmico, com o
decorrer do tempo a temperatura do bloco A diminui e a de B aumenta, até que
os dois atinjam a mesma temperatura. Como o sistema é isolado, pode-se
explicar esse fenômeno admitindo que parte da energia interna de A foi
transferida para B. Essa energia que se transfere de um corpo para outro por
causa apenas da diferença de temperatura entre elas é chamada de calor ou
energia térmica.

Medida do calor

A definição de calor deixa claro que não estamos tratando de uma nova
grandeza calor é energia. Essa identidade entre calor e energia não foi uma
conclusão óbvia, mas o resultado de um processo historicamente demorado.
Portanto, no SI a unidade de calor ou de quantidade de calor, cujo símbolo é Q,
é a própria unidade de energia: o joule.

Como medir essa energia? Vejamos três experimentos simples para


responder a essa pergunta.

• Considere a figura a seguir. Quanto maior o tempo de aquecimento,


maior a quantidade de calor fornecido e maior a variação de
temperatura sofrida pelo corpo, ou seja, a quantidade de calor (Q)
absorvida pelo bloco B é diretamente proporcional à variação de
temperatura (∆t) por ele sofrida.
• Observe a situação ilustrada a seguir. Para que atinjam a mesma
temperatura, aquecidos em fontes idênticas de calor, o bloco de
massa 𝑚2, maior que 𝑚1, exige maior tempo de aquecimento, ou
seja, para que corpos de mesma substância sofram a mesma
variação de temperatura, a quantidade de calor (Q) absorvida deve
ser diretamente proporcional à massa (m) do corpo.

• Com os 𝐵1, 𝐵2 𝑒 𝐵3, de mesma massa, verifica-se que substâncias


diferentes apresentam uma espécie de sensibilidade diferente ao
calor. O tempo que cada bloco levou para atingir a mesma
temperatura é diferente apesar de terem a mesma massa. Essa
sensibilidade é caracterizada por uma propriedade das substâncias,
chamada de calor específico (c). Assim, a figura indica que a
substância de 𝐵1mtem calor específico maior que a de 𝐵2, e esta
tem calor específico maior que a de 𝐵3. Assim, quanto maior o valor
do calor específico de uma substância, maior a quantidade de calor
necessário para que ela atinja determinada variação de
temperatura.

A reunião desses resultados experimentais leva a uma expressão


matemática com a qual é possível medir a quantidade de calor (Q) absorvida por
uma substância de massa m e calor específico c quando sofre variação de
temperatura ∆t.
𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑡
Caso se considere a variação da temperatura absorvida (∆t), a expressão
é escrita assim:
𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑇
Observe que as duas expressões estão de acordo com aqueles resultados,
que podem ser resumidos dessa forma: a quantidade de calor (Q) absorvido ou
cedido por uma substância é diretamente proporcional à sua massa (m), ao seu
calor específico (c) e à variação de temperatura (∆t ou ∆T) por ela sofrida (a
quantidade de calor cedido ou absorvida por um corpo ou por uma substância
seguem exatamente as mesmas regras).
Com essas regras expressões podem obter outras para calcular o calor
específico da substância:
𝑄 𝑄
𝑐= 𝑐=
𝑚∆𝑡 𝑚∆𝑇
A unidade de calor específico no SI é 𝐽/𝑘𝑔 . °𝐶 𝑜𝑢 𝐽/𝑘𝑔 . 𝐾. Como à variação de
temperatura de 1 °C é igual à variação de temperatura de 1K, essas unidades
são equivalentes.
Veja na tabela seguir o calor específico de algumas substâncias, a 25 °C e
pressão normal incluímos nela a unidade prática cal/g . °C, que utiliza a caloria
como unidade de calor e o grama como unidade de massa, porque seu uso ainda
é muito frequente).
Substância Calor específico
(sólido e líquidos) é 𝐽/𝑘𝑔 . °𝐶 𝐽/𝑘𝑔 . 𝐾
Água 4200 1,0
Álcool etílico 2400 0,58
Alumínio 900 0,22
Chumbo 130 0,031
Cobre 390 0,092
Concreto 840 0,20
Ferro 460 0,11
Gelo (-5 °C) 2100 0,50
Mercúrio 140 0,033
Ouro 130 0,031
Prata 230 0,056
Exercícios

1) Uma panela de ferro, de massa 1,0 kg, vazia, tem sua temperatura
elevada de 50 °C quando colocada na chama de um fogão durante
determinado tempo.
a) Determine a quantidade de calor absorvida por essa panela em
Joules e em calorias.

b) Qual seria a elevação de temperatura se essa panela estivesse


cheia com 1,0 kg de água?

2) Uma panela de alumínio, de massa 3,0 kg, vazia, tem sua temperatura
elevada de 120 °C quando colocada na chama de um fogão durante
determinado tempo.
a) Determine a quantidade de calor absorvida por essa panela em
Joules e em calorias.

b) Qual seria a elevação de temperatura se essa panela estivesse


cheia com 0,5 kg de água?

3) Uma panela de ouro, de massa 7 kg, vazia, tem sua temperatura


elevada de 200 °C quando colocada na chama de um fogão durante
determinado tempo.
a) Determine a quantidade de calor absorvida por essa panela em
Joules e em calorias.

b) Qual seria a elevação de temperatura se essa panela estivesse


cheia com 1,0 kg de água?

4) Uma panela de ouro, de massa 7 kg, vazia, tem sua temperatura


elevada de 200 °C quando colocada na chama de um fogão durante
determinado tempo.
a) Determine a quantidade de calor absorvida por essa panela em
Joules e em calorias.

b) Qual seria a elevação de temperatura se essa panela estivesse


cheia com 1,0 kg de água?

5) Um bloco de massa 0,200 kg e de determinado metal sofre um


acréscimo de 45 °C em sua temperatura quando absorve 8100 J de
calor. Qual o calor específico desse metal?

6) Um bloco de massa 1,2 kg e de determinado metal sofre um acréscimo


de 50 °C em sua temperatura quando absorve 9000 J de calor. Qual o
calor específico desse metal?

7) Um bloco de massa 5 kg e de determinado metal sofre um acréscimo


de 150 °C em sua temperatura quando absorve 10000 J de calor. Qual
o calor específico desse metal?
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

MUDANÇA DE FASE E TRANSMISSÃO DE CALOR

Hoje em dia são muito comuns fotos tiradas à noite, mesmo em completa
escuridão, com câmeras fotográficas especiais de vigilância. Como isso é possível? De
onde vem a luz impressa o filme?

A rigor não há nenhuma diferença entre essa foto e uma tirada à luz do dia. O
processo é o mesmo, muda apenas o filme, sensível a radiação infravermelha, cujas
frequências estão baixo do limite do aspecto visual. São radiações térmicas, emitidas
por todos os corpos existentes no universo, animados ou inanimados: o que o filme
registra é uma pequena parte do calor emitido pelo corpo por irradiação. Para o ser
humano, essas radiações não são luz porque são invisíveis aos olhos, ou melhor, às
células de retina, incapazes de detectá-las.

A radiação desemprenha um papel essencial para aprimorar nossa


compreensão do conceito de calor e dos processos pelos quais ele se transforma de
um corpo para o outro.

Mudanças de fase

Nem sempre a temperatura varia quando uma substância absorve ou perde


calor. Em determinadas situações, ela não muda. Como a temperatura está relacionada
à energia cinética das partículas de um corpo, podemos supor que, nessa situações, o
calor ganho ou perdido pela substância não se transforma em energia cinética, ou seja
não provoca a alteração da medida das velocidades de suas partículas; por isso não há
alteração de temperatura.

Se o calor não se transforma em energia cinética das partículas, deve


transformar em energia cinética das partículas, deve transforma-se em energia
potencial. Como esta se relaciona com a posição, podemos supor que a forma ou a
configuração das partículas constituintes das substâncias sofre um rearranjo ou uma
reorganização – a substância muda de fase. Nesse caso, podemos dizer que o calor
não altera a temperatura da substância porque a energia transferida é ‘utilizada’ na
mudança da estrutura ou da organização das partículas da substância.

Há duas formas de mudança de fase.

• A mudança de estado, quando a substância transita entre os estados


sólidos, líquidos e gasosos;

• A mudança da estrutura cristalina de sólidos (há pelo menos um líquido


– o hélio, à temperatura de 4 K – que também sofre mudanças de fase
sem mudar de estado).

Toda mudança de fase ocorre a determinada temperatura e pressão,


independente do sentido da transformação. Assim, à pressão atmosférica normal, a
água se solidifica (ou o gelo se funde) a 0° C e se vaporiza (ou se condensa) 100 °C.

Quando a substância está mudando de fase, a razão entre a quantidade de


calor transferido (Q) e a massa (m) dessa substância que mudou de fase é constante.
Denominada calor latente (L), essa constante é definida pela razão:
𝑄
𝐿=
𝑚

Que leva à expressão:

𝑄 = 𝑚𝐿

O valor de L, cuja unidade no SI é J/Kg, depende da substância e da mudança


de fase: o calor latente de fusão ou solidificação da água é 3, 33. 105 𝐽/𝐾𝑔; o calor latente
de condensação ou vaporização é 2,26. 106 𝐽/𝐾𝑔.

O gráfico a seguir, temperatura X quantidade de calor recebido (ou cedida),


representa bem as mudanças de estado a temperatura não varia, aparecem patamares
características dessas mudanças.

Veja na tabela a seguir o calor latente de algumas substâncias, à pressão


normal com dois algarismos significativos).

Substâncias Ponto de Calor Latente Ponto de Calor Latente


Fusão(°C) Ebulição De Vaporização
(°C)
KJ/Kg Cal/g Kj/Kg Cal/g
Água 0 330 80 100 2300 540
Alumínio 660 400 95 2500 11000 2500
Chumbo 330 28 6,8 1700 840 200
Cobre 1100 200 49 2600 5000 1200
Ferro 1500 270 65 2800 6800 1600
Prata 960 100 24 2200 2300 560
hidrogênio -260 63 15 450 450 110
Exercícios

1) Uma amostra de gelo, de 0,20 kg, está a -20 °C à pressão atmosférica


normal.
a) Determine a quantidade de calor necessário para transformar essa
amostra de gelo em vapor a 120 °C.
b) Construa o gráfico temperatura X quantidade de calor absorvida dessa
transformação.

(Dados: calor específico do gelo 𝐶𝑔 = 2,1 . 103 𝐽/𝑘𝑔. 𝐾; temperatura de


fusão do gelo: 𝑡𝑓𝑔 = 0 °𝐶; calor latente de fusão do gelo: 𝐿𝑓𝑔 = 3,3 . 105
𝐽/𝑘𝑔; calor específico da água: 𝐶𝑎 = 4,2 . 103 𝐽/𝑘𝑔. 𝐾; temperatura
de vaporização da água: 𝑡𝑣𝑎 = 2,3 . 106 𝐽/𝐾;calor específico do vapor de
água: 𝐶𝑣 = 2,0 . 103 𝐽/𝑘𝑔. 𝐾.)

2) Uma amostra de gelo, de 0,50 kg, está a -40 °C à pressão atmosférica


normal.
a) Determine a quantidade de calor necessário para transformar essa
amostra de gelo em vapor a 110 °C.
b) Construa o gráfico temperatura X quantidade de calor absorvida dessa
transformação.

3) Uma amostra de gelo, de 0,70 kg, está a -35 °C à pressão atmosférica


normal.
a) Determine a quantidade de calor necessário para transformar essa
amostra de gelo em vapor a 150 °C.
b) Construa o gráfico temperatura X quantidade de calor absorvida dessa
transformação.

4) Uma amostra de gelo, de 0,80 kg, está a -25 °C à pressão atmosférica


normal.
a) Determine a quantidade de calor necessário para transformar essa
amostra de gelo em vapor a 130 °C.
b) Construa o gráfico temperatura X quantidade de calor absorvida dessa
transformação.
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

Leis da termodinâmica (I)

As marias-fumaças, apelido carinhoso que se dava às antigas locomotivas


a vapor, são um marco na busca do ser humano por novas fontes de energia e
formas de realizar trabalho. Ao longo do tempo o ser humano utilizou os mais
diversos recursos seu esforço muscular e o animal, as ferramentas e máquinas
simples, a energia dos ventos e da água, mas só no século XVIII, com o uso do
calor, ele foi capaz de controlar o processo de transformação da energia em
trabalho.

Primeira Lei da Termodinâmica

Desde que começou a dominar e compreender a relação entre calor e


energia, o ser humano passou a intervir no processo produtivo e a ter controle
efetivo sobre ele, da obtenção da energia à realização do trabalho. Livrou-se da
dependência exclusiva do seu esforço ou do de animais, das chuvas e das
correntes de água. A dependência passou a ser em relação ao combustível
gerador de calor, que primeiro foi o carvão. Nasceram as fábricas de e, com elas,
os operários, as grandes cidades, os novos meios de transporte, as novas
ideologias e doutrinas econômicas, políticas e sociais. Surgiu uma nova era, fruto
da revolução Industrial a termodinâmica é a origem e o resultado dessa
revolução, que mudou radicalmente a história da humanidade.

Disciplina de física
A origem e o núcleo de toda máquina térmica são cilindro, que contém o
fluido aquecido, e o êmbolo, que pode subir e descer.

Vamos supor que todas as paredes do sistema acima sejam adiabáticos,


com exceção da base, na qual uma fonte fornece calor. No estado inicial o
êmbolo apoia-se no gás, no nível ℎ𝑖. A energia interna inicial (𝐸𝐼𝑖 ) dá o gás a
pressão necessária para manter o êmbolo nesse nível. Fornecendo calor (Q) ao
sistema, o gás se expande e faz o êmbolo subir e atingir o estado final,
corresponde ao nível ℎ𝑓. Nessa expansão o sistema realiza trabalho (t),
correspondente ao deslocamento do êmbolo. Este se mantêm na altura ℎ𝑓
graças à nova energia interna 𝐸𝐼𝑓, que dá ao gás a pressão necessária para
mantê-lo nesse nível.

Em outras palavras, o calor fornecido ao sistema não se limitou a elevar o


êmbolo. Ele colocou o sistema em outro estado. Essa é uma etapa do
funcionamento das máquinas térmicas o sistema não fica indefinidamente nesse
estado. Aplicada à termodinâmica, a expressão geral desse princípio é a
Primeira Lei da Termodinâmica, que pode ser enunciada de forma simples
assim:

Em um sistema isolado a energia total permanece constante.

Aplicada à situação descrita, podemos afirmar que a quantidade de calor


(Q) fornecida ao sistema é igual ao trabalho (t) que ele realiza mais a variação
da energia interna (∆𝐸𝐼) adquirida pelo sistema:

𝑄 = 𝑡 + ∆𝐸𝐼

Disciplina de física
Aplicação direta do princípio da Conservação da energia, essa expressão
também é conhecida como a expressão matemática da primeira Lei da
Termodinâmica. A conservação da energia é garantida pela igualdade, pois em
qualquer transformação termodinâmica os dois lados dessa expressão devem
fornecer sempre o mesmo resultado.

Como energia é grandeza escalar e em um sistema ela pode ser acrescida


ou subtraída, há sempre dois sinais possíveis para cada parcela, cuja escolha é
adotada por convenção. O critério para essa convenção se baseia na variação
da energia interna:

∆𝐸𝐼 = 𝐸𝐼𝑓 − 𝐸𝐼𝑖

De acordo com a teoria cinética, para gases perfeitos a energia interna é


diretamente proporcional à temperatura aumentada, a energia interna final torna-
se maior que a inicial, o que implica ∆𝐸𝐼 > 0.

Para que essa condição seja sempre respeitada, foi estabelecida a


seguinte convenção:

• A quantidade de calor é positiva (Q>0) quando o sistema recebe


calor e negativa (Q<0) quando o sistema fornece calor.
• O trabalho é positivo (t>0) quando realizado pelo sistema e negativo
(t<0) quando realizado sobre o sistema.

Exercícios

1) Um sistema termodinâmico sofre um acréscimo em sua energia interna


∆𝐸𝐼 = 200 𝐽 em duas transformações diferentes.

a) Qual a quantidade de calor envolvida quando o sistema realiza um


trabalho de 120 J? Ela é absorvida ou cedida pelo sistema?

b) Se o sistema cede 60 J de calor para o ambiente, qual o trabalho


envolvido? Esse trabalho foi realizado pelo sistema ou sobre ele?

Disciplina de física
2) Um sistema termodinâmico sofre um acréscimo em sua energia interna
∆𝐸𝐼 = 100 𝐽 em duas transformações diferentes.

c) Qual a quantidade de calor envolvida quando o sistema realiza um


trabalho de 60 J? Ela é absorvida ou cedida pelo sistema?

d) Se o sistema cede 30 J de calor para o ambiente, qual o trabalho


envolvido? Esse trabalho foi realizado pelo sistema ou sobre ele?

3) Um sistema termodinâmico sofre um acréscimo em sua energia interna


∆𝐸𝐼 = 300 𝐽 em duas transformações diferentes.

e) Qual a quantidade de calor envolvida quando o sistema realiza um


trabalho de 180 J? Ela é absorvida ou cedida pelo sistema?

f) Se o sistema cede 90 J de calor para o ambiente, qual o trabalho


envolvido? Esse trabalho foi realizado pelo sistema ou sobre ele?

4) Um sistema termodinâmico sofre um acréscimo em sua energia interna


∆𝐸𝐼 = 2000 𝐽 em duas transformações diferentes.

g) Qual a quantidade de calor envolvida quando o sistema realiza um


trabalho de 900 J? Ela é absorvida ou cedida pelo sistema?

h) Se o sistema cede 2400 J de calor para o ambiente, qual o trabalho


envolvido? Esse trabalho foi realizado pelo sistema ou sobre ele?
5) Um sistema termodinâmico sofre um acréscimo em sua energia interna
∆𝐸𝐼 = 40000 𝐽 em duas transformações diferentes.

i) Qual a quantidade de calor envolvida quando o sistema realiza um


trabalho de 28000 J? Ela é absorvida ou cedida pelo sistema?

j) Se o sistema cede 48000 J de calor para o ambiente, qual o trabalho


envolvido? Esse trabalho foi realizado pelo sistema ou sobre ele?

Disciplina de física
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

O sentido da passagem do tempo está sempre orientado para o aumento


da desordem e a dissipação de energia. Quando um motociclista derrapa em
uma curva e cai, a energia armazenada no sistema motociclista-máquina, com a
qual ele entra na curva, dissipasse. A disposição ordenada “motocicleta sobre a
moto” se desfaz e se transforma na disposição desordenada “motociclista e moto
rolando na pista”. Não precisamos ter presenciado o processo para saber que “o
motociclista fora da moto, caindo na pista” vem depois de “o motociclista sobre
a moto”. A sequência invertida é impossível: um motociclista não pode rolar pela
pista para, em seguida subir na moto.

Como a dissipação de energia, a desordem é, sempre, a tendência


irreversível dos fenômenos naturais. Esse é um dos muitos enunciados da
Segunda Lei da Termodinâmica, talvez a mais integrante lei que a física atribuí
a natureza.

Fenômenos reversíveis e irreversíveis

1
Disciplina de física
Com o estudo da primeira lei da termodinâmica ficou claro que a energia
se conserva em qualquer transformação, embora parte dela, transformada em
calor, se torne inaproveitável. Mas há um aspecto intrigante na conservação da
energia que levou à formulação de uma nova lei, a conservação da energia
ocorre em qualquer transformação, mas essa transformação sempre em um
único sentido. As fotos a seguir mostram dois instantes de quatro situações:

Dessas fotos qual representa a situação que “vem antes” e qual representa
a que “vem depois”? No choque das bolas de bilhar e no movimento do pêndulo
simples, só com as fotos é possível responder; qualquer sequência é possível,
pois elas representam fenômenos reversíveis.

Nas fotos que mostram a queima da folha de papel e a abertura do botão,


a resposta é óbvia: só uma sequência é possível, sabemos com certeza o que
“vem antes” e o que “vem depois”. Trata-se de fenômeno irreversíveis, como a
situação do motociclista caindo da moto, na foto de abertura.

Na vida real, todos os fenômenos espontâneos ou naturais são


irreversíveis. A natureza só admite uma sequência para o transcurso dos

2
Disciplina de física
acontecimentos. Em todos há uma espécie de orientação que indica o sentido
do transcorrer do tempo, algo que os físicos chamam de seta do tempo. Uma
pedra de gelo colocada em um copo com água sempre recebe calor da água e
derrete. O gelo jamais cede calor espontaneamente para a água, é impossível a
água ficar ainda mais quente tornando o gelo ainda mais frio.

Mesmo os exemplos de fenômeno aqui apresentados como reversíveis


são, a rigor, irreversíveis. Se as fotos do choque das bolas de bilhar ou do
movimento do pêndulo simples fossem feitas com uma câmera infravermelho
muito sensível, poderíamos facilmente distinguir o “antes” do “depois” em cada
sequência. Em ambas ficaria registrado um ligeiro aquecimento do sistema,
denunciando o que vem depois: na primeira, por causa do choque das esferas;
na segunda, por causa do atrito do pêndulo com o ar.

No entanto, o sentido oposto dessas transformações não contraria a


primeira Lei da Termodinâmica. Nesses exemplos, para que haja conservação
da energia, tanto faz o pêndulo simples perder calor por atrito para o ar e reduzir
seu movimento gradativamente, como o calor gerado pelo atrito com o ar
transformar-se de alguma forma no movimento oscilatório do pêndulo. Ou uma
pedra de gelo cede calor à água, ficando ainda mais fria e tornando-se ainda
mais quente. Mas isso nunca ocorre; a natureza não permite. Como ciência que
procura descrever e entender a natureza, a física deve formular a lei que
expressa essa proibição, é a Segunda Lei da Termodinâmica.

Segunda Lei da Termodinâmica

A exemplo da primeira, essa lei tem diferentes enunciados, que se


equivalem. O mais comum decorre de duas ideias.

Contida na primeira lei da termodinâmica, a primeira ideia é que o calor não


apenas uma forma de energia, mas a forma de energia que permite generalizar
o princípio da Conservação da Energia. É a transformação de energia mecânica
em calor que possibilita aceitar a redução gradativa da amplitude das oscilações
de um pêndulo simples e, mesmo assim, manter a nossa convicção de que essa
perda de energia mecânica não significa a perda da energia total, pois a parcela
perdida em energia mecânica se transforma em calor. A segunda liga esta última
conclusão à tendência da natureza à irreversibilidade: os fenômenos naturais

3
Disciplina de física
são irreversíveis porque o calor gerado por eles nunca pode ser inteiramente
reaproveitado. Para entender melhor essa ideia, vamos retomar o exemplo do
pêndulo simples oscilando no ar.

Sabemos que ele para depois de algum tempo porque, em cada oscilação,
parte de sua energia mecânica se transforma em calor por causa do atrito com
o ar. A questão que se faz é: seria possível um sistema que transforme esse
calor em energia elétrica e com ela acionasse um mecanismo qualquer que
compensasse essa perda de energia e mantivesse o pêndulo oscilando
eternamente? Não, segundo a física, o calor nunca pode ser integralmente
reaproveitado em outra forma de energia, pois a natureza não permite.

Essa é, em essência, a ideia principal da Segunda Lei da Termodinâmica,


que pode ser expressa assim:

Nenhuma máquina térmica opera em ciclos pode retirar calor de uma fonte
e transformá-lo integralmente em trabalho.

A expressão “máquina térmica” e a referência a trabalho em vez de energia


mostram a preocupação da termodinâmica com objetivos práticos. Ela é uma
ciência que nasceu da busca de relações entre calor e trabalho, pois aquele
sempre foi uma das nossas principais fontes de energia e a máquina térmica o
principal instrumento que possibilitou o aproveitamento do calor para a produção
de trabalho.

Como a maior pare das máquinas ou motores, a máquina térmica funciona


em ciclos, ou seja, executa etapas que se repetem periodicamente.

A primeira etapa do ciclo de funcionamento das máquinas térmicas,


corresponde à transformação do calor em trabalho ou deste naquele, foi
abordado no estudo da primeira lei da termodinâmica. As demais etapas que

4
Disciplina de física
permitem a descrição de um ciclo são apresentadas na sequência. Na figura
abaixo: na primeira etapa, de a até b, o gás contido no cilindro absorve calor da
fonte quente e realiza trabalho elevando o êmbolo e o bloco, que é preso em um
dispositivo; na segunda, de b até c, o gás cede calor para a fonte fria, que
substituiu a quente, e retorna ao estado inicial. Se a fonte quente for recolocada
na posição anterior, outro bloco poderá se elevado, e assim sucessivamente.

O funcionamento da máquina térmica costuma ser representada também


por um esquema gráfico chamado de diagrama de fluxo, como o apresentado a
seguir:

Esse diagrama procura tornar evidente que a máquina térmica só


transforma em trabalho parte do calor que recebe da fonte quente. A outra parte
é dissipada ou cedida à fonte fria e, portanto, não é transformada em trabalho.
Por isso o rendimento de qualquer máquina térmica e sempre inferior a 100%.

O rendimento (ⴄ) de um sistema físico é a razão entre a potência útil (𝑃𝑢),

fornecida pelo sistema, e a potência total (𝑃𝑡), fornecida ao sistema:

𝑃𝑢
ⴄ=
𝑃𝑡

Identificado a potência útil com o trabalho produzido pela máquina térmica


e a potência total com o calor fornecido à máquina térmica pela fonte quente,
podemos escrever a expressão do rendimento para máquinas térmicas assim:
𝜏
ⴄ=
𝑄1

Vamos supor que ǀ𝑄2ǀ seja o módulo (para evitar o uso do sinal negativo)
da quantidade de calor cedida pela máquina térmica para a fonte fria. Nesse

5
Disciplina de física
caso, o trabalho resulta da diferença entre as quantidades de calor envolvidas
(𝜏 = 𝑄1 − 𝑄2) e o rendimento pode ser expresso por:

ǀ𝑄2ǀ
ⴄ= 1 −
𝑄1

Essa expressão também mostra que o rendimento de qualquer máquina


térmica é sempre menor que (ou 100%), pois ele só tingiria esse valor se 𝑄2
fosse zero, o que, a termodinâmica não admite. Essa situação impossível é
representada pelo seguinte diagrama de fluxo:

Exercícios

1) Uma máquina térmica recebe 5000 J de calor da fonte quente e cede


4000 J para a fonte fria a cada ciclo. Determine o seu rendimento.

2) Uma máquina térmica recebe 8000 J de calor da fonte quente e cede


5000 J para a fonte fria a cada ciclo. Determine o seu rendimento.

3) Uma máquina térmica recebe 23000 J de calor da fonte quente e cede


20000 J para a fonte fria a cada ciclo. Determine o seu rendimento.

4) Uma máquina térmica recebe 85000 J de calor da fonte quente e cede


-77000 J para a fonte fria a cada ciclo. Determine o seu rendimento.
6
Disciplina de física
5) Uma máquina térmica absorve 6000 J de calor de uma fonte quente.
a) Qual seu rendimento se ela cede 4000 J à fonte fria a cada ciclo?

b) Qual a quantidade de calor que ela cede à fonte fria se seu


rendimento é de 10%

6) Uma máquina térmica absorve 8000 J de calor de uma fonte quente.

c) Qual seu rendimento se ela cede 6500 J à fonte fria a cada ciclo?

d) Qual a quantidade de calor que ela cede à fonte fria se seu


rendimento é de 30%

7) Uma máquina térmica absorve 12000 J de calor de uma fonte quente.

e) Qual seu rendimento se ela cede 10000 J à fonte fria a cada ciclo?

f) Qual a quantidade de calor que ela cede à fonte fria se seu


rendimento é de 25%

7
Disciplina de física
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

Estudo das ondas


Ondas mecâncanicas

A principla característica do movimento ondulatório é a propafação. Onda é


algo que se movimenta pelo espaço, sem que, a rigor haja deslocamento de
matéria.
Quando alguém grita ou fala, embora a propagação não seja visível, também
é preciso haver o meio material. Se não houvesse ar, o som não se propagaria.
Ondas em corda, na água, no ar ou em qualquer meio elástico que torna possível
sua propagação são ondas mecânicas.
Frente de onda
As ondas são unidimensionais pois é possível determinar a posição da
perturbação, chamada de frente de onda, utilizando apenas um eixo de
coordenada. Ou seja, nas ondas unidimensionais a frente de onda é um ponto.

Ondas na superfície da água são bidimensionais. Para a sua descrição


matemática são necessários dois eixos de coordenadas – sua frente de onda é
uma curva plana.
Ondas sonoras propagam-se por todo o espaço – são tridimensionais: sua
descrição matemática exige um sistema de três coordenadas. A frente de ondas
tridimensionais é sempre uma superfície e, no caso das ondas sonoras, pode ser
uma superfície esférica.

Comprimento de onda: Defina-se comprimento de onda, representado pela letra


grega Λ, como a menor distância entre dois pontos na mesma fase.

Ondas periódicas
Uma função periódica diz-se periódica se está repete ao longo da variável,
independente com uma determinado período constante. Ondas geralmente são
periódicas.

Comprimento de onda
Comprimento de onda de uma onda, para descobrir é preciso dividir sua
velocidade pela sua frequência. Sendo assim a sua formula comprimento da
onda = velocidade da onda/frequência. O comprimento de onda geralmente é
representado pela letra grega Λ ou λ.

Amplitude
Corresponde à altura da onda, marcada pela distância entre o ponto de
equilíbrio(repouso) da onda até a crista (parte mais alta da onda). Note que a
“crista” indica o ponto máximo da onda, enquanto o vale, representa o valor
mínimo.
localizando a origem das ordenadas na posição, de repouso da mola, a
amplitude (A) e o modulo das ordenadas máximas (Y máx) de qualquer ponto
da onda.

Velocidade de propagação
A descrição desse movimento só se pode utilizar o conceito de velocidade
escalar, definido pela expressão v= ∆e/∆t, enquanto a onda percorre a distancia
∆e= Λ o intervalo de tempo transcorrido, é ∆t= T então, a velocidade escalar
média de propagação da onda é:

Expressão

Frequência
Lista de exercícios

1) A figura a seguir foi obtida de uma foto instantânea de uma onda que se
propaga por uma corda com velocidade de propagação de 0,16 m/s.

A) Qual a amplitude e o comprimento dessa onda ?


B) Qual a frequência e o período da onda ?

2) O gráfico abaixo representa uma onda que se propaga com velocidade igual a
300m/s.

a) Qual a amplitude e o comprimento dessa onda ?


b) Qual a frequência e o período da onda ?

3) O gráfico abaixo representa uma onda que se propaga com velocidade igual a
600 𝑚/𝑠.

a) Qual a amplitude e o comprimento dessa onda ?

b) Qual a frequência e o período da onda ?

4) O gráfico abaixo representa uma onda que se propaga com velocidade igual a
450 𝑚/𝑠.

a) Qual a amplitude e o comprimento dessa onda ?

b) Qual a frequência e o período da onda ?


5) O gráfico abaixo representa uma onda que se propaga com velocidade igual a
450 𝑚/𝑠.

a) Qual a amplitude e o comprimento dessa onda ?

b) Qual a frequência e o período da onda ?

6) Uma manifestação comum das torcidas em estádios de futebol é a ola


mexicana. Os espectadores de uma linha, sem sair do lugar e sem se
deslocarem lateralmente, ficam de pé e se sentam, sincronizados com os
da linha adjacente. O efeito coletivo se propaga pelos espectadores do
estádio, formando uma onda progressiva, conforme ilustração.

Calcula-se que a velocidade de propagação dessa “onda humana” é 45 km/h, e


que cada período de oscilação contém 16 pessoas, que se levantam e sentam
organizadamente e distanciadas entre si por 80 cm
Nessa ola mexicana, a frequência da onda, em hertz, é um valor mais próximo de
a)0,3
b)0,5
c)1,0
d)1,9
e) 3,7.
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
17ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – ITAJAÍ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO JOSÉ CÓD: 069.50-7
ESCALVADOS – NAVEGANTES – SC
TEL: (47) 3398-6156 E-MAIL: eebsaojosenavegantes@sed.sc.gov.br
Professor (a): Mateus Celestrino do Silva Disciplina: Física

Aluno(a): Turma: Data: / /

Ondas Estacionárias

Imagine que seja produzidos dois pulsos nas extremidades opostas de uma
corda. O que ocorre quando esses pulsos se cruzam? E depois do cruzamento?
Veja a figura:

Durante o cruzamento a ordenada de cada ponto é a soma algébrica das ordenadas


que cada onda teria nesse instante. Mas depois do cruzamento, cada pulso continua
com suas características, como se nada houvesse acontecido.

Esse é a consequência do Princípio da superposição segundo o qual as ondas,


ao contrário das partículas não se alteram nem perdem suas características
individuais quando interagem.

Por isso ouvimos o som de uma orquestra, por exemplo, distinguindo seus
instrumentos, embora todas as ondas sonoras, produzidas por todos instrumentos,
se propagem no mesmo meio e na mesma região do espaço, a soma algébrica das
ordenadas de cada ponto de um pulso, caracteriza o fenômeno da interferência. O
pulso resultante pode ter sua amplitude aumentada ou diminuída. No primeiro caso,
ocorre a interferência construtiva, no segundo, a interferência destrutiva.

O pulso, como qualquer propagação ondulatória, é apenas forma, não é corpo.


Como ondas são sucessões de pulsos, o que vale para eles vale paras as ondas, o
princípio da superposição e a interferência são características tipicamente
ondulatórias.

Ondas estacionárias: Suponha que, em uma mesma corda, em vez de dois pulsos,
se propagem duas ondas em sentidos opostos. Nesse caso não é possível observar
o que ocorre antes ou depois do cruzamento, esse fenómeno recebeu o nome de
onda estacionaria.

As ondas refletem-se em uma extremidade fixa no ultimo “N” da figura e voltam no


sentido oposto. A interferência entre a onda incidente e a refletida pode gerar onda
estacionais. A letra V indica regiões, onde a oscilação da corda é máxima –
chamamos de ventre; a letra N indica os pontos em que a oscilação da corda é
mínima – chamamos de nó.

Para entender a formação de ondas estacionais, suponha que duas ondas de


mesma amplitude, frequência e comprimento de onda produzidas em uma corda se
atravessem em sentidos opostos.

Se uma corda estiver fixada nas extremidades, estas serão obrigatoriamente nós,
pois não podem mover-se. Elas só podem ocorrer se a distância entre as
extremidades for múltipla de meios de comprimento de onda, caso contrário, a onda
estacionaria não se forma, pois não se “encaixa” no trecho em que as configurações
de ondas estacionárias sejam bem definidas e discretas.

Ondas estacionárias em uma corda de comprimento L, fixa nas extremidades. A


configuração menor frequência ocorre para n=1 (n é o número de ventres).

Uma corda presa entre duas extremidades só pode vibrar em uma ou mais
configuração apresentado na figura. Em cada configuração, o número de ventres(n)
é sempre o número inteiro o que tem consequências importantíssimas para o som
emitido pelos instrumentos sonoros.

Com essa figura podemos estabelecer uma relação matemática entre o


comprimento da corda (L), o comprimento de onda das ondas estacionárias (λ𝑛) e a
sequência dos números inteiros (n=1, 2, 3, );

Ou
λ𝑛
𝐿=𝑛×
2

Lembrando a relação entre frequência e comprimento de onda (𝑉 = 𝜆 × 𝑓),


podemos escrever a expressão das frequências (fn) dessa configuração de onda
estacionárias e a velocidade (v) da onda nessa corda:

𝑉 𝑛
𝐿=𝑛× 𝑜𝑢 𝑓𝑛= ×𝑉
2𝑓𝑛 2𝐿

Para n=1, aparece na configuração a onda estacionária de menor frequência (𝑓1),


chamada de frequência fundamental.
Exercícios

1) Uma corda homogênea esticada com tração constante está presa às


extremidades, distantes 0,60 m.

a) Faça o esboço dos três primeiros modos de vibração possíveis nessa corda
(n=1, 2 e 3).
b) Determine os comprimentos de onda correspondentes a cada um desses
modos de vibração.
c) Sabendo que a velocidade de propagação de onda nessa corda é de 48
m/s, determine as frequências correspondentes a cada modo de vibração.

2) A figura representa uma configuração de onda estacionária em uma corda


homogênea fixa sob tração constante entre os pontos A e B, distantes 0,80 m.
a) O comprimento de onda dessa configuração;
b) A velocidade das ondas nessa corda sabendo que a frequência
correspondente a essa configuração é de 200 Hz;
c) A frequência dessa corda;

3) Uma corda homogênea esticada com tração constante está presa às


extremidades, distantes 0,80 m.
a) Faça o esboço dos três primeiros modos de vibração possíveis nessa corda
(𝑛 = 1, 2 , 3 𝑒 4).
b) Determine os comprimentos de onda correspondentes a cada um desses
modos de vibração.
c) Sabendo que a velocidade de propagação de onda nessa corda é de 60 𝑚/𝑠,
determine as frequências correspondentes a cada modo de vibração

4) Uma corda homogênea esticada com tração constante está presa às


extremidades, distantes 1,2 m.
a) Faça o esboço dos três primeiros modos de vibração possíveis nessa corda (n=1,
2, 3, 4 e 5).
b) Determine os comprimentos de onda correspondentes a cada um desses modos
de vibração.
c) Sabendo que a velocidade de propagação de onda nessa corda é de 30 m/s,
determine as frequências correspondentes a cada modo de vibração.

5) Uma corda homogênea esticada com tração constante está presa às


extremidades, distantes 5,0 m.
a) Faça o esboço dos três primeiros modos de vibração possíveis nessa corda (n=1,
2, 3, 4, 5 e 6).
b) Determine os comprimentos de onda correspondentes a cada um desses modos
de vibração.
c) Sabendo que a velocidade de propagação de onda nessa corda é de 85 m/s,
determine as frequências correspondentes a cada modo de vibração.

Você também pode gostar