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Engenharia de Estruturas em Concreto –

Estruturas em Concreto Armado


4.2.1. Dimensionamento Pilares I
Engenharia de Estruturas em Concreto – Estruturas em Concreto Armado
4.2.1. Dimensionamento Pilares I

Flexão Composta
Caracteriza-se pela existência do esforço normal, associado aos esforços de flexão. Diversas
situações estruturais reais impõem a seus elementos este tipo de solicitação.

Pode ser:

Flexo-Tração – Quando o esforço normal é de tração.

Flexo-Compressão – Quando o esforço normal é de compressão.

 Flexão composta reta – Momento fletor em apenas 1 eixo principal de inércia.

 Flexão composta oblíqua – Momento fletor nos 2 eixos principais de inércia.


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Flexão nas Vigas


As vigas do pavimento estão submetidas ao momento fletor e ao esforço normal, portanto:

Flexão Composta Reta

Observa-se que, em boa parte das vigas, o esforço normal é pequeno e poderia ser desprezado. Neste
caso:

Flexão Simples

Os Pilares, normalmente, possuem Mx, My e N – Flexão Composta Oblíqua.

Quando Mx ou My é desprezível, resta apenas 1 momento fletor, então: Flexão Composta Reta

Quando ambos os momentos são desprezíveis: Compressão centrada.


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4.2.1. Dimensionamento Pilares I

Flexão em Pilares
Percebe-se que pilares estão solicitados sempre à flexão composta, e normalmente, flexão
composta oblíqua. Atualmente assim são dimensionados todos os pilares, na prática, inclusive em
obras menores.

O processo empregado para tal dimensionamento, normalmente, é iterativo e é realizado com o uso
dos softwares estruturais.

O dimensionamento à flexão composta oblíqua, é complexo e sem um bom suporte computacional,


quase impossível de ser realizado.

NB-01/1960 – Todos os pilares eram dimensionados à compressão centrada, com majorações na


carga axial para compensar momentos e efeitos de 2ª ordem.
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Evolução do Dimensionamento de Pilares


NB-01/1978 – Revolucionou o cálculo de pilares, ao estabelecer que todo pilar deve ter momento
aplicado (pelo menos devido a defeitos construtivos), o que obrigou o dimensionamento ser
realizado à flexão composta.
Permitia, ainda, para cargas elevadas, conversão da flexão composta reta em compressão centrada,
desde que não existisse momento inicial e a esbeltez não ultrapassasse 80.
NBR 6118/2004 – Novamente, revolucionou o cálculo de pilares, ao estabelecer a consideração de
efeitos de 2ª ordem e não linearidades em seus carregamentos. Não há conversão de flexão
composta oblíqua em flexão composta reta.
Continua permitindo, para cargas elevadas, a conversão de flexão composta reta em compressão
centrada. Esta conversão tornou-se um pouco mais elaborada em relação a norma anterior e as
limitações de não existencia de momentos iniciais e de esbeltez foram eliminadas.
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Evolução do Dimensionamento de Pilares


NBR 6118/2014 – Não alterou, conceitualmente, a forma de se dimensionar pilares, porém, não há
mais nenhum item que permita a conversão de flexões oblíquas em retas, ou retas em compressão
centrada, sob nenhuma condição.

Entendeu a norma que atualmente, a consolidação do uso de sistemas computacionais e a facilidade


de obtenção de softwares que executem estes dimensionamentos de forma correta, fazem não
mais justificar as aproximações de outrora. Agora, os elementos devem ser dimensionados com as
solicitações a que estão realmente submetidos e não por outras, equivalentes.

• Flexão composta Oblíqua – Dimensionar à flexão composta oblíqua.


• Flexão composta reta – Caso particular da flexão composta oblíqua, quando o momento fletor
em um dos eixos principais de inércia é nulo.
• Compressão centrada – Devido aos carregamentos das imperfeições geométricas locais e
globais, que devem ser incluídos nas solicitações, não acontece mais, na prática.
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Dimensionamento à Compressão Centrada


Mesmo não acontecendo na prática, iremos analisar como se dava o dimensionamento à compressão
centrada.
Hipóteses válidas para elementos lineares sujeitos a solicitações normais no estado limite último:
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Dimensionamento à Compressão Centrada

NSd = g Nk Seção transversal


f (área de concreto Ac)

armadura longitudinal (área As')


Garantia de segurança:
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Domínios da Flexão Composta

Flexo-Tração
(Domínio 1)

Flexo-Compressão
Domínio 5
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Domínio 1 – Flexo-Tração
• Acontece normalmente em tirantes e vigas com esforço normal relevante de tração.

Hipóteses e considerações:

• Concreto tracionado considerado não resistente.


• Linha neutra fora da seção.
• Ruptura por deformação máxima do aço - 10‰ – ELU
• Verificar Fissuração - ELS
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Domínio 5 – Flexo-Compressão
• Acontece normalmente em pilares e vigas com esforço normal relevante de
compressão.

Hipóteses e considerações:

• Concreto tracionado considerado não resistente.


• Linha neutra fora da seção.
• Ruptura por deformação máxima do aço - 10‰ ou do concreto – 3,5 ‰ – ELU
• Há um conjunto de esforços que causam ruptura (N, Mx, My). Pode-se aumentar um deles e
reduzir outros. Existe um perímetro, que define um volume de esforços solicitantes para
expressar a ruptura do elemento, definindo um volume de ruptura.
Estamos à disposição!

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