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Engenharia de Estruturas em Concreto –

Estruturas em Concreto Armado


4.1.4. Pilares IV
Engenharia de Estruturas em Concreto – Estruturas em Concreto Armado
4.1.4. Pilares IV

Carregamentos de Pilares
Os carregamentos de pilares possuem diversas origens e cada uma delas será tratada em separado.
Dividem-se basicamente em:

- Esforços de 1ª Ordem – São todos aqueles que não dependem de deformações da


estrutura. ( Oriundos de carregamentos – peso próprio, sobrecarga, vento etc - na configuração
indeformada, protensão, variação de temperatura, erros construtivos, recalques de apoio, variação
de dimensões, apoios excêntricos etc.

- Esforços de 2ª Ordem – São todos aqueles oriundos da deformação da estrutura. Os


esforços de 2ª ordem são causados pelas não linearidades geométricas, que por sua vez tem seus
efeitos ampliados pela não linearidade física. Quando as cargas atuantes amplificam os esforços de
forma considerável, eles devem ser levados em conta. Caso contrário, podem ser desprezados.
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Esforços de 1ª Ordem
a) Decorrentes do Modelo estrutural
Ao ser iniciado um projeto, sua concepção, a cargo do engenheiro responsável pelo projeto, leva a
um modelo estrutural a partir do qual os esforços solicitantes a serem utilizados para
dimensionamento serão obtidos. Este cálculo é feito na configuração indeformada da estrutura e
sua obtenção é ensinada nos cursos de teoria das estruturas, na graduação.

O modelo adotado pode ser diferente, entre projetistas, para uma mesma estrutura. Entre os mais
comuns:

1 - Estrutura convencional, com lajes calculadas separadamente das vigas, calculadas


separadamente dos pilares.

2 - Estrutura cogumelo com o pavimento calculado como um todo, com vigas e lajes modelados em
conjunto. Pilares são tratados em separado.

3 – A estrutura é modelada espacialmente, com lajes, vigas e pilares calculados em conjunto.


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4.1.4. Pilares IV

Esforços de 1ª Ordem – Decorrentes do Modelo Estrutural


Vigas que terminam em um determinado pilar e não tem nele continuidade, impõem a estes pilares
momentos fletores consideráveis, o que já não acontece em pilares cujas vigas o atravessam, tendo
continuidade sobre ele.
Caso o modelo de cálculo seja o de pórtico espacial, estes momentos já
Nó 3
serão determinados, de forma mais precisa, no cálculo estático da
estrutura (ver nós em destaque no pórtico típico para visualizar este
efeito). Outros modelos não “pegam” estes momentos quando da Nó 2
obtenção dos esforços solicitantes na estrutura, como no cálculo por
pavimento isolado, estrutura convencional. Nó 1

Por este motivo, a NBR 6118 determina que, caso seu modelo estrutural
não imponha momentos aos pilares extremos e de canto, que tenham
vigas nele descarregando, devem ser considerados, para
dimensionamento, momentos fletores que simulem os transmitidos a
eles pelas vigas.
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4.1.4. Pilares IV

Esforços de 1ª Ordem
b) Decorrentes de c) Decorrentes de
excentricidades no apoio das excentricidades na continuidade
vigas. dos pilares.
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Esforços de 1ª Ordem
d) Decorrentes de imperfeições Geométricas

Toda estrutura tem imperfeições em sua execução,


algumas mais e outras menos. A NBR 6118 determina
que seja previsto em projeto momentos fletores (De 1ª
ordem) nos pilares oriundos exatamente de uma
quantidade determinada de execução imperfeita.

Os pilares são altamente sensíveis às imperfeições geométricas.

A norma determina que devem ser consideradas imperfeições


geométricas globais e locais.
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Esforços de 1ª Ordem - Decorrentes de Imperfeições Geométricas


d.1) Momentos devidos às Imperfeições Geométricas Globais

Considera um desaprumo na construção do prédio.


Os momentos oriundos deste desaprumo não devem
ser superpostos aos devidos ao vento, mas apenas
considerado os mais desfavorável.

d.2) Momentos devidos às Imperfeições Geométricas Locais

Considera que cada lance do pilar pode ser construído


com desvios de eixo ou fora de prumo.
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Esforços de 1ª Ordem - Imperfeições Geométricas Locais


A consideração das imperfeições locais como indicado considera-se atendida caso o lance de pilar
possua um momento mínimo de:

M 1d ,mín  N Sd .(0,015  0,03.h)

Em cada direção, determina-se M1d,mín,x e M1d,mín,y. Considera-se atendia a exigência, se:

Onde,
M1d,x e M1d,y são os momentos aplicados em cada direção.
M1d,mín,x e M1d,mín,y são os momentos mínimos em cada direção .
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Esforços de 1ª Ordem

e) Decorrentes de recalques de apoio – Recalques de apoio são deformações da fundação, e não da


estrutura, portanto, são de 1ª ordem.

f) Protensão – A protensão, modernamente, é considerada como um carregamento adicional na


estrutura, portanto, equipara-se aos demais carregamentos ( peso prórpio, sobrecarga, vento etc )

g) Variação de temperatura – Normalmente, é considerada sobre a estrutura indeformada. Sendo


assim, é de 1ª ordem.

h) Quaisquer outros esforços.


Estamos à disposição!

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