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Item 11.3.3.4: na verificação do estado limite último das estruturas reticuladas (formadas de barras
com eixos retos), uma das ações permanentes a ser considerada se deve às imperfeições
geométricas do eixo dos elementos estruturais da estrutura descarregada. Essas imperfeições
podem ser divididas em dois grupos: imperfeições globais e imperfeições locais.
Na análise global das estruturas reticuladas, sejam elas contraventadas (com grande rigidez a
ações horizontais) ou não, deve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais, onde:
H: altura total da edificação, em metros (m);
n: número de prumadas de pilares no pórtico plano (ver
slide seguinte);
θ1min = 1/300 para estruturas reticuladas e imperfeições
locais;
θ1max = 1/200.
ESTRUTURAS DE CONCRETO II – Prof. Carlos Roberto 24
PILARES
Nota: O desaprumo não precisa ser considerado para os estados limites de serviço.
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PILARES
Nota: Admite-se que, nos casos usuais de estruturas reticuladas, a consideração apenas da
falta de retilineidade ao longo do lance do pilar seja suficiente.
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PILARES
O efeito das imperfeições locais nos pilares e pilares-parede pode ser substituído, em estruturas
reticuladas (formadas de barras com eixos retos) pela consideração do momento mínimo de 1ª
ordem, dado por:
Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja
atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo.
Para pilares de seção retangular, pode-se admitir uma envoltória mínima de 1ª ordem, tomada a
favor da segurança, de acordo com a figura abaixo:
Em que:
M1d,mín,xx e M1d,mín,yy : componentes em flexão composta normal;
M1d,mín,x e M1d,mín,y : componentes em flexão composta oblíqua.
Neste caso, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida quando, no dimensio-
namento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que englobe a envoltória mínima de 1ª ordem.
ESTRUTURAS DE CONCRETO II – Prof. Carlos Roberto 28
PILARES
Quando do dimensionamento de cada lance de um pilar, deve ser realizada uma análise dos
efeitos locais de 2ª ordem ao longo do mesmo. Os pilares isolados, para fins de verificação local,
devem ser formados pelas barras comprimidas, retiradas da estrutura com comprimento le, porém
aplicando-se às suas extremidades os esforços obtidos na análise global da estrutura. Podemos
então ter as três situações distintas que podem ocorrer nos pilares:
Os esforços calculados a partir da geometria inicial da estrutura, sem deformação, são chamados
efeitos de primeira ordem. Aqueles advindos da deformação da estrutura são chamados de efeitos
de segunda ordem. A consideração dos efeitos de segunda ordem conduzem a não linearidade
entre a ações e deformações. Esta não linearidade, associada à estrutura, é chamada de não
linearidade geométrica (NLG) e é representada abaixo:
A análise onde se considera o equilíbrio da estrutura
em sua posição deslocada é denominada análise
com não-linearidade geométrica.
A força normal atuante no pilar, sob as excentricidades de 1a ordem (excentricidade inicial), provoca
deformações que dão origem a uma nova excentricidade, denominada excentricidade de 2a ordem.
A determinação dos efeitos locais de 2a ordem, segundo a NBR 6118:2014, em barras submetidas à
flexo-compressão normal, pode ser feita pelo método geral ou por métodos aproximados.
Por outro lado, o projetista deve levar em conta que o comportamento do material constituinte da
estrutura, no caso o concreto armado, não é elástico perfeito, uma vez que o efeito da fissuração,
da fluência, o escoamento das armaduras e outros fatores de menor importância lhe conferem um
comportamento não linear, a chamada não-linearidade física (associada aos materiais).
Item 15.3.2: para pilares de seção retangular, quando houver a necessidade de calcular os efeitos
locais de 2a ordem, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida quando, no
dimensionamento, obtém-se uma envoltória resistente que englobe a envoltória mínima com
2a ordem, cujos momentos totais são calculados a partir dos momentos mínimos de 1a ordem.
Os efeitos locais de 2ª ordem estão relacionados com a possibilidade de flambagem da barra iso-
lada comprimida, medida por meio do índice de esbeltez λ (λ = le / i ) e podem ser desprezados
quando o índice de esbeltez for menor que o valor limite λ1 . É aplicável apenas a elementos
isolados de seção e armadura constantes ao longo de seu eixo, submetidos à flexo-compressão.
Onde:
e1 : excentricidade de 1ª ordem na seção da extremidade, na qual não se inclui a excentrici-
dade correspondente à imperfeição local (e1=M/N);
h : dimensão da seção do pilar na direção considerada.
αb : coeficiente a ser obtido conforme estabelecido a seguir:
a) αb para pilares biapoiados sem forças transversais, com pelo menos um dos momentos fletores
de 1ª ordem nos extremos do pilar, de cálculo, maior ou igual ao momento mínimo de 1ª ordem
(M1d,min):
Em que:
MA e MB : momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve ser adotado para MA o maior
valor absoluto ao longo do pilar biapoiado e para MB o sinal positivo, se tracionar a
mesma face que MA , e negativo em caso contrário.
αb = 1,00
d) αb para pilares biapoiados ou em balanço com os momentos fletores de 1ª ordem nos extremos
(topo e base), de cálculo, menores que o momento mínimo de 1ª ordem (M1d,min):
αb = 1,00
Para determinação dos efeitos locais de segunda ordem, tem-se o método geral (por discretização
da barra e é aplicável a pilares com qualquer tipo de seção transversal) e os métodos aproximados
(pilar-padrão com curvatura aproximada, pilar-padrão melhorado, pilar-padrão com rigidez K
aproximada e pilar-padrão acoplado a diagramas M, N, 1/r). Será abordado, aqui, o método do
pilar-padrão com curvatura aproximada.
Onde:
e2 : excentricidade de 2ª ordem
λ = le / i e i = 𝐈/𝐀
Onde:
λ : índice de esbeltez
le : comprimento de flambagem, que depende das condições de vinculação das extremidades;
i : raio de giração;
𝐈 : momento de inércia
𝐀 : área da seção transversal do pilar.
Portanto, o índice de esbeltez para seção circular, em qualquer direção, é: λ = 4,0 (le / d)
engastado-rotulado: engastado-engastado:
rotulado-rotulado: K = 0,7 K = 0,5
K=1
engastado-livre: K = 2
Comprimento equivalente, na análise de estruturas de nós fixos, por norma (item 15.6):
Seja o pilar biapoiado com as dimensões apresentadas abaixo. Calcule o índice de esbeltez nas
direções “x” e “y”.
vs
vi
le = lo +h ou
le = l = lo + hvs/2 + hvi/2
λ = 3,46 (le / h)
A NBR 6118:2014 (item 15.8.1) admite pilares com λ superior a 200 apenas no caso de elemen-
tos pouco comprimidos com força normal menor que 0,10.fcd.Ac (caso de postes e pilares de
galpões).
Para pilares com índice de esbeltez superior a 140, na análise dos efeitos locais de 2a ordem,
devem-se multiplicar os esforços solicitantes finais de cálculo por um coeficiente adicional:
sendo: 35 ≤ λ1 ≤ 90
Onde:
e1 : excentricidade de 1ª ordem na seção da extremidade, na qual não se inclui a
excentricidade correspondente à imperfeição local;
h : dimensão (lado) da seção na direção considerada;
αb : coeficiente adimensional.