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Engenharia de Estruturas em Concreto –

Estruturas em Concreto Armado


4.1.3. Pilares III
Engenharia de Estruturas em Concreto – Estruturas em Concreto Armado
4.1.3. Pilares III

Não Linearidade Geométrica (NLG)


Decorre da mudança de geometria da estrutura á medida que o carregamento aumenta. São as
alterações (normalmente acréscimos) dos esforços solicitantes da estrutura quando estes são
determinados não em sua geometria original, mas sim, em sua geometria deformada. Os efeitos da
não linearidade geométrica são também conhecidos como efeitos de 2ª ordem, que são os
incrementos de esforços causados pela deformação da estrutura.
Considerando a
Sem considerar a deformação.
deformação
Cálculos realizados computacionalmente - PxD
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Não Linearidade Geométrica (NLG)


Notar que qualquer influência das deformações nos esforços são efeitos de 2ª ordem, também
chamados de não linearidades geométricas.
EXEMPLOS:
Deslocabilidade dos edifícios: Flechas ( deslocamentos laterais )
devidas aos momentos em cada lance:

Aumenta os momentos fletores a Aumenta os momentos fletores a serem


serem resistidos pelos pilares resistidos pelos pilares
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Resposta Não Linear da Estrutura


Concluindo, a resposta não linear da estrutura é causada pelos dois fatores descritos
anteriormente, que podem acontecer concomitantemente, ou não.
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A Flambagem em Pilares de C.A.


Flambagem significa perda de estabilidade do equilíbrio de um elemento, submetido apenas a um
esforço de compressão, ao acontecer uma perturbação no mesmo.
Parâmetro de referência para flambagem

Índice de esbeltez  λ = le / i com i = ( I / A ) 1/2


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Comprimentos de flambagem de pilares em função dos vínculos


nas ligações

l l l l

le = l l e = 0,7 l l e = 0,5 l l e = 2,0 l


Pontos de inflexão – mede-se o le
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Flambagem de um elemento comprimido


Em pilares de concreto armado, como o esforço normal sempre vem acompanhado de momentos
fletores, o eixo do pilar nunca é reto, pois o momento impõe flecha (deslocamento) lateral, o que
faz com que este momento seja aumentado ainda mais.

Quanto mais deformável lateralmente for o pilar,


maior será o acréscimo de momento fletor,
aumentando ainda mais as tensões no elemento. Esta
deformabilidade lateral está intimamente ligada ao
índice de esbeltez do pilar (λ).
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Flambagem de um elemento comprimido


Este acréscimo de momento fletor é um efeito de 2ª ordem, pois decorre da consideração dos
esforços oriundos da configuração deformada do elemento.

Portanto, em pilares de concreto armado


não existe flambagem, mas sim, sempre
esgotamento da capacidade resistente da
seção, por flexo-compressão. O momento
aplicado é aumentado, de forma
considerável ou não, dependendo da
esbeltez lateral do pilar, pelo efeito de 2ª
ordem da iteração normal x momento fletor,
devido á clara não linearidade geométrica
do problema.
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Índices de esbeltez (λ) em pilares de concreto armado


 pilares curtos: pode-se desprezar os efeitos das deformações
Ideal
λ ≤ 35 de 2ª ordem, ou seja, os efeitos da não linearidade geométrica
(NLG)

 medianamente esbeltos: Despreza-se ou não os efeitos


Usual

35 < λ ≤ 90 de 2ª ordem (NLG), em função de λ (se λ ≤ λ1) . A NLF pode ser


considerada de forma aproximada.

 esbeltos: consideração obrigatória dos efeitos de 2a


Ruim

90< λ ≤ 140 ordem (NLG), (locais e localizados), fluência e da não linearidade


física (NLF).
Péssimo

λ > 140  muito esbeltos: uso obrigatório de método não linear geral, para
NLG e relação momento-curvatura real nas seções para NLF.

NBR 6118: limite máximo do índice λ em pilares  200


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