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Engenharia de Estruturas em Concreto –

Estruturas em Concreto Armado


4.1.2. Pilares II
Engenharia de Estruturas em Concreto – Estruturas em Concreto Armado
4.1.2. Pilares II

Pilares – Análises Não Lineares


Uma estrutura possui resposta linear quando, ao ser aplicada uma variação em seu carregamento,
sua resposta ( seja deslocamento, esforços ou tensões ) varia na mesma quantidade.

Já uma resposta não linear é quando, ao ser aplicada uma variação no carregamento, sua resposta
(seja deslocamento, esforços ou tensões ) varia em quantidade diferente.
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Não Linearidade Física (NLF)


É intrínseca ao material utilizado na estrutura e decorre, principalmente, de mudanças nas
propriedades do material enquanto o carregamento é aplicado, ( Ex. Modulo de elasticidade (
diagrama T x D não linear ), momento de inércia ( após fissuração ) etc ) – Ex: O material concreto,
portanto, o concreto armado.

Diagrama do concreto. Diagrama do aço.


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Não Linearidade Física (NLF)


No concreto armado, a não linearidade física, além de estar associada ao seu diagrama tensão x
deformação não ser linear, também está associada a fissuração, que, ao reduzir a rigidez do
elemento, aumenta seus deslocamentos, aumentando assim os efeitos de 2ª ordem.

COMO CONSIDERAR A NÃO LINEARIDADE FÍSICA NOS PROJETOS?

O problema consiste em saber qual o módulo de rigidez à flexão (EI) do elemento em estudo,
considerado seu diagrama tensão x deformação não linear e a fissuração, no caso do concreto
armado...
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Consideração da NLF de forma aproximada


Aplicar uma redução diretamente ao módulo de rigidez á flexão do concreto armado.

Através de constantes: Por expressões analíticas:


Exemplo: Exemplo : Formula de Branson

(EI)VIGA = 0,4 (EI0)

Ou

(EI)PILAR = 0,8 (EI0)


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Consideração da NLF de forma refinada


Através das relações momento curvatura da peça. A obtenção dos diagramas momento curvatura
somente é realizada computacionalmente.

Curvatura é a variação do ângulo de rotação ao longo de um trecho (do/ds) e também pode ser
definida como o inverso do raio de curvatura (1/r).

Em uma seção de concreto armado, pode ser expressa, de forma aproximada:


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Método Pilar Padrão com 1/r aproximada


Também de forma aproximada, pode-se relacionar a curvatura de uma seção com o momento fletor
nela atuante:

O diagrama momento curvatura é análogo ao conhecido diagrama tensão x deformação, porém, a


grandeza que relaciona o momento com a curvatura é o módulo de rigidez à flexão, que, se obtido
corretamente, nos fornece a melhor forma de considerar a não linearidade física nos projetos.
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Método Pilar Padrão com Diagrama N, M, 1/r


No concreto, a fissuração altera sua forma, que, na flexão, será como abaixo. Este diagrama pode
ser utilizado para o cálculo de flechas em peças de C.A.:

Na presença de esforço normal (caso de pilares), existe um diagrama M,1/r para cada esforço
normal aplicado, resultando em um diagrama chamado N,M,1/r
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Método Pilar Padrão com Diagrama N, M, 1/r


Na prática, a montagem de um diagrama N,M,1/r é feita seguindo-se o roteiro:

1 – Dada uma seção com determinado esforço normal e distribuição de armadura, aplica-se um
momento baixo, M, calculando-se ec e es.

2 – Determina-se a curvatura para cada M.


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Método Pilar Padrão com Diagrama N, M, 1/r


3 – Incrementa-se M, determinando-se novamente ec e ec’ e daí, 1/r

4 – Traça-se os resultados em um diagrama, como abaixo:

CADÊ ?????
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Método Pilar Padrão com Diagrama N, M, 1/r


Notar que, no diagrama N,M,1/r do exemplo, foram considerados a fissuração e o diagrama tensão
x deformação não linear do concreto, bem como suas características reológicas, como
endurecimento após 28 dias e efeito Rush, uma vez que os cálculos são realizados, todos, no estádio
3 ( ELU ). ( Tensão máxima = 0,85 fcd ).

O módulo de rigidez à flexão do concreto é obtido deste diagrama, com uma precisão bastante boa.
E a não linearidade física, considerada de forma consistente.
Estamos à disposição!

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