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CONCRETO ARMADO
ANCORAGEM DA ARMADURA LONGITUDINAL PARA VIGAS
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SUMÁRIO BÁSICO
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1.0 - DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM
Segundos Fusco (2013) a existência do concreto decorre essencialmente da
solidariedade existente entre os materiais componentes, o concreto e o aço.
Essa solidariedade impede que haja escorregamento relativo entre a
armadura e o concreto que a envolve, daí decorrendo peculiaridades de
comportamento, próprias do concreto armado. De maneira geral os tipos de
aderência são dados como:
a) Aderência por adesão: Resistência a separação entre os materiais,
quando se tenta separar um bloco de concreto concretado diretamente a
uma placa de aço – Ligação físico-químicas entre o materiais;
b) Aderência por atrito: Resistência ao arranchamento de uma barra de aço
mergulhada em um bloco de concreto, os valores da resistência ao
arranchamento depende do atrito entre os materiais que é função da
rugosidade da barra;
c) Aderência por engrenamento: A presença de saliências na superfície das
barras, funcionando como peças de apoio.
Ainda segundo Fusco (2013) não é possível verificar se cada um desses efeitos
age separadamente.
Além desses dispositivos naturais as ancoragens podem ser feitas por
dispositivos mecânicos acoplados as barras como luvas.
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1.0 - DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM
Figura 1.0.1 – Ancoragem por aderência (FONTE: Figura 1.0.2 – Ancoragem por atrito (FONTE: Fusco:2013)
Fusco:2013)
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1.1 - CÁLCULO DA ANCORAGEM
Segundo Carvalho e Figueiredo Filho (2014) obrigatoriamente a aderência da
armadura passiva pode-se dar em três maneiras:
a) Obrigatoriamente por ganchos em barras lisas;
b) Sem gancho nas que tenham alternância de solicitação (tração e
compressão);
c) Com ou sem gancho nos demais casos, não sendo recomendado o
gancho parras com Φ>32 mm ou para feixe de barras.
A barras comprimidas só poderão ser ancoradas sem ganchos.
Enfim o comprimento de ancoragem básico é dado pela Eq. (1.1.1)
f yd
lb x 25 x (Eq. 1.1.1 )
4 f bd 1,00 para barras lisas CA25
f bd η1 xη2 xη3 xf ctd (Eq. 1.1.2 ) η1 1,40 para barras lisas CA60 (Eq. 1.1.4 )
2 ,25 para barras nervurada CA50
2
0 ,21x3 f ck
f ctd (Eq. 1.1.3 ) 1,0 para boa aderência
1,40 η2 (Eq. 1.1.5 )
0,7 para má aderência
lb Comprimento básico reto
1,0 para 32 mm
de ancoragem η3 132 - l (Eq. 1.1.6 )
para 32 mm
f bd Re sitência de aderência 100
de cálculo 6
1.1 - CÁLCULO DA ANCORAGEM
Segundos Bastos (2015) ensaios experimentais realizados mostraram que a
resistência de aderência, de barras de aço posicionadas na direção vertical,
é significativamente maior que a resistência de aderência de barras
posicionadas na horizontal. Para as barras horizontais, a distância ao fundo ou
ao topo da fôrma (superfície de concreto) determina a qualidade da
aderência entre o concreto e a barra de aço. Assim ocorre porque, durante o
adensamento e o endurecimento do concreto, a sedimentação do cimento
e principalmente o fenômeno da exsudação, tornam o concreto da camada
superior mais poroso, podendo diminuir a aderência à metade daquela das
barras verticais.
Em determinadas situações, que dependem basicamente da inclinação e da
posição da barra de aço na massa de concreto, a ABNT NBR 6118:2014 (item
9.3.1) define situações chamadas “boa” e “má” aderência. “Consideram-se
em boa situação quanto à aderência os trechos das barras que estejam em
uma das posições seguintes:
a) com inclinação maior que 45º sobre a horizontal;
b) horizontais ou com inclinação menor que 45º sobre a horizontal, desde
que:
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1.1 - CÁLCULO DA ANCORAGEM
(b.1) para elementos estruturais com h < 60 cm, localizados no máximo 30 cm
acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais
próxima;
(b.2) para elementos estruturais com h ≥ 60 cm, localizados no mínimo 30 cm
abaixo da face superior do elemento ou da junta de concretagem mais
próxima. Os trechos das barras em outras posições, e quando do uso de
formas deslizantes, devem ser considerados em má situação quanto à
aderência.”
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1.4 - EMENDA DE BARRAS
b) Consideram-se como na mesma seção transversal as emendas que se
superpõem ou cujas extremidades mais próximas estejam afastadas de menos
que 20 % do comprimento do trecho de traspasse.
(b.1) Quando as barras têm diâmetros diferentes, o comprimento de traspasse
deve ser calculado pela barra de maior diâmetro. (Ver figura 1.4.1)
Tabela 1.4.1 – Proporção máxima de barras tracionadas emendadas (FONTE: ABNT NBR 6118:2014)
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1.4 - EMENDA DE BARRAS
c) O comprimento de transpasse de barras isoladas tracionadas é dado pela
equação (1.4.3);
Vsd,max
al dx x( 1 cot α) cot α d (Eq. 1.5.1 )
2 x(Vsd,max Vc )
Para flexão simples Vc 0 ,60 xf ctd xbw xd (Eq. 1.5.2 )
f ctd 0 ,15 xf ck
2/ 3
(Eq. 1.4.4 )
Para o mod elo de estribos verticais
Vsd,max Decalagem para
al dx d (Eq. 1.5.3 ) o modelo 1
2 x(Vsd,max Vc )
al Comprimento de decalagem
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1.5 - DESLOCAMENTO DE MOMENTOS FLETORES
al
Rst Vd x N d (Eq. 1.6.1 )
d
A
As,apoio s,vão , se M apoio for nulo ou negativo
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e de valor absoluto 0 ,5 xM vão (Eq. 1.6.2 )
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1.6 - ANCORAGEM DA ARMADURA DE TRAÇÃO
As,vão
As,apoio , se M apoio for negativo
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e de valor absoluto 0 ,5 xM vão (Eq. 1.6.3 )
Logo a armadura do apoio é dada por:
R
As,apoio st (Eq. 1.6.4 )
f yd
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1.6 - ANCORAGEM DA ARMADURA DE TRAÇÃO
Segundo Bastos (2015) as barras da armadura a ancorar no apoio, calculadas
pela Eq. 1.6.1, obedecendo aos valores mínimos dados na Eq. 1.6.2 e 1.6.3,
devem ser convenientemente ancoradas a partir da face interna do apoio
(geralmente viga ou pilar), com o comprimento de ancoragem básico (𝑙𝑏 ).
Inicialmente procura-se estender as barras dentro do apoio num comprimento
reto, como mostrado na Figura 1.6.3 para apoio do tipo viga ou pilar. Para ser
possível, o comprimento de ancoragem efetivo do apoio (𝑙𝑏,𝑒𝑓 = 𝑏 − 𝑐) deve
ser maior que o comprimento de ancoragem básico ( 𝑙𝑏 ), onde c é a
espessura do cobrimento de concreto e b é a dimensão do apoio na direção
da armadura a ancora
As,anc
lb,cor lb x (Eq. 1.6.6 )
As,ef
As,anc Área de ancoragem
calculada
As,es Área de ancoragem / lb,cor Comprimento de ancoragem corrigido
efetiva
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1.6 - ANCORAGEM DA ARMADURA DE TRAÇÃO
r 5,5 x
lb,corr (Eq. 1.6.7 )
60 mm
r D / 2 (Eq. 1.6.7 )
r raio de curvatura
int erno do guancho
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1.7 - ARMADURA NEGATIVA EM APOIOS EXTREMOS
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1.7 - ARMADURA NEGATIVA EM APOIOS EXTREMOS
rinf rsup
M extr,viga (Eq. 1.7.1 )
rinf rsup rviga
Ii
ri
li
ri rigidez de cada elemento
I i Inércia de cada elemento
li Comprimento de cada elemento
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