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UFPA/ITEC/FEC (091) 3201 7317 versão4 – outubro/2007
CAPÍTULO I
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CONCRETO PROTENDIDO - Notas de aula - Prof. Ronaldson Carneiro - e-mail : ronaldso@ufpa.br
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Aduela de madeira
A
bainha (duto) deformada da viga ancoragem
eixo neutro
e
P P
contraflecha
armadura de
A’ placa de aço e porca
protensão
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Protensão Tensões
Carregamento resultantes
+ -
- -
+ + =
- +
Tensões −
P
±
P⋅e Mf
σ s,i = − P ( M f − P ⋅ e)
m
m
em AA’ Ac Ws ,i Ws ,i Ac W s ,i
Figura 1.3 - Superposição das tensões devidas à força de protensão P e
ao momento fletor do carregamento atuante
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Sistema
Estrutural
Balanço sucessivo CP
Viga contínua de CP
Viga isostática de CP
Viga Concreto Armado
Nas lajes lisas, a protensão pode ser empregada para estruturas com vãos entre 7 e
12 metros.
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CAPÍTULO II
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carregamento
B A
P e
P
B’ A’
Figura. 2.1 : Viga protendida por cabo reto excêntrico
Protensão Tensões
Carregamento resultantes
+ -
- -
+ + =
- +
Tensões −
P
±
P⋅e
m
Mf P ( M f − P ⋅ e)
m σ s,i = −
em AA’ Ac Ws ,iWs , i Ac W s ,i
Figura 2.2 – Tensões resultante da protensão e carregamento na seção AA’
Protensão
Carregamento Resultado
+ +
Tensões de tração e
- compressão
+ + = excessiva
-
-
Tensões P P⋅e P (0 − P ⋅ e )
− ± zero σ s ,i = − m
em BB’ Ac Ws ,i Ac Ws ,i
Figura 2.3 – Tensões resultantes da protensão e carregamento na seção BB’
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Sendo o momento fletor zero nos apoios, a peça fica, neste caso, apenas com o
efeito da protensão, o que pode ocasionar uma compressão excessiva no bordo
inferior e uma tração no superior. A protensão que, para a seção mais solicitada pelo
carregamento, seção AA’, atinge o objetivo, cria, entretanto, sérios problemas na
região dos apoios, onde o momento fletor gerado pelo carregamento é bastante
reduzido, ficando, porém, o efeito da protensão.
Cabe observar que o efeito de flexão da protensão, provocada pela
excentricidade do cabo, é contrário ao do carregamento. É esta parcela que combate
eficientemente as ações, mas também desequilibra as tensões na região os apoios. A
solução está, pois, na variação desta parcela, por meio da excentricidade, de acordo
com a variação do momento fletor gerado pelo carregamento, ou seja, quando este for
máximo, a excentricidade deve ser máxima e quando for nulo, a excentricidade deve
ser zero, acompanhando a varia’c`ao do momento fletor. Busca-se com isso minimizar
o efeito de flexão na expressão das tensões, mostrada a seguir:
P (Mf − P.e)
σ s,i = − m
Ac W s,i
Portanto, para melhor aproveitamento da protensão, o cabo deve ter a forma do
diagrama de momentos fletores gerado pelo carregamento. Assim, para a viga em
questão, com taxa de carga uniforme, o cabo ideal é aquele com traçado parabólico,
como mostra a figura 2.4, uma vez que o diagrama de momentos fletores tem essa
forma.
P P
emáx
l
Figura 2.4 - Viga com cabo parabólico. A excentricidade
acompanha a variação do momento fletor
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O cálculo dos esforços nos elementos protendidos, em serviço, é feito com base
no estado não fissurado da estrutura. Na determinação desses esforços, a protensão
deve ser considerada como uma força externa aplicada na região da ancoragem
segundo a direção da tangente ao cabo.
Na viga com cabo parabólico, quando aplica-se a protensão, a armadura tende
a ficar retilínea exercendo uma pressão, de baixo para cima na massa de concreto.
Surgem forças radiais, tomadas, por simplificação, como verticais, que equivalem a
uma carga distribuída, pp , atuando no sentido contrário ao do carregamento externo,
como mostra a Figura 2.5.
P P
φ
pp
P. sen φ
pp
P. cos φ
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x
φ
e = y(x)
P. cos φ
P . sen φ
P { NP = P. cos φ
QP = P. sen φ
MP = (P cos φ) . y(x)
d 2M P
= P ⋅ y ,,
( x ) = = pp
dx 2 ρ
O diagrama de momentos fletores, com base no modelo simplificado, em que
resulta MP= P. y(x), passa a ser simplesmente o cabo invertido em relaçãoao eixo com
as ordenadas majoradas por P em cada ponto. O diagrama de esforços cortantes é
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l
P DIAGRAMA DE ESFORÇOS NORMAIS
-
4Pf
l
+ DIAGRAMA DE ESFORÇOS CORTANTES
4Pf -
CARREGAMENTO EQUIVALENTE
l
4Pf 8Pf 4Pf Taxa de carga:
l pp = l
l2 pp ⋅l2 8⋅ P ⋅ f
P P = P⋅ f pp =
8 l2
a
2⋅ f
f x tgϕ =
a
f
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l
originada da equação da parábola que define a forma do cabo. No caso, a = , logo,
2
4⋅ f
tgϕ = . A intensidade da taxa de carga p p , resulta do momento fletor máximo,
l
pp ⋅l2 8⋅ P ⋅ f
= P⋅ f ... pp =
8 l2
5 ⋅ ( p p − pg ) ⋅ l 4
cδ =
384 ⋅ E ⋅ I
pista de protensão
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Figura 3.2 – Ponte na Av. Júlio César (Belém-Pa) - protensão com aderência posterior
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5. MATERIAIS EMPREGADOS NO CP
Além do aço e concreto, são empregados dispositivos complementares como:
ancoragens, bainhas, purgadores, etc..
5.1 Concreto
Deve apresentar resistência à compressão entre 25 e 50 MPa. Há diversos motivos
para utilização de um concreto de resistência mais elevada:
a. elevadas tensões de compressão por ocasião da aplicação da força de protensão,
normalmente superiores àquelas obtidas para a situação em serviço, ;
b. emprego de seções esbeltas, por conta do efeito positivo da protensão na redução
das flechas;
c. execução da protensão no menor período de tempo, reduzindo o tempo de
desforma melhorando o reaproveitamento das formas;
d. redução das deformações com conseqüente diminuição das perdas de protensão
por encurtamento elástico, retração e fluência do concreto.
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sendo:
s = 0,38 para concretos de cimento CPIII e IV;
s = 0,25 para concretos de cimento CPI e II;
s = 0,20 para concretos de cimento CPV-ARI;
t é a idade efetiva do concreto, em dias;
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5.1.2 Produtos
O aço de protensão é fabricado com as seguintes formas:
a. Fios: com diâmetros de 4 a 9 mm, do aço RN ou RB, fornecidos em rolos;
b. Cordoalhas: formada por 3 ou 7 fios enrolados em forma de hélice, apenas no
aço RB. As cordoalhas de 7 fios são encontradas com os diâmetros de 9,5 mm,
12,7 mm e 15,2 mm. As cordoalhas de 3 fios são identificadas pela quantidade e
diâmetro dos fios, de 3 mm a 5 mm, como, por exemplo, 3 x 4,5 mm. São
fornecidas em rolos com comprimentos superiores a 600 metros.
Ep
2‰ 10 ‰ ε (‰)
Figura 5.1 - Diagrama tensão x deformação do aço de protensão
As principais propriedades mecânicas estão indicadas no diagrama e descritas a
seguir:
• fptk é a resistência característica à tração (define a categoria do aço de protensão);
• fpyk é a resistência característica ao escoamento convencional (tensão
correspondente à deformação de 10 ‰ ou à deformação residual de 2 ‰);
• Ep é o módulo de elasticidade = 200 GPa.
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a. Fios:
{
145
CP fptk RN ou RB Ø L ou E fptk 150 kgf/mm2
kgf/mm2 tratamento mm Liso ou Entalhado 170
175
Exemplo: CP 150 RB 8 L
b. Cordoalhas:
Cabe destacar que para os sistemas com pós-tensão, com ou sem aderência,
trabalha-se apenas com as cordoalhas de 7 fios do aço RB de diâmetro 12,7 mm ou
15,2 mm, apenas na categoria 190. As informações técnicas do aço de protensão pode
ser encontrado no catálogo da companhia Siderúrgica Belgo Bekaert Arames S. A.
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