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PEF-317- Estruturas de Concreto III
1
Conceitos Básicos
CONCRETO PROTENDIDO
1. Introdução
O concreto resiste bem à compressão, mas não tão bem à tração. Normalmente a
resistência à tração do concreto é da ordem de 10% da resistência à compressão do
concreto. Devido a baixa capacidade de resistir à tração, fissuras de flexão aparecem para
níveis de carregamentos baixos. Como forma de maximizar a utilização da resistência à
compressão e minimizar ou até eliminar as fissuras geradas pelo carregamento, surgiu a
idéia de se aplicar um conjunto de esforços auto-equilibrados na estrutura, surgindo aí o
termo protensão.
M q,max M −h M M 100 × 10 −3
σq,sup = ⋅ ysup = q,max . = q,max2 = q,max = = − 12 MPa
I bh 3 2 − bh Wsup 0,2 × 0,52
−
12 6 6
e
Figura 5
A idéia básica da protensão está ligada à redução (eventualmente, eliminação) das tensões
normais de tração na seção. Entende-se por peça de concreto protendido aquela que é
submetida a um sistema de forças especial e permanentemente aplicadas chamadas forças
de protensão tais que, em condições de utilização, quando agirem simultaneamente com as
demais ações, impeçam ou limitem a fissuração do concreto. Normalmente, as forças de
protensão são obtidas utilizando-se armaduras adequadas chamadas armaduras de
protensão.
P P −1200 × 10−3
σcpsup = σcpinf = = = = −12MPa
Ac bh 0,2 × 0,5
Figura 6
A tensão máxima de compressão vale -24 MPa junto à borda superior da seção e a tensão
mínima será nula na borda inferior. Desta forma a tensão normal de tração foi eliminada.
Observa-se que a tensão máxima de compressão corresponde ao dobro da tensão devida à
carga acidental q.
O diagrama de tensões normais ao longo do vão da viga varia entre os valores
esquematizados nas figuras fig. 4.b e fig.4.d, pois o momento fletor aumenta de zero nos
apoios ao valor máximo no meio do vão.
P P.e p 1 e 1 0,0833 × 6
σcpsup = + = P + p = − 600 − 2
=0
A c Wsup A c Wsup 0,2 × 0,5 0,2 × 0,5
e
P P.ep 1 ep 1 0,0833 × 6
σcpinf = + = P + = − 600 + 2
= −12 MPa
A c Winf A c Winf 0,2 × 0,5 0,2 × 0,5
resultando um diagrama triangular de tensões normais de compressão.
8
Figura 7
A tensão máxima de compressão vale -12 MPa junto à borda superior da seção e a tensão
mínima será nula na borda inferior. A máxima tensão de compressão final coincide com a
máxima tensão de compressão devido apenas à protensão, havendo apenas troca das
bordas. A tensão máxima final de compressão foi reduzida à metade do caso b), mostrando
a indiscutível vantagem desta solução sobre a anterior. O diagrama de tensões normais ao
longo do vão da viga varia entre os valores esquematizados nas figuras 5.b e 5.d, pois o
momento fletor aumenta de zero junto aos apoios ao valor máximo no meio do vão.
gl 2 14,22 × 6 2
Mg = = = 64 kN.m
8 8
e as tensões normais extremas:
Mg
σgsup = = −7,68 MPa
Wsup
Mg
σginf = = 7,68 MPa
Winf
9
Figura 8
Nota-se o aparecimento de uma tensão de tração de 7,68 MPa junto à borda 2, e a tensão
máxima de compressão aumenta, atingindo - 19,68 MPa na borda 1.
É importante observar que a tensão de tração resultante pode ser eliminada simplesmente
aumentando a excentricidade da armadura de protensão para ep = 0,19 m. O aumento de
excentricidade vale exatamente eg = -Mg / Np = -64 / (-600) = 0,107 m. De fato, as novas
tensões normais devidas à protensão valem:
P P.e p 1 e 1 0,19 × 6
σcpsup = + = P + p = −600 − 2
= 7,68 MPa
A c Wsup A c Wsup 0,2 × 0,5 0,2 × 0,5
e
P P.e p 1 ep 1 0,19 × 6
σcpinf = + = P + = −600 + 2
= −19,68 MPa
A c Winf A c Winf 0,2 × 0,5 0,2 × 0,5
e, portanto,
σsup = σcpsup + σ qsup + σ gsup = 7,68 + ( −12 ) + ( − 7,68 ) = −12 MPa
(em geral parabólico). Conforme mostra a fig. 7, o trecho parabólico pode ter o seu início
no meio do vão e passar pelo ponto A junto ao apoio.
Figura 9
Figura 10
Convém observar que, mesmo sendo admitida a constância da força de tração (P) na
armadura de protensão, a força normal equivalente é variável no trecho curvo desta
armadura, pois;
N p = − Pcos α
como, em geral, o ângulo α é pequeno pode-se admitir Np ≈ - P, pelo menos para efeito de
pré dimensionamento das seções. Vale observar, também, o aparecimento da força cortante
equivalente.
Vp = −Psen α
Na realidade, como será visto mais adiante, a força normal de tração na armadura de
protensão também varia um pouco ao longo do cabo por causa das inevitáveis perdas de
protensão.
Normalmente, a força de protensão é obtida pela utilização de um grupo de cabos que, por
sua vez, são constituídos de várias cordoalhas. Cada cabo tem um desenvolvimento
longitudinal próprio. Contudo, as análises podem ser efetuadas com o “cabo equivalente”
(ou “cabo resultante”). Este cabo virtual tem a força de protensão P e o seu ponto de
passagem é dado pelo centro de gravidade das forças de protensão de cada cabo na seção.
Figura 11
12
As = 12 cm2 (6φ16)
ηb =1,5 → w = 0,12 < 0,3 ( OK, admitindo-se fissura admissível de 0,3 mm)
f) Considere-se, agora, a protensão obtida com armadura CA60 (apenas para efeito
de análise comparativa, pois não se utiliza protensão com aço CA 60)
Para se obter a força de protensão de 600 kN, se for admitida uma tensão útil no aço de 50
kN/cm2 (500 MPa), seriam necessários Ap = 12 cm2 de armadura de protensão. Desta
forma, aparentemente, ter-se-ia atendido às condições vistas nas análises dos itens c) e d).
Veja-se contudo, o que acontece com o valor da força de protensão ao longo do tempo.
Admitindo-se a atuação do carregamento utilizado no item e), resulta o diagrama de
tensões normais indicado na fig. 10.
Figura 12
σc,g+p =-10,56MPa
13
ε cs =-10 -5 × 15=-0,00015
Figura 13
Pontes
Estaiadas Arcos
Elevação de reservatórios.
18
2
Materiais e sistemas para protensão
DEFINIÇÕES
Figura 14
19
CP 170 RB L
Concreto f ptk Resistência característica de RB Relaxação L – Fio liso
Protendido ruptura em kN/cm2 Baixa E – Fio entalhe
RN Relaxação
Normal
Figura 15
Conforme a NBR-7482 têm-se os fios padronizados listados a seguir onde fpyk é o valor
característico da resistência convencional de escoamento, considerada equivalente à tensão
que conduz a 0,2% de deformação permanente, e o módulo de elasticidade é admitido
como sendo de E p = 210 GPa.
20
ÁREA MÍNIMA
ALONG. APÓS
ÁREA APROX.
RUPTURA (%)
TENSÃO TENSÃO MÍNIMA A
DIÂMETRO
NOMINAL
APROX.
(kg/km)
MÍNIMA DE 1% DE
MASSA
(mm 2)
(mm 2)
(mm)
FIOS RUPTURA ALONGAMENTO
CP 145RBL 9,0 63,6 62,9 500 1.450 145 1.310 131 6,0
CP 150RBL 8,0 50,3 49,6 394 1.500 150 1.350 135 6,0
CP 170RBE 7,0 38,5 37,9 302 1.700 170 1.530 153 5,0
CP 170RBL 7,0 38,5 37,9 302 1.700 170 1.530 153 5,0
CP 170RNE 7,0 38,5 37,9 302 1.700 170 1.450 145 5,0
CP 175RBE 4,0 12,6 12,3 99 1.750 175 1.580 158 5,0
CP 175RBE 5,0 19,6 19,2 154 1.750 175 1.580 158 5,0
CP 175RBE 6,0 28,3 27,8 222 1.750 175 1.580 158 5,0
CP 175RBL 5,0 19,6 19,2 154 1.750 175 1.580 158 5,0
CP 175RBL 6,0 28,3 27,8 222 1.750 175 1.580 158 5,0
CP 175RNE 4,0 12,6 12,3 99 1.750 175 1.490 149 5,0
CP 175RNE 5,0 19,6 19,2 154 1.750 175 1.490 149 5,0
CP 175RNE 6,0 28,3 27,8 222 1.750 175 1.490 149 5,0
Tabela 2 Características físicas e mecânicas das cordoalhas produzidas pela Belgo Mineira.
CARGA
MASS CARGA ALON
DIÂ ÁREA ÁREA MÍNIMA A 1%
A MÍNIMA G.
MN APRO MÍNIM DE
APRO DE APÓS
CORDOALHAS OM. X. A ALONGAMEN
X. RUPTURA RUPT.
TO
(kg/k
(mm) (mm2) (mm2) (kN) (kgf) (kN) (kgf) (%)
m)
CORD CP 190 RB 6,5 21,8 21,5 171 40,8 4.080 36,7 3.670 3,5
3x3,0 7,6 30,3 30,0 238 57,0 5.700 51,3 5.130 3,5
CORD CP 190 RB 8,8 39,6 39,4 312 74,8 7.480 67,3 6.730 3,5
3x3,5 9,6 46,5 46,2 366 87,7 8.770 78,9 7.890 3,5
CORD CP 190 RB 11,1 66,5 65,7 520 124,8 12.48 112,3 11.230 3,5
21
3x4,0 0
CORD CP 190 RB
3x4,5
CORD CP 190 RB
3x5,0
4.970
7.460
CORD CP 190 RB 7 6,4* 26,5 26,2 210 49,7 10.43 44,7 4.470 3,5
CORD CP 190 RB 7 7,9* 39,6 39,3 313 74,6 0 67,1 6.710 3,5
CORD CP 190 RB 7 9,5 55,5 54,8 441 104,3 14.06 93,9 9.390 3,5
CORD CP 190 RB 7 11,0 75,5 74,2 590 140,6 0 126,5 12.650 3,5
CORD CP 190 RB 7 12,7 101,4 98,7 792 187,3 18.73 168,6 16.860 3,5
CORD CP 190 RB 7 15,2 143,5 140,0 1.126 265,8 0 239,2 23.920 3,5
26.58
0
Dependendo do fabricante outras bitolas de cordoalhas são encontradas, tais como;
Cordoalhas de 2 e 3 fios (fpyk = 0,85 fptk):
CP 180 RN - 2 × φ (2,0 ; 2,5 ; 3,0 ; 3,5)
CP 180 RN - 3 × φ (2,0 ; 2,5 ; 3,0 ; 3,5)
Cordoalhas de 7 fios de relaxação normal (fpyk = 0,85 fptk):
CP 175 RN - φ 6,4 ; 7,9 ; 9,5 ; 11,0 ; 12,7 ; 15,2
CP 190 RN - φ 9,5 ; 11,0 ; 12,7 ; 15,2
Cordoalhas de 7 fios de relaxação baixa (fpyk = 0,9 fptk):
CP 175 RB - φ 6,4 ; 7,9 ; 9,5 ; 11,0 ; 12,7 ; 15,2
CP 190 RB - φ 9,5 ; 11,0 ; 12,7 ; 15,2
Normalmente, os cabos de protensão são constituídos por um feixe de fios ou cordoalhas.
Assim, por exemplo, pode-se ter cabos de:
2 cordoalhas de 12,7 mm ; 3 cordoalhas de 12,7 mm;
12 cordoalhas de 12,7 mm; 12 cordoalhas de 15,2 mm, etc.
2.1.3. Armadura passiva.
“Qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de protensão, isto é, que não seja
previamente alongada”.
Normalmente são constituídas por armaduras usuais de concreto armado padronizadas pela
NBR-7480 (Barras e fios de aço destinados a armadura para concreto armado).
Usualmente, a armadura passiva é constituída de estribos (cisalhamento), armaduras
construtivas, armaduras de pele, armaduras de controle de aberturas de fissuras e,
eventualmente, armaduras para garantir a resistência última à flexão, complementando a
parcela principal correspondente à armadura de protensão.
2.1.4. Concreto com armadura ativa pré-tracionada (protensão com aderência
inicial).
Aquele em que o pré-alongamento da armadura (ativa de protensão) é feito utilizando-se apoios
independentes da peça, antes do lançamento do concreto, sendo a ligação da armadura de protensão com
22
os referidos apoios desfeita após o endurecimento do concreto; a ancoragem no concreto realiza-se só por
aderência.
(fig. 2.2).
• Colocação da armadura
• Aplicação da protensão
2.1.6. Concreto com armadura ativa pós-tracionada sem aderência (protensão sem
aderência)
Aquele obtido como em (e), mas em que, após o estiramento da armadura ativa, não é criada aderência
com o concreto, ficando a mesma ligada ao concreto apenas em pontos localizados. Concreto protendido
aderência (armadura de protensão pós-tracionada)
Figura 20
Figura 21
1 φi σS 3σS
10 ( 2ηi − 0,75 ) ES fct
1 φi σS 4
+ 45
10 ( 2ηi − 0,75 ) ES ρr
Sendo σsi, φ i, E si, ρri definidos para cada área de envolvimento em exame.
ρ r é a taxa de armadura passiva ou ativa aderente ( que não esteja dentro de bainha) em
relação a área da região de envolvimento (Acri)
26
Figura 22
Tabela 3.
Ações ψ1 ψ2
Cargas acidentais de edifícios
Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que
permaneçam fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas 0,3 0,2
concentrações de pessoas
Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que
permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevada 0,6 0,4
concentração de pessoas
Biblioteca, arquivos, oficinas e garagens 0,7 0,6
Cargas acidentais de Pontes 0,4 0,2
3
Perdas de Protensão
DEFINIÇÕES
3.1. Introdução
A força efetiva de protensão é variável ao longo do cabo e menor do que a aplicada pelo
dispositivo de protensão. Esta redução de força é chamada de perda de protensão. Ela é
devida a várias causas. Costuma-se agrupar as perdas em dois conjuntos:
A. Perdas imediatas que ocorrem durante o estiramento e ancoragem dos cabos
B. Perdas progressivas, que ocorrem ao longo do tempo.
No caso comum de concreto protendido com aderência posterior, constituem perdas
imediatas, aquelas provenientes de:
Figura 23
31
onde
e, portanto
P
log n P − log n P0 = log n =−µα ou P = P0 e −µα .
Po
Figura 24
Em situações usuais, ilustradas na fig.2, µ ≈ 0,2 e α ≤ 20° (0,35 rad). Portanto, o produto
µα ≤ 0,07. Para valores desta ordem pode-se tomar
e −µα ≅ 1 −µα
resultando
P ≅ P0( 1 −µα ) .
kαx
32
Portanto, a força de protensão num ponto de abscissa x (normalmente, para o cálculo das
perdas por atrito, pode-se adotar como comprimento aproximado do cabo o valor de sua
projeção sobre o eixo da peça, x) é dada por
P ≅ P0 1 − µ ( α + k αx ) .
Pode-se definir
k = k αµ
resultando
P ≅ P 0 (1 − µ α − kx )
Figura 25
Admitindo-se:
Figura 26
Figura 27
Figura 28
1° Método
O efeito do encunhamento pode ser feito conforme o procedimento indicado a seguir:
1. Determinar Aδ = δ E p Ap = 0,006 ⋅ 19500 ⋅ 11,844 = 1385;
2. Determinar a área do triângulo (P0P1A) = A1 = 860, figura 6 (caso A);
Figura 29
2.1. Se A1 for maior ou igual do que Aδ , a influência do encunhamento está restrita ao
trecho curvo inicial e pode ser definida através da igualdade [área da figura
(P0PP01)]=Aδ , resultando
2 ( P0 − P ) x P0 ( µ α + ka 1 ) x 2
Aδ = =
2 a1
35
A δ a1
x=
P0 ( µ α + ka 1 )
P0 − P1
P = P1 + x ; P01 = 2P − P0 ;
a1
2.2. Se A1 for menor do que Aδ , a influência do recuo na ancoragem estende-se além de P1
e deve-se prosseguir com o item 3;
3. Determinar a área da figura (P0P1P2BC) = A2 = 1260, da figura 8 (caso B);
Figura 30
3.1. Se A2 for maior ou igual do que Aδ , a extensão da influência do encunhamento pode
ser definida através da igualdade [área da figura (P0P1PP11P01)] = Aδ = 1385,7,
resultando;
2 ( P1 − P ) + a 1 = 2Pky
y y a A A
1 + 1 = δ − 1
2 2
de onde se obtém y e, portanto, x e os valores de P11 e P01;
3.2. Se A2 for menor do que Aδ , todo o cabo é afetado pelo encunhamento, figura 9 e os
valores da força de protensão podem ser obtidos a partir da expressão (caso C):
2 ∆P ( a 1 + a 2 ) = A δ − A 2 ∆P = 4,19 kN .
36
Figura 31
A. Nos cabos protendidos por uma das extremidades (ancoragem fixa na outra
extremidade), o diagrama de força de protensão pode ser definido (a partir da
extremidade que recebe a protensão) aplicando-se, por exemplo, o procedimento visto
no item anterior.
2° Método
a) Caso A, em que x < a1
Figura 32
Nesta situação o encunhamento afeta apenas o trecho curvo do cabo. A variação de
comprimento de um elemento de cabo (dx), sujeito à força de protensão de valor P, é dada
por
Pdx
dl =
Ep A p
onde
E p = módulo de deformação do aço de protensão
37
Figura 33
A área da figura hachurada dividida pela rigidez normal do cabo fornece o valor do recuo
do cabo. Assim
P0 ( µ α + ka 1 ) a1 x − a1 Ep A p
+ P1k ( x −a 1 ) a 1 + =δ
2 2 2
logo
E p A pδ − ( P0 − P1 ) a 1 + Pka
1
2
1
x=
P1k
resultando
P =P 1 1− k ( x− a1 )
P01 = 2P − P0
P11 = 2P − P1
38
c) Caso C em que (x = a1 + a2 )
Figura 34
Tem-se:
( P0 − P1 ) a 1 + P − P a + a 2 + ∆P a + a = δ Ep A p
( 1 2) 1 ( 1 2)
2 2 2
ou
δ P0 − P1
a 1 − ( P1 − P2 ) a 1 + 2
a
Ep A p −
∆P =
2 2 2
a1 + a2
P01 = 2P2 − P0 − 2 ∆P
P11 = 2P2 − P1 − 2 ∆P
P21 = P2 − 2 ∆P
Resolvendo o exemplo anteriormente proposto para o 2° método.
Não se sabe a priori, até onde chega a influência do recuo nas ancoragens. A solução pode
ser encontrada por tentativas. Pode-se começar, por exemplo, admitindo-se tratar do caso
A (item 3.3) onde a influência é restrita ao trecho curvo. Assim,
E p A pδa 1 19500 ⋅ 11,844 ⋅ 0,006 ⋅ 10
x= = = 12,70 m
P0 ( µ α + ka 1 ) 1733 ( 0,2 ⋅ 0,148 + 0,002 ⋅10 )
O valor obtido mostra que o recuo afeta além do trecho curvo inicial (x > a 1 = 10 m). Caso
se admita o caso B (influência até um ponto do trecho reto), vem:
E p A pδ − ( P0 − P1 ) a 1 + Pka
1
2
1
x=
P1k
δ P0 − P1
a 1 − ( P1 − P2 ) a 1 + 2
a
Ep A p −
∆P =
2 2 2
a1 + a2
0,006 1733 − 1647
⋅ 10 − ( 1647 − 1631) 10 +
5
19500 ⋅ 11,844 ⋅ −
∆P =
2 2 2
= 4,19 kN
10 + 5
P01 = 2P2 − P0 − 2 ∆P = 2 ⋅ 1631 − 1733 − 2 ⋅ 4,19 = 1521 kN
P11 = 2P2 − P1 − 2 ∆P = 2 ⋅1631 −1647 − 2 ⋅ 4,19 = 1607 kN
P21 = P2 − 2 ∆P = 1631 − 2 ⋅ 4,19 = 1623 kN
A figura 13 apresenta o diagrama de força normal no cabo.
Figura 35
40
Figura 36
Mg
σg = ep → tensão no concreto ao nível do baricentro da armadura de
Ic
protensão, devida à carga permanente mobilizada pela protensão;
1 e2p
σcp = − P + → tensão no mesmo ponto anterior, devida à protensão
A c I c
simultânea dos n cabos;
Ep
αp = → coeficiente de equivalência;
Ec
σg + σc , p
ε c,pg = εg + ε c,p =
Ec
Tabela 5
n ( n− 1)
ε c,pg1 = 1 + 2 + ... + ( n − 1) = ε c,pg1
2
que é a soma dos n - 1 primeiros termos da progressão aritmética ( 1,2,...,n - 1).
A perda total de protensão correspondente é dada por
n ( n− 1)
∆P = ε c,pg1E pA p,1
2
onde:
Ap,1 é a área da seção transversal de um cabo
ou
n ( n − 1 ) εc,pg n ( n− 1) σg + σcp A
∆P = E p A p,1 = Ep p
2 n 2 nE c n
onde
Ap é a área total dos n cabos.
Finalmente, tem-se:
∆P n −1
∆σp = = α p ( σg + σcp )
Ap 2n
P = ∑ Pi = 8106kN
Mg 3000
σg = ep = × 0,816 = 4,72MPa
Ic 0,519
1 e2p 1 0,816 2
σc,p = −P + = −8106 + = −18,99MPa
A c I c 0,944 0,519
Logo
n−1 5 −1
∆σp = α p ( σg + σcp ) = 5,85 × ( 4,72 − 18,99 ) × = −33,4MPa
2n 2× 5
A tensão inicial de tração na armadura de protensão vale:
P0 1733
σp0 = = = 1464MPa
A p 11,84
A perda percentual é de
∆σp 33,4
=− = −2,3%
σp0 1464
Figura 37
Figura 38
44
Pode-se admitir que o efeito do tempo em uma peça de concreto protendido transcorra em
condições que provocam fluência no concreto e a relaxação na armadura de protensão.
De fato, no concreto, as solicitações de caráter permanente são devidas à carga permanente
(constante) e à protensão que relativamente varia pouco; as tensões normais
correspondentes no concreto acabam gerando deformações adicionais por fluência.
A grande deformação inicial aplicada na armadura para se obter a força de protensão,
mantém-se praticamente constante ao longo do tempo provocando perdas de tensão por
relaxação.
Figura 39
Deformação por retração
ε cs= Equivale a uma diminuição de temperatura entre 15°C a 38°C
- Umidade relativa do ambiente (U)
Umidade Relativa do Ar (Diminui) Retração (aumenta)
Rio de Janeiro
U= 78% ε cs=-20x 10 -5
São Paulo
- Consistência do concreto no lançamento;
a
0,45 0,50 0,55 0,65 0,65
c
Porosidade aumenta →
Índice de vazios aumenta →
- Espessura fictícia da peça hfic;
45
Figura 40
E pε cs
∆σp ≅ β é um fator de correção ( ≥1,0 ), pode ser usado β=1 a favor da segurança
β
Figura 41
∆l c = ϕ(t 0 , t )∆l 0
∆l
ε cc = c
l
ε cc = ϕ(t 0 , t )ε c
46
Figura 42
Figura 43
σc,pog =
Mg
ep −
Fpo
−
(F
po − ep )
ep
Ic Ac Ic
Mg Fpo 2 Ac
σc,pog = ep − Fpo − ep
Ic Ac Ic
14 4244 3
η
positivo negativo
σc,pog = σc,g + σc,po
α p ϕ∞ σc,pog
∆σp,c ≅
β
onde:
∆σp,c é a perda no aço de protensão devido a fluência
47
Es
α p é a razão entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto .
Ec
Em casos onde não é necessária grande precisão, os valores finais do coeficiente de fluência ϕ(t∞,to) e da
deformação específica de retração ε cs(t∞,to) do concreto, submetido a tensões menores que 0,5 fc quando do
primeiro carregamento, podem ser obtidos, por interpolação linear, a partir da tabela 2.
Esta tabela fornece o valor do coeficiente de fluência ϕ(t∞,to) e da deformação específica de retração
ε cs(t∞,to) em função da umidade ambiente e da espessura equivalente 2Ac/u, onde Ac é a área da seção
transversal e u é o perímetro desta seção em contato com a atmosfera. Os valores desta tabela são
relativos a temperaturas do concreto entre 10ºC e 20ºC, podendo-se, entretanto, admitir temperaturas
entre 0ºC e 40ºC. Esses valores são válidos para concretos plásticos e de cimento Portland comum.
Figura 44
48
ψ 1000 é a relaxação de fios e cordoalhas, após 1000 h a 20ºC e para tensões variando de 0,5 a
0,8 fptk, obtida em ensaios descritos na NBR 7484, não devendo ultrapassar os valores
dados na NBR 7482 e na NBR 7483,respectivamente.
Para efeito de projeto, os valores médios da relaxação para as perdas de tensão, referidas a
valores básicos da tensão inicial, de 50% a 80% da resistência característica fptk (ψ 1000), são
reproduzidos na tabela 3.
σpo RN RB RN RB
0,5 fptk 0 0 0 0 0
0,6 fptk 3,5 1,3 2,5 1,0 1,5
0,7 fptk 7 2,5 5 2 4
0,8 fptk 12 3,5 8,5 3 7
Para tensões inferiores a 0,5 fptk, admite-se que não haja perda de tensão por relaxação.
Para tensões intermediárias entre os valores fixados na tabela 3, permite-se a interpolação
linear.
Pode-se considerar, para o tempo infinito (t=50 anos), o valor é ψ ∞ ≅ 2,5 ψ 1000.
χ(t o , t ) = − ln [1 − ψ(t o , t ) ]
σpoχ ∞
∆σp,r = −
β
ou
49
σpoψ1000
∆σp,r ≅ − Para aplicações usuais.
β
}
ou ψ 1000
σc,pog α pϕ∞ + E pε cs − σ po χ∞
∆σp =
β
1
β=
ϕ
1 + χ∞ + αpρp 1 + ∞ η
2
e2p
η = 1 + A c
Ic ⇒ Varia em cadaseção
M F
σc,pog = g e p − po η
Ic Ac
50
4
Flexão simples (ELU)
DEFINIÇÕES
4.1 Introdução
Basicamente a diferença entre o concreto armado e o concreto protendido é a existência do
pré-alongamento na armadura de protensão. No caso de solicitações normais, pode-se
dizer que o procedimento de cálculo no Estado Limite Último (ELU) para estruturas
protendidas é o mesmo que aqueles do concreto armado.
A NB1-2000 refere-se a estado limite último como;
Estados Limites Últimos são aqueles relacionados ao colapso, ou a qualquer outra forma de
ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura.
σs σs
fptk
f yk fpyk fptd
f yd fpyd
Es εs
Ep
ε uk εp
ε uk
σs
fpyk fptk
fpyd fptd
Ep
εp
ε uk
Figura 49
Esforços solicitantes
Msd
Fpοο
Nsd =0
Geometria e armadura protendida
bw; h; d; dp; Ap
Materiais
fck; fy (armadura passiva) e E s; fpyk (armadura ativa) e Ep
x x
a) Arbitra-se um valor para x (ou ), por exemplo = 0,30
d d
x
b) Para este valor de x (ou ) calcula-se a deformada de Estado Limite Último (ELU)
d
correspondente. Os domínios de deformação no ELU são 1 a 5.
Assim se:
x x
≤ 0,259 ε c = 10‰
d d −x
x h
0,259 ≤ ≤ ε c = 3,5‰
d d
h x 2‰
≤ εc =
d d 3h
1−
7x
Logo
1− x
( d − x ) = ε d
εs = ε c Alongamento da armadura passiva de tração.
x c
x
d
dp x
( dp − x ) d −d Alongamento adicional (ao pré-alongamento da
∆ε p = ε c = εc
x x armadura protendida.
d
O alongamento total da armadura aderente será dado por;
ε p = ε pré +∆ε p
F
ε pré ≅ γ p p∞ (1 + αp ρp η) com γp = 0,90.
E pA p
55
sendo:
Ep Ap A
αp = ; ρp = ; η = 1 + e2p c
Ec Ac Ic
d) Dado ε s e ε p podem ser calculadas, pelas equações constitutivas, as tensões σsd e σpd.
−f yd ≤ σ sd = E sε s ≤ f yd (+ alongamento)
e) Dados x, σsd e σpd podem ser calculadas as resultantes no concreto e no aço e seus
pontos de aplicação.
R pd = σpd A p
f) Dados Rcd, σsd, e Rpd e seus pontos de aplicação, podem ser calculados os esforços
resistentes Nrd e Mrd.
N rd = R cd − R sd − R pd (1)
{
A sσsd
M rd = R cd − 0,4x + σsd As d − + R pd d p −
h h h
(2)
2 2 2
M rd ≥ M sd (4)
R cd − R pd
As =
σsd
R − R pd
M rd = R cd − 0,4x + σsd cd d − + R pd d p −
h h h
2 σsd 2 2
Se o valor de Mrd calculado for igual a Msd teremos a solução, se não, podemos repetir o
processo iterativamente até obtermos Mrd = Msd .
No item 14.5.4.3, Limites para redistribuição de momentos e condições de dutilidade, Da
NB1-2000, a capacidade de rotação das peças é função da posição da linha neutra no ELU
e quanto menor é x/d, maior é essa capacidade.
Para melhorar a dutilidade das estruturas nas regiões de apoio das vigas ou de ligações com outros
elementos estruturais, mesmo quando não se fizerem redistribuições de esforços solicitantes , deve-se
garantir para a posição da linha neutra no ELU, os limites seguintes:
Msd,Mrd
C
Msd
B
A
D
2
0,1 As,sol As (cm )
A’
0,3
B’
0,5
x C’
d
Figura 50
Com estes três ou mais pares, traçamos a curva aproximada que correlaciona Mrd com As,
entrando com Msd e interpolando entre os valores calculados, mais próximos, achamos
As,sol, aproximado.
Por exemplo, se Msd está entre os pontos B e C, temos:
57
M sd − M rd,B
As,sol ≅ ( A − As,C ) + As , B
M rd,C − M rd,B s,B
O gráfico também fornece qual é o momento resistente para As igual a zero (ponto D). ou
seja, se Msd ≤Mrd,D não é necessária, teoricamente, armadura passiva As, devendo-se adotar a
armadura mínima dada por:
As ≥ Asmin = ρAc para armaduras aderentes
Ap
onde ρp =
Ac
Tabela 8
≤ 25 0,15%
30 0,173%
35 0,20%
40 0,23%
45 0,26%
50 0,29%
58
Figura 51
(b) Calcular ε c
Para
x x 11,5
= 0,10 < 0,259 → εc = 10‰ = 10‰ = 1,11‰
d x −d 115-11,5
1− x
(1 − 0,10 ) = 10‰
εs = ε c
d
= 1,11‰
x 0,10
d
dp x 110 − 0,10
d −d
∆ε p = ε c = 1,11‰ 115 = 9,51‰
x 0,10
d
Fp∞ 129,8
ε pré ≅ γ p = 0,90 = 0,00508 = 5,08‰
E pA p 1950.11,8
Fp∞
ε pré ≅ γ p ( 1 + αp ρpη) = 5,08‰ ( 1 + 8,19.0,00246.3,08 ) = 5,40‰
E pA p
com
E 195
αp = p = = 8,19
E c 23,8
A p 11,80
ρp = = = 0,00246
Ac 40.120
A 2 0,48
η = 1 + e2p c = 1 + (1,10 − 0,60 ) = 3,08
I c 0,0576
ep = dp −
h
2
εp = εpré + ∆ εp ≅ 5,08‰+9,51‰=14,59‰
Só vale para armadura de
Ou de maneira mais exata;
protensão ADERENTE
ε p = ε pré + ∆ε p = 5,40‰+9,51‰=14,91‰
5,0 tf
−f yd ≤ σ sd = E sε s ≤ fyd → f yd = cm 2 = 4,35 tf
1,15 cm 2
10
εs = 10‰ = → Es = 210GPa = 2100 tf
1000 cm 2
10
σsd = 2100 ≤ 4,35 tf → σsd = 4,35 tf
1000 cm 2 cm 2
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
σpd = E pε p ≤ fpyd
0,9fptk 0,9.19,0tf
fpyd = = cm 2 = 14,87 tf
γs 1,15 cm 2
E p = 195GPa = 1950 tf
cm 2
14,59
σpd = 1950. ≤ fpyd = 14,87 tf
1000 cm 2
(e) Calcular Rcd, Rsd e Rpd
0,25
R cd = 0,85f cdb w 0,8x = 0,85 40.0,8.11,5 = 55,9tf
1,4
R sd = σsd As = 4,35.A s
R pd = σpd A p = 14,87.11,8 = 175,5tf
(f) Calcular Mrd e Nrd
60
2 M rd = R cd − 0,4x + σsd As d − + R pd d p −
h h h
2 2 2
R cd − R pd 55,9 − 175,5
As = = = −27,5cm 2
σsd 4,35
x x
Repetindo a seqüência para =0,30 e =0,50, temos;
d d
Tabela 9
x
Pontos As (cm2) Mrd (tfm)
d
A 0,10 -27,5 52,93
B 0,30 -1,82 160,93
C 0,50 23,88 248,17
61
Msd,Mrd
C
Msd
B
A
D
2 2
0,1 As,sol=10,36 cm As (cm )
A’
0,3
B’
0,5
x C’
d
Figura 52
678
ρmin,ca = 0,15%p/fck = 25
0,15%
Asmin = ( 0,15% − 0,5ρp ) ≥ Ac
2
0,15%
Asmin = 40.120 = 3,60cm 2
2
Caso a solução exigisse x/d >0,50 não seria possível e teríamos que aumentar a seção, ou o
fck ou colocar A´s (armadura de compressão).
62
Figura 53
Esforços solicitantes
Msd
Fpοο
Nsd =0
Geometria e armadura protendida
bw; h; d; dp; Ap
Materiais
fck; fy (armadura passiva) e E s; fpyk (armadura ativa) e Ep
4.3.2. Seqüência geral de solução.
Existem dois caminhos possíveis, pois temos três incógnitas e somente 2 equações (Nrd e
Mrd), portanto deveremos fixar uma das incógnitas;
1° Caminho
x
Fixa-se ≤ 0,50 , isto é possível quando já temos a solução com A's = 0 , que não foi
d
x
viável. Fixando seguiremos os passos dados anteriormente calculando, também, ε ’s e
d
σ sd , dados por;
’
63
ε = εc
' (x − d )'
s
x
e
−fyd ≤ ( σ'sd = E s ε's ) ≤ f yd
⊕ decompressão
Na sequência obteremos
N rd = R cd − {
R 'sd − R{sd − R pd (1)
A 's σ'sd As σsd
h h h h
M rd = R cd − 0,4x + σ' A ' − d ' + σsd A s d − + R pd d p − (2)
2 { 2 2 2
sd s
R 'sd
h h h h
M rd = Rcd − 0,4x + σ 'sd A 's − d' + σsd As d − + R pd dp −
2 2 2 2
Duas equações a duas incógnitas A’s e As.
x
Destas duas equações teremos um par solução A’s e As para o valor fixado.
d
Cabe aos projetistas escolherem o par mais conveniente, desde que;
2° Caminho
x
Arbitrar A’s e repetir os passos da solução com armadura simples, para vários e calcular
d
qual As fornece Mrd=Msd .
64
x
Para = 0,50 → x = 57,5cm
d
l
Para > 35
d
fck
∆σp = 70 MPa + ≤ 210 MPa
Ap
300
b.d p
temos que;
σp = E pε pré + ∆ σp ≤ fpyd
Como já foi dado, a sequência de cálculo é a mesma, modificando-se porém o cálculo de εp,
σsp e Rsp .
l
Supondo que o vão seja menor que 38,5 m, ou seja ≤ 35 (dp=1,10 m)
dp
fck
∆σp = 70MPa + ≤ 420 MPa
Ap
100
b.d p
25
∆σp = 70MPa + = 163,2MPa ≤ 420 MPa
11,8
100
40.110
5,40
σp = E pε pré + ∆σp = 1,950. + 1,63 = 12,16tf cm 2 ≤ fpyd = 14,87tf cm 2
1000
e
R sp = γpFp∞ = 11,8.12,16 = 143,5tf
x
Para =0,10
d
De 1: N rd = 55,9 + 4,35A s − 143,5
Tabela 10
Para Mrd=203,2 tfm interpolando entre 0,30 e 0,50 obtemos As=17,54 cm2.
b) Cálculo do acréscimo de protensão pela opção B
e
6,98
σp = E pε pré + ∆σp = 1,950. = 13,612,16tf cm 2 ≤ fpyd = 14,87tf cm 2
1000
e
R sp = γpFp∞ = 13,8.12,16 = 160,6tf
Tabela 11
Tabela 12
300
250
200
150
100
50
0
-30 -20 -10 0 10 20 30 40
Figura 54
69
Figura 55
Ap=11,8 cm2; Aço CP-190-RB; Ep=195 GPa; P∞=129,8 tf; A s = ?; CA-50; Es=210 GPa;
fck=25 MPa; E c=23,8 MPa
Cálculo da posição do CG
h
bw h(b f −b w ) hf h f 40.120 120 ( 100 − 40) 10 10
ys = 2 2 = 2 2 = 53,9cm
b w h + (b f −b w ) hf 40.120 + (100 − 40 ) 10
b) Calcular ε c
Para
x x 11,5
= 0,10 < 0,259 → εc = 10‰ = 10‰ = 1,11‰ (Domínio 2)
d x −d 115-11,5
( 1 − 0,10 ) = 10‰
εs = 1,11‰
0,10
70
110 − 0,10
∆ε p = 1,11‰ 115 = 9,51‰
0,10
129,8
ε pré ≅ 0,90 = 0,00508 = 5,08‰ E p=195 GPa = 1950 tf/cm2
1950.11,8
F
ε pré ≅ γ p p∞ (1 + αp ρpη) = 5,08‰ ( 1 + 8,19.0,00246.3,08 ) = 5,40‰
E pA p
εp = εpré + ∆ εp ≅ 5,08‰+9,51‰=14,59‰
Só vale para armadura de
protensão ADERENTE
ε p = ε pré + ∆ε p = 5,40‰+9,51‰=14,91‰
Figura 56
Se 0,8x ≥ h f
Figura 57
As duas situações podem ser expressas pelas resultantes Rcd,alma e Rcd,aba com t = 0,8x ≤ hf (e
se x<0 Rcd,alma=Rcd,aba=0 e t=0 )
0,25
R cd,alma = 0,85 40.0,8.11,5 = 55,9tf
1,4
0,25
R cd,abas = 0,85 (100 − 40 ) 9,2 = 83,8tf
1,4
R pd = σpd A p = 14,87.11,8 = 175,5tf
R sd = σsd As = 4,35.A s
Figura 58
t h h
M rd = R cd,alma ( y s − 0,4x ) + R cd,abas y s − + σsd A s d − + R pd d p −
2 2 2
2 M = 55,9 (53,9 − 0,4.11,5) + 83,8 53,9 − 9,2 + 4,35.A 115 − 120 + 175,5 110 − 120
rd s
2 2 2
M rd = 16732 + 265,8.As
x x
Repetindo a sequência para =0,30 e =0,5 obtemos;
d d
Tabela 13
Mrd
tfm
C
B
Msd=203,2
2 2
0,1 As,sol=4,71 cm As (cm )
A’
0,3
B’
0,5 C’
x
d
Figura 59
Para o momento solicitante MSd =203,2 tfm, a solução está entre os pontos A e B, e por
interpolação linear temos;
Figura 60
No caso da flexão simples (Nsd =0) pode-se fazer o momento das resultantes Rcd e Rpd em
relação à armadura As, asssi;
σ A 0,9f
2’
M Rd
2
b wd fcd
=
0,85f cdb w 0,8.x
2
b wd f cd
( d − 0,4x ) − pd p 2 ptd d − d p
0,9f ptd bwd f cd
( )
Definindo as variáveis adimensionais:
M Rd
µd = Atenção, aqui usamos d, e não h como se faz em pilares.
b wd 2f cd
As fyd
ϖs =
b w df cd
A p 0,9f ptd
ϖp =
b w df cd
x σ σ
1’’ 0,68 − sd ϖ s − pd ϖp = 0
d f yd 0,9f ptd
σ d
µ d = 0,68 1 − 0,4 − pd ϖ p 1 − p
x x
2’’
d d 0,9f ptd d
x
Ou seja, dado um obtemos σsd e σpd por;
d
74
x
≤ 0,259 ε c = 10‰ → σsd = f yd
d
dp x Domínio 2
d −x −
∆εp = 10‰ p = 10‰ d d
d−x 1 − x
d
1− x
x
> 0,259 εc = 3,5‰ d → σsd = Es εs ≤ fyd
d x
d
Domínio 3 e 4
dp x
d −d
∆εp = 3,5‰
x
d
E das expressões 1’’ e 2’’;
x σ
0,68 − pd ϖ p
d 0,9f ptd
ϖs = 1’’
σsd
f yd
σ d
µ d = 0,68 1 − 0,4 − pd ϖ p 1 − p
x x
d d 0,9f ptd d
dp dp
Um exemplo deste tipo de tabela se encontra na página seguinte, para =0,95; =0,85;
d d
dp
=0,75.
d
Tabela de adimensioais para flexão simples em seções retangulares comarmaduras aderentes
dp/d ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs
0,850 0,090 0,020 0,000 0,120 0,015 0,000 0,150 0,011 0,000 0,180 0,006 0,000 0,210 0,002 0,000 0,240 -0,003 0,000 0,270 -0,007 0,000
0,850 0,090 0,052 0,000 0,120 0,047 0,000 0,150 0,043 0,000 0,180 0,038 0,000 0,210 0,034 0,000 0,240 0,029 0,000 0,270 0,025 0,000
0,850 0,090 0,082 0,012 0,120 0,078 0,000 0,150 0,073 0,000 0,180 0,069 0,000 0,210 0,064 0,000 0,240 0,060 0,000 0,270 0,055 0,000
0,850 0,090 0,112 0,046 0,120 0,107 0,016 0,150 0,103 0,000 0,180 0,098 0,000 0,210 0,094 0,000 0,240 0,089 0,000 0,270 0,085 0,016
0,850 0,090 0,140 0,080 0,120 0,135 0,050 0,150 0,131 0,020 0,180 0,126 0,000 0,210 0,122 0,000 0,240 0,117 0,000 0,270 0,113 0,050
0,850 0,090 0,166 0,114 0,120 0,162 0,084 0,150 0,157 0,054 0,180 0,153 0,024 0,210 0,148 0,000 0,240 0,144 0,000 0,270 0,139 0,084
0,850 0,090 0,191 0,148 0,120 0,187 0,118 0,150 0,182 0,088 0,180 0,178 0,058 0,210 0,173 0,028 0,240 0,169 0,000 0,270 0,164 0,118
0,850 0,090 0,215 0,182 0,120 0,210 0,152 0,150 0,206 0,122 0,180 0,201 0,092 0,210 0,197 0,062 0,240 0,192 0,032 0,270 0,188 0,152
0,850 0,090 0,237 0,216 0,120 0,233 0,186 0,150 0,228 0,156 0,180 0,224 0,126 0,210 0,219 0,096 0,240 0,215 0,066 0,270 0,210 0,186
0,850 0,090 0,259 0,252 0,120 0,254 0,223 0,150 0,250 0,193 0,180 0,246 0,164 0,210 0,241 0,135 0,240 0,237 0,106 0,270 0,232 0,223
dp/d ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs
0,750 0,090 0,011 0,000 0,120 0,003 0,000 0,150 -0,004 0,000 0,180 -0,012 0,000 0,210 -0,019 0,000 0,240 -0,027 0,000 0,270 -0,034 0,000
0,750 0,090 0,043 0,000 0,120 0,035 0,000 0,150 0,028 0,000 0,180 0,020 0,000 0,210 0,013 0,000 0,240 0,005 0,000 0,270 -0,002 0,000
0,750 0,090 0,073 0,012 0,120 0,066 0,000 0,150 0,058 0,000 0,180 0,051 0,000 0,210 0,043 0,000 0,240 0,036 0,000 0,270 0,028 0,000
0,750 0,090 0,103 0,046 0,120 0,095 0,016 0,150 0,088 0,000 0,180 0,080 0,000 0,210 0,073 0,000 0,240 0,065 0,000 0,270 0,058 0,016
0,750 0,090 0,131 0,080 0,120 0,123 0,050 0,150 0,116 0,020 0,180 0,108 0,000 0,210 0,101 0,000 0,240 0,093 0,000 0,270 0,086 0,050
0,750 0,090 0,157 0,114 0,120 0,150 0,084 0,150 0,142 0,054 0,180 0,135 0,024 0,210 0,127 0,000 0,240 0,120 0,000 0,270 0,112 0,084
0,750 0,090 0,182 0,148 0,120 0,175 0,118 0,150 0,167 0,088 0,180 0,160 0,058 0,210 0,152 0,028 0,240 0,145 0,000 0,270 0,137 0,118
0,750 0,090 0,206 0,182 0,120 0,198 0,152 0,150 0,191 0,122 0,180 0,183 0,092 0,210 0,176 0,062 0,240 0,168 0,032 0,270 0,161 0,152
0,750 0,090 0,229 0,219 0,120 0,222 0,191 0,150 0,215 0,162 0,180 0,208 0,133 0,210 0,200 0,104 0,240 0,193 0,075 0,270 0,186 0,191
0,750 0,090 0,252 0,260 0,120 0,245 0,234 0,150 0,239 0,207 0,180 0,232 0,181 0,210 0,226 0,154 0,240 0,219 0,128 0,270 0,212 0,234
dp/d ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs ωp µ ωs
0,650 0,090 0,002 0,000 0,120 -0,009 0,000 0,150 -0,019 0,000 0,180 -0,030 0,000 0,210 -0,040 0,000 0,240 -0,051 0,000 0,270 -0,061 0,000
0,650 0,090 0,034 0,000 0,120 0,023 0,000 0,150 0,013 0,000 0,180 0,002 0,000 0,210 -0,008 0,000 0,240 -0,019 0,000 0,270 -0,029 0,000
0,650 0,090 0,064 0,012 0,120 0,054 0,000 0,150 0,043 0,000 0,180 0,033 0,000 0,210 0,022 0,000 0,240 0,012 0,000 0,270 0,001 0,000
0,650 0,090 0,094 0,046 0,120 0,083 0,016 0,150 0,073 0,000 0,180 0,062 0,000 0,210 0,052 0,000 0,240 0,041 0,000 0,270 0,031 0,016
0,650 0,090 0,122 0,080 0,120 0,111 0,050 0,150 0,101 0,020 0,180 0,090 0,000 0,210 0,080 0,000 0,240 0,069 0,000 0,270 0,059 0,050
0,650 0,090 0,148 0,114 0,120 0,138 0,084 0,150 0,127 0,054 0,180 0,117 0,024 0,210 0,106 0,000 0,240 0,096 0,000 0,270 0,085 0,084
0,650 0,090 0,173 0,148 0,120 0,163 0,118 0,150 0,152 0,088 0,180 0,142 0,058 0,210 0,131 0,028 0,240 0,121 0,000 0,270 0,110 0,118
0,650 0,090 0,199 0,187 0,120 0,189 0,159 0,150 0,179 0,131 0,180 0,169 0,102 0,210 0,159 0,074 0,240 0,149 0,046 0,270 0,139 0,159
0,650 0,090 0,224 0,229 0,120 0,215 0,203 0,150 0,206 0,177 0,180 0,197 0,151 0,210 0,188 0,125 0,240 0,179 0,100 0,270 0,170 0,203
0,650 0,090 0,247 0,269 0,120 0,239 0,245 0,150 0,230 0,221 0,180 0,222 0,197 0,210 0,214 0,173 0,240 0,205 0,150 0,270 0,197 0,245
76
M Rd 20320tf.cm
µd = = 2
= 0,215
bwd 2f cd 2 3 0,25tf cm
40.115 cm
1, 4
Entrando com os dados na tabela com;
dp
= 0,95
d
ϖ p ≅ 0,21 → ϖ s ≅ 0,059
µ d = mi = 0,215
Logo
0,25tf cm 2
f 1,4
As = ϖ s cd b w d = 0,059 2
40.115cm 2 = 11,54cm 2
fyd 4,35tf cm
Note que; no exemplo F-ELU-1 a armadura calculada foi de 10,60 cm2 semelhante
a obtida neste exemplo.
77
fck l
∆σp = 70MPa + ≤ 420 MPa Supõe-se aqui que ≤ 35
Ap dp
100
b.d p
25
∆σp = 70 MPa + = 163,2MPa = 1,63tf cm 2 ≤ 420MPa
11,8
100
40.110
e
5,4
σp = 1,95.10 3 + 1,63 = 12,16tf cm 2
1000
As adaptações para o uso da tabela é considerar os seguintes adimensionais;
M Rd 20320tf.cm
µd = = 2
= 0,215
bwd 2f cd 2 3 0,25tf cm
40.115 cm
1, 4
dp
= 0,95
d
ϖ p ≅ 0,175 ≅ 0,18 → ϖs ≅ 0,088
µ d = mi = 0,215
Logo
78
0,25tf cm 2
f 1,4
As = ϖ s cd b w d = 0,088 2
40.115cm 2 = 16,7cm 2
fyd 4,35tf cm
5
Estádio II flechas e fissuração (ELS)
DEFINIÇÕES
5.1 Introdução
Deslocamento Deslocamento a
Razões da limitação Exemplos
Limite considerar
Superfícies que devem Coberturas
L/250 (1) Deslocamento total
drenar água e varandas
Pavimentos que Ginásios e L/350 + contra-
Deslocamento total
devem permanecer pistas de flecha (2)
Deslocamento
planos de boliche L/600 incremental após a
construção do piso
Laboratório
Deslocamentos que
Elementos que s de De acordo com
ocorram após
suportam equipamentos medidas de recomendação
nivelamento do
sensíveis grande do fabricante
aparelho
precisão
Tabela 16 Limites para deslocamentos - Efeitos em elementos não estruturais
Razões da Deslocamento a
Exemplos Deslocamento limite
limitação considerar
Alvenaria, caixilhos e L/500 (3) ou 10 mm Desloc. ocorridos após
revestimentos ou θ=0,0017 rad (4) construção da parede
Divisórias leves e Desloc. ocorridos após
L/250 (3) ou 25 mm
caixilhos telescópicos instalação da divisória
Paredes Movimento lateral de H/1000 (5) ou Hi/500 Desloc. provocado pela
edifícios entre pavimentos(6) ação do vento
Desloc. provocado por
Movimentos térmicos
verticais L/400 (7) ou 15 mm diferença de
temperatura
Desloc. relativo
Movimentos térmicos
Hi/500 provocado por diferença
horizontais
de temperatura
Revestimentos Desloc. ocorridos após
L/360
colados construção do forro
Forros Revestimentos
Desloc. ocorridos após
pendurados ou com L/180
construção do forro
juntas
81
I 0,20mm1) 0,20mm1)
II 0,20mm1) Protensão limitada
III e IV Protensão limitada 1) Protensão completa
1)
Protensão parcial com ω≤0,20 mm.
82
Concreto: σc = E c ε c
Armadura passiva: σs = E s ε c
Armadura ativa: σp = Ep ε c ;
Aderência perfeita concreto / armaduras (no protendido com aderência);
Tensão nula de tração no concreto;
A força efetiva de protensão (P0,ef) correspondente ao estado de descompressão da
seção é considerada esforço solicitante externo.
εc + encurtamento
ε( y ) = ( x− y)
x − alongamento
1 + encurtamento
ε(z) = ε o + z
r − alongamento
1 M
= (2)
r EII
As relações (1) e (2) valem para o Estádio I, isto é, concreto não fissurado.
Procura-se então, no Estádio II (concreto fissurado a tração) dado um par M,N
calcular ε o e 1/r correspondente e com estes calcular um valor de EIII que possa
ser usado na expressão (2) acima, e é dado por;
M
EIII =
1r
Não se calcula, no entanto, o valor EA no Estádio II, pois o calculo deste por
N/ε o pode conduzir a valores negativos, usando-se então, aproximadamente,
EAII≅EAI=EA c.
Ou seja, para o momento M* (M* > Mr) o valor da curvatura (1/r)* e o valor do
EIeq é dado por;
M*
EIeq =
(1/r )*
Temos, portanto, para valores M > Mr, um valor de EIeq para cada momento, que
pode ser representado no gráfico abaixo.
84
A rigor, cada trecho de viga tem um valor de EIeq diferente, pois os momentos são
variáveis, utiliza-se um único valor de EIeq para toda a viga. No caso do concreto
armado este valor é dado aproximadamente por;
M 3 M EI
3
onde;
§ M é o momento atuante na seção mais solicitada.
§ EII = EcIc, isto é, o módulo de elasticidade vezes a inércia da seção de
concreto não fissurada.
§ EIII é o valor obtido para o Estádio II puro.
Esta expressão, proposta inicialmente pelo pesquisador americano Dan Branson, é
utilizada pela nova NB1. Ela leva em conta uma rigidez média entre as várias
seções da viga, algumas fissuradas outra sem fissuras.
85
a) Dados do problema.
a.1) Seções da peça e armaduras;
xposiçãodalinhaneutra
h
r curvatura relativa
tais que o par resistente (NR e MR) coincida com o para solicitante (NS e MS), ou
seja;
N R = NS e MR = MS
Achado, por interações sucessivas, o par (x;h/r) pode-se calcular a rigidez no
Estádio II (EcI)II e a tensão σs na armadura passiva.
MR MR
( Ec I)II = = h
1/r h / r
xh
εc = → σ c = E cε c
h r
↓
⊕ encurtamento
σcb wx σcb w x xh
Rc = = Ec
2 2 h hr
σ b x x 2 h
R c = c w → + compressão
2 h r
a c = − = h 0,5 −
h x 1x
r 3 3 h
Armadura Ativa:
h dp − x
∆ε p = → σ p = ( ε pré +∆ε p ) E p
r h
↓
⊕ alongamento
R p = ε p E pA p
(
R p = E p ε pré + p
)
d −x h
Ap
h r → ⊕ tração
h
a p = e p = d p − 2
Armadura Passiva:
h d− x
εs = → σs = εs Es
r h
↓
⊕ alongamento
R s = εs E s A s
(d − x) h
R s = Es h r A s
→ ⊕ tração
h
as = d −
2
e os esforços resistentes são dados por:
N r = Rc − Rp − Rs
→ ⊕ compressão
M r = R ca c − R pa p − R sa s
σc b w x x 2 h ( )
dp − x h (d − x ) h
Nr = − E p A p ε pré + − EsA s 1'
2 h r h r h r
σ b x x 2 h
M r = c w h 0,5 −
1 x
− E A
ε +
( d p − x ) h d − h − E A ( d − x ) h d − h 2
pré p s s
r
p p
2 h r 3h h 2 h r 2
σc b w x x 2 h
Nr = −
ε
( +
)
dp − x h
− Es A s
(d − x ) h x
= 0 → fornce 1'
E A
2 h r
p p
pré
h r h r h
σ b x x 2 h
M r = c w h 0,5 −
1x
− E A
ε +
( d p − x ) h d − h − E A ( d − x ) h d − h
3 h pré r p 2 h r 2
p p s s
2 h r
h
↓
Mr x
= ( EI )II com de 1'
( 1/r ) h
No caso geral, a resposta apresenta-se como foi dado no item 4.2. (pag. 5), após MR, existe
uma variação não linear entre m e 1/r.
A solução do sistema de equações 1 e 2 pode ser feito de forma iterativa, através de uma
planilha Excel, com a sequência dada a seguir, para a flexão simples (NS=0)
Adota-se x/h
1 φi σS 3σS
1 Fissuraçãonãoestabilizada
10 ( 2ηi − 0,75 ) ES fct
1 φi σS 4
+ 45 2 Fissuraçãoestabilizada
10 ( 2ηi − 0,75 ) ES ρr
Para deixar mais claro a solução por iteração, faremos os cálculos para o caso de
x/d=0,30, seguem-se os passos necessários.
Dado x/d=0,30 → x = 0,30.75 , calcular ε c, ε s, ∆ε p e ε.
1 xh h h
εc = x = = 0,30 → = ?incógnita
r h r r r
1 d p x h 65
= − = − 0,30 = 0,57
h h
∆ε p = ( d p −x )
r h h r 75 r r
εs = ( d − x ) = − = − 0,30 = 0,63
1 d x h 70 h h
r h h r 75 r r
h
ε p = ε pré +∆ε p = 5,0‰ + 0,57
r
Dados ε c, ε s, ∆ε p e ε → tesões σp , σs e σc
b w σc 25.750 h h
Rc = x= 22,5 = 210937 ( kN )
2 2 r r
h h
R s = σs A s = 13293.3 = 38879 (kN )
r r
R p = σp A p = 100 + 11400 4
h
( kN)
r
h h h
M R = 6328100 + 1263568 + 125400 + 11000 (kN.cm)
r r r
h
M R = 11000 + 884567 8 (kN.cm)
r
Como buscamos a solução onde NR=NS, de 1 temos;
h 400
= = 0,00316 = 3,16‰
r 126458
Com este valor de h/r em 2 temos;
M R = 38979kN.cm = 389,79kN.m
x h h r MR NR σs
(−) ( ‰) ( kN.m ) ( kN ) (kN cm ) 2
OBS.: σs = E s −
d x h
h h r
Na página seguinte encontra-se uma planilha com estes resultados.
O cálculo da abertura de fissuras é feito como dado em 5.5 com as seguintes
expressões;
91
1 φi σS 3σS
10 ( 2ηi − 0,75 ) ES fct
w é o menor valor entre
1 φi σS 4
+ 45
10 ( 2ηi − 0,75 ) ES ρr
a) Deformações.
εc x− d'
d'
εs' = ε c → ⊕ encurtamento
ε’s x
x d−x
dp
d εs = ε c → ⊕ alongamento
x
∆εc dp − x
εs ∆ε p = ε c → ⊕ alongamento
x
b) Resultantes.
E cε c bf se x ≤ h f
Rc = x ( x − hf ) 2
E cε c b f − E cε c ( bf − b w ) se x ≥ hf
2 2.x
R s = E s εs As ⊕ Tração
R 's = E s ε s' A s' ⊕ Compressão
∆R p = E p∆ε pA p ⊕ Tração
( bf −b w )h 2bwh 2
+
1 ( bf − b w ) hf + b w h
f
2 2
ys = 2 2 =
( bf − b w ) hf + b w h 2 ( bf − b w ) hf + b w h
d) Posição da linha Neutra para x ≤ ff. (Meq > 0)
x
R c = E cε c b f
2
d−x
R s = Esε c As
x
x − d' '
R 's = E s ε c As
x
dp − x
∆R p = E pε c Ap
x
93
Do equilíbrio vem:
1 N eq = R c + R 's − ∆R p − R s
2 M eq = R c y s − + R 's ( ys − d ' ) + ∆R p ( d − y s ) + R s ( d p − y s )
x
3
Incógnitas; x e ε c.
Neq 1 R c + R 's − ∆R p − R s
= =
e R y − x + R' y − d' + ∆R d − y + R d − y
M eq
c s
3 s
( s ) p ( s ) s ( p s)
x é a solução da equação a 1 x 3 + b1x 2 + c1x+ d1 = 0 com ;
Ec 1
a1 = b
6 f e
E 1 − y 1
b1 = c bf s
2 e
1 1 1
( ) e e
1
c1 = E s As + A's 1 − y s + As d + E p A p 1 + d ' − y s
e e
( x − hf ) b − b
2
x
R c = Rc1 − Rc 2 = E cε c b f − E cε c ( f w)
2 2.x
d−x
R s = Esε c As
x
x − d' '
R s = Esε c
'
As
x
d −x
∆R p = E pε c p Ap
x
Do equilíbrio vem:
1 N eq = R c1 − R c2 + R 's − ∆R p − R s
2 M eq = R c1 y s − − R c2 y s + f + R 's ( ys − d ' ) + ∆R p ( d − y s ) + R s ( d p − y s )
x x h
3 3 3
Incógnitas; x e ε c.
94
Ec 1
a2 = b
6 fe
E 1 E 1
b 2 = c b w 1 − y s + c h f ( bf − b w )
2 e 2 e
c 2 = c 1 + E ch f ( b f − b w ) 1 − y s − f
1 h 1
e 2 e
d 2 = d 1 − E ch 2f ( bf − b w ) 1 − y s − f
1 h 1
e 3 e
f) Deformada.
Para a seção deformada ficar caracterizada precisa-se encontrar a outra incógnita εc, o
que pode ser feito através da expressão de equilíbrio de momentos (equação 2 pag. 15).
Para x ≤ hf
Meq
εc =
x x d − x x − d' dp − x
Ec bf y s − + E s
2 3 x
As (d − y s ) +
x
A 's (y s − d' ) + Ep
x
( )
A p d p− y s
Para x > hf
Meq
εc =
( x − hf ) b −b y − x + hf +E d −x A d −y + x − d' A' y −d' + E dp −x A d −y
2
Ec bf y s − −Ec
x x
( w f ) s 3 3 s x s ( s ) x s ( s ) p x p ( p s)
2 3 2
g) Curvatura
1
A curvatura é determinada pela relação:
r
1 εc
=
r x
h) Produto de Rigidez Equivalente.
M eq 1 M eq
= ⇒ ( EI)eq =
EI r 1r
95
( + ) tração
σ = E.ε
( −) compressão
d− x
σs = E sε s = Es εc
x
d '− x
σ 's = E s ε 's = Es εc
x
dp − x
σp = Ep εp = E pεc
x
96
σs (kgf/cm²) bw
M M
Ms Ms
Mr Mr
Mo EIII
Mo
P.e
EII
P.e
1/r a
Momento-Curvatura Momento-Flecha
Eddc3