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Engenharia Civil

DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS
LINEARES À TORÇÃO

CCE 1529 – SISTEMAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO

Prof.: M.Sc. Rebecca Mansur de Castro Silva


beccamansur@hotmail.com

2022
Esforços solicitantes

Cisalhamento

Tração

Flexão

Compressão

Torção

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral

• Vigas estão basicamente submetidas a momento fletor


(armadura longitudinal) e esforço cortante (armadura
transversal);
• Entretanto, pode também ocorrer a torção do elemento
estrutural, mesmo que esses esforços sejam causados
apenas pelo seu peso próprio.

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Casos mais comuns

1. Existe uma distância entra a linha de 2. Lajes em balanço, engastadas 3. Vigas com mudança de
ação da carga e o eixo longitudinal da viga. em vigas de apoio. direção e vigas curvas.

VB
TB
C B

Vigas em balanço Marquises

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Torção de equilíbrio e de compatibilidade
A torção nas estruturas de concreto pode ser dividida em duas categorias: torção de equilíbrio e torção de
compatibilidade.
• Na torção de equilíbrio, o momento de torção deve ser obrigatoriamente considerado, pois ele é necessário
para o equilíbrio da estrutura;
- Todos os casos já apresentados são considerados com efeito de torção de equilíbrio.

Essa torção que vamos dimensionar!


• Na torção de compatibilidade, o momento de torção pode ser desconsiderado, pois não é necessário para o
equilíbrio da estrutura;
- Caso de laje apoiada sobre viga de borda;
- Caso de viga apoiada em duas vigas transversais.
Sugestão: https://www.youtube.com/watch?v=qQTHHwhhlr8

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Torção de compatibilidade

Hipótese I – Vigas de apoio com rigidez à torção elevada.


D
D.M.F. D.M.T.

A P
C F
B

E
• ↓ momentos MA e T;
• ↑ momento fletor ↓ rigidez à torção Fissuras
positivo da viga AB.

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Torção de compatibilidade

Hipótese II – Vigas de apoio com rigidez à torção nula.


D
D.M.F. D.M.T.

A P
C F
B

E Em geral, as vigas apresentam


baixa rigidez à torção (b Compatibilidade de Viga AB é livre pra
entre 12 e 20 cm e h de deformações das vigas. girar em A e B.
aprox. 60 cm).

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Torção simples (Torção de St. Venant)

Trajetórias das tensões principais na seção circular.

O momento de torção provoca


Tensões principais de tensões de cisalhamento
tração e de compressão em planos perpendiculares ao
inclinadas de 45° e 135° com o eixo da barra e em planos
eixo longitudinal da barra longitudinais, simultaneamente.
(curvatura helicoidal).

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Torção simples (Torção de St. Venant)
Ensaios realizados por Mörsch (1904 – 1921)

Figueiredo et. al, 2021

Máquina de Ensaios Universal

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Torção simples (Torção de St. Venant)
Ensaios realizados por Mörsch (1904 – 1921)
• As tensões de tração e de compressão são
inclinadas de 45° e com traçado helicoidal;
• As fissuras de torção se desenvolvem em forma
de hélice.
t

Aumento da Aumento
Ref Aumento da
resistência pequeno e significativo da
resistência
desprezível. resistência

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral
Torção simples (Torção de St. Venant)
Ensaios realizados por Mörsch (1904 – 1921)
• As tensões de tração e de compressão são
inclinadas de 45° e com traçado helicoidal;
• As fissuras de torção se desenvolvem em forma
de hélice.
t

As vigas de concreto armado sob


momento de torção são dimensionadas
como se fossem ocas e de paredes finas.

Aumento da Aumento
Ref Aumento da
resistência pequeno e significativo da
resistência
desprezível. resistência

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Torção em vigas de concreto armado
Visão geral Da
Resistência
Torção simples aplicada a seções vazadas de parede fina
dos Materiais

Tensão de cisalhamento devida


ao momento de torção:
𝑇
𝜏=
2 𝑡 𝐴𝑒

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Torção em vigas de concreto armado
Comportamento estrutural
• Um corpo submetido à torção, apresenta tensão de
cisalhamento máxima nas superfícies externas da
seção e zero no eixo que passa pelo centro de
gravidade – dessa forma, por questão de simplicidade,
as vigas são dimensionadas como se fossem
ocas e de parede fina;
• As tensões de compressão são resistidas pelo
concreto da casca e as tensões de tração são
resistidas pelo conjunto da armadura longitudinal e
armadura transversal.
• Assim como no dimensionamento de vigas à força
cortante, a NBR 6118 admite que na torção também
seja feita uma analogia com uma treliça, porém
espacial, sendo a treliça generalizada com ângulo
θ variável (30o ≤ θ ≤ 45o) o modelo mais aceito.

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Torção em vigas de concreto armado
Formas de ruptura

Ruptura por Esmagamento das diagonais comprimidas


compressão de concreto (vigas superarmadas).

• Escoamento dos estribos;


Ruptura por
• Escoamento da armadura longitudinal;
tração
• Escoamento de ambas as armaduras.

Ruptura dos Ocorre devido a mudança de direção das


cantos tensões de compressão nos cantos.
- Estribos e barras longitudinais
ajudam a evitar esse tipo de ruptura.
Ruptura da Insuficiência da ancoragem do estribo, que
ancoragem leva ao seu “escorregamento”.

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Torção em vigas de concreto armado
Formas de ruptura Verificações feitas no dimensionamento
de vigas de C.A. à torção.

Ruptura por Esmagamento das diagonais comprimidas


compressão de concreto (vigas superarmadas).

• Escoamento dos estribos;


Ruptura por
• Escoamento da armadura longitudinal;
tração
• Escoamento de ambas as armaduras.

Ruptura dos Ocorre devido a mudança de direção das


cantos tensões de compressão nos cantos.
- Estribos e barras longitudinais
ajudam a evitar esse tipo de ruptura.
Ruptura da Insuficiência da ancoragem do estribo, que
ancoragem leva ao seu “escorregamento”.

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Torção em vigas de concreto armado
Definição das forças e tensões na treliça generalizada

𝑅𝑤𝑑 = 𝐶𝑑 sin 𝜃
Sabendo que os esforços
externos (solicitantes) são iguais
ao esforços internos (resistentes):

Conhecendo Cd é possível 𝑇𝑠𝑑 = 2 𝐶𝑑 sin 𝜃 . 𝑙


obter Rld e Rwd, uma vez 2 binários
que são projeções de Cd. 𝑇𝑠𝑑
Força na diagonal
𝐶𝑑 =
comprimida: 2 𝑙 sin 𝜃

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Torção em vigas de concreto armado
Definição das forças e tensões na treliça generalizada
Área de concreto 𝐴𝑐 = 𝑦 . 𝑡 = (𝑙 cos 𝜃) . 𝑡
de atuação da biela
comprimida (Ac) Espessura da parede da seção oca
– treliça espacial!

𝐹 𝐶𝑑
𝜎= 𝜎𝑐𝑑 =
𝐴 𝐴𝑐
𝑇𝑠𝑑
𝑇𝑠𝑑 Lembrando que 𝜏𝑠𝑑 =
𝜎𝑐𝑑 = 2 2 𝑡 𝐴𝑒
Conhecendo Cd é possível 𝑙 . 𝑡. sin 2𝜃
obter Rld e Rwd, uma vez Considerando 𝑙2 = 𝐴𝑒
que são projeções de Cd. Tensão na diagonal 2 𝜏𝑠𝑑
𝑇𝑠𝑑 𝜎𝑐𝑑 =
𝜎𝑐𝑑 = comprimida: sin 2𝜃
𝐴𝑒 . 𝑡. sin 2𝜃

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Torção em vigas de concreto armado
Definição das forças e tensões na treliça generalizada
Armadura longitudinal
Do equilíbrio de forças na direção x: A armadura é distribuída no
perímetro da seção de paredes
4 𝑅𝑙𝑑 = 4 𝐶𝑑 cos 𝜃 finas de concreto 𝑢𝑒 = 4𝑙
Resultante em um banzo longitudinal
𝐴𝑠𝑙 2 𝑇𝑠𝑑
Mas, 4 𝑅𝑙𝑑 = 𝐴𝑠𝑙 𝑓𝑦𝑤𝑑 = cot 𝜃
𝑢𝑒 𝑙 𝑓𝑦𝑤𝑑 4𝑙
𝐴𝑠𝑙 𝑓𝑦𝑤𝑑 = 4 𝐶𝑑 cos 𝜃
𝐴𝑠𝑙 𝑇𝑠𝑑
𝑇𝑠𝑑 =
𝐴𝑠𝑙 𝑓𝑦𝑤𝑑 = 4 cos 𝜃 𝑢𝑒 2 𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑 tan 𝜃
2 𝑙 sin 𝜃
𝐴𝑠𝑙 → área total de armadura
Conhecendo Cd é possível 2 𝑇𝑠𝑑 longitudinal;
obter Rld e Rwd, uma vez 𝐴𝑠𝑙 = cot 𝜃 𝐴𝑒 → área interna delimitada
𝑙 𝑓𝑦𝑤𝑑 pelo eixo da parede fina;
que são projeções de Cd.
𝑢𝑒 → perímetro do contorno
da área 𝐴𝑒 .

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Torção em vigas de concreto armado
Definição das forças e tensões na treliça generalizada
Estribos
Do equilíbrio de forças na direção z:
𝑅𝑤𝑑 = 𝐶𝑑 sin 𝜃
Força nos montantes vert. e horiz. da
treliça espacial.
𝑇𝑠𝑑
𝑅𝑤𝑑 = sin 𝜃
2 𝑙 sin 𝜃
Comprimento de influência
de um ramo do estribo
Força que atua 𝑇𝑠𝑑 𝑙 𝑐𝑜𝑡 𝜃
em um ramo do 𝑅𝑤𝑑 =
2𝑙 𝑇𝑠𝑑 𝑙 𝑐𝑜𝑡 𝜃
Conhecendo Cd é possível estribo fechado: sin 𝜃 = 𝐴𝑠,90 𝑓𝑦𝑤𝑑
2 𝑙 sin 𝜃 𝑠
obter Rld e Rwd, uma vez
𝑙 𝑐𝑜𝑡 𝜃
que são projeções de Cd. Mas, 𝑅𝑤𝑑 = 𝐴𝑠,90 𝑓𝑦𝑤𝑑 𝐴𝑠,90 𝑇𝑠𝑑
𝑠
Número de estribos responsáveis = tan 𝜃
Área de um ramo 𝑠 2𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑
por resistir à força Rwd. do estribo vertical.

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Torção em vigas de concreto armado
Dimensionamento
Geometria da seção resistente
Obtenção da seção vazada equivalente a partir da seção cheia:

𝐴ൗ
𝑡𝑒 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ൝ 𝑢
2𝑐1

𝐴 → área da seção cheia;


𝑢 → perímetro da seção cheia;
𝑐1 → distância entre o eixo da barra longitudinal
do canto e a face lateral do elemento estrutural
(𝑐1 ≈ 5 𝑐𝑚).

𝑏𝑒 = 𝑏 − 𝑡𝑒
ℎ𝑒 = ℎ − 𝑡𝑒

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Torção em vigas de concreto armado
Dimensionamento
Torção de compatibilidade
• Pode ser desprezada.
• Em regiões onde o comprimento do elemento sujeito à torção for menor ou igual a 2h, deve-se respeitar a
armadura mínima de torção e limitar a força cortante:

𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑅𝑑,2

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Torção em vigas de concreto armado
Dimensionamento
Torção de equilíbrio
• A armadura para resistir aos esforços de tração oriundos da torção é constituída de estribos verticais e barras
longitudinais distribuídos ao longo do perímetro da seção resistente.
• Admite-se satisfeita a resistência de um elemento estrutural à torção pura quando se verificarem simultaneamente
as seguintes condições:

𝑇𝑟𝑑,2 → limite dado pela resistência das diagonais comprimidas de concreto;


𝑇𝑠𝑑 ≤ 𝑇𝑟𝑑,2 𝑇𝑟𝑑,3 → limite definido pela parcela resistida pelos estribos normais ao eixo do
𝑇𝑠𝑑 ≤ 𝑇𝑟𝑑,3 elemento estrutural;
𝑇𝑠𝑑 ≤ 𝑇𝑟𝑑,4 𝑇𝑟𝑑,4 → limite definido pela parcela resistida pelas barras longitudinais
paralelas ao eixo do elemento estrutural.

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Torção em vigas de concreto armado
Dimensionamento
Torção de equilíbrio
• Verificação da diagonal comprimida • Dimensionamento dos estribos • Dimensionamento da
de concreto 𝑇 ≤ 𝑇 (armadura transversal) armadura longitudinal
𝑠𝑑 𝑟𝑑,2
𝑇𝑠𝑑 ≤ 𝑇𝑟𝑑,3 𝑇𝑠𝑑 ≤ 𝑇𝑟𝑑,4
A tensão de compressão na
diagonal de concreto ( 𝜎𝑐𝑑 ) Admite-se o pior caso, em que Admite-se o pior caso, em
máxima é dada por 0,5 𝛼𝑣2 𝑓𝑐𝑑 𝑇𝑟𝑑,3 = 𝑇𝑠𝑑 que 𝑇𝑟𝑑,4 = 𝑇𝑠𝑑
𝐴𝑠,90 𝑇𝑆𝑑 𝐴𝑠𝑙 𝑇𝑠𝑑
𝑇𝑟𝑑,2 = 0,5𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝐴𝑒 . 𝑡𝑒 . sin 2𝜃 = tan 𝜃 =
𝑠 2𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑑 𝑢𝑒 2 𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑 tan 𝜃
𝑓
𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = 1 − 250 fck em MPa 𝐴𝑠,90 → área de um ramo do estribo
contido na área da parede equivalente. 𝐴𝑠,𝑙 → soma das áreas das
barras longitudinais;
𝑇𝑠𝑑 𝑢𝑒 → perímetro da área Ae.
𝜎𝑐𝑑 =
𝐴𝑒 . 𝑡. sin 2𝜃

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Torção em vigas de concreto armado
Dimensionamento
Torção de equilíbrio
• Armadura mínima
Armadura longitudinal Estribos
𝑓𝑐𝑡,𝑚 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝜌𝑠𝑙 ≥ 0,2 𝜌𝑠,90 ≥ 0,2
𝑓𝑦𝑤𝑘 𝑓𝑦𝑤𝑘

𝐴𝑠𝑙,𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑐𝑡,𝑚 𝐴𝑠,90,𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑐𝑡,𝑚


≥ 0,2 ≥ 0,2
𝑡𝑒 𝑢𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑘 𝑏𝑤 𝑠 𝑓𝑦𝑤𝑘

𝑓𝑐𝑡,𝑚 𝐴𝑠,90,𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑐𝑡,𝑚


𝐴𝑠𝑙,𝑚𝑖𝑛 = 0,2𝑡𝑒 𝑢𝑒 = 0,2𝑏𝑤
𝑓𝑦𝑤𝑘 𝑠 𝑓𝑦𝑤𝑘

2/3
Sendo: 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘
Com 𝑓𝑐𝑘 em MPa

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Torção em vigas de concreto armado
Dimensionamento – Solicitações combinadas
Flexão e torção
• Nos elementos estruturais submetidos à torção e à flexão simples ou composta, as verificações podem ser
efetuadas separadamente para a torção e para as solicitações normais.
- Na zona tracionada pela flexão, a armadura longitudinal da flexão é somada à armadura
longitudinal da torção;
- Na zona comprimida pela flexão, a armadura longitudinal de torção pode ser reduzida. Porém, na prática,
isto não é feito.
Torção e Cortante
𝑉𝑠𝑑 𝑇𝑠𝑑
• O ângulo de inclinação das bielas de concreto deve ser o mesmo para os dois esforços. + ≤1
• A armadura transversal pode ser calculada pela soma das armaduras calculadas
𝑉𝑟𝑑,2 𝑇𝑟𝑑,2
separadamente para cada esforço solicitante.
A armadura transversal relativa á força cortante refere-se à área total contando todos os ramos verticais
do estribo. Já no caso da torção, a armadura transversal calculada é apenas de um ramo vertical do estribo.

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Torção em vigas de concreto armado
Detalhamento
• A armadura destinada a resistir aos esforços de tração provocados pela torção deve ser constituída por estribos
normais ao eixo da viga combinados com barras longitudinais paralelas ao mesmo eixo.
• Os estribos e as barras longitudinais devem estar contidos no interior da parede fictícia da seção vazada
equivalente.
• Para prevenir a ruptura dos cantos é necessário alojar quatro barras longitudinais nos vértices das seções
retangulares.

Estribos
• Os estribos para torção devem ser fechados,
envolvendo as barras longitudinais e com as ≥ 5 𝑚𝑚
𝑏𝑤 Mesmas
extremidades adequadamente ancoradas por < disposições do
𝜙𝑡 10
meio de ganchos em ângulo de 45°. ≤ 12 𝑚𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 𝑙𝑖𝑠𝑎 esforço
≥ 4,2 𝑚𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑒𝑙𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑑𝑎 cortante
𝑉𝑠𝑑 ≤ 0,67𝑉𝑟𝑑,2 𝑠𝑚á𝑥 = 0,6𝑑 ≤ 30 𝑐𝑚
𝑉𝑠𝑑 > 0,67𝑉𝑟𝑑,2 𝑠𝑚á𝑥 = 0,3𝑑 ≤ 20 𝑐𝑚

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Torção em vigas de concreto armado
Detalhamento
Armadura longitudinal

• A armadura longitudinal de torção, de área total 𝐴𝑠𝑙 pode ter arranjo distribuído ou concentrado, mantendo-se
obrigatoriamente constante a relação ∆𝐴𝑠𝑙 Τ∆𝑢 , onde ∆𝑢 é o trecho do perímetro da seção efetiva
correspondente a cada barra ou feixe de barras de área ∆𝐴𝑠𝑙 .
• Nas seções poligonais, em cada vértice dos estribos de torção, deve ser colocada pelo menos uma barra
longitudinal.
• O espaçamento das barras longitudinais é de no máximo 350 mm.

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
Uma viga em balanço (V1) suporta em sua extremidade livre outra viga (V2), nela engastada, com uma força vertical
concentrada (F) de 50 kN. Dimensione e detalhe a viga V1, considerando que as vigas têm como carregamento
atuante apenas a força F e o peso próprio.

Dados:
• Concreto C25
• Aço CA-50
• Cobrimento = 2,5 cm
• γconcreto = 25 kN/m³

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
1. Obter os esforços solicitantes nas vigas

V2
F
PPV2
𝑃𝑃𝑉2 = 0,20 × 0,50 × 25
𝑃𝑃𝑉2 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚

lef,V2 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = 𝑙0 + 𝑎1
𝑡1 Τ2 = 35Τ2 = 17,5 𝑐𝑚
𝑎1 ≤ ቊ
0,3ℎ = 0,3 50 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎
𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = (97,5 − 35Τ2) + 15
𝒍𝒆𝒇,𝑽𝟐 = 𝟗𝟓 𝒄𝒎
DEQ (kN)

50 kN
48,63
DMF (kNm)

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
1. Obter os esforços solicitantes nas vigas

V2
F
PPV2
𝑃𝑃𝑉2 = 0,20 × 0,50 × 25
𝑃𝑃𝑉2 = 2,5 𝑘𝑁/𝑚

lef,V2 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = 𝑙0 + 𝑎1
𝑡1 Τ2 = 35Τ2 = 17,5 𝑐𝑚
𝑎1 ≤ ቊ
0,3ℎ = 0,3 50 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎
𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = (97,5 − 35Τ2) + 15
𝒍𝒆𝒇,𝑽𝟐 = 𝟗𝟓 𝒄𝒎
DEQ (kN)

50 kN
48,63
DMF (kNm)

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
1. Obter os esforços solicitantes nas vigas

V1
V2
PPV1
𝑃𝑃𝑉1 = 0,35 × 0,50 × 25
T2
𝑃𝑃𝑉1 = 4,375 𝑘𝑁/𝑚

lef,V1 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = 𝑙0 + 𝑎1
DEQ (kN) 𝑡1 Τ2 = 60Τ2 = 30 𝑐𝑚
𝑎1 ≤ ቊ
0,3ℎ = 0,3 50 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎
52,4 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = (150 + 20Τ2 − 20Τ2) + 15
𝒍𝒆𝒇,𝑽𝟐 = 𝟏𝟔𝟓 𝒄𝒎
DMF (kNm)
92,42

DMT (kNm) 50 kN

48,63

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
1. Obter os esforços solicitantes nas vigas

V1
V2
PPV1
𝑃𝑃𝑉1 = 0,35 × 0,50 × 25
T2
𝑃𝑃𝑉1 = 4,375 𝑘𝑁/𝑚

lef,V1 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = 𝑙0 + 𝑎1
DEQ (kN) 𝑡1 Τ2 = 60Τ2 = 30 𝑐𝑚
𝑎1 ≤ ቊ
0,3ℎ = 0,3 50 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎
52,4 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = (150 + 20Τ2 − 20Τ2) + 15
𝒍𝒆𝒇,𝑽𝟐 = 𝟏𝟔𝟓 𝒄𝒎
DMF (kNm)
92,42

DMT (kNm) 50 kN

48,63

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
1. Obter os esforços solicitantes nas vigas

V1
V2
PPV1
𝑃𝑃𝑉1 = 0,35 × 0,50 × 25
T2
𝑃𝑃𝑉1 = 4,375 𝑘𝑁/𝑚

lef,V1 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = 𝑙0 + 𝑎1
DEQ (kN) 𝑡1 Τ2 = 60Τ2 = 30 𝑐𝑚
𝑎1 ≤ ቊ
0,3ℎ = 0,3 50 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎
52,4 𝑙𝑒𝑓,𝑉2 = (150 + 20Τ2 − 20Τ2) + 15
𝒍𝒆𝒇,𝑽𝟐 = 𝟏𝟔𝟓 𝒄𝒎
DMF (kNm)
92,42

DMT (kNm) 50 kN

48,63

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
2. Dimensionamento à flexão de V1
𝑀𝑑 = 1,4𝑀𝐾 = 1,4(−92,42) 𝑴𝒅 = −𝟏𝟐𝟗, 𝟑𝟗 𝒌𝑵𝒎

𝑀𝑑 129,39
𝑘𝑚𝑑 = = 𝒌𝒎𝒅 = 𝟎, 𝟏𝟎𝟐
𝑏𝑤 𝑑 2 𝑓𝑐𝑑 0,35(0,45)² 25000Τ1,4

Considerando 𝑑 ≈ 0,9ℎ
Da tabela Kmd

𝑘𝑚𝑑 = 0,096 → 𝑘𝑥 = 0,150 𝑒 𝑘𝑧 = 0,94 𝒌𝒙 = 𝟎, 𝟏60


𝑘𝑚𝑑 = 0,111 → 𝑘𝑥 = 0,175 𝑒 𝑘𝑧 = 0,93 𝒌𝒛 = 𝟎, 𝟗𝟑𝟔

𝑥
𝑘𝑥 = ≤ 0,45 Ok!
𝑑
𝑥 = 0,160 45 = 7,2 𝑐𝑚

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
2. Dimensionamento à flexão de V1
𝑀𝑑
𝑀𝑑 = 1,4𝑀𝐾 = 1,4(−92,42) 𝑴𝒅 = −𝟏𝟐𝟗, 𝟑𝟗 𝒌𝑵𝒎 𝐴𝑠 =
𝑘𝑧 𝑑 𝑓𝑦𝑑
𝑀𝑑 129,39
𝑘𝑚𝑑 = = 𝒌𝒎𝒅 = 𝟎, 𝟏𝟎𝟐 129,39
𝑏𝑤 𝑑 2 𝑓𝑐𝑑 0,35(0,45)² 25000Τ1,4 𝐴𝑠 =
0,0936 (0,45) 500000Τ1,15
Considerando 𝑑 ≈ 0,9ℎ
𝐴𝑠 = 0,00707 𝑚2 = 𝟕, 𝟎𝟕 𝒄𝒎²
Da tabela Kmd
6 ∅ 12,5 𝑚𝑚
𝑘𝑚𝑑 = 0,096 → 𝑘𝑥 = 0,150 𝑒 𝑘𝑧 = 0,94 𝒌𝒙 = 𝟎, 𝟏60
𝒌𝒛 = 𝟎, 𝟗𝟑𝟔 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,15%𝐴𝑐
𝑘𝑚𝑑 = 0,111 → 𝑘𝑥 = 0,175 𝑒 𝑘𝑧 = 0,93
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,15%(35)(50)
𝑥
𝑘𝑥 = ≤ 0,45 Ok! 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 2,63 𝑐𝑚²
𝑑
𝐴𝑠 > 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛
𝑥 = 0,160 45 = 7,2 𝑐𝑚

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
2. Dimensionamento à força cortante de V1 𝐴𝑠𝑤 𝑉𝑠𝑤
=
𝑠 0,9 𝑑 𝑓𝑦𝑤𝑑
𝑉𝑠𝑑 = 1,4𝑉𝐾 = 1,4(59,6) 𝑽𝒅 = 𝟖𝟑, 𝟒𝟒 𝒌𝑵

Considerando θ = 45° (Modelo de cálculo I) e estribos verticais 𝑽𝒅 < 𝑽𝒓𝒅𝟐


ok! Não ocorrerá o
𝑉𝑟𝑑,2 = 0,27 𝛼𝑣2 𝑓𝑐𝑑 𝑏𝑤 𝑑 𝑉𝑟𝑑,2 = 0,27 (0,9) 25000Τ1,4 0,35 (0,45) esmagamento da biela!
𝑓 𝑽𝒓𝒅,𝟐 = 𝟔𝟖𝟑, 𝟒𝟒 𝒌𝑵
𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = 1 − 250 fck em MPa
𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 0,2𝑓𝑐𝑡,𝑚
= 𝑏
𝑠 𝑓𝑦𝑤𝑘 𝑤
𝑉𝑠𝑑 = 𝑉𝑟𝑑,3 = 𝑉𝑐 + 𝑉𝑠𝑤 𝑽𝑪 > 𝑽𝒔𝒅 Armadura mínima
𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 0,2 2565
= (0,35)
𝑉𝑐 = 𝑉𝑐0 = 0,6𝑓𝑐𝑡𝑑 𝑏𝑤 𝑑 𝑽𝒄 = 𝑽𝒄𝟎 = 𝟏𝟐𝟏, 𝟐 𝒌𝑵 𝑠 500000
3 𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛
2
0,7 . 0,3
3
(25)2 = 0,000359 𝑚2 /𝑚
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 0,7 𝑓𝑐𝑡,𝑚 0,7 . 0,3 𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑐𝑡𝑑 = 𝑠
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = = 1,4
𝛾𝑐 𝛾𝑐 𝛾𝑐 𝑨𝒔𝒘,𝒎𝒊𝒏
𝑓𝑐𝑡𝑑 = 1,28 𝑀𝑃𝑎 = 𝟑, 𝟓𝟗 𝒄𝒎𝟐 /𝒎
𝒔

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
3. Dimensionamento à torção de V1
𝑇𝑠𝑑 = 1,4𝑇𝐾 = 1,4(48,63) 𝑻𝒔𝒅 = 𝟔𝟖, 𝟎𝟖 𝒌𝑵𝒎

• Seção de paredes finas equivalente:


𝐴/𝑢 𝑐1 → distância entre o eixo da barra
𝑡𝑒 = 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ቊ 𝑡𝑒 = 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ቊ10,3 𝑐𝑚² longitudinal do canto e a face lateral do
2𝑐1 10 elemento estrutural (𝑐1 ≈ 5 𝑐𝑚).

A = 𝑏𝑤 . ℎ = 35 50 = 1750 𝑐𝑚²

u = 2 𝑏𝑤 + ℎ = 2 35 + 50 = 170 𝑐𝑚

𝑡𝑒 = 10,3 𝑐𝑚
𝑏𝑒 = 𝑏 − 𝑡𝑒 = 35 − 10,3 = 24,7 𝑐𝑚
ℎ𝑒 = ℎ − 𝑡𝑒 = 50 − 10,3 = 39,7 𝑐𝑚
𝐴𝑒 = 𝑏𝑒 × ℎ𝑒 = 0,247 0,397 = 0,098 𝑚²
𝑢𝑒 = 2𝑏𝑒 + 2𝑡𝑒 = 2 0,247 + 2 0,397 = 1,29 𝑚

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
3. Dimensionamento à torção de V1
𝑇𝑠𝑑 = 1,4𝑇𝐾 = 1,4(48,63) 𝑻𝒔𝒅 = 𝟔𝟖, 𝟎𝟖 𝒌𝑵𝒎

• Verificação da diagonal comprimida


𝑉𝑠𝑑 𝑇𝑠𝑑
+ ≤1
𝑉𝑟𝑑,2 𝑇𝑟𝑑,2 Modelo de cálculo I
𝑇𝑟𝑑,2 = 0,5𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝐴𝑒 . 𝑡𝑒 . sin 2𝜃 𝑇𝑟𝑑,2 = 0,5(0,9)(25000Τ1,4) 0,098 0,103 𝑠𝑒𝑛(2 × 45)
𝑓𝑐𝑘 𝑻𝒓𝒅,𝟐 = 𝟖𝟏, 𝟏𝟏 𝒌𝑵
𝛼𝑣2 = 1 − fck em MPa
250

𝟖𝟑, 𝟒𝟒 𝟔𝟖, 𝟎𝟖 ok! Não ocorrerá o


+ = 𝟎, 𝟗𝟔 ≤ 𝟏
𝟔𝟖𝟑, 𝟒𝟒 𝟖𝟏, 𝟏𝟏 esmagamento da biela!

Dimensionamento
ao cortante

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
3. Dimensionamento à torção de V1
𝑇𝑠𝑑 = 1,4𝑇𝐾 = 1,4(48,63) 𝑻𝒔𝒅 = 𝟔𝟖, 𝟎𝟖 𝒌𝑵𝒎

• Armadura longitudinal
𝐴𝑠𝑙 68,08 Modelo de cálculo I
𝐴𝑠𝑙 𝑇𝑠𝑑
= =
𝑢𝑒 2 𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑 tan 𝜃 𝑢𝑒 2 (0,098)(500000Τ1,15) tan 45°
𝐴𝑠𝑙 𝑨𝒔𝒍
= 0, 000799 𝑚2 /𝑚 = 𝟕, 𝟗𝟗 𝒄𝒎𝟐 /𝒎
𝑢𝑒 𝒖𝒆
𝐴𝑠𝑙 = 10,3 𝑐𝑚2

𝑓𝑐𝑡,𝑚 2564,96
𝐴𝑠𝑙,𝑚𝑖𝑛 = 0,2𝑡𝑒 𝑢𝑒 𝐴𝑠𝑙,𝑚𝑖𝑛 = 0,2(0,103)(1,29)
𝑓𝑦𝑤𝑘 500000

2/3 𝐴𝑠𝑙,𝑚𝑖𝑛 = 0,000136 𝑚2 = 𝟏, 𝟑𝟔 𝒄𝒎²


Sendo: 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
3. Dimensionamento à torção de V1
𝑇𝑠𝑑 = 1,4𝑇𝐾 = 1,4(48,63) 𝑻𝒔𝒅 = 𝟔𝟖, 𝟎𝟖 𝒌𝑵𝒎

• Armadura transversal Modelo de cálculo I


𝐴𝑠,90 𝑇𝑆𝑑 𝐴𝑠,90 68,08
= tan 𝜃 = tan 45°
𝑠 2𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑑 𝑠 2(0,098)(500000Τ1,15)

𝐴𝑠,90 𝑨𝒔,𝟗𝟎
= 0,000799 𝑚2 /𝑚 = 𝟕, 𝟗𝟗 𝒄𝒎𝟐 /𝒎
𝑠 𝒔

𝐴𝑠,90,𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑐𝑡,𝑚 𝐴𝑠,90,𝑚𝑖𝑛 2564,96


= 0,2𝑏𝑤 = 0,2(0,35)
𝑠 𝑓𝑦𝑤𝑘 𝑠 500000
2/3
Sendo: 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘 𝐴𝑠,90,𝑚𝑖𝑛 𝑨𝒔,𝟗𝟎,𝒎𝒊𝒏
= 0,000359 𝑚2 /𝑚 = 𝟑, 𝟓𝟗 𝒄𝒎𝟐 /𝒎
𝑠 𝒔

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
4. Detalhamento

• Armadura longitudinal

Face superior Face inferior


Flexão: 𝐴𝑠 = 7,07 𝑐𝑚2 Flexão: 𝐴𝑠 = 0 𝑐𝑚2
Torção: 𝐴𝑠 = 𝑏𝑒 × 𝐴𝑠𝑙 Τ𝑢𝑒 = 1,97 𝑐𝑚2 Torção: 𝐴𝑠 = 𝑏𝑒 × 𝐴𝑠𝑙 Τ𝑢𝑒 = 1,97 𝑐𝑚2
𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 9,04 𝑐𝑚² 𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1,97 𝑐𝑚²
8 ∅ 12,5 4∅8

Faces laterais
Torção: 𝐴𝑠 = ℎ𝑒 × 𝐴𝑠𝑙 Τ𝑢𝑒 = 3,17 𝑐𝑚2 A armadura nas faces laterais da
viga também funcionaria como
𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3,17 𝑐𝑚²
armadura de pele, caso esta
5 ∅ 10 fosse necessária (h > 60cm).

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
4. Detalhamento 𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛
= 3,59 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑠
• Armadura transversal Cortante Torção
𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡 𝐴𝑠𝑤,1𝑟𝑎𝑚𝑜 𝐴𝑠,90
= +
𝑠 𝑠 𝑠
𝐴𝑠,𝑡𝑜𝑡
= 1,795 + 7,99
𝑠
𝑨𝒔,𝒕𝒐𝒕
= 𝟗, 𝟕𝟖𝟓 𝒄𝒎𝟐 /𝒎
𝒔

∅ 12,5 𝑐 Τ12,5

Lembrar de verificar ∅𝑡,𝑚á𝑥 e 𝑠𝑚á𝑥 .

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Exemplo 1 – Torção em vigas de concreto armado
4. Detalhamento – Possível arranjo

N1 – 12 c/12,5

N1 – 12 f 12,5 C = 160
N5 – 4 f 8 C = 202

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Torção em vigas de concreto armado
Dimensionamento à torção – Passo a passo de cálculo

1) Levantamento de dados: 4) Obtenção da armadura longitudinal de torção:


b, h, fck, fyk,TSd, VSd, MSd
𝐴𝑠𝑙 𝑇𝑠𝑑 𝑓𝑐𝑡,𝑚
2) Obtenção de parâmetros de cálculo: 𝑢𝑒
=
2 𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑤𝑑 tan 𝜃
𝐴𝑠𝑙,𝑚𝑖𝑛 = 0,2𝑡𝑒 𝑢𝑒
𝑓𝑦𝑤𝑘
𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑦𝑘 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘
2/3
𝑓𝑐𝑑 = 𝑓𝑦𝑑 =
1,4 1,15 𝑓𝑐𝑘 em MPa
𝐴/𝑢
5) Obtenção da armadura transversal de torção:
𝑡𝑒 = 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 ቊ 𝑏𝑒 = 𝑏 − 𝑡𝑒 𝐴𝑒 = 𝑏𝑒 × ℎ𝑒
2𝑐1 𝐴𝑠,90 𝑇𝑆𝑑
ℎ𝑒 = ℎ − 𝑡𝑒 𝑢𝑒 = 2𝑏𝑒 + 2ℎ𝑒 𝐴𝑠,90,𝑚𝑖𝑛 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝑐1 ≈ 5 𝑐𝑚 = tan 𝜃 = 0,2𝑏𝑤
𝑠 2𝐴𝑒 𝑓𝑦𝑑 𝑠 𝑓𝑦𝑤𝑘
3) Verificação da compressão diagonal do concreto:
𝑉𝑠𝑑 𝑇𝑠𝑑
+ ≤1 𝑇𝑟𝑑,2 = 0,5𝛼𝑣2 . 𝑓𝑐𝑑 . 𝐴𝑒 . 𝑡𝑒 . sin 2𝜃
𝑉𝑟𝑑,2 𝑇𝑟𝑑,2
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = 1 − fck em MPa
250

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Sugestão de leitura

Apostila Lajes de Concreto


Armado (Capítulo 4) – Prof.
Paulo Bastos - UNESP

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