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Resumo
Este artigo tem como principal objetivo dimensionar as fundações das torres DFL e GL da
linha de transmissão LT 230 kV Restinga – Porto Alegre 13 apresentando os métodos de
verificação da ruptura por esgotamento da capacidade de carga do terreno, ruptura por
deslizamento (fundações superficiais), arrancamento ou insuficiência de resistência por tração
e ruptura do terreno decorrente de carregamentos transversais. Deste modo, no presente
trabalho foram abordados os principais métodos de dimensionamentos, os critérios das
normas para linhas de transmissão assim como as particularidades das mesmas. Nesse
trabalho foram abordadas apenas as fundações em sapatas e tubulões sendo as outras
consideradas especiais, não fazendo parte do escopo deste artigo.
1 Introdução
No início do século XX houve um avanço da economia do país e com isso o aumento
do consumo de energia elétrica. Para garantir o desenvolvimento sustentável fez-se necessário
encontrar um sistema que não prejudicasse muito o meio ambiente. Como o Brasil possui um
grande potencial hidráulico, ele foi explorado e desenvolvido para fornecer um sistema
elétrico eficiente que atendesse a nova demanda (CHAVES, 2004; AMARAL, 2015). O
sistema elétrico se compõe por:
a) geração: é a produção, a qual é feita em unidades geradoras, podendo ser parques
eólicos, usinas termoelétricas, nucleares e hidroelétricas, sendo essas últimas as
principais unidades no país;
b) transmissão: que é feita por linhas de transmissão (LT’s), as quais são compostas
principalmente por torres treliçadas metálicas em meio rural e postes de concreto
em meio urbano e que fazem a ligação entre as unidades geradoras e as redes de
distribuição;
c) distribuição: que é a parte que chega nas cidades, indústrias, fábricas ou qualquer
unidade consumidora de energia elétrica.
2
1
ASHCAR, R.; LAUREANO, C. A. Estudo e Aplicações Práticas de Fundações para Linhas de
Transmissão. 2 ed. São Paulo: CESP, 1983.
3
2 Referencial teórico
Nos tópicos a seguir serão apresentados os tipos de torres de linhas de transmissão,
serão abordados os critérios para o cálculo de fundações, os coeficientes de segurança, de
majoração e de minoração das normas bem como os métodos de dimensionamento.
Em relação à função na LT, as torres são divididas em três grupos (FUCHS2, 1977,
apud AMARAL, 2015):
a) torres de ancoragem;
b) torres de suspensão;
c) torres de ângulo.
2
FUCHS, R. D. Transmissão de energia elétrica: Linhas Aéreas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A., v. I, 1977.
3
ELETROBRAS – Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
5
menor dimensões, contudo essa aplicação torna a execução das formas mais complexa. Em
contrapartida a aplicação de fuste reto necessita de maiores dimensões para que haja espaço
suficiente para a inserção do “stub”.
Para a veracidade do método de Winkler a tensão máxima calculada deve ser menor que
a tensão de borda da sapata (1,3 vezes a tensão admissível) e a tensão média calculada deverá
ser menor que a tensão admissível do solo (NBR 6122/2010).
Sendo:
Hmáx = força horizontal máxima que pode ser aplicada na fundação;
V = força vertical aplicada na fundação;
øB = ângulo de atrito entre o solo e o concreto (øB = 2/3.ø);
A’ = área nominal (A’ = B’.L’);
cB = adesão entre o solo e o concreto (cB = 2/3.c);
FS = fator de segurança (FS = 1,5).
Para os tubulões a céu aberto não é calculado a resistência de atrito lateral, sendo
considerada desprezível ou apenas o suficiente para equilibrar o peso do tubulão. Essa parcela
de resistência é nula nos tubulões pneumáticos com camisa de concreto armado, moldada in
loco, em que, pelo processo executivo, o solo lateral fica praticamente descolado do fuste. Os
métodos teóricos para capacidade de carga para tubulões não funcionam satisfatoriamente
10
d) fuste inclinado, compactação por camada, sem nível d’água – cilindro de atrito;
e) fuste vertical, compactação superficial, com nível d’água – cilindro de atrito;
f) fuste vertical, compactação por camada, com nível d’água – Grenoble;
g) fuste vertical, compactação superficial, sem nível d’água – Grenoble;
h) fuste vertical, compactação por camada, sem nível d’água – cilindro de atrito.
O método do cone (estudado neste trabalho) nos estudos de Santos (1985) e Dias
(1987) para sapatas com fuste inclinado foi o segundo mais próximo do real, porém esse
método subestima a capacidade de carga da fundação ao arrancamento. Como a
concessionária (CEEE-GT) detentora da linha estudada exige, por especificação técnica, que
seja feito pelo método de cone, os outros métodos de arrancamento não são contemplados
neste trabalho, porém foram verificados comprovando que o cone subestima a capacidade da
fundação.
3 Metodologia
A linha de transmissão 230 kV Restinga – Porto Alegre 13, objeto desse estudo, será
construída entre os bairros Restinga e Nonoai em Porto Alegre. Essa linha possui 40 torres
dos tipos DFZ, DFN, DFM, DFL, GZ e GL. Neste trabalho foi realizado o projeto de
fundações apenas para torres DFL e para torre GL, para abranger uma estrutura de ancoragem
de circuito duplo e uma de ancoragem de circuito simples. Foram escolhidas as duas torres
dentre as suas séries que possuem maior carregamento. Para o dimensionamento das
fundações (tubulões e sapatas) das torres DFL e GL da referida linha foram considerados os
métodos apresentados no item 2.4 deste trabalho.
Todas as solicitações que foram usadas no dimensionamento vieram do projetista
estrutural da torre e, segundo a especificação técnica da CEEE-GT e norma NBR 8850/2003
(Execução de Suportes Metálicos Treliçados para Linhas de Transmissão – Procedimento),
elas foram majoradas pelo coeficiente de 1,1 para critério de coordenação de falha fazendo
com que “o risco de falha das fundações seja garantidamente menor do que o das estruturas” e
encontram-se no Anexo VIII. Na mesma especificação também é apresentado que para a
verificação à compressão o peso próprio da fundação deve ser majorado de 1,1 e para as
verificações ao arrancamento e à flexão o peso próprio deve ser minorado de 0,9. Os
afloramentos necessários para nivelar as pernas da torre devido aos desníveis do terreno em
condições normais variam de 50 cm a 140 cm. O item da especificação técnica da CEEE-GT
que fala das majorações e minorações encontra-se no Anexo VI.
13
Para a verificação da sapata, como ela foi considerada pela hipótese de sapata rígida,
primeiramente analisou-se a altura da sapata pela condição de que a altura fosse maior ou
igual do que a diferença entre o lado da base e o lado do fuste dividido por três, conforme
especifica a NBR 6118.
15
Sapata - 6,48
Tubulão 21,37 -
Para a sapata também foi utilizada a hipótese de uma sapata rígida sobre o solo de
Winkler para verificar a capacidade de carga. Foram calculadas as excentricidades e os
momentos atuantes na fundação devido aos esforços horizontais tanto na transversal quanto
na longitudinal. Nesse caso foi considerado o maior afloramento de fuste que é de 140 cm,
pois causa o maior momento solicitante. Os cálculos são apresentados no Apêndice IV.
- verificação:
Para tubulão, também foi feita verificação da capacidade de carga pelo método de Aoki e
Velloso, sendo considerada a resistência de ponta mais o atrito lateral, conforme equação 4 do
item 2.4.4. A carga última dividido por um fator de segurança 2 deve ser maior que a
solicitação axial de compressão mais o peso da fundação majorados pelo coeficiente 1,1. Para
o cálculo foi adotado k e α de argila e F1 e F2 característicos de estaca escavada (hélice
contínua). Os cálculos são apresentados no Apêndice V.
- verificação:
Após foi verificado o deslizamento da sapata pela equação 3 do item 2.4.3. Os cálculos
são apresentados no Apêndice VI.
Por último, foi realizada a verificação ao tombamento do tubulão pelo método de Hansen.
As camadas foram divididas de 50 em 50 cm. A tabela que mostra os cálculos realizado por
camadas assim como as forças horizontais e os momentos resistentes de cálculo encontram-se
no Apêndice VIII.
- verificação:
Portanto as dimensões inicialmente adotadas podem ser utilizadas, pois todas verificações
foram atendidas. Um esquema da sapata e do tubulão são apresentados na figura 5.
4 Considerações finais
O trabalho apresentado consistiu no dimensionamento de fundações rasas e profundas
aplicadas para linhas de transmissão, descrevendo os principais métodos utilizados para a
análise, os critérios necessários para a realização das verificações assim como a escolha dos
parâmetros do solo, justificando a escolha de uma sapata e um tubulão.
A linha estudada foi a LT 230 kV Restinga - Porto Alegre 13 localizada em Porto Alegre
entre os bairros Restinga e Nonoai. Foram analisadas duas torres dessa LT, a DFL e a GL,
onde a análise geotécnica das fundações garantiu que elas aguentem os esforços gerados pelas
estruturas sem risco de falha. As particularidades das linhas de transmissão mostraram que o
que rege o dimensionamento são as forças de tração, pois o arrancamento nesse tipo de
estrutura é elevado e o cuidado na escolha do método de arrancamento também é importante,
pois alguns métodos superestimam a capacidade de carga da fundação e outros subestimam.
Também foi apresentado que para linhas de transmissão as fundações têm que ser separadas
por zonas em relação ao tipo de solo ou por tipo de estruturas para evitar um custo muito alto
na execução da obra devido ao fato de que as LT’s percorrem longos percursos, portanto
possuem muitas estruturas e diferentes tipos de solos.
Assim sendo, o dimensionamento de fundações para linhas de transmissão consiste em
um processo que requer uma análise do local onde ela será implanta e a extensão dela, além
dos cuidados perante aos métodos de arrancamento. Com essas informações o processo se
torna muito mais eficiente e devido à pouca divulgação faz-se necessário apresentar as
particularidades para um melhor entendimento dos atuantes da área de fundações.
Nesta visão, como sugestão para trabalhos futuros sugere-se a verificação estrutural das
fundações estudadas, levando em consideração os esforços de tração e os horizontais que
geram momentos na fundação.
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Referências Bibliográficas:
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. ANEEL: Atlas – Parte 1. Capítulo 1,
2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e Execução
de Fundações. Rio de Janeiro, 2010.
_____. NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
_____. NBR 8850: Execução de Suportes Metálicos Treliçados para Linhas de Transmissão -
Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
AMARAL, R. C. Dimensionamento de fundações para torres metálicas de linha de
transmissão de energia elétrica. 2015. 157 f. Trabalho de Diplomação (Graduação em
Engenharia Civil) - Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa
Catarina. Florianópolis.
CEEE-GT – Especificação Técnica – 2003.
CESP – Especificação Interna – 1983.
CHAVES, R. A. Fundações de torre de linhas de transmissão e de telecomunicação. 2004.
214 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Estruturas, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte.
CINTRA, J. C. A.; AOKI, N. Fundações por estacas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina
de Textos, 2010.
CINTRA, J. C. A.; AOKI, N.; ALBIERO, J. H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São
Paulo: Oficina de Textos, 2011.
CONSOLI, N. Fundações – ENG01142. UFRGS – Escola de Engenharia, 20XX.
DIAS, R.D. Aplicação de pedologia e geotecnia no projeto de fundações de linhas de
transmissão. 1987. 349 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Coordenação dos
Programas de Pós-Graduação de Engenharia. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro.
GONTIJO, C. R. Contribuição à análise e projeto de torres autoportantes de linhas de
transmissão. 1994. 129 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Estruturas da Escola de Engenharia da Universidade Federal de
Minas Gerais. Belo Horizonte.
HANSEN, J. B. Bulletin N° 11: A General Formula for Bearing Capacity. Copenhagen,
1961.
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Apêndice I
22
23
24
Apêndice II
Figura II-A – Silhueta DFL Figura II-B – Silhueta GL
Verificação da Sapata
Dimensões Efetivas da Sapata 3) Fatores de Profundidade
B' = 236 cm dq = 1,18 adm
L' = 230 cm dc = 1,36 adm
dɣ = 1,18 adm
1) Fatores de Carga
Nfi = 1,70 adm 4) Fatores de Inclinação
Nq = 3,94 adm i q = 0,98 adm
Nc = 10,98 adm i c = 0,98 adm
Ng = 2,65 adm i ɣ = 0,90 adm
Nɣ = 1,13 adm i g = 1,00 adm
2) Fatores de Forma 5) Tensão de Ruptura do Solo
Sq = 1,17 adm FS = 3 adm
Sc = 1,35 adm Sapata
Sɣ = 1,41 adm q1 = 15,89 kgf/cm²
q2 = 3,20 kgf/cm²
q3 = 0,36 kgf/cm²
qu = 19,45 kgf/cm²
qadm. = 6,48 kgf/cm²
Verificação do Tubulão
1) Fatores de Carga 4) Fatores de Inclinação
Nfi = 1,70 adm i q = 0,80 adm
Nq = 3,94 adm i c = 0,80 adm
Nc = 10,98 adm i ɣ = 0,13 adm
Ng = 2,65 adm i g = 1,00 adm
Nɣ = 1,13 adm
5) Tensão de Ruptura do Solo
2) Fatores de Forma FS = 3 adm
Sq = 1,17 adm Tubulão
Sc = 1,34 adm qu = 64,10 kgf/cm²
Sɣ = 1,40 adm qadm. = 21,37 kgf/cm²
3) Fatores de Profundidade
dq = 1,47 adm
dc = 1,94 adm
dɣ = 1,47 adm
26
1) Verificação da Estabilidade da Fundação ao Esforço de Compressão Sapata
Verificação da Tensão Média na Base
Carga de Compressão + Peso do Concreto (Sd) 147.313 kgf
Resistência do Solo à Compressão (Rd=Ab*σsd) 352.258 kgf
Tensão Média Atuante no Solo (Sd/Ab) 2,36 kgf/cm²
Tensão Admissível (σsd) 6,48 kgf/cm²
2) Verificação da Estabilidade da Fundação ao Esforço de Compressão Tubulão
Verificação da Tensão Média na Base
Carga de Compressão + Peso do Concreto (Sd) 146.988 kgf
Resistência do Solo à Compressão (Rd=Ab*σsd) 377.600 kgf
Tensão Média Atuante no Solo (Sd/Ab) 8,32 kgf/cm²
Tensão Admissível (σsd) 21,37 kgf/cm²
27
1) Tombamento Transversal 2) Tombamento Longitudinal
1.1) Momento Transversal na Base 2.1) Momento Longitudinal na Base
MTb = ‐1.306.365 kgf.cm MLb = ‐889.740 kgf.cm
1.2) Momento Estabilizante Limite de Projeto 1.2) Momento Estabilizante Limite de Projeto
Mezt. = 9.898.497 kgf.cm Mezt. = 9.898.497 kgf.cm
1.3) Tensões Horizontais no Solo 1.3) Tensões Horizontais no Solo
p1 = 2,086 kgf/cm² p1 = 2,086 kgf/cm²
p2 = 2,897 kgf/cm² p2 = 2,897 kgf/cm²
p3 = 3,096 kgf/cm² p3 = 3,096 kgf/cm²
3) Excentricidade da Carga Vertical de Compressão na Base da Sapata
Na Direção Transversal eT = 10,04 cm
Na Direção Longitudinal eL = 6,84 cm
4) Cálculo das Zonas
Solicitação Vertical Resultante Fvd = 102.645 kgf
Tensão Média Sob a Sapata Sméd = 1,64 kgf/cm²
4.1) Zona 1
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smáx = 2,31 kgf/cm²
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smín = 0,98 kgf/cm²
4.2) Zona 2
Inadmissível
4.3) Zona 3
S = 1.519,96 cm
tan α = 0,23 adm.
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smáx = 2,58 kgf/cm²
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smín = 0,70 kgf/cm²
4.4) Zona 4
t = 1.032,51 cm
tan β = 0,34 adm.
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smáx = 2,61 kgf/cm²
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smín = 0,68 kgf/cm²
4.5) Zona 5
α = 0,07 cm
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smáx = 1,81 kgf/cm²
Tensões nas Bordas da Base da Sapata Smín = 1,47 kgf/cm²
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5) Verificação da Posição da Carga em Relação às Zonas
5.1) Zona 1
eL/eT = 0,68 pto interseção Resultado
(‐)Ls/Cs = ‐1,00 x = 24,79 Dentro da Zona 1
Ls/6 = 41,67 y = 16,88 1
5.2) Zona 2
Inadmissível
5.3) Zona 3
eL/eT = 0,68 pto interseção Resultado
(‐)Ls/(3.Cs) = ‐0,33 x = 82,15 Fora da Zona 3
Ls/3 = 83,33 y = 55,95 0
5.4) Zona 4
eL/eT = 0,68 pto interseção Resultado
(‐)3.Ls/Cs = ‐3,00 x = 67,91 Fora da Zona 4
Ls = 250,00 y = 46,26 0
5.5) Zona 5
Reta 1:
eL/eT = 0,68 pto interseção Qual Interseção?
Ls/(3.Cs) = 0,33 x = 119,82 Reta 2
Ls/6 = 41,67 y = 81,61
Reta 2:
eL/eT = 0,68 pto interseção Resultado
3.Ls/Cs = 3,00 x = 53,90 Fora da Zona 5
(‐)Ls/2 = ‐125,00 y = 36,71 0
6) Verificação ao Tombamento
Zona de Aplicação da Carga Zona 1 ‐
Smáx = 2,31 kgf/cm²
Smín = 0,98 kgf/cm²
Sméd = 1,64 kgf/cm²
qlb = 8,43 kgf/cm²
qadm. = 6,48 kgf/cm²
Smáx <= qlb OK 0,27
Sméd <= qadm. OK 0,25
29
1) Resistência de Ponta
Coeficiente de conversão do Nspt k = 2,5 kgf/cm²
Nspt Médio Nm = 13 adm.
Fator de Correção da Resistência de Ponta F1 = 3,0 adm.
Capacidade de Carga à Compressão Qp = 10,83 kgf/cm²
Área da Base do Tubulão Ab = 17.671 cm²
Resistência de Ponta Rpo = 191.441 kgf
2) Resistência do Atrito Lateral
Parâmetros Calculados para o Arrancamento
Reação de Atrito Lateral do Fuste Raf = 119.701 kgf
Reação de Atrito Lateral da Base Rab = 0,00 kgf
3) Verificação à Compressão
Rpo + (Raf + Rab) Coeficiente de Segurança à Compressão
>
(FvdC + Pc) NBR 6122/2010
Verif. à Comp. 311.141,68
= 2,12 > 2,00 OK
146.988
30
Dimensões Efetivas da Sapata
B' = 236 cm
L' = 230 cm
Verificação ao deslizamento
Força de Compressão Fmd = 92.307 kgf
Tg ângulo de Atrito s‐c tgфB = 0,18 adm.
Adesão solo‐concreto cB = 0,4 kgf/cm²
Área Nominal A' = 54.336 cm²
Fator de Segurança FS = 1,5 adm.
Resistência ao Deslizamento Rd = 25.482 kgf
Força Horizontal Fh = 21.296 kgf
Rd ≥ Fh OK 0,84
31
Verificação Sapata
1) Verificação ao Arrancamento
1.1) Dados e Parâmetros
Solicitação de Arrancamento Td = 83,534 kgf
Profundidade da Escavação He = 330 cm
Inclinação Máxima do Terreno i = 0%
Profundidade Efetiva Considerada Hef = 325 cm
Altura da Base da Sapata Hs = 60 cm
Ângulo do Cone α = 20 °
Peso Específico do Terreno Natural ɣs = 1800 kgf/m³
Peso Específico do Reaterro ɣa = 1800 kgf/m³
Peso Específico do Concreto δc = 2,400 kgf/m³
Coesão do Solo c = 0.80 kgf/cm²
Ângulo de Atrito do Solo ф = 15 °
Tensão limite de Reaterro qlr = 3.24 kgf/cm²
Tensão de Atrito Solo/Base qlat = 0.381 kgf/cm²
1.2) Volumes
Base Menor Bm = 6.25 m²
Base Maior BM = 23.68 m²
Volume do Cone a Partir da Base Vcb = 44.30 m³
Volume do Cone sobre a Sapata Vcss = 31.92 m³
Volume Fatia de Solo V1 V1 = 8.62 m³
Volume Fatia de Solo V2 V2 = 15.36 m³
Volume de Solo V3 V3 = 15.26 m³
Volume da Base da Sapata Vbs = 3.75 m³
Volume da Sobre‐Sapata Vss = 0.00 m³
Volume do Fuste Abaixo do Solo Vf = 1.30 m³
Volume do Fuste Acima do Solo Vafl. = 0.21 m³
1.3) Pesos
Peso de Solo Ps = 72,989 kgf
Peso de Solo Corresp. a V1 P1 = 15,521 kgf
Peso de Solo Corresp. a V2 P2 = 27,651 kgf
Peso do Solo de Reaterro P3 = 27,475 kgf
(Peso do Concreto x 0.9) para Htmin Pcmin = 11,360 kgf
32
2) Reação de Atrito Lateral
Área Lateral da Base da Sapata Ab = 60.000 cm²
Tensão de Atrito Lateral qlat = 0,381 kgf/cm²
Resistência Devido ao Atrito Rlat = 22.862 kgf
3) Reação Limitada pela Compressão do reaterro sobre a Sapata
Área de Contato do Reaterro Ar = 57.600 cm²
Tensão Limite de Compressão qlr = 3,24 kgf/cm²
Resistência devido ao Reaterro Ra = 186.710 kgf
4) Hipóteses de Ruptura do Solo
Hipótese 1 ‐ Cone a partir da Base
Resistência ao Arrancamento R1 = 84.349 kgf
Hipótese 2 ‐ Cone a partir da Face Superior da Base + Atrito Lateral
Resistência ao Arrancamento R1 = 89.347 kgf
Hipótese 3 ‐ Atrito Lateral + Compressão no Reaterro
Resistência ao Arrancamento R1 = 220.931 kgf
Verificação
Resistência Corresp. a Hip. Crítica Rd = 84.349 kgf
Máxima Solici. de Arrancamento Sd = 83.534 kgf
Sd/Rd <1 OK 0,99
Verificação Tubulão
1) Verificação ao Arrancamento
Peso do Tronco de Cone do Solo
Ângulo do Cone α = 20 Graus
Altura de Correção hc = 0 cm
Diâmetro Inferior do Cone Dic = 150 cm
Diâmetro Superior do Cone Dsc = 543.09 cm
Volume do Tronco de Cone V tc = 56.39 m³
Volume de Concreto a ser Descontado V cd = 9.54 m³
Peso do Tronco de Cone do Solo Ptc = 84,333 kgf
Contribuição do Peso de Concreto da Fundação
Volume Concreto (Mínimo) V cmin. = 10.30 m³
Peso Devido ao Concreto x 0.90 Pc = 22,253 kgf
Verificação
Carga de Arrancamento Atuante Sd = 103,846 kgf
Reação ao Arrancamento Rd = 106,586 kgf
Condição Necessária Rd > Sd Ok 0.97
33
Resultados
Momento no Topo do Tubulão Mt = 40,424 kgf.m
Força Horizontal no Topo do Tubulão Fhd = 28,874 kgf
Momento Solicitante em Xof MXof = 139,044 kgf.m
Momento ao Nível da Base Mb = 196,347 kgf.m
Momento Resistente Calculado Mr = 1,718,150 kgf.m
Majoração de 30 % (NBR 6122/2010) Mrd = 2,233,595 kgf.m
Fator de Segurança FS = 16.06 adm.
Momento Lateral Admissível ML = 106,957 kgf.m
Momento a ser Absorvido pela Base Mabs = ‐2,037,248 kgf.m
Cortante Máximo no Fuste Q = 723,866 kgf
Cortante Admissível Q/FS = 45,062 kgf
Força no Ponto de Rotação FhXof = 137,808 kgf
35
.
. 45°
1 . tan 1,4.
Fatores de forma:
1 0,2. 45° .
1 0,1. 45° .
1 0,4.
1
90°
1
90°
Fatores de profundidade:
1 0,2. 45°
1 0,1. 45°
2 ′
1 0,1. 45°
2 ′
Onde:
ø = ângulo de atrito interno do solo;
B’ = menor lado efetivo da fundação;
L’ = maior lado efetivo da fundação;
D = profundidade da fundação.
36
. 12
12
3 2.
tan .
2
12. 2.
á .
. tan 12.
iv. Zona 4 (ver fig. II-1b):
. 12
12
3 2.
tan .
2
12. 2.
á .
. tan 12.
v. Zona 5 (ver fig. II-1c):
á . . 12 3,9. 6. 1 . 1 2. . 2,3 2.
.
37
Onde:
Ral = resistência de atrito lateral;
k = coeficiente de conversão do Nspt, conforme tabela III-1;
α = relação entre resistência de ponta e atrito lateral do cone, conforme tabela III-1;
Nm = Nspt médio ao longo do fuste;
F2 = fator de correção da resistência lateral, conforme tabela III-2;
P = perímetro da fundação;
H = altura da fundação.
. .
Onde:
Rpo = resistência de ponta;
k = coeficiente de conversão do Nspt, conforme tabela III-1;
Nm = Nspt médio - Para efeito de cálculo da resistência de ponta, a média de três
valores de N (SPT ou CPT) é adotada: no nível de cálculo, 1 m acima e 1 m abaixo sendo o
limite para essa verificação de N = 50;
Ab = área da base;
F1 = fator de correção da resistência de ponta, conforme tabela III-2.
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Anexo V
.
Onde:
Ptc = peso do tronco de cone do solo;
Vtc = volume do tronco de cone;
Vcd = volume de concreto;
ɣ = peso específico do solo.
Anexo VI
Anexo VII
A coesão é calculada pela relação com o Nspt conforme fórmula abaixo:
c = 10.Nspt
O ângulo de atrito que também é calculado com relação ao Nspt tem a seguinte fórmula:
ø = 28° + 0,4.Nspt
Tabela VII-A – Peso específico de solos argiloso
Anexo VIII