Você está na página 1de 13

REV.

DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 EMISSÃO ORIGINAL

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA 25/10/2016 15/11/2016
LAUDO Eng. Sandre Sandre

MONTAGEM Eng. Garibalde Garibalde

VERIFICAÇÃO Eng. Garibalde Garibalde

APROVAÇÃO Eng. Sandre Sandre

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO
1.1.OBJETIVO
2. CONFIGURAÇÃO DA ESTRUTURA
3. CONSIDERAÇÕES PARA ANÁLISE DA ESTRUTURA
4. DETERMINAÇÃO DAS CARGAS ATUANTES SOBRE A ESTRUTURA
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. RESPONSÁVEL TÉCNICO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
ANEXOS
1. INTRODUÇÃO

A instalação de uma linha de vida ou de um equipamento trava-quedas se inicia


quando surge o risco de uma queda em locais com diferença de nível. O objetivo destes
sistemas de segurança é deter a queda de pessoas de maneira segura e sem que
sofram danos na queda ou na detenção.
Para se ter uma ideia, a energia gerada por uma queda livre de uma pessoa de
100kg que cai de uma altura de 2,5m gera um esforço dinâmico em impacto de 1.500kg
nas extremidades.
Desta forma, a instalação de linha de vida, além da obrigatoriedade por lei, leva
uma responsabilidade muito grande, já que o seu funcionamento deve garantir a
segurança da vida de pessoas. A qualidade da instalação se garante mediante
procedimentos de montagem escritos que geram documentação de rastreabilidade e
inspeção.
Viabilizando assim, a realização da manutenção em telhados industriais de forma
segura.

1.1. OBJETIVO

O Relatório Técnico apresentado tem por objetivo estabelecer todos os parâmetros


referentes ao dimensionamento da linha de vida móvel, utilizada para realizar
manutenção e limpeza das calhas do telhado metálico da empresa LM WIND POWER,
prevendo a utilização de linha de vida.
2. CONFIGURAÇÃO DA ESTRUTURA

O serviço de manutenção e limpeza das calhas será realizado nas coberturas


metálicas pela VERTICAL conforme as fotos abaixo, dividindo-se em galpões, indicadas
pelas setas com dimensões de 12m X 6m e o galpão maior tem a dimensões de 120m X
15m.

Fotos – Visão aérea das coberturas metálicas,


As telhas metálicas trapezoidais estão apoiadas e fixadas sobre a viga com
estrutura de xadrez, calha metálicas , em toda a sua extensão, conforme mostra a foto
abaixo.

Fotos: Esquema relacionadas ao telhado metálico a calha metalica que será realizado a atividade.

Para instalação da linha de vida e seus devidos pontos de ancoragem, será


utilizado os seguintes equipamentos:
=> Corda 11mm semi-estática
=> Ancoragem com sargento.
=> Fitas anelares
=> Descensor auto-blocante
=> Mosquetão Oval com rosca aço
Os Equipamentos de segurança utilizados pelo o colaborador que irá executar o
serviço:
=> Cinto para queda 5 pontas conectado ao trava queda com absorção de energia
=> Trava queda para corda Block com mosquetão
=> Bota de Segurança CA 34186
=> Luvas para proteção contra agentes mecânicos CA 25636
=> Capacete Casse A CA 31159
=> Luvas Técnicas CA 25636 (NBR 13712:1996)
=> Óculos de Segurança Blackcap CA 27692
=> Cinturão de Segurança com talabarte e trava queda CA34331
=> Talabarte regulável Giro CA 34334
=> Talabarte SDDUPLO - Ultra Safe.
A sua montagem consistem em extremidades confeccionadas com 8 duplo, alça
simples com conector de aço rosca.
Ancoragem é colocado com sargento na própria viga de estrutura do galpão.
Possibilitando também o fácil deslocamento dos trabalhadores sobre o telhado.
Onde este elemento é constituído por um perfil laminado tipo Quadrado do aço
ASTM A36. A figura abaixo apresenta sua composição química e propriedades
mecânicas.

Figura1 – Tabela de composição química e propriedades mecânicas

Outras características deste aço ASTM A36 são:


 Modulo de Elasticidade (E) = 205 GPa
 Tensão de Flexão admissível (ff) = 146 MPa

3. CONSIDERAÇÕES PARA ANÁLISE DA ESTRUTURA

A consideração básica, que o contratante deverá seguir é a NR 18 - Condições e


Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, onde se define cuidados para
qualquer trabalho em telhados e cobertura.
“Telhados e Coberturas
18.18.1 - Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos
dimensionados por profissional legalmente habilitado e que permitam a
movimentação segura dos trabalhadores.
18.18.1.1- É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para
fixação de mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo
pára-quedista.
18.18.1.2 - O cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à estrutura
definitiva da edificação, por meio de espera(s) de ancoragem, suporte ou grampo(s)
de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e
durabilidade equivalentes.
18.18.2 - Nos locais abaixo das áreas onde se desenvolvem trabalhos em telhados e
coberturas devem existir sinalização e isolamento de forma a evitar a ocorrência de
acidentes por eventuais quedas de materiais, ferramentas e equipamentos.
18.18.3 - É proibido o trabalho em telhados e coberturas sobre fornos ou qualquer
outro equipamento do haja emanação de gases provenientes de processos
industriais, devendo o equipamento ser previamente desligado, para a realização
desses serviços.
18.18.4 – È proibido o trabalho em telhados e coberturas no caso de ocorrência de
chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias bem como concentrar cargas
num mesmo ponto.
18.18.5 – Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma em telhados
e coberturas devem ser precedidos de inspeção e elaboração de ordens de serviço
contendo os procedimentos a serem adotados.
3.2.3 Trabalho sobre telhados
a) Comunicar ao setor usuário sobre a realização do serviço;
b) Não pisar diretamente sobre as telhas, mas sim sempre nas tábuas ou
plataformas que devem ser dispostas como passarelas;
c) Não sobrecarregar o beiral do telhado, pois esse não foi projetado para
suportar peso;
d) Não deixar sobras de material sobre o telhado após a execução do serviço;
e) Em dias de chuva ou de muito vento, ou enquanto as telhas estiverem
úmidas, não executar serviços sobre o telhado, mesmo com o uso de
passarela de madeira ou plataformas metálicas;
f) O cinto de segurança tipo pára-quedista deverá ser utilizado, providenciando-
se previamente os meios necessários à sua fixação de forma a possibilitar a
locomoção do usuário sobre o telhado.
Além destas recomendações, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, para evitar
quedas de nível, deve-se também considerar alguns aspectos importantes para a
execução do trabalho em telhados, tais como:
i. Proibir carga concentrada - As telhas de fibrocimento, alumínio ou metálicas
não foram projetadas para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes
advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre elas.
ii. EPI’s - Todo funcionário que executar serviço em telhado deve usar os
seguintes equipamentos:
a. Bota de segurança com solado antiderrapante;
b. Óculos de segurança com proteção lateral.
c. Capacete de segurança com jugular;
d. Cinturão de segurança tipo pára-quedista, conectado a cabo, corda
ou trilho de aço por meio de dispositivos que possibilitem fácil
movimentação sobre toda área de trabalho;
e. Luva de raspa;
iii. Içamento de telhas - As telhas devem ser suspensas uma a uma, amarradas
como mostra a figura 06. Nota-se o nó acima do centro de gravidade da
carga que evitará seu tombamento.

Figura 02 – Forma de içamento de telhas.

iv. Escadas de acesso aos telhados - Devem estar dentro das normas de
segurança e neste caso, a sua fixação será utilizado o mesmo dispositivo de
ancoragem da linha de vida, porém este ficará de forma permanente.
v. Passarelas para telhados – A única forma de andar com segurança neste
tipo de telhado é no sentido transversal das telhas e para esta atividade foi
Indicado à utilização de pranchas (tábuas) de madeira com um lado
revestido de material antiderrapante, Colocando-as sobre as telhas
onduladas de forma que apoia-se perfeitamente sobre três ondas. Possibilita
melhor distribuição da carga do que as tábuas que só se apoiam sobre duas
ondas e ficam instáveis quando pisadas nas bordas, como mostra a figura
03.

Figura 03 – Esquema de apoio das tábuas sobre as telhas onduladas

vi. Linha de vida - O Ministério do Trabalho exige que nos telhados sejam
instaladas linhas de segurança (NR-18). Na qual será utilizado o dispositivo
de ancoragem citado no capítulo 2,
Agora vamos fazer algumas considerações Importante:

 Manter o padrão de uso da Corda de 11mm, conforme a ficha técnica em


anexo.
 Altura do piso até a laje: 20m
 Quantidade de trabalhadores por linha: 02 pessoas.
 Peso médio individual: 90kg
 Onde existir escadas marinheiro com acesso ao telhado é obrigatório fazer
uso do cinto de segurança e a linha de vida até termino do serviço
executado.
 Sabe-se que a resistência da solda é bem superior a resistência do próprio
perfil laminado, desta forma vamos considerar que a carga aplicada no
olhal é transmitida integralmente para a cantoneira de perfil quadrado.
4. DETERMINAÇÃO DAS CARGAS ATUANTES SOBRE A ESTRUTURA

Em seguida, vamos realizar a analise das cargas atuantes e dimensionamento da


corda e dos pontos de ancoragem instalados para montar a linha de vida.

4.1. Análise de Resistência da Corda de diâmetro 11mm

CORDAS PARA RAPEL


Diâmetro Cor RESISTÊNCIA:
11 mm LARANJA 3.000 kg
11 mm BRANCA 3.000 kg
10 mm BRANCA
10 mm LARANJA
9 mm BRANCA
9 mm LARANJA
Corda laranja com filete preto ( capa de poliéster e alma de poliamida)
Corda branca com filete preto ( capa e alma 100% poliamida )
Carga de ruptura – 3.000kgf (11 mm)**

Pela definição técnica americana, uma corda estática deve ter o coeficiente elástico
passivo (carga de 90 kg) de menos de 2% e apresentar um baixo coeficiente de
deformação até muito próximo da carga de ruptura.
A especificação de carga obviamente varia de acordo com o diâmetro do material em
questão.
Para se ter um parâmetro comparativo, uma corda de escalada com 11 mm de
diâmetro possui a elongação passiva da ordem de 7,5% e a deformação máxima
próxima da carga da ruptura supera 30%.
Note-se que o parâmetro elástico não consegue por si só definir a corda estática e
mesmo aquelas que são virtualmente estáticas podem não possuir a aprovação de
um órgão oficial, por exemplo a NFPA (National Fire Protection Association - EEUU).
No Brasil a maioria das pessoas chamam as cordas não dinâmicas de estáticas ou
seja a semi-estática. Nós defendemos a tese de que apenas as cordas com
características definidas tecnicamente como estáticas devem assim ser chamadas.
As que não se enquadram nessa categoria devem ser chamadas de cordas de baixa
elasticidade, principalmente para evitar confusões e o mau uso.
Cordas estáticas são especialmente úteis em situações em que a elasticidade (efeito
iô-iô) é perigosa e são recomendadas para todas as situações em que o risco de
impacto inexiste.
Exemplos de uso: Espeleologia (uso genérico), Rappel, resgate, operações táticas e
Segurança Industrial.
Pré-Tensionamento: Mesmo as cordas tecnicamente estáticas possuem uma
pequena elasticidade. Dependendo do tipo de operação ou comprimento da corda,
essa característica pode não ser bem vinda. Assim sendo é uma prática
relativamente comum pegar uma corda nova e tensionar com carga de 200 a 300 kg
antes do uso. Isso faz com que ela sofra uma esticadela de caráter definitivo,
tornando-a um pouco mais estática.

Cargas de ruptura das cordas:

BITOLA CAPACIDADE
3 mm 150 Kg
4 mm 300 Kg
6 mm 600 Kg
9 mm 1.500 Kg
10 mm 2.400 Kg
11 mm 3.000 Kg
12 mm 3.200 Kg
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
O TRABALHO SERÁ EXECUTADO SEMPRE COM
APENAS DOIS COLABORADORES EM EXECUÇÃO.
Figura 06 – Esquema de Forças aplicadas sistema de linha de vida.

Onde: A e C: são os pontos de ancoragem do maior vão de 60m, na seção “a”.


B: é o ponto onde se formará a flecha com maior dimensão;
Fcb: é a carga que acorda suportar em seu comprimento;
Fy: é a carga que será aplicada pelo peso das pessoas e da corda;
Δ: é o ângulo formado pela corda e a linha horizontal.

Desta forma, o ângulo cuja tangente seja igual a 10, é aprox. 84°, então o ângulo Δ
deverá ser igual a 6°. Δ = 6°.
Assim, aplicando as relações trigonométricas, temos: sen(6) = Fy / Fcb, ou seja:
Fy = 4183 * sen(6) = 437,2 kgf,

Então o fator de segurança será FS = 437,2 / 95  FS = 4,60 (atendendo as


premissas estabelecidas).

4.2. Análise do Sistema de ancoragem

Os pontos de ancoragem serão usado Fitas anelares com pontos de fixação já


existente no local de montagem da linha. conforme a ficha técnica em anexo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atendendo as especificações dos itens acima relacionados e seguindo todas as


Normas de Segurança, as atividades em alturas estarão liberadas para execução.

6. RESPONSÁVEL TÉCNICA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

NR35: Trabalho em Altura


ABNT - Associação Brasileira De Normas Técnicas

NR-18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção,


ABNT - Associação Brasileira De Normas Técnicas

EN 189
Norma Européia

NBR 15986

Você também pode gostar