Você está na página 1de 15

Norma Técnica SABESP

NTS 282

Guarda-corpos

Especificação

São Paulo
Dezembro/2019: Revisão 2
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1. OBJETIVO............................................................................................................. 2
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................ 2
3. DEFINIÇÕES ......................................................................................................... 3
4. CARACTERÍSTICAS GERIAS .............................................................................. 4
4.1. Locais de aplicação ............................................................................................. 4
4.2. Material do guarda-corpo/corrimão .................................................................... 4
4.2.1. Aço carbono SAE 1008/1010 ........................................................................... 4
4.2.2. Material composto de resina isoftálica e fibra de vidro ..................................... 5
4.2.3. Aço inoxidável AISI 316l .................................................................................. 5
4.3. Acabamento superficial ....................................................................................... 5
4.4. Identificação ......................................................................................................... 5
4.5. Montantes do guarda-corpo e fixação ................................................................ 5
4.6. Configuração e dimensões ................................................................................. 6
4.7. Dimensões............................................................................................................ 7
4.7.1. Guarda-corpo ................................................................................................... 7
4.7.2. Corrimão .......................................................................................................... 7
4.7.3. Processo de união de partes............................................................................ 7
4.7.4. Tolerância das dimensões dos guarda corpos ................................................. 8
4.7.5. Processo de corte ............................................................................................ 8
4.8. Pintura de sinalização ......................................................................................... 8
4.9. Aterramento ......................................................................................................... 8
5. QUALIFICAÇÃO, INSPEÇÕES E ENSAIOS ......................................................... 8
5.1. Materiais ............................................................................................................... 9
5.2. Produto ................................................................................................................. 9
5.2.1. Exame visual ................................................................................................... 9
5.2.2. Exame dimensional .......................................................................................... 9
5.2.3. Resistência do guarda-corpo ......................................................................... 10
5.2.4. Resistência do corrimão................................................................................. 10
6. ADEQUAÇÃO ..................................................................................................... 10
7. MANUTENÇÃO ................................................................................................... 10
8. DESENHOS PADRÃO..............................................................................................11
ANEXO A – FORMULÁRIO DE VISTORIA DE GUARDA-CORPO (SUGESTÃO) .... 12

Dezembro/2019
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

Guarda-corpos

1. OBJETIVO
Esta Norma especifica as condições mínimas exigíveis para guarda-corpos a serem uti-
lizados em unidades da Sabesp.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emen-
das):
ASTM D 2565: Standard Practice for Xenon-Arc Exposure of Plastics Intended for Out-
door Applications.
ASTM D 2583: Test method for indentation hardness of rigid plastics by means of a
Barcol impressor.
ASTM D 5630: Standard Test Method for Ash Content in Plastics.
NTS 034: Soldagem.
NTS 035: Consumíveis de soldagem.
NTS 038: Testes ultrassônicos de juntas soldáveis.
NTS 041: Inspeção de aderência em revestimentos anti-corrosivos.
NTS 084: Revestimento guia.
ABNT NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão.
ABNT NBR 5601: Aços inoxidáveis — Classificação por composição química.
ABNT NBR 6323: Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro fun-
dido.
ABNT NBR 7400: Galvanização de produtos de aço e ferro fundido por imersão a
quente - Verificação da uniformidade do revestimento - Método de ensaio.
ABNT NBR 7414: Galvanização de produtos de aço e ferro fundido por imersão a
quente - Terminologia.
ABNT NBR 7215: Cimento Portland – Determinação da resistência à compressão.
ABNT NBR 9077: Saída de emergências em edifícios.
ABNT NBR 14050: Sistemas de revestimentos de alto desempenho, à base de resi-
nas epoxídicas e agregados minerais - Projeto, execução e avaliação do desempenho -
Procedimento.
ABNT NBR 14718: Guarda corpos para edificações.
ABNT NBR 15708-1: Indústrias do petróleo e gás natural - Perfis pultrudados - Materi-
ais, método de ensaio e tolerância dimensionais.
ABNT NBR 12609: Alumínio e ligas - Tratamento de superfície Anodização para fins
arquitetônicos - Requisitos.
ABNT NBR 12613: Alumínio e suas ligas - Tratamento de superfície Determinação da
selagem de camadas anódicas - Método de absorção de corantes.

Dezembro/2019 2
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

NR 10: Norma regulamentadora 10 – Instalações e serviços em eletricidade.


NR 12: Norma Regulamentadora 12 do Ministério do Trabalho e emprego.

3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma aplicam-se as seguintes definições:
CORRIMÃO
barra, tubo ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e contínua, localizada junto
às paredes ou guardas de escadas, rampas ou passagens para as pessoas nela se
apoiarem ao subir, descer ou se deslocar.

DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM
parafusos, porcas e arruelas utilizadas para fixar o suporte dos guarda-corpos ao piso,
na posição vertical e corrimãos na posição horizontal.

EDIFICAÇÕES ADMINISTRATIVAS E ÁREAS DE VISITAÇÃO PÚBLICA


áreas de escritório, setores de atendimento ao público, oficinas, locais de visitação pú-
blica e saídas de emergência.

ÁREAS DE PROCESSO
áreas de máquinas e equipamentos de processo, destinadas à operação de serviços de
bombeamento e tratamento de água e esgoto, tais como: estações elevatórias, sistemas
de gradeamento, caixas de areia, decantadores, aeradores, flotadores, adensadores,
recirculações, tratamentos terciários, digestores, floculadores, silos, tanques, estufas,
reservatórios e filtros.

GUARDA-CORPOS
barreira protetora vertical, maciça ou não, delimitando as faces laterais abertas de es-
cadas, rampas, patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados, servindo como
proteção contra eventuais quedas de um nível para outro.

GUARDA-CORPO – TIPO I
guarda-corpo a ser aplicado em edificações administrativas, áreas de visitação pública
e saídas de emergência, conforme norma ABNT NBR 14718 e instruções técnicas do
Corpo de Bombeiros.

GUARDA-CORPO – TIPO II
guarda corpo que pode ser aplicado em áreas de Processo, conforme NR 12.

MÓDULO
unidade que compõe o guarda corpo, formada por montantes, suportes e travessas.

MONTANTE PRINCIPAL
perfil que constitui os elementos verticais de guarda-corpo destinado ao apoio da estru-
tura, em que é acoplado o suporte de fixação ao piso.

MONTANTE INTERMEDIÁRIO
perfil que constitui os elementos verticais de guarda-corpo posicionado entre os mon-
tantes principais.

Dezembro/2019 3
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

NÍVEL DE CIRCULAÇÃO
piso adjacente ao guarda-corpo, onde circulam as pessoas.

PULTRUSÃO
processo de fabricação contínuo na qual as fibras de vidro são posicionadas ordenada-
mente e tracionadas após sua impregnação por uma resina isofitálica, com posterior
processo de cura.

RAMPA
parte inclinada de uma passagem destinada a unir dois níveis de pavimento.

SUPORTE
estrutura metálica, secundária, soldada à estrutura principal do tipo chapa 120 x 120 x
15,00 mm (C x L x E). Para guarda corpo pultrudado o suporte é aparafusado e as
dimensões estão indicadas no anexo dessa norma.

TRAVESSA
perfil que constitui os elementos horizontais ou inclinados de guarda-corpos.

TRAVESSA INFERIOR
travessa situada na parte inferior do guarda-corpo.

TRAVESSA INTERMEDIÁRIA
travessa situada entre as travessas inferior e superior.

TRAVESSA SUPERIOR
travessa situada na parte superior do guarda-corpo.

VÃO INTERNO
distância entre dois perfis paralelos internos ao módulo na qual não há obstrução à pas-
sagem.

VÃO LIVRE
distância entre painéis (módulos) consecutivos ao longo da qual não há obstrução à
passagem.

4. CARACTERÍSTICAS GERAIS
4.1. Locais de aplicação
Os guarda-corpos devem ser instalados em escadas, pisos ou passarelas que ofereçam
risco de queda.
Também deve ser aplicado nas saídas de emergência quando houver diferença de nível
maior do que 190 mm.
Em rampas e escadas o guarda corpo deve ser acompanhado de corrimão.

4.2. Material do guarda-corpo/corrimão


O guarda-corpos/corrimão pode ser fabricado em um dos seguintes materiais:

Dezembro/2019 4
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

4.2.1. Aço carbono SAE 1008/1010


O aço deve ser galvanizado com duas camadas de zinco puro de espessura mínima de
80µm (conforme NBR 6323, 7400 e 7414), revestido posteriormente com pintura ele-
trostática de tinta em pó à base de poliéster, na cor amarelo segurança, padrão Munsell
5Y8/12, com espessura média de 100 μm (película seca).
Em casos especiais, em que o meio apresenta elevada agressividade, a unidade da
Sabesp responsável pode analisar e aprovar outro sistema de pintura, desde que o
mesmo atenda as prescrições da NTS 084: Revestimento Guia.
4.2.2. Material composto de resina isoftálica e fibra de vidro
Deve ser obtida pelo processo de pultrusão. A porcentagem em peso de fibra deve ser
de no mínimo 60%. O material composto deve ser pigmentado na cor amarelo segu-
rança, padrão Munsell 5Y8/12, além de aditivado com absorvedor de raios ultravioletas.
Toda a superfície dos perfis pultrudados deve ser munida de véu de superfície de 40g/m²
em poliéster. A quantidade de carga mineral utilizada na composição da resina poliéster
insaturada isoftálica deve ser inferior a 30% em peso. O produto ideal para uso é o talco
industrial (silicato de magnésio hidratado ou silicato de alumínio hidratado). A dureza
Barcol dos perfis pultrudados utilizados na construção dos guarda-corpos deve ser su-
perior a 50. Este parâmetro deve ser inspecionado conforme norma D2583. As peças
devem ser revestidas posteriormente com pintura poliuretano, na cor amarelo segu-
rança, padrão Munsell 5Y8/12, com espessura média de 100 μm (película seca).
4.2.3. Aço inoxidável AISI 316L
O aço a ser utilizado deve ser o AISI 316L devendo estar conforme a normas ABNT
NBR 5601.
O acabamento da superfície deve ser, no mínimo, tipo 2 B ou escovado # 180.
4.3. Acabamento superficial
O guarda-corpo/corrimão deve ter acabamento liso, isento de reentrâncias, “cantos vi-
vos” ou qualquer outro defeito que possa causar ferimentos.
4.4. Identificação
O módulo do guarda-corpo e do corrimão, deve apresentar uma identificação indelével,
em local visível no montante principal (guarda corpo) e na principal barra (corrimão). A
identificação deve conter no mínimo o nome ou logomarca do fabricante, código para
rastreamento do lote, mês e ano de fabricação.
4.5. Montantes do guarda-corpo e fixação
4.5.1 Aço carbono
Os montantes principais fabricados conforme especificado no item 4.2.1, devem ser fi-
xados em suporte fabricado de aço carbono, tipo SAE 1008/1010, galvanizado a fogo
com duas camadas de zinco puro de espessura mínima de 80 µm (estrutura jateada),
com parafusos, porcas e arruelas, fabricados em aço inoxidável AISI 316. Esses mon-
tantes devem ter espessura mínima de 3,0 mm.
4.5.2 Resina e fibra
Os montantes principais fabricados conforme especificado no item 4.2.2, devem ser fi-
xados em suporte fabricado com material composto de resina isoftálica e fibra de vidro
obtida pelo processo de pultrusão, com parafusos, porcas e arruelas, fabricados de aço
inoxidável AISI 316. Esses montantes devem ter espessura mínima de 5,0 mm.

Dezembro/2019 5
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

4.5.3 Aço inoxidável


Os montantes principais fabricados conforme especificado no item 4.2.3, devem ser fi-
xados em suporte fabricado em aço inoxidável tipo AISI 316L, com espessura mínima
de 3,0 mm, com parafusos, porcas e arruelas, fabricados em aço inoxidável AISI 316.
Nota 1: Na fixação dos montantes descritos nos itens 4.5.1, 4.5.2 e 4.5.3 ao concreto
do piso devem ser utilizados chumbadores químicos com haste de aço inoxidável AISI
316, Ø 5/16. A porca e arruela devem ser fabricadas no mesmo material
Nota 2: A profundidade dos elementos de fixação ao concreto dos montantes deve ser
de no mínimo 110 mm.
Nota 3: O piso no qual é fixado o suporte do guarda corpo deve apresentar característica
resistente que garanta seu bom desempenho, conforme solicitações previstas no item
5.2.3 dessa Norma.
Nota 4: O corrimão, deve ser fixado ao montante do guarda corpo com sistema de fixa-
ção descrito no item 4.5 dessa norma. Outros sistemas de fixação podem ser adotados
desde que seja garantida sua resistência e durabilidade e mediante a aprovação prévia
da Sabesp.
4.6. Configuração, dimensões, tolerâncias e relação de peças.
O guarda-corpo deve ser constituído de montantes, travessas, cujas seções podem ser
circulares ou quadriláteras além de dispositivo de suporte. As configurações, dimen-
sões, tolerâncias e relação de peças do guarda corpo e corrimão devem ser conforme
desenhos padrão relacionados a seguir:
− Guarda Corpo Tipo 1: Aplicado em edificações administrativas, áreas de visita-
ção pública, saídas de emergência e escadas, conforme anexo A (Desenhos
Padrão).
− Guarda Corpo Tipo 2: Aplicado em áreas de processo, conforme– anexo B (De-
senhos Padrão).
− Rodapés, conforme anexo C (Desenhos Padrão).

Observação: A unidade administrativa da Sabesp responsável pelo imóvel da


empresa (operacional, administrativo ou misto) pode, a seu critério, decidir pela
instalação do guarda corpo Tipo 1, mesmo em áreas de processo.

Entre os módulos de guarda-corpos pode haver descontinuidade no comprimento desde


que atenda às dimensões indicadas no item 4.7.1.
Após a sua instalação o guarda-corpo não deve apresentar desnível ou desalinhamento
em relação ao piso ou a geratriz externa da travessa superior.
Obs:
1. Em locais onde haja risco de queda de objetos e/ou materiais que possam atingir
pisos de nível inferior, deve ser previsto um fechamento tipo rodapé com altura
de 200 mm, sendo que sua extremidade inferior deve situar-se a uma distância
máxima de 50 mm do piso.
2. Para escadas e rampas com largura superior a 2.200 mm devem ser previstos
corrimãos intermediários no máximo a cada 1.800 mm. Os lanços determina-
dos pelos corrimãos intermediários devem ter, no mínimo 1.100 mm de largura.

Dezembro/2019 6
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

Para atender ao prescrito na NBR 14718 o espaçamento entre perfis verticais (vão
luz) deve ser de no máximo 110 mm.

4.7. Dimensões
4.7.1. Guarda-corpo
O guarda-corpo deve ter as seguintes dimensões:
− Altura: a distância entre o piso e a geratriz superior da travessa superior deve
ser de no mínimo 1.100 mm.
Nas escadas internas o guarda corpo pode ter altura reduzida a 920 mm, po-
dendo nesse caso ser dispensado o uso do corrimão no guarda corpo.
No caso de escadas externas, seus patamares, balcões e assemelhados, a al-
tura do guarda – corpo deve ser de no mínimo 1.300 mm
− Espessura dos perfis: Deve atender aos valores mínimos especificados no item
4.5 dessa norma. O projeto do guarda corpo e corrimão pode apresentar ele-
mentos de espessuras diferentes entre si, cujas dimensões mínimas estão apre-
sentadas nos desenhos nos desenhos padrão listados nos anexos A, B e C desta
norma.
− Travessa superior: Caso seja circular deve ter diâmetro entre 38,1 mm com no
mínimo 2,0 mm de espessura. Sendo quadrilátera deve ter a dimensão de 50,8
mm e 6,0 mm de espessura, devendo ser instalada com a maior dimensão pa-
ralela ao piso.
− Travessa inferior: Caso seja circular deve ter diâmetro entre 38,1 e sua geratriz
inferior deve estar a uma distância máxima de 100 mm do piso. Sendo quadrilá-
tera recomenda-se a dimensão de 50,8 mm e 6,0 mm de espessura, devendo
ser instalada com a maior dimensão paralela ao piso. E seu lado inferior deve
estar a uma distância máxima de 100 mm do piso.
− Montantes: caso seja circular deve ter diâmetro de 19,0 mm e espessura de 2,0
mm. Sendo quadrilátera recomenda - se a dimensão de 50,8 mm e espessura
de 6,0 mm, sendo a maior dimensão perpendicular à superfície de fechamento
do guarda corpo.
− Descontinuidade: caso os módulos de guarda-corpos apresentem descontinui-
dade, a distância entre os montantes deve ser de 110 mm.
− Vão internos: o valor máximo do vão interno, em pelo menos uma das direções,
deve ser de 110 mm para guarda corpos tipo I e 500 mm para guarda-corpo tipo
II.
4.7.2. Corrimão
Os corrimãos devem ser fixados ao guarda corpo à uma altura entre 800 e 920 mm
contados a partir do nível do piso, em escadas ou rampas. Esta medida deve ser tomada
verticalmente e prolongar-se pelo menos 300 mm antes do início e após o término da
rampa ou escada. Suas extremidades devem ter formato recurvado voltado para o
guarda corpo.
Caso seja circular seu diâmetro deve estar entre 38,1 e 50,8 mm e sendo quadrilátera
sua dimensão paralela ao piso deve atender a esse intervalo dimensional. No anexo C
dessa norma são indicadas dimensões da instalação do corrimão.

Dezembro/2019 7
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

4.7.3. Processo de união de partes


As peças em aço carbono devem ser soldadas pelo processo MIG MAG® e TIG®, para
tanto devem ser seguidos as prescrições das NTS 034, 035 e 038. Materiais em aço
inoxidável devem ser soldados exclusivamente pelo processo TIG® em corrente contí-
nua CC+ ou CC-, com deposição de material (vareta).
Peças em pultrudado devem ser unidas utilizando-se de elementos maciços de reforço,
instalados na parte interna do perfil que se pretende unir, para isto devem ser realizados
furos de posicionamento e fixação, instalados pinos de travamento logo após a aplica-
ção do adesivo estrutural que deve ser mantido em posição dimensionalmente rígida
até a finalização do processo de catálise.
Devem ser realizadas as atividades de união de partes em aço carbono, aço inoxidável
ou pultrudado utilizando-se de gabaritos de montagem para garantir os requisitos de
alinhamento, posicionamento e dimensionamento exigido nos desenhos padrão anexos
a esta norma.
4.7.4. Tolerância das dimensões dos guarda corpos
Guarda corpos fabricados em aço carbono, aço inoxidável e pultrudado podem apre-
sentar variação dimensional em relação aos valores especificados nessa norma, desde
que atendam a tolerância indicada nos desenhos apresentados nos anexos dessa
norma. Todas as dimensões serão sempre em milímetros para cada um dos materiais
anotados nos desenhos de referência.
4.7.5. Processo de corte
O processo de corte dos tubos de aço carbono deve ser feito garantindo a tolerância na
dimensão de comprimento e no corte de peças em ângulo. As chapas de fixação (su-
portes) podem ser cortadas pelo processo oxiacetilênico, água ou laser desde que a
tolerância das dimensões fique conforme aos desenhos de referência desta norma.
O processo de corte dos tubos de aço inoxidável deve ser feito garantindo a tolerância
na dimensão de comprimento e o corte de peças em ângulo. As chapas de fixação (su-
portes) e tubos podem ser cortadas pelo processo água ou laser desde que atendam a
tolerância indicada nos desenhos apresentados nos anexos dessa norma.
O processo de corte dos tubos em material pultrudado deve ser feito garantindo a tole-
rância na dimensão de comprimento e o corte de peças em ângulo. As chapas de fixa-
ção (suportes) podem ser cortadas pelo processo corte a frio em máquina CNC (Con-
trole Numérico Computadorizado) desde que a tolerância das dimensões fique conforme
aos desenhos de referência desta norma.
4.8. Pintura de sinalização
Para guarda-corpos fabricados de aço inoxidável, que não recebem a pintura de sinali-
zação, a mesma será substituída por uma faixa a ser pintada no piso, de maneira con-
tínua, paralela ao guarda-corpo, na cor amarelo segurança, padrão Munsell 5Y8/12,
conforme NBR 14050, na largura de:
− 10 cm para piso com largura de 1,20 m;
− 12 cm para piso com largura superior a 1,20 m.
O processo de pintura adotado deve garantir a resistência do revestimento em ambien-
tes expostos a ação de sol e chuvas constantes e ataque químico específico do ambi-
ente de demarcação do piso, em temperaturas variando entre 5 e 55°C.
4.9. Aterramento
Os guarda-corpos metálicos devem ser aterrados conforme a NBR 5410.

Dezembro/2019 8
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

5. QUALIFICAÇÃO, INSPEÇÕES E ENSAIOS


Para qualificação o fabricante deve submeter seu produto aos ensaios indicados nesse
item. Para obter a qualificação o material deve atender integralmente a especificação.
À critério da Sabesp, na etapa de qualificação do fabricante, pode ser solicitado um
ensaio em guarda-corpo montado, com ao menos um módulo completo, fixado conforme
especificado nessa norma. Devem ser aplicadas as cargas previstas na ABNT NBR
9077, item 4.8. O guarda corpo é aprovado caso resista às referidas solicitações.
A inspeção de recebimento deve ser realizada conforme indicado no item 5.2.1 e 5.2.2
dessa Norma.
A critério da unidade da Sabesp, a avaliação dos materiais pode ser realizada na inspe-
ção de recebimento, que nesse caso só será aceito caso a especificação apresentada
no item 5.1 seja atendida integralmente.
5.1. Materiais
Em função do tipo de material, a tabela 1 apresenta os ensaios, metodologia e especi-
ficação a ser atendida.
Tabela 1 – Ensaios em materiais.
Material Ensaio Amostragem Metodologia Especificação
Isentos de trincas,
Resistência às ASTM D2565, ci-
fissuras, bolhas,
intempéries clo 1; 720 h
delaminações
Aço galvani- 3 barras de
zado reves- 250 mm de NTS 041. O en-
tido comprimento saio deve ser reali-
Aderência do
zado após o en- NTS 041
revestimento
saio de resistência
as intempéries.
3 barras de Isentos de trincas,
Aço inoxidá- Resistência às ASTM D2565, ci-
250 mm de fissuras, bolhas,
vel intempéries clo 1; 720 h
comprimento delaminações
Isentos de trincas,
Resistência às
NBR 15708:1 fissuras, bolhas,
intempéries
Resina com delaminações
3 barras de
fibra de vidro 250 mm de ASTM D 5630
Carga mineral ≤ 30 %
(pultrudado) comprimento Procedimento B
ASTM D 5630
Teor de fibras ≥ 60%
Procedimento B

5.2. Produto
Uma unidade do guarda - corpo, montado com todos os seus componentes previstos na
unidade modular, nas condições de fixação previstas em projeto ou indicadas pelo fa-
bricante, deve ser submetido as verificações desse item, conforme segue:
5.2.1. Exame visual
Todos os módulos do guarda corpo devem ser examinados visualmente. Não são ad-
mitidas falhas no revestimento, trincas, fissuras, bolhas e delaminações.

Dezembro/2019 9
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

5.2.2. Exame dimensional


Após a instalação deve-se fazer a verificação das dimensões e espaçamentos do
guarda-corpo. Não são admitidos dimensões e espaçamentos diferentes daqueles indi-
cados no nessa norma, exceto dimensões que permitam tolerâncias.
5.2.3. Resistência do guarda-corpo
A unidade do guarda-corpo deve ser submetida e resistir aos esforços prescritos no item
4.8 da NBR 9077 e a NBR 14.718.
5.2.4. Resistência do corrimão
Caso o guarda corpo seja aplicado em rampas ou escadas, sua unidade deve ser mon-
tada com o respectivo corrimão, que deve ser submetido e resistir aos esforços prescri-
tos no item 4.8 da NBR 9077.

6. ADEQUAÇÃO
A Sabesp possui guarda corpos que foram projetados e construídos antes das legisla-
ções e normas vigentes (ABNT, NR e NTS).
A conformidade dessas peças às exigências atuais deve ocorrer por meio da adequação
dos guarda corpos às exigências da NTS 282.
Caso a unidade julgue conveniente, pode apresentar para aprovação dos órgãos fisca-
lizadores (Corpos de Bombeiros) um projeto de adequação, no qual é aproveitado o
guarda corpo antigo com a inserção de dispositivos como telas, grades, tirantes, etc.
Entretanto a adequação deve garantir que o guarda corpo atenda ao item 5.2 dessa
norma e apresente a durabilidade adequada.

7. MANUTENÇÃO
As instalações de guarda-corpos devem ser vistoriadas semestralmente e registradas
em relatórios de vistorias. O Anexo D apresenta sugestão de formulário desse tipo de
relatório.
Quando forem constatadas anomalias, cabe a unidade de manutenção a avaliação entre
as opções de recuperação ou substituição dos guarda-corpos, considerando para tanto
aspectos técnicos e de custo.
Caso se opte pela recuperação da estrutura do guarda-corpo devem ser preservadas
suas características originais (material, revestimento, coloração e desempenho).
Quando houver sinais de corrosão nos elementos de fixação (suporte, parafusos, porcas
e arruelas) esses devem ser substituídos por outros de mesmo material. Caso se verifi-
que que a corrosão foi precoce, inferior a 5 anos, deve–se estudar outro material ou
concepção de fixação que garanta maior durabilidade.

Dezembro/2019 10
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

8. DESENHOS PADRÃO
Como complemento fundamental dessa norma a comissão elaborou 15 (quinze) dese-
nhos padrão que apresentam configurações e dimensões para guarda corpo tipo 1, tipo
2 e rodapés, nos três materiais previstos, além de detalhes para sua montagem e fixa-
ção.
A tabela 2 apresenta a descrição e numeração desses desenhos padrão, que podem
ser visualizados por meio de sua numeração, nos seguintes endereços:

1) Acesso interno: Portal Corporativo, Unidade TX, Arquivos Técnicos, Desenhos Pa-
drão.

2) Acesso externo: www.sabesp.com.br/Fornecedores/Desenhos Padrão.


Tabela 2- Descrição e numeração de desenhos padrão
ELEMENTO UTILIZAÇÃO DESENHOS PADRÃO
DESCRIÇÃO NUMERAÇÃO
CORRIMÃO GUARDA CORPO
Tipo 1 - PULTRUDADO 0600-EC-13

CORRIMÃO GUARDA CORPO


0600-EC-11
TIPO 1 - AÇO CARBONO
CORRIMÃO GUARDA CORPO
Escada 0600-EC-12
TIPO 1 - AÇO
GUARDA CORPO TIPO 1 - AÇO
Guarda 0600-E-11
CARBONO
Corpo
GUARDA CORPO TIPO 1 - AÇO 0600-E-12
GUARDA CORPO TIPO 1 - PUL-
Tipo 1 0600-E-13
TRUDADO
GUARDA CORPO TIPO 1 - AÇO
0600-P-11
CARBONO
Plano GUARDA CORPO TIPO 1 - AÇO 0600-P-12
GUARDA CORPO TIPO 1 - PUL-
0600-P-13
TRUDADO
Guarda GUARDA CORPO TIPO 2 - PUL-
0600-P-23
Corpo TRUDADO
Plano GUARDA CORPO TIPO 2 - AÇO
0600-P-21
Tipo 2 CARBONO
GUARDA CORPO TIPO 2 - AÇO 0600-P-22
RODAPÉ PARA GUARDA
0600-PR-03
CORPO - PULTRUDADO
Rodapé - RODAPÉ PARA GUARDA
0600-PR-01
CORPO - AÇO CARBONO
RODAPÉ PARA GUARDA 0600-PR-02
CORPO - AÇO

Dezembro/2019 11
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

ANEXO A – FORMULÁRIO DE VISTORIA DE GUARDA-CORPO


(SUGESTÃO)
Nome do Anexo: Número do Anexo

Formulário para vistoria em guarda corpos 0005

Norma Técnica Sabesp - NTS 282: Guarda-Corpos - Revisão 2

1. Local:
Nome da unidade: ___________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________
Unidade Sabesp: _____________________________________________________
2. Data:
Instalação do guarda corpo____/____/____
Vistoria___/___/___

3.Configuração do guarda corpo (desenho do guarda corpo)

Obs. Anexar ao formulário.

4. Material do guarda corpo:


 Aço carbono revestido Pultrudado  Aço inoxidável

5. Extensão do guarda corpo vistoriado: __________m


6 Tipo de anomalia encontrada:

1 Corrosão superficial 2 Corrosão intensa 3 Falha de fixação


4 Ausência de elementos (montantes, etc.) 5 Ausência de guarda corpo
6 Dimensões/espaçamentos não conformes 7 Configuração não conforme
8 Fissuras/bolhas/descoloração/escamação 9 Falha na cordoalha de aterra-
mento
10 Outras:_________________________________________________________
7 Abrangência das anomalias:
 Localizada  Generalizada
Nota: Fazer croquis de toda a extensão do guarda corpo indicando a localização e
tipo(s) de anomalia(s)
8.Identificação:
Nome do responsável pela vistoria_____________________________ CREA______
Assinatura__________________
Nome do responsável pela unidade Sabesp_________________________________
9.Conclusão sobre o estado de conservação:
Excelente Bom Requer reparos Reparos urgentes Troca imediata

Dezembro/2019 12
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

Guarda-corpos

Considerações finais:

1) Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo e Nor-


malização Técnica da Sabesp (nts@sabesp.com.br).
2) Tomaram parte na elaboração desta Revisão de Norma (Revisão 2):

UNIDADE DE
DIRETORIA NOME
TRABALHO
MCD Ricardo de Espíndola
MIS 113 Willian Almeida dos Santos
MIS 113 Carlosmar Ferreira de Rezende
M
MTEE Maurício F. Lima
MTLL Bruno Fernandes de Holanda
MME Marcelo Exman Kleingesind
RVA 13 Deise Miyazawa
R
RSA 13 Paula Bianca de J. Coelho
TGR Roberto M. Endo
T TXA Ricardo Gonçalves
TXA Marco Aurélio Lima Barbosa
C CHS Isabella Freisleben Fernandes

Dezembro/2019 13
NTS 282: 2019 – Rev. 2 Norma Técnica SABESP

Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente – T
Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Inovação, Novos
Negócios e Expansão de Mercado – TX
Departamento de Acervo e Normalização Técnica – TXA

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900


São Paulo - SP - Brasil
e-mail: nts@sabesp.com.br

- Palavras-chave: medida de segurança, guarda-corpos, proteção.

- 10 páginas.

Dezembro2019

Você também pode gostar