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Norma Técnica SABESP

NTS 033

Tampão de Ferro Fundido Dúctil

Especificação

São Paulo
Setembro/2021: Revisão 8
NTS 033: 2021 – Rev. 8 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1. OBJETIVO................................................................................................................ 1
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................... 1
3. DEFINIÇÕES ............................................................................................................ 2
4. PROJETO E FABRICAÇÃO .................................................................................... 3
4.1 REQUISITOS BÁSICOS......................................................................................... 3
4.1.1 TAMPÃO ARTICULADO (DN 600)....................................................................... 3
4.1.2 TAMPÃO NÃO ARTICULADO (DN 900) .............................................................. 3
4.2 PROJETO............................................................................................................... 4
4.3 FABRICAÇÃO ........................................................................................................ 4
5. ENSAIOS DE QUALIFICAÇÃO E DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS ................. 5
5.1 CONDIÇÕES GERAIS............................................................................................ 5
5.2 VERIFICAÇÃO VISUAL ......................................................................................... 6
5.3 VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL E DE ASSENTAMENTO ...................................... 6
5.4 ENSAIO DE FOLGA TOTAL .................................................................................. 7
5.5 ENSAIO DE ARRANCAMENTO DA TAMPA (EXCLUSIVO PARA TAMPÃO
ARTICULADO DN 600) ................................................................................................ 7
5.6 ENSAIO DE CARGA .............................................................................................. 7
5.7 ENSAIO DE FLECHA RESIDUAL .......................................................................... 7
5.8 ENSAIOS DO ANEL ANTIRRUÍDO........................................................................ 8
5.9 ENSAIO DE METALOGRAFIA............................................................................... 8
5.10 ENSAIO DE TRAÇÃO .......................................................................................... 9
6. AMOSTRAGEM E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO PARA QUALIFICAÇÃO E
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO .................................................................................. 9
6.1 QUALIFICAÇÃO .................................................................................................... 9
6.2 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO ............................................................................ 9
6.2.1 AMOSTRAGEM PARA EXAME VISUAL, DIMENSIONAL E DE ASSENTAMENTO
9
6.2.2 AMOSTRAGEM PARA ENSAIOS DE ARRANCAMENTO DA TAMPA, CARGA,
FLECHA RESIDUAL, METALOGRÁFICO E TRAÇÃO. .............................................. 10
7. REVESTIMENTO.................................................................................................... 10
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 10
ANEXO A – SINALIZAÇÃO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPAÇO CONFINADO .. 12
NTS 033: 2021 – Rev. 8 Norma Técnica SABESP

Tampão de Ferro Fundido Dúctil

1. OBJETIVO
Esta norma se aplica à fabricação e inspeção de tampão de ferro fundido dúctil articu-
lado (DN 600), tampa e aro (DN 900), tampas para reposição, na classe D 400, conforme
norma ABNT NBR 10160, bem como tampa e aro para terminal de limpeza (DN 200) e
tampas articuladas para caixa de válvulas (T5) para fornecimento à Sabesp, conforme
os seguintes desenhos padronizados (Tabela 1):
Tabela 1 – Desenhos padrão.
Produto Desenho

Tampa DN 600 articulada 0100.400.E161 (rev. 2)

Aro DN 600 articulado 0100.400.E162 (rev. 2)

Tampa DN 900 0100.400.E163 (rev. 2)

Aro DN 900 0100.400.E164 (rev. 2)

Tampa e aro DN 200 0100.400.E151 (rev. 2)


Caixa com tampa articulada para
0100.400.E152 (rev. 2)
válvulas (T-5)

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
As normas citadas a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referên-
cias datadas aplicam-se somente as edições citadas. Para as demais referências apli-
cam–se as edições mais recentes das referidas referências (incluindo emendas).
ABNT NBR 5426: Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.
ABNT NBR 6892: Materiais metálicos - Ensaios de Tração à temperatura ambiente.
ABNT NBR 6916: Ferro fundido nodular ou ferro fundido com grafita esferoidal.
ABNT NBR 8108: Ataque com reativos metalográficos em ligas ferrosas.
ABNT NBR 10160: Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos
de ensaios.
ABNT NBR 13284: Preparação de corpos-de-prova para análise metalográfica.
NBR ISO 7500–1: Materiais metálicos - Calibração de máquinas de ensaio estático uni-
axial. Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão - Calibração do sistema de
medição da força.
ISO 37: Rubber, vulcanized or thermoplastic – Determination of tensile stress-strain
properties.
ISO 868: Plastics and ebonite – Determination of indentation hardness by means of a
durometer (Shore hardness).
ISO 1183: Methods for determining the density of non-cellular plastics.

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3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições abaixo:
AMOSTRA:
Conjunto de peças tomadas aleatoriamente num lote, na quantidade indicada no item 6
desta Norma.

CLASSE:
Carga mínima para a qual o mesmo foi projetado. Tampão de classe D 400 é um tampão
que resiste a um esforço de 400 kN aplicado no centro da tampa através de um calço
de ensaio de diâmetro 250 mm, conforme norma ABNT NBR 10160.

DIÂMETRO MÍNIMO DE PASSAGEM:


Diâmetro mínimo para possibilitar o acesso ao poço de visita, medido após a montagem
do anel antirruído.

DIMENSÕES PRIMÁRIAS:
Todas as dimensões apresentadas nos desenhos padrão citados no item 1 desta
Norma, que devem ser rigorosamente seguidas pelo fabricante.

DIMENSÕES SECUNDÁRIAS:
Todas as dimensões não apresentadas nos desenhos padrão citados no item 1 desta
Norma, que devem ser estabelecidas pelos fabricantes de forma a atender a todos os
requisitos técnicos (matéria prima, verificações e ensaios) desta Norma e da norma
ABNT NBR 10160.

ESPAÇO CONFINADO:
Qualquer área não projetada para ocupação contínua, a qual tem meios limitados de
entrada e saída e na qual a ventilação existente é insuficiente para remover contami-
nantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se
desenvolver.

LOTE:
Conjunto de peças (tampas e aros) fabricadas a partir de um mesmo lote de fundido
(panela ou fornada). Assim, caso sejam vazados outros fornos no mesmo dia, ou seja,
feita outra carga no mesmo forno, esses produtos devem receber identificações diferen-
tes de forma a permitir a rastreabilidade do lote. Limite máximo de peças por lote: 500
peças (500 tampas, 500 aros ou 500 conjuntos de tampas e aros).

PROFUNDIDADE DE INSERÇÃO DA TAMPA:


Distância entre o topo da superfície da tampa e a base que está apoiada sobre a estru-
tura (ver desenho padrão 0100.400.E161 (rev. 2)).

RASTREABILIDADE:
Sistema pelo qual é possível identificar todas as peças confeccionadas sob as mesmas
variáveis que influenciam a qualidade do produto (por exemplo, matéria prima, condi-
ções da areia de fundição, lote do fundido, molde e outras).

CORRESPONDÊNCIA ENTRE ARO E TAMPA:


Sistema de marcação, em baixo relevo, que identifica pares correspondentes de aros e
tampas; exclusivo para tampões de DN 900.

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4. PROJETO E FABRICAÇÃO
4.1 Requisitos básicos
Os tampões devem apresentar, além das características constantes dos seus desenhos
padrões, as seguintes premissas básicas:
4.1.1 Tampão articulado (DN 600)
- O assentamento da tampa e do aro devem ser usinados e os cantos vivos chan-
frados (0,5 mm x 45º);
- O aro do tampão deve ser totalmente circular;
- Diâmetro mínimo de passagem de 600 mm, após a montagem do anel antirruído;
- Profundidade de inserção da tampa conforme desenho padrão 0100.400.E161
(rev. 2);
- O conjunto tampa e aro deve ter massa mínima de 48kg;
- Anel antirruído, fabricado em polímero termoplástico com espessura de 5 ± 1
mm, em todo seu perfil, que elimine ruído entre a tampa e aro;
- O perfil do anel antirruído deve possuir ressalto na parte inferior, conforme indi-
cado na Figura 1;

Figura 1 – Ressalto no perfil do anel antirruído.


- Dispositivo do tipo elástico que dificulte a abertura indesejada da tampa;
- Dispositivo que permita a articulação da tampa e que a mantenha travada num
ângulo de abertura de 120  10 graus;
- Dispositivo de travamento antifurto, alojado na área de articulação, que impeça
a remoção da tampa do aro;
- Cavidade(s) que permita(m) a inserção de ferramenta manual para abertura da
tampa;
- Orifício de aeração na tampa para utilização específica em esgoto com posição
e dimensão de acordo com o desenho padrão 0100.400.E161 (rev. 2).
O FABRICANTE DEVE ENTREGAR À SABESP UM MANUAL DE INSTALAÇÃO DO CON-
JUNTO ARO + TAMPA, DETALHANDO TODOS OS REQUISITOS A SEREM ATENDIDOS
PARA SEU CORRETO FUNCIONAMENTO.

4.1.2 Tampão não articulado (DN 900)


- O assentamento da tampa e do aro devem ser usinados e os cantos vivos chan-
frados (0,5 mm x 45º);
- O aro do tampão deverá ser totalmente circular;

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- Diâmetro mínimo de passagem de 900 mm;


- Cavidade(s) que permita(m) a inserção de ferramenta manual para abertura da
tampa;
- Orifício de aeração na tampa para utilização específica em esgoto com posição
e dimensão de acordo com o desenho padrão 0100.400.E163 (rev. 2);
- Travas que permitam a fixação da tampa ao aro através da rotação da mesma.
O FABRICANTE DEVE ENTREGAR À SABESP UM MANUAL DE INSTALAÇÃO DO CON-
JUNTO ARO - TAMPA, DETALHANDO TODOS OS REQUISITOS A SEREM ATENDIDOS
PARA SEU CORRETO FUNCIONAMENTO.

4.2 Projeto
A Sabesp entende que são de responsabilidade do fabricante:
- A definição das dimensões secundárias da tampa e aro;
- A seleção dos materiais da tampa e do aro (conforme item 4.3) e do anel antir-
ruído (que atenda ao item 5.8), bem como o dimensionamento das travas.
Cabe a Sabesp, através de ensaios, verificar e aceitar ou não, o desempenho do produto
final face ao projeto apresentado.
Qualquer alteração de projeto deve ser imediatamente informada, ficando o fornecedor
ciente de que o seu produto será submetido à reavaliação.
4.3 Fabricação
O fabricante deve manter controle sobre os insumos, com registros de rastreabilidade
da matéria-prima bem como do lote do fundido.
Os tampões devem ser fabricados com ferro fundido nodular, conforme norma ABNT
NBR 6916 classes FE 50007 ou FE 60003.
Após a operação de usinagem, cada conjunto tampa/aro aprovado no teste de assenta-
mento deve ter sua correspondência imediatamente garantida através de marcação em
baixo relevo; exclusivo para tampões de DN 900.
O produto deve apresentar na face superior as seguintes inscrições:
- Na tampa, de superfície antiderrapante:
o nome do fabricante,
o classe,
o código de rastreabilidade,
o identificação da Norma (NTS 033),
o versão da Norma (Ver 8).
o logotipo da Sabesp e
o Água ou Esgoto.
o Deve apresentar, ainda, nos tampões articulados DN 600 e travado DN
900, sinalização (dimensão mínima de 80 x 80 mm) sobre risco de morte
em espaço confinado (conforme ANEXO A);
- No aro:
o nome do fabricante,
o classe e
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o código de rastreabilidade.
NOTA 1: o código de rastreabilidade deve ser em alto relevo com as seguintes informações:
corrida, dia, mês e ano de fabricação, com tipos alfanuméricos, com altura nominal entre 3 e 8
mm.
NOTA 2: para tampões articulados DN 600, a disposição das informações da tampa deve estar
conforme o desenho padrão 0100-400-E-161 (rev. 2).
A marcação da correspondência entre tampa e aro, exclusivo para tampões de DN 900, deve ser
feita na parede da tampa (espessura) e parede do aro. As duas marcações devem estar alinha-
das quando a tampa está travada e de maneira que facilite a leitura do inspetor.
O desenho antiderrapante deve ter altura compreendida entre 3 e 8 mm. As marcações devem
ter altura compreendida entre 1 e 3 mm.
O tamanho das inscrições deve, preferencialmente, ser de 12mm. Onde não for possível, deve
estar compreendida entre 3 a 8mm.

5. ENSAIOS DE QUALIFICAÇÃO E DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS


Estes ensaios são realizados durante a qualificação do produto e sempre que houver
alteração no mesmo (projeto, matéria prima ou no processo de fabricação de qualquer
componente do tampão) ou durante o procedimento de recebimento de materiais.
5.1 Condições Gerais
a) Os ensaios devem ser realizados pelo inspetor Sabesp ou em sua presença e, em
qualquer hipótese, sob sua orientação.
b) O local onde será realizada a inspeção deve ser adequado, seguro, desimpedido e
resguardado da presença de pessoas não autorizadas pelo inspetor Sabesp.
c) A iluminação do local, natural ou artificial, deve ser de no mínimo 350 lux, e de no
máximo 800 lux.
d) O fabricante deve providenciar a movimentação, o arranjo e a organização das pe-
ças de acordo com a orientação do inspetor da Sabesp.
e) O lote apresentado para inspeção de recebimento deve ter quantidade máxima de
peças conforme a definição de Lote do item 3 - Definições desta Norma.
f) Todos os instrumentos e equipamentos (manômetros, termômetros, prensas e ou-
tros) devem estar calibrados por laboratório da Rede Brasileira de Calibração, com
apresentação da “curva de correção” do aparelho, acompanhados dos respectivos
certificados de calibração. Os técnicos laudistas e operadores devem ser previa-
mente qualificados.
g) O inspetor deve ter livre acesso às dependências da fábrica, em todas as seções
envolvidas no processamento de produtos de interesse da Sabesp.
h) É responsabilidade do fabricante a apresentação das instruções de segurança para
acesso à fábrica e o fornecimento dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs),
indispensáveis à segurança do inspetor da Sabesp.
i) Os ensaios metalográfico, de tração, flecha residual, de carga e dos anéis antirruí-
dos podem ser realizados em laboratório do próprio fabricante, desde que seus
equipamentos estejam com a calibração dentro do prazo de validade, emitido por
laboratório da Rede Brasileira de Calibração e operados por técnicos qualificados.
A prensa deve estar em conformidade com a Norma NBR ISO 7500 – 1, sendo
considerada, no mínimo como classe 3.

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j) Caso o fabricante não possua estrutura para realização dos ensaios, estes poderão
ser realizados em laboratórios pertencentes à Rede Brasileira de Laboratórios de
Ensaio.
k) É rigorosamente proibido o reparo ou recuperação de qualquer parte de peças ou
conjuntos, utilizando-se massa plástica, soldagem ou qualquer outro meio, indepen-
dente do que possa ser permitido por outras normas técnicas.
l) A amostra para o ensaio de tração e ensaio metalográfico pode ser de um corpo-
de-prova fundido separadamente ou retirado da peça, tanto da tampa quanto do aro
telar, através de corte por usinagem. Em ambos os casos o inspetor da Sabesp
deve acompanhar todas as etapas da retirada da amostra e da realização do en-
saio.
m) Havendo reprovação em qualquer um dos ensaios, o lote será considerado repro-
vado e deve ser totalmente segregado em área apropriada, resguardando-o de ser
confundido ou misturado a outros lotes.
n) As peças aprovadas serão identificadas pelo inspetor da Sabesp.
5.2 Verificação Visual
a) As peças devem estar limpas, rebarbadas, isentas de pintura, oxidação, inclusões
de escória ou areia, trincas, rechupe, junta fria e outros defeitos prejudiciais visíveis
à vista desarmada.
b) As identificações e marcações devem ser legíveis, claras, completas e com todas
as inscrições e dimensões especificadas no item 4.3 dessa norma.
c) As tampas e os aros devem apresentar rastreabilidade completa.
d) As quinas e cantos devem estar completos e preservados, incluindo as partes que
ficarão enterradas ou escondidas.
e) O dispositivo de abertura, levantamento e articulação, quando aplicável, deve estar
em boas condições e permitir o manuseio seguro da peça.
f) Na face exposta ao tráfego da tampa (tampão articulado DN600 e travado DN 900)
deve ser previsto um aviso conforme Anexo A com dimensões mínimas 80 x 80 mm.
NOTA: Não devem ser aceitos tampões que apresentem poros com dimensões superiores a:
- Profundidade: 2 mm (máxima);
- Diâmetro: 10 mm (máxima);
- Quantidade: máximo de 5 defeitos por peça.
5.3 Verificação dimensional e de assentamento
a) As configurações, detalhes e dimensões primárias estão indicados nos desenhos
padrões da Sabesp, listados na Tabela 1 desta Norma.
b) A tampa e seu aro devem possibilitar ajuste estável, sem vibração e ruído quando
submetidos a cargas cíclicas com montagem e desmontagem seguras. Em caso de
usinagem para ajuste, o ensaio dimensional deve ser refeito.
c) O ensaio dimensional e de assentamento devem ser feitos após a usinagem da face
de apoio da tampa;
d) Para execução do ensaio de assentamento, os tampões deverão estar completos,
com anel antirruído instalado (quando for o caso) e a tampa deve estar travada no
respectivo aro.

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e) Para tampões articulados, a verificação dimensional do diâmetro mínimo de passa-


gem deve ser feita com o anel antirruído instalado.
5.4 Ensaio de folga total
Esse ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 10160.
5.5 Ensaio de arrancamento da tampa (exclusivo para tampão articulado DN 600)
A rótula deve garantir que a tampa não seja removida indevidamente quando submetida
ao esforço perpendicular ao assentamento.
Aplicação dos esforços: Posicionando-se a tampa a 90 graus em relação ao aro, aplicar
na mesma uma força de tração de 20 kN por 30 segundos no sentido de removê-la da
rótula, conforme Figura 2.

20 kN

Tampa articulada

Aro

Figura 2 – Ensaio de arrancamento da tampa.


5.6 Ensaio de carga
Neste ensaio deve ser utilizado um calço de ensaio de diâmetro externo de 250 mm,
aplicado diretamente no centro geométrico da superfície da tampa.
Esse ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 10160.
Os valores de resistência mínima estão especificados na Tabela 2.
Tabela 2 - Resistência mínima para o ensaio de carga.
Produto Resistencia mínima (kN)
Tampa e aro DN 900
400
Tampa e aro articulados DN 600
NOTAS:
1) O ensaio de carga deve ser executado no conjunto completo do tampão (tampa + anel + aro)
e, após o ensaio, o anel antirruído não deve apresentar fissuras, rasgos ou deformações perma-
nentes que diminuam seu desempenho.
2) O ensaio de carga não deve ser aplicado na tampa e aro DN 200 e caixa T-5.
5.7 Ensaio de flecha residual
Neste ensaio deve ser utilizado um calço de ensaio de diâmetro externo de 250 mm,
aplicado diretamente no centro geométrico da superfície da tampa.
A quantidade de ciclos, carga e velocidade de aplicação da carga devem ser conforme
a norma ABNT NBR 10160. Ao atingir o valor da carga de ensaio, mantê-la aplicada por
um período mínimo de 5 segundos.
Os limites máximos de flecha residual são os constantes na Tabela 3.

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Tabela 3 - Limite máximo de flecha residual.


Produto Limite máximo (mm)
Tampa e aro DN 900 3,6
Tampa e aro articulados DN 600 2,0
NOTAS:
1) O ensaio de flecha residual deve ser executado no conjunto completo do tampão (tampa +
anel + aro).
2) O ensaio de flecha residual não deve ser aplicado na tampa e aro DN 200 e caixa T-5.
5.8 Ensaios do anel antirruído
O anel antirruído fabricado em polímero termoplástico deve atender aos parâmetros de-
finidos na Tabela 4:
Tabela 4 - Relação de características para o anel antirruído.
Propriedade Norma Unidade Especificação
Densidade ISO 1183 g/cm³ 0,91 a 0,925
Dureza ISO 868-1 Shore D 45 ± 5
Tensão de Ruptura ISO 37 MPa > 12
Alongamento na ruptura ISO 37 % > 170
Dimensional (espessura) - mm 5±1

A critério da Sabesp pode(m) ser exigido(s), a qualquer tempo, o(s) certificado(s) de


ensaio(s) que comprove(m) o atendimento aos parâmetros da Tabela 4.
O anel deve ter gravado de forma legível no mínimo as seguintes marcações:
- nome ou marca do fabricante do anel;
- código que permita rastrear a produção (data, lote, etc.);
- material utilizado em sua fabricação.
5.9 Ensaio de metalografia
Os corpos de prova devem ser preparados conforme as normas ABNT NBR 13284 e
ABNT NBR 8108, atendendo ao definido na Tabela 5.
A microestrutura apresentada deve ser compatível com as classes FE 50007 ou FE
60003 da norma ABNT NBR 6916.
NOTA: Nesse caso a frequência deve ser de um ensaio por lote.
Tabela 5 - Porcentagem do material.
Material Porcentagem
Grafita esferoidal 95% (mínimo)
Grafita compacta 5% (máximo)
Grafita lamelar nenhuma
Ferrita 40% (mínimo)
Perlita 60% (máximo)
Cementita 2% (máximo)

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5.10 Ensaio de tração


O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 6892 e as propriedades
mecânicas do ferro fundido devem atender ao prescrito na norma ABNT NBR 6916.
NOTA: Nesse caso a frequência deve ser de um ensaio por lote.

6. AMOSTRAGEM E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO PARA QUALIFICAÇÃO E


INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
A Tabela 6 apresenta a amostragem para a qualificação e inspeção de recebimento,
bem como os métodos de ensaio e requisitos.
Tabela 6 – Requisitos, Etapa (qualificação ou inspeção), métodos de ensaio e es-
pecificação e critérios de amostragem.
Método de en- Amostragem
Requisitos Etapa saio e especifi- Inspeção de
cação Qualificação
recebimento
Exame visual Item 5.2
Exame dimensio-
Item 5.3
nal Tabela 7
Ensaio de folga
Item 5.4
total
Qualificação/
Ensaio de arran- Inspeção
camento da Item 5.5
tampa
Ensaio de Carga Item 5.6 Item 6.1
Tabela 8
Ensaio de Flecha
Item 5.7
residual
Ensaios anel
Qualificação Item 5.8
antirruído
Ensaio Conforme nota
Item 5.9
Metalográfico Qualificação/ no item 5.9
Inspeção Conforme nota
Ensaio de Tração Item 5.10
no item 5.10

NOTA: A qualquer tempo a Sabesp pode exigir a realização de todos os ensaios previstos na
Tabela 6.
6.1 Qualificação
Para a qualificação técnica do fornecedor devem ser produzidos 10 (dez) conjuntos
(tampa e aro) de cada diâmetro, dos quais serão selecionados como amostra três con-
juntos para a realização de todos os ensaios descritos da Tabela 6. O fornecedor será
qualificado apenas se todas as amostras selecionadas atenderem aos valores especifi-
cados nos ensaios definidos na Tabela 6.
6.2 Inspeção de recebimento
Para a inspeção de recebimento o tamanho da amostra e critério de aceitação do lote
são os apresentados nas Tabelas 7 e 8 dessa norma.
6.2.1 Amostragem para exame visual, dimensional e de assentamento
De cada lote são retiradas aleatoriamente amostras, conforme a Tabela 7, (NQA 2,5%;
nível de inspeção S4; regime normal; amostragem simples – ABNT NBR 5426) que de-
fine também os critérios de aceitação para os ensaios previstos nesse item.
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Para que uma unidade da amostra seja considerada aceita, deve atender a todos os
requisitos estabelecidos nos itens 5.2 e 5.3 dessa norma. Para lotes com tamanho infe-
rior a 16 unidades a amostragem deve ser de 100% dos elementos do lote, mantendo-
se o mesmo critério de aceitação e rejeição.
Tabela 7 – Plano de amostragem para exame visual, dimensional e de assenta-
mento.
Tamanho do Tamanho da N˚ de N˚ de
Lote amostra Aceitação Rejeição
16 a 25 3 0 1
26 a 90 5 0 1
91 a 150 8 0 1
151 a 500 13 1 2
NOTA. Caso seja verificado um número de rejeição superior ao apresentado na Tabela 7 o lote
está rejeitado, não havendo necessidade de se fazer os ensaios previstos em 6.2.2.
6.2.2 Amostragem para ensaios de arrancamento da tampa, carga, flecha resi-
dual, metalográfico e tração.
Das amostras aprovadas conforme critério do item 6.1.1, devem ser retiradas amostras
conforme o critério estabelecido na Tabela 8 (NQA 2,5%; nível de inspeção S2; regime
normal; amostragem simples – ABNT NBR 5426) que define também os critérios de
aceitação para o lote apresentado.
Para que uma unidade da amostra seja considerada aceita, deve atender a todos os
requisitos estabelecidos nos itens de 5.4; 5.5; 5.6; 5.7; 5.9; 5.10 e 5.11 desta Norma.
Para lotes com tamanho inferior a 16 unidades a amostragem deve ser de 100% dos
elementos do lote, mantendo-se o mesmo critério de aceitação e rejeição.
Tabela 8 – Plano de amostragem para os ensaios de arrancamento da tampa,
carga e flecha residual.
Tamanho do Tamanho da N˚ de N˚ de
Lote amostra Aceitação Rejeição
16 a 25 2 0 1
26 a 90 3 0 1
91 a 150 3 0 1
151 a 500 5 0 1
NOTA. Caso seja verificado um número de rejeição superior ao apresentado na Tabela 8 o lote
está rejeitado.

7. REVESTIMENTO
As peças aprovadas devem ser fornecidas sem qualquer revestimento.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inspeção deve ocorrer preferencialmente nas instalações do fabricante.
Peças pertencentes a revendas serão submetidas a todos os ensaios previstos (a partir
do metalográfico, sendo que neste caso a amostra será retirada da peça), sendo exigível
a comprovação da origem das peças (certificado do fabricante).

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A Sabesp pode, a qualquer tempo, recolher novas amostras em almoxarifados próprios


ou de firmas contratadas, para efetuar ensaios com o objetivo de aferir a qualidade do
produto entregue.

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ANEXO A – SINALIZAÇÃO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPAÇO


CONFINADO

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Tampão de Ferro Fundido Dúctil

Considerações finais:

A presente Norma é titularidade exclusiva da Companhia de Saneamento Básico do


Estado de São Paulo – Sabesp, de aplicação interna na Sabesp, devendo ser usada
pelos seus fornecedores de bens e serviços, conveniados ou similares conforme as con-
dições estabelecidas em Licitação, Contrato, Convênio ou similar. A utilização desta
Norma por outras empresas/entidades/órgãos governamentais e pessoas físicas é de
responsabilidade exclusiva dos próprios usuários.
Esta norma técnica pode ser revisada ou cancelada sempre que a Sabesp julgar neces-
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Palavras-chave: Tampão, Ferro fundido, Ferro fundido dúctil.

12 páginas.

Setembro/2021

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