Você está na página 1de 26

Norma Técnica SABESP

NTS 035

Consumíveis de soldagem de metálicos

Especificação

São Paulo
Novembro/2020: Revisão 1
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ........................................................................................................ 1
2. REFERÊNCIA NORMATIVAS .......................................................................... 1
3. DEFINIÇÕES .................................................................................................... 1
4. REQUISITOS GERAIS ...................................................................................... 3
5. REQUISITOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 4
6. QUALIFICAÇÃO ............................................................................................... 4
6.1. ENSAIOS PARA QUALIFICAÇÃO ................................................................... 5
6.1.1. VERIFICAÇÃO VISUAL E DIMENSIONAL ........................................................ 5
6.1.2. ENSAIOS DA JUNTA SOLDADA E METAL DEPOSITADO .............................. 6
6.1.2.1. PREPARAÇÃO DA JUNTA SOLDADA PARA ENSAIOS ........................ 6
6.1.2.2. PREPARAÇÃO DO MATERIAL DEPOSITADO PARA ENSAIOS ........... 8
6.1.2.3. ENSAIOS E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO ............................................. 10
7. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO..................................................................... 10
7.1. AMOSTRAGEM DOS CONSUMÍVEIS ............................................................ 10
7.2. ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM............................................................ 11
7.3. MARCAÇÃO ................................................................................................... 12
8. HOMOLOGAÇÃO DOS CONSUMÍVEIS......................................................... 12
9. RESUMO DOS ENSAIOS E REQUISITOS ..................................................... 13
10. OBSERVAÇÕES FINAIS ................................................................................ 13
ANEXO A – CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO ................................................................ 15
ANEXO B – FORMULÁRIOS ..................................................................................... 19

Nov/2020
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Consumíveis de Soldagem de Metálicos

1. OBJETIVO
Estabelecer os requisitos mínimos para a qualificação, inspeção de recebimento e
homologação de consumíveis de soldagem, que compõem o metal de adição: na forma
de varetas sólidas ou tubulares; arames sólidos ou tubulares; eletrodos nus ou
revestidos.
Não estão abrangidos por esta Norma, consumíveis para composição ou proteção da
solda, não integrantes ou não fornecidos conjuntamente ao metal de adição, como por
exemplo, gases de proteção e fluxos para soldagem por arco submerso.

2. REFERÊNCIA NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo
emendas):
NTS 034: Soldagem de Metálicos.
API STD 1104: Welding of pipelines and related facilities.
ASME BPVC-V: Nondestructive examination.
ABNT NBR 5426: Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.
ABNT NBR ISO/IEC 17065: Avaliação da conformidade — Requisitos para organismos
de certificação de produtos, processos e serviços.
AWS A5.01M/A5.01: Welding Consumables— Procurement of Filler Metals and Fluxes.

3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as seguintes definições:
ALMA DO ELETRODO:
núcleo metálico de um eletrodo revestido, cuja seção transversal apresenta uma forma
circular maciça.

AMOSTRA:
uma ou mais unidades de produto retiradas do lote de inspeção, com o objetivo de
fornecer informações, mediante inspeção, sobre a conformidade deste lote com as
exigências especificadas.

ARCO ELÉTRICO:
é a descarga elétrica mantida por meio de um gás ionizado, iniciada por uma quantidade
de elétrons emitidos do eletrodo negativo (catodo) aquecido e mantido pela ionização
térmica do gás aquecido. Também é definido como uma coluna de gases ionizados de
grande capacidade eletrocondutora, com desprendimento intenso de calor e luz.

CONSUMÍVEL DE SOLDAGEM:
é todo o material utilizado para deposição do metal de adição ou proteção da solda.

Nov/2020 1
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

CORPO-DE-PROVA (CP):
peça onde serão executados os cordões de solda e da qual serão retiradas seções para
a execução dos ensaios destrutivos de tração, dobramento, macrografia e outros.

ELETRODO REVESTIDO:
metal de adição composto, que consiste de uma alma do eletrodo sobre o qual um
revestimento é aplicado.

FLUXO DE SOLDAGEM:
é composto por minerais granulares e fusíveis que cobrem o arco e produzem proteção,
limpeza, controle da geometria do cordão de solda, e adição de elementos de liga (em
alguns casos).

GÁS DE PROTEÇÃO:
é o gás inerte ou ativo ou mistura destes, a depender do processo de soldagem, que
tem como funções principais a proteção da poça de fusão da influência da atmosfera,
por exemplo, da oxidação e absorção de nitrogênio, e a estabilização do arco elétrico.

HOMOLOGAÇÃO:
procedimento no qual se avalia e se monitora por meio de inspeção, lotes de
consumíveis, com o objetivo de acompanhar o seu desempenho operacional, dentro do
período de validade da qualificação de 6 meses. Recebe, portanto, o “Certificado de
Homologação”, os lotes que atenderem a todos os requisitos de homologação previstos
nesta Norma.

JUNTA SOLDADA:
união, obtida por soldagem, de 2 ou mais componentes incluindo zona fundida, zona de
ligação, zona afetada pelo calor e metal de base nas proximidades da solda, conforme
figura a seguir:

LOTE:
quantidade definida de unidades de produto em produção ou produzidas sob condições
uniformes.

METAL DEPOSITADO:
metal de adição depositado durante a operação de soldagem.
Nov/2020 2
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

NÍVEL DE INSPEÇÃO:
fixa a relação entre o tamanho do lote e o tamanho da amostra. São dispostos na ordem
do maior para o de menor discriminação em S1, S2, S3, S4 (níveis especiais de
inspeção), e I, II e III (níveis gerais de inspeção).

NQA:
máxima porcentagem defeituosa (ou o máximo número de defeitos por cem unidades)
que, para fins de inspeção por amostragem, pode ser considerada satisfatória como
média de um processo.

QUALIFICAÇÃO:
processo no qual se avalia os requisitos exigíveis dos consumíveis de soldagem e do
metal depositado, que abrangem particularmente vista a certificados de qualidade,
ensaios visuais e dimensionais, ensaios de tração e de dobramento.

VELOCIDADE DE DEPOSIÇÃO:
ou taxa de deposição, é a massa de material depositado por unidade de tempo.

4. REQUISITOS GERAIS
Os consumíveis de soldagem devem ser fabricados conforme as especificações
contempladas na norma AWS A5.01M/A5.01. Os consumíveis que atendam a outras
especificações que não as normas AWS, (por exemplo normas europeias), podem ser
empregados somente após aprovação da Sabesp, e desde que atendam a todos os
requisitos desta Norma.
Os consumíveis de soldagem são considerados inabilitados pela especificação AWS,
quando reprovados em ensaios de propriedades mecânicas, análise química, teor de
ferrita, teor de hidrogênio, exame de sanidade, resistência à corrosão e ensaio de solda
em ângulo.
Os consumíveis devem ser certificados por Organismo Certificador de Produtos (OCP),
no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade (SBAC), acreditado pelo
INMETRO.
Consumíveis fabricados no exterior, devem ser certificados por OCP acreditado pelo
INMETRO ou por OCP estrangeiro, desde que atendam a norma ABNT NBR ISO/IEC
17065.
Os certificados dos consumíveis de soldagem devem ser apresentados pelos
fornecedores e/ou fabricantes, contendo no mínimo as seguintes informações:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Classe do consumível (AWS ou equivalente);
• Especificação do consumível;
• Marca comercial;
• Diâmetro do consumível;
• Valor de eficiência de deposição;
• Valor de taxa de deposição;
• Valor da energia de soldagem empregada na qualificação;
• Gás de proteção empregado, quando aplicável;

Nov/2020 3
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

• Registros dos ensaios;


• Atestado de atendimento a esta Norma;
• Data de validade do certificado.

5. REQUISITOS ESPECÍFICOS
Os consumíveis de soldagem devem apresentar as exigências mínimas de identificação,
acabamento e dimensionamento, conforme estabelecido na especificação de norma
AWS aplicável.
O fabricante do consumível de soldagem deve emitir um certificado de qualidade para
cada lote aprovado, contendo:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Classe do consumível (AWS ou equivalente);
• Especificação do consumível;
• Marca comercial;
• Diâmetro do consumível;
• Identificação do lote ou N° da corrida;
• Data de fabricação;
• Data de validade do certificado.

6. QUALIFICAÇÃO
O fabricante do consumível de soldagem deve fornecer todo o material necessário para
a confecção dos corpos-de-prova (CP), executar a solda por intermédio de soldador
previamente qualificado conforme a norma NTS 034, assim como se encarregar de sua
usinagem dentro das dimensões indicadas para cada caso.
A execução da soldagem do CP será efetuada em local apropriado, ao abrigo de chuva
e vento e com iluminação adequada, com equipamentos de soldagem em boas
condições, sendo obrigatória a aferição dos instrumentos de controle antes do início da
soldagem.
A confecção dos CP, sua usinagem, e a execução dos testes para a qualificação, a
critério da Sabesp, serão acompanhadas desde o início por um inspetor por ela
designado.
Os ensaios serão executados às expensas do fabricante em laboratórios acreditados
pelo INMETRO, pertencentes à Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios.
Para ser qualificado, o consumível de soldagem deverá atender aos itens 4, 5, 6, e
Anexos A e B desta Norma (exceto formulário B2).
Se qualquer seção submetida a teste apresentar falha não admitida pelo critério de
aceitação específico do ensaio, o consumível será considerado reprovado e o fabricante
deverá providenciar a execução de novos testes.
Ao consumível aprovado será conferido o “Certificado de Qualificação para
Consumível”.
O consumível aprovado e qualificado poderá ser utilizado na Sabesp, pelo período de
seis meses, contados a partir da data do certificado.
Nov/2020 4
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Após esse período, comprovada a efetiva utilização, o consumível poderá ou não ser
homologado junto à Sabesp.
A Sabesp se reserva o direito de exigir novos testes de qualificação sempre que julgar
necessário.
No anexo B encontram-se os formulários sugeridos para o controle das variáveis de
soldagem a serem registradas durante os testes de qualificação e homologação dos
consumíveis.
6.1. Ensaios para qualificação
6.1.1. Verificação visual e dimensional
Os consumíveis de soldagem devem apresentar superfícies de cor e aspecto uniformes
característicos, isentos de corpos estranhos, bolhas, amassamento, trincas, rebarbas,
redução de espessura e sinais de oxidação. Os consumíveis que apresentem outros
defeitos, que indiquem descontinuidade do material ou do processo de produção, que
possam comprometer suas propriedades mecânicas, seu desempenho, e sua
soldabilidade serão considerados reprovados.
Os eletrodos revestidos não devem apresentar irregularidades ou descontinuidades
tanto no metal de adição quanto no revestimento do eletrodo, tais como redução
localizada de espessura, trinca, dano na extremidade, falta de aderência, bem como
deficiência dimensional de comprimento e excentricidade além dos limites da
especificação, e sinal de oxidação da alma do eletrodo revestido ou do metal de adição.
A excentricidade do revestimento do eletrodo não deve exceder a 5% em relação à
média calculada, quando tomadas três medidas M1, M2 e M3 conforme Figura 1: uma
no meio do eletrodo e as outras duas distando entre 12 e 25mm a partir das
extremidades do revestimento. Para a comparação, devem-se raspar as três posições
defasadas de 90°, e proceder a medição da alma somada ao lado restante do
revestimento, e calcular a média aritmética simples conforme a equação:
̅
𝑀𝑚á𝑥 − 𝑀𝑚𝑖𝑛 ≤ 0,05. 𝑀
Onde,
𝑀𝑚á𝑥 = medida máxima tomada
𝑀𝑚𝑖𝑛 = medida mínima tomada
̅ = média aritmética simples das três medidas M1, M2 e M3
𝑀

Nov/2020 5
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Figura 1 - Excentricidade do revestimento do eletrodo.

6.1.2. Ensaios da junta soldada e metal depositado


6.1.2.1. Preparação da junta soldada para ensaios
Os ensaios e os critérios de aceitação serão conduzidos e registrados conforme os
Anexos A e B desta Norma.
Soldar duas chapas de aço após preparação da junta, conforme indicado na Figura 2.
Fazer exame visual da solda.
Retirar três corpos-de-prova conforme indicado na Figura 3.
Usinar os corpos-de-prova conforme indicado na Figuras 4 e 5.

Nov/2020 6
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

180

3 150
10,97

60°

Notas: Material da chapa: conforme especificação do fabricante do consumível


Dimensões em milímetros
Soldar na posição 1G conforme Figura A6 item a)
Figura 2 – Preparação do corpo-de-prova.
10

seção para ensaio


70

de tração
180

45

seção para ensaio de dobramento de face

seção para ensaio de dobramento de raiz


45
10

303
10,97

Nota: Dimensões em milímetros.


Figura 3 – Corpo-de-prova para qualificação de junta soldada.

Nov/2020 7
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

7mm 7mm

50
30
R=
25
mm
100

300

10,97
60°

Nota: Dimensões em milímetros.


Figura 4 – Seção para ensaio de tração.

r=3
25

300
10,97

Nota: Dimensões em milímetros.


Figura 5 – Seção para ensaio de dobramento contra raiz e face.

6.1.2.2. Preparação do material depositado para ensaios


Os ensaios e os critérios de aceitação serão conduzidos e registrados conforme os
Anexos A e B desta Norma.
Soldar duas chapas de aço após preparação da junta, conforme indicado na Figura 6.
Fazer exame visual da solda.
Retirar quatro corpos-de-prova conforme indicado na Figura 7.
Usinar os corpos-de-prova conforme indicado na Figura 8.

Nov/2020 8
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

200
100 16

19
80
°

5
50

Nota: Dimensões em milímetros.


Soldar na posição 1 G.
Material da chapa: conforme especificação do fabricante do consumível.
Figura 6 – Preparação da junta do metal base para qualificação do material
depositado.

Nota: Dimensões em milímetros.


Figura 7 – Local de extração do Corpo-de-prova para qualificação do material
depositado.
Nov/2020 9
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

20 70

Rosca M 18 x 1,5

 10

18
r=5
Nota: Dimensões em milímetros.
Figura 8 - Seção para ensaio de tração.

6.1.2.3. Ensaios e critérios de aceitação


Os procedimentos, requisitos e critérios de aceitação dos ensaios a seguir estão no
Anexo A:
• Exame visual;
• Ensaio de tração da junta soldada;
• Ensaio de tração do metal depositado;
• Ensaio de dobramento de face;
• Ensaio de dobramento de raiz.

7. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
A inspeção de recebimento pela fiscalização da Sabesp se dará por amostragem dos
lotes, e contemplará exame visual e dimensional (conforme item 6.1.1), embalagem,
marcação, e verificação dos certificados de qualificação dos consumíveis de soldagem
e do lote, entregues junto aos formulários do procedimento de soldagem do Anexo B da
norma NTS 034.
A critério da fiscalização da Sabesp, poderão ser solicitados outros requisitos
complementares à etapa de inspeção de recebimento, previstos na fase de qualificação.
7.1. Amostragem dos consumíveis
A amostragem para inspeção do lote deve atender aos critérios da norma ABNT NBR
5426, com inspeção simples, normal, nível S3.
Para consumíveis e equipamentos em aço carbono, adotar preferencialmente
NQA=4,0%, sendo aceitável NQA=2,5% a critério da Sabesp.
Para consumíveis e estruturas em aço carbono, adotar preferencialmente NQA=6,5%,
sendo aceitável NQA=4,0% a critério da Sabesp.
Para consumíveis e equipamentos em outros materiais metálicos, adotar
preferencialmente NQA=2,5%, sendo aceitável NQA=4,0% a critério da Sabesp.
O tamanho do lote e da amostra ficam definidos em unidades de consumível, metros ou
quilogramas (ou frações).
Para que uma unidade do consumível seja considerada não defeituosa, esta deve
atender a todos os critérios contidos na Tabela 1.

Nov/2020 10
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame visual e dimensional.


Inspeção Simples - Normal - Nível S3 - ABNT NBR 5426
Amostragem
(unidades) N° Aceitação/Rejeição dos consumíveis (unidades)

Tamanho NQA=2,5% NQA=4,0% NQA=6,5%


Tamanho da
do lote Amostra Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
até 150 5 0 1 0 1 1 2
151 a 500 8 0 1 1 2 1 2
501 a
13 1 2 1 2 2 3
3200
3201 a
20 1 2 2 3 3 4
10000
10001 a
32 2 3 3 4 5 6
35000
35001 a
50 3 4 5 6 7 8
150000
Obs: Independente da quantidade de lotes aprovados, o critério de amostragem a ser utilizado
nesta Norma é o estabelecido nesta Tabela.

EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DO PLANO DE AMOSTRAGEM


Exemplo 1: Tanque metálico
• Tamanho do lote: 4000 eletrodos;
• Tamanho da amostra: 20;
• Serviço: equipamento em aço carbono;
• NQA=4,0%;
• N° Aceitação=2;
• N° Rejeição=3.

Exemplo 2: Suportes metálicos


• Tamanho do lote: 250 eletrodos;
• Tamanho da amostra: 8;
• Serviço: estrutura em aço carbono;
• NQA=6,5%;
• N° Aceitação=1;
• N° Rejeição=2.

7.2. Armazenamento e Embalagem


As latas e/ou embalagens não devem apresentar defeitos que provoquem contaminação
e danos aos consumíveis de soldagem.
Os eletrodos revestidos devem ser transportados e armazenados em paletes, com isto
se evitará choques e danos às embalagens, garantindo sua estanqueidade original.
Os eletrodos revestidos devem ser transportados e armazenados nas seguintes
condições:
Nov/2020 11
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

• celulósicos, umidade relativa máxima de 70%, e temperatura de +18 a +50 °C;


• demais tipos, umidade relativa máxima de 50%, e temperatura de +18 a +50 °C.
Outros consumíveis de soldagem em sua embalagem original devem ser armazenados
sobre estrados ou prateleiras, em estufas (quando aplicável). As seguintes condições,
no interior da estufa, devem ser observadas:
• a temperatura deve ser sempre igual ou superior a 20 °C;
• a temperatura deve ser no mínimo 10 °C acima da temperatura ambiente, não
sendo necessário ultrapassar 40 °C;
• a umidade relativa do ar deve ser no máximo 50 %;
• se o fabricante informar que o consumível requer condições de temperatura e
umidade relativa mais restritas, estas recomendações devem ser atendidas.
Quando armazenadas na posição vertical, as embalagens dos eletrodos revestidos
devem ser posicionadas com as pontas de abertura de arco voltadas para cima.
Os eletrodos revestidos básicos, de baixo teor de hidrogênio, os quais são muito
higroscópicos, necessitam de cuidados especiais para que suas características não
sejam afetadas, devendo o fabricante informar tais condições na embalagem.
Quando aplicável, a ressecagem dos consumíveis de soldagem deve obedecer às
condições e temperaturas recomendadas pelo fabricante.
7.3. Marcação
As embalagens ou latas do consumível de soldagem devem conter, de modo legível e
sem rasuras, marcação com no mínimo as seguintes informações:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Classe do consumível (AWS ou equivalente);
• Especificação do consumível;
• Marca comercial;
• Diâmetro do consumível;
• N° da corrida ou identificação do lote;
• Data de fabricação.

8. HOMOLOGAÇÃO DOS CONSUMÍVEIS


Para que ocorra a continuidade da qualificação dos consumíveis e consequente
homologação, a fiscalização da Sabesp irá considerar aprovados os consumíveis ou
eletrodos que, a cada seis meses, não apresentar:
• Até três lotes consecutivos ou alternados rejeitados pelos motivos expostos nos
itens 10.1.1 e 10.1.2 - Inspeção de eletrodos, da norma NTS 034 – Soldagem de
Metálicos;
• Baixo rendimento e baixa velocidade de deposição em três lotes consecutivos
ou alternados nos testes descritos nos itens 10.2.1 e 10.2.2 - Inspeção de
eletrodos, da norma NTS 034 – Soldagem de Metálicos;

Nov/2020 12
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

• Índice de rejeição de soldas superior a 15%, devido a defeitos relacionados ao


consumível ou eletrodo em questão (arco instável, respingos abundantes, soldas
irregulares e porosidade).
Portanto, o consumível será considerado homologado, após o preenchimento do
Formulário B2, Certificado de Homologação.
Caso seja excedida qualquer uma das condições mencionadas anteriormente, o
consumível ou o eletrodo terá seu uso imediatamente impedido e sua qualificação será
considerada nula.
A critério da fiscalização da Sabesp poderão ser exigidos novos testes de qualificação
conforme descrito no item 6, desta Norma.

9. RESUMO DOS ENSAIOS E REQUISITOS


A seguir são apresentadas as Tabelas 2 e 3, com o resumo dos ensaios e requisitos
nas fases de qualificação e homologação, e inspeção de recebimento.
Tabela 2 – Ensaios e requisitos na qualificação e homologação.
ENSAIOS E REQUISITOS NA QUALIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO
N° Plano
Requisitos amostras amostragem Critérios
1. Certificado dos consumíveis _ _ Item 4 e AWS A5.01M/A5.01
2. Verificação visual e
Item 6.1.1 _ Item 6.1.1
dimensional
Itens 6, 6.1.2.1 e 6.1.2.3,
3. Ensaio de junta soldada Item 6.1.2.1 _
Anexos A e B.
Itens 6, 6.1.2.2 e 6.1.2.3,
4. Ensaio do metal depositado Item 6.1.2.2 _
Anexos A e B.
5. Homologação dos
Item 8 _ Item 8 e Formulário B2
consumíveis

Tabela 3 – Ensaios e requisitos na inspeção de recebimento.


ENSAIOS E REQUISITOS NA INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
Plano
Requisitos N° amostras amostragem Critérios
Item 4 e AWS
1. Certificado dos consumíveis _ _
A5.01M/A5.01
2. Certificado de qualidade do lote _ _ Item 5
3. Verificação visual e dimensional Tabela 1 Item 7.1 Item 6.1.1
4. Armazenamento e embalagem Tabela 1 Item 7.1 Item 7.2
5. Marcação Tabela 1 Item 7.1 Item 7.3

10. OBSERVAÇÕES FINAIS


A Sabesp reserva-se o direito de a qualquer momento retirar amostras no fornecedor ou
em materiais já entregues e armazenados em seus Almoxarifados ou canteiros de
obras, para realização de todos os ensaios previstos nesta Norma. Os ensaios serão
realizados em laboratórios independentes escolhidos pela Sabesp.
Caso seja encontrada qualquer não conformidade, a empresa fornecedora pode ter
todos os materiais em poder da Sabesp devolvidos, ser responsabilizada por todos os

Nov/2020 13
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

custos decorrentes, e estar sujeita à perda do Atestado de Pré-Qualificação, além da


aplicação das penalidades cabíveis.

Nov/2020 14
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

ANEXO A – CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

A1 EXAME VISUAL (norma API STD 1104)


a) Aspecto
O cordão de solda deve ter aspecto e dimensões uniformes em toda sua extensão e
não deve apresentar salpicos excessivos, trincas ou crateras.
b) Mordeduras
O comprimento não deve exceder ao menor valor entre 0,8mm e 12,5% de t (t =
espessura da chapa) em 4t de solda, com entalhe máximo de 0,8mm. Esta
descontinuidade é exemplificada na Figura A1.

Figura A1.
c) Concavidade
A concavidade da raiz ou da face não pode provocar na junta uma redução de espessura
abaixo da do menor dos componentes soldados. Esta descontinuidade é exemplificada
na Figura A2.

Figura A2.
d) Reforço excessivo ou excesso de penetração
O reforço externo e a saliência interna da solda devem ser bem fundidos, com boa
concordância com a chapa do metal de base, e não podem exceder os valores descritos
na Tabela A1. Estas descontinuidades são exemplificadas nas Figura A3 e A4.

Nov/2020 15
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Tabela A1 – Reforços e saliências.


Espessura do Reforço ou
material (mm) saliência
(máximo) (mm)
1,6 à 2,4 0,8
2,4 à 4,8 1,6
4,8 à 25,0 2,4
25,0 à 57,0 3,2

Figura A3.

Figura A4.

A2 ENSAIO DE TRAÇÃO
A resistência à tração da solda, incluindo a zona de fusão de cada seção, deverá ser
igual ou maior que a mínima resistência à tração especificada para o metal de base.
Se a seção se romper fora da solda ou da zona de fusão e a resistência for igual ou
superior à especificada para o metal de base, a seção será aprovada.
Se a seção se romper na solda ou na zona de fusão e a resistência observada for igual
ou maior que a especificada para o metal de base, a seção será considerada aprovada.
Se a seção se romper na solda ou na zona de fusão, com resistência abaixo da
especificada para o metal de base, a seção será reprovada.

A3 ENSAIO DE DOBRAMENTO GUIADO (norma ASME BPVC-V)


A seção colocada centrada entre os apoios será submetida à carga do cutelo até que
sua curvatura seja tal que se torne impossível inserir um fio de 1 mm de diâmetro entre
as extremidades da seção e as superfícies laterais do cutelo.

Nov/2020 16
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Para satisfazer o ensaio de dobramento não devem ser observadas, em nenhuma


seção, trincas ou falhas medindo mais que 3mm em qualquer direção na superfície
convexa. Não serão, contudo, consideradas as trincas que eventualmente ocorram junto
às bordas, desde que não ultrapassem 6mm e exista evidência de que foram
provocadas por inclusão de escória ou por outros defeitos internos do material.
Caso uma das seções apresente falha com dimensão acima do permitido, será
considerada reprovada.

t (mm) a (mm) c (mm)


3,2 ± 0,2 13,0 22,8
3,7 ± 0,2 15,0 25,8
6,2 ± 02 25,0 40,8
7,5 ± 0,2 30,8 48,4
10,0 ± 0,2 40,0 63,4
t = espessura do corpo-de-prova

Figura A5 - Dispositivo para ensaio de dobramento.

Nov/2020 17
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Figura A6 - Posições de soldagem.


a) SOLDAS EM CHAPAS

4G
1G
2G 3G

b) SOLDAS EM TUBOS

c) SOLDAS EM FILETE

Eixo da solda
Eixo da solda vertical
horizontal Eixo da solda
horizontal
Garganta da
solda vertical

1F 2F 4F
3F

Nov/2020 18
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

ANEXO B – FORMULÁRIOS
CERTIFICADO Nº

Qualificação de Consumíveis
sabesp

MARCA FORMA DE CONSUMÍVEL

FABRICANTE

CLASSE ABNT AWS PROCESSO

METAL BASE (GRUPO) METAL DE ADIÇÃO

IDENTIFICAÇÃO DO CP
DIMENSÕES POSIÇÃO DE SOLDAGEM
CP X X (mm)
NÚMERO DE PASSES CORRENTE POLARIDADE VOLTAGEM (V)

01 AMPERAGEM (A) PRÉ-AQUECIMENTO (°C) 


E (mm)
DIMENSÕES POSIÇÃO DE SOLDAGEM
CP X X (mm)
NÚMERO DE PASSES CORRENTE POLARIDADE VOLTAGEM (V)

02 AMPERAGEM (A) PRÉ-AQUECIMENTO (°C) 


E (mm)

ENSAIO DE TRAÇÃO
CP 01.01 TENSÃO DE ESCOAMENTO (Kgf/mm2 ) TENSÃO DE RUPTURA (Kgf/mm2 )

JUNTA LOCAL DA FRATURA


SOLDADA
CP 02.01 TENSÃO DE ESCOAMENTO (Kgf/mm2 ) TENSÃO DE RUPTURA (Kgf/mm2 )

METAL ALONGAMENTO (%)


DEPOSITADO EM (mm)

ENSAIO DE IMPACTO (CHARPY)


CORPO DE PROVA Kg . m MÉDIA TEMPERATURA
02 . 02
02 . 03

02 . 04

ENSAIO DE DOBRAMENTO
CORPOS-DE-PROVA POSIÇÃO TRINCAS
01 . 02 FACE (mm)

01 . 03 RAIZ (mm)

O CONSUMÍVEL ACIMA ESTÁ QUALIFICADO PARA A EXECUÇÃO DE SOLDAS DENTRO DAS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS PELO
FABRICANTE

TESTE ACOMPANHADO POR: ENGENHEIRO RESPONSÁVEL


VÁLIDO POR
180 DIAS _____/ ______/______ _____/ ______/______

Formulário B1 – Qualificação de consumíveis

Nov/2020 19
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

CERTIFICADO Nº

Homologação de Consumível DATA

sabesp
/ /

IDENTIFICAÇÃO
MARCA FORMA DE CONSUMÍVEL

FABRICANTE

CLASSE ABNT AWS

PROCESSO TIPO CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO NÚMERO DATA

RESULTADO DE INSPEÇÃO
LOTE NÚMERO MOTIVO DATA NÚMERO DE LOTES
REJEITADOS EM 6 MESES

MOTIVO ÍNDICE DE REJEIÇÃO DE


SOLDAS (6 MESES) %

O CONSUMÍVEL ACIMA IDENTIFICADO ESTÁ HOMOLOGADO JUNTO À PREENCHIDO POR ENGENHEIRO RESPONSÁVEL
SABESP SENDO A SUA UTILIZAÇÃO RECOMENDADA PARA A EXECUÇÃO
DE SOLDAS DENTRO DAS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS PELO
FABRICANTE. / / / /

Formulário B2 – Certificado de homologação de consumível

Nov/2020 20
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

MARCA TIPO BITOLA Nº DE TEMP MÉDIA


Kg.m
CP CONSUMÍVEL (mm) PRODUÇÃO (°C) (kg.m)

POSIÇÃO DE SOLDAGEM: Nº _____ DATA: ___/___/___


Formulário B3 – Registro de ensaio para qualificação de consumível

ENSAIO DE TRAÇÃO - METAL DEPOSITADO


ALONGA
CARGA L - Lo x So - Sr x
ESCOA- CARGA -MENTO.  APÓS ÁREA
BITOLA MARCA CP ÁREA ESCOA-
MENTO.
RUPTURA L 100 100
TIPO MENTO. RUPTURA 50,4 Lo RUPTURA Sr
(mm) CP (mm) So (mm 2) (kgf/mm2) (mm) So
(kgf/mm2) (kgf) P/mm (mm) (mm2)
(kgf) (E) (%)
(Lo)

Formulário B4 – Registro de ensaio de tração

Nov/2020 21
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

9
8 Marcar a sequência
7
6 durante a soldagem
5 4
3
2
1

CROQUI DA JUNTA - SEQÜÊNCIA DE SOLDAGEM

CALOR IMPOSTO

GOIVADA ( mm )
PROFUNDID.
SOLDAGEM
ELETRODO

POLARIDADE

INTERPASSE
AMPERAGEM

( K J/ cm )
( cm/min )
(mm)

VELOC.
Nº CAMADA

PROCESSO

CORRENTE

TEMP. DE
VOLTAGEM
(AWS)
TIPO
Nº PASSE

(A)

TEMPO
(V)

1
2
3
4
5
6
7
SOLDADOR: APROVADO:
REGISTRADOR:

Formulário B5 – Registro de sequência de soldagem para ensaio de metal


depositado

Nov/2020 22
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

4
3 Marcar a sequência
durante a soldagem
2
1

CALOR IMPOSTO

GOIVADA ( mm )
PROFUNDID.
SOLDAGEM
ELETRODO

POLARIDADE

AMPERAGEM

INTERPASSE
( K J/ cm )
( cm/min )
(mm)

VELOC.
Nº CAMADA

PROCESSO

CORRENTE

TEMP. DE
VOLTAGEM
(AWS)
TIPO
Nº PASSE

(A)

TEMPO
(V)

SOLDADOR: APROVADO:
REGISTRADOR:

Formulário B6 – Registro de sequência de soldagem para ensaio de junta


soldada

Nov/2020 23
NTS 035: 2020 – Rev 1 Norma Técnica SABESP

Consumíveis de Soldagem de Metálicos

Considerações finais:

A presente Norma é titularidade exclusiva da Companhia de Saneamento Básico do


Estado de São Paulo – Sabesp, de aplicação interna na Sabesp, devendo ser usada
pelos seus fornecedores de bens e serviços, conveniados ou similares conforme as
condições estabelecidas em Licitação, Contrato, Convênio ou similar. A utilização desta
Norma por outras empresas/entidades/órgãos governamentais e pessoas físicas é de
responsabilidade exclusiva dos próprios usuários.
Esta norma técnica pode ser revisada ou cancelada sempre que a Sabesp julgar
necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo
e Normalização Técnica da Sabesp (nts@sabesp.com.br).

Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente – T
Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação– TX
Departamento de Acervo e Normalização Técnica – TXA

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900 - Pinheiros.


São Paulo - SP - Brasil
E-MAIL: nts@sabesp.com.br

- Palavras-chave: Consumíveis, Eletrodos, Solda; Soldagem; Soldadores.

- 23 páginas.

Nov/2020

Você também pode gostar