Norma Técnica SABESP

NTS 352

Revestimentos para identificação cromática

– Ensaios de desempenho

Especificação

São Paulo
Setembro/2021
NTS 352: 2021 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ........................................................................................................ 1
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ........................................................................ 1
3. REQUISITOS .................................................................................................... 1
3.1. PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA..................................................... 1
3.2. ENSAIOS .......................................................................................................... 2
3.2.1. ENSAIO DE ADERÊNCIA ................................................................................. 2
3.2.2. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À RADIAÇÃO UVA E UMIDADE ........................... 2
3.2.3. VERIFICAÇÃO DA ESPESSURA DA CAMADA ................................................ 2
3.2.4. ENSAIO DE EFEITO SOBRE A ÁGUA ............................................................. 2
3.3. CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO ........................................................................... 3
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Revestimentos para identificação cromática – Ensaios de

desempenho

1. OBJETIVO
Especificar o desempenho mínimo esperado de esquemas de pintura a serem aplicados
em quaisquer equipamentos e/ou componentes do sistema de saneamento quando da
necessidade de identificação cromática.
As tintas destinadas para proteção de componentes que terão contato com água potável
devem atender ao prescrito na Portaria da Potabilidade da Água vigente.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emen-
das):
NTS 085: Preparo de superfícies metálicas para pintura – Especificação.
NTS 337: Identificação e Padronização Cromática em Sistemas de Saneamento.
ABNT NBR 6493: Emprego de cores para identificação de tubulações industriais.
ABNT NBR 11003: Tintas - Determinação da aderência.
ABNT NBR 16172: Revestimentos anticorrosivos - Determinação de descontinuidades
em revestimentos anticorrosivos aplicados sobre substratos metálicos.
ASTM D523: Standard Test Method for Specular Gloss.
ASTM G154: Standard Practice for Operating Fluorescent Ultraviolet (UV) Lamp Appa-
ratus for Exposure of Nonmetallic Materials.
ANSI/NSF 61: Components of the drinking water system - Health effects.
INMETRO NIT DICLA 35: Princípios das boas práticas de laboratório – BPL.
Portaria da Potabilidade da Água vigente.
MUNSELL BOOK OF COLOUR: Padrão internacional de identificação por tonalidades
de cores.
MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL DA SABESP.

3. REQUISITOS
3.1. Preparação dos corpos de prova
Devem ser confeccionados três painéis para cada ensaio.
Os painéis de ensaio devem ser confeccionados em chapa de aço carbono AISI 1020,
nas dimensões de 150 mm x 100 mm e espessura entre 4 mm e 5 mm. A preparação
da superfície deve ser feita conforme a norma NTS 085, da seguinte forma: inicialmente
eliminam-se óleos e graxas com panos limpos embebidos em xilol. A seguir, a superfície
deve ser lixada levemente com lixa de grana 120 até que fique limpa e uniforme.
Na sequência deve-se limpar a superfície lixada com ar comprimido seco, lavar com
água abundante e fazer uma limpeza final com uso de solventes, de maneira a eliminar
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qualquer oleosidade e/ou pó residual. Alternativamente, o preparo da superfície pode

ser realizado seguindo a recomendação técnica do fabricante da tinta a ser aplicada.
As bordas dos painéis de ensaio devem ser protegidas adequadamente, de forma a
evitar a degradação prematura nestes locais.
Os ensaios da Tabela 1 devem ser realizados, no mínimo, 10 dias após a aplicação das
tintas sobre os painéis. Durante este período, os painéis devem ser armazenados à
temperatura de 25 °C ± 2 °C e umidade relativa de 60 % ± 5 %.
Deve ser utilizada a relação de cores de identificação da norma NTS 337, da ABNT NBR
6493, do padrão Munsell Book of Colour, e do Manual de Identidade Visual da Sabesp.
O fabricante deve elaborar um esquema de pintura, detalhando os cuidados com a pre-
paração de superfície, substratos adequados, espessura máxima e mínima por camada,
modo e tempo de cura, etc.
3.2. Ensaios
3.2.1. Ensaio de aderência
O ensaio de aderência deve ser conduzido conforme a norma ABNT NBR 11003, e com
os critérios de aceitação da Tabela 1.
3.2.2. Ensaio de resistência à radiação UVA e umidade
Este ensaio deve ser conduzido conforme a norma ASTM G154, e com os critérios de
aceitação da Tabela 1, conforme a seguir:
Três corpos de prova devem ser submetidos ao ensaio de exposição à radiação UV-A
e condensação de umidade conforme a norma ASTM G154 por no mínimo 960 horas.
Antes do ensaio, o brilho deve ser determinado em todos os corpos de prova conforme
a norma ASTM D523.
O ciclo a ser utilizado é o de 4 h de exposição à radiação UV-A a 60 °C e 4 h de con-
densação a 50 °C.
3.2.3. Verificação da espessura da camada
Medir a espessura da camada de todos os corpos de prova a serem ensaiados. Realizar
no mínimo 12 medições em cada corpo de prova e desprezar a maior e a menor.
A medição deve ser efetuada pelo método magnético ou de correntes dispersas (para o
substrato de alumínio). A incerteza do método de medição não deve ultrapassar 10 %.
Esta verificação deve ser conduzida a partir do valor especificado da espessura pelo
fabricante da tinta, e estar conforme os critérios de aceitação da Tabela 1.
3.2.4. Ensaio de efeito sobre a água
Caso o revestimento tenha contato com água de abastecimento humano, deve atender
ao prescrito na Portaria da potabilidade da água vigente, e a todos os parâmetros pre-
vistos na legislação brasileira vigente.
O revestimento dos corpos de prova não deve alterar a qualidade da água e não ofere-
cer risco à saúde segundo critérios da norma ANSI/NSF 61 – Componentes do sistema
de água potável – Efeitos na saúde.
Análises sensoriais para verificação do potencial do produto em conferir gosto e odor à
água potável devem ser realizadas via painel sensorial multiprodutos, dedicados ou
ainda via sensores do tipo língua eletrônica.

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O planejamento de amostragem, a extração, normalização e análises específicas para

o tipo de material utilizado devem ser relatados utilizando-se como referência a NIT DI-
CLA 35 – rev.03 do INMETRO.
Caso não ocorram alterações de matéria prima, fornecedor, ou processo produtivo, essa
verificação terá validade pelo período de dois anos; no entanto, a qualquer momento e
a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser solicitado que essa verificação seja
refeita mediante fundamentação técnica.
3.3. Critérios de aceitação
As características exigíveis da película seca para o esquema de pintura a ser aplicado
para identificação cromática em equipamentos e/ou componentes do sistema de sane-
amento estão apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Características da película seca.
Requisitos
Ensaios Normas a utilizar
Mín. Máx.
Aderência X0Y0 / Gr 0 X1Y1 / Gr 1 ABNT NBR 11003
Espessura de camada -10% +30% Item 3.2.3
Resistência à radiação UV-A e umi-
960 - ASTM G154
dade, h
Efeito sobre a água Item 3.2.4 Item 3.2.4 ANSI/NSF 61

Avaliar a presença de eventuais falhas conforme a norma ABNT NBR 16172. Esta ava-
liação deve ser conduzida antes e após o ensaio de intemperismo.
O valor da diferença de potencial a ser aplicado deve necessariamente constar na es-
pecificação do produto. Caso não esteja especificado, deve ser informado pelo fornece-
dor da tinta.
Ao se observar os painéis submetidos aos ensaios em câmara de intemperismo (UV),
não deve ser constatada a presença de bolhas, empoamento (chalking) significativo ou
qualquer outro tipo de falha, decorrido o tempo total de ensaio.
Ao final do ensaio em câmara de intemperismo (UV), o brilho das placas deve ser no-
vamente determinado nos três corpos de prova ensaiados, devendo apresentar uma
retenção de brilho de no mínimo 85 % do brilho inicial.
Para o ensaio de aderência, o uso do corte em X ou em grade é definido conforme a
espessura do revestimento a ser avaliado, conforme critério da norma ABNT NBR 11
003. O método do corte em grade é utilizado para espessuras inferiores a 70 µm e o
método do corte em X para espessuras iguais ou superiores a 70 µm. Esta avaliação
deve ser realizada antes e ao final do ensaio de intemperismo (UV).
A aderência do revestimento deve ser verificada em três corpos de prova nos quais
também foi realizada a medida de espessura, conforme norma ABNT NBR 11003. Os
valores máximos admissíveis são Gr1 ou grau X1Y1 (para aço-carbono zincado) e Gr0
ou grau XoY0. Revestimentos com grau de destacamento maior serão rejeitados.

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Revestimentos para identificação cromática – Ensaios de

desempenho

Considerações finais:

A presente Norma é titularidade exclusiva da Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo – Sabesp, de aplicação interna na Sabesp, devendo ser usada
pelos seus fornecedores de bens e serviços, conveniados ou similares conforme as con-
dições estabelecidas em Licitação, Contrato, Convênio ou similar. A utilização desta
Norma por outras empresas/entidades/órgãos governamentais e pessoas físicas é de
responsabilidade exclusiva dos próprios usuários.
Esta norma técnica pode ser revisada ou cancelada sempre que a Sabesp julgar neces-
sário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo e Nor-
malização Técnica da Sabesp (nts@sabesp.com.br).

Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente – T
Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – TX
Departamento de Acervo e Normalização Técnica – TXA

Rua Costa Carvalho, 300 – CEP 05429-900 – Pinheiros

São Paulo – SP – Brasil
E-MAIL: nts@sabesp.com.br

Palavras-chave: identificação cromática, proteção, revestimento, ensaios de desempe-

nho.

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