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Norma Técnica SABESP

NTS 048

Tubo de Polietileno PE 80 para ramais prediais


de água DE 20mm e DE 32mm

Especificação

São Paulo
Julho/2020: Revisão 8
NTS 048: 2020 – Rev. 8 Norma Técnica SABESP

Sumário

1. OBJETIVO............................................................................................................. 1
2. REFERÊNCIA NORMATIVAS ............................................................................... 1
3. DEFINIÇÕES ......................................................................................................... 2
4. REQUISITOS GERAIS .......................................................................................... 4
4.1. COMPOSTO DE POLIETILENO ........................................................................... 4
4.1.1. CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO DO COMPOSTO DE POLIETILENO ..... 5
4.1.2. DISPERSÃO DE PIGMENTOS ........................................................................ 5
4.1.3. ESTABILIDADE TÉRMICA ............................................................................. 5
4.1.4. ÍNDICE DE FLUIDEZ (MFI) ............................................................................. 5
4.1.5. DENSIDADE .................................................................................................... 5
4.2. TUBOS .................................................................................................................. 5
4.2.1. EFEITO SOBRE A ÁGUA ............................................................................... 5
4.2.2. CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE TUBOS DE POLIETILENO .............. 6
4.2.3. DIMENSÕES E TOLERÂNCIAS...................................................................... 6
4.2.3.1. OVALIZAÇÃO .............................................................................................. 6
4.2.3.2. PERPENDICULARIDADE DAS EXTREMIDADES DOS TUBOS ................ 7
4.2.3.3. COMPRIMENTO DOS TUBOS .................................................................... 7
4.2.4. MARCAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM ................................ 7
4.2.5. DENSIDADE .................................................................................................... 8
4.2.6. ÍNDICE DE FLUIDEZ ....................................................................................... 8
4.2.7. RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA ............................................... 8
4.2.7.1. RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE CURTA
DURAÇÃO A 20°C ....................................................................................................... 9
4.2.7.2. RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE CURTA
DURAÇÃO A 80°C ....................................................................................................... 9
4.2.7.3. RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE LONGA
DURAÇÃO A 80°C ..................................................................................................... 10
4.2.8. REVERSÃO LONGITUDINAL ....................................................................... 10
4.2.9. RETRAÇÃO CIRCUNFERENCIAL ................................................................ 10
4.2.10. RESISTÊNCIA AO ESMAGAMENTO ........................................................ 10
4.2.11. TESTE DE FLEXÃO POR INVERSÃO DA CURVATURA ......................... 10
4.2.12. ENSAIO DE VERIFICAÇÃO DA CONSISTÊNCIA ENTRE MATÉRIAS
PRIMAS 11
4.2.13. ASPECTOS VISUAIS ................................................................................. 11
5. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA E QUALIDADE NA FABRICAÇÃO ......................... 12
5.1. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA ................................................................................. 12
5.2. QUALIDADE DURANTE A FABRICAÇÃO ......................................................... 12
5.2.1. ENSAIOS E REQUISITOS PARA O COMP. E TUBOS DE POLIETILENO .. 12
5.2.2. FORNECIMENTO DE RESULTADO DE ENSAIOS ...................................... 12
6. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DOS TUBOS ................................................... 12
6.1. TAMANHO DO LOTE DE INSPEÇÃO ................................................................ 12
6.2. AMOSTRAGEM PARA EXAME VISUAL E DIMENSIONAL ............................... 14

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6.3. AMOSTRAGEM PARA ENSAIOS DESTRUTIVOS ............................................. 15


6.4. ACEITAÇÃO OU REJEIÇÃO .............................................................................. 15
6.4.1. PRIMEIRA AMOSTRAGEM .......................................................................... 15
6.4.2. SEGUNDA AMOSTRAGEM .......................................................................... 15
6.4.3. LIBERAÇÃO DO LOTE ................................................................................. 16
7. RESUMO DOS ENSAIOS ................................................................................... 16
8. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO .............................................................................. 18
9. RESPONSABILIDADES ...................................................................................... 18
10. OBSERVAÇÕES FINAIS .................................................................................... 18
ANEXO A – TENSÕES ADMISSÍVEIS DO MATERIAL E CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO
DO TUBO ................................................................................................................... 19
ANEXO B – IMAGENS COMPARATIVAS DE DISPERSÃO DE PIGMENTOS.......... 20

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Tubo de polietileno PE 80 para ramais prediais de água DE


20mm e DE 32mm

1. OBJETIVO
Esta norma fixa as condições exigíveis para o fornecimento à Sabesp de tubos de
polietileno produzidos a partir de um composto PE 80, de cor azul, destinados à
execução de ramais prediais de água, com uma vida útil mínima de 50 anos, nas
seguintes condições:
 tubos de diâmetro externo nominal DE 20 e DE 32, fornecidos em bobinas;
 máxima pressão de operação de 1 MPa, para temperaturas de até 25ºC.
Para temperaturas superiores a 25ºC e até 40ºC, a pressão máxima de operação deve
ser corrigida, conforme a Tabela A 2 do Anexo A.
O atendimento pleno aos requisitos estabelecidos nesta Norma é condição mínima
necessária para que o produto seja considerado de bom desempenho.

2. REFERÊNCIA NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo
emendas):
ABNT NBR 5426: Plano de amostragem e procedimento na inspeção por atributos.
ABNT NBR 8415: Tubos e conexões de polietileno – Verificação da resistência à
pressão hidrostática interna.
ABNT NBR 9023: Termoplásticos - Determinação do índice de fluidez.
ABNT NBR 14300: Sistemas de ramais prediais de água - Tubos, conexões e composto
de polietileno PE - Determinação do tempo de oxidação induzida.
ABNT NBR 14302: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos de polietileno PE –
Determinação da retração circunferencial.
ABNT NBR 14303: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos de polietileno PE –
Determinação da resistência ao esmagamento.
ABNT NBR 15561: Tubos de polietileno PE 80 e PE 100 para transporte de água e
esgoto sob pressão – Requisitos.
ABNT NBR ISO 2505: Tubos termoplásticos – Reversão longitudinal – Parâmetros e
métodos de ensaio.
ABNT NBR ISO 3126: Sistemas de tubulações de plásticos – Componentes plásticos –
Determinação das dimensões.
ABNT NBR ISO 18553: Método para avaliação do grau de dispersão de pigmentos ou
negro-de-fumo em tubos, conexões e compostos poliolefínicos.
ISO 1183-1: Methods for determination the density of non cellular plastic - Part 1
Immersion method, liquid pycnometer method and titration method.
ISO 1183-2: Plastics - Method for determining the density and relative density of non-
cellular plastics – Part 2: Density gradient column method.

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ISO 9080: Plastics piping and ducting systems - Determination of the long-term
hydrostatic strength of thermoplastics materials in pipe form by extrapolation.
ISO 12162: Thermoplastics materials for pipes and fittings for pressure applications –
Classification, designation and design coeficiente.
ANSI/NSF 61: Components of the drinking water system - Health effects.
INMETRO NIT DICLA 35: Princípios das boas práticas de laboratório – BPL.
Ministério da Saúde- Portaria de Potabilidade da Água Vigente.

3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições abaixo:
AMOSTRA:
Quantidade de bobinas, estipulada por plano de amostragem, escolhidas de forma
aleatória como representativas do lote.

COMPOSTO DE POLIETILENO:
Material fabricado com polímero base de polietileno contendo os aditivos (antioxidantes,
estabilizantes e pigmento azul) necessários à fabricação de tubos de polietileno
conforme esta especificação.

CORPO-DE-PROVA:
Cada segmento de tubo, extraído das bobinas que compõem a amostra, ou material
dele retirado, preparado na forma e nas dimensões exigidas pelo método de ensaio ao
qual deve ser submetido.

CURVA DE REGRESSÃO:
Definida pelo método de extrapolação padrão ISO 9080, resulta num gráfico di-log a
diferentes temperaturas, resultando na curva de tensão de ruptura pelo tempo de ruptura
de amostras de tubos, tal que se possa determinar o tempo de ruptura de um tubo em
função da tensão circunferencial aplicada no tubo através de pressão hidrostática
interna a determinada temperatura. Através dela é possível estabelecer o tipo de ruptura
esperado, conforme mostra a Figura 1, a seguir. As indicações: I, II e III dessa figura
são explicadas nas definições de ruptura: dúctil, mista e frágil desta Norma.

Figura 1 - Curva de regressão – Tipos de Ruptura.

DIÂMETRO EXTERNO MÉDIO (dem):


Razão entre o perímetro externo do tubo, em mm, e o número 3,142, com o valor
arredondado para o 0,1 mm mais próximo.

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DIÂMETRO EXTERNO NOMINAL (DE):


Simples número que serve para classificar em dimensões os elementos de tubulações
(tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao
diâmetro externo do tubo em milímetros, não devendo ser utilizado para fins de cálculo.

ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO COM TRANSFORMADA DE FOURIER


(FTIR):
É o ensaio semi-quantitativo de caracterização do polímero base, com a determinação
e identificação estrutural de grupos funcionais e ligações químicas.

ESPESSURA MÍNIMA DE PAREDE (e):


Menor valor da espessura da parede, medida em milímetros, no perímetro de uma seção
qualquer.

ÍNDICE DE FLUIDEZ (MFI):


Em procedimento experimental, é a vazão mássica de material plástico em g/min que
flui por um determinado orifício.

LOTE DE FABRICAÇÃO:
Produção sem interrupção, num regime de até 168 h, de tubos de um mesmo diâmetro,
que tenham as mesmas características, produzidos numa mesma máquina, com o
mesmo lote de composto.

MÁXIMA PRESSÃO DE OPERAÇÃO (MPO):


Máxima pressão que a tubulação deve suportar em serviço contínuo.

OVALIZAÇÃO DO TUBO:
Diferença entre os valores máximo e mínimo do diâmetro externo, medida em
milímetros, em uma mesma seção normal do tubo.

PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA:


Pressão hidrostática aplicada ao longo de toda a parede do tubo.

PRESSÃO NOMINAL (PN):


Máxima pressão suportada por tubos, conexões e respectivas juntas, em serviço
contínuo nas condições de temperaturas de operação de até 25°C.

RAMAL PREDIAL:
Trecho de ligação de água, compreendido entre o colar de tomada ou tê de serviço
integrado, inclusive, situado na rede de abastecimento de água, e o adaptador
localizado na entrada da unidade de medição de água ou adaptador do cavalete.

RUPTURA DÚCTIL:
Ruptura que ocorre no período de tempo correspondente à inclinação suave da curva
de regressão, anteriormente à sua mudança de direção. A ruptura dúctil se caracteriza
por grandes elongações. Ver Região I, da Figura 1 e Figura 2 a seguir:

Figura 2 - Configuração de ruptura dúctil.

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RUPTURA MISTA:
Ruptura que ocorre em período de tempo posterior à inclinação suave da curva de
regressão, caracterizando-se por apresentar simultaneamente pequenos alongamentos
e pequenas fissuras e/ou micro poros. Ver Região II, da Figura 1.

RUPTURA FRÁGIL:
Ruptura que ocorre no período de tempo correspondente à inclinação acentuada da
curva de regressão, após a mudança de sua direção. A ruptura frágil se caracteriza por
pequenas fissuras e/ou micro poros, sem que ocorra escoamento do material. Ver
Região III, da Figura 1.

TEMPO DE OXIDAÇÃO INDUZIDA (OIT – Oxidation Induction Time):


Ensaio que avalia a resistência oxidativa do polímero base, em função de sua
estabilidade térmica ao longo do tempo.

TENSÃO CIRCUNFERENCIAL ():


Tensão tangencial presente ao longo de toda a parede do tubo, decorrente da pressão
hidrostática interna.

TENSÃO MÍNIMA REQUERIDA (MRS):


Propriedade do composto que corresponde á tensão circunferencial, em MPa,
representada pela reta do limite de confiança (LPL) de 97,5% a partir da curva de
regressão na temperatura de 20°C, extrapolada para 50 anos.

TUBO DE POLIETILENO:
Tubo fabricado com composto de polietileno, conforme esta norma.

ZONA CRÍTICA:
Comprimento de até 15% do valor da profundidade de penetração do cap/tampão,
medido no tubo, a partir da extremidade do cap/tampão.

4. REQUISITOS GERAIS
4.1. Composto de polietileno
O composto deve ser adequado para a fabricação de tubos, pelo processo de extrusão,
destinados ao transporte de água potável, não podendo interferir nos padrões de
potabilidade da água, não podendo produzir efeitos tóxicos ou propiciar o
desenvolvimento de microrganismos, nem transmitir gosto, odor ou opacidade à água,
conforme estabelecido na Portaria da Potabilidade da Água vigente. O fabricante deve
apresentar relatório de ensaios, emitido por laboratório acreditado junto ao INMETRO,
atestando essas características.
Essa conformidade deve ser verificada toda vez em que houver mudança do composto
termoplástico, do processo de fabricação ou do fabricante do composto.
Caso não haja mudança, essa verificação terá validade pelo período de dois anos; no
entanto, a qualquer momento e a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser solicitado
que essa verificação seja refeita.
O composto deve ser fornecido necessariamente pelo próprio fabricante do polímero
base de polietileno, de tal maneira que o fabricante do tubo nada acrescente à matéria-
prima adquirida.
O fabricante do tubo deve apresentar certificados, fornecidos por laboratórios
especializados, de reconhecida competência e idoneidade, atestando a adequação da

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matéria-prima utilizada na fabricação dos tubos, para uso em contato com água potável,
atendendo à legislação.
NÃO É PERMITIDO O USO DE MATERIAL REPROCESSADO OU RECICLADO NA
FABRICAÇÃO DOS TUBOS.

4.1.1. Classificação e designação do composto de polietileno


Devem ser utilizados compostos classificados como PE 80 conforme a norma ISO
12162, ou seja, sua tensão circunferencial a 50 anos na temperatura de 20°C (MRS -
Minimum Required Strength) deve ser definida pelo "Método de Extrapolação Padrão
ISO 9080", através da determinação da sua Tensão Hidrostática de Longa Duração
(LTHS), com Limite Inferior de Confiança (LCL) de 97,5%, como segue:
PE 80: MRS = 8 MPa, quando: 8,0 ≤ LTHS < 10 MPa
O fabricante do composto utilizado na fabricação do tubo deve fornecer um certificado
onde conste a curva de regressão e demais características do composto.
4.1.2. Dispersão de pigmentos
A dispersão do pigmento azul no tubo acabado deve ser avaliada conforme a norma
ABNT NBR ISO 18553. A avaliação visual deve ser feita através de comparação com
imagens do Anexo B, sendo consideradas aprovadas as dispersões apresentadas nas
Figuras A1, A2 e A3.
Em caso de dúvidas quanto à avaliação da dispersão pelo método comparativo, deve
ser utilizado o método apresentado na norma ABNT NBR ISO 18553, na íntegra.
4.1.3. Estabilidade térmica
O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 14300 e as amostras devem
ser extraídas da superfície interna do tubo.
A estabilidade térmica do composto e do tubo, medida através do ensaio de
determinação do tempo de oxidação indutiva (OIT) deve ser de, no mínimo, 20 minutos,
ensaiado a 200°C. O ensaio deve ter continuidade até que a amostra seja incinerada,
devendo ser anotado o tempo decorrido até a incineração.
4.1.4. Índice de fluidez (MFI)
O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 9023.
4.1.5. Densidade
O ensaio deve ser realizado conforme as normas ISO 1183-1 ou ISO 1183-2.
A densidade do composto deve ser igual ou superior a 0,935 g/cm3, admitindo-se um
desvio de ± 0,003 g/cm3 em relação ao valor nominal informado pelo fabricante, porém
nunca inferior a 0,935 g/cm3.

4.2. Tubos
Os tubos devem ser produzidos através de processo de extrusão, tal que assegure a
obtenção de um produto que satisfaça as exigências desta Norma.
4.2.1. Efeito sobre a água
O tubo de polietileno não pode alterar a qualidade da água e nem oferecer risco à saúde
segundo critérios da norma ANSI/NSF 61 – Componentes do sistema de água potável
– Efeitos na saúde.

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Análises sensoriais para verificação do potencial do produto em conferir gosto e odor à


água potável devem ser realizadas via painel sensorial multiprodutos, dedicados ou
ainda via sensores do tipo língua eletrônica.
O planejamento de amostragem, a extração, normalização e análises específicas para
o tipo de material utilizado devem ser relatados utilizando-se como referência a NIT
DICLA 35 – rev.03 do INMETRO.
Caso não ocorram alterações de matéria prima, fornecedor, ou processo produtivo, essa
verificação terá validade pelo período de dois anos; no entanto, a qualquer momento e
a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser solicitado que essa verificação seja
refeita mediante fundamentação técnica.

4.2.2. Classificação e designação de tubos de polietileno


Os tubos são designados pelo diâmetro externo nominal (DE) e pela pressão nominal
(PN).
O número relativo à pressão nominal (PN) corresponde à pressão máxima de operação
(MPO) a 25°C, para uma vida útil de 50 anos. A pressão nominal é expressa em MPa.
4.2.3. Dimensões e tolerâncias
Todas as avaliações dimensionais devem ser executadas conforme a norma ABNT NBR
ISO 3126.
Os tubos, objeto desta Norma, devem ser fabricados conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Diâmetros externos médios (DE) e espessuras de parede (e) de tubos


de polietileno, com as respectivas tolerâncias.
DE e Tolerância
Tolerância (mm)
(mm) (mm) (mm)
+0,3 +0,4
20,0 2,3
-0,0 -0,0
+0,3 +0,4
32,0 3,0
-0,0 -0,0

4.2.3.1. Ovalização
a) A ovalização é a diferença entre os valores máximo e mínimo do diâmetro externo,
medidos em uma mesma seção do tubo, a uma distância mínima da sua extremidade,
que corresponda a uma volta completa da bobina, arredondando o resultado para o
décimo de mm mais próximo.
b) As deformações residuais dos tubos devem ser medidas no mínimo 24 horas após a
fabricação, devendo eles, neste período, permanecer enrolados em bobinas.
c) Os tubos não podem apresentar ovalização acima dos valores indicados na Tabela
2.

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Tabela 2 – Ovalização máxima de tubos bobinados.


DE Ovalização máxima (mm)
20 1,0
32 1,6

d) A ovalização de tubos bobinados deve ainda ser medida no ensaio de retração


circunferencial conforme 4.2.9, quando não pode apresentar valores superiores aos
indicados na Tabela 3.

Tabela 3 – Ovalização máxima de tubos bobinados medida no ensaio de retração


circunferencial.
Ovalização máxima
DE
(mm)
20 1,0
32 1,3

4.2.3.2. Perpendicularidade das extremidades dos tubos


As extremidades dos tubos devem ser cortadas, perpendicularmente e sem rebarbas,
com ferramentas projetadas especificamente para esta finalidade. Admite-se um desvio
de perpendicularidade de, no máximo, um (01) milímetro para qualquer diâmetro.

4.2.3.3. Comprimento dos tubos


Os tubos devem ser fornecidos com comprimentos múltiplos de 50 m, com tolerância de
(+1, –0) m.
O comprimento especificado dos tubos deve ser considerado à temperatura de 20°C.
Nota: Como método alternativo, pode-se comparar o peso da bobina com o peso de um
segmento de tubo de 1 m de comprimento. O peso da bobina dividido pelo peso desse
segmento é o valor correspondente ao comprimento total da bobina, em metros.
4.2.4. Marcação, acondicionamento e embalagem
Os tubos devem ser marcados, de metro em metro, de forma visível, através de
impressão a quente ou de outro método de marcação indelével, em cor contrastante
com a do tubo, com as seguintes informações:
a) nome e marca de identificação do fabricante;
b) identificação comercial do composto utilizado na fabricação;
c) classificação do composto: PE 80
d) número desta Norma;
e) os dizeres "Ramal Predial de Água";
f) diâmetro nominal (DE 20 ou DE 32);
g) os dizeres "PN 1 MPa";
h) código que permita identificar o lote, o mês e o ano da produção. Este código
deve permitir identificar também a matéria-prima e o número de seu lote de
fabricação.

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Tolera-se a ocorrência de um trecho de tubo sem marcação, desde que os dizeres


resultem legíveis pelo baixo relevo decorrente do processo de impressão e que a falha
não ultrapasse 10,0 metros.
No caso de marcação por método que não resulte em baixo relevo, a mesma deve ser
indelével e nesse caso não há tolerância para qualquer falha de marcação.
A comercialização de tubos marcados conforme acima e que não cumprem todos os
requisitos desta Norma é de responsabilidade exclusiva do fabricante.
As bobinas devem ser entregues embaladas em filme de polietileno incolor, onde
constem os dados do fabricante: razão social da empresa marca endereço e telefone.
Os diâmetros internos mínimos das bobinas devem obedecer ao especificado na Tabela
4.
As demais dimensões das bobinas devem constar das especificações do fabricante de
tubos, com tolerância máxima de  5%.

Tabela 4 – Diâmetro interno mínimo de bobinas de tubos de polietileno.


DE Diâmetro interno mínimo da bobina (mm)
20 600
32 700

4.2.5. Densidade
A densidade deve ser medida conforme as normas ISO 1183-1 ou ISO 1183-2.
A densidade do tubo deve ser de, no mínimo, 0,935 g/cm3 a 23°C.
A diferença máxima aceitável entre o valor médio das densidades dos corpos-de-prova
retirados dos tubos e o valor da densidade do respectivo composto do item 4.1.5, deve
ser de 0,003 g/cm3 e a diferença entre a densidade de cada corpo-de-prova e a
densidade obtida do composto, deve ser de no máximo  0,005 g/cm3 para cada corpo-
de-prova, respeitando-se o descrito no item 4.1.5.
Deve ser retirado um corpo-de-prova de cada extremidade da bobina.
4.2.6. Índice de fluidez
O índice de fluidez deve ser medido conforme a norma ABNT NBR 9023.
O índice de fluidez medido em amostras retiradas dos tubos admite uma tolerância de
25% quando comparado ao índice medido em amostras do composto, conforme item
4.1.4.
Deve ser retirado um corpo-de-prova de cada extremidade da bobina.
4.2.7. Resistência à pressão hidrostática
Caso qualquer um dos ensaios a seguir especificados seja interrompido pela ocorrência
de ruptura mista ou ruptura frágil (Regiões II e III da Figura 1 e definições), todo o lote
de tubos deve ser reprovado, sem levar em consideração o Plano de Amostragem.
Trata-se de uma evidência de que o composto utilizado é inadequado para a fabricação
de tubos conforme esta Norma.
A execução do ensaio de reteste citado no item 4.2.7.2 somente pode ser efetuada se
ocorrer uma ruptura dúctil do corpo-de-prova. (ver Figura 1, Região I).

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Fórmula básica para determinação da pressão hidrostática (MPa) a ser aplicada nos
ensaios dos corpos-de-prova dos tubos:
2𝜎ⅇ
𝑃=
ⅆⅇ𝑚 − ⅇ

onde:
P = Pressão a ser aplicada (MPa)
 = tensão circunferencial do ensaio (MPa),
dem = diâmetro externo médio do segmento do corpo-de-prova (mm)
e = espessura mínima de parede do segmento do corpo-de-prova (mm)
Nota: A pressão de ensaio deve ser calculada individualmente para cada corpo-de-
prova, de tal forma que a tensão aplicada na parede do corpo-de-prova seja a
especificada no respectivo ensaio.
Em todos os ensaios, caso haja rompimento do corpo-de-prova dentro da zona crítica,
o ensaio deve ser refeito e o resultado inicial desconsiderado.

4.2.7.1. Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 20°C


O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir, no mínimo, a 100 horas, na temperatura
de (202) °C quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula do item
4.2.7 com a tensão circunferencial apresentada na Tabela 5 e para o valor do diâmetro
externo médio (dem) e espessura mínima (e) do corpo-de-prova.

Tabela 5 – Valor da tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostática


interna de curta duração a 20°C.
Composto  (MPa)
PE 80 10,0

4.2.7.2. Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 80°C


O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir, no mínimo, a 165 horas, na temperatura
de (801) °C, quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula de 4.2.7
com a tensão circunferencial apresentada na Tabela 6 e para valor do diâmetro externo
médio (dem) e espessura mínima (e) do corpo-de-prova.

Tabela 6 - Valor da tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostática


interna de curta duração a 80°C.
Composto  (MPa)
PE 80 4,5

Caso ocorra ruptura dúctil antes de 165 horas, deve ser realizado outro teste a uma
pressão inferior, porém com período de tempo maior. A nova pressão de ensaio e o
novo período de tempo mínimo de ensaio deve ser escolhido na Tabela 7.

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Tabela 7 – Ensaio de pressão hidrostática - Requisitos para o reteste.


PE 80
Tensão (MPa) Tempo mínimo sem falha (h)
4,5 165
4,4 233
4,3 331
4,2 474
4,1 685
4,0 1000

Caso durante o reteste ocorra uma nova ruptura, todo o lote de tubos deve ser
reprovado.
4.2.7.3. Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração a 80°C
O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir no mínimo a 1000 horas na temperatura
de (801) °C, quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula de 4.2.7
com o valor da tensão circunferencial apresentado na Tabela 8 e para o valor de
diâmetro externo médio (dem) e espessura mínima (e) do corpo-de-prova.

Tabela 8 – Valor da tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostática


interna de longa duração a 80°C.
Composto  (MPa)
PE 80 4,0

4.2.8. Reversão longitudinal


O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR ISO 2505.
Os corpos-de-prova dos tubos devem apresentar variação longitudinal  3%, quando
submetidos à temperatura de (110  2) °C.
4.2.9. Retração circunferencial
O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 14302.
A ovalização e o diâmetro externo médio (dem) dos corpos-de-prova dos tubos devem
ser medidos a uma distância da extremidade equivalente a uma volta completa da
bobina.
A ovalização e a média das medições dos diâmetros externos médios devem estar
dentro das tolerâncias definidas em 4.2.3.
4.2.10. Resistência ao esmagamento
O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 14303.
Os corpos-de-prova devem ser submetidos ao esmagamento, e em seguida ao ensaio
de pressão hidrostática de curta duração a 80ºC conforme 4.2.7.2.
4.2.11. Teste de flexão por inversão da curvatura
O ensaio deve ser realizado conforme o método da norma ABNT NBR 15561.
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A superfície que estava na parte interna do corpo-de-prova e que agora está na parte
externa pode se apresentar descorada, com uma cor tendendo ao branco, o que não
significa uma falha, conforme mostra a Figura 3.
A superfície descorada não pode apresentar evidências de fissuras, trincas ou estrias,
observadas sem a utilização de dispositivo de ampliação de imagem.

Figura 3 - Corpo-de-prova com configuração de ausência de falha.

4.2.12. Ensaio de verificação da consistência entre matérias primas


A fim de se estabelecer a consistência entre o(s) composto(s) recebido(s) da indústria
petroquímica pelo fabricante e o(s) composto(s) presente(s) no tubo, a Sabesp pode
realizar às suas expensas e sem aviso prévio ao fabricante do tubo, o ensaio FTIR
(Fourier Transform Infrared Spectroscopy).
Na qualificação técnica dos tubos, devem ser coletadas duas amostras (corpos de
prova) do tubo e duas amostras de 200 g cada do composto recebido da indústria
petroquímica, com acompanhamento, identificação e posterior colocação de lacre, tanto
por parte do fabricante quanto do inspetor da SABESP.
Quando houver dúvidas quanto à origem do(s) composto(s) utilizado(s), na rota desde
o recebimento do composto da petroquímica pelo fabricante até a inspeção por
recebimento, a Sabesp deve encaminhar as amostras (do composto da petroquímica,
da qualificação e do lote em análise) ao Laboratório de sua livre escolha para realização
do ensaio FTIR.
No caso de discrepância entre o(s) composto(s) original(is) da petroquímica e o(s)
composto(s) do produto final, novas amostras do lote em análise devem ser coletadas,
e novo ensaio realizado na presença da Sabesp, do responsável indicado pelo
Fabricante, e pelo representante da Petroquímica.
Confirmada a discrepância, a Sabesp deve adotar as medidas contratuais e legais
pertinentes.
4.2.13. Aspectos visuais
As superfícies dos tubos devem apresentar-se com cor e aspecto uniformes e isentas
de corpos estranhos, ondulações, bolhas, estrias, rachaduras, trincas, escamações ou
outros defeitos que indiquem descontinuidade do composto e/ou do processo de
extrusão, que comprometa o desempenho do tubo.

Jul/2020 11
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5. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA E QUALIDADE NA FABRICAÇÃO


5.1. Qualificação técnica
Para qualificação técnica do fabricante, o produto deve ter suas propriedades verificadas
conforme indicado na Tabela 13. O fabricante deve ainda apresentar o certificado que
comprove a inocuidade de seu produto em relação à qualidade da água, conforme
prescritos nos itens 4.1 e 4.2.1 desta Norma.
5.2. Qualidade durante a fabricação
5.2.1. Ensaios e requisitos para o composto e tubos de polietileno
O fabricante dos tubos deve manter os certificados de cada lote de composto de
polietileno utilizado na fabricação. Para verificação da qualidade durante a fabricação,
o produto deve ter suas propriedades verificadas conforme indicado na Tabela 13.
5.2.2. Fornecimento de resultado de ensaios
Para cada lote de produção, o fabricante deve fornecer um relatório dos ensaios
previstos na Tabela 13, além das seguintes informações:
a) diâmetro externo nominal do tubo (DE);
b) pressão nominal (PN);
c) código de produção;
d) data de início da fabricação do lote;
e) identificação do composto de polietileno utilizado;
f) quantidade do lote de produção em metros e bobinas;
g) quantidade do lote fornecido ao comprador em metros e bobinas;
h) código de rastreabilidade do lote produzido;
i) declaração de que o lote fornecido ao comprador atende às especificações desta
Norma.

6. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DOS TUBOS


Nos ensaios de recebimento de tubos de polietileno devem ser efetuadas as verificações
das Tabelas 09 e 10.
Quando a marcação for executada em baixo relevo, ao menos uma das medidas
efetuadas para se verificar a espessura da parede do tubo deve ser feita no local da
marcação do tubo.
Os relatórios de inspeção devem apresentar de forma discriminada todos os resultados
efetivamente obtidos nos ensaios realizados. A aprovação ou reprovação do produto no
exame visual deve ser justificada por escrito.
Nos ensaios de recebimento dos tubos, devem ser seguidos todos os critérios do item
6, tendo como referência a norma ABNT NBR 5426.
6.1. Tamanho do lote de inspeção
O lote de recebimento pode ser formado por um ou mais lotes de fabricação de tubos
de mesmo diâmetro externo nominal (DE) e espessura, de mesmas características e de
um mesmo composto de polietileno PE, fabricado em um intervalo de produção de no
mínimo 6h e no máximo 168h, limitado a 500 bobinas.

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Os planos de amostragem constam respectivamente das Tabelas 11 e 12.


Para os ensaios previstos nas Tabelas 9 e 10, a quantidade de corpos-de-prova para a
1ª e 2ª amostragem deve ser selecionada em função do tamanho do lote, de acordo
com as Tabelas 11 e 12, respectivamente, tendo como referência a norma ABNT NBR
5426.
Caso o lote seja aprovado nos ensaios não destrutivos, os corpos-de-prova utilizados
nesses ensaios, são utilizados para a execução dos ensaios destrutivos previstos na
Tabela 10.
Desses corpos-de-prova devem ser selecionados tantos corpos-de-prova quanto os
necessários para atender a amostragem da Tabela 12

Tabela 9 – Ensaios para recebimento de tubos (visual e dimensional).


Propriedade Requisitos Método Amostragem
Resistência mínima Certificado de cada
Item 4.1.1 ISO 9080
requerida - MRS lote do Composto
Visual Item 4.2.13 Item 4.2.11
Marcação Item 4.2.4 Item 4.2.4
ABNT NBR ISO Plano de
Dimensões Itens 4.2.3 e 4.2.4 amostragem da
3126
Tabela 11
Comprimento dos
Item 4.2.3.3 Item 4.2.3.3
tubos
ABNT NBR ISO
Perpendicularidade Item 4.2.3.2
3126
ABNT NBR ISO
Ovalização Item 4.2.3.1
3126

Jul/2020 13
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Tabela 10– Ensaios para recebimento de tubos (ensaios destrutivos).


Propriedade Requisitos Método Amostragem
Certificado
Efeito sobre a água Itens 4.1 e 4.2.1 ANSI/NSF 61
composto e do tubo
Dispersão de
Item 4.1.2 ABNT NBR ISO 18553
pigmentos
Estabilidade térmica
Item 4.1.3 ABNT NBR 14300
(OIT)
Índice de Fluidez Item 4.2.6 ABNT NBR 9023
ISO 1183-1 ou ISO 1183-
Densidade Item 4.2.5
2
Resistência à pressão Plano de
hidrostática interna de Item 4.2.7.1 ABNT NBR 8415 amostragem da
curta duração a 20ºC Tabela 12
Resistência à pressão
hidrostática interna de Item 4.2.7.2 ABNT NBR 8415
curta duração a 80ºC
Reversão longitudinal Item 4.2.8 ABNT NBR ISO 2505
Retração
Item 4.2.9 ABNT NBR 14302
circunferencial
Resistência ao
Item 4.2.10 ABNT NBR 14303
esmagamento
Teste de flexão por
Item 4.2.11 ABNT NBR 15561
inversão de curvatura

6.2. Amostragem para exame visual e dimensional


De cada lote são retiradas aleatoriamente amostras conforme Tabela 9 (Nível De
Qualidade Aceitável - NQA 2,5, nível de inspeção II; regime normal; amostragem dupla
– ABNT NBR 5426). Para que uma unidade do produto seja considerada não defeituosa,
esta deve atender a todos os critérios contidos na Tabela 11.

Tabela 11 – Plano de amostragem para exame visual e dimensional (nível II).


Tamanho da amostra Bobinas defeituosas

Tamanho do lote 1ª amostra 2ª amostra


(bobinas) 1ª amostra 2ª amostra Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
   
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
Obs: Independente da quantidade de lotes aprovados, o critério de amostragem a ser utilizado
nesta Norma é o estabelecido nesta Tabela.

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6.3. Amostragem para ensaios destrutivos


Caso as amostras sejam aprovadas conforme critério do item 6.2, devem ser
submetidas aos ensaios destrutivos previstos na Tabela 10 (NQA 2,5; nível de inspeção
I; regime normal; amostragem dupla – ABNT NBR 5426). Para que uma unidade de
bobina seja considerada não defeituosa, esta deve atender a todos os critérios da
Tabela 12. Quando dois ou mais lotes subsequentes tiverem menos de 26 unidades
cada, a quantidade de cada lote deve ser somada e, quando este valor for igual ou
superior a 26, o último lote é amostrado usando o critério da Tabela 12, sendo esta
amostra limitada a 20% da quantidade de bobinas do último lote.

Tabela 12 – Plano de amostragem para os ensaios destrutivos (nível I).


Tamanho da amostra Bobinas defeituosas

Tamanho do Lote 1ª amostra 2ª amostra


(bobinas) 1ª amostra 2ª amostra Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
   
26 a 90 3 3 0 2 1 2
91 a 150 3 3 0 2 1 2
151 a 280 8 8 1 4 4 5
281 a 500 8 8 1 4 4 5

Nota: Nos ensaios de densidade e índice de fluidez não é tolerado nenhum defeito,
independentemente do critério de aceitação e rejeição da Tabela 13.

6.4. Aceitação ou rejeição


Os lotes devem ser aprovados ou rejeitados de acordo com os itens 6.4.1 e 6.4.2, e
liberados de acordo com o item 6.4.3.
6.4.1. Primeira amostragem
Os lotes são aceitos quando o número de corpos-de-prova defeituosos for igual ou
menor do que o 1° número de aceitação.
Os lotes devem ser rejeitados quando o número de corpos-de-prova defeituosos for
igual ou maior do que o 1° número de rejeição.
6.4.2. Segunda amostragem
Os lotes, cujo número de corpos-de-prova defeituosos for maior do que o 1º número de
aceitação e menor do que o 1º número de rejeição, devem ser submetidos a uma
segunda amostragem.
Quando utilizada a segunda amostragem, considera-se para o critério de
aceitação/rejeição a soma do número de amostras defeituosas da primeira e da segunda
amostragem.
Os lotes são aceitos quando o número de corpos-de-prova defeituosos for igual ou
menor do que o 2º número de aceitação.
Os lotes devem ser rejeitados quando o número de corpos-de-prova defeituosos for
igual ou maior do que o 2º número de rejeição.

Jul/2020 15
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6.4.3. Liberação do lote


Caso o lote seja aprovado, este deve ser acondicionado, conforme o item 4.2.4, onde
cada bobina deve receber um filme, ser devidamente lacrada, e receber um selo de
inspeção Sabesp.

7. RESUMO DOS ENSAIOS


A Tabela 13 apresenta as propriedades, amostragem, métodos de ensaios e requisitos
necessários para o composto e tubos, na qualificação técnica e qualidade na fabricação.
Tabela 13 – Ensaios para Qualificação Técnica e Qualidade na fabricação
Amostragem
Qualificação
Técnica e Qualificação Técnica
Propriedades Requisitos Qualidade na e Qualidade na
fabricação fabricação
(Composto) (Tubo)

Resistência mínima Certificado de


Certificado de cada
requerida – MRS Item 4.1.1 cada lote do
lote do composto
Método de Ensaio ISO 9080 composto
1 1 amostra com 3
Composto ensaio/compost corpos-de-
Efeito sobre a água
Item 4.1 o/fabricante/a prova/composto/fabric
Método de Ensaio ANSI/NSF
Tubo cada dois anos ante/a cada dois anos
61
Item 4.2.1 ou mudança de ou mudança de
processo processo
Dimensões
Itens 4.2.3 e 1 amostra / 1 h / DE /
Método de Ensaio ABNT —
4.2.4 máquina
NBR ISO 3126
Itens 4.2.4 e 1 amostra / 1 h / DE /
Visual/marcação —
4.2.13 máquina
Resistência à pressão 1 amostra com 3
hidrostática de curta corpos-de-prova no
Duração a 200C Item 4.2.7.1 — início de cada lote de
Método de Ensaio ABNT fabricação por
NBR 8415 DE/máquina
1 amostra com 3
Resistência à pressão de
corpos-de-prova no
curta duração a 800C
Item 4.2.7.2 — início de cada lote de
Método de Ensaio ABNT
fabricação por
NBR 8415
DE/máquina
1 amostra com 3
Resistência ao
corpos-de-prova no
esmagamento
Item 4.2.10 — início de cada lote de
Método de Ensaio ABNT
fabricação por
NBR 14303
DE/máquina
1 amostra com 3
Reversão longitudinal
corpos-de-prova do
Método de Ensaio ABNT Item 4.2.8 —
lote de fabricação por
NBR ISO 2505
DE / máquina / turno
1 amostra com 3
Retração circunferencial
corpos-de-prova do
Método de Ensaio ABNT Item 4.2.9 —
lote de fabricação por
NBR 14302
DE / máquina / turno
/continua

Jul/2020 16
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Tabela 13 – Ensaios-Qualificação Técnica e Qualidade na fabricação


(continuação).
Amostragem
Qualificação
Técnica e
Qualificação Técnica e
Qualidade
Propriedades Requisitos Qualidade na
na
fabricação
fabricação
(Tubo)
(Composto)

Composto
Item 4.1.5 1 amostra com 3 corpos-
Densidade
de-prova do lote de
Método de Ensaio ISO 1183-1 1 ensaio
fabricação por DE /
ou ISO 1183-2 Tubo máquina / turno
Item 4.2.5

Composto
1 amostra com 3 corpos-
Índice de fluidez Item 4.1.4
de-prova do lote de
Método de Ensaio ABNT NBR 1 ensaio
fabricação por DE /
9023 Tubo
máquina / turno
Item 4.2.6
1 amostra com 3 corpos-
Dispersão de pigmentos
Tubo de-prova do lote de
Método de Ensaio ABNT NBR 1 ensaio
Item 4.1.2 fabricação por DE /
ISO 18553
máquina / turno
Flexão por inversão da Ensaio de 1 corpo-de-
curvatura prova para cada
Item 4.2.11 —
Método de Ensaio ABNT NBR diâmetro, para cada lote
15561 de produção continua
1 amostra com 3 corpos-
Resistência à pressão de
de-prova no início da
longa duração
Item 4.2.7.3 — produção, por
Método de Ensaio ABNT NBR
composto/lote de
8415
fabricação
1 amostra com 1 corpo-
Estabilidade térmica (OIT) Composto de-prova no início da
Método de Ensaio ABNT NBR e tubo 1 ensaio produção e a cada novo
14300 Item 4.1.3 lote de composto
recebido

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8. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
O relatório de inspeção deve apresentar de forma discriminada todos os resultados
efetivamente obtidos nos ensaios de cada um dos corpos-de-prova.
A aprovação ou reprovação do produto no exame visual deve ser justificada por escrito.
Quando houver necessidade de arredondamento, este somente pode ser efetuado no
resultado final.
Em caso de ocorrência de falhas futuras, o Relatório mencionado neste item é utilizado
como parâmetro de referência para verificação da qualidade do material.

9. RESPONSABILIDADES
O fato de os tubos terem a marcação com o número desta Norma, não responsabiliza a
Sabesp pela qualidade, desempenho, e a vida útil dos mesmos.

10. OBSERVAÇÕES FINAIS


A Sabesp reserva-se ao direito de a qualquer momento retirar amostras no fornecedor
ou em materiais já entregues e armazenados em seus Almoxarifados ou canteiros de
obras, para realização de todos os ensaios previstos nesta Norma, principalmente para
checagem da origem da matéria prima identificada nos tubos.
Os ensaios são realizados em laboratórios independentes escolhidos pela Sabesp.
A Sabesp não aceitará nenhuma justificativa para não conformidades encontradas em
materiais já entregues e inspecionados, principalmente com relação à adulteração da
matéria-prima utilizada na fabricação dos tubos. Caso seja encontrada qualquer não
conformidade, a empresa fornecedora pode ter todos os materiais em poder da Sabesp
devolvidos, ser responsabilizada por todos os custos decorrentes, e estar sujeita à perda
do Atestado de Conformidade Técnica, além da aplicação das penalidades cabíveis.

Jul/2020 18
NTS 048: 2020 – Rev. 8 Norma Técnica SABESP

ANEXO A – TENSÕES ADMISSÍVEIS DO MATERIAL E CONDIÇÃO DE


OPERAÇÃO DO TUBO

A.1 TENSÃO ADMISSÍVEL DE PROJETO


A tensão admissível para o projeto do tubo é obtida aplicando-se um coeficiente não
inferior a 1,25 ao valor da resistência mínima requerida (MRS: Minimum Required
Strength) do material, resultando os valores da tabela seguinte:

Tabela A.1 – Tensão máxima admissível.


Material MRS
Tensão máxima admissível(ª) (MPa)
ISO 12162 (MPa)

PE 80 8,0 6,3

(a) MRS conforme norma ISO 9080 (50 anos a 20oC)

Para a operação do tubo a temperaturas compreendidas entre 25°C e 40°C, a Tensão


máxima admissível para o projeto deve ser corrigida, sendo (σ) multiplicada por um fator
de redução da tensão (Ft), em função da temperatura, cujos valores são indicados na
Tabela A.2.
Assim, σcorrigido = σ . Ft

A.2 MÁXIMA PRESSÃO DE OPERAÇÃO (MPO)


Os tubos de polietileno, objeto desta Norma e, suas respectivas juntas são fabricados
para serem utilizados na execução de ligações prediais de água e as suas espessuras
aqui estão definidas para uma máxima pressão de operação (MPO) não superior a
1MPa para tubos fabricados com composto PE 80, considerando uma vida útil de 50
anos na temperatura de operação de até 25°C.
Para os casos de operação do tubo com temperaturas compreendidas entre 25°C e
40°C, sendo esta condição não prevista em projeto, a máxima pressão de operação
(MPO) deve ser considerada como sendo a pressão nominal (PN) multiplicada por um
fator de redução de pressão (Ft), em função da temperatura, cujos valores são indicados
na Tabela A.2.
Assim, MPO = PN . Ft

Tabela A.2 – Fatores de redução (Ft) da tensão admissível do composto e da


pressão nominal para temperaturas entre 25°C e 40°C.
Composto PE 80
o
Temperatura C 25 30 35 40
Ft 1,0 0,93 0,87 0,80
Válidos somente para os tubos com as espessuras definidas nesta Norma

Para temperaturas intermediárias, em cada intervalo, a variação do fator de redução é


linear.

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ANEXO B – IMAGENS COMPARATIVAS DE DISPERSÃO DE PIGMENTOS

Jul/2020 20
NTS 048: 2020 – Rev. 8 Norma Técnica SABESP

ANEXO B – IMAGENS COMPARATIVAS DE DISPERSÃO DE PIGMENTOS


(Continuação)

Jul/2020 21
NTS 048: 2020 – Rev. 8 Norma Técnica SABESP

Tubo de polietileno PE 80 para ramais prediais de água DE


20mm e DE 32mm

Considerações finais:
Esta norma técnica é um documento dinâmico, podendo ser revisada sempre que for
necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo
e Normalização Técnica da Sabesp (nts@sabesp.com.br).

Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente – T
Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação– TX
Departamento de Acervo e Normalização Técnica – TXA

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900 - Pinheiros.


São Paulo - SP - Brasil
E-MAIL: nts@sabesp.com.br

- Palavras-chave: tubo, polietileno, tubo de polietileno, ramal predial de água.

- 21 páginas.

Jul/20

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