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Norma Técnica SABESP

NTS 193

Conexões plásticas soldáveis para tubos de


polietileno em redes de distribuição,
adutoras e redes de esgoto pressurizadas

Especificação

São Paulo
Julho/2019: Revisão 1
NTS 193: 2019 – Rev. 1 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ................................................................................................. 1
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ........................................................................ 1
3. DEFINIÇÕES .............................................................................................. 3
4. REQUISITOS .............................................................................................. 5
4.1. Matéria prima ........................................................................................ 5
4.1.1. Classificação e designação do composto de polietileno ....................................... 5
4.1.2. Cor da conexão de polietileno ..................................................................... 6
4.1.3. Dispersão de pigmentos ............................................................................ 6
4.1.4. Compostos de PE com negro-de-fumo ........................................................... 6
4.1.5. Compostos de PE com outros pigmentos ........................................................ 6
4.1.6. Estabilidade térmica ................................................................................. 6
4.1.7. Índice de fluidez (IF) ................................................................................. 6
4.1.8. Densidade ............................................................................................. 7
4.1.9. Efeito sobre a água .................................................................................. 7
4.2. Conexões ............................................................................................. 7
4.2.1. Classificação e Designação de conexões de polietileno ...................................... 7
4.2.2. Tipos, Dimensões e tolerâncias ................................................................... 7
5. CONEXÃO DE TERMOFUSÃO ........................................................................ 8
6. CONEXÃO DE ELETROFUSÃO..................................................................... 14
6.1. Tipo bolsa .......................................................................................... 16
6.2. Tipo sela ............................................................................................ 18
7. VERIFICAÇÕES E ENSAIOS ........................................................................ 19
7.1. Perpendicularidade das extremidades das conexões ................................... 19
7.2. Densidade .......................................................................................... 19
7.3. Índice de fluidez................................................................................... 19
7.4. Comportamento de materiais plásticos em estufa ....................................... 19
7.5. Resistência à pressão hidrostática .......................................................... 20
7.5.1. Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 20°C ...................... 20
7.5.2. Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 80°C ...................... 20
7.5.3. Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração a 80°C ..................... 21
7.6. Soldabilidade e compatibilidade do composto ............................................ 21
7.7. Resistência coesiva .............................................................................. 21
7.8. Resistência ao impacto ......................................................................... 22
7.9. Aspectos visuais ................................................................................. 22
7.10. Marcação das conexões ........................................................................ 22
7.11. Manual de instalação ............................................................................ 22
8. MÉTODOS DE ENSAIOS E REQUISITOS PARA QUALIFICAÇÃO DE CONEXÕES
SOLDÁVEIS POR ELETROFUSÃO ................................................................ 23
9. MÉTODOS DE ENSAIOS E REQUISITOS DURANTE A FABRICAÇÃO DE
CONEXÕES POR ELETROFUSÃO ................................................................. 24
10. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO DE CONEXÕES POR ELETROFUSÃO ..................... 26

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10.1. Tamanho do lote de inspeção ................................................................. 26


10.2. Amostragem para exame dimensional e visual ........................................... 26
10.3. Aceitação ou rejeição ............................................................................ 27
10.3.1. Primeira amostragem .............................................................................. 27
10.3.2. Segunda amostragem ............................................................................. 27
10.4. Liberação do lote ................................................................................. 27
11. FABRICAÇÃO, INSPEÇÃO E RECEBIMENTO DE CONEXÕES POR
TERMOFUSÃO ......................................................................................... 28
11.1. Peças produzidas a partir de tarugos, barras ou placas de polietileno ............. 28
12. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO ......................................................................... 29
13. RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE ........................................................ 29
14. OBSERVAÇÕES FINAIS ............................................................................. 30
ANEXO A – CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO E UTILIZAÇÃO ....................................... 31
ANEXO B – CORRELAÇÃO DE DIMENSÕES PARA LIGAÇÕES FLANGEADAS DE
TUBOS DE POLIETILENO PE E OUTROS ELEMENTOS DE TUBULAÇÃO............... 32
ANEXO C – IMAGENS COMPARATIVAS DE DISPERSÃO DE PIGMENTOS ................. 33

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Conexões plásticas soldáveis para tubos de polietileno em


redes de distribuição, adutoras e redes de esgoto
pressurizadas

1. OBJETIVO
Esta Norma fixa as condições exigíveis para conexões soldáveis por termofusão e
eletrofusão destinadas a aplicação em redes de distribuição, adutoras e rede de
esgoto pressurizadas, em PE com máxima pressão de operação de 1,6 MPa para
temperaturas de até 25°C, para uma vida útil de 50 anos. Para outras temperaturas,
deve ser atendido o descrito no Anexo A.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste
documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para
referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas):
NTS 048: Tubo de polietileno para ramais prediais de água.
NTS 053:Tubos de polietileno - Verificação da resistência à pressão hidrostática
interna.
NTS 189: Projeto de redes de distribuição, adutoras e linhas de esgotos em polietileno
PE 80 ou PE 100.
NTS 194: Tubos de polietileno para redes de distribuição, adutoras ou para linhas de
esgoto pressurizadas.
ABNT NBR 5426: Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.
ABNT NBR 8219: Tubos e conexões de PVC rígido – Verificação do efeito sobre a
água – Requisitos e método de ensaio.
ABNT NBR 9023: Termoplásticos – Determinação do índice de fluidez – Método de
ensaio.
ABNT NBR 9058: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos de polietileno PE -
Determinação do teor de negro-de-fumo.
ABNT NBR 9799: Conexão de polipropileno – Verificação da estabilidade térmica.
ABNT NBR 14300: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos, conexões e
composto de polietileno PE – Determinação do tempo de oxidação induzida.
ABNT NBR 14304: Sistemas de ramais prediais de água - Tubos e conexões de
polietileno PE - Determinação da densidade de plásticos por deslocamento.
ABNT NBR 14464: Sistemas para distribuição de gás combustível para redes
enterradas - Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 - Execução de solda de
topo.
ABNT NBR 14465: Sistemas para distribuição de gás combustível para redes
enterradas - Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 - Execução de solda por
eletrofusão.

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ABNT NBR 14467: Conexões de polietileno PE 80 e PE 100 - Verificação da


resistência coesiva.
ABNT NBR ISO 3126: Sistemas de tubulações de plásticos – Componentes plásticos
– Determinação das dimensões.
ABNT NBR 14470: Conexões de polietileno PE 80 e PE 100 - Verificação da
resistência ao impacto em tês de serviço.
ABNT NBR 15593: Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e
transporte de esgotos sob pressão – Requisitos para conexões soldáveis de polietileno
PE 80 e PE 100.
ABNT NBR ISO 18553: Método para avaliação do grau de dispersão de pigmentos ou
negro-de-fumo em tubos, conexões e compostos poliolefínicos.
ABNT NBR NM 87: Aço carbono e ligados para construção mecânica - Designação e
composição química.
ANSI B 16.5: Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS 1/2 Through NPS 24 Metric/Inch
Standard.
ASTM A 153: Standard Specification for Zinc Coating (Hot-Dip) on Iron and Steel
Hardware.
ISO 9080: Thermoplastics pipes for the transport of fluids - Method of extrapolation of
hydrostatic stress rupture data to determine the long term hydrostatic strength of
thermoplastic pipe materials.
ISO 12162: Thermoplastics materials for pipes and fittings for pressure applications -
Classification and designation - Overall service (design) coefficient.
ANSI/NSF 61: Components of the drinking water system - Health effects.
ANSI/NSF 372: Components of the drinking water system - Lead content.
Portaria MS nº 05: Portaria de Consolidação nº 05 do Ministério da Saúde de
28/09/2017.
Desenhos Padrão Sabesp:
0100-400-E007: Flange Furação AWWA C 207.
0100-400-E007A: Flange Cego Furação AWWA C-207.
0100-400-E007B: Acessórios para Flange AWWA C-207.
0100-400-E027: Flange Furação ISO 2531 PN 10.
0100-400-E027A: Flange Cego Furação ISO 2531 PN 10.
0100-400-E027B: Acessórios para Flange Furação ISO 2531 PN 10.
0100-400-E097: Flange Furação ISO 2531 PN 25
0100-400-E097A: Flange Cego ISO 2531 PN 25.
0100-400-E097B: Acessórios para Flange Furação ISO 2531 PN 25.
0100-400-E104: Flange Furação ISO 2531 PN 16.
0100-400-E104A: Flange Cego Furação ISO 2531 PN 16.
0100-400-E104B: Acessórios para Flange Furação ISO 2531 PN 16.
0100-400-E141: Flange Furação ISO 2531 PN 10.

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3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definições abaixo:
COLARINHO OU ADAPTADOR PE/FLANGE:
Designação específica de junta de transição para unir tubo PE a tubo ou elemento de
tubulação por flange.

COMPOSTO DE POLIETILENO (PE):


Material fabricado com polímero base de polietileno contendo os aditivos e os
pigmentos necessários à fabricação de conexões de polietileno conforme esta
especificação.

CONEXÃO DE TRANSIÇÃO DE SDR:


Conexão de PE tipo ponta para unir tubos de PE de SDR´s diferentes por solda de
topo por termofusão.

CONEXÃO POR ELETROFUSÃO:


Conexão de PE, que incorpora um ou mais filamentos metálicos, cujas extremidades
são conectadas a terminais externos e que, submetidos à corrente elétrica, geram
calor, possibilitando a soldagem da conexão a um tubo ou a uma outra conexão de
polietileno.

CONEXÃO POR TERMOFUSÃO:


Conexão de PE, cujas extremidades são soldadas através do aquecimento do
material, com auxílio de elemento térmico externo à conexão e ao tubo.

CONEXÃO TIPO PONTA:


Conexões de PE cujas dimensões na região de soldagem correspondem às
dimensões do tubo equivalente, podendo ser conexões injetadas e/ou usinadas.

CONEXÃO TIPO SELA:


Conexão de PE que possui uma base em forma de sela que se assenta sobre o tubo,
permitindo a execução de uma derivação.

DIÂMETRO EXTERNO MÉDIO (DE):


Razão entre o perímetro externo, em mm, e o número 3,142, com o valor arredondado
para o 0,1 mm mais próximo.

DIÂMETRO EXTERNO NOMINAL (DN):


Simples número que serve para classificar em dimensões os elementos de tubulações
(tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao
diâmetro externo do tubo em mm. O diâmetro externo nominal não deve ser objeto de
medição.

DIÂMETRO INTERNO MÉDIO (Dim):


Média aritmética de, no mínimo, duas medições de diâmetro interno realizadas
perpendicularmente em uma mesma seção transversal da conexão.

ESPESSURA MÍNIMA DE PAREDE (e):


Menor valor da espessura da parede da conexão, medida em milímetros, em uma
seção qualquer.

ESPESSURA DA PAREDE NA ÁREA DE SOLDAGEM (Es):


Espessura no perímetro da seção pertencente à área de soldagem da conexão.
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ESPESSURA DA PAREDE NO CORPO DA CONEXÃO (Ec):


Espessura no perímetro de qualquer seção pertencente ao corpo da conexão.

FATOR DE RESISTÊNCIA À PRESSÃO EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA (Ft):


É obtido através da curva de regressão pelo método de extrapolação ISO 9080,
limitando a vida útil do material em função da temperatura, para a faixa de 25 a 50°C.

FATOR DE SEGURANÇA (FS):


É o número adimensional obtido através da razão entre a tensão circunferencial () e
a tensão de dimensionamento (d).

JUNTA DE TRANSIÇÃO:
Conexão para unir tubo de PE a tubo de outro material ou elemento de tubulação.
Uma das extremidades é do tipo ponta ou de eletrofusão para unir-se ao tubo de PE e
a outra extremidade adequada à união a outro material ou elemento da tubulação
(soldagem, rosca, flange, etc).

MÁXIMA PRESSÃO DE OPERAÇÃO (MPO):


Máxima pressão, especificada em MPa, que a tubulação deve suportar em serviço
contínuo, conduzindo água, variável com a temperatura até 40°C. A MPO é calculada
com base na pressão nominal PN, levando-se em conta a variação da tensão
admissível () para temperaturas superiores a 25oC, conforme a Tabela A2 do anexo
A.

OVALIZAÇÃO DA CONEXÃO:
Diferença entre os valores máximo e mínimo do diâmetro interno de uma mesma
seção no caso de conexões de eletrofusão. Diferença entre os valores máximo e
mínimo do diâmetro externo de uma mesma seção no caso das conexões tipo ponta.

PRESSÃO NOMINAL (PN):


Máxima pressão, especificada em MPa, a que os tubos, conexões e respectivas juntas
podem ser submetidos em serviço contínuo, em temperaturas de até 25°C.

RUPTURA DÚCTIL:
Aquela que ocorre com deformação elástica do material.

RUPTURA FRÁGIL:
Aquela que ocorre sem deformação plástica do material.

SDR (Standard Dimensional Ratio):


Definido como a razão entre o diâmetro externo nominal (DE) e a espessura nominal
(e).

TENSÃO CIRCUNFERENCIAL ():


Tensão tangencial à parede do tubo, normal à sua seção longitudinal, decorrente da
pressão interna do fluido.

TENSÃO MÁXIMA ADMISSÍVEL (a):


É a máxima tensão admissível considerada para o projeto de redes de distribuição,
adutoras ou linhas de esgoto pressurizadas, em função do (MRS - Minimum Required
Strength) do material.

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TENSÃO DE DIMENSIONAMENTO (d):


É a máxima tensão considerada no dimensionamento de redes de distribuição,
adutoras ou linhas de esgoto pressurizadas, em função da tensão circunferencial (),
acrescida em 25%, considerando vida útil mínima de 50 anos.

TUBO DE POLIETILENO (PE):


Tubo fabricado com composto de polietileno, conforme Normas Sabesp NTS 048 e
194.

4. REQUISITOS

4.1. Matéria prima


O composto não pode interferir nos padrões de potabilidade da água, não pode
produzir efeitos tóxicos ou propiciar o desenvolvimento de microrganismos, nem
transmitir gosto, odor ou opacidade à água, conforme estabelecido na Portaria de
Consolidação MS nº 05 - Anexo XX. O fabricante deve apresentar certificado de
conformidade atualizado, emitido por laboratório acreditado junto ao INMETRO,
atestando essas características.
Essa conformidade deve ser verificada toda vez em que houver mudança do composto
termoplástico, do processo de fabricação, do fabricante do composto ou do fabricante
do componente.
Caso não haja mudança, essa verificação terá validade pelo período de dois anos; no
entanto, a qualquer momento e a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser
solicitado que essa verificação seja refeita.
O fabricante deve apresentar certificados, fornecidos por laboratórios especializados,
de reconhecida competência e idoneidade, atestando a adequação da matéria-prima
utilizada na fabricação das conexões, para uso em contato com água potável,
atendendo à legislação.
As conexões devem ser fabricadas a partir de composto virgem de polietileno PE 80
ou PE 100, contendo de origem, todos os aditivos e corantes necessários, não sendo
permitido o uso de material reprocessado ou reciclado.
O fabricante deve garantir a processabilidade e a soldabilidade da conexão, e atender
às demais exigências desta Norma, informando a classificação (PE), designação
(MRS), DE e SDR dos materiais com os quais o seu produto pode ser soldado.

Não é permitido o uso de material reprocessado ou reciclado na fabricação das


conexões.

4.1.1. Classificação e designação do composto de polietileno


O composto deve ser classificado como PE 80 ou PE 100, conforme norma ISO 9080,
sendo sua tensão hidrostática de longa duração (LTHS):
− PE 80: MRS = 8 MPa, quando (8,0  LTHS < 10) MPa
− PE 100: MRS = 10 MPa, quando LTHS  10 MPa.
O fabricante do composto deve fornecer o certificado que comprove a classificação
acima, a sua curva de regressão e demais características.

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4.1.2. Cor da conexão de polietileno


Conexões injetadas, para solda de eletrofusão ou de termofusão, devem ser azuis ou
pretas.
Conexões usinadas, para solda de termofusão, produzidas a partir de tarugos, placas
ou barras, devem ser azuis ou pretas.

4.1.3. Dispersão de pigmentos


A avaliação do grau de dispersão dos pigmentos no composto deve ser feita conforme
a norma ABNT NBR ISO 18553 e deve ser ≤ 3.
Pode ser feita a avaliação visual conforme item 4.2.2 daquela norma, através da
análise comparativa da dispersão apresentada nas lâminas dos corpos de prova com
as imagens do Anexo C desta Norma.
São consideradas aprovadas as dispersões apresentadas nas imagens A1, A2 e A3,
imagens essas reproduzidas da norma ABNT NBR ISO 18553.
No caso de dúvida quanto à avaliação da dispersão pelo método comparativo, deve
ser utilizado, na integra, o método apresentado na norma ABNT NBR ISO 18553.

4.1.4. Compostos de PE com negro-de-fumo


A pigmentação dos compostos de PE na cor preta deve ser feita pela petroquímica
fabricante do composto, com negro de fumo de qualidade certificada.
O fornecedor do composto deve apresentar cópia do certificado de atendimento às
exigências da Portaria de Consolidação nº 05, Anexo XX, do Ministério da Saúde de
28/09/2017.
O tamanho médio das partículas deve ser ≤ 25 ηm.
O teor em massa deve ser de (2,0 a 2,5) %, medido de acordo com a norma ABNT
NBR 9058.
A petroquímica fabricante do composto de PE deve entregar cópia dos certificados
referentes às exigências normativas acima.

4.1.5. Compostos de PE com outros pigmentos


A petroquímica fabricante do composto de PE com pigmento de outra cor deve aditivar
o composto com proteção anti UV e apresentar cópia do certificado de atendimento às
exigências da Portaria de Consolidação nº 05, Anexo XX, do Ministério da Saúde de
28/09/2017.

4.1.6. Estabilidade térmica


A estabilidade térmica do composto, medida através do ensaio de determinação do
Tempo de Oxidação Indutiva (OIT) deve ser de no mínimo 20 minutos, quando testado
a 200°C. O ensaio deve ser realizado conforme norma ABNT NBR 14300.

4.1.7. Índice de fluidez (IF)


O índice de fluidez do composto não deve apresentar desvio maior que ± 30% em
relação ao valor nominal especificado pelo seu fabricante, conforme Tabela 1.

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Tabela 1 - Variação do índice de fluidez do composto em relação ao valor


nominal.

Característica Requisito Parâmetros do ensaio Método de ensaio

Desvio máximo de ±30%


em relação ao valor nominal
Índice de fluidez Temperatura 190° C ABNT NBR 9023
do composto na mesma
condição do ensaio.
NOTA: Para cada tipo de composto, seu fabricante deve especificar o valor nominal do
índice de fluidez e a massa utilizada para determinação do ensaio.

4.1.8. Densidade
A densidade do composto deve ser informada pelo seu fabricante e seu valor deve ser
conforme item 7.2, quando medida conforme norma ABNT NBR 14304.

4.1.9. Efeito sobre a água


Este item é aplicável aos materiais utilizados em sistemas de água.
As conexões plásticas soldáveis para tubulações de polietileno não devem alterar a
qualidade da água e não oferecer risco à saúde segundo critérios da ANSI/NSF 61 –
Componentes do sistema de água potável – Efeitos na saúde.
Não deve haver chumbo adicionado como ingrediente intencional, porém, caso
necessário sua avaliação, ela deve ser realizada de acordo com a ANSI/NSF 372 -
Componentes do sistema de água potável – Conteúdo de chumbo.
Análises sensoriais para verificação do potencial do produto em conferir gosto e odor à
água potável devem ser realizadas via painel sensorial multiprodutos, dedicados ou
ainda via sensores do tipo língua eletrônica.
O planejamento de amostragem, a extração, normalização e análises específicas para
o tipo de material utilizado devem ser relatados utilizando-se como referência a NIT
DICLA 35 – rev.03 do INMETRO.
Caso não ocorram alterações de matéria prima, essa verificação terá validade pelo
período de dois anos; no entanto, a qualquer momento e a critério único e exclusivo da
Sabesp pode ser solicitado que essa verificação seja refeita mediante fundamentação
técnica.
Para este ensaio deve ser utilizado um segmento de tubo extrudado ou injetado, com
o mesmo composto utilizado para a fabricação da conexão, com capacidade da ordem
de 250 mL, conforme metodologia prevista na norma ABNT NBR 8219.

4.2. Conexões

4.2.1. Classificação e Designação de conexões de polietileno


As conexões são designadas pela classificação do composto de polietileno, pelo
diâmetro externo (DE) e pelo SDR do tubo de polietileno equivalente.

4.2.2. Tipos, Dimensões e tolerâncias


Dimensões significativas não especificadas nesta Norma devem ser indicadas pelo
fabricante de conexões, com suas respectivas tolerâncias.
As mudanças de espessura de parede da conexão devem ser graduais, a fim de se
evitar concentrações de tensões.
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5. CONEXÃO DE TERMOFUSÃO
As conexões de termofusão do tipo ponta, fabricadas a partir de tubo ou tarugo,
devem atender as normas NTS 194 e ABNT NBR 15593.
a) As dimensões e nomenclatura das conexões tipo ponta são mostradas na Figura 1
e Tabela 2;

Figura 1 - Conexão tipo ponta.

Onde:
D1 = diâmetro externo médio da extremidade que será soldada, medida em qualquer
plano paralelo à distância máxima L, da extremidade (DE);
D2 = diâmetro externo médio da extremidade que será soldada, medida em qualquer
plano paralelo à distância máxima L, da extremidade (DE);
D3 = menor diâmetro interno que permite o escoamento do fluido através da
conexão;
L= comprimento tubular da conexão que permita:
- o uso de braçadeiras quando for utilizada solda de topo, ou;
- a soldagem com conexões de eletrofusão.
e1 e e2 = espessura da parede na região de soldagem, isto é, a espessura da parede
medida à distância máxima L da extremidade;

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Tabela 2 – Principais dimensões das conexões tipo ponta.

L min. D3 min. L min. D3 min.


DE DE
(mm) (mm) (mm) (mm)
20 41 13 180 105 125,0
25 41 18 200 112 139,0
32 44 23,8 225 120 156,2
40 49 29,8 250 130 173,8
50 55 37,4 280 139 194,6
63 63 43,6 315 150 219,0
75 70 51,8 355 165 247,0
90 79 62,2 400 180 278,2
110 82 76,2 450 195 314,0
125 87 86,6 500 215 377,4
140 92 97,0 560 235 447,6
160 98 111,0 630 255 503,6
> 630 ≥ 300 ≥ DE-2e

b) Na região do comprimento tubular L, o diâmetro externo médio (dem), e sua


tolerância e ovalização, devem atender ao especificado nas normas NTS 048 e
NTS 194 para o tubo de DE equivalente.
c) Para montagem em fábrica ou em associação a uma luva de eletrofusão, as
conexões tipo ponta podem ser fornecidas com o comprimento L min. Caso
contrário, o comprimento L deve ser especificado em função do equipamento de
solda disponível no campo;
d) A conexão do tipo colarinho é um caso particular da conexão tipo ponta, utilizada
em transição de materiais. Suas dimensões e os principais símbolos (adaptador
PE/Flange) são mostrados na Figura 2 e Tabelas 3 e 4.
e) As dimensões, materiais e revestimentos para flange solto, flange cego e
acessórios estão apresentadas na Figura 3, nos Desenhos Padrão Sabesp (0100-
400-E007, 0100-400-E007A, 0100-400-E007B, 0100-400-E027, 0100-400-E027A,
0100-400-E027B, 0100-400-E097, 0100-400-E097A, 0100-400-E097B, 0100-400-
E104, 0100-400-E104A, 0100-400-E104B, 0100-400-E141) e na Tabela 5.
f) Para colarinhos e flanges por esta Norma não especificados, devem ser atendidas
normas pertinentes.

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NTS 193: 2019 – Rev. 1 Norma Técnica SABESP

D2

D1

L1

r
L2

L3

D3

Figura 2 – Colarinho.

D1 = diâmetro externo médio da extremidade do corpo da conexão;


D2 = diâmetro interno do colarinho;
D3 = diâmetro externo médio do ressalto do colarinho;
L1 = comprimento tubular;
L2 = medida de transição do plano de usinagem ou injeção;
L3 = medida do ressalto;
r= raio de curvatura;
e= espessura da parede na região de soldagem, isto é, a espessura da parede
medida à distância máxima L1 da extremidade;

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NTS 193: 2019 – Rev. 1 Norma Técnica SABESP

Tabela 3 – Dimensões de colarinho para flange PN 12,5.


L1 min. L3 min.
D1 D3 D2 r
Longo Curto SDR 11 SDR 17
20 45 27 41 7 2,0
25 58 33 41 8 2,0
32 68 40 44 10 2,0
40 78 50 49 11 2,0
50 88 61 55 11 2,0
63 102 75 63 25 14 14 2,5
75 122 89 70 25 16 16 3,0
90 138 105 79 25 17 17 3,0
110 158 125 82 30 18 18 3,5
125 158 132 87 30 23 18 3,5
140 188 155 92 30 25 18 3,5
160 212 175 98 30 25 18 3,5
180 212 183 105 30 30 20 3,5
200 268 232 112 30 32 24 4,0
225 268 235 120 30 32 24 4,5
250 320 285 130 30 35 25 4,5
280 320 291 139 30 35 25 5,0
315 370 335 150 30 35 25 5,5
355 430 373 165 30 40 30 6,0
400 482 427 180 30 45 33 6,0
450 585 514 195 30 60 46 6,5
500 585 530 215 30 60 46 7,0
560 685 615 235 30 60 50 8,0
630 685 642 255 30 80 50 8,5
710 800 737 30 55 9,5
800 905 840 30 55 10,0
900 1005 944 30 55 11,0
1000 1110 1047 30 60 12,0
1200 1330 1245 30 60 14,0
1400 1540 1450 30 60 14,0
1600 1760 1650 30 60 14,0
Dimensões de colarinhos (em mm).

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Tabela 4 – Dimensões de colarinho para flange – ANSI B 16.5 – 150 lbs.


L1 min.
D1 D2 D3 L3 r
Longo Curto
20 44 27 41 7 2,0
25 53 33 41 9 2,0
32 63,6 40 44 10 2,0
40 73 50 49 11 2,0
50 82 61 55 12 2,0
63 101 75 63 25 14 2,5
75 120 89 70 25 16 3,0
90 133 105 79 25 17 3,0
Dimensões de colarinhos (em mm).

D4

e
D2

D1

D3

Figura 3 - Flange Solto.

D1 = diâmetro do centro de furação;


D2 = diâmetro interno do flange;
D3 = diâmetro externo do flange;
D4= diâmetro do furo;
e= espessura do flange.

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Tabela 5 – Flange solto PN 12,5


Nº de Ø dos
DE D1 D2 D3 e D4
furos parafusos
20 95 28 63 14 14 4 M12
25 105 34 75 14 14 4 M12
32 115 42 85 14 14 4 M12
40 140 51 100 14 18 4 M16
50 150 62 110 14 18 4 M16
63 165 78 125 16 18 4 M16
75 185 92 145 16 18 4 M16
90 200 108 160 16 18 8 M16
110 220 128 180 16 18 8 M16
125 220 135 180 16 18 8 M16
140 250 158 210 16 18 8 M16
160 285 178 240 18 22 8 M20
180 285 188 240 18 22 8 M20
200 340 235 295 20 22 8 M20
225 340 238 295 20 22 8 M20
250 395 288 350 22 22 12 M20
280 395 294 350 22 22 12 M20
315 445 338 400 26 22 12 M20
355 505 376 460 26 22 16 M20
400 565 430 515 26 26 16 M24
450 615 470 565 26 26 20 M24
450 670 517 620 28 26 20 M24
500 670 533 620 28 26 20 M24
560 780 618 725 32 30 20 M27
630 780 645 725 32 30 24 M27
710 895 740 840 32 30 24 M27
800 1015 843 950 36 33 24 M30
900 1115 947 1050 36 33 28 M30
1000 1230 1050 1160 40 36 28 M33
1200 1455 1260 1380 40 39 32 M36
Dimensões do flange (em mm).

g) Para a aplicação dos flanges soltos, flanges cegos e acessórios,


preferencialmente devem ser utilizados os Desenhos Padrão Sabesp citados
no item e;

h) Opcionalmente, podem ser utilizados os flanges da Tabela 5, e estes devem


ser de aço carbono 1020 conforme norma ABNT NBR NM 87, ou serem
fabricados com um dos materiais indicados nos Desenhos Padrão Sabesp
citados no item e;

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i) O revestimento anticorrosivo dos flanges da Tabela 5 deve ser à base de epóxi


eletrostático com espessura mínima de película seca de 150 µm, ou o indicado
nos Desenhos Padrão Sabesp citados no item e;

j) Os parafusos, porcas e arruelas de fixação dos flanges da Tabela 5 devem ser


de aço carbono 1020 conforme norma ABNT NBR NM 87, e galvanizados à
fogo conforme norma ASTM A 153, Classe C. Ou ainda, serem fabricados
conforme os materiais indicados nos Desenhos Padrão Sabesp citados no item
e;

k) Caso os flanges cegos, quando aplicáveis, não sejam atendidos pelos


Desenhos Padrão Sabesp citados no item e, devem seguir a Tabela 5, exceto
a coluna D2, e serem fabricados em aço carbono 1020 conforme norma ABNT
NBR NM 87. Ou ainda, serem fabricados conforme os materiais indicados nos
Desenhos Padrão Sabesp citados no item e;

l) As Tabelas 3 e 5 aplicam-se para conexões de classe de pressão até PN 12,5,


sendo que para classes de pressão superiores recomenda-se a utilização dos
flanges e acessórios indicados nos Desenhos Padrão Sabesp citados no item
e.

6. CONEXÃO DE ELETROFUSÃO
As conexões de eletrofusão devem:
a) Ter uma etiqueta devidamente fixada, de modo a impedir a sua remoção durante o
manuseio da peça. Nessa etiqueta deve haver um código de barras com todas as
informações necessárias para a execução da solda.
b) Ter os terminais elétricos devidamente protegidos através de receptáculos
existentes na própria conexão;
c) Ser dotada de sinalizadores externos, facilmente visíveis, que indiquem se houve a
fusão após a execução da solda;

Solda de eletrofusão

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Luva e Redução

Cotovelo 90º e 45º

DE

DE
Tê com saída ponta ou com luva EF
DE

Tê de Sela, ligação sem carga e Tê de Serviço p/ ligação em carga

Figura 4 - Família de Conexões para Solda de Eletrofusão.

d) Suportar um ciclo de reaquecimento, sem ocasionar sua deterioração, quando da


execução da solda;
e) Ser projetada e fabricada de tal forma que, quando da montagem da conexão no
tubo ou em outra conexão, não ocorra deslocamento ou deformação dos
filamentos;
f) Ter todos os elementos metálicos, elastoméricos ou outros componentes, como os
existentes em algumas juntas de transição ou tês de serviço, em conformidade com
as Normas Técnicas Sabesp e/ou Normas Brasileiras específicas;
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g) Ser embalada individualmente em sacos plásticos fechados e lacrados, que


somente devem ser abertos no momento da soldagem, de modo a não sofrerem
danos durante o manuseio e transporte. Dentro da embalagem deve haver um
folheto com as instruções de soldagem. Deve ser armazenada em local fechado,
protegido de umidade e exposição solar;
h) Caso a conexão seja produzida com composto de polietileno de MRS diferente do
tubo onde será aplicada, a relação entre a espessura de parede do corpo da
conexão (E) e a do tubo (e) deve ser conforme a Tabela 6.

Tabela 6 - Relação entre espessura de parede da conexão (Ec ou Es) e do tubo (e)
para compostos de diferentes MRS.

Composto do Relação entre espessura


Composto da
do tubo (e) e da conexão
Conexão Tubo (Ec ou Es)
PE 100 PE 80 (Ec ou Es)  0,8 e
PE 80 PE 100 (Ec ou Es)  1,25 e

Para um mesmo diâmetro externo (DE), tipo e fabricante, a tolerância da resistência


elétrica do filamento é de – 5% a (+ 5% + 0,1) ohm. A verificação da integridade dos
elementos que compõem a resistência elétrica deve ser feita em todas as peças
produzidas, através de um multímetro.
O fabricante deve informar a mínima espessura de parede (e) de tubo ao qual a
conexão pode ser soldada.
A verificação da compatibilidade do composto será feita de acordo com o item 7.6.
Nos casos em que a energia para a solda de eletrofusão é obtida por diferença de
potencial constante, a voltagem não deve ser superior a 48 V.

6.1. Tipo bolsa


As dimensões e nomenclatura das conexões de eletrofusão tipo bolsa são mostradas
na Figura 5 e Tabela 7.

L1

CONEXÃO

TUBO PE OU
CONEXÃO
Es
TIPO PONTA

L2 L3
D3
D1
D2

Figura 5 - Conexão de eletrofusão tipo bolsa.

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Onde:
D1 = diâmetro interno médio na região de soldagem, medido em um plano paralelo
ao da extremidade da conexão à distância de L3 + L2/2 desta face;
D2 = diâmetro externo médio do corpo da conexão (DE);
D3 = menor diâmetro interno que permita o escoamento do fluido através da
conexão;
Es = espessura da bolsa na região da solda. Deve ser maior ou igual a espessura do
tubo ou da ponta na região da solda;
L1 = profundidade da bolsa;
L2 = comprimento da região de soldagem;
L3 = distância entre a extremidade da conexão e o início da área de soldagem. Deve
ser maior ou igual a 5 mm.

Tabela 7 - Dimensões das conexões de eletrofusão tipo bolsa.

D1 L2 L1 D3
Ovalização
(DE) min min min máx. min
máxima
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm)
(mm)
20 20,1 0,3 10 20 41 13,0
25 25,1 0,4 10 20 41 18,0
32 32,1 0,5 10 20 44 23,8
40 40,1 0,6 10 20 49 29,8
50 50,1 0,8 10 20 55 37,4
63 63,2 1,0 11 23 63 47,4
75 75,2 1,2 12 25 70 56,2
90 90,2 1,4 13 28 79 67,8
110 110,3 1,7 15 32 82 82,6
125 125,3 1,9 16 35 87 94,2
140 140,3 2,1 18 38 92 105,4
160 160,4 2,4 20 42 98 120,6
180 180,4 2,7 21 46 105 135,8
200 200,4 3,0 23 50 112 150,6
225 225,5 3,4 26 55 120 169,8
250 250,5 3,8 33 73 129 188,6
280 280,6 4,2 35 81 139 211,0
315 315,7 4,8 39 89 150 237,8

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6.2. Tipo sela


A nomenclatura das dimensões dessas conexões são mostradas na Figura 6.

Figura 6 - Conexão de eletrofusão tipo sela.

Onde:
de = diâmetro externo da derivação da conexão, isto é, o diâmetro externo do tubo
do ramal;
R= raio da sela, equivalente à metade do diâmetro externo do tubo;
h= altura do ramal do tubo, isto é, a distância entre os eixos do tubo principal e o
do ramal;
L= distância entre o eixo do tubo e a extremidade do ramal.

a) As dimensões da derivação para o ramal (DE) devem estar de acordo com os


itens 5 (tipo ponta) e 6.1 (tipo bolsa de eletrofusão) desta Norma;
b) O diâmetro externo mínimo da ferramenta de furação no tubo (d) deve atender à
Tabela 8, enquanto que o furo da passagem do corpo da conexão para o ramal
(D3) deve atender às dimensões da Tabela 2;

Tabela 8 - Furo de Ligação ao Ramal.

DE d min
Diâmetro externo nominal do (mm)
ramal
20 15
32 19
> 32 0,8.D3 *

*Onde D3 é o valor especificado nas Tabelas 2 ou 8 para o tubo do ramal.

c) As conexões de eletrofusão tipo sela para ramais de diâmetro (DE) 20 e 32 devem


ser dimensionadas para SDR  11;

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d) O ferramental do tê de serviço tipo sela, deve possuir características equivalentes


ao do tê de serviço contemplado na Norma NTS 175.

7. VERIFICAÇÕES E ENSAIOS

7.1. Perpendicularidade das extremidades das conexões


a) As extremidades das conexões devem ser perpendiculares a sua geratriz, sem
rebarbas, admitindo-se um desvio de perpendicularidade conforme Tabela 9.
b) A perpendicularidade deve ser medida conforme método da norma ABNT NBR ISO
3126.

Tabela 9 - Perpendicularidade das extremidades das conexões.

Desvio máximo de
Diâmetro Externo nominal
perpendicularidade
(DE)
(mm)
20-32 0,4
40 -90 0,5
110-140 0,7
160-200 1,0
225 -315 1,4
355-500 2,0
> 500 3,0

7.2. Densidade
A densidade da conexão deve ser  0,938 g/cm3 para conexões pretas e,  0,930
g/cm3 para a conexão de cor azul a 23ºC.
A diferença entre a densidade da conexão e do lote do composto de polietileno
(ambos medidos por um mesmo transformador) deve ser inferior a  0,005g/cm3.
O corpo de prova deve ser extraído da parede da conexão e a densidade deve ser
medida conforme a norma ABNT NBR 14304.

7.3. Índice de fluidez


Para o índice de fluidez da conexão admite-se uma tolerância conforme o item 4.1.7.
O corpo de prova deve ser extraído do centro da parede da conexão e o índice de
fluidez deve ser medido conforme a norma ABNT NBR 9023.

7.4. Comportamento de materiais plásticos em estufa


Todos os materiais do corpo-de-prova, quando ensaiados de acordo com a norma
ABNT NBR 9799 à temperatura de (110  2)ºC durante 4 horas, devem apresentar-se
sem rachaduras, bolhas ou escamas. A região do(s) ponto(s) de injeção pode

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apresentar uma depressão que não deve exceder a 20% da espessura da parede
nesse ponto.
O ensaio deve ser feito com a conexão desmontada e retiradas as partes metálicas.

7.5. Resistência à pressão hidrostática


Para as conexões que apresentarem extremidades com diferentes SDR´s, deve-se
adotar o maior valor de SDR (menor espessura de parede) especificado na conexão
para o cálculo da pressão de ensaio. No caso de tês de serviço e tês de sela para
ramais (DE) de 20 e 32 o SDR deve ser  11.
Os ensaios devem ser realizados conforme a Norma NTS 053.

7.5.1. Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 20°C


As conexões de polietileno devem ser submetidas por no mínimo 100 horas, na
temperatura de ( 20  1 )°C à pressão hidrostática calculada pela fórmula abaixo com
os valores de tensão circunferencial apresentados na Tabela 10, sem apresentar
qualquer falha.
2
P
SDR  1

onde  = tensão circunferencial de ensaio.

Tabela 10 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão


hidrostática interna de curta duração a 20°C.

Composto Tensão circunferencial (MPa)


PE 80 10,0
PE 100 12,4

7.5.2. Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 80°C


As conexões de polietileno devem ser submetidas por, no mínimo 165 horas, na
temperatura de ( 80  1 )°C à pressão hidrostática calculada pela fórmula apresentada
em 7.5.1 com os valores de tensão circunferencial apresentados na Tabela 11, sem
apresentar qualquer falha.

Tabela 11 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão


hidrostática interna de curta duração a 80°C.

Composto Tensão circunferencial (MPa)


PE 80 4,6
PE 100 5,5

NOTA: conexões de termofusão: se ocorrer ruptura dúctil antes de 165 h, deve ser escolhida
na Tabela 12 uma nova relação (tempo x tensão), para a realização de um novo ensaio.

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Tabela 12 - Valores de tensão circunferencial x tempo para o ensaio de


resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 80°C.

PE 80 PE 100
tensão (MPa) tempo (h) tensão (MPa) tempo (h)
4,6 165 5,5 165
4,5 219 5,4 233
4,4 293 5,3 332
4,3 394 5,2 476
4,2 533 5,1 688
4,1 727 5,0 1000
4,0 1000

A amostra ensaiada é considerada reprovada caso ocorra a ruptura frágil.

7.5.3. Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração a 80°C


As conexões de polietileno devem ser submetidas por no mínimo, a 1000 horas, na
temperatura de ( 80  1 )°C quando submetidas à pressão hidrostática calculada pela
fórmula apresentada em 7.5.1 com os valores de tensão circunferencial apresentados
na Tabela 13, sem apresentar qualquer falha.

Tabela 13 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão


hidrostática interna de longa duração a 80°C.

Composto Tensão circunferencial (MPa)


PE 80 4,0
PE 100 5,0

7.6. Soldabilidade e compatibilidade do composto


O ensaio de soldabilidade e compatibilidade deve ser executado utilizando-se tubos
com o mesmo SDR da conexão, com a realização de 3 soldas conforme as normas
ABNT NBR 14464 ou 14465, conforme o tipo de conexão e deve atender ao ensaio de
pressão hidrostática de longa duração a 80o.C, conforme item 7.5.3.

7.7. Resistência coesiva


As conexões de eletrofusão e de termofusão, soldadas ao tubo, devem manter a
integridade da solda, quando submetidas a um esforço de tração na região da solda
por meio do ensaio de resistência coesiva a
( 23  2 )°C, tal que não apresentem ruptura ou descolamento da interface de solda,
conforme a norma ABNT NBR 14467.

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7.8. Resistência ao impacto


As conexões do tipo sela, de eletrofusão, quando submetidas a um impacto, com
energia de 100 J, a partir da queda de um percursor com peso de 50 N, caindo de uma
altura de 2 m, na temperatura de ( 23 ± 2 )oC, aplicado na direção axial conforme a
norma ABNT NBR 14470, deve resistir ao ensaio sem apresentar quebras ou trincas
visíveis a olho nu, com iluminação intensa, nem se deslocar em relação ao tubo no
qual esteja instalado.
Para possibilitar a verificação da ocorrência de fissuras que não são observáveis a
olho nu, após este ensaio, deve ser aplicada uma pressão hidrostática de 16 bar
durante 5 min.
As conexões do tipo luva, redução, cotovelo 45º, cotovelo 90º e tê com saída em
ponta, quando submetidas a um impacto, com energia de 50 J, a partir da queda de
um percursor com peso de 25 N, caindo de uma altura de 2 m, na temperatura de
(23 ± 2)oC, aplicado na direção axial conforme a norma ABNT NBR 14470, devem
resistir ao ensaio sem apresentar quebras ou trincas visíveis a olho nu, com
iluminação intensa.
Para a execução dos ensaios é proibida a inserção de qualquer tipo de material ou
produto no interior das bolsas, das pontas ou no interior da peça.

7.9. Aspectos visuais


As superfícies das conexões devem apresentar cor e aspecto uniformes e serem
isentas de corpos estranhos, ranhuras, marcas, bolhas, fraturas do fundido,
rachaduras, ou outros defeitos visuais que comprometam o desempenho da conexão.
Conexões que possuam componentes soldados devem apresentar soldas em
conformidade com o controle visual de solda do procedimento empregado nas normas
ABNT NBR 14464 e 14465.

7.10. Marcação das conexões


As conexões devem ser marcadas de forma indelével, em relevo decorrente do próprio
molde de injeção, ou através de marcação mecânica com no mínimo as seguintes
informações:
a) nome ou marca de identificação do fabricante;
b) classificação do composto;
c) diâmetro externo;
d) SDR da conexão;
e) código que permita rastrear a sua produção, tal que contemple um indicador relativo
ao mês e ano da produção;
f) número desta Norma ou norma internacional equivalente, aprovada e aceita pela
Sabesp.
A conexão de eletrofusão deve trazer etiqueta com código de barras, adequadamente
fixada na conexão, tal que permita a correta leitura pelo equipamento de soldagem
automático.

7.11. Manual de instalação


As conexões devem ser acompanhadas de um manual de instalação contendo as
instruções necessárias para sua aplicação.

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8. MÉTODOS DE ENSAIOS E REQUISITOS PARA QUALIFICAÇÃO DE


CONEXÕES SOLDÁVEIS POR ELETROFUSÃO
O fabricante da conexão deve apresentar comprovantes de que o composto utilizado
na fabricação da peça esteja classificado como PE-80 ou PE-100. A classificação do
composto deve ser realizada pelo método de extrapolação definido na norma ISO
9080.
Para qualificação das conexões soldáveis de polietileno devem ser aplicados os
métodos de ensaios e requisitos indicados na Tabela 14, de tal forma que todos os
corpos-de-prova atendam aos seus requisitos.

Tabela 14 - Métodos de ensaios e requisitos de qualificação de conexões


soldáveis por eletrofusão de polietileno.

Propriedade Nº de Amostras Método de Ensaio


Embalagem 3/tipo conexão/diâmetro item 6g
Aspectos visuais 3/tipo conexão/diâmetro item 7.9
Conforme ABNT
Dimensões 3/tipo conexão/diâmetro NBR ISO 3126 e
itens 5, 6 e 7.1
Marcação 3/tipo conexão/diâmetro item 7.10
Verificação da integridade dos
componentes que compõem a 3/tipo conexão/diâmetro item 6
resistência elétrica
Estabilidade Térmica 3/tipo conexão/diâmetro item 4.1.6
Resistência à pressão hidrostática de
3/tipo conexão/diâmetro item 7.5.1
curta duração (100 horas) a 20°C
Resistência à pressão hidrostática de
3/tipo conexão/diâmetro item 7.5.2
curta duração (165 horas) a 80°C
Resistência à pressão hidrostática de
3/tipo conexão/diâmetro item 7.5.3
longa duração (1.000 horas) 80°C
3/tipo conexão/diâmetro
Soldabilidade e compatibilidade do
concomitante com o item 7.6
composto
ensaio de 1000 horas
Resistência coesiva 3/tipo conexão/diâmetro item 7.7
Resistência ao impacto 3/tipo conexão/diâmetro item 7.8
Densidade do composto 3/tipo conexão/diâmetro item 4.1.8
Índice de fluidez do composto 3/tipo conexão/diâmetro item 4.1.7
Efeito sobre a água 3/tipo conexão/diâmetro item 4.1.9
Comportamento em estufa 3/tipo conexão/diâmetro item 7.4
Dispersão de Pigmentos 3/tipo conexão/diâmetro item 4.1.3
Teor de Negro de Fumo de compostos
3/tipo conexão/diâmetro item 4.1.4
pretos

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9. MÉTODOS DE ENSAIOS E REQUISITOS DURANTE A FABRICAÇÃO DE


CONEXÕES POR ELETROFUSÃO
O fabricante das conexões deve manter os certificados de cada lote de composto de
polietileno utilizado na fabricação e executar os ensaios indicados na Tabela 15.

Tabela 15 – Métodos de ensaios e requisitos durante a fabricação.

Método de
Propriedade No. Amostras Periodicidade ensaio/
especificação
Conforme
1/tipo de
2h ou 250 peças (o que ABNT NBR ISO
Dimensões conexão/diâmetro/cav
ocorrer primeiro) 3126 e itens 5,
idade do molde
6 e 7.1
Aspectos visuais 100% Ininterruptamente item 7.9
1/tipo
Marcação conexão/diâmetro/cav Ininterruptamente item 7.10
idade do molde
Verificação de
integridade da 100% Ininterruptamente item 6
resistência elétrica
1 ensaio no inicio e outro
Resistência à
1/tipo de no término da
pressão hidrostática
conexão/diâmetro/cav fabricação, ou a cada item 7.5.1
de curta duração
idade do molde mudança do lote do
(100 horas) a 20°C
composto/conexão
1 ensaio no inicio e outro
Resistência à
1/tipo de no término da
pressão hidrostática
conexão/diâmetro/cav fabricação, ou a cada item 7.5.2
de curta duração
idade do molde mudança do lote do
(165 horas) a 80°C
composto/conexão
Resistência à 1 ensaio no inicio e outro
pressão hidrostática no término da
de longa duração fabricação, ou a cada item 7.5.3
(1.000 horas) a mudança do lote do
80°C composto/conexão
1/tipo de
conexão/diâmetro/cav 1 ensaio no inicio e outro
idade do molde no término da
Soldabilidade e fabricação, ou a cada
compatibilidade do mudança do lote do item 7.6
composto composto/conexão,
concomitante com o
ensaio de 1000 horas
/continua

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Tabela 15 (continuação) – Métodos de ensaios e requisitos durante a fabricação.


Método de
Propriedade No. Amostras Periodicidade ensaio/
especificação
1 ensaio no inicio e outro
Resistência 1/tipo no término da fabricação,
item 7.7
coesiva conexão/diâmetro ou a cada mudança do
lote do composto/conexão
1 ensaio no inicio e outro
Resistência ao 1/tipo no término da fabricação,
item 7.8
impacto conexão/diâmetro ou a cada mudança do
lote do composto/conexão
1 ensaio no inicio e outro
1/tipo de conexão no término da fabricação,
Densidade /independente do ou a cada mudança do item 4.1.8
diâmetro lote do
composto/conexão.
1 ensaio no inicio e outro
1/tipo de
Estabilidade no término da fabricação,
conexão/independent item 4.1.6
térmica ou a cada mudança de
e do diâmetro
lote do composto/conexão
1 ensaio no inicio e outro
1/tipo de conexão
Comportamento no término da fabricação,
/independente do item 7.4
em estufa ou a cada mudança do
diâmetro
lote do composto/conexão
1 ensaio no inicio e outro
1/tipo de
no término da fabricação,
Índice de fluidez conexão/independent item 4.1.7
ou a cada mudança do
e do diâmetro
lote do composto/conexão
1 ensaio no recebimento
1/tipo de
Efeito sobre a do composto ou a cada
conexão/independent item 4.1.9
água mudança do lote do
e do diâmetro
composto
1 ensaio no inicio e outro
1/tipo de
Dispersão de no término da fabricação,
conexão/independent item 4.1.3
Pigmentos ou a cada mudança do
e do diâmetro
lote do composto/conexão
1 ensaio no inicio e outro
1/tipo de
Teor de negro de no término da fabricação,
conexão/independent item 4.1.4
fumo ou a cada mudança do
e do diâmetro
lote do composto/conexão

Caso ocorra uma falha, deve-se rastrear os lotes defeituosos e elimina-los, não sendo
permitido o seu reprocessamento para a fabricação de conexões de polietileno
conforme esta Norma.

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10. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO DE CONEXÕES POR ELETROFUSÃO


Nos ensaios de recebimento das conexões soldáveis de polietileno devem ser
seguidos os critérios em 10.2 tendo como referência a norma ABNT NBR 5426.

10.1. Tamanho do lote de inspeção


Para a inspeção e recebimento das conexões por eletrofusão serão realizados os
ensaios previstos na Tabela 16.
O fabricante será responsável pela retirada das peças das embalagens para a
realização dos ensaios previstos na Tabela 16, bem como pela reposição nas
embalagens, imediatamente após a inspeção, garantindo a manutenção da qualidade
das peças.
A inspeção deve ser feita em lotes de no máximo 35.000 conexões de mesmo tipo e
diâmetro.

Tabela 16 – Métodos de ensaios das conexões durante a Inspeção.

Plano de Método de Ensaio /


Partes / parâmetros
amostragem Especificação
Embalagem Tabela 17 item 6g
Aspectos visuais Tabela 17 item 7.9
Conforme ABNT NBR
Dimensão da conexão Tabela 17 ISO 3126 e itens 5, 6 e
7.1
Marcação Tabela 17 item 7.10
Verificação da integridade dos elementos
Tabela 17 item 6
que compõem a resistência elétrica.

Devem ser solicitados os certificados de potabilidade do composto, conforme itens 4.1


e 4.1.9. Facultativamente, a critério da unidade responsável pela inspeção da Sabesp,
poderá ser exigida, no recebimento das peças, a execução do ensaio conforme o item
4.1.9.

10.2. Amostragem para exame dimensional e visual


De cada lote são retiradas aleatoriamente amostras, conforme a Tabela 17, (NQA 2,5;
nível de inspeção II; regime normal; amostragem dupla – ABNT NBR 5426). Para que
uma unidade do produto seja considerada não defeituosa, esta deve atender a todos
os requisitos contidos na Tabela 16. Não serão aceitos lotes com tamanho inferior à 26
unidades.

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Tabela 17 – Plano de amostragem para exame visual e dimensional (nível lI).

Tamanho da amostra Peças defeituosas


1ª amostra 2ª amostra
Tamanho do lote
1ª amostra 2ª amostra Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
   
26 a 150 13 13 0 2 1 2
151 a 280 20 20 0 3 3 4
281 a 500 32 32 1 4 4 5
501 a 1200 50 50 2 5 6 7
1201 a 3200 80 80 3 7 8 9
3201 a 10000 125 125 5 9 12 13
10001 a 35000 200 200 7 11 18 19

10.3. Aceitação ou rejeição


Os lotes devem ser aceitos ou rejeitados de acordo com 10.3.1 e 10.3.2.

10.3.1. Primeira amostragem


Os lotes de conexões são aceitos quando o número de amostras defeituosas for igual
ou menor do que o número de aceitação.
Os lotes de conexões devem ser rejeitados quando o número de amostras defeituosas
for igual ou maior do que o número de rejeição.

10.3.2. Segunda amostragem


Os lotes de conexões, cujo número de amostras defeituosas for maior do que o 1º
número de aceitação e menor do que o 1º número de rejeição, devem ser submetidos
a uma segunda amostragem.
Os lotes de conexões são aceitos quando o número de amostras defeituosas for igual
ou menor do que o 2º número de aceitação.
Os lotes de conexões devem ser rejeitados quando o número de amostras defeituosas
for igual ou maior do que o 2º número de rejeição.
Na segunda amostragem considera-se para o critério de aceitação / rejeição, a soma
dos itens da 1ª e 2ª amostra.

10.4. Liberação do lote


As peças liberadas, de acordo com esta Norma, deverão ser obrigatoriamente
identificadas uma a uma, com o respectivo selo de inspeção.

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11. FABRICAÇÃO, INSPEÇÃO E RECEBIMENTO DE CONEXÕES POR


TERMOFUSÃO

11.1. Peças produzidas a partir de tarugos, barras ou placas de polietileno


Os tarugos, barras ou placas de polietileno a serem utilizados na fabricação das peças
soldáveis por termofusão deverão ser de composto de polietileno que atenda aos
requisitos do item 4.1.
O fabricante destas peças deve possuir e manter todos os certificados do composto
utilizado na fabricação dos tarugos, barras e placas e executar os ensaios indicados
na Tabela 19.
No recebimento das peças deverão ser efetuados os ensaios prescritos na Tabela 18.
No recebimento dos tarugos, barras ou placas deverão ser efetuados os ensaios
prescritos na Tabela 19.
Para cada um dos ensaios mencionados na Tabela 19, deve ser retirado um corpo-de-
prova para cada tarugo, barra ou placa a partir das quais serão produzidas as peças.

Tabela 18 – Métodos de ensaios das conexões durante a Inspeção.


Método de Ensaio /
Partes / parâmetros
Especificação
Aspectos visuais item 7.9
Conforme ABNT NBR
Dimensões da conexão ISO 3126 e itens 5, 6 e
7.1

Marcação item 7.10

Em nenhuma hipótese é permitido o uso de conexões gomadas em redes


de distribuição, adutoras e redes de esgoto pressurizadas.

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Tabela 19 - Métodos de ensaios e requisitos para aprovação de tarugos, barras


ou placas de polietileno.
Propriedade Requisitos Método de Ensaio
Estabilidade Térmica  20 min. item 4.1.6
Soldabilidade – item 7.6
Compatibilidade – item 7.6
 0,938 g/cm se preta ou 
3

0,930 g/cm3 se não preta e


Densidade do composto item 4.1.8
satisfazer a tolerância de 
0,005g/cm3
Índice de fluidez do
satisfazer a tolerância de  25% item 4.1.7
composto
Efeito sobre a água
(somente para – item 4.1.9
compostos na cor azul).

Dispersão de Pigmentos – item 4.1.3

Teor de Negro de Fumo


(somente para (2,0 a 2,5) % item 4.1.4
compostos na cor preta)

12. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO


O relatório de inspeção deve apresentar de forma discriminada todos os resultados
efetivamente obtidos em cada um dos corpos-de-prova efetivamente obtidos nos
ensaios realizados. A aprovação ou reprovação do produto no exame visual deve ser
justificada por escrito.
Quando houver necessidade de arredondamento, este somente poderá ser efetuado
no resultado final.
Em caso de ocorrência de falhas futuras, o Relatório mencionado neste item será
utilizado como parâmetro de referência para verificação da qualidade do material.

13. RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE


É responsabilidade do fabricante, planejar, estabelecer, implementar e manter
atualizado um programa da qualidade, que envolva os fornecedores das matérias
primas e componentes, capaz de assegurar que as conexões que produz estejam de
acordo com esta Norma.
Deve manter todos os relatórios dos ensaios realizados durante a fabricação das
conexões, bem como os certificados de origem do composto e dos componentes
utilizados.

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14. OBSERVAÇÕES FINAIS


A Sabesp reserva-se o direito de a qualquer momento retirar amostras no fornecedor
ou em materiais já entregues e armazenados em seus Almoxarifados ou canteiros de
obras, para realização de todos os ensaios previstos nesta Norma, principalmente
para checagem da origem da matéria prima identificada nas peças.
Os ensaios serão realizados em laboratórios independentes escolhidos pela Sabesp.
Caso seja encontrada qualquer não conformidade a empresa fornecedora terá todos
os materiais em poder da Sabesp devolvidos, será responsabilizada por todos os
custos decorrentes e estará sujeita à perda do atestado de qualificação e outras
penalidades.

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ANEXO A – CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO E UTILIZAÇÃO

A.1 TENSÃO ADMISSÍVEL DE PROJETO


A tensão admissível para o projeto da tubulação é obtida aplicando-se um coeficiente
não inferior a 1,25 ao valor da resistência mínima requerida (MRS - Minimum Required
Strength) do material, resultando os valores da Tabela seguinte:

Tabela A.1 – Tensão máxima admissível para tubos de polietileno, σa.

Material MRS a
ISO 12162 (MPa) (MPa)
PE 80 8,0 6,3
PE 100 10,0 8,0
MRS conforme ISO 9080 (50 anos a 20°C).

A.2 MÁXIMA PRESSÃO DE OPERAÇÃO (MPO)


A máxima pressão de operação é definida em função da temperatura do fluido
conduzido, considerando-se sempre uma vida útil mínima de 50 anos.
O fator de resistência à pressão em função da temperatura (Ft) é determinado
baseando-se na curva de regressão obtida pelo método de extrapolação ISO 9080,
donde se extrai o valor da tensão circunferencial (σ) para a temperatura e vida útil de
50 anos.
Aplica-se sobre (σ) o fator de segurança (FS) de 1,25 para obter a tensão de
dimensionamento (σd) na temperatura desejada.
A pressão de operação resultante é obtida pela fórmula:

MPO = PN x Ft;

Para temperaturas ambiente de 25°C a 50°C aplicar os valores de Ft conforme Tabela


A.2

Tabela A.2 - Fatores de redução de pressão para temperaturas entre 25°C e 50°C.

Temp. ºC 25 27,5 30 35 40 45* 50*


Ft 1,00 0,86 0,81 0,72 0,62 0,52 0,43
Nota: * limitado à vida útil máxima de 15 anos.

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ANEXO B – CORRELAÇÃO DE DIMENSÕES PARA LIGAÇÕES


FLANGEADAS DE TUBOS DE POLIETILENO PE E OUTROS
ELEMENTOS DE TUBULAÇÃO

Tabela orientativa da correlação de dimensões de tubos ou conexões de polietileno PE


para ligação flangeada com outros elementos de tubulação (DN e polegadas).

Tubos ou Outros tubos ou elementos


conexões de de tubulação
PE
DE (mm) DN Polegadas
20 — ½
25 — ¾
32 — 1
40 — 1¼
50 — 1½
63 50 2
75 75 2½
90 75 3
110 100 4
125 100 4
140 — 5
160 150 6
180 150 6
200 200 8
225 200 8
250 250 10
280 250 10
315 300 12
355 350 14
400 400 16
450 — 18
500 500 20
560 600 24
630 600 24

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ANEXO C – IMAGENS COMPARATIVAS DE DISPERSÃO DE


PIGMENTOS

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Conexões plásticas soldáveis para tubos de polietileno em


redes de distribuição, adutoras e redes de esgoto
pressurizadas

Considerações finais:

1) Esta Norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser
alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem
ser enviados ao Departamento de Acervo e Normalização Técnica da Sabesp
(nts@sabesp.com.br).
2) Tomaram parte na elaboração desta Revisão de Norma (Revisão 1):

UNIDADE DE
DIRETORIA NOME
TRABALHO
MON Ernesto Sabbado Mamede
M
MNU Amarildo Miguel
REP Luiz Augusto Perez
R
REQ Rogério Almeida Oliveira
TOR Simone S. Paulo Previatelli
TXA Allan Saddi Arnesen
TXA Dorival Correa Vallilo
T TXA Eduardo de Almeida Silva
TXA Ricardo Gonçalves
TXA Samuel Soares Muniz
TXA Marco Aurélio Lima Barbosa
CSQ Estevão Morinigo Jr.
C
CSQ Luiz Roberto Stelle

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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente – T
Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Inovação, Novos
Negócios e Expansão de Mercado – TX
Departamento de Acervo e Normalização Técnica – TXA

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900


São Paulo - SP - Brasil
Telefone: (0xx11) 3388-9541
E-MAIL: nts@sabesp.com.br

- Palavras-chave: Conexão de polietileno; solda.

- 34 páginas.

Julho/2019

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