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DR-ENGP-M-II-P2-1.

2
Revisão 5

DIRETRIZES DE ENGENHARIA
Titular: Desenvolvimento da Produção
Área: Instalações de Produção Marítimas
Disciplina: Estrutura

Requisitos de Projetos para


Estruturas de Unidades de
Produção Offshore

Aprovação: SRGE/ESUP

Verificação: SRGE/ESUP/ENG

Execução: SRGE/ESUP/ENG

Aprovado em 21/08/2020
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DIRETRIZES DE PROJETOS PARA INSTALAÇÕES DE


PRODUÇÃO MARÍTIMAS
DISCIPLINA: ESTRUTURA
Requisitos de Projetos para Estruturas de Unidades de Produção
Offshore
Sumário
1. Aplicabilidade ................................................................................................... 3
2. Objetivo ............................................................................................................ 3
3. Abreviações ..................................................................................................... 3
4. Normas e Códigos Aplicáveis ........................................................................... 4
5. Unidades de Medida Utilizadas ........................................................................ 4
6. Diretrizes de Projetos ....................................................................................... 5
6.1 Análise Estrutural ......................................................................................... 5
6.1.1 Análise de Fadiga .................................................................................... 6
6.2 Requisitos de Projeto...................................................................................10
6.2.1 Sobrecargas Mínimas .............................................................................11
6.2.2 Proteção Passiva Contra Incêndio ..........................................................14
6.2.3 Proteção anti-corrosiva ...........................................................................15
6.2.4 Materiais .................................................................................................22
6.2.5 Plano de Carga.......................................................................................23
6.2.6 Acessos para Inspeção ..........................................................................23
6.2.7 Embarque de água no convés ................................................................24
6.2.8 Cargas de impacto de ondas ..................................................................24
6.3 Estruturas Adicionais ...................................................................................25
6.3.1 Defensas e Reforços nas áreas de aproximação de embarcações.........25
6.3.2 Estruturas de Suporte de Turcos de Baleeira e Embarcação de Salvamento
26
6.3.3 Estrutura do Heliponto ............................................................................27
6.3.4 Estrutura da Torre (ou Lança) do Queimador .........................................27
6.3.5 Estrutura de Suporte de Risers...............................................................27
6.3.6 Interface entre o Turret e a Estrutura da Embarcação ............................28
6.3.7 Estruturas dos Módulos da Planta de Processo......................................28
6.3.8 Estruturas de Suporte da Ancoragem .....................................................29
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PRODUÇÃO MARÍTIMAS
DISCIPLINA: ESTRUTURA
Requisitos de Projetos para Estruturas de Unidades de Produção
Offshore
1. Aplicabilidade
Esta diretriz se aplica a projetos de Instalações de Superfícies próprias da Petrobras,
abrangendo unidades do tipo FPSO, FSO, SS e Fixas.
Esta Diretriz se destina aos projetos de Unidades Marítimas de Produção de Petróleo
e Gás da PETROBRAS iniciados a partir da data de aprovação desta revisão da Diretriz de
Engenharia. Aplica-se a instalações de superfície e às suas interfaces com os sistemas
submarinos.

2. Objetivo
Estabelecer os requisitos obrigatórios da Petrobras relativos ao projeto estrutural de
Unidade de Produção Offshore visando a garantir a integridade da Unidade ao longo da vida
útil do projeto.
Adicionalmente aos requisitos obrigatórios estabelecidos nesta Diretriz, os requisitos
da Sociedade Classificadora, da Administração da Bandeira e da Administração Brasileira
também devem ser cumpridos no projeto estrutural de Unidade de Produção Offshore.

3. Abreviações
• UEP – Unidade Estacionária de Produção
• FPSO – Floating, Production, Storage and Offloading
• FSO – Floating, Storage and Offloading
• FPU – Floating Production Unit
• SS – Semi-Submersível
• DFF – Design Fatigue Factor
• ABS – American Bureau of Shipping
• DNV – Det Norske Veritas
• BV – Bureau Veritas
• API – American Petroleum Institute
• NORMAM – Normas da Autoridade Marítima
• IMO – International Maritime Organization
• DEC – Design Environmental Condition – Condição ambiental extrema de projeto
• DOC – Design Operating Condition – Condição ambiental para projeto limite de
operação da unidade
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4. Normas e Códigos Aplicáveis
As edições citadas deverão estar em vigor por ocasião da publicação. Recomenda-se
que, ao celebrar contrato baseado nesta Diretriz, seja verificada a conveniência quanto ao
uso das edições mais recentes das normas referenciadas.

• ABS – Rules for Building and Classing – Steel Vessels – Part 3 – Hull
Construction and Equipment
• ABS – Guide for the Fatigue Assessment of Offshore Structures
• ABS – Guide for Building and Classing – Floating Production Installations
• API RP 2A WSD - Recommended Practice for Planning, Designing and
Constructing Fixed Offshore Platforms – Working Stress Design
• API RP 2A LRFD - Recommended Practice for Planning, Designing and
Constructing Fixed Offshore Platforms – Load and Resistance Factor Design
• API RP 2FPS – Recommended Practice for Planning, Designing and
Constructing Floating Production Systems
• DNV-OS-C101- Design of Offshore Steel Structures, General (LRFD Method)
• DNV-OS-C102 - Structural Design of Offshore Ships
• DNV-OS-C201- Structural Design of Offshore Units (WSD Method)
• DNV-RP-C203 - Fatigue Strength Analysis of Offshore Steel Structure
• DNV-RP-C205 - Environmental Conditions and Environmental Loads
• IACS – Common Structural Rules for Bulk Carriers and Oil Tankers
• IMO LSA Code - International Life-Saving Appliance Code
• NORSOK Standard N-004 - Design of Steel Structures
• NORSOK Standard N-003 – Actions and Action Effects
• NORMAM 01 – Maritime Authority’s Rule Applicable to Offshore Vessels
• DR-ENGP-M-I-1.10 – Requisitos Gerais para Proteção Catódica
• DR-ENGP-M-II-P2-2.3 – Requisitos para Sistemas de Ancoragem Tipo "Single
Point"
• DR-ENG-M-I-1.3 – Engenharia de Segurança
• DR-ENGP-M-II-P2-2.2 – Critérios Gerais para Projeto de Sistemas de Cascos
para FPSO/FSO
• DR-ENGP-M-I-1.21 - Requisitos de Gerais de Revestimentos

5. Unidades de Medida Utilizadas


Os documentos de projeto devem ser emitidos utilizando, preferencialmente, o
Sistema Internacional de Unidades (SI). São também aceitas as seguintes de unidades:

• Tensão: N/mm², kgf/cm², kN/cm2


• Força: kgf, tf
• Temperatura: Celsius
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• Mass: t (toneladas métricas)

6. Diretrizes de Projetos

6.1 Análise Estrutural

As análises estruturais de plataformas fixas e flutuantes devem estar em conformidade


com as referências normativas aplicáveis listadas no item 4. Adicionalmente, o projeto deverá
estar em total conformidade com os requisitos da Petrobras, com os regulamentos da
Administração da Bandeira e com a Administração Brasileira relativos a: projeto,
procedimentos, inspeções, testes e normas para construção. Devem ser consideradas as
edições mais recentes das regras e regulamentos no projeto.
Os seguintes sistemas computacionais são aceitos para a execução de análises:
a) Hidrodinâmicas, para definição de cargas de onda em estruturas flutuantes
• SESAM-WADAM
• PRECAL
• WAMIT
• AQWA
b) Instalação de estruturas fixas
• MOSES
• SACS
c) Análise estrutural local de casco de unidades flutuantes:
• SESAM
• ANSYS
• NASTRAN
• ABAQUS
d) Análise de estruturas reticuladas:
• SACS
• SAP 2000
• GTSTRUDL
• SESAM/GENIE
e) Analise estrutural global de casco de unidades flutuantes:
• NAUTICUS HULL / SESAM
• EAGLE FPSO / NASTRAN
• VERISTAR HULL
f) Analise não linear:
• ABAQUS
• ANSYS
• USFOS
O uso de outros sistemas computacionais, que não aqueles listados anteriormente,
pode ser feito apenas mediante aprovação prévia da Petrobras.
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6.1.1 Análise de Fadiga

A distribuição das variações de tensão para cálculo dos danos por fadiga pode ser
obtida através de métodos simplificados ou estocásticos, com os fatores de concentração de
tensão determinados através de fórmulas paramétricas ou elementos finitos. As amplificações
dinâmicas devem ser consideradas quando forem significativas para a análise.
Para F(P)SO, os efeitos cíclicos de baixa frequência devido ao carregamento e
descarregamento dos tanques de carga também deverão ser considerados na análise de
fadiga.
Para unidades convertidas, ou que terão vida operacional estendida, o cálculo do dano
de fadiga deve considerar a vida pregressa da Unidade.
As normas aplicáveis listadas no item 4 deverão ser usadas para avaliação de fadiga.
O Projeto deverá adotar os fatores de fadiga de projeto (DFF – Design Fatigue Factors) abaixo
como requisitos mínimos da Petrobras.
Tabela 1 - Fatores mínimos de fadiga do projeto (DFFs) para Plataformas Fixas

Acessibilidade para inspeção e reparo


Classificação de componentes Acessível
Não acessível ou na
estruturais baseada na Acima da zona de Abaixo da zona de
zona de transição
consequência da falha transição (“splash transição (“splash
(“splash zone”)
zone”) zone”)
Significativa 2 3 10
Baixa 1 2 5

Tabela 2 - Fatores mínimos de fadiga do projeto (DFFs) para Plataformas Flutuantes


do Tipo F(P)SO
Acessibilidade para inspeção e reparo
Classificação de Acessível
componentes Áreas internas
Posição estruturais baseada Acima do do casco abaixo
Não acessível(2)
na consequência da calado mínimo do calado
falha de operação mínimo de
operação
Significativa 3 5 10
Casco
Baixa 2 3(1) 5
Significativa 2 10
Topside
Baixa 1 5
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(1) DFF = 2 Estrutura interna, acessível e não soldada diretamente à parte submersa
(aplicável apenas aos tanques de lastro e espaços vazios)
(2) Inclui, não limitado a, áreas que podem ser inspecionadas em condições secas ou
submersas, mas exige docagem a seco para reparo, bem como áreas na zona de
variação de calado. Para áreas externas do casco abaixo do calado mínimo (orientação
para que mergulho em serviço seja minimizado), a ser DFF = 10.

Tabela 3 - Fatores mínimos de fadiga do projeto (DFFs) para Plataformas do Tipo


Semi-Submersíveis
Classificação de Acessibilidade para inspeção e reparo
componentes Acessível
Posição estruturais baseada Acima do
Abaixo do calado Não acessível(2)
na consequência calado de
de operação
da falha operação
Significativa 3 5 10
Casco
Baixa 2 3(1) 5
Significativa 2 10
Convés
Baixa 1 4
(1) DFF=2 Estrutura interna, acessível e não soldada diretamente à parte submersa
(aplicável apenas aos tanques de lastro e espaços vazios)
(2) Inclui as áreas que podem ser inspecionadas a seco ou debaixo d’água, mas que
precisam de docagem seca para realização de reparos.

Os fatores de segurança para dimensionamento a fadiga (DFFs) específicos para


componentes e conexões estruturais de F(P)SO, semisubmersíveis e topsides deverão ser
adotados conforme Tabela 4 a Tabela 6.
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Tabela 4 - Fatores mínimos específicos de fadiga do projeto (DFFs) para estruturas de
casco de F(P)SO
Fatores de Fadiga
Componentes estruturais (exceto para juntas não acessíveis)
de Projeto (DFF)

Convés principal e região do costado acima do calado mínimo, chapeamento e


2.0
longitudinais

Região do costado abaixo do calado mínimo e duplo fundo e longitudinais 3.0

Anteparas, chapeamento e reforço longitudinal e transversal 2.0

Cavernas gigantes, vigas e longarinas 2.0

Fundações em casco para bases, balcão de riser e suporte de amarração 3.0

Conexões de casco com colunas de suporte da estrutura multi-coluna do convés,


2.0
incluindo suporte de tubulação

Todos os elementos dentro dos tanques de embarcação, exceto para localizações


2.0
em que fatores maiores forem requeridos

Suporte de equipamentos de amarração acima / abaixo do calado mínimo,


3.0/10.0
respectivamente.

Bolina 10.0

Suporte de riser inferior, balcão de riser externo 10.0

Suporte de riser superior, balcão de riser externo 5.0

Stools 2.0

Guindastes e fundações no casco 2.0

Juntas da torre (ou lança) do queimador (flare) e conexão com o casco 2.0

Suporte de tubulação 2.0

Estrutura de Pull-in 2.0

Suporte do mangote de offloading (acima do calado mínimo) 2.0


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Fatores de Fadiga
Componentes estruturais (exceto para juntas não acessíveis)
de Projeto (DFF)

Suportes de Casings e Caissons (p.ex. para captação de água do mar), incluindo


estruturas de proteção, acima da zona de variação de calado / na zona de variação 2.0/5.0/10.0
de calado / abaixo do calado mínimo

Elementos em áreas de projeto secundárias, exceto as definidas acima 2.0

Elementos externos não críticos em zona de variação de calado / abaixo do calado


5.0/10.0
mínimo (a serem considerados não-inspecionáveis)

Tabela 5 - Fatores mínimos específico de fadiga do projeto (DFFs) para Semi-


Submersíveis

Fatores de Fadiga
Componentes estruturais de Projeto (DFF)

Conexões entre o pontão/coluna, convés/coluna 5.0

Outras conexões do casco 2.0

Conexões nas estruturas primárias e nas áreas especiais do convés 2.0

Conexões das estruturas secundárias do convés 1.0

Conexões sem acesso para inspeção/reparos, com consequência substancial em


caso de falha (ex: conexão entre casco/fairlead, conexão entre suporte de 10.0
riser/casco)

Elementos dentro dos nós de treliças da estrutura do convés que não estejam
5.0
acessíveis para inspeção em serviço e de natureza não crítica

Suportes dos fairleads e do riser 10.0

Suportes dos fairleads e do riser - fundações no casco - acessíveis 3.0


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Tabela 6 - Fatores mínimos específico de fadiga do projeto (DFFs) do Topside

Fatores de Fadiga
Componentes estruturais (exceto para juntas não acessíveis) de Projeto (DFF)

Nós de estrutura secundária 1.0

Nós de estrutura principal 2.0

Conexão topside/módulo com casco 2.0

Conexão topside/módulo com casco - partes não inspecionáveis 10.0

6.2 Requisitos de Projeto

Deve-se dimensionar cada estrutura da Unidade considerando-se todas as condições


de carregamento pertinentes a ela. Exemplos de carregamentos a serem avaliados pelo
projetista, não limitado a esses, são listados abaixo:

• Peso próprio da estrutura nas diferentes condições de projeto (in-situ, içamento,


embarque, transporte etc);
• Peso de tubulação, válvulas, equipamentos etc;
• Peso de outros dispositivos conectados ao conector do riser;
• Peso de proteção anti-corrosiva;
• Sobrecargas – cargas variáveis;
• Cargas de vento – estáticas, dinâmicas, descolamento de vórtices;
• Cargas de riser, tanto cargas máximas e de fadiga in-situ quanto de pull-in durante a
instalação dos risers, incluindo em reações em polias e guinchos;
• Cargas de ancoragem da Unidade, incluindo tração em linhas e tendões, bem como
reações em polias, chain stoppers e guinchos;
• Cargas induzidas pela deformação da estrutura da UEP - devem considerar a
influência da deformação global da estrutura por conta do carregamento de onda e de
enchimento de tanques e também a deformação local por conta de os tanques
adjacentes ao suporte estarem cheios ou vazios;
• Acelerações da UEP causadas pelos movimentos da embarcação;
• Inclinação da embarcação em avaria;
• Pressões no casco:
o externas – ondas;
o internas - carregamentos de líquidos acelerados em tanques;
• Cargas ambientais associadas a todas as condições de projeto (extrema ambiental,
operacional, avaria, pull-in etc);
• Cargas de corrente marinha – interação com as ondas;
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• Green water – embarque de água do mar sobre o convés;
• Impacto de ondas na estrutura (slamming), incluindo sua propagação pelas estruturas;
• Cargas de impacto em guias e batentes durante instalação de estruturas ou
fornecimento de suprimentos;
• Pré-tração em parafusos;
• Colisão de embarcações;
• Objetos caídos;
• Reações na decolagem e aterrissagem de helicópteros;
• Atrito;
• Carregamentos causados por Explosão;
• Carregamentos causados por Incêndio;
• Recalques, descalçamentos, desalinhamentos excessivos;
• Carregamentos causados por equipamentos e veículos de movimentação de cargas.

6.2.1 Sobrecargas Mínimas

O dimensionamento estrutural das áreas de convés deve considerar as cargas


funcionais variáveis baseadas nos valores propostos na tabela abaixo conforme os requisitos
mínimos da Petrobras.
O peso próprio não está incluído na tabela abaixo e deve ser adicionado a cargas
variáveis especificadas na tabela para fins de análise estrutural.
As sobrecargas da Tabela 7 devem ser situadas no nível de cada piso e ajustadas
para considerar os efeitos inerciais das massas correspondentes em todas as direções, para
as análises das estruturas primárias e globais.

Tabela 7 – Cargas funcionais variáveis em áreas de convés


Cargas funcionais em áreas de convés de unidades fixas, semi-submersíveis e
F(P)SO (valores estáticos)

Estrutura local Estrutura Estrutura global


primária
Área
Carga distribuída Carga pontual(2) Carga distribuída Carga distribuída
(kN/m²) (kN) (kN/m²) (kN/m²)

Armazenamento q = max(γ x H; 13) 1.5q q q


Movimentação de 40 40 30 30
carga
Plataforma de
9 9 9 Pode ser
embarcação salva-
ignorado
vidas
Área livre entre 5 5 5 Pode ser
equipamentos ignorado
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Cargas funcionais em áreas de convés de unidades fixas, semi-submersíveis e
F(P)SO (valores estáticos)

Estrutura local Estrutura Estrutura global


primária
Área
Carga distribuída Carga pontual(2) Carga distribuída Carga distribuída
(kN/m²) (kN) (kN/m²) (kN/m²)

Passarelas, escadas 4 4 4 Pode ser


e plataformas ignorado
Passarelas e Pode ser
escadas para 3 3 3 ignorado, exceto
inspeção apenas e rotas de fuga, a
rotas de fuga aplicar 3
Processo(1)(4) 9 9 7 7
(1)(4)
Utilidades 7,5 7,5 6 6
Acomodações 4 4 4 Pode ser
ignorado
Plataforma de 25 25 15 15
mergulho
Depósito, oficina e
15 15 15 Pode ser
área de manutenção ignorado

Heliponto 2 P(3) 2 Pode ser


ignorado
Tetos 2,5 2,5 2,5 Pode ser
ignorado
Tijupá 5.0 5.0 5.0 2.5
Perfuração(1) 25 25 20 20

As seguintes anotações são usadas:

• Estrutura local: projeto de chapas, enrijecedores, vigas e suportes secundários.


• Estrutura primária: projeto de vigas e colunas de convés, vigas de módulo de convés
não inclusas nas treliças.
• Estrutura global: projeto da estrutura principal: casco, jaqueta e fundações, treliças do
módulo de convés, suportes de módulo (bases, stools).
Observação:
γ = peso específico de material de armazenamento; H = altura de
armazenamento;
(1) Para fases iniciais do projeto, quando ainda não houver arranjo de
equipamentos definido e nem controle de peso. Para cargas de equipamento, o peso
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do equipamento mais o peso próprio estrutural e mais 5 kN/m² aplicado sobre uma
área livre circundante deverão ser considerados, vide Figura 1.

Figura 1 – Exemplo de área para aplicação de sobrecarga

(2) As cargas pontuais devem ser aplicadas em uma área de no máximo


100 mm x 100 mm e em posições mais críticas, mas não acrescidas de cargas de roda
ou cargas distribuídas.
(3) P a ser definido de acordo com o item 7.3.3.
(4) A sobrecarga de processo se refere à carga de trabalho nas plataformas e
módulos na região da planta de processo da UEP. A sobrecarga de utilidades se refere
à carga de trabalho nas regiões da UEP fora da região da planta de processo como
por exemplo praça de máquinas, área entre casarios, sala de utilidades, etc.
(5) As sobrecargas não precisam ser aplicadas em áreas livres entre
equipamentos e áreas de manutenção para as condições DEC e de fadiga.
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Figura 2 – Exemplo de área para aplicação de sobrecarga

6.2.2 Proteção Passiva Contra Incêndio

A proteção passiva contra incêndio em elementos estruturais de plataformas deve ser


aplicada em todos os pontos suscetíveis de acordo com cenários de incêndio identificados
que afetem a integridade da estrutura e as funções críticas de segurança. Os cenários de
incêndio e explosão que serão utilizados como dados de entrada no projeto da proteção
passiva contra incêndio da estrutura e das anteparas corta-fogo são identificados no Estudo
de Propagação de Incêndio e no Estudo de Explosão. Estes estudos são demandados pela
Disciplina de Segurança e são especificados conforme DR-ENG-M-I-1.3.
Análises estruturais deverão ser realizadas considerando as cargas atuantes para o
cenário acidental assim como as variações de temperatura sofridas durante os diversos
cenários de incêndio. Estas análises deverão contemplar não-linearidades físicas e
geométricas e o acoplamento térmico-estrutural, captando as redistribuições de tensão
causadas pela mudança das propriedades do material de acordo com a temperatura.
Deverão ser elaborados desenhos para refletir as proteções passivas consideradas
para atendimento aos critérios estruturais e de segurança.
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6.2.3 Proteção anti-corrosiva

6.2.3.1 Proteção Catódica

O Sistema de Proteção Catódica deverá seguir as recomendações definidas na DR-


ENGP-M-I-1.10 – Requisitos Gerais para Proteção Catódica.
Deverá ser fornecida proteção contra corrosão na zona de transição de plataformas
fixas, onde a proteção catódica não é efetiva, a estrutura e acessórios, condutores, tubos I,
Tubos Coletores de Óleo e Tubos de Revestimento etc, de acordo com a API-RP 2A. A parte
submersa da jaqueta deverá ser protegida pelo Sistema de Proteção Catódica de Jaqueta.

6.2.3.2 Margens de Corrosão

Os elementos da estrutura do casco do FPSO devem ser projetados com a premissa


de que durante a vida operacional da Unidade não haverá elementos com espessura menor
que a Espessura de Corrosão Substancial, como definido pela Sociedade Classificadora.
As espessuras (net thickness) das regras das Sociedades Classificadoras (bem como
as espessuras de corrosão substancial) deverão ser acrescidas da margem de corrosão
refletindo previsão de corrosão ao longo da vida de serviço, assumindo boa programação de
manutenção e sistema efetivo de revestimento de proteção nos tanques. Os valores de
margem de corrosão a serem considerados no projeto estrutural do casco são apresentados
na Tabela 8 para 25 anos de serviço. Caso a vida útil seja diferente de 25 anos, os valores
de margem de corrosão deverão ser ajustados linearmente.
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Tabela 8 - Margem de Corrosão de F(P)SO
MARGEM DE CORROSÃO
(mm)
LOCAL ITEM
Tanques de Tanques de Tanques de Espaços
Carga Lastro Slop Vazios
chapa do convés 3.00 3.00 3.00 1.50
alma das longitudinais do convés 2.00 2.50 2.50 1.50
flange das longitudinais de convés 2.00 3.00 3.00 1.50
chapa do costado 3.00 3.00 3.00 1.50
alma das longitudinais do costado 2.50 2.50 2.50 1.50
flange das longitudinais do costado 2.00 2.00 2.00 1.50
ELEMENTOS
LONGITUDINAIS chapa da antepara longitudinal 3.00 3.00 3.00 1.50
alma das longitudinais da antepara
3.00 3.00 3.00 1.50
longitudinal
flange das longitudinais da antepara
2.50 2.50 2.50 1.50
longitudinal
chapa do fundo 3.00 3.00 3.00 1.50
alma das longitudinais do fundo 2.00 2.00 2.50 1.50
flange das longitudinais do fundo 2.50 2.50 3.00 1.50
chapa do gigante transversal do convés 2.50 2.50 2.50 1.50
flange do gigante transversal do convés 2.50 2.50 2.50 1.50
chapa do gigante transversal do fundo
2.00 2.00 2.00 1.50
(pintada)
flange do gigante transversal do fundo
2.00 2.00 2.00 1.50
(pintada)
chapa do gigante transversal do fundo (sem
2.50 NA NA 1.50
pintura)
flange do gigante transversal do fundo (sem
CAVERNAS pintura)
2.50 NA NA 1.50
GIGANTES
chapa do gigante transversal do costado 2.50 2.50 2.50 1.50
flange do gigante transversal do costado 2.50 2.50 2.50 1.50
chapa do prumo gigante da ant. longitudinal 2.50 2.50 2.50 1.50
flange do prumo gigante da ant. longitudinal 2.50 2.50 2.50 1.50
chapa da escora e reforços verticais (“cross-
2.00 2.00 2.00 1.50
tie”)
flanges e reforços horizontais da escora (“cross-
2.00 2.00 2.00 1.50
tie”)
Chapas 2.50 2.50 3.00 1.50

ANTEPARA Prumos 2.00 2.00 2.00 1.50


TRANSVERSAL chapa da travessa / escoa 3.00 3.00 3.00 1.50
flange da travessa / escoa 3.00 3.00 3.00 1.50
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MARGEM DE CORROSÃO
(mm)
LOCAL ITEM
Tanques de Tanques de Tanques de Espaços
Carga Lastro Slop Vazios
chapa do prumo gigante 2.50 2.50 2.50 1.50
flange do prumo gigante 2.50 2.50 2.50 1.50

A margem de corrosão para a bolina deve seguir o valor aplicável à longitudinal de


costado em tanque de lastro.
As estruturas que fazem fronteira entre tanques com diferentes finalidades (exemplo:
antepara longitudinal dividindo tanque de lastro e tanque de carga) devem adotar a margem
de corrosão mais conservadora dentre as aplicáveis.
No caso de a Unidade adotar tanque estrutural como tanque de sedimentação para
início do tratamento de fluidos na planta de processo ou como tanque de offspec (com água
e/ou óleo desenquadrados), o tanque deve ser 100% pintado e as margens de corrosão deste
tanque devem seguir os valores adotados para o tanque de slop.
Em cada região da estrutura propensa a apresentar corrosão por erosão, como sucção
das bombas de carga, bocas de sino das linhas de lastro, drop lines, linhas de nivelamento
de tanques slop, tubos de sondagem etc, deve ser instalada uma chapa sobreposta com
espessura, dimensões e posição conforme a DR-ENGP-M-II-P2-2.2.

6.2.3.3 Pintura em tanques

Área superior (topo do tanque):

• Superfície inferior do chapeamento (chapa e enrijecedores) do convés


principal e todas as superfícies de aço, incluindo anteparas transversais
e longitudinais e seus reforços até 4000 mm para baixo contados a
partir do teto do tanque (Figura 3)
• Cavernas gigantes – transversais do convés (vaus) 100% pintadas,
incluindo uma faixa de contorno de 200 mm de largura em torno da
borboleta de terminação (Figura 3 e Figura 6)

Área inferior (fundo do tanque):

• Superfície superior do chapeamento do fundo e todas as superfícies de


aço, incluindo a antepara transversal e anteparas longitudinais e
transversais, bem como seus reforços até uma altura de 4000 mm,
contada a partir da chapa de fundo (Figura 3 e Figura 5).
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• Cavernas gigantes – transversais de fundo (hastilhas) 100% pintadas,
incluindo uma faixa de contorno de 200 mm de largura em torno da
borboleta de terminação (Figura 3 e Figura 6).

Figura 3 – Regiões mínimas de pintura nos tanques de carga, áreas superior


em inferior do tanque

As travessas/escoas dentro dos tanques de carga devem ter a face superior pintada
e as anteparas transversal e longitudinal nas interfaces com as escoas devem ter uma faixa
de 300 mm da face superior da escoa para cima pintada, conforme Figura 4.
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Figura 4 – Esquemático de pintura da travessa e suas estruturas adjacentes

As Figuras 4 a 8 são exemplos de como devem ser pintadas as estruturas internas dos
tanques de carga.
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Figura 5 – Esquemático de pintura em antepara transversal, áreas superior e


inferior do tanque

Figura 6 – Esquemático de pintura em caverna típica


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Figura 7 – Esquemático de pintura da superfície de topo de travessa

Figura 7 – Esquemático de pintura da superfície de topo de travessa


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Figura 8 – Vista transversal do esquemático de pintura da superfície dos


longitudinais, borboletas e “tripping brackets”, bem como da região de escoas em
antepara transversal

Espaços vazios devem ser completamente pintados.

Para pintura em tanques de sedimentação e tanques de offspec, ver item 6.2.3.2 e


DR-ENGP-M-I-1.21.

6.2.4 Materiais

As especificações de material de plataformas fixas e flutuantes deverão seguir as


referências cabíveis listadas no item 4.
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6.2.5 Plano de Carga

O Plano de Carga deverá conter informações sobre a capacidade de carregamento


em todas as áreas de carga apresentadas no item 6.2.1.
Os desenhos para os vários níveis estruturais, com uma indicação do carregamento
permitido, deverão estar contidos no Plano de Carga.
As áreas de carga no convés e nos topsides devem ter suas capacidades totais (limite
de estrutura primária) e locais distribuídas de carregamentos marcadas em locais visíveis dos
corrimãos ou batentes (entre 1.10 e 1.50 m do piso), em todas as entradas (no mínimo 2
(duas)), dentro e fora, de acordo com valores na Tabela 7.

6.2.6 Acessos para Inspeção

Um plano de inspeção contendo todas as regiões estruturais sujeitas a inspeções e os


respectivos critérios de aceitação deverá ser elaborado de acordo com os requisitos das
sociedades classificadoras para as unidades flutuantes ou de acordo com as especificações
da norma API RP 2A para as plataformas fixas.
Deverá ser previsto acesso para inspeção externa de guias de linhas de amarração e
olhais para a atracação das embarcações de serviço. Caso tais acessos estejam submersos
em condições de operação, deverão ser fornecidos corrimãos para facilitar a equipe de
inspeção submarina.
Deverá ser previsto acesso para inspeção de todas as juntas principais em áreas
especiais sob o convés, não havendo necessidade de montar andaimes adicionais.
Em plataformas semi-submersíveis, deverá ser previsto acesso para inspeção e
manutenção de defensas da coluna e contraventamentos, sem necessidade de montar
andaimes adicionais.
Deverá ser previsto acesso interno aos espaços vazios na Unidade, incluindo
contraventamentos.
Para unidades semi-submersíveis, deverá ser prevista a instalação de uma escada
inclinada em cada lado da Unidade, do convés até o teto dos flutuadores. Deverá ser previsto
acesso para inspeção e manutenção dentro de tanques de carga, tanques de resíduos, lastro
segregado, espaços vazios e cofferdams.
Para tanques estruturais de unidades do tipo F(P)SO ou FPU monocasco, os seguintes
requisitos devem ser aplicados:
a) Tanques de Carga, Lastro, Espaços Vazios, Cofferdams ou Slop
a.1 – Devem-se prover meios de acesso permanente para as anteparas
transversais no lado dos reforços;
a.2 – Deve-se prover pelo menos um acesso longitudinal permanente em
cada lado do tanque a uma distância mínima de 1.6 m e máxima de 3 m em
relação à face inferior da chapa do convés;
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a.3 – Devem-se prover acessos entre os arranjos a.1 e a.2;
a.4 – Deve-se prover meio de acesso permanente na antepara
longitudinal para acesso à região superior das cavernas gigantes. O acesso
permanente deve ser integrado a um elemento estrutural. Olhais que permitam
acesso para inspeção por escaladores devem ser dispostos nas gigantes
transversais e nas longitudinais de convés;
a.5 – Deve-se prover acesso permanente às escoras (cross-tie) dos
tanques,
a.6 – Meios alternativos de acesso, como por exemplo olhais, podem ser
providos para tanques com altura menor que 17 m;
a.7 – Tanques com altura menor que 6 m poderão ter olhais que permitam
montagem de andaimes para inspeção no lugar de meios permanentes.

b) Pique Tanque de Vante e de Ré


b.1 – Para tanques com altura maior que 6 m na linha de centro na
antepara de colisão, meios de acesso deverão ser providos para acesso às áreas
críticas, como teto do tanque, escoas, antepara de colisão e costado.
Os conveses das baleeiras deverão possuir uma extensão nas regiões de proa e de
popa de cada baleeira para permitir acesso seguro às eslingas das baleeiras.

6.2.7 Embarque de água no convés

Ocorrência de embarque de água no convés (green water) e seus efeitos nas


estruturas de topsides e estruturas anexadas ao casco no nível do convés de um FPSO deve
ser contemplada. As cargas correspondentes podem ser obtidas por programas de dinâmica
dos fluidos computacional (CFD) ou, no mínimo, carregamentos prescritos pelas regras da
Sociedade Classificadora podem ser usados.

6.2.8 Cargas de impacto de ondas

Estruturas suporte de fairleads, balcões de ancoragem, balcões de riser, estruturas da


popa e outras anexadas ao casco devem ser concebidas e posicionadas de forma a,
preferencialmente, evitar ou minimizar os efeitos de impacto de ondas (wave slamming).
Deverão ser empregadas chapas suficientemente inclinadas no fundo de cada uma dessas
estruturas e/ou concepções mais transparentes, com o intuito de minimizar o impacto
(slamming).
Quando estas estruturas forem potencialmente sujeitas a cargas de impacto de ondas,
devem ser analisadas considerando-se uma estimativa de carregamento associado a
condição centenária, podendo ser baseada em sua probabilidade de ocorrência, para verificar
a estrutura. Relevância dos efeitos no conforto a bordo bem como nas tensões no casco e
nas vibrações (whipping) de viga navio também deve ser contemplada.
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Cargas de impacto de ondas podem ser calculadas considerando-se programas de
CFD ou por aproximações como descrito na DNVGL-RP-C205 – “Environmental Conditions
and Environmental Loads”.
Quando não puder ser descartado que com as probabilidades de ocorrência de
impacto de ondas e carregamentos associados haja contribuição relevante para o dano por
fadiga, os cálculos de fadiga também devem contemplar as cargas de impacto de ondas.
Quando cargas de impacto de ondas no casco forem significativas tal que causem
vibrações que possam afetar a resposta dinâmica de uma estrutura de topside, então as
frequências naturais desta devem ser mantidas afastadas das frequências naturais de viga
navio no mínimo 20% de diferença para toda a faixa de calados operacionais (condições de
embarcação leve até cheia) e em condições de trânsito, com o intuito de evitar grandes
amplificações dinâmicas. Análises integradas para as estruturas mais suscetíveis, ou seja,
esbeltas e outras potencialmente afetadas, p.ex. modelo de casco/torre do flare (incluindo
efeitos dinâmicos), devem ser realizadas, para avaliar a integridade da torre do flare sob
deflexões dinâmicas do casco, tanto para resistência a cargas máximas quanto para fadiga,
e similarmente para outras estruturas. Quando, por outro lado, essas cargas de impacto não
são significativas para estas estruturas, então a diferença entre suas frequências naturais e
as de viga navio deve ainda ser no mínimo em torno de 10%.

6.3 Estruturas Adicionais

6.3.1 Defensas e Reforços nas áreas de aproximação de embarcações

A estrutura da plataforma na área de atracação de embarcações de apoio e áreas


próximas, onde há risco de colisão, em plataformas fixas e plataformas flutuantes, deve ser
dimensionada e protegida por defensas para minimizar as consequências. Devem-se aplicar
os critérios e metodologia de análise propostos na NORSOK N-003 e NORSOK N-004,
Anexo A.3.
A estrutura do costado do FPSO deve ser capaz de atender aos critérios de estado
limite acidental (ALS) para uma energia de colisão imposta pela embarcação de apoio de
maior deslocamento (massa) prevista para operar com a unidade, com velocidade de 2 m/s,
sem causar ruptura da antepara longitudinal do tanque de carga do FPSO. Caso necessário,
pode-se aceitar a contribuição de solução com compósito aderente ao costado com
capacidade de absorção desse nível de energia. Adicionalmente, essa estrutura deve ser
capaz de atender aos critérios de estado limite último (ULS) de resistência para uma energia
de colisão para a mesma embarcação em condições normais de operação com velocidade de
0,5 m/s, sem causar ruptura do chapeamento do costado. Alternativamente, as velocidades
para cada caso podem ser estimadas por métodos racionais (p.ex. cenários de perda de
máquina para ALS).
No caso de falta de informações ou em estágios iniciais de projeto, deve-se utilizar
uma embarcação com deslocamento de 9.000 t. Deve-se considerar ainda uma massa
adicional hidrodinâmica de 40% do deslocamento para colisões laterais (costado da
embarcação de apoio com costado da UEP) e 10% para colisões frontais (proa e popa da
embarcação de apoio com costado da UEP).
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Para FPSOs, devem ser instaladas defensas elastoméricas fixadas ao costado por
vigas de aço. Não devem ser utilizadas defensas flutuantes. As defensas devem ser
espaçadas e dimensionadas tal que conjuntos delas absorvam a mesma energia de colisão
utilizada para verificação da estrutura do costado em condições normais de operação da
embarcação de apoio (ULS). Sua fundação no costado (fender backs) deve ser dimensionada
para as forças de reação geradas pelas defensas durante a colisão, segundo catálogos dos
fabricantes. A extensão longitudinal da área a ser dimensionada e protegida deve ser de 30 m
a ré do guindaste e de 30 m a vante. A extensão vertical da proteção deve abranger todo o
comprimento considerando a variação entre os calados máximo e mínimo da Unidade,
considerando um comprimento adicional de 3 m acima do calado máximo de operação e 1,5 m
abaixo do calado mínimo de operação da Unidade.
Em unidades fixas, devem-se instalar para-choques com células de choque nas barras
das faces externas da jaqueta e outros elementos estruturais na área de atracação das
embarcações de apoio.
Em unidades flutuantes de tipo semi-submersível, devem-se prover defensas para as
colunas, contraventamentos e demais elementos estruturais localizados na área de atracação
de embarcações de apoio.

O Estudo de Colisão de Navios, com avaliação de riscos a partir do tamanho e


da frequência de aproximação de embarcações, bem como das consequências da
falha, inclusive para a operação da planta de processo, dentre outras, a ser elaborado
conforme requisitos da DR-ENGP-M-I-1.3, deverá servir de referência na definição
das análises estruturais a serem realizadas para as diferentes regiões do casco de
cada unidade. No caso de outros equipamentos/estruturas/tubulação serem
conectados ao costado ou faces externas dessas unidades (p.ex. risers ou tubulões
de captação de água), a necessidade de sua proteção contra colisão deverá ser
avaliada, assim como a energia a ser absorvida, de forma consistente com esse
estudo. As estruturas de proteção podem ser complementadas por defensas
elastoméricas.

6.3.2 Estruturas de Suporte de Turcos de Baleeira e Embarcação de


Salvamento

Os suportes para barco salva-vidas e turcos de embarcação de salvamento deverão


ter suas condições de operação verificadas, considerando um fator dinâmico devido à redução
de velocidade do barco salva-vidas/salvamento quando abaixado, de acordo com as Regras
da Sociedade Classificadora.
O dimensionamento das estruturas de suporte de turcos também deverá estar em
conformidade com a IMO - International Life-Saving Appliance Code – LSA Code – Chapter
VI – Launching and Embarkation Appliances.
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6.3.3 Estrutura do Heliponto

O peso de decolagem máximo para os helicópteros deve ser considerado para a


análise estrutural do heliponto. Este parâmetro deve ser obtido a partir dos dados do maior
helicóptero que se espera pousar de acordo com as bases do projeto.
O projeto, construção e instalação do heliponto deverão estar em conformidade com
as recomendações da NORMAM e requisitos da Sociedade Classificadora.
Com relação a efeitos nas estruturas de topsides por cargas de green water e de
impacto no casco, ver itens 6.2.7 e 6.2.7.

6.3.4 Estrutura da Torre (ou Lança) do Queimador

Estas estruturas, incluindo os suportes e reforços estruturais de casco necessários,


devem ser avaliadas em todas as condições de projeto, incluindo o transporte da Unidade do
estaleiro até sua locação.
A análise estrutural deve levar em conta os movimentos da Unidade (ou aceleração
de transporte), carga de vento e cargas térmicas.
Os gradientes de temperatura através da lança (ou torre) devem ser avaliados para
queima contínua e queima de emergência.
Com relação a efeitos nas estruturas de topsides por cargas de green water e de
impacto no casco, ver itens 6.2.7 e 6.2.7.

6.3.5 Estrutura de Suporte de Risers

O dimensionamento estrutural dos suportes de risers (balcões de risers) deve


considerar cargas de riser, cargas induzidas pela deformação da estrutura da UEP,
acelerações da UEP, pressões no casco externas e internas (carregamentos de tanques) e
cargas ambientais para todas as condições de projeto (extrema ambiental, operacional, avaria,
pull-in etc), além do peso próprio e peso de tubulação, válvulas, equipamentos e outros
dispositivos conectados ao conector do riser.
As cargas induzidas pela deformação da UEP devem considerar a influência da
deformação global da estrutura por conta do carregamento de onda e também a deformação
local por conta de os tanques adjacentes ao suporte estarem cheios ou vazios.
Com referência a cargas de impacto de ondas (wave slamming) e green water, ver
itens 6.2.7 e 6.2.7.
Deverão ser informadas as cargas de risers para as condições estática, operacional e
extrema. Os pontos de aplicação das cargas também devem ser devidamente informados
para cada tipo de riser. Deve-se preferencialmente informar separadamente a carga de riser
devido ao passeio da Unidade, 2ª ordem, e a carga devido aos movimentos da embarcação
na onda, 1ª ordem.
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O projeto da estrutura de suportação deverá ser realizado de acordo com o arranjo de
risers. Na falta desta informação na fase de elaboração do projeto, deverá ser considerada a
sequência de risers mais crítica para dimensionamento da estrutura de suportação.
Deve-se prever acesso do convés para o balcão de risers superior.
Na falta de arranjo de fundo definitivo e/ou para permitir versatilidade quando essas
informações são preliminares e podem ser modificadas, devem-se aplicar os carregamentos
por combinações conservadoras, tanto com relação ao dimensionamento da estrutura do
balcão e suas fundações no casco como local dos I-tubes e receptáculos, por exemplo, aplicar
as maiores cargas de risers em cada slot, apontadas para um mesmo bordo e outras
combinações com potencial de superá-las em regiões específicas.

6.3.6 Interface entre o Turret e a Estrutura da Embarcação

As recomendações para o projeto estrutural do Turret estão definidas na DR-ENGP-


M-II-P2-2.3 – Requisitos para Sistemas de Ancoragem Tipo "Single Point"
A estrutura da embarcação deve ser dimensionada para resistir às maiores reações
transmitidas pelo Turret dentre todas as condições de carregamento previstas em projeto.
Estas reações devem ser devidamente combinadas com as cargas ambientais de mesmo
período de retorno e deve-se, ainda, aplicar as deformações de viga navio correspondentes
e ângulo de incidência de ondas.
A estrutura da embarcação deve ser adequadamente reforçada para respeitar os
limites de deformação aceitável definidos pelo projetista do Turret na região por onde os
roletes transferem as cargas verticais e radiais.
As reações que o Turret exerce sobre a estrutura da UEP devem ser calculadas
através de análise acoplada das linhas de ancoragem e risers.

6.3.7 Estruturas dos Módulos da Planta de Processo

As condições de carregamento utilizadas no dimensionamento das estruturas de


fundação devem ser condizentes com as condições de carregamento utilizadas no
dimensionamento da estrutura dos módulos.
O dimensionamento da estrutura dos módulos deve considerar o peso das estruturas,
equipamentos, tubulações etc de forma que o peso considerado na análise seja no mínimo
igual ao peso operacional com contingência aferido pelo controle de peso.
Devem-se aplicar os carregamentos inerciais de acelerações da UEP de acordo com
o posicionamento do módulo no casco. Os valores de aceleração devem contemplar as
componentes da gravidade paralelas ao convés associadas à inclinação da embarcação
durante os movimentos da Unidade.
Cargas de vento devem ser aplicadas, devendo-se avaliar a necessidade de execução
de uma análise dinâmica para estruturas esbeltas, inclusive módulos altos, além de verificar
as barras para as condições de desprendimento de vórtices.
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Ainda devem ser consideradas as deformações da UEP no dimensionamento da
estrutura dos módulos devidamente combinadas para cada ângulo de incidência de onda e
para cada período de retorno do carregamento.
Com relação a efeitos nas estruturas de topsides por cargas de green water e de
impacto no casco, ver itens 6.2.7 e 6.2.7.
Para fins de dimensionamento local da estrutura dos módulos devem ser aplicadas
ainda as cargas funcionais aplicáveis descritas no item 6.2.1. Para fins de cálculo das reações
globais para dimensionamento da estrutura de fundação devem ser consideradas somente
cargas funcionais globais de movimentação de carga e de estocagem.
Deve-se verificar se algum equipamento rotativo pode excitar o período natural da
estrutura do módulo de forma que as reações sejam amplificadas. Neste caso, devem-se
definir as amplitudes de funcionamento aceitáveis, seguindo as disposições da Sociedade
Classificadora, e adotar soluções mitigadoras.
As estruturas de suporte e estruturas do módulo da planta de processo deverão estar
alinhadas e niveladas dentro das tolerâncias estabelecidas no projeto. Dispositivos especiais
e procedimentos de instalação devem ser considerados no intuito de mitigar os efeitos de
desalinhamento e incompatibilidade. Por exemplo, levantamento dimensional prévio à
instalação deverá ser feito tal que, com o lastreamento da Unidade, assim como com a
condição de apoio do módulo no canteiro, seja possível representar o momento da instalação.
Com isso, poderão ser definidos os ajustes a serem feitos nas partes a serem integradas (por
exemplo, no caso de concepção tipo multicoluna em FPSO, o topo das colunas com o fundo
das vigas), de forma a permitir a conexão dentro dos limites aceitáveis de montagem.
As tolerâncias de projeto devem estar dentro dos limites típicos das Sociedades
Classificadoras ou, quando não aplicável, através de análises estruturais dos módulos que
contemplem os desalinhamentos verticais e horizontais máximos previstos. O procedimento
de análise e dimensionamento estrutural deverá incluir critérios que contemplem a
possibilidade de diferentes distribuições de esforços entre as colunas que sejam influenciadas
pela condição de apoio na instalação.

6.3.8 Estruturas de Suporte da Ancoragem

As estruturas de suporte da ancoragem (suporte de fairleads e balcão de ancoragem)


devem ser dimensionadas considerando a ação das cargas ambientais combinadas com a
carga de ancoragem correspondente.
O dimensionamento global das estruturas de ancoragem (suportes de fairleads e
balcão de ancoragem) e suas fundações, em modelo acoplado com o casco com extensão
adequada, deve considerar as cargas operacionais e extremas das linhas de ancoragem
combinadas com as cargas ambientais correspondentes atuantes nessas estruturas. As
estruturas também devem ser verificadas para a fadiga.
Para o dimensionamento local, deve-se utilizar o maior valor de MBL (Minimum Break
Load) dentre os segmentos da linha. Este valor deve ser majorado em 25% (com a estrutura
verificada pelos critérios LRFD com fator de resistência 1.0) e aplicado, individualmente, em
cada fairlead e sua posição correspondente no balcão de ancoragem.
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Com referência a cargas de impacto de ondas (wave slamming) e green water, ver
itens 6.2.7 e 6.2.7.

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