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Fernando A. F. de Melo
DRAFT
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Sumário
2.1 Apresentação .....................................................................................................................
2.2 Notas sobre as etapas que compõem a construção de uma estrada 2
2.1 Notas sobre os Serviços preliminares 2
2.2 Notas sobre a etapa de Terraplenagem 5
2.3 Notas sobre a etapa de Drenagem 9
2.3 Notas sobre a etapa de Pavimentação 15
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Apresentação
O objetivo deste trabalho é fazer um cenário dos processos de Supervisão e fiscalização de
uma obra de Rodovia. Tem a pretensão de ajudar o engenheiro supervisor da Future-BDM
em seu dia-a-dia nas tarefas de fiscalização e gestão das equipas de supervisão.
O segundo capítulo trata da compreensão dos trabalhos que serão executados, analisando,
para a ótica do engenheiro, o que está na obra, as etapas de construção da rodovia,
oferecendo dicas que podem ser bem aproveitadas na hora dos trabalhos de supervisão e
experiências vividas em campo que podem valer na hora que os problemas ocorrerem.
Estes temas sempre terão o enfoque angolano como meta.
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2. Notas sobre as etapas que compõem a construção de
uma estrada
2.1 Notas sobre os Serviços preliminares
Inicialmente vejamos as etapas de uma obra rodoviária com a visão de quem irá estar na
frente da supervisão. Os engenheiros supervisores devem assumir uma postura poativa
durante todo o processo de supervisão de obras. Neste sentido deve permanecer atento a
todos os fatos ocorridos durante a mesma, de modo a antecipar-se aos possíveis problemas
e procurar solucioná-los antes que causem algum tipo de transtorno.
Esta primeira actividade deverá ser realizada de comum acordo com a Construtora e o
Dono da Obra. É necessário analisar as indicações do Contrato da Consultora com o Dono
da Obra a cerca da localização do escritório e suas dependências (salas de trabalho,
copa/cozinha, banheiro, dependências para a equipa, quartos etc.).
Geralmente estas instalações serão fornecidas pela Construtora, mas as conversas deverão
ser antecipadas e definidas em contrato com o Dono da Obra. Normalmente o Engenheiro
Supervisor é informado destas dependências ficando a seu cargo aprová-las ou não.
Nesta etapa é necessário realizar o alinhamento da via, que é o eixo fundamental dos
trabalhos. Este deve ser implantado com o auxílio do Projecto onde consta todas as
informações sobre sua locação, como a relação com a coordenada de partida e os rumos do
alinhamento horizontal (pode informação ser implantada com os equipamentos atuais). O
eixo é composto de tangentes (partes retilíneas da estrada) e curvas (que podem ser
circulares ou de transição espiral). Actualmente é possível fornecer coordenadas UTM para
facilitar esta implantação.
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Fig. - Elementos geométricos da curva horizontal simétrica com espirais de transição.
O cuidado inicial que se deve ter quando do acompanhamento de obra rodoviária é quanto
à veracidade do nivelamento primitivo. É fácil compreender que, em uma Secção de corte,
se o primeiro nivelamento mostrar um relevo com cotas acima da realmente existente, o
volume de corte calculado será maior que o realmente executado. E o que se torna mais
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grave é que, após o início dos serviços (modificação do terreno primitivo) não mais será
possível constatar esse erro.
Para avaliar antes do início do nivelamento, as cotas de toda a rede de marcos que serão
implantadas devem ser conferidas precisamente pela topografia da supervisora e depois
pelo próprio engenheiro, se possível. Nesta actividade é onde se verificam as maiores
discrepâncias de volumes na relação obra x projecto. Este tema é tão importante que o
engenheiro deveria fazer ele mesmo o levantamento, ou caso não se lembre do método de
checagem, deve estar lá, junto ao topógrafo, na hora do levantamento.
Vale ressaltar que a rede de marcos está ali para orientar a topografia em todos os
trabalhos da obra. Ter em mãos as cotas dos marcos validadas com o projecto será de
fundamental importância para a veracidade dos trabalhos.
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Fig. Actividade do maquinário na etapa. Fonte: Tecon
O corte é a parte da rodovia cuja pendente se encontra abaixo do terreno natural, sendo
necessária a actividade de escavação para encontrar a cota projetada. Classifica-se o
material retirado nesta actividade em primeira, segunda ou terceira categoria, cujo custo
de operação vai ascendendo à medida que aumenta o grau de dificuldade na execução da
tarefa, motivado pela a resistência à penetração mecânica que o terreno impõe. O valor
mais alto recai no material de 3ª categoria, pois para sua realização é necessário escavar
com dinamite devido a dureza do subleito que é de rocha. O inverso é a 1ª categoria, cujo
subleito é de solo (areia, argila, silte, etc) e toda a operação é realizada pelo maquinário
normal da construtora.
Normalmente o talude de corte deverá ter a inclinação na proporção 3:2, ou seja, para cada
metro avançado na horizontal a altura aumentará 1,5m. Este dado é compatível com boa
parte dos solos onde serão executados os cortes. Deve-se então proteger tais taludes com a
operação de hidrossemeadura para evitar desagregação do solo, ocasionando
possivelmente ravinas. Existem solos instáveis onde é necessário um estudo de estabilidade
de taludes para a definição da solução nestes casos. Há também a situação das rochas que
podem ter os taludes executados na proporção 1:1 a fim de se reduzirem os custos e os
impactos ambientais.
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saia do aterro (talude) deverá ter a inclinação na proporção 2:3. Este talude deve se
submeter as mesmas regras de segurança do maciço comentadas nos cortes.
Verificação das espessuras das camadas de aterro, feita visualmente (com trena) no
momento da execução (homogeneização) e através dos furos de densidade “in
situ” (que deve ultrapassar toda a camada executada);
Acompanhamento dos furos de densidade “in situ” - controlar a umidade ótima e o
grau de compactação das camadas de aterro - geralmente, quando o material se
encontra na umidade ótima, o grau de compactação está satisfatório. Existem
métodos para se aferir as condições de execução das camadas de terraplenagem e
de pavimentação. As medidas das deflexões podem ser medidas pelo método da
viga Benkelman, ou através de métodos indiretos de aferição das deflexões por
meio de ressonância via deflectômetros de impacto.
Densidade “in situ” pelo método do frasco de areia. Deflectómetro de impacto. Fonte ANTT
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planta e em perfil, o desenvolvimento do pavimento. Assim, numa nota de serviço
constarão todos os elementos que possibilitem a marcação de uma das camadas do
pavimento visando sua execução. A espessura do pavimento, determinada por
intermédio de ensaio específico, será decomposta em parcelas correspondentes às
camadas constituintes do pavimento, inclusive a regularização.
Na fase de terraplenagem, o material retirado de cortes que não for aproveitável, é lançado
nos “bota fora”, que devem situar-se além da faixa de domínio, sempre a jusante da
rodovia e em locais seguros. Deve ser feita a proteção vegetal dessas áreas. O pagamento
do serviço é feito por metro cúbico de material retirado. Para confecção de aterros são
utilizados, além do material de corte de boa qualidade, o material proveniente de jazida de
empréstimo. O pagamento é feito por metro cúbico de material compactado.
Normalmente esta faixa é de um metro (verificar em projecto, pois ela pode variar), mas
há ocorrências de que a Secção foi executada a menor e na pavimentação esta distância
pode ser pintada com até 30 cm apenas. Ora isto é um ganho substancial livre para a
construtora que pode deixar de fazer 0,70m longitudinais de execução, em suas operações
de terraplenagem, pavimentação e no ganho de volume de material e drenagem
transversal. Esta verificação é outro item que deve ser exigido pelo engenheiro supervisor à
sua equipa constantemente.
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2.3 Notas sobre a etapa de Drenagem
Iniciando pela chuva pelo estudo do ciclo da água tem-se basicamente quatro destinos:
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Como o projecto geométrico é de fundamental importância conhecer bem o projecto de
drenagem, pois em suas plantas são indicadas os tipos de dispositivos que devem ser
implantados e sua localização. Atenção na execução dos drenos, pois estes são enterrados
e se a equipa da construtora alegar que já estão terminados é necessária uma comprovação
com aberturas testemunhas, caso não se tenha certeza de sua execução.
2.3.1.1 Betão:
Simples:
Duplo:
Triplo:
2.3.1.2 Metálicos :
− Fundação direta; Todo Aqueduto construído sobre solo firme, deverá receber uma
fundação direta. Contudo, mesmo que a fundação seja direta, é recomendado um pequeno
empedramento compactado, com objetivo de reforçar o solo de fundação, que geralmente
apresenta a camada superficial fofa. Sobre o empedramento é executado o berço de betão.
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− Fundação com Estacas Quando o terreno de fundação apresenta solo de baixa resistência
com profundidade maior que h=2,00m, a fundação terá que ser estaqueada.
Os drenos profundos são instalados nos pés dos cortes para que haja um rebaixamento no
nível do lençol freático e este não danifique a estrada, onde se combate a 4ª parte do ciclo
hidrológico.
A água subterrânea pode prejudicar a estrutura das estradas, devendo ser eliminada ou
reduzida por rebaixamento dos lençóis freáticos. Estes devem ser mantidos pelo menos à
uma profundidade de 1,5 a 2 metros do subleito das rodovias, dependendo do tipo de solo
da área considerada. Os dispositivos de drenagem subterrânea mais comuns são os:
− Drenos profundos;
− Drenos espinha-de-peixe;
− Colchão (camada) drenante;
− Valetões laterais;
2.3.2.1 Drenos Profundos são drenos subterrâneos que se caracterizam por sua maior
profundidade em relação a pendente de terraplanagem, tendo como objetivo rebaixar
(e/ou interceptar) o lençol freático, impedindo que este atinja o corpo da estrada. São
instalados referencialmente em profundidades entre 1,5 e 2,0 m, em cortes, nos terrenos
planos que apresentem lençol freático próximo ao subleito e em áreas eventualmente
saturadas próximas ao pé de taludes, principalmente nos casos em que forem encontradas
camadas permeáveis intercaladas com impermeáveis, mesmo que sem a presença de água
por ocasião da pesquisa do lençol freático. localização: − Serão projetados drenos
profundos nos locais onde haja necessidade de interceptar e/ou rebaixar o lençol freático:
Posição: Devem ser executados à distância mínima de 1,50 m do pé dos taludes de corte,
mas isto não se aplica a cortes em rocha, quando não há distância mínima. Sua
profundidade média nos cortes varia geralmente entre 1,5 e 2,0 m.
O material filtrante poderá ser areia ou material sintético, escolhido após a análise técnica
e econômica.
Sobre drenos nos cortes em rocha - Nos cortes em rocha, não é necessário guardar a
distância de 1,5 m do pé do talude. Em geral tem profundidade máxima de 0,60 m a partir
do fundo do rebaixo, e Secção retangular. Os drenos longitudinais são geralmente cegos.
Quando ocorrer nos cortes a presença simultânea de solo e rocha, será construído no limite
entre eles, no segmento em rocha, um dreno cego, interligado por meio de caixas ao
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sistema de drenos longitudinais, para captar e conduzir as águas que possam percolar ao
longo da superfície do segmento em rocha. Quando nesses cortes o segmento em solo
situar-se à montante, é necessário analisar a conveniência de reduzir a 3.2.3profundidade
dos drenos em solos e/ou aprofundar os drenos em rocha a fim de estabelecer
continuidade do fluxo d'água drenada.
2.3.2.3 Colchão Drenante - Com o mesmo objetivo que os drenos anteriores, situa-se à
pequena profundidade no leito, e constitui-se de uma ou mais camadas de material
permeável, colocadas em toda a largura da área drenada. São adotados quando o volume a
ser drenado for muito grande, não sendo possível o uso de espinha-de-peixe. São usadas:
O colchão drenante pode tirar o engenheiro supervisor de “enrascadas” quando este for
acionado para dar solução em campo a situações de solos saturados (solos situados em
pontos baixos, cuja concentração de água é notada). Colchões de 20 a 40cm podem ser a
solução se implantados na base do aterro.
Na altura é necessário diferenciar os solos saturados dos solos moles. Estes últimos,
considerados argilas moles (ou turfas), devem ter soluções distintas, através de estudos
específicos e desenhos bem explicitados, contemplando aterros de conquista, Colchões
drenantes, drenos verticais (ou geodrenos), com geogrelhas ou geotêxtis.
Em geral estes problemas são reconhecidos na fase de projecto e estas soluções já estão lá
detalhadas. O que não pode é estar fora do planeamento da construção da obra, pois elas
demandam tempo para a construção e acomodação do solo mole, sendo por vezes a obra
inaugurada e a solução ainda em fase de progresso.
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Caso a obra se depare com este problema e a solução não tenha sido dada em projecto, o
engenheiro supervisor deverá contactar o Dono da Obra e a empresa projectista para que
os estudos sejam realizados e o projecto elaborado.
2.3.3 Drenagem Superficial – Esta tem os dispositivos quase todos executados na etapa de
pavimentação.
Portanto, para evitar problemas desta natureza, lançamos mão de dispositivos que
conduzirão as águas superficialmente na rodovia
2.3.1 Valeta de proteção de corte e aterro; As valetas de proteção têm como finalidade
impedir que as águas procedentes das encostas de montante atinjam a rodovia, evitando
erosões e desestabilização do talude de corte e aterro, garantindo sua estabilidade.
2.3.2 Valeta de proteço de corte e aterro; Tem como objetivo captar as águas que
precipitam sobre a plataforma e taludes de corte e aterro, conduzindo-as ao local de
deságüe seguro.
2.3.3 Valeta de Lancil de corte e aterro; As Valeta de Lancil são dispositivos que tem como
objetivo captar e conduzir a água precipitada no talude e na plataforma dos lancís
conduzindo longitudinalmente a um local seguro. 20
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2.3.4 Caixa Coletora; As caixas coletoras têm por finalidade coletar as águas oriundas das
Valeta de proteção de cort3e, das descidas d’água dos cortes e talvegues, conduzindo-as
para fora do corpo da estrada através dos Aquedutos.
2.3.5 Saída de água de Corte e Aterro; As saídas d’água também denominadas entradas
d’água são coletores das águas das Valetas de aterro conduzindo-as para as descidas
d’água. São utilizadas quando é atingido o ponto crítico da Valeta de proteção de corte , e
nos pontos baixos das curvas verticais côncavas e junto às pontes.
2.3.6 Descida de água de Aterro São dispositivos que tem como objetivo, conduzirem as
águas provenientes das Valeta de aterro quando é atingido seu comprimento crítico e nos
pontos baixos das curvas verticais côncavas, desaguando em terreno natural.
2.3.7 Descida de água de Corte - São dispositivos destinados a dirigir as águas proveniente
da valeta de proteção de corte para as caixas coletoras dos Aquedutos de pendente, de
onde serão conduzidas para fora do corpo da estrada.
Neste item também se consideram os Gabiões, que são muros de pedras confinadas em
caixas de telas de aço. Elas obedecem a uma determinada granulometria para não saírem
dos orifícios das telas. As caixas são justapostas formando muros que são construídos ao
final de aterros e cortes muito íngremes, ou nas margens de riachos próximos a estrada que
têm o objetivo primordial de conter erosões.
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2.4 Notas sobre a etapa de Pavimentação
Esta etapa é das mais importantes, pois ela é sempre definidora dos contratos de obra.
Quando da implantação da rodovia, executando o pavimento dimensionado, quanto do
contrato de restauração do pavimento, onde se vai consertar e manter o pavimento
danificado.
As notas aqui descritas estão separadas em obras de implantação (item 2.4.1) e notas sobre
obras de pavimento existente (item 2.4.2)
Esta etapa é conhecida como a colocação do betão betuminoso na estrada. Sabe-se que
não é só disto que se constitui esta fase. Nela se inserem as actividades de execução da
infra-estrutura da rodovia que é composta de uma camada de nivelamento do sub-leito,
camada de sub-base, camada de base e camada de desgaste. Cada camada tem suas
características técnicas, como resistência, densidades e outros índices físicos que devem ser
levados em conta em ensaios no local e no laboratório para uma perfeita execução do
serviço. Isto faz parte do controle tecnológico da supervisão e esta deve ter uma equipa
Existem camadas que são aplicadas sobre a base para impermeabilizar, proteger em relação
ao tráfego e aderir à camada de desgaste. Estas são as imprimações que podem ser
auxiliadas por regas de colagem o que são aplicadas quando já se demandou certo tempo
de aplicação da camada de rega de impregnação. A pavimentação é uma etapa crucial da
obra e, juntamente com a drenagem é responsável pela integridade da estrada.
Vamos relembrar as camadas que montam a pavimentação de uma rodovia. São citados
alguns dos diversos tipos de materiais e camadas que podem compor a estrutura do
pavimento que, basicamente, é formada por regularização do sub-leito, sub-base, base e
camada, ou camadas de desgaste:
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Fonte IPR.DNIT
2.4.1.1 Sub-Leito - É o terreno de fundação onde será apoiado todo o pavimento. Deve ser
considerado e estudado até as profundidades em que atuam significativamente as cargas
impostas pelo tráfego (de 0,60 a 1,50 m de profundidade).
Os solos podem ser classificados segundo suas propriedades e seu comportamento. Um dos
métodos mais utilizados é o Índice de Suporte Califórnia - CBR (Califórnia Beating Ratio). Se
o CBR do sub-leito for < 2% , ele deve ser substituído por um material de melhor qualidade
(2% ≤ CBR ≤ 20%) até pelo menos 1,00 metro. Se o CBR do material do sub-leito for ≥ 20%,
pode ser utilizado como sub-base.
2.4.1.2 Reforço do subleito: Esta camada extra serve para melhorar as qualidades do sub-
leito e regularizar a espessura da sub-base. É a camada de espessura constante
transversalmente e variável longitudinalmente executada sobre o sub-leito regularizado.
2.4.1.4 Sub-Base - Camada complementar à base. Deve ser usada quando não for
aconselhável executar a base diretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço,
por circunstâncias técnico-econômicas. Pode ser usado para regularizar a espessura da
base.
a. Solo Laterítico: é um solo que ocorre muito no território angolano e comumente sob a
forma de crostas contínuas, como concreções pisolíticas isoladas ou, ainda, na forma
de solos de textura fina, mas pouco ou nada ativos. Suas cores variam do amarelo ao
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vermelho mais ou menos escuro e mesmo ao negro. Tais solos dificilmente
enquadram-se nas classificações tradicionais de emprego como agregado para
confecção de misturas estabilizadas. Solos lateríticos exibem propriedades peculiares
como elevada resistência, baixa expansibilidade, apesar de serem plásticos e baixa
deformabilidade. Existem estudos que comprovam ISC próximos a 100% (Humberto
Santana).
d. Solo Brita: É uma mistura de solo natural e pedra britada. Usado quando o solo
disponível, geralmente areno-argiloso, apresenta deficiência de agregado graúdo
(retido na peneira # 10). A pedra britada entra na mistura para suprir esta deficiência,
aumentando as características de resistência do material natural.
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Em sua composição são utilizados asfaltos diluídos de baixa viscosidade, a fim de permitir a
penetração do ligante nos vazios da base. São indicados os asfaltos diluídos do tipo CM-30 e
CM-70.
O serviço é feito por meio do caminhão tanque aspargidor de asfalto, equipado com barra
aspargidora e caneta distribuidora e bomba reguladora de pressão. A quantidade de
material aplicado é da ordem de 0,7 a 1,0 l/m2 .
Deve-se atentar para a formação de poças de ligantes na superfície da base, pois o excesso
de ligante retardará a cura do betão betuminoso prejudicando a camada de desgaste. Nos
locais onde houver falha de imprimação a camada de desgaste tenderá a se deslocar.
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c. Areia Betuminosa Usinada a Quente: Em regiões que não existem agregados graúdos
(brita), utiliza-se como camada de desgaste, sendo uma mistura executada a quente,
em usina apropriada, com características específicas, composta de agregado graduado
(areia), material de enchimento se necessário (filler) e cimento betuminoso, espalhada
e compactada a quente. Estas misturas, devido a elevada quantidade de ligante
betuminoso e presença de agregados de pequenas dimensões requerem muito
cuidado em sua execução. Um dos maiores problemas desta mistura é a facilidade de
surgirem deformações permanentes, comparadas às usinadas com a presença de
agregados de maiores dimensões, que têm sua estabilidade aumentada devido a este
fato.
É uma mistura, com consistência fluida, de agregados miúdos (areia), filler (ou material
de enchimento) e emulsão betuminosa, que deve ser aplicada sobre a superfície em
questão.
Os pavimentos em Angola são em sua maioria estruturas com camadas granulares (sub-
base e base) e com camadas de desgaste em betão betuminoso ou tratamento (TSD).
Assim, com o uso, as camadas estruturais vão sendo impactadas pela a ação das cargas do
tráfego (fadiga, desgaste, escorregamentos etc.), do meio (chuvas, enchentes, sol etc.) e até
por falhas na execução.
Desta forma são necessários projectos de restauração destas estradas que vão gerar novos
levantamentos e análises destes dados para procedimentos que culminarão em soluções
para reparo, conservação e manutenção da rodovia.
Os objetivos deste tópico são: primeiro, fornecer ao engenheiro supervisor subsídios para
que ele identifique rapidamente, se possível, quando estes defeitos começarem a aparecer
na obra em execução e saná-los. Segundo evitar suas causas que, em sua maioria, advém
de falhas de execução dos serviços. Sabendo a consequência é possível se antecipar
evitando as causas.
Os defeitos podem se apresentar sobre a rodovia por diversos motivos, porém, erros de
projecto e execução podem contribuir para o surgimento ou desenvolvimento de
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patologias que irão prejudicar a funcionalidade da rodovia. A seguir os principais problemas
encontrados para esses tipos de pavimentos.
b) Trinca Longitudinal - É uma trinca isolada que se manifesta paralela ao eixo da via. Para
Bernucci et al., (2008), entender a causa é fundamental para selecionar o reparo
adequado, sendo que muitas trincas paralelas podem eventualmente se formar a
partir de uma fissura inicial. DNIT (2005) traz que os fatores que ocasionam essa
patologia não estão racionados diretamente com as tensões geradas pelas rodas dos
veículos. Com isso, os principais causadores desses defeitos são:
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c) Trinca de Bordo - é um defeito isolado caracterizado por uma trinca longitudinal ou
por uma área trincada acompanhada por desintegração ou erosão no decorrer da
borda da pista ou no acostamento. A utilização de materiais adequados e uma boa
execução dos serviços podem contribuir para que esta patologia não ocorra. Suas
principais causas estão relacionadas diretamente com:
a construção defeituosa entre a união da pista com o acostamento;
diferença de rigidez entre os materiais utilizados no acostamento, alargamento
e pavimento existente;
falta de compactação e;
a falta ou insuficiência de drenagem.
d) Trinca por Reflexão - as trincas por reflexão ocorrem quando existem trincas nas
camadas inferiores que se alastram em direção a camada de desgaste e o mesmo
padrão que o defeito apresenta nas camadas inferiores é mantido em sua reflexão na
superfície. Geralmente, essas trincas são causadas por reflexão de placas de concreto
de cimento Portland. A ação do tráfego próximo ou sobre uma trinca existente é um
fator determinante para o desenvolvimento dessa patologia, dependendo das tensões
aplicadas, a propagação de uma trinca por reflexão pode variar em uma velocidade
entre 20 mm e 50 mm por ano, tendo assim, como principal consequência a redução
da vida de fadiga da camada de desgaste de forma significativa.
Fig - Reflexão das Trincas da base de solo-cimento para a camada de desgaste betuminosa. Fonte:
J.T.Balbo. 2007.
e) Trinca em Blocos - Como o próprio nome indica, segundo DNIT (2005), a trinca em
bloco é um defeito que apresenta formato bem definido de “blocos” compostos,
constituindo- se por diversas trincas interligadas com lados bem definidos e aspecto
mais ou menos retangular, podendo, ou não, exibir erosões acentuadas nas bordas.
22
Fig – Trincas de bloco sem erosão e com erosão. Fonte: Bernucci et all.
Fig - Trinca couro de jacaré com erosão e sem erosão. Fonte: Bernucci et all.
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mistura betuminosa inadequada para a carga solicitante;
enfraquecimento de uma ou mais camadas por causa da infiltração de água.
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a ligação inadequada entre camada de desgaste e a camada inferior;
a compactação inadequada da mistura betuminosa ou da parte superior da
camada de base e;
a fluência plástica da camada de desgaste sob a alta variação de temperatura.
a falha na dosagem de mistura e;
falha na seleção de tipo de camada de desgaste betuminosa.
Fig a) Exsudação na parte central, b) Exsudação na pista total, c) detalhes. Fontes: Bernucci, 2006, p. 420;
Pinto, 2003; Silva, 2008.
25
presença de água no interior da camada de desgaste e;
falhas com o manuseio do ligante betuminoso nos serviços por penetração
(DNIT, 2005).
Fig – a) Ninho com água, b) Ninho na lateral c) Ninho no centro da pista, atingindo a base. Fonte: Pinto
2003 e Silva 2008.
n) Peladas - As peladas são falhas da camada de desgaste tipo TSD e surgem devido as
seguintes causas:
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Fig – Peladas. Fonte: Pinto 2003.
27
perda de material superficial gerado por intempéries em acostamentos não
pavimentados,
erros na execução e, também,
problemas na execução de recapeamentos.
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2.6 Notas sobre a etapa de Sinalização
Esta etapa deve controlar a aplicação da sinalização horizontal, garantindo a espessura das
faixas e sua reflectibilidade (feita através do aparelho reflectômetro).
A sinalização vertical corresponde as placas e deve ser verificada a sua perfeita localização e
dimensões corretas, pois são função da velocidade de projecto, como quase todos os
parâmetros do projecto de sinalização.
As barreiras de betão também são itens de sinalização e as pré-fabricadas tem preço maior
do que as moldadas no local (principalmente por máquina extrusora).
Deve-se garantir as espécies que foram determinadas para ser plantadas ao longo dos
taludes. Deve-se garantir a plantação das áreas de corte e aterros.
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3 NOTAS SOBRE O PROJECTO DA RODOVIA
Este módulo vem auxiliar o engenheiro supervisor a analisar o projeto que chega a suas
mãos em suas diversas disciplinas, sendo comentado os diversos elementos que compõem
os projectos. Deve-se atentar que nem todas as informações serão exigidas no território
angolano, mas foram colocadas para aprimoramento do leitor e do redator.
MESES
ITEM SERVIÇO
TOTAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4%
INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
118.807,41
1 2.855.947,25
DO CANTEIRO
50% 50%
MOBILIZAÇÃO E
42.859,77
42.859,77
2 85.719,54
DESMOBILIZAÇÃO
8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 4,0%
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
1.923.094,46
961.547,23
3 TERRAPLENAGEM 24.038.680,79
5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 4% 4% 4% 4% 4%
184.368,92
184.368,92
184.368,92
184.368,92
184.368,92
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
230.461,16
4 DRENAGEM 4.609.223,11
7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 2%
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
294.688,80
84.196,80
5 OAC 4.209.839,93
10% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6%
3.683.677,29
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
2.210.206,37
6 PAVIMENTAÇÃO 36.836.772,90
931.549,22
931.549,22
931.549,22
931.549,22
7 SINALIZAÇÃO 4.657.746,11
6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4%
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
354.826,55
236.551,03
236.551,03
236.551,03
236.551,03
236.551,03
236.551,03
236.551,03
10% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9%
2.200.760,48
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
1.980.684,43
10% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9% 9%
43.568,77
39.211,89
39.211,89
39.211,89
39.211,89
39.211,89
39.211,89
39.211,89
39.211,89
39.211,89
39.211,89
6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 4%
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
87.047,66
58.031,78
10 OAE 1.450.794,40
107.101.792,30
2.654.099,48
2.654.099,48
2.654.099,48
3.008.926,03
6.692.603,32
7.239.028,73
7.239.028,73
7.239.028,73
4.902.969,95
4.769.830,06
7.463.461,65
6.277.481,49
5.105.442,27
5.021.245,47
4.827.861,83
5.701.379,28
3.681.482,96
1.286.907,66
1.050.356,63
1.471.276,59
5.219.132,41
5.219.132,41
5.219.132,41
413.496,20
R$
% 0,39% 2,48% 2,48% 2,48% 2,81% 6,25% 4,87% 4,87% 4,87% 6,97% 6,76% 6,76% 6,76% 5,86% 4,77% 4,69% 4,58% 4,51% 4,45% 5,32% 3,44% 1,37% 1,20% 0,98%
TOTAL GERAL 107.101.792,30
103.202.962,37
104.674.238,95
55.676.240,33
84.222.408,24
89.050.270,07
107.101.792,30
23.296.456,41
28.515.588,82
33.734.721,23
62.915.269,06
69.192.750,55
74.298.192,82
79.319.438,29
105.961.146,61
3.067.595,68
8.375.794,65
11.384.720,68
18.077.324,01
93.820.100,13
99.521.479,41
41.198.182,88
48.437.211,61
5.721.695,17
413.496,20
ACUMULADO R$
% ACUM ULADO 0,4% 2,9% 5,3% 7,8% 10,6% 16,9% 21,8% 26,6% 31,5% 38,5% 45,2% 52,0% 58,7% 64,6% 69,4% 74,1% 78,6% 83,1% 87,6% 92,9% 96,4% 97,7% 98,9% 99,9%
30
3.2.1 Quadro de Características Técnicas
Olhando para estes quadros o Engenheiro Supervisor poderá sentir como se comporta
geometricamente o troço que ele irá trabalhar. Nota-se que a análise destas informações
será de grande valia para uma apreciação comparativa que o Supervisor poderá fazer à
medida que prossiga em sua profissão, ou cotejando com troços próximos em que se
consiga averiguar. Isso dará ao engenheiro uma visão crítica da geometria das rodovias.
São desenhos elaborados das diversas situações que a estrada deverá adotar na medida
que o troço avança. Estes croquis devem constar de larguras de cada elemento que será
construída a Secção ou impactado com a obra. Haverá sempre uma Secção quando a
estrada passar por travessias urbanas, vias laterais, desvios com grandes dimensões etc. Em
cada Secção deverá ser indicada sua posição através do segmento em que ela será
implantada.
31
Secção transversal tipo entre os km
10+320 -12+543
Planta
Perfil
Pendente
32
O engenheiro deve ganhar tempo (não se perde tempo fazendo isso) analisando o projecto
geométrico. Observar o alinhamento horizontal da estrada, seus desvios do leito natural, ou
da estrada existente, as curvas e seus componentes (raios, comprimentos circulares, curvas
espirais, tangentes, etc.). Verificar estes dados nas folhas de desenhos de projecto
geométrico. Com o tempo (e a experiência) é possível reconhecer problemas no projeto
caso estes existam (curvas sinuosas demais, ou sinuosidade desnecessária, respeito aos
padrões das normas, como raio mínimo por exemplo, etc.).
O mesmo procedimento de análise deve ser feito para o alinhamento vertical, a pendente
da estrada. Nesta análise se verificam os comprimentos de curvas verticais Y, ou um dado
de avaliação que é o número K da curva. Este número é calculado para cada curva e existe
um K mínimo padronização mínima por classe da estrada. Ele garante a de qualidade
geométrica da curva vertical. (fórmula). É muito importante notar que ao analisar o perfil
longitudinal constante no projeto (o projeto geométrico é normalmente apresentado em
folhas com planta e perfil), vemos que a escala vertical é 10 vezes maior que a escala
horizontal. Serve para ressaltar as alturas constantes e consideradas em projecto.
Dependendo do contrato, solicitar na obra uma cópia em formato .DWG. Estes são arquivos
do Autocad ou Civil 3D e que podem também ser visualizados nos softwares Bentley (Power
Civil, Topograph, Microstation, Open Roads). Com estes arquivos é possível uma análise
mais detalhada do projecto.
É necessário ter em mente que o projecto manda construir e o que está sendo executado.
Se de comum acordo com o Dono da Obra, o projectista e a Construtora for passível de
eliminação de algum troço de drenagem ou outro componente qualquer, estes elementos
devem ser descontados da planilha de medição.
33
3.3 Notas sobre o Projecto Terraplenagem
Aqui neste trabalho vamos particularizar a segunda forma, pois demanda um detalhamento
maior que a primeira e é a que mais fornece informações à Supervisão, mantendo a obra a
seguir por um planeamento mais estruturado. A primeira forma é a mais praticada em
Angola.
3.3.1 Nota sobre Secções transversais, que devem caber na Secção geométrica definida
para cada local.
34
volumes de das diversas procedências de material (cortes, alargamentos, rebaixamentos e
empréstimos), bem como os volumes para onde os materiais serão destinados (aterros,
reaterro dos rebaixamentos e bota-foras).
RE SUMO DE T ER R A P L E N A G E M
TO TA L 1.397.731,92 - - 1.397.731,92
4 - ESCAVAÇÃO EM SOLO COM BAIXA CAPACIDADE DE SUPORTE C/ TRANSPORTE P/ BOTA-FORA COM DMT = 0,23 km...............................................................................
56.754,20 m³
-
5 - CAMADA DRENANTE EM AREIA PARA SOLO COM BAIXA CAPACIDADE DE SUPORTE COM DMT = 16,00 km .....................................................................................
56.754,20 m³
6 - COMPACTAÇÃO DE ATERROS :
95% DO PROCTOR NORMAL ............................................................................................................................... 672.964,26 m³
Estes dados servem para auxiliar a construtora a realizar suas programações para os
planeamentos de longos, médios e curtos prazos.
35
Seus dados podem ser analisados e os volumes evidenciados com o objetivo de rearranjar
os planeamentos propostos no projecto, caso necessário. Para empréstimos é orientado
um mínimo de 5 furos por ocorrência.
Uma das informações que se pode retirar do quadro seria a de onde estão os materiais
mais próximos para se construir um determinado aterro, identificado em um determinado
36
segmento da estrada. De outra forma poderíamos saber qual seria a alternativa mais
econômica para destinar um material que foi cortado em um segmento da obra. Seria no
próximo aterro, ou é melhor encaminhá-lo a um bota-fora? Estas questões são bem
esclarecidas olhando as linhas que compõem um determinado aterro, ou identificando a
linha correspondente ao corte em questão.
Vale ressaltar que todos os elementos são numerados e localizados pelo intervalo onde
estão dispostos na estrada.
37
3.4.1 Notas sobre a Secção transversal tipo de pavimentação
Fig As fontes dos materiais são indicadas em um diagrama linear onde as distâncias até o troço são colocadas
na vertical.
É bom verificar as distâncias dos materiais betuminosos que estão fora do troço, elas
servem para se comparar com as notas fiscais dos caminhões que transportam estes
materiais para serem armazenados nos estaleiros e utilizados no troço.
38
Estas planilhas complementam os desenhos anteriores e detalham de forma minuciosa a
aplicação do material de determinada camada (Reforço, Sub-base, base, rega de
impregnação, rega de colagem e camada de desgaste) em um determinado segmento do
troço.
São fornecidas informações do tipo espessura da camada, tipo de material, área, volume,
distâncias de transportes e quando as camadas são betuminosas, os coeficientes que foram
utilizados para os cálculos das quantidades destes materiais.
Existem dois tipos de quantidades que são coletadas nestas tabelas, a totalização das
camadas em áreas, volumes e toneladas e as quantidades dos materiais betuminosos,
calculados através das taxas que eles participam na mistura. As quantidades dos materiais
servirão para informar as compras que a construtora deverá fazer para executar
determinada camada betuminosa.
Estaca Inicial Estaca Final Pista Consumo/ Unidade Quantidade Consumo/ Unidade Quantidade
Extensão Largura Espessura Área Volume Densidade Massa Unidade Quantidade Material Origem Destino DMT Tipo
Taxa de Taxa de
2 3 3 Dist.Eixo
(m) (m) (m) (m ) (m ) (t/m ) (t) Ocorrência Estaca (Km) Aplicação Aplicação
(Km)
PISTA DE ROLAMENTO E FAIXA DE SEGURANÇA
Eixo de projeto que inicia na estaca 3.000
3.000 + 0,00 3.005 + 9,22 109,22 8,20 0,05 895,63 44,78 2,400 107,48 t 107,48 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 0,15 t x km 16,62 CAP-50/70 5,5 % t 5,91
3.005 + 9,22 3.008 + 19,22 70,00 9,95 0,05 696,50 34,83 2,400 83,58 t 83,58 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 0,24 t x km 20,41 CAP-50/70 5,5 % t 4,60
3.008 + 19,22 3.011 + 19,22 60,00 11,70 0,05 702,00 35,10 2,400 84,24 t 84,24 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 0,31 t x km 26,05 CAP-50/70 5,5 % t 4,63
3.011 + 19,22 3.013 + 8,30 29,08 9,95 0,05 289,35 14,47 2,400 34,72 t 34,72 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 0,35 t x km 12,28 CAP-50/70 5,5 % t 1,91
3.013 + 8,30 3.039 + 9,59 521,28 8,20 0,05 4.274,52 213,73 2,400 512,94 t 512,94 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 0,63 t x km 322,61 CAP-50/70 5,5 % t 28,21
3.039 + 9,59 3.042 + 1,22 51,63 9,95 0,05 513,71 25,69 2,400 61,65 t 61,65 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 0,92 t x km 56,43 CAP-50/70 5,5 % t 3,39
3.042 + 1,22 3.047 + 12,15 110,93 11,70 0,05 1.297,92 64,90 2,400 155,75 t 155,75 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 1,00 t x km 155,23 CAP-50/70 5,5 % t 8,57
3.047 + 12,15 3.051 + 3,26 71,11 11,70 0,05 832,03 41,60 2,400 99,84 t 99,84 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 1,09 t x km 108,60 CAP-50/70 5,5 % t 5,49
3.051 + 3,26 3.063 + 0,94 237,68 11,70 0,05 2.780,83 139,04 2,400 333,70 t 333,70 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 1,24 t x km 414,49 CAP-50/70 5,5 % t 18,35
3.063 + 0,94 3.066 + 0,00 59,06 9,95 0,05 587,65 29,38 2,400 70,52 t 70,52 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 1,39 t x km 98,05 CAP-50/70 5,5 % t 3,88
3.066 + 0,00 3.170 + 6,12 2.086,12 8,20 0,05 17.106,22 855,31 2,400 2.052,75 t 2.052,75 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 2,46 t x km 5.056,04 CAP-50/70 5,5 % t 112,90
3.170 + 6,12 3.173 + 16,74 70,61 9,95 0,05 702,61 35,13 2,400 84,31 t 84,31 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 3,54 t x km 298,59 CAP-50/70 5,5 % t 4,64
3.173 + 16,74 3.185 + 16,57 239,83 11,70 0,05 2.806,02 140,30 2,400 336,72 t 336,72 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 3,70 t x km 1.244,75 CAP-50/70 5,5 % t 18,52
3.185 + 16,57 3.189 + 16,48 79,91 9,95 0,05 795,11 39,76 2,400 95,41 t 95,41 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 3,86 t x km 367,97 CAP-50/70 5,5 % t 5,25
3.189 + 16,48 3.223 + 17,27 680,79 8,20 0,05 5.582,45 279,12 2,400 669,89 t 669,89 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,24 t x km 2.838,25 CAP-50/70 5,5 % t 36,84
3.223 + 17,27 3.227 + 7,27 70,00 9,95 0,05 696,50 34,83 2,400 83,58 t 83,58 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,61 t x km 385,49 CAP-50/70 5,5 % t 4,60
3.227 + 7,27 3.230 + 7,27 60,00 11,70 0,05 702,00 35,10 2,400 84,24 t 84,24 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,68 t x km 394,01 CAP-50/70 5,5 % t 4,63
3.230 + 7,27 3.230 + 17,27 10,00 12,45 0,05 124,50 6,23 2,400 14,94 t 14,94 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,71 t x km 70,40 CAP-50/70 5,5 % t 0,82
3.230 + 17,27 3.232 + 2,27 25,00 13,20 0,05 330,00 16,50 2,400 39,60 t 39,60 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,73 t x km 187,30 CAP-50/70 5,5 % t 2,18
3.232 + 2,27 3.232 + 12,27 10,00 12,45 0,05 124,50 6,23 2,400 14,94 t 14,94 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,75 t x km 70,92 CAP-50/70 5,5 % t 0,82
3.232 + 12,27 3.238 + 2,27 110,00 11,70 0,05 1.287,00 64,35 2,400 154,44 t 154,44 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,81 t x km 742,43 CAP-50/70 5,5 % t 8,49
3.238 + 2,27 3.241 + 12,27 70,00 9,95 0,05 696,50 34,83 2,400 83,58 t 83,58 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 4,90 t x km 409,31 CAP-50/70 5,5 % t 4,60
3.241 + 12,27 3.295 + 12,30 1.080,04 8,20 0,05 8.856,31 442,82 2,400 1.062,76 t 1.062,76 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 5,47 t x km 5.815,71 CAP-50/70 5,5 % t 58,45
3.295 + 12,30 3.298 + 19,75 67,45 9,95 0,05 671,11 33,56 2,400 80,53 t 80,53 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 6,05 t x km 486,90 CAP-50/70 5,5 % t 4,43
3.298 + 19,75 3.311 + 1,31 241,56 11,70 0,05 2.826,23 141,31 2,400 339,15 t 339,15 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 6,20 t x km 2.102,89 CAP-50/70 5,5 % t 18,65
3.311 + 1,31 3.314 + 11,00 69,69 9,95 0,05 693,39 34,67 2,400 83,21 t 83,21 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 6,36 t x km 528,87 CAP-50/70 5,5 % t 4,58
3.314 + 11,00 3.331 + 13,74 342,74 8,20 0,05 2.810,47 140,52 2,400 337,26 t 337,26 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 6,56 t x km 2.213,20 CAP-50/70 5,5 % t 18,55
3.331 + 13,74 3.334 + 17,42 63,68 9,95 0,05 633,60 31,68 2,400 76,03 t 76,03 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 6,77 t x km 514,40 CAP-50/70 5,5 % t 4,18
3.334 + 17,42 3.346 + 3,48 226,07 11,70 0,05 2.644,96 132,25 2,400 317,40 t 317,40 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 6,91 t x km 2.193,34 CAP-50/70 5,5 % t 17,46
3.346 + 3,48 3.349 + 16,01 72,53 9,95 0,05 721,65 36,08 2,400 86,60 t 86,60 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,06 t x km 611,36 CAP-50/70 5,5 % t 4,76
3.349 + 16,01 3.379 + 3,59 587,58 8,20 0,05 4.818,16 240,91 2,400 578,18 t 578,18 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,39 t x km 4.272,62 CAP-50/70 5,5 % t 31,80
3.379 + 3,59 3.382 + 15,33 71,75 9,95 0,05 713,87 35,69 2,400 85,66 t 85,66 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,72 t x km 661,29 CAP-50/70 5,5 % t 4,71
3.382 + 15,33 3.385 + 13,08 57,74 11,70 0,05 675,60 33,78 2,400 81,07 t 81,07 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,78 t x km 631,09 CAP-50/70 5,5 % t 4,46
3.385 + 13,08 3.386 + 3,44 10,36 12,45 0,05 129,03 6,45 2,400 15,48 t 15,48 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,82 t x km 121,06 CAP-50/70 5,5 % t 0,85
3.386 + 3,44 3.387 + 8,58 25,14 13,20 0,05 331,81 16,59 2,400 39,82 t 39,82 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,84 t x km 312,01 CAP-50/70 5,5 % t 2,19
3.387 + 8,58 3.387 + 19,02 10,44 12,45 0,05 129,93 6,50 2,400 15,59 t 15,59 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,85 t x km 122,45 CAP-50/70 5,5 % t 0,86
3.387 + 19,02 3.393 + 8,41 109,39 11,70 0,05 1.279,89 63,99 2,400 153,59 t 153,59 CBUQ Usina 3000 + 0,00 0,10 Pista 7,91 t x km 1.215,44 CAP-50/70 5,5 % t 8,45
39
SEGMENTO BASE COM MISTURA SOLO - AREIA (80% E 20% EM PESO COM MISTURA NA PISTA) TRANSPORTE MATERIAL BETUMINOSO
Consumo/ Consumo/
Origem
Extensão Largura Espessura Área Volume T aplicação Massa DMT
Estaca Inicial Estaca Final Pista UnidadeQuantidade Material Dist.Eixo Destino Taxa de Unidade Quantidade Tipo Taxa de UnidadeQuantidade
(m) (m) (m) (m 2) (m3) (m³/m 3) (t) Ocorrência Estaca (Km)
(Km ) Aplicação Aplicação
3.304 + 0,00 3.304 + 0,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 19,37 m3 x Km 1.261,07
3.340 + 0,00 3.340 + 0,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 18,65 m3 x Km 1.214,19
3.519 + 0,00 3.519 + 0,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 15,07 m3 x Km 981,12
3.535 + 10,00 3.535 + 10,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 14,74 m3 x Km 959,64
4.187 + 0,00 4.187 + 0,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 20,59 m3 x Km 1.340,49
4.184 + 0,00 4.184 + 0,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 20,53 m3 x Km 1.336,59
4.800 + 10,00 4.800 + 10,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 32,86 m3 x Km 2.139,32
4.887 + 0,00 4.887 + 0,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 34,59 m3 x Km 2.251,95
5.005 + 0,00 5.005 + 0,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 36,95 m3 x Km 2.405,60
5.019 + 10,00 5.019 + 10,00 464,37 4,25 0,15 1.972,85 295,93 0,22 m³ 65,10 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 37,24 m3 x Km 2.424,48
Acessos
3.101 + 14,92 3.101 + 14,92 359,93 3,82 0,15 1.373,60 206,04 0,22 m³ 45,33 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 23,42 m3 x Km 1.061,38
3.311 + 15,86 3.311 + 15,86 459,69 5,05 0,15 2.322,55 348,38 0,22 m³ 76,64 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 19,21 m3 x Km 1.472,65
3.445 + 3,40 3.445 + 3,40 199,81 4,21 0,15 841,51 126,23 0,22 m³ 27,77 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 16,55 m3 x Km 459,49
3.455 + 10,00 3.455 + 10,00 448,94 3,94 0,15 1.769,26 265,39 0,22 m³ 58,39 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 16,34 m3 x Km 954,02
3.496 + 13,41 3.496 + 13,41 184,40 4,18 0,15 771,02 115,65 0,22 m³ 25,44 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 15,52 m3 x Km 394,80
4.223 + 19,19 4.223 + 19,19 597,35 3,63 0,15 2.167,61 325,14 0,22 m³ 71,53 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 21,33 m3 x Km 1.525,70
4.783 + 11,96 4.783 + 11,96 395,81 3,61 0,15 1.428,06 214,21 0,22 m³ 47,13 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 32,52 m3 x Km 1.532,63
5.154 + 3,95 5.154 + 3,95 185,98 3,12 0,15 580,31 87,05 0,22 m³ 19,15 Areia A2 3.715 + 0,00 11,15 Pista 39,93 m3 x Km 764,74
Paradas de Ônibus
229 + 17,50 229 + 17,50 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 715 + 0,00 11,15 Pista 20,85 m3 x Km 770,37
384 + 11,40 384 + 11,40 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 715 + 0,00 11,15 Pista 17,76 m3 x Km 656,07
465 + 0,00 465 + 0,00 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 715 + 0,00 11,15 Pista 16,15 m3 x Km 596,64
1.239 + 8,50 1.239 + 8,50 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 715 + 0,00 11,15 Pista 21,64 m3 x Km 799,41
1.703 + 4,00 1.703 + 4,00 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 715 + 0,00 11,15 Pista 30,91 m3 x Km 1.142,08
1.839 + 14,00 1.839 + 14,00 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 715 + 0,00 11,15 Pista 33,64 m3 x Km 1.242,94
2.035 + 5,00 2.035 + 5,00 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 715 + 0,00 11,15 Pista 37,56 m3 x Km 1.387,43
3.230 + 17,50 3.230 + 17,50 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 20,83 m3 x Km 769,63
3.386 + 3,40 3.386 + 3,40 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 17,73 m3 x Km 654,89
3.466 + 15,00 3.466 + 15,00 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 16,12 m3 x Km 595,35
3.765 + 10,00 3.765 + 10,00 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 12,16 m3 x Km 449,24
3.947 + 10,00 3.947 + 10,00 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 15,80 m3 x Km 583,71
4.711 + 0,00 4.711 + 0,00 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 31,07 m3 x Km 1.147,84
4.847 + 15,00 4.847 + 15,00 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 33,81 m3 x Km 1.248,89
5.043 + 15,00 5.043 + 15,00 LD 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 3715 + 0,00 11,15 Pista 37,73 m3 x Km 1.393,71
6.149 + 9,50 6.149 + 9,50 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 6101 + 0,00 11,15 Pista 12,12 m3 x Km 447,74
6.316 + 5,00 6.316 + 5,00 LE 355,40 3,15 0,15 1.119,51 167,93 0,22 m³ 36,94 Areia A2 6101 + 0,00 11,15 Pista 15,46 m3 x Km 570,97
Os croquis são particularizados por ocorrência. Nele existem informações e desenhos para
a localização, resultados consolidados dos ensaios e fotos do local. Estes croquis são
apresentados tanto para as jazidas, quanto para fonte de água, areais e pedreiras. Para
jazidas fé indicado fazer uma malha na jazida com 30m de lado e em cada vértice ser
executado um furo a trado. Estes furos terão seu material ensaiado conforme as normas
adotadas pelo INEA.
Muito importante ressaltar que nem todos os furos serão enquadrados nas boas condições
geotécnicas, sendo alguns reprovados no estudo geotécnico. Quando isso acontecer o
projectista delimita uma área ao redor daquele furo na jazida para que o material dela não
seja usado. Este volume não é computado no projecto. Esta área é marcada no croqui para
ser desconsiderada na obra. A grade de furos para as jazidas de pavimentação equivale a
quadrados de 30m de extensão.
40
Fig. Neste quadro é detalhada a ocorrência de material através de indicações gerais, desenhos, resultados de
ensaios e fotos.
41
3.5 Notas sobre o Projecto de Drenagem
Quem se interessar pelo tema é importante ler o que está descrito no Estudo hidrológico
do troço e para saber mais sobre os procedimentos do assunto, acesse o link:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/agronomia/seca-no-sul com o estudo “Seca
no sul da Angola: Uma avaliação do episódio extremo de 2018/2019” de MATEUS, Nelson
Pedro António e ANTÓNIO, Jaime Fernando que também tem um método sobre a
Intensidade de chuvas no território angolano que é o dado básico e exclusivo da região por
onde a rodovia passa.
42
A planta mostra uma visão espacial dos dispositivos e fornece uma ideia de sua função. Não
há, entretanto, informações sobre quantidades e tipos. Estas devem ser buscadas nas
planilhas de cada dispositivo e notas de serviços a eles associados.
ESTACA ESTACA
LADO EXTENSÃO TIPO LADO EXTENSÃO TIPO
INÍCIO FIM INÍCIO FIM
98 + 0,00 100 + 0,00 LE 40,00 VPA-03 99 + 0,00 105 + 0,00 LD 120,00 VPA-03
629 + 0,00 647 + 0,00 LE 360,00 VPA-03 158 + 0,00 171 + 0,00 LD 260,00 VPA-03
720 + 0,00 723 + 0,00 LE 60,00 VPA-03 404 + 0,00 407 + 0,00 LD 60,00 VPA-03
738 + 0,00 755 + 0,00 LE 340,00 VPA-03 490 + 0,00 496 + 0,00 LD 120,00 VPA-03
777 + 0,00 780 + 0,00 LE 60,00 VPA-03 710 + 0,00 717 + 0,00 LD 140,00 VPA-03
828 + 0,00 833 + 0,00 LE 100,00 VPA-03 723 + 0,00 732 + 0,00 LD 180,00 VPA-03
945 + 0,00 953 + 0,00 LE 160,00 VPA-03 809 + 0,00 815 + 0,00 LD 120,00 VPA-03
43
Existem também planilhas de nota de serviço que detalham mais os dispositivos maiores
como os aquedutos que necessitam de outras informações para serem detalhados e
construídos.
As notas de serviços indicam detalhes sobre as obras que não se mostram nas plantas. Até
as cotas se colocam na planilha seguindo o projecto de cada PH (ver notas posteriores).
Para cada tipo de dispositivo indicado no projecto de drenagem, será mostrado uma planta
onde estarão mostrados todos os detalhes construtivos e as quantidades para a construção
de um metro linear, que permitirão executar o dispositivo nos locais onde foram indicados
no projecto e bem delimitados em planilhas dos dispositivos de drenagem.
44
Os exemplos de projetos-tipo que devem ser apresentados, se indicados no projecto, são os
de valetas de pé de aterro (ver acima), valetas de corte, valetas de topo de corte,
transposição de segmentos de valetas, entradas de descidas de água, descidas de água de
aterro rápida, descidas de água de aterros em degraus (indicadas para aterros acima de 3
metros), Lancil, dissipadores de energia, caixa coletoras com grelha, caixas de ligação e
passagem, Tubos de concreto armado (armaduras de dimensões), berços para
assentamento de tubos, Extremidade de aquedutos (planta de áreas e planta de dimensões
para todos os tipos de aquedutos adotados – ver acima para aquedutos simples), Tabelas
45
das dimensões e quantitativos de materiais para as galerias, drenos profundos, e outros
que forem necessários.
http://www1.dnit.gov.br/arquivos_internet/ipr/ipr_new/manuais/manual_drenagem_rodo
vias.pdf
46
3.6 Notas sobre o Projecto de Sinalização
Barreiras rígidas – Verificar se o projeto vem com canaleta acoplada, pois pode-se usar este
tipo de dispositivo para a drenagem central de uma pista dupla. É comum que a
construtora coloque uma barreira simples sem a canaleta acoplada.
47
4. Notas sobre as Actividades da Supervisão
i.Verificar (analisar criticamente) essas normas e outros procedimentos técnicos que serão
empregados na obra (manuais, álbuns de projectos etc), de forma a validá-los e distribui-los
de forma controlada (ou seja a quem deve realmente ter, consultar e seguir – Equipa da
Construtora e Equipa de Fiscalização). Necessário lembrar que o escritório do engenheiro
supervisor deve manter cópia arquivada em local de fácil acesso, com o conhecimento da
equipa de supervisão para consulta.
4.1.3 Estabelecer registos (através de relatórios diários e mensais) e seus controles para
evidenciar e caracterizar a execução dos serviços e a perfeita conformidade dos processos e
actividades afins. Deve-se criar uma metodologia de relatórios diários de cada membro da
equipa. Estes devem ser analisados e através deles elaborados quadros lineares de situação
de cada serviço. Estes devem ser apregoados nas paredes e diariamente actualizados.
Assim o engenheiro verá sempre o ponto de situação da obra assim que entrar no
escritório, sem falar que este procedimento facilitará muito na hora da elaboração da
medição da Construtora.
4.1.5 É bem sabido, mas é importante lembrar que NUNCA os ensaios e controle
tecnológico da obra serão pagos à Construtora. O controle de qualidade já é cláusula de
qualquer contrato e estão previstos e detalhados em norma.
48
4.2 Notas sobre Gerenciamento dos recursos alocados para as actividades
4.3.4 Falta de verificação dos serviços topográficos realizados, assumindo como corretos
os dados apresentados pelo construtor. Devido à falta de recursos humanos e materiais, o
fiscal deixa de checar os dados apresentados pelo construtor.
4.3.5 Serviços de pintura de ligação com excesso de ligante, levando à perda de camada
de desgaste já executada.
4.3.6 Espessura das camadas de sub-base, base e camada de desgaste com espessuras
menores que a projectada. Por meio de sondagem com sonda rotativa, pode-se constatar a
espessura da capa, bem como as faixas de mistura betuminosa aplicadas, conforme no
exemplo seguinte.
49
4.3.7 Drenagem insuficiente do pavimento causando danos à base da pista. A localização
das valetas de pé de corte, o posicionamento dos drenos e a inclinação transversal da pista
podem acarretar o acúmulo de água no pavimento.
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5. Notas sobre a Elaboração dos documentos da Supervisão para o INEA.
O Relatório deve ser elaborado mensalmente e nele deve conter as planilhas, gráficos e
dados de custos que controlem todas as informações sobre o progresso físico e financeiro,
com todas as justificativas necessárias ao ponto de situação. A seguir estão detalhados
todos os capítulos que compõem o relatório.
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