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Formação de cristais de halite

através da precipitação de cloreto de


sódio

Resumo:
Esta atividade laboratorial teve como objetivo a formação de halite a partir
de sais de cloreto de sódio e a determinação da solubilidade da água a
temperaturas diferentes. Para isso recorremos à utilização de cloreto de
sódio com o objetivo de atingir a saturação máxima da água, sendo esta uma
das principais preocupações desta atividade. A água saturada com cloreto de
sódio foi utilizada posteriormente para a formação de cristais.

Autores:
Disciplina: Biologia e Geologia Dinis Rocha, nº5
Ano: 11º Lara Neto, nº14
Turma: D Laura Leal, nº15
Data: 24/04/2023 Tiago Sousa, nº22

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Introdução:

As rochas sedimentares são um tipo de rocha que representa apenas 5% do volume da crusta
terrestre e 75% das rochas expostas à superfície terrestre, cobrindo a maior parte dos fundos
marinhos. Para as rochas deste tipo são utilizadas classificações que se baseiam, sobretudo, em
critérios de composição química e mineralógica ou na origem dos sedimentos que as constituem.
Conforme o tipo predominante de sedimento, formam-se diferentes rochas sedimentares: rochas
detríticas, rochas quimiogénicas e rochas biogênicas. (fig.1)

Sedimentos
têm origem

Físico-Química Química Biológica


são são são

Substâncias químicas
produzidas ou resultantes
Detritos (fragmentos de Substancias dissolvidas
da atividade dos seres
rochas preexistentes) na água
vivos ou fragmentos das
suas partes duras
originam originam originam

Rochas Rochas Rochas


Detríticas Quimiogénicas Biogénicas

Figura 1 – Classificação das rochas sedimentares

As rochas sedimentares quimiogénicas são resultantes de sedimentos químicos, estas rochas


são formadas, essencialmente, por minerais resultantes da precipitação de substâncias em solução
ou por evaporação do solvente (água).
A precipitação das substâncias químicas, pode ocorrer devido à evaporação da água ou
devido à alteração de condições da solução, como por exemplo, a variação da pressão ou da
temperatura. O aumento da temperatura e a diminuição da pressão atmosférica conduz à
diminuição do teor de CO2 nas águas, determinando que o equilíbrio químico se desloque no sentido
da formação de CO2 e, consequentemente, da precipitação de calcite. As rochas formadas por
cristais que precipitam durante a evaporação da água têm textura cristalina e designam-se por
evaporitos.

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A halite é um mineral maciço, granular e compacto composto principalmente por cloreto de
sódio (NaCl), ou seja, é o mineral do sal comum. A sua designação como halite vem do seu nome
químico, cloreto de sódio, que pertence à classe dos haletos. Este é um mineral de cor branca ou,
quando impuro, com tons amarelos, vermelhos, azuis e púrpura. Apresenta clivagem cúbica
perfeita, uma dureza de 2,5 e uma densidade de 2,2. (fig.2)

Figura 2 – Halite

A halite é um evaporito, e como tal, forma-se por meio da evaporação da água em lagos ou
mares que possuem altas concentrações de sais dissolvidos, especialmente cloreto de sódio (NaCl).
À medida que a água evapora, a concentração de sais na água aumenta até que se atinja um ponto
em que o NaCl começa a precipitar-se e a formar cristais. (fig.3)
Esses cristais crescem à medida que mais e mais sal se deposita na água. Com o tempo, os
cristais podem ficar grandes o suficiente para serem vistos a olho nu. Os depósitos de sal formados
dessa maneira podem ser encontrados em várias partes do mundo. Depois do sal ser extraído desses
depósitos, este pode ser purificado e utilizado para uma ampla variedade de fins, como por exemplo:
na culinária como intensificador de sabor e para preservar alguns alimentos e na fabricação de
produtos químicos.

Figura 3 – Formação de Halite


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A solubilidade da água pode variar com a temperatura, geralmente aumenta com o aumento
da temperatura. Isso ocorre porque, quando a temperatura da água é elevada, a energia cinética das
moléculas de água aumenta, o que pode permitir que mais iões do sal se dissolvam na solução. Isso
significa que mais halite pode ser dissolvida em água quente do que em água fria.

A flor de sal (fig.4) é um mineral que se forma em águas salgadas (ricas em cloreto de sódio),
quando estas evaporam. A sua formação acontece apenas quando está sujeito a condições de
temperaturas elevadas e de fraca corrente de ar.

Figura 4 – Flor de Sal

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Material:

• Gobelé (250ml);
• Cloreto de sódio;
• Palito;
• Vareta;
• colher;
• Disco de aquecimento;
• Tenaz;
• Fio;
• Massa;
• Pipeta;
• Corante alimentar;
• Tabuleiro.

Procedimento:

1. Encheu-se um gobelé com 200ml de água à temperatura ambiente;


2. Com a ajuda de uma colher adicionou-se cloreto de sódio aos poucos até à água ficar
saturada;
3. Colocou-se o gobelé no disco de aquecimento de modo a que a água ficasse quente, mas
sem que esta fervesse;
4. Adicionou-se cloreto de sódio, aos poucos, ao preparado enquanto estava no disco, até que
este ficasse saturado;
5. Amarrou-se uma das extremidades do fio ao palito, e a outra a uma massa;
6. Mergulhou-se o fio no preparado sem que este tocasse no gobelé;
7. Retirou-se o gobelé, com a ajuda da tenaz, do disco de aquecimento;
8. Aguardou-se pelos resultados.

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Resultados obtidos:

Figura 5 – Cristais de Cloreto de Figura 6 – Deposição dos Cristais


Sódio de Cloreto de sódio

Figura 7- Flor de Sal

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Discussão:

Quando a água estava à temperatura ambiente foram-lhe adicionadas trinta e nove colheres
de cloreto de sódio, atingindo assim, a saturação máxima da água a essa temperatura. Quando a
água saturada com cloreto de sódio foi sujeita a um aumento da temperatura, sem que esta
fervesse, a capacidade de dissolução da água aumentou, conseguindo assim, dissolver mais dez
colheres dessa substância.

Os principais fatores para a formação dos cristais de halite são a evaporação da água, que
ocorre devido ao aumento da temperatura e a posterior diminuição da temperatura da solução, que
conduz à diminuição da solubilidade da água. Tanto um como o outro são fatores que permitem que
a concentração de cloreto de sódio aumente e que consequentemente eles se depositem na forma
de cristais de halite.

Verificando-se no ambiente laboratorial temperaturas elevadas e fraca corrente de ar, os


minúsculos cristais de sal começam a formar-se à superfície.
Observou-se a flor de sal logo após retirarmos o preparado do disco térmico, já que este se
encontrava a elevadas temperaturas e a água estava em repouso.

Conclusão:

Concluímos que o grau de solubilidade da água aumentou 26% com o aumento da


temperatura na placa de aquecimento e que a formação de cristais de halite deve-se à diminuição
da temperatura e à evaporação da água.
Relativamente a esta atividade, o cuidado na obtenção da saturação máxima não foi um
problema, pois não impediu a formação dos cristais de halite, podendo apenas ter interferido, não
só na quantidade de cristais formados, como também, no número de colheres a mais que foram
adicionadas quando a temperatura aumentou, podendo não ter atingido a sua capacidade de
saturação máxima.

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Bibliografia/Webgrafia:

Guerner Dias, A; Guimarães, P; Rocha, P. GeoFoco 11, 1º edição. Areal Editores. 2022. ISBN: 978-
989-767-717-5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flor_de_sal (05/04/2023)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Halita (17/04/2023)
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$halite (17/04/2023)
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/solubilidade-dos-sais.htm (17/04/2023)
https://geologyscience.com/minerals/halite/ (17/04/2023)
https://www.avidaportuguesa.com/pt/marcas/flor-de-sal (17/04/2023)
https://www.slideserve.com/naida-good/paisagens-sedimentares (17/04/2023)
https://soraiabiogeo.blogs.sapo.pt/9345.html (22/04/2023)

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Índice:

1. Capa-------------------------------------------------------------------------------------(pág.1)
2. Resumo---------------------------------------------------------------------------------(pág.1)
3. Introdução------------------------------------------------------------------------------(pág.2)
4. Material---------------------------------------------------------------------------------(pág.5)
5. Procedimento--------------------------------------------------------------------------(pág.5)
6. Resultados obtidos--------------------------------------------------------------------(pág.6)
7. Discussão-------------------------------------------------------------------------------(pág.7)
8. Conclusão-------------------------------------------------------------------------------(pág.7)
9. Bibliografia/Webgrafia---------------------------------------------------------------(pág.8)

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