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Gestão, Consultoria e Treinamento Ltda

Limpeza e desinfecção de tubulações e reservatórios de sistema de abastecimento de


água — Procedimento – segunda edição 13/06/2023
Veja artigo divulgado pela Target no site www.normas.com.br, onde você pode adquiri-la como
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Esta norma estabelece os
critérios para os
procedimentos de limpeza e
desinfecção de tubulações e
reservatórios de sistemas de
abastecimento de água. Esta
norma se aplica às tubulações
de transporte de água potável
(recém-construídas ou que
sofreram reparos) e aos
reservatórios de
armazenamento de água
potável (recém-construídos,
com lavagens programadas
ou que apresentem alteração
nas características da
qualidade da água).

Veja sumário da norma ao


lado

Um resumo de aplicabilidade pode ser visto a seguir, apresentado pela equipe da Target:
Devem ser observadas e atendidas todas as condições de higiene, segurança e saúde necessárias à preservação
da integridade física de seus empregados e terceiros, ao patrimônio da empresa prestadora de serviços de
saneamento e de outrem, e aos materiais e equipamentos da obra e/ou dos serviços, de acordo com as legislações
vigentes e normas específicas contidas em seus procedimentos e diretrizes sobre a gestão de segurança e saúde
do trabalho. Antes da desinfecção, devem ser tomadas algumas providências, como as seguintes: verificar se o
teste de estanqueidade já foi realizado e se a instalação da tubulação foi aprovada; verificar se o trecho a ser
desinfetado não possui algum tipo de conexão que possa permitir a retirada de água durante o processo de
desinfecção, colocando em risco a saúde pública por consumo de alto teor de cloro, ou por contaminação da
tubulação devido à adição de outros líquidos; conhecer o comprimento do trecho da tubulação e seu diâmetro;
conhecer o trajeto e a topografia; localizar os pontos de descargas; localizar as válvulas de bloqueio e de
interligação; e indicar os pontos mais adequados para a aplicação da solução desinfetante.
Para a limpeza, o trecho deve ser lavado com água potável, com uma vazão que assegure a seção plena e a
turbulência suficiente para a remoção de todos os materiais indesejáveis no interior da tubulação. Deve-se atentar
para a existência de possíveis bolsões de ar que possam prejudicar o arraste do material.
Durante esse processo de limpeza, os pontos de descarga devem ficar abertos. Caso haja pontos de consumo
ligados ao trecho da tubulação que está sendo lavado, esses pontos devem ser isolados durante o processo. Em
caso de reparo da tubulação, deve-se verificar ao redor se existe elemento de contaminação.
Para se proceder à desinfecção da tubulação, é necessário que a solução desinfetante fique em contato com toda
a superfície a ser desinfetada por um período de tempo mínimo, variável de acordo com a concentração utilizada.
Para o preparo da solução desinfetante, inicialmente, deve ser verificada (conforme o Anexo A) a quantidade do
desinfetante escolhido, necessário para a obtenção da dosagem desejada.

(11) 98605.9483 / (12) 99718.2531 (Telegram) / (12) 3922.2627 – trenton@trenton.com.br


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O desinfetante deve ser dissolvido na água, de modo que se tenha a concentração requerida para o tempo de
contato fixado (ver Anexo B). A água deve ser potável, fornecida a uma vazão constante. A aplicação da solução
desinfetante deve ser efetuada de forma a assegurar uma vazão que permita a introdução da solução em tempo
proporcional à chegada da água no ponto crítico da tubulação.
A aplicação da solução desinfetante, quando possível, pode ser feita a partir do reservatório de distribuição, sendo,
em seguida, distribuída à tubulação a ser desinfetada. Durante a aplicação do desinfetante, válvulas, hidrantes e
pontas de rede devem ser operados para receberem a solução desinfetante. A aplicação do desinfetante não pode
ser interrompida até que toda a tubulação esteja preenchida com a solução desinfetante preparada.
Quando for verificada a chegada da solução desinfetante no ponto crítico da tubulação, fechar as válvulas de
interligação e descarga e aguardar o tempo de contato conforme determinado para a concentração utilizada. Após
o tempo de contato recomendado, a solução desinfetante deve ser retirada da tubulação por meio da abertura das
válvulas de descarga e interligação.
Se o destino desta solução for o despejo direto em um corpo d’água, rio, lago, etc., devem ser adotadas medidas
para redução completa do cloro ativo (decloração), a fim de não causar danos ao ambiente aquático (ver Anexo A).
Durante a retirada, deve ser monitorada a concentração da solução desinfetante até que o valor esteja de acordo
com os padrões de potabilidade da água, conforme a legislação vigente.
Após a retirada de toda a solução desinfetante, a tubulação deve ser colocada em carga e deve ser coletada amostra
no ponto de controle de qualidade (preferencialmente no ponto crítico). Para o controle de qualidade, após a
finalização e antes de se autorizar o uso da tubulação, devem ser realizados ensaios para a verificação do
atendimento aos padrões de potabilidade da água, conforme a legislação vigente.
Se os resultados estiverem de acordo com os padrões de potabilidade da água, a desinfecção pode ser considerada
concluída e o trecho da tubulação liberado. Se os resultados não estiverem de acordo com os padrões, devem ser
programadas nova descarga e nova coleta, até que se obtenham resultados satisfatórios. Se necessário, deve ser
realizada uma nova desinfecção.
Para os reservatórios, antes da desinfecção, devem ser tomadas algumas providências, como as seguintes:
conhecer a capacidade, o tipo e o tempo de permanência da água no reservatório; conhecer as condições locais e
do sistema; determinar a periodicidade da lavagem com base nas características técnicas e operacionais do sistema
e inspeções que avaliem os parâmetros de potabilidade da água; e separar os materiais e equipamentos
necessários.
O sistema deve ser limpo conforme as etapas a seguir: avaliar as condições de segurança para limpeza do
reservatório e providenciar as ações necessárias para execução dos serviços; programar o fechamento do
abastecimento do reservatório com antecedência; fechar a válvula que controla a entrada de água no reservatório;
esvaziar o reservatório até o nível suficiente para realizar a limpeza; fechar a válvula que controla a saída de água
do reservatório; escovar as paredes e o fundo com água do reservatório ou de fonte externa potável, utilizando os
equipamentos que preservem a integridade do revestimento interno.
Pode-se utilizar uma máquina de pressão d’água ou caminhão hidro jato para facilitar a limpeza. Não utilizar
detergente, sabões ou qualquer produto químico. Deve-se abrir a válvula de saída de água do reservatório,
removendo todos os resíduos após a limpeza, com enxágues nas paredes e fundo com água potável; efetuar a
vistoria na área interna do reservatório, retirando todos os equipamentos utilizados; expurgar a água de limpeza; e
fechar a válvula que controla a saída de água. O reservatório deve estar totalmente limpo e drenado após a limpeza,
para a posterior desinfecção.
Na norma há inclusive um fluxograma representativo das etapas a serem realizadas.
Joaquim F A Morais
Engenheiro Químico, administrador Industrial, auditor líder FSSC 22000 e outras normas, especialista em avaliação
de requisitos estatutários e regulamentares.

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