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POP

(PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO)

LIMPEZA E DESINFECÇÃO

É necessária a limpeza e desinfecção de alto nível do equipamento no término de


cada procedimento realizado, sendo indicado que seja realizada rigorosa limpeza nos
endoscópios flexíveis, após o término de cada exame e ainda na sala evitando assim o
ressecamento de secreções.

É importante enfatizar que os procedimentos descritos neste POP são de extrema


importância não só para garantir a qualidade e segurança no atendimento do paciente,
como também, na preservação e durabilidade dos equipamentos.

A limpeza consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos, sendo realizada


com água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual e após, proceder com a
desinfecção do equipamento, como descrito nas quatro etapas relacionadas abaixo:

1 - LIMPEZA DO APARELHO:

1.1 – Inicialmente, ainda na sala de exame, imediatamente ao ser retirado do paciente e


com o aparelho ainda conectado na fonte de luz, proceder com a aspiração de água
adicionada de detergente enzimático para limpeza de excesso de secreção do canal.
Fazer ainda a limpeza do tubo de inserção com compressa eliminando a sujidade
grosseira que por ventura possa estar presente no exterior do tubo;

1.2 – Deve então fazer o acionamento do canal de aspiração do equipamento para que
desta forma não ocasione a obstrução do canal citado;

1.3 – Neste momento pode-se proceder com a desconexão do equipamento da fonte de


luz e processadora;

1.4 – Levar o equipamento para sala de desinfecção, tomando os devidos cuidados para
garantir a integridade do mesmo.
2 – TESTE DE VEDAÇÂO:

2.1 – Realizar o teste de vedação do aparelho a seco conectando o manômetro a parte


lateral do tubo conector. Insuflar até 200/mmHg onde o ponteiro deverá permanecer
estático.

IMPORTANTE: CASO SEJA NOTADO QUE O AR ESTÁ VAZANDO


NÃO REALIZAR O TESTE EM ÁGUA E ASSIM, ENCAMINHAR O
APARELHO PARA MANUTENÇÃO CORRETIVA.

3 – TESTE DE VEDAÇÃO COM IMERSÃO:

Para assegurar maior garantia, é indicado que seja feito também o teste de imersão em
água lembrando sempre da importância de que não se pode imergir o aparelho sem que
o mesmo esteja preenchido com ar. Caso haja algum tipo de vazamento, no ato da
imersão, surgirão bolhas indicando o local em que existe perfuração.

3.1– Submergir totalmente o equipamento em água, retirando as válvulas de água/ar e


aspiração e também a tampa do canal de biópsia, injetando água nos canais.
Sugerimos que no ato da imersão esteja com o manômetro conectado ao
equipamento para garantir maior segurança.

3.2 – Deve-se então fazer todas as angulações, “up”, “down”, “left” e right” e
observar também se existe o surgimento de bolhas e consequente perfuração e/ou algum
tipo de vazamento de ar.
Caso seja constatado o surgimento de bolhas, interromper imediatamente o uso
do equipamento e encaminhá-lo para manutenção, evitando assim maiores danos.

4 – LIMPEZA FINA E DESINFECÇÃO:

Este procedimento deverá ser feito inicialmente em pia “suja” para retirada de sujidade
grosseria, usando água e sabão ou detergente neutro;

4.1 – Proceder então com a escovação dos canais usando escova apropriada.
4.1.1 - Introduzir a escova no canal de biópsia até a saída na porção distal
(ponta do tubo de inserção);

4.1.2 - Introduzir a escova de limpeza em ângulo de 45º através do canal de


aspiração até a saída da porção distal do tubo (ponta do tubo de inserção);

4.1.3- Introduzir a escova de limpeza novamente no canal de aspiração, porém,


em ângulo reto até a saída na parte lateral do tubo conector;

4.1.4 - Deve-se também ser feita a escovação das válvulas.

LEMBRETE: APÓS A INTRODUÇÃO DA ESCOVA DE LIMPEZA


NÃO TRACIONAR A MESMA, FAZENDO SUA RETIRADA
PELO LOCAL DE SAÍDA.
4.2 - Depois de feita a limpeza, usando uma cuba ou bacia, imergir totalmente o
equipamento em limpador enzimático, desinfetante ou glutaraldeído (obedecendo às
legislações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA);
Proceder com a desinfecção sempre usando o mesmo tipo de solução, para que
não ocorra alguma reação química podendo danificar e/ou desgastar o aparelho.

4.3 – Com auxílio de uma seringa, introduzir a solução de sua escolha nos canais já
citados anteriormente. Ao injetar a solução no canal de aspiração, deve-se bloquear
(tampar) o canal de biópsia e vice-versa.

4.4 – Observar as orientações de cada fabricante para que seja respeitado o tempo de
imersão na solução.

4.5 – Em pia “limpa”, retirar totalmente o aparelho da solução e lavar em água corrente
e abundante, realizando também o enxágue dos canais com auxílio de seringa (mínimo
de 5 vezes). Lembrando de que se deve bloquear o canal de aspiração quando injetada
água no canal de biópsia e bloquear o canal de biópsia quando injetar no canal de
aspiração.

4.6 – Secar todo o aparelho com pano macio.

4.7– Secar os canais com ar comprimido em baixa pressão dando prioridade aos
conectores eletrônicos.
- Não havendo bomba de ar comprimido para a secagem, a orientação é que use o
suporte, deixando o aparelho alongado na posição vertical e sem as válvulas, para
secagem.

IMPORTANTE: NUNCA conectar o aparelho na processadora e fonte de luz caso


identifique qualquer umidade em suas conexões.

4.8 – Fazer a secagem das válvulas e caso haja necessidade, aplicar pequena quantidade
de óleo silicone nas mesmas.

ARMAZENAMENTO:

É indicado que o endoscópio seja armazenado em armários ventilados, de fácil limpeza,


com temperatura ambiente, evitando umidade e calor excessivo, na posição vertical com
cuidado de não tracionar e/ou dobrar os tubos de inserção e conexão.
CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM:

Temperatura: 10 a 40º C
Umidade: Seca
Pressão 70 a 106 kPa (dentro da faixa de pressão atmosférica
Local: Limpo e não exposto à luz solar direta
Estado do Endoscópio: Reto, ao invés de angulado. Local não afeto por forças
externas. Pendurado com a seção de controle para acima.
Retirar as válvulas para permitir ventilação enquanto estocado. Não armazenar na maleta.
Esta é somente para transporte do aparelho.

Elaborado por:
Henrique Albertoni - TÉCNICO EM INSTAÇÃO

Revisão Técnica:
Raphael Eduardo de Oliveira Theodoro
CHECK-LIST PARA ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE LIMPEZA DE
DESINFECÇÃO DO ENDOSCÓPIO:

CONFORMIDADES (OK)
PROCEDIMENTO Observações:
RESPONSÁVEL

1 - Imediatamente ao ser retirado do paciente e com o


aparelho ainda conectado na fonte de luz, a água é
aspirada com detergente enzimático para limpeza do
excesso de secreção do canal.
2 – É retirado o excesso de secreção com compressa
3 – É acionado o canal de água e ar, alternadamente.
4 – É desconectado da processadora e fonte de luz, e
colocada tampa de vídeo (parte elétrica) antes do
início da desinfecção.
5 – Testador de vedação é adaptado, fazendo a
testagem.
6 – O aparelho é submergido na água
7 – São realizados os movimentos “up”, “down”,
“left”, “right”.
8 – São observados sinais de vazamento ou escape de
ar.
9 – O aparelho é submergido em água com detergente
ou sabão
10 – As válvulas são removidas e submersas em
solução enzimática.
11 – As válvulas são escovadas
12 – O aparelho é lavado externamente, comando e
tubo
13 – É introduzida a escova de limpeza nos canais de
biópsia e aspiração até a saída na outra extremidade
14 – É enxaguado em água corrente e abundante
15 – É secado externamente com pano macio
16 – É deixado escorrer até não observar saída de
água.
17 – É imerso completamente o aparelho em solução
desinfetante.
18 – O desinfetante é inserido nos canais com uso de
seringa.
19 – É respeitado o tempo de imersão de acordo com o
fabricante.
20 – O aparelho é retirado do desinfetante e levado
para em água corrente e abundante.
21 – É realizado o enxágue dos canais com água em
abundância usando seringa.
22 – Secagem do exterior do tubo com pano macio.
23 – Ar comprimido é aplicado para secagem dos
canais e conectores.
24 – É armazenado sem válvulas.

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